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Teoria Funcionalista da Comunicação − desenvolvida nos Estados Unidos entre as décadas de 1940 e 1960 − tem como referência a teoria sociológica do estrutural-funcionalismo, para a qual o sistema social é entendido como um organismo cujas diferentes partes desempenham funções de integração e de manutenção do sistema − tem como método a investigação empírica − aborda hipóteses sobre as relações entre os indivíduos, a sociedade e os meios de comunicação de massa − tem como centro de preocupações o equilíbrio da sociedade, na perspectiva do funcionamento do sistema social no seu conjunto e a contribuição que seus componentes dão a esse funcionamento − abordagem global dos meios de comunicação de massa, explicitando as suas funções − não é a dinâmica interna dos processos comunicativos que define o campo de interesse de uma teoria dos meios de comunicação de massa, mas sim a dinâmica do sistema social − o foco não são os efeitos mas as funções exercidas pela comunicação de massa na sociedade Modelo de Laswell: pretende determinar a “estrutura e a função da comunicação na sociedade”. O ato de comunicação é descrito da seguinte forma: “quem diz o quê, por que meio, a quem e com que efeitos”? - estudo desenvolvido no contexto da comunicação política e da comunicação publicitária. - apresenta as seguintes funções da comunicação: vigilância (informativa, função de alarme), correlação das partes da sociedade (integração) e transmissão da herança cultural (educativa). - subdivide-se nos seguintes estudos: análise de mecanismos de controle (estudo do “quem” e das circunstâncias em que ele dá a partida e dirige tal processo), análise de conteúdo (estudo do “diz o quê”), análise de mídia (estudo dos diferentes meios, “por que meio”), análise de reações do público (estudo dos que são alcançados pela mídia, “a quem”) e análise dos efeitos proporcionados (estudo da impressão dos receptores, “com que efeitos”) - conclusões de Laswell: 1. a mídia afeta o público pelos conteúdos que dissemina; 2. os efeitos produzidos equivalem a reações manifestas do público; 3. essas reações compreendem atenção, compreensão, fruição, avaliação, ação; 4. as reações do público dependem de identificações projetivas, anseios e expectativas, latentes ou não, dos membros que o compõem; 5. há clara influência do contexto (social, cultural, ideológico) e de predisposições especiais nas reações manifestas pelo público; 6. os conteúdos disseminados pela mídia estão inseridos no contexto; 7. os conteúdos disseminados constituem, portanto, um dos fatores que provocam reações por parte do público Modelo de Lazarsfeld: nega que um público tido por “massivo” somente “reaja” - cada indivíduo é capaz de procurar e encontrar um meio de comunicação cujo conteúdo mostre compatibilidade às suas convicções e a seus modos de ver - apresenta as seguintes funções da comunicação: atribuição de status (estabilizar e dar coesão à hierarquia da sociedade), a execução de normas sociais (normatização) e o efeito narcotizante (que seria, de acordo com os autores, uma disfunção) - o excesso de informações disseminadas sem hierarquização e o entretenimento ruidoso levam os meios a aturdir e entorpecer a sensibilidade do público, resultando, de sua parte, um evidente desinteresse. O bombardeio de informações pode levar ao alheamento. Assim, a participação potencialmente ativa do público é convertida em “atitude passiva da maioria” - fluxo comunicacional em dois estágios (ou teoria dos efeitos limitados): as idéias se espalham ou se irradiam dos meios de comunicação para os formadores de opinião (pessoas bem informadas, socialmente influentes, de elevado grau de instrução e que inspiram confiança), seguindo destes útlimos para os setores menos ativos do público. Isso porque as mensagens elaboradas e transmitidas pela mídia nem sempre atingem os potenciais receptores de forma direta, mas sim através dos formadores de opinião. Seus juízos, suas opiniões, suas atitudes e o gosto que revelam contagiam o corpo social - os efeitos da mídia têm alcance limitado, já que o público não se comporta de maneira passiva ou inteiramente desprovida de intenção crítica, mas interagem com seu entorno social imediato
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