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Revisão OAB – 2ª Fase Júri

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Revisão OAB – 2ª Fase 
Aula.
Júri (lei 11.689/08)
Considerações iniciais
- O júri tem previsão constitucional – art. 5º, XXXVIII, CF;
- Tem status de cláusula pétrea (direito fundamental de participação do povo de integrar a administração da justiça e garantia fundamental de ser julgado por pessoas comuns do povo).
Princípios
Princ. da Plenitude de Defesa
Além dos argumentos técnicos, a defesa pode se valer de argumentos meta jurídicos (filosóficos, econômicos, sentimentais, etc.).
Princ. do Sigilo das votações
O sigilo ocorre por intermédio da sala secreta onde pessoas que possam intimidar os jurados não terão acesso sob pena de nulidade absoluta. Além disso, o voto ocorre de maneira impessoal para que o jurado não seja identificado.
Atualmente, para preservar o sigilo, a unanimidade está vedada e com 04 votos em determinado sentido, o quesito estará suficientemente julgado (ou seja, não se declara/verifica mais unanimidade).
Princ. da Soberania dos vereditos
O mérito da deliberação dos jurados não poderá, em regra, ser alterado pelos demais órgãos do judiciário.
Obs.: Mitigações:
Apelação – ocorre pelo recurso de Apelação, quando os jurados julgam de forma manifestamente contrária a prova dos autos (art. 593, III, “d”, CPP). Vale lembrar que este fundamento da apelação só poderá ser invocado uma única vez;
Revisão criminal – a luz do art. 621, CPP, aquele que foi injustamente condenado por decisão transitada em julgado emanada do júri, poderá ser diretamente absolvido na ação de revisão criminal.
Princ. da competência mínima para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (tentados ou consumados)
Os art. 121 à 128, CP elencam as infrações dolosas contra a vida (homicídio, infanticídio, aborto, induzimento ao suicídio).
Além dos crimes dolosos contra a vida, o júri irá julgar as infrações comuns conexas, mesmo que sejam de menor potencial ofensivo.
O simples fato de haver morte não trás para o delito o status de infração dolosa contra a vida, como ocorre com o latrocínio que é crime contra o patrimônio (súmula 603, STF).
Características
Obs.: Composição do Júri – 01 juiz presidente +25 jurados (dos quais 07 serão sorteados para integrar o conselho de julgamento).
- Tribunal heterogêneo
Juiz togado (técnico) e pessoas comuns do povo (jurados)
– Tribunal Horizontal
Não há hierarquia entre o juiz presidente e os jurados.
- Órgão temporário
O Júri irá funcionar por determinados períodos do ano, definidos na lei de organização judiciária de cada estado.
Obs.: Enquadramento terminológico :
Reunião - se caracteriza pelos meses do ano quando o júri vai atuar.
Sessão – é o ato solene onde o processo será submetido a julgamento.
- Tribunal que vota por maioria
Está vedada a unanimidade (ou seja, só se apura a quantidade de votos que formam a maioria, neste caso, 04 votos).
Estrutura do Júri
Obs.: O procedimento é bifásico ou escalonado. A 1ª fase é chamada de judicium accusationis ou sumário da culpa, enquanto a 2ª fase é conhecida como judicium causae ou fase de julgamento.
Judicium Accusationis (Sumário da culpa)
1º passo – Oferta da inicial acusatória (denúncia ou queixa crime)
Obs.: Eventualmente, mesmo no procedimento do júri, caberá ação privada subsidiaria da pública.
2º passo – Juízo de admissibilidade da inicial
Negativo – a inicial acusatória será rejeitada (art. 395, CPP);
Positivo – recebimento da inicial com o início do processo.
3º passo – Realização da citação
A citação pode ser pessoal, por edital e hora certa.
4º passo – Apresentação da Resposta escrita à acusação (art. 406, §3º, CPP)
5º passo – Cabe ao Juiz abrir vistas à acusação
Para que a acusação se manifeste sobre os termos da resposta escrita (principio do contraditório), no prazo de 05 dias (art. 409, CPP).
6º passo – Os autos serão conclusos ao juiz.
Para o juiz sanear o processo no prazo de 10 dias.
Obs.: Conteúdo do saneador:
1ª posição – o juiz irá deliberar sobre diligências requeridas pelas partes, superar nulidades e marcar a audiência de instrução/debates/julgamento.
2ª posição – o juiz irá deliberar sobre diligências, sanar nulidades, poderá absolver sumariamente o réu, aplicando o art. 397, CPP por autorização do §4º, art. 394, CPP ou marcar a audiência de instrução e julgamento.
Obs.: por esta posição na resposta escrita no júri, estaremos autorizados a requerer a absolvição sumária antes da audiência de instrução, aplicando-se o art. 397, CPP e se o juiz, assim não entender, marcará a audiência de instrução e julgamento.
7º passo – realização da audiência de instrução/debates/julgamento da 1ª fase.
Obs.: prazo p/ realização da audiência -90 dias a partir do recebimento da inicial acusatória (entendimento por analogia, pois não há previsão legal do marco de contagem), não importando se o réu está preso ou solto, art. 412, CPP.
Obs².: Estrutura:
I -Instrução – os atos instrutórios são similares ao que ocorre no procedimento comum ordinário (art. 411, caput e § 1º e 2º, CPP);
II – Debates orais –são similares ao que ocorre no procedimento comum ordinário (art. 411, §4º, CPP). Nada impede que os debates orais sejam substituídos por memoriais e na peça iremos conjugar o art. 411, §4º, CPP com o art. 403, §3º, CPP, que disciplina a matéria.
III – Decisão do Juiz:
Decisão de Pronúncia - o juiz pode concluir que existe indício de autoria, somados a prova da materialidade e assim proferir a decisão de pronúncia (decisão interlocutória mista não terminativa que encerra a primeira fase do júri com a remessa do réu ao corpo de jurados – art. 413, CPP).
-> Conteúdo da pronúncia:
- indícios de autoria; prova de materialidade; qualificadoras; causas de aumento de pena; eventual tese da tentativa; concurso de pessoas.
- NÃO SERÃO VALORADOS NA D. DE PRONÚNCIA – causas de diminuição de pena, atenuantes, agravantes, concurso de crimes.
-> Postura do juiz:
O magistrado não poderá antecipar juízo de culpa ou afastar, peremptoriamente, as teses de defesa sob pena de nulidade absoluta – fenômeno conhecido como Eloquência Acusatória.
-> Situação Prisional do Réu
O magistrado só poderá decretar o cárcere do réu se presentes os requisitos da preventiva (art. 312 e 313, CPP).
-> Sistema recursal
Da decisão de pronúncia caberá RESE (art. 581, IV, CPP).
Na OAB, a deixa para identificação da peça será a intimação da decisão de pronúncia, Ex.: considerando que a pronuncia foi proferida e você foi intimado, apresente a respectiva peça.
Decisão de Impronúncia – é a sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito por ausência de lastro probatório (indícios de autoria e prova de materialidade) que permita a remessa do réu aos jurados. 
-> Definitividade da D. de Impronúncia
	A impronúncia não faz coisa julgada material, tanto que, surgindo novas provas enquanto o crime não estiver prescrito, o MP terá aptidão para oferecer uma nova denúncia (§único, art. 414, CPP).
Percebe-se que a impronúncia segue a cláusula rebus sic stantibus (como as coisas estão).
-> Sistema Recursal (art. 416, CPP)
	Caberá recurso de apelação sem efeito suspensivo, de forma que, se o réu estava preso será automaticamente libertado.
	Obs.: Despronúncia – é a obtenção da impronúncia pelo êxito do RESE apresentado para combater a pronúncia.
Decisão de absolvição sumária – sentença que extingue o processo com julgamento de mérito, reconhecendo a inocência do réu, sem a necessidade de remetê-lo aos jurados.
-> Hipóteses de cabimento (art. 415, CPP) – pautadas em uma análise de certeza, ou seja, não pode haver dúvida:
I – Negativa de autoria;
II – Inexistência do fato;
III – Excludente de tipicidade, ilicitude ou culpabilidade;
Obs.: A inimputabilidade só vai justificar a absolvição sumária ao final da instrução da primeira fase do júri, se for a única tese da defesa (art. 415, § único, CPP). Neste caso, haverá aplicação de medida de segurança.
-> Sistema Recursal (art. 416, CPP)
Caberá Apelação sem efeito suspensivo, de forma que se o réu estava preso será imediatamente libertado.Decisão de desclassificação – decisão interlocutória mista que encerra a primeira fase do júri com a remessa dos autos ao juízo competente, afinal, o delito praticado não é da competência dos jurados, pois em seu bojo não há dolo de matar.
-> Sistema Recursal (art. 581, II, CPP)
Caberá RESE.
-> Situação prisional
O réu preso ficará a disposição do juízo competente (art.419, CPP).
2ª fase do júri - Fase de julgamento (juridicium causae)
Obs.: Pressuposto lógico – existência de D. de pronúncia.
Obs².: Intimação da pronúncia – atualmente, o réu será intimidado de forma pessoal no termo do art. 420, I, CPP. Todavia, ele o réu não for encontrado será intimado por edital e o processo prosseguirá a sua revelia. 
Percebe-se, assim, que acabou a chamada crise de instância que se caracterizava pela paralisação do processo (sem a paralização do prazo de prescrição) enquanto o réu não fosse intimado pessoalmente da pronúncia.
Obs³.: Definitividade da pronúncia – após a preclusão a pronúncia passa a ser inalterável, salvo, pela ocorrência de fato novo superveniente, quando então, o juiz vai oportunizar que a acusação adite a denúncia e que a defesa se manifeste, proferindo, assim, uma nova pronúncia (art. 421, § 1º, CPP).
Obs.: Início da 2ª fase – começa com a preclusão da denúncia, que ocorre por não ter havido recurso ou porque o recurso apresentado encontra-se definitivamente julgado.
1º passo – O juiz vai abrir vistas à acusação para apresentação de requerimento de diligências.
O prazo é de 05 dias p/ apresentação desse requerimento, no qual podem ser indicadas até 05 testemunhas (art. 422, CPP).
2º passo – O juiz vai abrir vistas a defesa para apresentação de requerimento de diligências.
O prazo é de 05 dias p/ apresentação desse requerimento, no qual podem ser indicadas até 05 testemunhas (art. 422, CPP).
3º passo – Os autos serão remetidos ao juiz p/ que ele possa sanear o processo
Obs.: Conteúdo do saneador (art. 423, CPP): superar nulidades; deliberar sobre as diligências requeridas; acostar aos autos relatório que funciona como uma síntese do processo e que será entregue aos jurados, juntamente, com a cópia da pronúncia; marcar audiência de instrução/debates/julgamento (sessão plenária). 
4º passo – Realização da sessão plenária
Abertura da sessão – para tanto, dos 25 jurados convocados nos termos dos arts. 432 ao 435, CPP, devem comparecer, ao menos, 15 jurados. Caso contrário, a sessão será remarcada com a convocação dos jurados suplentes (art. 463, CPP).
Se o juiz abrir a sessão sem o quórum mínimo de jurados, tal ato incidirá em nulidade processual que poderá ser arguida em preliminar de futura apelação (art. 564, III, i, CPP).
Sorteio do conselho de sentença –serão sorteados os 07 jurados que efetivamente irão integrar o julgamento.
Obs.: Recusa - possibilidade da parte impugnar o jurado sorteado.
	|_> Modalidades: 
I – Recusas motivadas – elas se caracterizam pela possibilidade de alegar e provar na hora a eventual suspeição ou impedimento do jurado, e o juiz decidirá de plano.
Não há limitação numérica, ou seja, a parte pode impugnar todos os jurados sorteados se possuir provas p/ tanto.
II – Recusas imotivas ou peremptórias – a luz do art. 468, CPP, são aquelas conduzidas estrategicamente de acordo com o interesse da parte (sem motivação), havendo limitação de 03 recusas para cada uma das partes.
Obs.: Pluralidade de advogados (se cada réu tem advogados distintos) – neste caso, eles podem acordar que um só deles exerça a recusa em nome de todos réus. Não havendo consenso, eles atuarão individualmente (art. 469, CPP).
Obs².: Estouro de urna - ocorre pela não subsistência de 07 jurados p/ entregar o conselho em razão das recusas. Resta ao juiz, portanto, remarcar a sessão, convocando jurados suplentes. Se houver múltiplos réus, o juiz pode desmembrar o julgamento para que não ocorre novamente estouro de urna.
Realização do compromisso – os jurados serão compromissados a bem e fielmente a desempenharem seu papel e, serão informados do dever de incomunicabilidade, ou seja, não poderão conversar entre si ou com terceiros a cerca dos fatos que integram o processo, sob pena de nulidade absoluta (art. 472, CPP). 
Realização da Instrução – os atos de prospecção de prova na sessão plenária são estruturalmente análogos ao que ocorre na primeira fase do júri com a alteração do número de testemunhas, que na 2ª fase são em 05 para cada parte (arts. 473 -475, CPP).
Debates Orais 
Obs.: Distribuição: 1º fala a acusação (1h30min); 2º defesa (1h30min); 3º Réplica da acusação (facultativa) – 1h; 4º Tréplica (facultativa, mas só ocorrerá somente se a acusação praticar a réplica) – 1h.
Obs².: Pluralidade de réus – neste caso, vamos acrescer 1h a mais em cada trecho dos debates, independente da quantidade de réus a mais. Ex. 1ª acusação teria 2h e 30 min p/ todos os réus.
Obs³.: Proibições (art. 476 – 481, CPP) –as partes não poderão fazer referência, sob pena de nulidade, aos seguintes itens dentro do plenário: a decisão de pronúncia; ao uso de algemas; referência ao direito ao silêncio invocado; eventual documento novo só poderá ser apresentado no plenário se a parte contrária foi comunicada com antecedência mínima de 3 dias úteis.
Obs.: Apartes – é a intromissão de uma parte na fala da outra, e serão disciplinados pelo juiz. Vale lembrar que o tempo do aparte é acrescido ao tempo de fala de quem foi interrompido.
Parte para esclarecimentos – encerrados os debates orais, cabe ao juiz indagar aos jurados se estão aptos a julgar a causa, promovendo eventuais esclarecimentos. Na sequência os quesitos serão lidos e explicados e, as partes poderão promover eventuais contribuições.
Sala Secreta – local onde será promovida a votação dos quesitos, vale dizer, das perguntas que serão formuladas aos jurados dentro da disciplina dos art. 482 – 491, CPP.
Desfecho – votados os quesitos, cabe ao juiz confeccionar a sentença vinculada à deliberação dos jurados (art. 492 e 493, CPP), sendo que a sentença será lida em plenário e as partes já saíram intimadas para eventuais recursos (art. 593, III, CPP).
Peças na 1ª fase do júri
Queixa crime (ação privada subsidiária da pública);
Resposta escrita à acusação – art. 406, §3º, CPP. 
É possível requerer preliminares de natureza processual (art. 564, CPP) – causas geradoras de nulidades – e preliminares de mérito (art. 107, CP) – causas de extinção da punibilidade. E no mérito, pode-se requer a aplicação da absolvição sumária (art. 397, CPP e art. 394, §4º, CPP). E se o juiz não entender cabível a absolvição sumária, protestar pelas provas admitidas em lei, aguardando a audiência de instrução da 1ª fase.
Memoriais ( art. 411, §4º, CPP c/c art. 403, §3º, CPP)
É possível pleitear preliminares processuais (causas que levam a eventual nulidade – art. 564, CPP) e preliminares de mérito (causas de extinção da punibilidade – art. 107, CP). No mérito principal dos memoriais, pleitear absolvição sumária (art. 415, CPP), impronúncia (art. 414, CPP) e a desclassificação do crime (art. 419, CPP).
5.1 Sistema Recursal
a) RESE (art. 581, IV, CPP)– para impugnar a pronúncia.
É possível apresentar como tese do RESE, preliminares processuais (art. 564, CPP) ou de mérito (art. 107, CP) e, no mérito, a absolvição sumária (art. 415, CPP), impronúncia (art. 414, CPP) ou desclassificação (art. 419, CPP).
b) Apelação da impronúncia
- Pensando como adv. De defesa, é possível idealizar preliminares processuais ou de mérito, mas no mérito principal, pleitear a absolvição sumária (art. 415, CPP).
|_> embasamento normativo – art. 416, CPP.
- Pensando como adv. De acusação (adv. do querelante ou adv. do assistente de acusação), é possível arguir preliminares processuais ou de mérito e, no mérito principal a pronuncia do acusado (art. 413, CPP).
|_> embasamento normativo – art. 416, CPP. Mas em se tratando da apelação proposta pelo assistente de acusação, vale lembrar que ele só poderá apelar se o MP não o fizer (apelo supletivo) e deveremos conjugaro art. 416, CPP com o art. 598, CPP.
c) Apelação da absolvição sumária
- Adv. de Defesa – (art. 416, CPP) – Teses: além de preliminares, no mérito vamos discutir a contrariedade ao parágrafo único do art. 415, CPP., afinal, o juiz só poderá absolver sumariamente, aplicando medida de segurança, se a tese da inimputabilidade for a única apresentada pela defesa. 
Na peça, iremos pleitear uma absolvição própria pautada nas outras teses defensivas, eventualmente, levantadas na primeira fase do júri.
- Adv. de acusação – (art. 416, CPP, mas se o apelo é do assistente, combinar com o art. 598,CPP) – a atuação ocorreria numa ação privada subsidiária da pública ou na atuação como adv. do assistente de acusação. O recurso do assistente de acusação é supletivo, ou seja, só será interposto se o MP não o fizer (art. 598, CPP). 
Na tese, além de preliminares, como no mérito, pleitear a pronúncia do acusado.
d) RESE da desclassificação
|_> Embasamento legal – art. 581, II, CPP.
- Adv. de Defesa – nesta peça, poderemos invocar preliminares e no mérito pleitear a absolvição sumária ou a impronúncia.
- Adv. de Acusação – no recurso podem ser invocadas preliminares e no mérito admite-se o pleito da pronúncia do réu.
Peças na 2ª fase do júri
Ao final da segunda fase do júri, o Juiz, encerrando a sessão plenária, irá proferir sentença que comporta apelação nas hipóteses do art. 593, III,CPP.
Nulidade posterior a decisão de pronúncia.
Vale lembrar que as nulidades relativas ocorridas antes da pronúncia já estarão preclusas. Todavia, as nulidades absolutas ocorridas antes da pronúncia não precluiram e podem ser invocadas na apelação apresentada ao final da sessão plenária.
Havendo êxito na apelação, o procedimento do júri será anulado a partir da ocorrência do vício e o réu será submetido a um novo júri com outros jurados.
Na peça, vamos pleitear a declaração de nulidade do procedimento e a submissão do réu a um novo júri com outros jurados.
Quando a sentença do juiz presidente do júri for contrária à lei ou deliberação dos jurados.
Na apelação vamos pleitear que o tribunal proferira um acórdão ajustando a decisão ao texto da lei ou a deliberação dos jurados (§1º, art. 593, CPP).
Quando o juiz presidente do júri cometer erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou medida de segurança
Juiz injusto é aquele muito rígido ou muito brando dentro dos limites da lei, já o magistrado que comete erro é aquele que transborda os limites da norma.
Na apelação, vamos pleitear que o tribunal proferia um acórdão em substituição a decisão proferida, corrigindo o erro ou a eventual injustiça (§2º, art. 593, CPP).
Quando os jurados decidem de forma manifestamente contrária à prova dos autos.
Neste caso, vamos pleitear (por apelação) que o tribunal casse o julgamento remetendo o réu a um novo júri com outros jurados (§3º, art. 593, CPP).
O fundamento da alínea d, III, art. 593 (erro do jurado) só poderá ser invocado uma única vez no processo, independente da parte que o invocou primeiro.
Obs.: As alíneas do inciso III do art. 593, CPP, eventualmente podem ser conjugadas, havendo pertinência com o caso trazido na OAB.

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