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RESUMO - Monarquia e República

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4. A MONARQUIA E A REPÚBLICA:
4.1. MONARQUIA: “Monarquia é o Estado dirigido por uma vontade física. Esta vontade deve ser juridicamente a mais alta, não deve depender de nenhuma outra vontade” (Jellinek).
( Somente nos Governos absolutos é que se percebe a predominância administrativa de um Estado sob a regência de uma vontade individual única (El Rei), que seja a mais alta e não dependa de nenhuma outra, como bem lembra Darcy Azambuja, não se encontrando tais características nos Estados Modernos.
( Pode ser:
ABSOLUTA: (autoridade unipessoal, vitaliciedade, hereditariedade, ilimitabilidade do poder, indivisibilidade das supremas funções de mando e irresponsabilidade legal);
CONSTITUCIONAL: (aquela em que o Rei só exerce o Poder Executivo ao lado dos Poderes Legislativo e Judiciário e junto aos demais órgãos de Governo, nos termos de uma Constituição escrita – vitaliciedade e hereditariedade). Ex: Brasil Império, Holanda e Bélgica;
PARLAMENTAR: (aquela em que o Governo é limitado por uma maioria parlamentar, ficando adstrito do Parlamento, segundo normas costumeiras ou constitucionais, ou seja, é aquela em que o rei não exerce funções de governo, sendo o Poder Executivo exercido por um Conselho de Ministros responsáveis perante o Parlamento – vitaliciedade e hereditariedade). Ex: Inglaterra;
( Atualmente só encontramos MONARQUIAS LIMITADAS e CONSTITUCIONAIS pois, ainda quando o Rei governa, “não governa sozinho, sua autoridade é limitada pela de outros órgãos, coletivos quase sempre, como por exemplo os Parlamentos. E a verdade é que os reis modernos ‘reinam, mas não governam’”. (Darcy Azambuja, p. 211/12)
( As Monarquias Limitadas são aquelas, por fim, onde se predomina a vitaliciedade, a hereditariedade e a irresponsabilidade política (o governo não tem que dar satisfações de seu mandato) – na verdade, como também ensina Darcy Azambuja, esta irresponsabilidade esta ligada ao fato de os Reis reinarem mas não governarem e, por isso, irresponsáveis, pois as decisões não partem deles única e exclusivamente.
4.2. REPÚBLICA: Governo temporário, eletivo e onde predomina a responsabilidade política.
( Pode ser:
( ARISTOCRÁTICA: é o governo de uma classe privilegiada por direitos de nascimento ou de conquista; Já não existem casos nos Estados Modernos;
( DEMOCRÁTICA: é o governo do povo, pelo povo e para o povo, tendo como princípio básico a igualdade.
	- Para alguns, a Democracia é o “Império da dominação popular”.
	- Conceito clássico: é o governo do povo e para o povo, porquê o governo reside no povo e representa as massas populares.
	- Conceito jurídico: a democracia é uma modalidade de governo; é uma decorrência do tipo formal da Constituição, garantindo a trilogia igualdade, liberdade e dominação popular.
	- Características: voto popular, soberania nacional e decisões de governo confiadas ao próprio povo.
	- Conceito de IGUALDADE: é o fundamento primordial da democracia, quando se encontra uma convivência harmoniosa entre os direitos e deveres do povo (conjunto dos nacionais), respeitados entre si e pelas Instituições Governamentais.
	- Tipos de Democracia:
		DIRETA: é aquela em que o povo, livre, de modo imediato, exprime a sua vontade sobre as funções legislativas, executivas e judiciárias; “supõe o exercício do poder político pelo povo, reunido em assembléia plenária da coletividade”. (Kildare Gonçalves Carvalho, p. 106)
		INDIRETA ou REPRESENTATIVA: é aquela em que o governo é exercido por meio de representantes escolhidos pelo povo, para representarem seus interesses;
		SEMI-DIRETA ou MISTA: embora, basicamente representativa, é direta, na medida em que o povo participa, de modo imediato, nas decisões do governo, por meio de plebiscito, iniciativa popular, referendo e recall.
			PLEBISCITO: consulta popular, em que o cidadão é chamado a opinar sobre um fato político ou institucional, de modo a dar, a este fato uma valoração jurídica, para que surta efeitos no campo do Direito e das Leis; (veja CR/88, arts. 14, inciso I, 18, §§ 3º e 4º, 49, inciso XV)
			REFERENDO: também é forma de consulta popular, mas, neste caso, o povo é chamado a se manifestar sobre decisões do Poder Legislativo, com o propósito de mantê-las ou não; (veja CR/88, arts. 14, inciso II e 49, inciso XV)
			INICIATIVA POPULAR: direito dado aos cidadãos de proporem legislação, através de um número mínimo de assinaturas (quorum definido); (veja CR/88, arts. 61, §2º, 27, §4º)
			RECALL: “é um direito político pelo qual o cidadão pode revogar o mandato outorgado a representantes eleitos (...), exigindo quorum mínimo para ser exercido, de forma a provocar eleições especiais, nas quais se decidirá, pela revogação, ou não, do mandato político”, podendo ser utilizado, também, “para a revogação de toda uma Casa Legislativa, como ocorre na Suíça. Mencione-se também o recall judicial, que tanto pode incidir sobre o magistrado como sobre certas sentenças, como é previsto no Estado do Colorado”. (Kildare Gonçalves Carvalho, p. 108/112) – não existe no Brasil, sendo exemplo de sua existência, também, a Argentina.

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