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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro análise das leis

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Faculdades Cathedral – Direito - DN1C
Mariana M. Mantovani
Pedro Henrique Cruz
Samara A. G. Nery
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Barra do Garças, 2016
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, regula a aplicação das normas jurídicas brasileiras de uma maneira geral, sendo considerada uma norma sobre normas. Segundo Maria Helena Diniz, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro contém aplicação e entendimento, predeterminando as fontes do direito positivo, indicando-lhes as dimensões espaços-temporais.
Contém um conjunto de preceitos que orientam a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de normas no direito brasileiro, bem como delimita alguns conceitos como o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido. É, assim, uma "lei sobre a lei". Seu objetivo foi orientar a aplicação do código civil, dirimindo controvérsias que foram surgindo desde a edição do primeiro código civil, em1916. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Comentário: Toda lei promulgada e publicada, não tendo um prazo pré-fixado na mesma, tem sua data de início de vigência após quarenta e cinco dias de sua publicação, salvo para leis tributárias que tem seu início de vigência no ano posterior à sua promulgação não seguindo essa regra somente quando lançada nos últimos dias que antecedem este ano, nesta ocasião se dá noventa dias para entrar em vigência.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.   
 Comentário: A legislação brasileira quando empregada para brasileiros que se encontram fora de nossos limites territoriais seguem o prazo de “vacatio legis” de três meses após sua publicação oficial. Esta regra não se emprega para “vacatio legis” preestabelecido maior que este período de três meses, neste caso segue sua data originária. 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
Comentário: dada lei é promulgada e publicada, e em seu período que antecede seu início de vigor ou até mesmo posteriormente a esse início se constatado algum erro em seu texto ou em seus artigos está será prontamente corrigido e então publicada novamente, desta forma tendo por obrigatoriedade nova contagem para o prazo de entrada em vigor, partindo da data da nova publicação e de acordo com o preestabelecido pela lei. 
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Comentário: Toda lei que tiver seu texto corrigido depois de seu período de vacatio legis será publicada novamente conforme explica o parágrafo terceiro deste artigo, desta forma esta lei entrará em nosso ordenamento jurídico como uma nova lei, entretanto terá a mesma numeração da lei que foi corrigida, e novo período de “vacatio legis”.
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.  
Comentário: Uma lei estará em vigor até que que outra a revogue ou modifique, isso se essa não tiver caráter temporário.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Comentário: Ocorre a revogação de uma lei anterior quando o texto da nova lei afirmar isso, quando a nova lei não for compatível com a anterior e se a nova lei for mais completa que a lei antiga, regulando absolutamente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Comentário: Quando compatível com a anterior, a nova lei não será revogada ou modificada.
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Comentário: A lei revogada não será restaurada, pois essa mesma terá perdido a vigência, não podendo ocorrer a repristinação.
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Comentário: Interpretando à risca este artigo entende-se que, depois de publicada, a lei passa a ser obrigatória para toda a coletividade, e ninguém poderá furtar-se de seu cumprimento mesmo sob a alegação de erro ou ignorância, ou seja, mesmo sob a alegação de desconhecimento da lei.
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Comentário: o juiz é obrigado a integrar o sistema jurídico, ou seja, diante da lacuna (a ausência de norma para o caso concreto), ele deve sempre encontrar uma solução adequada. Esse artigo estabelece uma hierarquia entre as fontes, pois só autoriza o juiz a valer-se de outras fontes quando houver omissão na lei e impossibilidade de aplicação da analogia, buscando resoluções legais para casos semelhantes. Assim, a lei é uma fonte principal, sendo fontes secundárias a analogia, os costumes, os princípios gerais do direito, a doutrina e a jurisprudência.
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Comentário: O juiz aplicará a lei de maneira que ela seja condizente com os fins sociais, priorizando e levando em conta necessidades e exigências para o bem comum.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada
Comentário: Toda lei que passar a vigorar, terá sua aplicação imediata e geral, ou seja, terá efeito “erga omnes”, respeitando três casos: direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Comentário: Entende-se por ato jurídico perfeito aquele já acabado segundo a lei vigente. (Ex: Um senhor faz 65 anos um dia antes de uma lei que intitula ficticiamente que homens só poderão se aposentar aos 70 anos. A lei anterior previa que a idade para aposentadoria dos homens é de 65 anos, o direito desse senhor foi consumado, a partir do momento em que a lei entrou em vigor, já o atingiu, portanto não será prejudicado pela nova lei).
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.      
Comentário: Direito adquirido é o direito subjetivo incorporado, ao patrimônio e à personalidade do titular, definitivamente, de modo que nem norma, nem fato posterior possam modificar situação jurídica já consolidada sob sua égide
 § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.      
Comentário: Coisa julgada o próprio parágrafo conceitua, dizendo que é "a decisão judicial de que já não caiba recurso". O chamado trânsito em julgado
 Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Comentário: a lei que rege o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família é a lei de onde o indivíduo reside, por exemplo um holandês residente no Brasil terá que respeitar a legislação brasileira que rege os princípios citados.

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