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AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DO PACIENTE CANDIDATO À CIRURGIA AMBULATORIAL

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AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE DO PACIENTE CANDIDATO À CIRURGIA AMBULATORIAL.
A avaliação pré-operatória tem como objetivo otimizar a condição clínica do paciente candidato à cirurgia.
A avaliação pré-operatória requer a realização de exame clínico adequado e, quando necessário, exames complementares, sendo esses definidos a partir de dados sugestivos encontrados na história e no exame físico e, também, na necessidade de monitorizar condições clínicas específicas que possam sofrer alterações durante as cirurgias ou procedimentos associados.
Diante de indicação cirúrgica é necessário avaliar o risco envolvido. Exame clínico e exames complementares são importantes etapas na avaliação pré-operatória.
Exame Clínico
O exame clínico divide-se em : 
 I - Anamnese ou exame subjetivo. 
II - Exame físico ou exame objetivo. 
I - Anamnese ou exame subjetivo:
 
 O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que significa recordação, reminiscência e indica tudo o que se refere à manifestação dos sintomas da doença, desde suas manifestações prodrômicas (do início da doença) até o momento do exame. 
 É importante ao profissional durante a anamnese : 
a) O diálogo franco entre examinador e o doente; 
b) A disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade, interrompendo-o o mínimo possível; 
c) Demonstrar interesse não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa; 
d) Possuir conhecimento científico, controle emocional, dignidade, bondade, afabilidade e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um diagnóstico. 
 Técnicas de anamnese.
Basicamente são duas as técnicas utilizadas na anamnese:
a)Técnica do interrogatório cruzado. 
O examinador conduz as perguntas: sente dor? onde? há quanto tempo?, etc. Esta técnica procura identificar os sintomas.
b) Técnica de escuta. 
O paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras suas preocupações pessoais.
Estas duas técnicas não são de todo independentes; freqüentemente se juntam e se justapõem.
As diversas fases do interrogatório que constitui a anamnese são as seguintes:
1 - Identificação.
A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional, como por pessoal auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de identificação sejam tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com o profissional. Tal prática permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá, facilitando entabular aquela conversa inicial tão importante para o relacionamento profissional/paciente.
Na identificação, os seguintes elementos devem ser considerados:
a) Nome: O nome completo do paciente, além de permitir o arquivamento do prontuário, estabelece uma relação afetiva e de confiança do paciente para com o examinador.
b) Endereço: O endereço completo, inclusive com o telefone, é uma necessidade para garantir comunicação imediata com o paciente, em casos de complementação de informações, mudança de horário de consulta, cancelamento ou qualquer outro tipo de contato urgente. 
c) Idade: É importante o conhecimento da idade, pois existem certas doenças que incidem com maior freqüência em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a ocorrência de cárie dentária é mais freqüente na infância e puberdade, ao passo que a doença periodontal é característica da idade adulta. 
d) Estado Civil: Deve ser referido com veracidade o solteiro, o casado, o viúvo, o desquitado e o divorciado, principalmente no que diz respeito a problemática psicológica que poderá intervir conforme o estado civil. "Indivíduos de ambos os sexos, conforme o estado civil", poderão apresentar conflitos emocionais decorrentes de vida instintiva sexual ou erótica, e também, as decorrentes da vida intelectual em seus múltiplos aspectos: ideal, vocação, econômico-financeiro, relação com o meio familiar, social e profissional “Vieira Romeiro, J. - Semiologia médica ". 
e) Sexo: Existe predileção de certas doenças por um dos sexos. O sexo feminino é mais predisposto à ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; a paracocidioidomicose, ao contrário, predomina intensamente no sexo masculino. 
f) Cor: Há determinadas afecções mais comuns de acordo com a raça. Carcinomas de pele são mais freqüentes em indivíduos de cor clara. As displasias fibrosas são mais comuns em negros. 
g) Profissão: Certas profissões podem predispor o indivíduo a determinadas doenças. Assim, os confeiteiros, em virtude da impregnação do ambiente por poeiras amiláceas, estão sujeitos a surtos de cáries atípicas que se instalam em regiões do dente relativamente imunes ao processo (cárie de confeiteiro). A queilite actínica e os carcinomas da pele da face são freqüentes em lavradores, marinheiros e pescadores.
h) Procedência: Deve ser referida sempre, em razão da existência de zonas endêmicas ou epidêmicas de determinadas moléstias como a doença de Chagas, pênfigo vulgar etc. 
2 - Queixa principal. 
 Representa o motivo fundamental que levou o paciente à consulta e pode ser representada pela presença de indícios de anormalidade (um ou mais sinais e/ou sintomas), evolução não satisfatória de algum tratamento realizado que leva o paciente a procurar outro profissional ou, ainda, uma simples consulta de rotina sem sintomatologia presente. Sempre que possível o relato da queixa deve ser registrado com as próprias palavras do paciente, desde que razoavelmente inteligíveis e não excessivamente prolixas. 
3 - História da doença atual (H.D.A). 
 É a parte mais importante da anamnese, e a mais difícil da propedêutica que o dentista aprende e aperfeiçoa durante toda a sua vida profissional. 
 A H.D.A. resulta no histórico completo e detalhado de queixa apresentada em toda sua evolução temporal e sintomatológica. Abrange a doença desde o seu estado prodrômico, até o momento do exame. Os sintomas referidos sobre o problema principal (queixa) devem ser examinados, e algumas perguntas são quase sistemáticas, na grande maioria dos casos, e não podem ser omitidas pelo examinador. Assim temos: 
- Tempo de evolução do processo, isto é, quando se iniciou a sintomatologia; 
- Como eram no início os sinais e/ou sintomas; 
- Ocorreram episódios de exacerbação ou remissão do quadro clínico; 
- Recorde-se de algum fato que possa estar ligado ao aparecimento da doença; 
- No caso de lesões assintomáticas, como era quando percebeu sua existência em relação ao estado atual. 
 São estes alguns exemplos de perguntas bastante comuns que se fazem aos pacientes.
 
4 - História buco-dental
 Deve investigar todo antecedente estomatológico do paciente, compondo um completo histórico das ocorrências buco-dentárias. 
Nesta fase do exame clínico, é importante saber: 
- Freqüência de visitas ao dentista; 
- Experiências passadas, durante e depois da aplicação da anestesia local e de extrações dentais; 
- Tratamentos realizados anteriormente - protéticos , periodontais, endodônticos, etc.; 
- Hábitos e dores na região da ATM (apertamento dos dentes; briquismo; mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua; projeção lingual; respiração bucal; dificuldade em abrir a boca extensamente; movimentos alterados; sons articulares.
5 - História médica.
 
 Visa à obtenção de informações detalhadas sobre todas as doenças de caráter sistêmico que acometeram o paciente desde o nascimento até a data atual. 
 A importância desta etapa da anamnese se resume nos seguintes tópicos: 
a- Assegura que o tratamento dental não prejudique o estado geral do paciente nem seu bem estar; 
b -Averigua presença de alguma doença de ordem geral do paciente, ou fato do mesmo estar tomando algum medicamento destinado ao seu tratamento e que poderá prejudicar o correto atendimento odontológico; 
c - Auxilia no diagnóstico de uma doença ignorada que exija um tratamento especial; 
d - Representa um documento legal que pode ser útil em casos de reclamação judicialpor incompetência profissional. 
 *Obs.: As perguntas que serão dirigidas ao paciente constam na ficha clínica. 
6 - Antecedentes familiares.
 Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente, de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas. 
7 - Hábitos.
 O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, freqüentemente, se constitui em elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico. 
Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou interrupções. 
 II - Exame físico ou exame objetivo:
 
 Geralmente sucede a anamnese e objetiva a pesquisa de sinais presentes. No exame físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos naturais do profissional na exploração dos sinais. 
A - As manobras clássicas são: inspeção, palpação, percussão, ausculta e o olfato. 
1- Inspeção.
 
É a avaliação visual sistemática do paciente submetido ao exame. O examinador utiliza-se da inspeção a cada momento em que olha o seu paciente, observando os traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos. 
Todas as características observadas e que se constituem em alterações da normalidade devem ser minuciosamente descritas no prontuário do paciente, tais como: localização precisa, dimensão, forma, cor, relações com estruturas normais, aspectos da superfície, etc. 
2- Palpação.
A palpação deve abranger todas as estruturas extra e intra-bucais sob a responsabilidade do CD e, inclusive as mais afastadas que possam apresentar alterações tributárias ou não dos tecidos bucais. Ela nos fornece informações a respeito da consistência, limites, sensibilidade, textura superficial, infiltração, pulsação, flutuação, mobilidade e temperatura das lesões. No exame dos dentes se utiliza da chamada palpação indireta através de sonda exploradora. 
 De forma geral, as estruturas moles são examinadas pelo que se denominam de palpação bidigital, digital e dígito-palmar.
3- Percussão.
 É uma manobra clínica comumente utilizada em Medicina mas de uso restrito em Estomatologia. É um teste simples, aplicado principalmente no diagnóstico de odontalgias. Normalmente utiliza-se o cabo de um espelho dental batendo-o contra a coroa de um dente, em direção de seu longo eixo. 
 4- Ausculta.
 Da mesma forma que a percussão, é pouco usada em Estomatologia. No entanto, vem sendo cada vez mais valorizada sua utilização na ausculta de estalidos da A.T.M., principalmente quando se ampliam esses sons por meio de um estetoscópio. A auscultação é um recurso indispensável quando se mede a pressão arterial do paciente. 
5- Olfato.
 O odor exalado por determinadas lesões, bem como o hálito do paciente, podem ser de valor semiológico. Assim, pacientes portadores de pênfigo foliáceo, apesar de não apresentarem lesões bucais, exalam odor característico de “ninho de rato”; tumores malignos avançados conferem ao paciente um hálito putrefato significativo.
Exames Complementares
1- TAP
O tempo de protrombina, TP ou TAP é realizado adicionando-se ao plasma descalcificado pelo citrato, um excesso de fator tecidual (tromboplastina).  Considerando que a protrombina é convertida em trombina num tempo uniforme, a adição de cálcio com quantidade conhecida de cloreto de cálcio produz a  coagulação  do  plasma.  O  tempo  entre  a  adição  do  cálcio  e  a  coagulação  é  chamado  tempo  de protrombina.
O tempo de protrombina é um teste para avaliar a via extrínseca e a via comum, ou seja, os fatores VII, X, V, II e o fibrinogênio. Assim, o tempo de protrombina estará aumentado em casos de deficiência de fibrinogênio  e  de  qualquer  um  dos  fatores  mencionados  anteriormente,  em  pacientes  que  fazem  uso  de anticoagulantes, nas  doenças  hepáticas  e  deficiência  de  vitamina  K,  pois  os  fatores  II,  VII  e  X  são dependentes desta vitamina.
O  teste  pode auxiliar no acompanhamento do uso de anticoagulantes e na avaliação do risco cirúrgico.
O tempo de protrombina,  consiste na determinação do tempo de coagulação de um plasma citratado, após a  adição  de  tromboplastina  (fator  III)  e  de  cálcio,  à  37°C.  A  adição  de  um  excesso de tromboplastina promoverá a ativação de todo o fator VII contido na amostra de plasma. O fator VIIa assim ativado,  ativará  o  fator  X,  iniciando  a  via  comum  da  coagulação.  Desta  forma,  o  TAP  mede  os  fatores envolvidos na Via  Extrínseca e na Via Comum.
A tromboplastina é um reagente obtido no cérebro humano,  de coelho de boi ou de macaco. Ele contém o fator  tissular, composto por uma parte protéica e uma parte fosfolipídica que substitui o fator 3 plaquetário (F3P), na ativação dos fatores que se ligam a fosfolipídeos de membrana. O TP é sensível  a redução  dos  fatores: VII, X, V, II  e I.
O TP  é o teste  mais  sensível  para  avaliação  da  redução  dos  fatores vitamina  K  dependentes  (II, VII, IX e X),  sendo  o  teste  usado  no  controle  de  paciente  em  uso  de anticoagulante orais.
2- RNI (RELAÇÃO NORMALIZADA INTERNACIONAL)
Como  são  usados  diferentes  tipos  de  fator  tissular  no  reagente  de  TP,  a  Organização  mundial  de  Saúde preconizou  o  uso  do  RNI  para  padronizar  mundialmente  o  resultado  obtido  durante  o  teste.  Isso  significa que o resultado do RNI é praticamente o mesmo se usado em diferentes laboratórios no mundo inteiro.
O RNI nada mais é do que o TP corrigido a padrões mundiais. O uso de anticoagulantes orais é avaliado somente pelo RNI.
Para  o  cálculo  do  RNI,  cada  fabricante  do  fator  tissular  fornece  o  ISI  (Índice  de  Sensibilidade Internacional), que normalmente fica entre 1,0 e 2,0. Quanto  mais  próximo  de  1,0  o  ISI,  melhor  a sensibilidade. Os fabricantes atribuem os valores do ISI para cada lote de reagente preparado.
3-TTP
Como o exame é usado?
A pesquisa de anticoagulante lúpico é feita para determinar a causa de uma trombose não explicada, de abortos recorrentes ou de um tempo de tromboplastina parcial (TTP) prolongado. Ela ajuda a distinguir se um TTP prolongado é devido a um inibidor específico para um fator da coagulação ou a um inibidor inespecífico, como o anticoagulante lúpico. Pode ser pedida junto com exames que pesquisam anticorpos anticardiolipina e anti-beta-2-glicoproteína I. Se uma pesquisa de inibidores lúpicos é positiva, ela pode ser repetida após algumas semanas para verificar se o anticorpo é transitório ou persistente.
Diversos exames são usados para pesquisar anticoagulante lúpico. Recomenda-se que sejam feitos pelo menos dois deles. Os mais sensíveis, além do TTP, são o teste diluído com veneno da víbora de Russel e o TTP sensível ao anticoagulante lúpico, que usa níveis baixos de ativador fosfolipídico. Outras variantes usam correção com plasma normal misturado ao plasma do paciente (ex. TTP 50/50) ou com um excesso de fosfolipídio.
Um tempo de trombina e uma dosagem de fibrinogênio podem ser feitos para excluir contaminação com heparina, deficiência de fibrinogênio ou disfibrinogenemia.
Quando o exame é pedido?
A pesquisa de anticoagulante lúpico é feita para determinar a causa de uma trombose não explicada, de abortos recorrentes ou de um tempo de tromboplastina parcial (TTP) prolongado. Exames positivos são repetidos após algumas semanas para verificar se o anticoagulante é transitório ou persistente.
O exame é feito em geral com uma pesquisa de anticorpos anticardiolipina para diagnóstico da síndrome antifosfolipídio.
Pessoas com doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e doença mista do tecido conjuntivo, têm probabilidade maior de apresentarem anticoagulantes lúpicos, epodem ser testadas periodicamente.
O que significa o resultado do exame?
A pesquisa de anticoagulantes em geral é feita por etapas. Embora os exames possam variar, a pesquisa começa com um tempo de tromboplastina parcial (TTP) prolongado. Se o TTP estiver normal, não há anticoagulante lúpico ou o reagente do TTP contém fosfolipídios em excesso. Para excluir a segunda possibilidade, pode ser feito o TTP sensível ao anticoagulante lúpico (com níveis baixos de fosfolipídio).
A tabela abaixo resume as etapas dos exames:
	 
	Exames
	Resultados
	Interpretação
	Passo 1
	TTP sensível ao anticoagulante lúpico e/ou teste diluído com veneno da víbora de Russell
	Normais
	Não são necessários outros exames. Se a suspeita de inibidor se mantiver, esses exames podem ser repetidos.
	 
	 
	Prolongados
	Possível inibidor; veja Passo 2
	Passo 2
	TTP sensível ao anticoagulante lúpico e/ou teste diluído com veneno da víbora de Russell com uma mistura em partes iguais de plasma do paciente e pool de plasma normal
	Normais
	O prolongamento dos exames no Passo 1 é devido a deficiência de fatores da coagulação, não a anticoagulantes
	 
	 
	Prolongados
	Provável anticoagulante lúpico; veja Passo 3
	Passo 3
	Confirmação. TTP sensível ao anticoagulante lúpico e/ou teste diluído com veneno da víbora de Russell com excesso de fosfolipídio.
	Normais ou encurtados
	A correção com fosfolipídio confirma a presença de anticoagulante lúpico.
	 
	 
	Prolongados
	Inibidor específico de um fator da coagulação, e não anticoagulante lúpico.
Se os resultados indicam um anticoagulante lúpico, os exames podem ser repetidos após algumas semanas, para verificar se ele é persistente.
A pesquisa de anticoagulante lúpico é com frequência feita junto com a pesquisa de anticorpos anticardiolipina e anti-beta2-glicoproteína I, para diagnóstico da síndrome antifosfolipídio.
Outros exames são usados para excluir outras causas de aumento do TTP:
Tempo de trombina normal exclui contaminação com heparina.
Uma dosagem de fibrinogênio normal exclui hipofibrinogenemia e disfibrinogenemia.
O teste de inibição da tromboplastina tecidual é um exame menos usado para pesquisar anticoagulante lúpico.
Dosagem de fatores da coagulação. Deficiências de fatores são excluídas em testes de correção. Os métodos em si também podem ser usados para pesquisa de anticoagulante lúpico.
Hemograma. Pacientes com anticoagulante lúpico podem apresentar também trombocitopenia leve ou moderada. Pacientes em uso de heparina para tratamento de trombose também podem desenvolver trombocitopenia.
4- INR
O que é o exame?
Uma vez que o tempo de protrombina (PT) avalia a capacidade de coagulação do sangue adequadamente, pode ser usada para ajudar a diagnosticar a hemorragia. Quando utilizado neste exemplo, é muitas vezes usado em conjugação com o PTT para avaliar a função de todos os fatores de coagulação. Ocasionalmente, o ensaio pode ser utilizado para selecionar pacientes para quaisquer problemas de sangramento não detectados previamente antes de procedimentos cirúrgicos.
A Razão Normalizada Internacional (INR) é usado para monitorar a eficácia de desbaste drogas no sangue. Estes anti-coagulantes medicamentos ajudam a inibir a formação de coágulos sanguíneos. Eles são prescritos em uma base de longo prazo para os pacientes que sofreram sangue inapropriado recorrente coagulação. Isto inclui aqueles que tiveram ataques cardíacos , derrames e venosa profunda trombose (TVP). A terapia anti-coagulante também pode ser administrado como uma medida preventiva nos doentes com válvulas cardíacas artificiais e numa base de curto prazo para os pacientes que tiveram intervenções cirúrgicas, tais como substitutos do joelho. Os medicamentos anti-coagulantes devem ser cuidadosamente monitorizados para manter um equilíbrio entre a prevenção de coágulos e causando sangramento excessivo.
Quando o exame é pedido?
Se estiver a tomar um anti-coagulante de drogas, o seu médico irá verificar o seu PT / INR ​​regularmente para se certificar de que sua receita está funcionando corretamente e que o seu PT / INR ​​é adequadamente prolongado. Não há freqüência definida para fazer o teste. O seu médico irá pedir-lhes muitas vezes o suficiente para ter certeza de que o medicamento está a produzir o efeito desejado - que está aumentando o seu tempo de coagulação para um nível terapêutico, sem causar sangramento excessivo ou hematomas.
O PT pode ser ordenada quando um paciente que não está tomando medicamentos anti-coagulantes tem sinais ou sintomas de um distúrbio de sangramento , que pode variar de hemorragias nasais, sangramento nas gengivas, hematomas, períodos menstruais abundantes, sangue nas fezes e / ou urina para artrite sintomas do tipo (danos causados ​​por hemorragia em articulações), perda de visão e crônica ��HYPERLINK "http://www.labtestsonline.org.br/understanding/conditions/anemia"anemia .
Por vezes, a PT pode ser ordenada quando um paciente está a sofrer um procedimento médico invasivo, tal como a cirurgia, para assegurar a capacidade de coagulação normal.
O que significa o resultado do exame?
O resultado do ensaio para a PT depende do método utilizado, com os resultados medidos em segundos e em comparação com o valor médio em pessoas saudáveis. A maioria dos laboratórios relatar os resultados da PT que foram ajustados para a Razão Normalizada Internacional (INR) em doentes tratados com anti-coagulantes drogas. Estes pacientes devem ter uma INR de 2,0 a 3,0 para as necessidades básicas "para diluir o sangue". Para alguns pacientes que têm um alto risco de formação de coágulos, o INR precisa ser maior - cerca de 2,5 a 3,5. O seu médico irá usar o INR para ajustar sua droga para obter o PT para a faixa que é certo para você.
Se não estiver a tomar medicamentos anti-coagulantes e seu PT é prolongado, testes adicionais podem ser necessários para determinar a causa. A prolongada, ou aumento, PT significa que o sangue está demorando muito para formar um coágulo. Isto pode ser causado por condições tais como a doença do fígado , deficiência de vitamina K, ou uma deficiência do fator de coagulação. O resultado do PT é interpretado com a do PTT para determinar o estado pode estar presente.
5- Hemograma completo
Como o exame é usado?
O hemograma é usado como um exame de triagem de distúrbios como anemia, infecção e muitos outros. Na realidade, é um painel de testes que examina as diferentes células do sangue, incluindo:
Contagem de leucócitos: mede o número de leucócitos de qualquer tipo em um volume de sangue. Aumentos e diminuições podem ter significado.
Contagem diferencial de leucócitos: determina a proporção de cada tipo de leucócitos.Há cinco tipos diferentes: neutrófilos, linfócitos, monócitos,  eosinófilos, e basófilos.
Contagem de hemácias: mede o número de hemácias em um volume de sangue. Diminuição ou aumento indicam estados anormais.
Hemoglobina: mede a quantidade de hemoglobina em um volume de sangue.
Hematócrito: mede o volume percentual de hemácias em um volume de sangue.
Contagem de plaquetas: determina o número de plaquetas em um volume de sangue. Aumentos e diminuições podem indicar anormalidades com sangramento excessivo ou risco de coágulos. O volume plaquetário médio (MPV) é uma medida do tamanho médio das plaquetas. Plaquetas novas são maiores, e um aumento do MPV ocorre quando aumenta a produção de plaquetas. O MPV dá ao médico uma indicação da produção de plaquetas na medula óssea.
Volume globular médio (VGM ou VCM ou MCV): é uma medida do tamanho médio das hemácias. Aumenta quando as hemácias são maiores que o normal (macrocitose), como na anemia causada por deficiência de vitamina B12. Diminui quando as hemácias são menores que o normal (microcitose), como visto na anemia por deficiência de ferroe na talassemia.
Hemoglobina globular média (HGM ou HCM): é um cálculo da quantidade média de hemoglobina em cada hemácia. Hemáciasmacrocíticas são maiores e têm uma HGM maior. Hemácias microcíticas são menores e têm uma HGM menor.
Concentração de hemoglobina globular média (CHGM ou CHCM): é um cálculo da quantidade de hemoglobina em um volume de hemácias. Valores baixos são vistos quando a hemoglobina está diluída dentro das hemácias, como na anemia por deficiência de ferro e na talassemia. Valores aumentados ocorrem quando a hemoglobina está mais concentrada dentro das hemácias, como em pacientes queimados e na esferocitose hereditária.
Amplitude de distribuição das hemácias (RDW): indica a variação de tamanho das hemácias. Em algumas anemias, como a anemia perniciosa, a variação do tamanho (anisocitose) e do formato das hemácias (poiquilocitose) causa um aumento da RDW.
Quando o exame é pedido?
O hemograma é um exame muito comum. Muitos pacientes o fazem como parte da avaliação de seu estado de saúde geral. Se o paciente estiver bem e as populações de células do sangue normais, não há necessidade de fazer outro hemograma até que haja alterações do estado de saúde ou quando o médico determinar.
Se o paciente tem sintomas como fadiga e fraqueza, ou infecção, inflamação, equimoses ou sangramento, o médico pode pedir um hemograma para avaliar a causa. Aumento dos leucócitos pode confirmar uma infecção e sugerir outros exames para identificação da causa.
A diminuição da contagem de hemácias (anemia) pode ser mais avaliada por alterações do tamanho e da forma das hemácias, para determinar se a causa é diminuição da produção, aumento da perda de sangue ou destruição excessiva de hemácias. Uma contagem de plaquetas baixa ou muito alta pode confirmar uma causa de sangramento excessivo ou uma tendência a trombose, e pode estar associada a doenças da medula óssea, como leucemia.
Muitas doenças ou estados clínicos resultam em aumento ou diminuição das populações de células. Algumas exigem tratamento, enquanto outras se resolvem sozinhas. Determinadas doenças, como câncer (e quimioterapia) podem afetar a produção de células na medula óssea, aumentando a proporção de um tipo de célula ou diminuindo a produção total de células. Alguns medicamentos podem aumentar a contagem de leucócitos, e deficiências de algumas vitaminas e minerais podem causar anemia. O médico pode pedir o hemograma periodicamente para monitorar esses problemas e seu tratamento.
O que significa o resultado do exame?
O quadro abaixo explica o significado de aumentos ou diminuições de cada componente do hemograma. 
	EXAME
	O QUE É
	AUMENTO OU DIMINUIÇÃO
	Leucócitos
	Contagem de leucócitos
	Aumento com infecções, inflamação, câncer, leucemia. Diminuição com alguns medicamentos (como o metotrexato), alguns processos autoimunes, algumas infecções graves e destruição ou aplasia da medula óssea.
	Neutrófilos %
	Proporção deneutrófilos/Bast/Seg/Gran
	
Essa é uma população que varia um pouco a cada dia,dependendo do que ocorre no corpo. Aumentos ou diminuições de tipos específicos estão associados a diferentes problemas agudos ou crônicos. Um exemplo é a elevação do número de linfócitos vista na leucemia linfoide crônica. Aumento dos eosinófilos pode sugerir parasitoses ou alergias. 
	Linfócitos %
	Proporção de linfócitos
	
	Monócitos %
	Proporção de monócitos
	
	Eosinófilos %
	Proporção de eosinófilos
	
	Basófilos %
	Proporção de basófilos
	
	Neutrófilos
	Contagem de neutrófilos 
	
	Linfócitos
	Contagem de linfócitos 
	
	Monócitos
	Contagem de monócitos 
	
	Eosinófilos
	Contagem de eosinófilos
	
	Basófilos
	Contagem de basófilos 
	
	Hemácias
	Contagem de hemácias 
	Diminuição em alguns tipos de anemias. Há aumento quando ocorre produção excessiva (policitemia) ou quando há concentração por perda de líquido, como em diarréias, desidratação ou queimaduras.
	Hemoglobina
	Dosagem de hemoglobina
	Reflete o resultado da contagem de hemácias.
	Hematócrito
	Proporção de hemácias
	Reflete o resultado da contagem de hemácias.
	VGM
	Volume globular médio
	Aumenta nas deficiências de folato e de vitamina B12. Diminui na deficiência de ferro e nas talassemias.
	HGM
	Hemoglobina globular média
	Reflete o resultado do VGM.
	MCHC
	Concentração de hemoglobina globular média
	Pode diminuir quando o VGM está baixo. O aumento é limitado pela quantidade de hemoglobina que cabe na hemácia.
	RDW
	Distribuição de tamanho das hemácias
	Aumento da RDW indica variação de tamanho das hemácias. Hemácias imaturas são maiores.
	Plaquetas
	Contagem de plaquetas
	Diminuídas ou aumentadas em estados que afetam a produção. Aumentadas com sangramento. Diminuídas em alguns distúrbios hereditários (Wiskott-Aldrich, Bernard-Soulier), lúpus eritematoso sistêmico, anemia perniciosa, hiperesplenismo (são retiradas da circulação pelo baço), leucemia e quimioterapia.
	MPV
	Volume plaquetário médio 
	Varia com a produção de plaquetas porque as mais jovens são maiores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste trabalho, concluímos que é de extrema importância a avaliação do estado de saúde de um paciente no pré-operatório.
 Através de algumas “ferramentas”, tomamos conhecimento de pontos primordiais a serem investigados sobre a história de saúde de nosso paciente, objetivando alcançar todas as expectativas positivas ou minimizadoras que requer um procedimento cirúrgico. 
Temos que, como profissionais, explicar com clareza, todas as etapas, para que nosso paciente não tenha dúvidas e para que possamos contar com sua cooperação, afinal: um dos pontos primordiais da investigação que é a anamnese, passamos a contar totalmente com o depoimento do paciente.
Vimos que, a avaliação do estado de saúde do paciente candidato à cirurgia ambulatorial, consta necessariamente de exame clínico (anamnese + exame físico) e exames complementares. A partir daí, poderemos nos “programar” e “calcular”, uma cirurgia bem sucedida.
BIBLIOGRAFIA
1.Labtest Diagnóstica AS
2.http://www.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un1_ExameClinico.pdf
3.http://cfo.org.br/dia-a-dia/ficha-de-anamnese/
4.www.aorp.org.br

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