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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo III Mo´dulo 2 – Gabaritos – Lista 3 2.o/2013 Atenc¸a˜o: na questa˜o 1, decida se cada item e´ certo (C) ou errado (E), assinalando sua resposta no espac¸o ao lado do item e justificando a sua resposta. 1) A resisteˆncia de uma viga de sec¸a˜o transversal S e´ diretamente proporcional ao momento de ine´rcia I de S em relac¸a˜o ao eixo da viga. Suponha que S seja como ilustrado abaixo, com densidade constante δ0 = 1. Calculando, obte´m-se que o trape´zio T de ve´rtices ABCD tem momento de ine´rcia IT = 101/3 em relac¸a˜o a` origem (o eixo da viga). O objetivo da questa˜o e´ comparar I com o momento de ine´rcia Iq de uma outra viga de sec¸a˜o transversal quadrada Sq = [−2, 2] × [−2, 2] e mesma densidade δ0 = 1. Observe que S e Sq possuem a mesma a´rea, mas I e Iq podem ser diferentes. C E a) Calculando, obte´m-se que ∫∫ Sq x2 dxdy < 20. C E b) O momento de ine´rcia Iq e´ menor do que 45. C E c) O trape´zio T pode ser descrito na forma T = {(x, y) ∈ R2; 1 ≤ y ≤ 3 e −(y+1)/2 ≤ x ≤ (y+1)/2}. C E d) O momento de ine´rcia I e´ menor do que 2IT. C E e) A viga de sec¸a˜o transversal S e´ mais resistente que a viga de sec¸a˜o transversal Sq. 1 2 1 2 3 A B CD Sq S 2) Considere o problema de determinar a densidade me´dia da chapa D, limitada pelas retas x + y = 1, x + y = 4, x − y = −1 e x − y = 1, e com densidade δ(x, y) = (x + y)2 ex−y. Introduzindo as varia´veis u = x + y e v = x − y, pode-se expressar x e y em termos de u e v, obtendo a mudanc¸a de va´ria´veis (x, y) = g(u, v). 1 1 a) Esboce a chapa D na figura ao lado. b) Obtenha a expressa˜o da mudanc¸a g(u, v) e calcule o seu jacobiano. Resposta: g(u, v) = (12 (u+ v), 1 2 (u− v)) e Jg(u, v) = − 12 . c) Determine a regia˜o Dˆ de modo que g(Dˆ) = D. Resposta: Dˆ = [1, 4]× [−1, 1]. d) Calcule a a´rea A da chapa D. Resposta: A = 3 e) Calcule a massa M e a densidade me´dia δ0 da chapa D. Resposta: M = 213 (e− e−1) e δ0 = 73 (e− e−1) Ca´lculo III Mo´dulo 2 – Gabaritos – Lista 3 2.o/2013 – 1/2 3) Apesar da func¸a˜o e−x 2 na˜o ter uma primitiva elementar, a integral ∫∞ 0 e−x 2 dx pode ser calculada usando coordenadas polares e que e−x 2 e−y 2 = e−(x 2+y2). De fato, tem-se que∫ ∞ 0 e−x 2 dx ∫ ∞ 0 e−y 2 dy = ∫ ∞ 0 ∫ ∞ 0 e−(x 2+y2) dxdy = lim a→∞ ∫ a 0 ∫ a 0 e−(x 2+y2) dxdy onde o integrando sugere o uso de coordenadas polares. Nesse sentido, sejam R1 e R2 as regio˜es no primeiro quadrante limitadas pelos c´ırculos de raios a e √ 2 a, conforme a figura. a) Use coordenadas polares para calcular a integral de e−(x 2+y2) sobre a regia˜o R1. Resposta: ∫∫ R1 e−(x 2+y2) dxdy = pi4 (1− e−a 2 ) b) Repita o mesmo ca´lculo para a regia˜o R2. Resposta: ∫∫ R2 e−(x 2+y2) dxdy = pi4 (1− e−2a 2 ) a √ 2a R1 R2 c) Determine func¸o˜es g1(a) e g2(a) tais que g1(a) < ∫ a 0 ∫ a 0 e−(x 2+y2) dxdy < g2(a). Resposta: g1(a) = pi 4 (1− e−a 2 ) e g2(a) = pi 4 (1− e−2a 2 ) d) Use o item anterior para calcular o limite lima→∞ ∫ a 0 ∫ a 0 e−(x 2+y2) dxdy. Resposta: lima→∞ ∫ a 0 ∫ a 0 e −(x2+y2) dxdy = pi4 e) Calcule finalmente o valor da integral ∫∞ 0 e−x 2 dx. Resposta: ∫∞ 0 e−x 2 dx = √ pi 2 4) Considere uma chapa CR limitada pela circunfereˆncia x 2 + y2 = R2, com densidade con- stante δ0, uma part´ıcula de massa m0 situada no ponto (0, 0, b) e o problema de determinar a forc¸a de atrac¸a˜o gravitacional entre esses corpos. Denote por G a constante gravitacional e por dF (x, y) a forc¸a de atrac¸a˜o entre a part´ıcula e o elemento de massa dm(x, y) = δ0 dxdy do ponto (x, y). Observe que, por simetria, as componentes horizontais de dF (x, y) e dF (−x,−y) se cancelam, restando apenas as componentes verticais dessas forc¸as. b R a) Use a lei de Newton para calcular ‖dF (x, y)‖. Resposta: ‖dF (x, y)‖ = Gm0dm(x,y)(x2+y2+b2) b) Determine o vetor unita´rio U(x, y) na mesma direc¸a˜o do vetor de ponto inicial(0, 0, b) e ponto final (x, y, 0). Resposta: U(x, y) = (x,y,−b)√ (x2+y2+b2) c) Usando que dF (x, y) = ‖dF (x, y)‖ U(x, y), determine a componente vertical dFv(x, y) de dF (x, y). Resposta: dFv(x, y) = −Gm0 dm(x, y) b (x2 + y2 + b2)−(3/2) d) Calcule a forc¸a de atrac¸a˜o entre CR e a part´ıcula usando um argumento infinitesimal. Resposta: 2piGm0δ0[b(R 2 + b2)−1/2 − 1] e) Passando o limite com R → ∞, verifique que a forc¸a de atrac¸a˜o entre a part´ıcula e todo o plano Oxy, com densidade δ0, na˜o depende da distaˆncia b da part´ıcula ao plano. Resposta: −2piGm0δ0 Ca´lculo III Mo´dulo 2 – Gabaritos – Lista 3 2.o/2013 – 2/2
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