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* Recém-nascidos Prematuros Alimentação e Nutrição * Prematuros Definição RN < 37 semanas de gestação Classificação – Idade Gestacional (IG) Limítrofe: 36 a 36 semanas e 6 dias Moderada: 31 a 35 semanas e 6 dias Extrema: ≤ 31 semanas * Prematuros Classificação (Peso - OMS, 1976) Macrossomia > 4.000 g Peso Normal 3.001 – 4.000 g Peso insuficiente 2.500 – 3.000 g Baixo peso < 2.500 g Muito baixo peso 1.000 – 1.500 g Extremo baixo peso < 1.000 g * Prevalência de Prematuridade Artigo de revisão de trabalhos com base populacional no Brasil (SILVEIRA MF, 2008) Sul e Sudeste (1978 a 2004) = variação de 3,4 a 15,0% Nordeste (1984 a 1998) = variação de 3,8 a 10,2% Tendência de aumento a partir de 1990. 61,4 % das causas perinatais de mortalidade infantil devem-se a prematuridade * Sobrevida em Prematuros Taxas de sobrevida RN 501 a 1500 g no Brasil 501 – 750 g aumento de 54% 751 – 1000 g aumento de 86% 1001 – 1250 g aumento de 94% 1251 – 1500 g aumento de 97% Sobrevida RN 24 sem. = 50% Menina nascida com 22 semanas 241 g e 24 cm em Miami, 2007 Chegou aos 4 meses com 2 kg * Características Físicas Face pequena aspecto senil Tecido muscular escasso Pele enrugada Desproporção: PC > PT Pernas delgadas e curtas Baixa Estatura Baixo PC (< 33 cm) Diminuição camada gordura Desproporção: cérebro > fígado * Características Fisiológicas Capacidade de sucção diminuída/ausente Baixo tônus do esfíncter esofágico inferior X Refluxo Peristaltismo diminuído Esvaziamento gástrico retardado Capacidade gástrica diminuída (1º dia=2 ml/kg; 2º dia=16 ml/kg; 10º dia=27 ml/kg) Secreção gástrica diminuída Trânsito intestinal lento Imaturidade dos peptídeos moduladores TGI Metabolismo Glicídico em RNPT (28-30 sem) Lactase = 30% da atividade do RN a termo. Glicose – absorção de 50 a 60% em comparação ao adulto. * Metabolismo Proteínas Metionina S-adenosil metionina Homocisteína Homocistina Serina Cistationina Cistationase Taurina Cisteína Cistina Aa essenciais * Características Clínicas Hipotermia Hiperbilirrubinemia Desconforto respiratório Anóxia respiratória grave Hipoglicemia Hipocalcemia Acidose metabólica ( plasmático uréia, creatinina, ácido úrico e íon amônio) Anemia * Avaliação do crescimento Índice de crescimento (Roher) IC = Peso (g) X 100 [Comp (cm)]³ Classificação do crescimento intra-útero < 2,2 crescimento retardado 2,2 – 3,0 NORMAL > 3,0 crescimento excessivo Monitoramento Curvas de crescimento específicas (LEONE, 1986) Curvas de crescimento de crianças normais (idade corrigida + priorização do canal de crescimento) Ganho diário de peso (25 – 30g/dia) e semanal de comprimento (0,75cm/sem ) e PC (1,1cm/sem) * Necessidades nutricionais Necessidades hídricas Aumento das necessidades baixa umidade ambiental, frio, febre, perdas gastrointestinais, fototerapia (+ 20%) Diminuição das necessidades insuficiência renal e cardíaca, meningite, pós-operatório * Necessidades nutricionais Necessidades energéticas Recomendações 1 semana – 50 a 100 kcal/kg/dia 2 semana – 110 a 150 kcal/kg/dia (até 200) Fontes: maltodextrina e oligossacarídeos + TCM * Necessidades nutricionais Necessidades protéicas Consequências do excesso de proteínas Sobrecarga metabólica ( filtração glomerular = acidose metabólica) Sobrecarga renal * Necessidades nutricionais Necessidades lipídicas Recomendações (g/kg/dia) * Necessidades nutricionais Necessidades vitaminas e minerais Leite Humano “pool” diminuição de ferro, fósforo, cálcio, sódio e cobre Recomendações suplementação Vit E Complexo B e vit C = 1 semana de vida * Terapia Nutricional Como Iniciar? Quando Iniciar? Nutrição Enteral mínima * * Efeitos da dieta enteral precoce Aumento da gastrina, motilina e peptídeos pancreáticos; Crescimento da mucosa intestinal; Maturação da musculatura lisa do TGI facilitando a propulsão e a tolerância alimentar; Diminuição da resistência vascular esplênica aumentando o fluxo sanguíneo e oferta de oxigênio e nutrientes. * Condicionantes Urgência de acréscimo de nutrientes Capacidade de sugar e deglutir Integridade do sistema digestivo Manutenção de lactação Permanência da mãe e acesso a unidade neo-natal. Rotinas de alimentação artificial das instituições. * Vias e técnicas de alimentação Via Intravenosa Técnica = Nutrição parenteral Via Digestiva Técnicas Nutrição enteral Sonda oro-entérica Sonda oro-gástrica Nutrição Oral Copinho Sucção * Via Intravenosa Técnica suporte nutricional parenteral para suprimento de necessidades nutricionais e metabólicas Início primeiras 24 horas de vida (nem sempre é tecnicamente possível) Urgência nutricional reservas mínimas restrição nutritiva grave = alterações do SNC (RN 24 sem.= questão de horas até 1 dia no máximo) * Via Intravenosa Indicação Impossibilidade de uso do tubo digestivo devido à dificuldades de ordem estrutural e funcional Distúrbios digestivo-absortivos graves mais frequentes em Prematuros Extremos e de Extremo Baixo Peso Ex: Motilidade tubo gastrintestinal débil e descoordenada < RN 31 sem. * Tipo de solução Tabela 1 - Solução parenteral inicial para o RN pré-termo Esta solução pode ser ofertada em volume de 60mL/kg/dia. Representa aporte de 6g/kg/dia de glicose (4mg/kg/min), 1g/kg/dia de aminoácidos e oferta basal de cálcio. * Alimentação Parenteral Prescrição - componentes essenciais • Fluidos. • Hidratos de carbono. • Aminoácidos (proteínas). • Lipídios. • Eletrólitos. • Oligoelementos. • Vitaminas. * Recomendações para Início da Alimentação * Recomendações nutricionais * Complicações da Alimentação Parenteral • Distúrbios metabólicos diretos • Complicações associadas aos acessos venosos • Complicações no longo prazo (doença colestática, doença óssea metabólica). * Alimentando com Leite Materno * Via Digestiva Menor custo Menor índice de complicações infecciosas Menor atividade inflamatória Promove Estímulo trófico da mucosa intestinal Proteção contra translocação bacteriana Menor tempo para atingir dieta normal Via de escolha * Requisitos para iniciar alimentação pela via digestiva Peso mínimo = 1300g Tubo digestivo funcionante Capacidade de esvaziamento gástrico completo Motilidade intestinal adequada * Alimentação Enteral Objetivos Diminuir a perda de proteína endógena nos primeiros dias de vida Proporcionar perda de peso mínima nos primeiros dias de vida Proporcionar ganho de peso de 14 a 16g/kg/dia após a recuperação do peso de nasci -mento Evitar que o RN atinja o termo com peso abaixo de dois desvios – padrão Estimular crescimento trófico * Alimentação Enteral Início RN hemodinamicamente estável Com peristalse, mesmo se intubado ou com cateter umbilical Recomenda-se com quantidades iniciais: 10 a 20ml/kg/dia em infusão contínua ou em bolo, de leite materno ou colostro, e avançar (10 a 20m L/kg/dia) dependendo da tolerância do RN e de sua evolução clínica. * Técnicas de Alimentação Via gastroentérica - SONDAS Sonda oro-entérica Casos graves de refluxo Em ventilação mecânica Sonda oro-gástrica Para observar a evolução da coordenação sucção-deglutição-respiração e o ganho de peso para iniciar via oral Sucção Não Nutritiva * Suporte Nutricional Esquema do Instituto da Criança HC-FMUSP Iniciar com 24 a 72 horas; Administração parenteral, iniciando a enteral quando TGI funcionante; 2° semana vida = 140 Kcal/Kg/dia e 3,8 g/Kg/dia de proteína; Gavagem gástrica de forma intermitente – 1 a 2 ml com intervalos de 1 - 2 horas (RNMBP) e contínua para PT extremos c/ problemas respiratórios graves, refluxo gastroesofágico, resíduo gástrico. Alternativa: administração por 1 hora e pausa 1 - 2 h. * Técnicas de Alimentação Via Oral Requisitos Peso = 1.600 a 1.800 g IG > 34 semanas * Estratégias Nutricionais Alimentos de Escolha Leite Materno Leite Humano Fórmulas infantis para prematuros Fórmulas caseiras à base de leite de vaca QUAL O MELHOR LEITE? * Fornecimento de nutrientes pelo Leite Humano *Considerando um feto de 30 semanas com 1.500 g **Considerando absorção e perdas * Humanização do atendimento Método Canguru Redinha em incubadoras * Método Canguru - Histórico Criado na Colômbia em 1979 pelo Dr. Héctor Martinez devido a alta mortalidade neonatal devido a ausência de incubadoras Expalhou-se pelo mundo ganhando adeptos e opositores; No Brasil foi adotada em Santos e Recife e normatizada pela Área Técnica de Saúde da Criança – MS como método de humanização da assistência em 1999. Mais que um programa, consiste em um nova visão de um paradigama atenção humanizada com maior respeito à criança, à mãe e à família. * Método Canguru – Definição Consiste em contato gradual pele a pele com a mãe ou outro familiar pelo tempo suficiente a ambos segundo critérios de elegibilidade clínicos e emocionais do RN e mãe com suporte da equipe de saúde. Objetivos Fortalecer o vínculo afetivo; Aumentar a segurança do binômio; Promover o aleitamento materno; Melhorar o desenvolvimento da criança; * Método Canguru-Funcionamento Etapas 1ª - PRÉ-NATAL - Identificação de risco 2ª - ALOJAMENTO CONJUNTO Critérios para o bebê: Peso da criança superior a 1250 g e ganho de peso regular por 3 dias; Critérios para a mãe: segura e orientada; 3ª - ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL Critérios: Peso mínimo 1500 g, amamentação exclusiva e estabilidade clínica; Ambulatório: 3 X 1 ª semana; 2 X 2ª semana e semanalmente até peso de 2500 g MANTER POSIÇÃO CANGURU 24 h * Redinha em incubadoras A "redinha" simula o útero materno, proporcionando uma reorganização tônica e comportamental do bebê prematuro, na medida que favorece o tônus flexor próprio do recém-nascido, prejudicado pelas posturas convencionais utilizadas na UTI, e favorece ainda a estimulação do sistema vestibular, das reações de equilíbrio e de proteção e a integração sensorial, fatores prejudicados pela prematuridade do bebê. * * Obrigada!!!
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