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PRODUÇÃO DO ÁCIDO LÁTICO JOSÉ WALTER | RAUL LUCENA RODRIGO MENDES | SUZANA MARJORIE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS BACHARELADO EM BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA: ENZIMOLOGIA histórico - Químico e farmacêutico - Stralsund / Pomerânia "Gás Cloro" e 1º preparo de hipocloritos de sódio e cálcio (águas de lavadeira e cloro de piscina) Cloro: inglês Humphry Davy Bário: separou a Barita - Humphry Davy Molibdênio: deu para seu amigo Peter Jacob Hjelm, pois necessitava de uma temperatura elevada Oxigênio e oxidação: experimentos em 1771 e 1773, antes Priestley e Lavoisier. Manganês, tungstênio, ácido nítrico, glicerol, ácido prússico, ... FONTE: explicatorium.com/biografias/carl-sheele Carl Wilhelm Scheele (1742 - 1786) características C3H6O3 Ponto de fusão: 18°C (racêmico) ; Ponto de ebulição: 122°C (racêmico) Altamente corrosivo IUPAC: Ácido 2-hidroxipropanóico Foi o primeiro ácido orgânico produzido industrialmente por fermentação FONTE: brasilescola.com.br Principais formas de utilização Acidulantes em produtos alimentícios; Removedor de sais de cálcio; Matéria-prima em síntese orgânicas (fabricação de tintas e vernizes); Em forma de lactato aplicados em indústria farmacêuticas e cosméticos; Fabricação de polímeros (biodegradáveis, termoplásticos e transparentes); abordagem em biotecnologia Peeling Objetivo: pelar, soltar, ou descascar a pele para a renovar. “queimadura” “cicatrização” Acne, rugas, alterações pigmen-tárias epidérmicas, cicatrizes pós-acneicas, hiperpigmentação. Ácido lático Concentração de 30% Indicado para peles foto-envelhecidas. FONTE: mercadolibre.com.es abordagem em biotecnologia Geração de energia para smartphones Conversão de suor em eletricidade, alimentando baterias. Tatuagem com eletrodos 70 microwatts por cm² de pele Aumento de ácido lático devido a atividades físicas Enzima do eletrodo puxa os elétrons do ácido lático, os tornando úteis para baterias FONTE: techtudo.com.br Produção do ácido lático Fermentação Em condições de anaerobiose o glicogênio armazenado nos músculos dos animais pode ser decomposto em glicose. Este processo é denominado glicólise, no qual cada molécula de glicose é convertida em duas moléculas de ácido pirúvico. Normalmente o ácido pirúvico passa às mitocôndrias das células musculares, reage com o oxigênio para formar muitas moléculas de adenosina trifosfato (ATP). Quando o oxigênio é insuficiente para que ocorra a etapa oxidativa do metabolismo da glicose, a maior parte do ácido pirúvico é convertido em ácido lático (GUYTON e HALL, 1998). 7 Métodos de produção SÍNTESE QUÍMICA Hoje estão obtendo mais acido láctico por hidrolise da lactonitrila, um subproduto de um processo. 8 Métodos de produção FERMENTAÇÃO Bactérias Láticas Princípio Geral fermentação “Fermentação consiste na continuação da obtenção de energia na ausência de oxigênio” produtos por fermentação FONTE: dietaesaude.com.br FONTE: diariodebiologia.com.br Mecanismo de fermentação Glicose Piruvato Glicólise Fermentação O2 O2 Acetil CoA Lactato Mecanismo de fermentação O OH O Piruvato O OH OH CH3CHOHCOO NADH+ Lactato desidrogenase Redução NAD+ - Ácido Lático C3H6O3 H+ Oxidação + Lactato Lactato desidrogenase Nicotinamida Adenina Riboses Grupos fosfatos Nucleotídeos PROCESSO INDUSTRIAL Matérias primas Mosto Amido hidrolisado ou xarope dextrose D-glicose, maltose, lactose e sacarose Soro do queijo Melaço Resíduos de elevada DBO Etc... Processos fermentativos empregados Em estado sólido ou semi-sólido; Em estado líquido; Processo contínuo; Descontínuos; Descontínuo alimentado; Dentre outros. FLUXOGRAMA DE FERMENTAÇÃO POR BATELADA Inóculo Tanque germinador Reator Filtro FERMENTAÇÃO Decantador Filtro Concentrador RECUPERAÇÃO Extração Troca iônica Esterificação PURIFICAÇÃO Obtenção por fermentação Fase laboratorial Preparação do “pé de cuba” Inocula-se o mosto com uma cultura pura Feita em um meio estéril Incubação: 24h a 43 °C ou 30 °C Inóculo Tanque germinador Reator FERMENTAÇÃO Também chamada de fase de preparação do "pé-de-cuba". Inicia-se em laboratório, inoculando-se o mosto com uma cultura pura de microrganismos, em geral L. bulgaricus para o soro, ou L.delbrueckii, no caso da matéria-prima ser o açúcar de milho e L. pentosus para as lixívias sulfíticas. Após a inoculação do microrganismo no meio correspondente estéril, este é colocado para incubação durante 24 h a temperaturas de 43°C ou a 30°C. Completadas as 24 h, fazem-se as passagens sucessivas, utilizando o vinho anterior como inoculador do novo meio estéril, de volume dez a vinte vezes maior. Esses procedimentos possibilitam a passagem da fase de laboratório para a fase industrial. As passagens sucessivas a partir de um meio cultivado para um meio estéril, tem a finalidade de aumentar o número de microrganismos, até que seja possível inocular-se uma dorna de maior volume, já na fase industrial, que é o germinador. 19 Fase industrial Tanque germinador: Mesmas características da dorna industrial, porém menor. Inóculo Tanque germinador Reator FERMENTAÇÃO O germinador corresponde a uma dorna menor que a industrial, porém com as mesmas características. 20 Fase industrial Os tanques de fermentação são construídos em madeira ou em aço inoxidável. No fundo do tanque, existe um tubo perfurado que permite a injeção de vapor direto para aquecer e/ou regular a temperatura. Manter a 43°C durante as 42h do processo Os tanques devem ser limpos a cada fermentação Inóculo Tanque germinador Fermentador FERMENTAÇÃO Os tanques de fermentação são construídos em madeira ou em aço inoxidável. A capacidade média é de 23 mil litros. No fundo do tanque, existe um tubo perfurado que permite a injeção de vapor direto. Serve para aquecer e regular a temperatura do mosto ou, ainda, para coagular a lactoalbumina quando se fermenta o soro. Os tanques devem ser limpos a cada fermentação, usando-se, para isso, substâncias químicas e água pura. Essa água é escoada pelo fundo do tanque. Podem, ainda, ser equipados com agitadores. O processamento é feito mantendo-se a temperatura em 43°C durante toda fermentação. 21 Fase industrial A cada 6h, coloca-se uma suspensão de hidróxido de cálcio para o controle de pH. pH mais favorável entre 5,0 e 5,8: Controla o crescimento de microrganismos contaminantes Ao final do processo a concentração de açúcares está por volta de 0,2% Inóculo Tanque germinador Fermentador FERMENTAÇÃO O tempo de fermentação é de 42 h. A cada 6 h de processamento, coloca-se uma suspensão de hidróxido de cálcio para se controlar o valor do pH. A acidez livre deve ser mantida abaixo de 0,6%. No final, a acidez livre deve ser reduzida para 0,1% de ácido lático. Pode ser usado, também, o carbonato de cálcio para controle da acidez; nesse caso, todo o necessário pode ser adicionado no início do processo. A zona de pH mais favorável é entre 5,0 e 5,8 para as bactérias láticas. Essa faixa é interessante para controlar o crescimento de microrganismos contaminantes. Ao final do processo a concentração de acúcares está por volta de 0,2%. 22 Fase industrial Para a separação do ácido lático, eleva-se 0 pH até 12, usando-se hidróxido de cálcio. Fermentação e neutralização O lactato de cálcio obtido é precipitado e separado por filtração. C6H12O6 + Ca(OH)2 (2CH3CHOHCOO)Ca2 + 2H2O Filtro Decantador Filtro Concentrador RECUPERAÇÃO Na fase seguinte, eleva-se o pH até um valor 12, usando-se lixívia de cálcio e deixando-se ferver a fogo lento durante 20 a 30 min. O lactato de cálcio precipitado é separado por filtração, podendo ser recuperado sob a forma de ácido lático, utilizando-se para essa separação, o ácido sulfúrico. 23 Fase industrial O ácido lático é recuperado por separação com ácido sulfúrico Hidrólise por H2SO4 Pode-se adicionar carvão adsorvente para melhorar a cor do produto (2CH3CHOHCOOH + CaSO4 (2CH3CHOHCOO)Ca2 + H2SO4 Filtro Decantador Filtro Concentrador RECUPERAÇÃO O ácido lático separado é posto para reagir com lixívia de cálcio. Para recuperá-lo, filtra-se o lactato de cálcio, lava-se e recristalizá-se ou concentra-se. Pode-se adicionar carvão adsorvente, para melhorar a cor do produto, e coadjuvantes de filtração, para facilitar a remoção de pequenas partículas. Esses tratamentos possibilitam a obtenção do produto mais ou menos puro. 24 Fase industrial O ácido lático separado é posto para reagir com lixívia de cálcio Recuperação: Filtra-se o lactato de cálcio, lava-se e concentra-se Pode-se adicionar carvão adsorvente, para melhorar a cor do produto Filtro Decantador Filtro Concentrador RECUPERAÇÃO Equação global C6H12O6 2 C3H6O3 + energia 180 g 180 g = Rendimento teórico 180 g 153 g = Rendimento prático Perda de 27 g Batelada Convencional: Tomando por base 85%: Rendimento prático em literatura: 85 a 90 % EFICIÊNCIA MÉDIA Batelada Convencional: Rendimento = 0,83 g/L Produtividade = 0,31 g/L/h Fermentação Extrativa: Rendimento= 0,99 g/L Produtividade= 1,67 g/L/h Recuperação e Purificação Cromatografia de troca iônica: separação das proteínas em função da carga. Através de interações eletrostática as proteínas se ligam em forma reversível a um suporte carregado. Aplicação: plásticos biodegradáveis (POLILACTATO) -> 50 a 80% 28 Recuperação e Purificação Destilação Reativa: é a combinação de reação química e separação por destilação em um único equipamento. (esterificação e hidrólise) Ácido láctico + etanol -> lactato de etila + água (esterificação) Lactato de etila + água -> ácido láctico + etanol. (hidrólise) Este processo permite a recuperação do ácido lático com elevado grau de pureza ( 85 - 88 %) . 29 Recuperação e Purificação Nanofiltração (NF): promove a separação de substâncias por diferenças de tamanho e carga. Purificação de ácidos orgânicos de baixo peso molecular. Reciclagem de nutrientes ( açúcares) Pode ser realizada antes e/ou depois do processo de troca iônica Produção de ácido lático sem geração de resíduos 30 Recuperação e Purificação Extração com solvente: processo de recuperação de soluções aquosas de ácidos orgânicos utilizando uma extração inicial com solvente orgânico seguida de uma segunda extração com água aquecida. Solventes orgânicos: etanol, enxofre, hidróxido de amônia. Aplicações industrial: acidulantes, flavorizantes, aromatizantes e emulsificantes 31 PRODUÇÃO DO ÁCIDO LÁTICO JOSÉ WALTER | RAUL LUCENA RODRIGO MENDES | SUZANA MARJORIE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS BACHARELADO EM BIOTECNOLOGIA DISCIPLINA: ENZIMOLOGIA
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