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Resumo CONTABILIDADE DE CUSTOS e 38 provas (351 páginas)

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CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 A disciplina Contabilidade de Custos pretende contribuir no desenvolvimento 
das habilidades e competências necessárias ao profissional de contabilidade e áreas 
correlatas que possibilitem registrar, apurar e divulgar informações de custos 
relacionadas à gestão das organizações. 
 A contabilidade de custos surgiu com o objetivo primeiro de controlar o 
patrimônio. Sua evolução acompanhou o desenvolvimento da economia e 
conseqüentemente os anseios dos usuários da informação. 
No atual contexto, onde a competitividade acirrada exige novos modelos de 
negócios, a contabilidade de custos deve suprir as organizações de informações que 
garantam sua perenidade neste mercado. Seu vinculo com a estratégia é essencial para 
que as organizações logrem êxito, dado que, de uma maneira bastante simples, os preços 
neste contexto dependem do mercado, uma maneira de maximizar as margens de lucros 
é reduzindo os custos. Observa-se que o lucro é máximo quando o custo é mínimo. 
O aluno nesta disciplina deverá conhecer e aplicar os conceitos de custeamento 
dos estoques, rateio dos custos indiretos e apuração do resultado. 
 
Aula 01: Introdução a Contabilidade de Custos 
 
Objetivos: 
• utilizar as estruturas de custos abrangendo sua inclusão como ferramentas de gestão 
das empresas; 
• compreender a atualidade e a relevância dos fundamentos de custos para o profissional 
das áreas de Administração e de Contabilidade; 
• conhecer conceitos, tipos e terminologias de custos. 
 
Conceito: 
A contabilidade de custos surgiu durante a Revolução Industrial pela 
necessidade de se ter um controle maior sobre os valores a serem atribuídos aos 
estoques de produtos na indústria e, também, pela necessidade de tomar decisões quanto 
ao que, como e quando produzir. A contabilidade de custos objetiva a mensuração dos 
gastos necessários à produção de um bem ou de serviços. Já a contabilidade financeira 
tem por finalidade básica promover o registro dos fenômenos econômicos e financeiros 
que afetam o patrimônio de uma entidade. 
Aplicação: 
Inicialmente a contabilidade de custos foi concebida para o setor industrial, 
sendo que, posteriormente, passou a ser utilizada também nos setores de comércio e 
serviços. 
Entidades que utilizam: 
As entidades que utilizam a Contabilidade de Custos são as instituições 
financeiras, as lojas comerciais, a construção civil, as indústrias e quaisquer atividades 
econômicas que necessitem de identificar o valor de custo do objeto do seu negócio. 
O sistema contábil é o principal – e o mais confiável – sistema de informação 
quantitativo em quase todas as organizações. Conheça os principais objetivos deste 
sistema: 
 Apuração do custo dos produtos, dos serviços e dos departamentos; 
 Apuração da rentabilidade dos produtos, dos serviços e dos departamentos; 
 Atendimentos das exigências contábeis e de auditoria; 
 Atendimentos de exigências fiscais; 
 Controle dos custos de produção; 
 Controle da movimentação interna e externa das mercadorias; 
 Melhoria de processos e eliminação de desperdícios; 
 Auxílio na tomada de decisões gerenciais; 
 Otimização de resultados; 
 Atribuição de responsabilidades entre os diversos executivos e departamentos 
envolvidos; e 
 Subsídio do estabelecimento dos preços de venda. 
A Contabilidade Financeira se condiciona às imposições legais e requisitos 
fiscais. 
Usuário Externo: 
- Informa a terceiros sobre o desempenho geral da empresa, através dos demonstrativos 
contábeis. 
- Segue os princípios fundamentais de contabilidade, fisco e órgãos reguladores. 
A Contabilidade Gerencial é voltada à administração da empresa, não se 
condiciona às imposições legais, tem objetivo de gerar informações úteis para tomada 
de decisões. 
Usuário interno: Mensura e relata informações financeiras bem como outros 
tipos de informações que ajudam os gerentes a atingir as metas da organização. 
Contabilidade de Custos: voltada à análise dos gastos realizados pela entidade 
no decorrer de suas operações. Mensura e relata informações financeiras e não-
financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. 
Fornece informação tanto para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade 
financeira. 
O Gerenciamento de Custos e Sistemas Contábeis é aplicado com o objetivo de 
satisfazer os clientes enquanto reduz e controla os custos beneficiando a empresa na 
plenitude de sua gestão. Um importante componente do gerenciamento de custo é o 
reconhecimento de que decisões sobre aquisições tomadas hoje muitas das vezes 
comprometerão a organização na inocorrência de custos subsequentes. 
1) Elemento de Controle Gerencial; 
2) Planejamento (referente à escolha de metas, previsão de resultados e decisão 
de como atingir as metas estabelecidas); 
3) Controle. 
Os custos são essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais 
uma organização tem de arcar a fim de atingir seus objetivos. 
Terminologias aplicadas a custos: gastos; investimento; custos; despesas; 
desembolsos; perdas. 
Os gastos são os sacrifícios financeiros que a entidade arca para a obtenção de 
um produto ou serviço qualquer. 
O investimento é o gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuros períodos. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou 
serviços (gastos) que são estocados. 
Exemplos: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como 
investimento no circulante. A máquina é um gasto que se transforma num investimento 
permanente. 
Os custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de 
outros bens ou serviços. Exemplo 01: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição 
que imediatamente se tornou investimento, e no momento da utilização na fabricação de 
um bem, surgem os custos da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado 
que é um novo investimento enquanto ativado (estocado) para a venda. 
Custos da produção de bens ou custo industrial - Compreendem todos os gastos 
relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na produção de outros bens. Na 
maioria das indústrias, tais gastos são classificados em três grandes grupos: materiais, 
mão de obra e custos gerais de fabricação. 
Custo da prestação de serviços ou custos dos serviços prestados - Compreendem 
todos os gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na prestação de 
serviços. Na maioria das empresas prestadoras de serviços tais gastos são classificados 
em três grandes grupos: materiais, mão de obra e outros custos da prestação de serviços. 
As despesas se referem a bens e serviços consumidos no processo de geração de 
receitas e manutenção dos negócios da empresa. Todas as despesas estão direta ou 
indiretamente associadas à realização de receitas: 
• as empresas comerciais têm despesas para gerar receitas; 
• as empresas industriais têm despesas para gerar as receitas e custos para produção de 
seus bens / produtos acabados; 
• as empresas prestadoras de serviços, por sua vez, têm despesas para gerar as receitas e 
os custos para a prestação de serviços. 
OBS.: estes gastos não estão relacionados com a atividade produtiva. 
Os desembolsos são o pagamento do bem ou serviço; 
As perdas correspondem à bem ou serviço consumido de forma anormal. 
Anormais: Os gastos anormais ou involuntários são aqueles que não geram um 
novo bem ou serviço e tampouco geram receitas e são apropriados diretamente no 
resultado do período em que ocorrem. Esses gastos não mantêm nenhuma relação com a 
operação da empresa e geralmente ocorrem de fatos não previstos. Tais perdas são 
alocadas às despesas.Ex.: perdas com incêndio, obsoletismo de estoque etc. A mão de obra durante o 
período de greve é uma perda. O material com defeito anormal gera perda. 
Normais: Os gastos normais decorrem da própria atividade produtiva, sendo 
consideradas normais, já esperadas. Por exemplo, as sobras de madeira, ferro, couro 
etc., que não possam ser aproveitadas ou vendidas. 
Os custos de produção terminam no momento em que o produto está pronto para 
a venda. A partir desse momento, todos os gastos efetuados são despesas. Veja alguns 
exemplos: 
- Embalagem durante o processo de produção; 
- Custo; 
- Embalagem de expedição; 
- Despesa. 
Os custos de produção dividem-se em: Unidades de Custos (diretos, indiretos, 
primários, de transformação) e Controle de custos (controláveis e não controláveis). 
Unidades de Custos diretos: São as diretamente incluídas no cálculo dos 
produtos; materiais diretos e mão de obra direta; perfeitamente mensuráveis de maneira 
objetiva. 
Unidades de Custos indiretos: São aquelas que necessitam de aproximações, 
rateio. 
Unidades de Custos primários: São as que incluem apenas a matéria - prima e a 
mão de obra direta. 
Unidades de Custos de transformação: São igualmente denominadas custos de 
conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço agregado pela empresa na 
obtenção do produto. Exemplos: mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. 
Controle de Custos controláveis: Quando podem ser controlados por uma 
pessoa, dentro de uma escala hierárquica predefinida. O responsável poderá ser cobrado 
de eventuais desvios não previstos. 
Controle de Custos não controláveis: Quando fogem ao controle do responsável 
pelo departamento. Por exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala hierárquica superior, 
todos os custos são controláveis. 
 
Mão de obra: 
O custo de pessoal ligado à produção pode ser dividido em mão de obra direta e 
mão de obra indireta. A mão de obra direta compreende os funcionários que atuam 
diretamente no produto, e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto é apontado ao 
produto. Esse apontamento é realizado através da quantidade de horas que foi 
efetivamente utilizada. 
A mão de obra adquirida fica à disposição da empresa e é requisitada, como se 
fosse um material, para aplicação na produção. Aquela que foi adquirida, mas não 
requisitada para aplicação na produção é denominada mão de obra ociosa e deve ser 
classificada como custo indireto. O salário do operário que ficou em treinamento e 
afastado da produção também é classificado como custo indireto. 
MOD ≠ MOI 
Se um operário opera uma máquina, na qual é produzido um tipo de produto de 
cada vez, esse operário será considerado MOD. Um operário opera uma máquina, na 
qual são fabricados vários produtos. Se conseguirmos medir o tempo de produção de 
cada produto por meio de controles, então a mão de obra é direta, se não conseguirmos e 
tivermos que nos utilizar de qualquer critério de rateio para apropriar a mão de obra aos 
produtos, então ela será mão de obra indireta. 
Custos Indiretos de Fabricação: 
São materiais, mão de obra e todos os demais custos de produção que não podem 
ser alocados diretamente às unidades de custeamento (produtos, serviços, 
departamentos, centros de custo, áreas de responsabilidade ou qualquer unidade 
referencial polarizadora de valores considerados custos). 
Critérios de Rateio: 
O estabelecimento de critérios não apresenta maiores dificuldades do que 
aquelas encontradas em outros sistemas de custos. A natureza dos custos e da "unidade 
de custeamento" indica a prioridade dos critérios a serem adotados. Com efeito, a 
coerência tem compatibilizado o estabelecimento dos métodos de repartição de valores 
com objetos desejados. 
No rateio destinado à apuração do custo por produto ou outra unidade de 
custeamento, vários soa itens de custos e despesas a serem rateados. Entretanto, há de se 
observar que esses valores são, basicamente, Custos Indiretos e Despesas 
Complementares. 
Os custos rateados são oriundos do Sistema de Contabilidade Patrimonial, como: 
suprimento de material (almoxarifado e armazenagem etc.); custos de transporte, 
quando a organização possuir um sistema centralizado ou mesmo no caso de 
determinado veículo atender a demandas específicas; e, finalmente, os custos 
administrativos, que devem sofrer rateio. 
É clara a importância de uma ótima eleição de critérios coerentes, uma vez que a 
alocação dos custos tem por objetivo proporcionar a determinação de um "justo valor" 
dos custos indiretos e das despesas rateados. Deve-se ter em conta que tudo aquilo 
susceptível de aumento e diminuição pode ser adotado como critério para a alocação de 
custo. 
Frequentemente utilizam-se como base de rateio algumas "variáveis / critérios" 
mais ou menos conhecidas. No entanto, na estruturação e operacionalização de qualquer 
sistema de custeamento, outras opções de critérios são requeridas. Compete, portanto, 
ao técnico eleger ou optar a mais adequada. 
O custeamento da produção industrial se sustenta sobre fundamentos contábeis 
essenciais, aplicáveis em qualquer situação, tanto na atividade industrial, na prestação 
de serviços ou no comércio de mercadorias. 
O custo é sempre direto ou indireto em relação a determinado produto. Por outro 
lado, só há custo indireto quando a empresa fabrica mais de um produto. Se a empresa 
fabricar apenas um produto, todos os custos de produção estarão, evidentemente, 
associados àquele produto. Existem casos em que a empresa, mesmo produzindo um só 
produto, classifica seus custos em “diretos” (mão de obra e matéria-prima) e em “outros 
custos de produção” (demais custos de fabricação), com objetivo de enfatizar os 
primeiros, face à sua relevância. Somente os custos podem ser classificados em diretos 
ou indiretos, já que se relacionam com os produtos. As despesas não admitem, portanto, 
essa classificação. 
Os custos Indiretos de Fabricação são todos os custos de produção não 
facilmente e/ou não “economicamente” associáveis a determinado(s) produto(s). Em 
virtude disso, normalmente, eles são considerados no total e rateados aos diversos 
produtos ou unidades de custeamento. Os custos indiretos são alocados mediante 
“rateio”. A apropriação às unidades de custeamento, portanto, somente é possível 
mediante utilização de algum artifício ou método de cálculo, geralmente uma divisão 
proporcional fundamentada em critérios de rateio com bases previamente definidas. 
Os custos indiretos costumam envolver itens empregados em grande número, 
mas de pequeno custo unitário, pelo que o tratamento total acima é justificado. Em 
alguns casos, a associação de determinado custo com certo produto é até possível 
(devendo ser feita sempre que o custo for relevante no valor total do produto custeado). 
Porém, por vezes esse, um controle muito especial, pode ser oneroso para a empresa 
(superior ao benefício a ser gerado), nesse caso é preferível não se fazer tal controle, 
considerando o custo como indireto. 
Especificamente, quando se trata de delimitar procedimentos tecnicamente 
compatíveis com a atividade industrial, há de se considerar que são demandadas 
considerações próprias a tal condicionamento. É imprescindível, porém, sempre 
considerar a utilização e direcionamento desse acervo procedimental para extrair 
informações e dados analíticos provenientes, em especial, do custo de aquisição das 
matérias primas, próprios da atividade industrial. São exemplos de custos indiretos: O 
aluguel da fábrica, os materiais indiretos, a mão de obra indireta etc. 
 
 
 
Aula 02: Classificação dos custos 
 
Objetivos: 
- aprender a formação dos custos; 
- analisar a diferençada formação de custos em empresas industriais e comerciais; 
- estudar a formação dos custos totais; 
- relacionar a apuração de resultados em empresas comerciais e industriais. 
 
Classificação dos custos em diretos e indiretos em relação ao produto: 
Os Custos Diretos são aqueles que podem ser diretamente (imediatamente) 
apropriados a cada produto, ou seja, são facilmente alocados ao objeto de custeio. 
Os Custos Diretos constituem todos aqueles elementos de custo 
individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, ou seja, se classificam 
imediatamente com a produção deles, mantendo uma correspondência proporcional; no 
caso da matéria-prima, pela quantidade que foi efetivamente consumida e, no caso da 
mão de obra direta, pela quantidade de horas que foi efetivamente utilizada. 
Exemplos: Matérias-primas usadas na fabricação dos produtos; O produto: a 
casa própria; Serviços subcontratados e aplicados diretamente aos produtos ou serviços; 
Mão de obra direta. 
Apropriação dos Custos Diretos: 
Para se ter o consumo de materiais, é necessário que a empresa mantenha um 
sistema de requisições, de maneira que sempre se conheça em qual produto foi utilizado 
o material retirado do estoque. 
Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de 
serviço, anotando os custos alocados diretamente. 
Para se saber a utilização de mão de obra direta, faz-se necessário a empresa 
manter um controle de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários 
trabalharam em cada produto ou serviço no período (dia, semana, mês) e por quanto 
tempo (minutos, horas). 
Custo Indireto é o custo que não se pode alocar diretamente a cada tipo de bem 
ou direcionador de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são 
alocados aos produtos finais empregando-se o critério de rateio predeterminados e 
vinculados a causas correspondentes, como mão de obra indireta, rateada por 
horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas 
utilizadas etc. 
 
A mão de obra indireta é representada pelo trabalho nos departamentos 
auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em 
nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de 
qualidade etc. 
Os materiais indiretos são os materiais empregados nas atividades auxiliares de 
produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas, 
lubrificantes, lixas etc. 
Os outros custos indiretos são aqueles que dizem respeito à existência do setor 
fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de 
equipamentos etc. 
Classificação dos custos fixos e variáveis em relação ao volume: 
Os Custos Fixos são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume 
produzido. Exemplos: aluguel da fábrica, seguro da fábrica etc. 
Custos Variáveis são aqueles cujo montante se altera em função do volume 
produzido ou vendido. Exemplo: matérias-primas e embalagens. 
As despesas operacionais podem ser classificadas em: 
 Despesas de vendas: representam os gastos de promoção, colocação e 
distribuição dos produtos da empresa, tais como: o pessoal da área de vendas, 
marketing, comissão sobre vendas, propaganda e publicidade, provisão para créditos de 
liquidação duvidosa etc. 
 Despesas administrativas: representam os gastos, pagos ou incorridos, 
para direção ou gestão da empresa, tais como: honorários da administração (Diretoria e 
Conselho), salários e encargos do pessoal administrativo e material de escritório etc. 
 Despesas financeiras: são remunerações aos capitais de terceiros e 
englobam basicamente: os juros (pagos ou incorridos) de empréstimos e 
financiamentos, comissões bancárias, descontos concedidos e juros de mora pagos. 
Classificação das despesas em diretas e indiretas: 
As despesas diretas são aquelas que podem ser facilmente quantificadas e 
apropriadas em relação às receitas de vendas e de prestação de serviços. 
Exemplos: Receita de vendas – para cada bem vendido é possível identificar o 
custo incorrido em sua aquisição ou produção, os impostos incidentes sobre o 
faturamento, as comissões dos vendedores e as despesas de fretes e seguro de 
transporte. Receita de serviços: para cada serviço prestado é possível identificar a mão 
de obra direta utilizada, os materiais empregados e os impostos incidentes sobre o 
faturamento. 
As despesas indiretas são aqueles gastos que não podem ser identificados com 
precisão nas receitas geradas. Geralmente são considerados como despesas do período e 
não são distribuídos por tipo de receita. 
Classificação das despesas em relação ao volume de vendas: 
 Despesas fixas: são aquelas que permanecem constantes dentro de 
determinada faixa de atividades geradoras de receitas, independentemente do volume de 
vendas ou de prestação de serviços. Dessa maneira, uma alteração no volume de receitas 
para mais ou para menos não altera o valor total da despesa, como por exemplo: 
honorários salários e encargos sociais dos diretores, salários e encargos sociais dos 
funcionários administrativos, despesas financeiras, despesas com aluguéis, seguros etc. 
As despesas fixas têm características semelhantes aos custos fixos (são os custos que 
não variam com a base de volume, dentro de uma determinada faixa de operações. Essa 
restrição é muito importante. Os custos fixos são, até certo ponto, independentes do 
nível de atividade. Quando a empresa ultrapassa sua capacidade normal, os custos 
tendem a variar. Eles darão um salto e poderão permanecer fixos dentro de 
determinadas faixas de volume). 
 Despesas variáveis: são aquelas que variam proporcionalmente às 
variações de volume de receitas. Exemplos: os impostos incidentes sobre o 
faturamento, as comissões dos vendedores sobre as vendas e os serviços, os gastos com 
fretes para entrega dos produtos vendidos, os gastos com faturamento e as cobranças das 
vendas a prazo. Essas despesas podem ser identificadas com as receitas geradas e 
facilmente quantificadas. As despesas variáveis têm as mesmas características dos 
custos variáveis (são os custos que variam em proporção direta com o volume de 
atividade). 
Classificação dos custos em relação ao estágio de produção: 
 Custos primários: Formados pelo somatório de matéria-prima ou 
materiais diretos com a mão de obra direta. 
 Custos de conversão ou de transformação: Representam o esforço 
empregado pela empresa no processo de fabricação de determinado item, sendo a etapa 
em que o produto é formado por mão de obra direta + custo indireto de fabricação. 
Gastos ativados: são os gastos que se transformam em ativos e irão afetar as 
resultados de futuros períodos. 
Custos diretos: são custos que podem ser diretamente associados a um produto, 
atividade ou departamento. 
Custos indiretos: são aqueles que ou não podem ser diretamente associados a um 
produto, atividade ou departamento, ou que não valem a pena serem associados. 
Etapas da formação dos custos: 
Custos de produção do período são a soma dos custos incorridos no período 
dentro da fábrica. 
Custo de produção acabada: soma dos custos contidos na produção acabada no 
período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em 
unidades que só foram concluídos no presente período. 
Custos dos produtos vendidos: soma dos custos incorridos na fabricação dos 
bens que estão sendo vendidos. Podem conter custos de produção de diversos períodos, 
caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes. 
Formação do Custo Total: 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03: Formação dos Custos: Indústria, Comércio e Serviços 
 
Objetivos:- Formar custos nos segmentos da indústria, comércio e serviço; 
- Analisar o Balanço Patrimonial na indústria; 
- Compreender a separação dos gastos entre custos e despesas. 
 
Empresas do Setor de Serviço fornecem serviços ou produtos intangíveis a 
seus clientes. Essas empresas não possuem estoque tangível no fim de um período 
contábil. 
Exemplos de empresas dos setores comercial e produtivo: 
 Comerciais – fornecem produtos tangíveis nas mesmas condições físicas 
em que foram adquiridos; 
 Industriais – fornecem produtos tangíveis que foram transformados em 
outros produtos diferentes daqueles adquiridos dos fornecedores. 
As empresas do setor comercial e produtivo se diferenciam das empresas do 
setor de serviços no que se refere ao estoque. 
Os gastos ativados das empresas comerciais e industriais podem ser classificados 
em: 
 Custos – são aqueles gastos associados à compra de mercadorias para 
revenda (comércio) ou associados à aquisição e à conversão de matéria-prima em 
mercadorias para venda (indústria). 
 Investimentos – são aqueles gastos ativados associados a qualquer 
aspecto do negócio que não seja estoque. 
Os custos tornam-se CMV no período em que os estoques forem vendidos. As 
despesas operacionais são todos os outros gastos que contribuem para geração de receita 
que não seja o CMV. 
O Balanço Patrimonial (a única diferença essencial entre a estrutura do balanço 
de uma empresa industrial e a estrutura do balanço de uma empresa comercial varejista 
ou atacadista aparece no ativo circulante) é a representação gráfica do patrimônio ou 
uma “fotografia”, em dado momento, do conjunto de bens, direitos, obrigações e 
patrimônio líquido de uma empresa. 
Uma forma de se ter essa “fotografia” se faz por meio dos estoques. 
Material Direto/Matéria-Prima – São os materiais disponíveis, mas ainda não 
enviados para a linha de produção. Exemplos: matéria-prima, material de embalagem e 
outros materiais para utilização na produção dos diversos produtos. 
Produtos em Processo/Produtos em Elaboração – É o custo dos produtos ainda 
não acabados na linha de produção, formado nas proporções apropriadas dos três 
principais custos de fabricação (material direto, mão de obra direta e gastos gerais de 
fabricação). Exemplo: produtos cuja fabricação foi iniciada no período, não tendo sido 
ainda concluída. 
Produtos acabados – 
Produtos semiacabados – São produtos que já passaram por uma fase de 
processo produtivo e encontram-se em estoque intermediário aguardando para entrar em 
nova fase do processo. 
Materiais auxiliares – exemplo: graxas e lubrificantes, ferramentas de pequeno 
valor para reposição e manutenção. 
Demonstração de Resultado da Indústria: 
A finalidade da DRE é mostrar, em detalhes, o resultado (lucro ou prejuízo) 
obtido por determinada empresa em determinado período. 
Outros termos: 
Custo de Produção de Período – São custos incorridos no período; 
Custo da Produção Acabada – São os custos da produção acabada no período. 
Pode conter custos da produção de períodos anteriores que foram acabadas neste 
período. 
Custo dos Produtos Vendidos – São custos incorridos na fabricação de bens que 
só agora estão sendo vendidos. 
Empresas Comerciais: 
Suas principais atividades são a compra e venda de mercadorias prontas para 
revendas. Por exemplo, uma loja de móveis adquire camas, mesas, sofás e cadeiras de 
uma indústria para revenda de seus clientes. 
Fluxo das atividades das empresas comerciais: 
 
Empresas Industriais: 
Além das atividades comerciais, que são a venda de seus produtos, essas 
empresas exercem também atividades de industrialização – ou fabricação – dos 
produtos que são posteriormente vendidos. 
Uma indústria de móveis compra diversas matérias-primas, utiliza mão de obra 
especializada e outros custos necessários à produção, e fabrica os diversos móveis, que 
serão posteriormente vendidos. 
Fluxo das atividades das empresas industriais: 
 
Processo Industrial Básico: 
A matéria-prima é adquirida e estocada, para requisição futura da linha de 
montagem. 
Na fábrica, desenvolvem-se os trabalhos dos operários e máquinas, a fim de 
transformar a matéria-prima (MP) em produtos disponíveis para venda. Neste momento, 
agregam-se à MP a mão de obra direta (MOD) e os custos indiretos de fabricação (CIF), 
surgindo, assim, os produtos em processo (PP). Após a fabricação concluída, os 
produtos saem da linha de montagem e vão para o estoque de produtos acabados (PA). 
Quando da venda do produto acabado, apura-se o lucro bruto pela diferença entre a 
receita líquida e o custo dos produtos vendidos (CPV). 
A separação dos gastos em custos e despesas de uma empresa industrial é 
fundamental para a apuração do custo da produção, das despesas e do resultado de um 
período, observando-se os custos de produção e as despesas. 
Custos de Produção – devem ser incorporados ao custo do produto fabricado na 
empresa. Enquanto o produto não for vendido, seu respectivo custo não é transferido 
para o resultado do período. Em outras palavras, o custo do produto não vendido 
permanece no Balanço Patrimonial compondo os bens da empresa, no grupo de contas 
Estoques de Produtos Acabados. 
As despesas, por sua vez, são registradas diretamente nos resultados, como 
contas redutoras das receitas. 
Portanto, uma incorreta classificação de um custo ou uma despesa afeta 
diretamente os resultados contábeis da empresa, prejudicando a correta apuração do 
lucro ou prejuízo do período. 
Apuração do Custo de Aquisição do Material Direto: 
O custo de aquisição deve incluir todos os gastos necessários para que a 
mercadoria ou material chegue ao estabelecimento da empresa compradora. O material 
direto é diretamente identificável com o produto se tornando parte integrante 
dele. Exemplo: matéria-prima, material secundário e embalagens. 
Tipos de Material Direto: 
Matéria-prima – é o principal material que entra na composição do produto final. 
Ela sofre transformação no processo de fabricação. As matérias-primas em estoque 
serão aplicadas diretamente no produto e, ao serem transferidas do estoque para o 
processo produtivo, transformam-se em custos de produção. 
Material Secundário – é o material direto, de caráter secundário; não é o 
componente básico na composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao 
produto. Exemplos: parafusos (se houver controle de consumo; se não houver, eles 
podem ser tratados como Custos Indiretos), botão nas roupas, etc. 
Embalagens – São materiais utilizados para embalagem do produto ou seu 
acondicionamento para remessa. São materiais diretos devido à fácil identificação com 
o produto. Exemplo: papelão onde é acondicionada a mesa, saco plástico onde é 
colocada a roupa. 
Custo do Material Direto Adquirido: todos os gastos incorridos para tornar o 
material direto disponível para o uso na produção fazem parte de seu custo. 
Por exemplo: se o comprador tem que retirar o material no fornecedor e arcar 
com os gastos com transporte e seguro, esses gastos devem ser incorporados ao custo do 
material, assim como os impostos (IPI e ICMS) quando não forem recuperáveis 
passarão a fazer parte do custo do material. 
 
 
 
 
 
 
Aula 04: Métodos de Avaliação de Estoques 
 
Objetivos: 
- Aplicar os métodos de avaliação de estoques utilizando os critérios PEPS e UEPS; 
- Analisar os custos por departamentos. 
 
Existem três tipos de critérios de avaliação de estoques: 
 PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (do inglês, FIFO - First In, 
First Out) - as compras para reposição de estoque são feitas em diversas datas e estas 
compras são registradas no estoque pelo custode aquisição. As primeiras compras são 
as primeiras a sair no momento da venda. Para cada venda haverá a respectiva baixa do 
estoque pelo preço de custo e com isso o valor do estoque fica atualizado pelo valor das 
últimas entradas. 
 UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai (do inglês, LIFO - Last In, 
First Out) - as últimas compras que entram são as primeiras que saem. Por 
consequência, o valor do estoque final do período é valorizado pelas primeiras compras, 
tendendo a aumentar o valor do estoque comparando com método PEPS. 
 CMP – (Custo Médio Ponderado) - é o método mais utilizado no Brasil. 
Consiste em analisar o estoque pelo custo médio de compra, verificado em cada entrada 
de mercadorias, ponderando-se as quantidades acrescentadas pelas anteriormente 
existentes. 
PEPS e UEPS são dois critérios para determinar o valor do estoque final de uma 
empresa. Para determinar o valor do estoque em uma determinada data, foram criados 
diversos métodos de avaliação de estoques como o PEPS, UEPS, CMP. 
Dependendo do método escolhido, um valor de estoque final diferente será 
atingido. Avaliando-se o fato de que existe inflação e que os preços sempre tendem a 
aumentar, pelo PEPS será obtido o menor valor de estoque; o CMP, um valor 
intermediário; e, pelo UEPS, o valor maior dos três métodos. Em épocas de deflação, 
isso se inverte. 
Tipos de inventário: 
Existem dois tipos de inventário: o periódico e o permanente. 
Periódico – Os lançamentos de entrada e saída são efetuados ao fim do período. 
Ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do 
balanço, através da contagem física. Optando pelo inventário periódico, a contabilização 
das operações que envolvem mercadorias pode ser efetuada utilizando a Conta 
Mercadorias Mista ou a Conta Mercadoria Desdobrada. 
Permanente – Cada evento de entrada ou saída gera um lançamento. É aquele em 
que há um controle de forma contínua do estoque, pois se dá a baixa do custo das 
mercadorias vendidas a cada operação de venda. A conta Mercadorias, a qualquer 
momento, reflete o valor das mercadorias que se encontram em estoque. No Inventário 
Permanente, é indispensável a utilização de um instrumento extracontábil, a Ficha de 
Controle e Avaliação de Estoque, também chamada de Ficha de Estoque. Por meio da 
Ficha de Estoque, acompanha-se a movimentação física e contábil das mercadorias. 
 
Conta Mista de Mercadorias – Existe apenas uma única conta, a de Mercadorias, 
que registra todos os fatos pertinentes ao RCM: vendas, compras, estoque e CMV. É 
denominada conta mista, pois mescla em seu interior contas patrimoniais (estoque) e de 
resultado (RCM). 
Conta Mercadorias Desdobrada – Nesta forma de registrar os fatos que 
envolvem mercadorias, cinco contas são utilizadas para se registrarem as operações que 
envolvem mercadorias, são elas: mercadorias, compras, vendas, CMV e RCM. 
Registro das Operações de Compra – Na Ficha de Controle de Estoque, o valor 
das compras deve ser efetuado na coluna Entradas. Na escrituração contábil, debita-se 
uma conta representativa de Mercadorias, e creditam-se Caixa, Banco Conta 
Movimento ou Fornecedores. 
Registro das Operações de Vendas – O preço pelo qual as mercadorias foram 
vendidas é levado a registro na escrituração contábil, mediante débito da conta Caixa, 
Bancos Conta Movimento ou Duplicatas a Receber, creditando-se a conta Receita de 
Vendas. O preço pago pelas mercadorias vendidas (preço de custo) deverá ser registrado 
na coluna de saídas da Ficha de Controle de Estoque, ensejando, na escrituração 
contábil, o seguinte lançamento: débito da conta Custo das Mercadorias Vendidas, 
creditando-se a conta representativa dos estoques (Mercadorias em Estoque). 
Alguns itens do estoque podem representar elevado um valor em relação aos 
demais. O controle ABC dos estoques consiste na divisão dos estoques em grupos. 
Grupo A: Os estoques de maior valor terão um controle mais rigoroso que os 
demais. A empresa pode inventariar esses estoques toda semana, todo mês ou até 
diariamente. 
Grupo B: Os estoques que, em termos de valor, não são tão relevantes quanto os 
do grupo anterior, mas representam, também, elevada aplicação de recursos, poderão ser 
inventariados mensalmente, trimestralmente ou semestralmente. 
Grupo C: Os estoques numerosos, mas, que têm valor imaterial, podendo ser 
inventariados por ocasião do balanço. 
Apuração do Custo da Mão de Obra Direta (MOD): é o custo de qualquer 
trabalho humano diretamente identificável e mensurável com o produto. Exemplos: 
salários, inclusive encargos sociais (13º, férias, FGTS, INSS) dos empregados que 
trabalham diretamente na produção. 
Diferença entre a mão de obra direta e indireta: 
Se um operário opera uma máquina, na qual é produzido um tipo de produto de 
cada vez, esse operário será considerado mão de obra direta – MOD. 
Suponha a seguinte situação: um operário opera uma máquina, na qual são 
fabricados vários produtos. Se conseguir medir o tempo de produção de cada produto 
por meio de controles, então a mão de obra é direta. Se, por outro lado, não conseguir e 
tiver que utilizar qualquer critério de rateio para apropriar a mão de obra aos produtos, 
então ela será mão de obra indireta – MOI. 
Encargos Sociais – São os gastos da empresa incidentes sobre a folha de 
pagamento que não correspondem a um trabalho efetivo do funcionário. Os encargos 
sociais se dividem em: gastos sem contraprestação de serviço e contribuições sociais. 
Gastos sem contraprestação de serviço – São as obrigações das empresas 
relativas a seus empregados sem que eles tenham ficado à disposição da empresa. 
Exemplos: férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, feriados. 
Contribuições Sociais – São os encargos dos empregados para formação de 
fundos para o desenvolvimento de atividades sociais. 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF): 
Os CIF compreendem todos os gastos decorrentes do processo de fabricação que 
não correspondem à mão de obra e gastos com materiais. Os mais comuns são: aluguel 
da fábrica, energia elétrica, depreciação, combustível e lubrificante, seguro etc. Todos 
os custos indiretos só podem ser apropriados mediante estimativas, critérios de rateio, 
previsão de comportamento de custos etc. 
O Custo Indireto de Fabricação, também conhecido como Gastos Gerais de 
Fabricação, será apropriado ao produto por meio de um critério de rateio, que consiste 
em uma divisão proporcional dos valores consumidos junto aos produtos. ATENÇÃO: 
A empresa que produz um único produto em um único departamento, não apresenta 
Custos Indiretos. 
Critérios de Rateios: o critério a ser adotado será determinado pela Gerência da 
Empresa. Uma vez escolhido o critério do rateio dos CIF, sua aplicação será efetivada 
através da utilização de uma regra de três simples. 
Existem vários critérios que podem ser usados para que seja efetuado o rateio 
dos Custos Indiretos, em função do consumo: 
• do custo direto; 
• da matéria-prima; 
• da mão de obra direta; 
• da hora máquina usada na produção. 
Departamentalização: O método da departamentalização consiste em distribuir 
os custos de produção proporcionalmente a participação de cada departamento 
envolvido no processo de fabricação. Assim, uma empresa pode subdividir um 
departamento em setores, cada um sendo um centro de custos. Por exemplo: o 
departamento de costura pode ser subdividido em setor de calças, setor de camisas e 
assim por diante. 
 
A departamentalização é um aprimoramento do rateio dos custos indiretos. Os 
departamentos serão utilizados para a acumulação dos custos. 
Lógica da departamentalização: 
 Separação entre Custos e Despesas; 
 Apropriaçãodos Custos Diretos diretamente aos produtos; 
 Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos 
departamentos, agrupando, à parte, os comuns; 
 Rateio dos Custos Indiretos comuns aos diversos Departamentos quer de 
serviços, quer de produção. 
 Escolha da sequencia de rateio dos Custos acumulados nos 
Departamentos de Serviços e sua distribuição aos demais departamentos; 
 Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de 
Produção aos produtos, segundo critérios fixados. 
Custeio ABC – O chamado custeio ABC (Activity Based Costing) é um método 
de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de 
fabricação de seus produtos. A origem do método de Custeio ABC proveio do 
significativo aumento dos chamados Custos Indiretos de Fabricação na produção 
industrial nas últimas décadas. 
Este processo envolve os seguintes procedimentos: 
1 - identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa; 
2 - mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma 
atividade – essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando impossível 
esta, por meio da utilização dos direcionadores de recursos; 
3 - atribuição dos custos das atividades aos produtos pela a utilização dos 
direcionadores de atividades. 
O custeamento por atividades (ABC) é um processo bastante complexo, pois 
envolve os procedimentos a seguir: 
1) Identificação das atividades exercidas por cada departamento da 
empresa; 
2) Mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma 
atividade – essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando impossível 
esta, através da utilização dos direcionadores de recursos. 
3) Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da utilização 
dos direcionadores de atividades. 
 
 
 
Aula 05: Atribuições de Custos às Atividades 
 
Objetivos: 
- Compreender as atribuições de custos às atividades; 
- Analisar os sistemas de acumulação de custos. 
 
Métodos de avaliação de estoques: 
a) Aluguel e Seguro: O direcionador do recurso é a área utilizada pela 
atividade, uma vez que, o valor do aluguel e do seguro da fábrica depende da área. 
b) Mão de obra indireta: Atribuição direta às atividades, uma vez que cada 
uma delas tem funcionários indiretos próprios. Os valores atribuídos pelo departamento 
de pessoal da empresa foram os seguintes: 
Compras R$ 10000,00 
Atividade Industrial 1 R$ 30000,00 
Atividade Industrial 2 R$ 40000,00 
Acabamento R$ 8000,00 
Despacho R$ 2000,00 
 
Material de Consumo: Atribuição direta às atividades através das requisições de 
material de cada departamento. Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram: 
Compras R$ 2000,00 
Atividade Industrial 1 R$ 5000,00 
Atividade Industrial 2 R$ 8000,00 
Acabamento R$ 3000,00 
Despacho R$ 2000,00 
 
As áreas ocupadas por cada atividade, em percentual, são dadas pela tabela a 
seguir: 
Atividades Percentual 
Compras 20% 
Atividade Industrial 1 25% 
Atividade Industrial 2 30% 
Acabamento 15% 
Despacho 10% 
 
O quadro abaixo resume a atribuição dos custos indiretos às atividades. 
 
A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita através da utilização 
de um direcionador de atividades, que é um indicador de quanto os produtos consomem 
de cada atividade. Vamos supor a seguinte composição dos direcionadores de atividade 
no exemplo a seguir: 
 
Sistema de Acumulação de Custos é a forma pela qual os custos são acumulados 
e apropriados aos produtos. 
Os Sistemas de Acumulação de Custos destinam-se a coletar os dados de custos, 
diretos ou indiretamente, identificados com algum objeto de custeio, a organizá-los de 
forma a que possam contribuir para o desenvolvimento de informações que se destinam 
ao atendimento de alguma necessidade gerencial diferente ou especial. 
Os dois sistemas básicos de acumulação de custos que se destinam a custear 
produtos e serviços são os seguintes: o sistema de custeamento por Ordem de Produção 
e o sistema de custeamento por processo. 
Estes dois sistemas são empregados amplamente e produzem informações para a 
determinação da rentabilidade (o custo dos produtos ou serviços vendidos), informação 
dirigida à Demonstração do Resultado de Exercício e para avaliação de estoques de fim 
de período (informação que vai compor o Ativo do Balanço Patrimonial). A diferença 
fundamental entre os dois sistemas está no objeto do custeio. Enquanto que para o 
sistema de Ordens de Produção o objetivo é determinar o custo do produto ou serviço, 
para o sistema por processos, a finalidade primeira é acumular o custo dos processos. 
O custo-padrão (é estabelecido com mais critério, representando o custo que 
determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência da mão de obra 
e dos equipamentos) consiste na técnica de fixar previamente preços para cada produto 
que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se utilizar o custo-padrão 
consistem no uso gerencial das informações ou como forma de agilizar os processos de 
encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio não é aceita para 
avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença for irrelevante. 
Essa fixação previa de preços também pode ser feita via custo estimado (é 
estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de 
expectativas de ocorrências futuras). 
Os padrões de custos são de dois tipos: os físicos e os monetários. 
Físicos – Materiais diretos, mão de obra direta e consumo de energia são 
exemplos de custos físicos. Eles são de responsabilidade de áreas operacionais, como 
produção, PCP, desenvolvimento de produto etc. 
Monetários – Os custos em unidades monetárias são referentes aos recursos 
necessários. Eles são de responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, 
compras, departamento de pessoal. 
O custeio por ordem de produção ou encomenda ocorre quando a entidade 
produz (ou realiza) e vende os produtos (ou serviços) por encomenda. Uma vez que os 
produtos são específicos e perfeitamente identificados, a preocupação do Sistema é 
acumular os custos por produto. Os recursos consumidos pela produção são valorizados 
e debitados a cada um dos produtos que os consumiu, que são de três tipos basicamente: 
materiais, mão de obra e outras despesas de fabricação. 
Exemplos: Conserto de carro, serviços de auditoria, indústria naval. 
Os custos são acumulados em folhas chamadas Ordem de Produção ou Ordem 
de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em aberto representa o estoque dos 
Produtos em Processo. À medida que os produtos são completados, as Ordens de 
Produção são encerradas e os custos transferidos para o estoque de produtos acabados 
ou CPV, conforme o caso. 
Durante a execução da encomenda: 
Os materiais são registrados pelo custo real, pois a empresa, com base nas 
requisições de materiais, sabe os valores dos materiais empregados na Ordem de 
Produção – OP. 
A MOD é apropriada com base no tempo gasto na execução de cada Ordem, 
sendo o valor da MOD debitada na OP igual ao tempo gasto vezes a taxa horária de 
custo da MOD (incluídos os encargos sociais). 
CIF deverá ser rateado as OP’s com base em algum critério definido. 
 
Quando a entidade fabrica os produtos (ou os serviços) de modo contínuo, em 
série ou em massa, a preocupação da Contabilidade de Custos é determinar e controlar 
os custos pelos departamentos, pelos setores, pelas fases de produtivas (ou processos) e 
em seguida dividir esses custos pela quantidade de produtos fabricados no processo, 
durante certo período. Neste método, oscustos de um produto ou serviço são obtidos 
com base na média dos custos acumulados no período dentre uma grande quantidade de 
itens produzidos. 
A finalidade principal do sistema é determinar os custos e as despesas 
relacionados aos processos de produção. Os custos acumulados no processo 
operacional, num certo período de tempo (normalmente um mês), são divididos pela 
produção (em unidades, com mais frequência) do processo no mesmo período para se 
obter seu custo unitário médio. O processo pode ser uma fase, uma seção, um 
departamento ou um setor fabril. 
 
Os métodos podem ser: 
 Custeio por ordem – é caracterizado por unidade de produto ou serviço 
distinto. 
 Custeio por processo – é caracterizado por unidades de produtos ou 
serviços similares e em grande quantidade. 
Características do Custeio por ordem: 
 Identifica a produção de produtos diferentes e de lotes de produtos 
durante o processo de fabricação. 
 As várias ordens de produção se assemelham a “arquivos” que são 
utilizados para acumular os consumos dos fatores de produção. Os materiais diretos e a 
mão de obra são acumulados de forma direta e as despesas gerais através de absorção. 
 O custo de fabricação final é determinado somente quando a ordem de 
produção é fechada, isto é, quando a fabricação chega a seu término. 
 O custeamento por OP é empregado em empresas onde a produção é 
descontínua e cujos produtos, lotes ou serviços podem ser perfeitamente identificados 
no processo de fabricação ou de realização de serviços. 
 O sistema é burocrático. Todas as transações e operações, e respectivos 
documentos, têm que observar rigorosamente a codificação dos produtos e dos serviços 
que estão sendo realizados. 
Características do Custeio por processo: 
 Os custos diretos – materiais e mão de obra – são debitados diretamente 
ao processo, enquanto que as despesas de fabricação são, inicialmente, acumuladas, por 
natureza e depois através de rateios dão acrescentados ao processo. 
 Os dados físicos do processo, tais como unidades em processo, nível de 
completamento, unidades recebidas de processos anteriores, unidades transferidas para 
processos seguintes, quantitativos de materiais e de mão de obra, são acumulados por 
processo. 
 Os processos, em termos de Contabilidade, são subcontas da conta geral 
Produtos em Processamento. 
 O que sai de um processo para outro é considerado produto acabado no 
processo que envia e material direto para o processo que recebe. 
 As unidades equivalentes são detalhadas por fator de produção, porque 
esses fatores observam ritmos diferentes de envolvimento no processo. 
 Normalmente, ocorrem perdas, encolhimento, evaporação, desperdícios, 
quebras, aparas, refugos e unidades defeituosas no processamento contínuo. Esses 
fenômenos tem que ser analisados: podem ser normais ou anormais. 
 As unidades defeituosas podem ser reaproveitadas, podem ser vendidas 
ou podem ser consideradas como irrecuperáveis. 
 Alguns desses fenômenos operacionais, e outros que normalmente 
ocorrem, como sobras, por exemplo, podem ser transformados em subprodutos. Além 
desses casos, existem processamentos contínuos que dão lugar a produtos conjuntos, 
quando dois ou mais produtos de alto valor comercial são produzidos de um mesmo 
grupo de recursos. 
Atividades que utilizam o custeio por processo: serviço, comércio, indústria, 
firma de auditoria, lista telefônica, construção de casa, entrega postal, comércio de 
grãos, produção de bebidas. 
Características da produção: 
A fabricação simples é aquela em que, para a fabricação do produto, é necessária 
apenas uma fase de transformação. Assim, o produto é produzido num único 
departamento produtivo. 
A fabricação complexa é aquela em que, para a fabricação do produto, é 
necessária a execução de várias etapas no processo fabril. 
Produção Conjunta: Ocorre a produção conjunta quando mais de um produto 
surge de uma mesma matéria-prima no processo de produção que pode ser por produção 
contínua ou por encomenda. Eles podem ser coprodutos ou subprodutos. 
Resultados da Produção Conjunta: 
 Sucatas – não têm valor de venda ou mercado normal. A venda é lançada 
como receita em outras receitas operacionais. 
 Subprodutos – possuem valor de venda, têm vendas normais e 
apresentam pouca relevância dentro do faturamento total. O valor de venda menos as 
despesas com a venda dos subprodutos é deduzido dos custos do produto principal. 
 Coprodutos – são produtos de importância igual para a empresa do ponto 
de vista de faturamento. O que importa com relação aos coprodutos é o controle do 
custo por operação e não o custo por produto. 
 
 
Aula 06: Sistemas e Métodos de Custeio 
 
Objetivos: 
- Aprender custeio por absorção; 
- Analisar os custos variáveis ou diretos. 
 
Custo Variável – é aquele que varia em função da quantidade produzida. 
Assim, quanto maior a quantidade produzida, maior o custo variável total. 
Entretanto, se não houver produção, o custo variável será zero. Unitariamente, o 
custo variável é fixo. 
Custo semifixo – é o que permanece fixo até determinada quantidade fabricada 
e, nesse ponto, sofre uma variação, permanecendo constante nesse novo volume de 
quantidade. 
 
Custo semivariável – é o custo que apresenta uma parcela fixa e uma parcela 
variável. Até determinada quantidade, ele é constante, e a partir dessa quantidade, varia 
de forma diretamente proporcional à variação da quantidade. Exemplo: energia elétrica. 
 
O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios 
fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela 
legislação fiscal. Não é um princípio contábil, mas uma metodologia decorrente da 
aplicação desses princípios. 
O Custeio por Absorção ou Integral consiste na apropriação de todos os custos 
(sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) 
são excluídos. 
É o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade e é, no Brasil, 
adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Dessa forma, o método é 
válido para a apresentação de demonstrações financeiras e para o pagamento do Imposto 
de Renda. 
No método custeio por absorção, os custos de produção podem ser apropriados 
diretamente, como é o caso do material direto e mão de obra direta, ou indiretamente, 
como é o caso dos custos indiretos de fabricação. 
A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas. A 
separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o 
resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão 
idêntico tratamento. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos 
acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques desses produtos. 
Nesse método, todos os custos são alocados aos produtos fabricados. Assim, 
tanto os custos diretos como os indiretos incorporam-se aos produtos. Os primeiros, 
pela apropriação direta, e os indiretos, por sua atribuição por meio de critérios de rateio. 
Esta forma de custeio é considerada pela contabilidade financeira, como básica 
para a avaliação de estoques, para fins de balanço patrimonial e de resultados, e também 
para atender às exigências fiscais. 
Exemplo de método de custeio por absorção: 
A empresa Alfa, nos anos de X1 e X2, vende 100.000 unidades a $ 6,00 cada 
uma. 
Os custos são os mesmos nos dois anos: $ 3,00 de custo variável por unidade e $ 
90.000 de custos fixos totais. Não existe estoque inicial em X1, e foram produzidas 
100.000 unidades; em X2, foram produzidas 150.000 unidades, ficando a empresacom 
um estoque final de 50.000 unidades. 
 
Esse método de custeio é derivado da aplicação dos princípios fundamentais de 
contabilidade, pois está de acordo com o regime de competência e a confrontação de 
receitas e despesas, ou seja, é considerado como despesas do período apenas o custo de 
produção referente aos produtos que foram vendidos no período. Todas as despesas vão 
para o resultado do período, enquanto os custos somente são lançados ao resultado na 
parte correspondente aos produtos vendidos, permanecendo o restante como estoque. 
Os custos diretos (variáveis) são apropriados aos produtos pela medição de seu 
consumo, são perfeitamente identificáveis. Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, 
outros materiais diretos etc. 
Os custos indiretos de fabricação deverão ser apropriados aos produtos por 
rateio, que consiste numa divisão proporcional de outros custos de acordo com o 
consumo de cada produto. 
Definir a base de rateio é o desafio dos gestores dos custos, de modo que ao 
distribuir os CIFs aos produtos, evitando-se distorções. 
Existem vários critérios de rateios dos CIFs, a base a ser escolhida deverá ser a 
mais lógica e coerente. 
Destacam-se algumas bases: 
 Consumo de custo direto; 
 Consumo da matéria-prima; 
 Consumo da mão de obra direta; 
 Consumo da hora/máquina na produção. 
Custeio Variável (direto): 
O custeio se fundamenta na separação dos gastos em variáveis e fixos, isto é, em 
gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se 
mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. 
Esse sistema de apuração de custos depende de um adequado suporte do sistema 
contábil, na forma de um plano de contas que separe, já no estágio de registro dos 
gastos, os custos variáveis e os custos fixos de produção, com adequado rigor. 
Gastos Variáveis – A expressão gastos variáveis designa os custos que, em valor 
absoluto, são proporcionais ao volume da produção, isto é, oscilam na razão direta dos 
aumentos ou reduções das quantidades produzidas. Assim, tem-se: $100.000 para 
produzir 100 unidades, ou $200.000 para produzir 200 unidades. Quando convertidos 
em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se estável ou fixo, pois 
redundam no mesmo custo unitário de $1.000. 
Gastos Fixos – A expressão gastos fixos designa os custos que, em valor 
absoluto, são estáveis, isto é, não sofrem oscilações proporcionais ao volume de 
produção, dentro de certos limites. Quando convertidos em custos por unidade de 
produto, o valor desses custos se torna variável, pois $150.000 imputados a 100 
unidades dão um custo unitário de $1.500, e imputados a 200 unidades dão um custo de 
$750 por unidade. São custos que sofre uma diluição tanto maior quanto maiores forem 
as quantidades produzidas. 
A defesa do custeio variável se baseia em três argumentos principais: 
 Os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não de 
determinado produto ou do aumento ou redução (dentro de certa faixa) da quantidade 
produzida. 
 A maioria dos rateios é feita através da utilização de fatores que não 
vinculam cada custo a cada produto. 
 Valor dos custos fixos a ser distribuído a cada produto depende, além dos 
critérios de rateio, do volume de produção. 
Tendo em vista que esse sistema não atende aos princípios fundamentais de 
contabilidade e não é aceito pelas autoridades fiscais, sua utilização é limitada à 
contabilidade para efeitos internos da empresa. 
Nesse método de custeio, os custos fixos têm o mesmo tratamento das despesas, 
pois são considerados despesas do período independentemente de os produtos terem ou 
não sido vendidos. 
Pelo custeio por absorção, quando aumentarem as quantidades produzidas, 
aumentará o lucro (embora a empresa não tenha aumentado suas vendas), enquanto, no 
custeio variável, o lucro tenha permanecido constante nos dois anos. 
O custo-padrão é um custo pré-atribuído, tomado como base para o registro da 
produção antes da determinação do custo efetivo. Em sua concepção gerencial, indica 
um “custo ideal” que deverá ser perseguido, servindo de base para a administração 
mediar a eficiência da produção e conhecer as variações de custo. Esse custo ideal seria 
aquele que deveria ser obtido pela indústria nas condições de plena eficiência e máximo 
rendimento. 
 Ideal – É um custo obtido dentro de condições ideais de qualidade dos 
materiais, de eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os 
insumos, a 100% da capacidade da empresa, sem nenhuma parada por qualquer motivo, 
a não ser as já programadas em função da manutenção preventiva. O custo-padrão Ideal 
é determinado por meio de estudos teóricos e seria uma meta de longo prazo da 
empresa. 
 Estimado – É o custo previsto com base na série histórica de custos da 
empresa (não leva em conta as ineficiências que ocorreram na produção). 
 Corrente – Situa-se entre o Ideal e o Estimado. O custo-padrão corrente 
diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um 
determinado produto, mas com a diferença, em relação ao custo-padrão Ideal, de levar 
em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, 
mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia etc. É um valor que a empresa 
considera difícil de ser alcançado, mas não impossível. É, portanto, um conceito prático 
de custo-padrão. 
O custo real é o custo efetivo incorrido pela empresa num determinado período 
de produção. Caso o custo real seja superior ao Custo-Padrão, a variação (diferença) 
será dita desfavorável; caso contrário, a variação será considerada favorável. 
O sistema de custo-padrão não tem utilidade se for implantado solitariamente. 
Ele só fornece informações úteis se estiver acoplado a outro sistema de custeio que 
esteja baseado em custos reais. 
 
 
 
Aula 07: Relação Custo, volume e lucro 
 
Objetivos: 
- Relacionar custo, volume e lucro; 
- Identificar ponto de equilíbrio; 
- Analisar sensibilidade e incerteza. 
 
Relações de custo/volume/lucro: 
A relação custo/volume/lucro é a relação que o volume de vendas tem com os 
custos e lucros. 
O planejamento do lucro exige uma compreensão das características dos custos e 
de seu comportamento em diferentes níveis operacionais. 
A demonstração do resultado do exercício reflete o lucro somente em 
determinado nível de vendas, não se prestando à previsão de lucros em diferentes níveis 
de atividade. 
A empresa está no ponto de equilíbrio quando ela não tem lucro ou prejuízo; 
nesse ponto, as receitas totais são iguais aos custos totais ou despesas totais. 
Considerando o exemplo da empresa Alfa, vamos calcular seu ponto de 
equilíbrio: 
Receita Total = Custo Total 
Preço de Venda da Unidade x Quantidade = (Custos + Desp. Variáveis) x (Custos + Desp. Fixas Totais) 
PVU x Q – CDV x Q = CDF 
Q (PVU – CDVU) = CDF 
Q x Margem de Contribuição Unitária = CDF 
Ponto de Equilíbrio em quantidade (físico) = CDF / MgCU 
PE (monetário $) = CDF / Índice MgCU / PVU 
A análise das relações entre custo/volume/lucro e o conceito de ponto de 
equilíbrio têm algumas limitações. Veja. 
1 – Os custos fixos são fixos dentro de determinado volume de produção, se a 
empresa aumentar seu volume de produção além de certos limites, seus custos fixos se 
elevarão, mas não proporcionalmente às quantidades. 
2 – As retas de custos e despesas totais e receitas totais nem sempre são lineares. 
3 – A análise supõe a existência de um único produto ou que a composição de 
vendas seja mantida. 
4 – O volume de produção é praticamente igual ao volume de vendas, não 
havendovariações nos estoques iniciais e finais. 
A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas obrigações referentes a 
investimentos, nos planejamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte de 
produtos e para análise das alterações do preço de venda, conforme o comportamento do 
mercado. 
 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) – é obtido quando há volume (monetário ou 
físico) suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o ponto em que 
não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto de igualdade entre a Receita Total e o 
Custo Total (soma dos custos e das despesas). 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) – é a quantidade que iguala a receita total 
com a soma dos custos e despesas acrescida de uma remuneração mínima (custo de 
oportunidade – representa a remuneração que a empresa obteria se aplicasse seu capital 
no mercado financeiro, ao invés de no seu próprio negócio) sobre o capital investido 
pela empresa. Assim, ocorre quando existe lucro na empresa, e esta busca comparar e 
demonstrar o seu lucro em relação à taxa de atratividade que o mercado financeiro 
oferece ao capital investido. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) – é a quantidade que iguala a receita total 
com a soma dos custos e despesas que representam desembolso financeiro para 
empresa, sendo representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa 
possa cumprir com seus compromissos financeiros. Assim, por exemplo, os encargos de 
depreciação são excluídos no cálculo do PEF por não representarem desembolso para a 
empresa. Cabe salientar que nem todos os custos de produção representam desembolsos. 
Desta forma, os resultados contábeis e econômicos não são iguais aos financeiros. 
Margem de Contribuição (Mg C): 
No custeio variável, todos os custos e despesas variáveis (inclusive as despesas 
de vendas e administração) são deduzidos da Receita de Vendas, embora as despesas 
variáveis não façam parte do custo do produto, resultando na Margem de Contribuição 
(representa o valor que cobrirá os Custos e as Despesas fixos da empresa e 
proporcionará o lucro). 
A Margem de Contribuição podem ser medidas das seguintes formas: 
1 – Margem de Contribuição Total: Mg C = RV – CV 
2 – Margem de Contribuição Unitária: Mg C U = PVU – CVU 
(RV – Receita de Vendas; CV – Custo Variável; PVU – Preço de vendas 
unitário; CVU – Custo de variável unitário). 
Para se entender melhor a Margem de Contribuição, é necessário entrar em 
algumas definições: 
Margem de Contribuição Total – É um conceito de extrema importância para o 
custeio variável e para tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem 
de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas 
variáveis. 
Margem de Segurança – É o espaço limitado pelo nível de produção e de vendas 
considerado normal e pelo nível do ponto de equilíbrio. Esse nível normal situa-se 
acima do ponto de equilíbrio e, evidentemente, localiza-se entre este e o de capacidade 
máxima. 
 A margem de segurança é o espaço em que a empresa pode operar sem risco de 
entrar na área de prejuízo. Quanto mais baixo o ponto de equilibro, maior a margem de 
segurança, quanto mais alto ele for, menor será a margem de segurança. 
Alavancagem Operacional – mede o impacto das variações de produção e de 
vendas sobre o lucro operacional. Se duas empresas têm vendas e custos variáveis 
iguais, apresentarão a margem de contribuição, porém, aquela que apresentar custo fixo 
total maior terá lucro operacional menor e grau de alavancagem maior, acontecendo o 
contrário com a outra, cujo lucro operacional será maior. 
Grau de Alavancagem Operacional – é a relação proporcional de lucro e o de 
produção física ou de receita total, tendo como referência o nível de operação normal. 
Toma-se um ponto qualquer acima do ponto de equilíbrio, chamado nível de 
alavancagem, e determina-se a relação existente entre ele e o nível de operação normal 
da empresa. 
Análise de sensibilidade e incerteza é uma técnica de simulação que examina o 
quanto um resultado será alterado se os dados da previsão inicial não forem obtidos ou 
se alguma suposição fundamental for alterada. A sensibilidade para diversos possíveis 
resultados amplia as perspectivas dos gerentes para o que poderia de fato ocorrer, apesar 
de seus planos terem sido bem estabelecidos. 
Um aspecto da análise sensibilidade é a margem de segurança que é o excesso 
das receitas orçadas sobre o ponto de equilíbrio da receita. 
A margem de segurança é a resposta para questões do tipo: se as receitas orçadas 
estiverem acima do ponto de equilíbrio e caírem, o quanto elas podem ficar abaixo do 
orçado antes de atingir o ponto de equilíbrio? 
Tal queda poderia estar relacionada a um competidor que tenha um melhor 
produto, a um marketing malfeito etc. A análise de sensibilidade é um enfoque para 
reconhecer a incerteza que é possibilidade de que uma quantia real se desvie da quantia 
esperada. Um outro enfoque é calcular valores esperados usando a probabilidade de 
distribuição. 
O planejamento do lucro, em toda a sua complexidade, considera que existem 
vários direcionadores de receita e de custo. 
A análise de CVL é um caso específico que, num número restrito de condições, 
pode auxiliar os gerentes na compreensão do comportamento dos custos totais, das 
receitas e do lucro operacional à medida que correm mudanças no nível de atividade, 
preço de venda, custos variáveis ou custos fixos. 
A análise CVL pode sinalizar para os gerentes o baixo risco e o alto potencial de 
retorno das alternativas que diferem em custos fixos e variáveis. Quando a análise CVL 
é aplicada numa Empresa com múltiplos produtos, considera-se que o mix de venda dos 
produtos permanece constante quando o número de unidades vendidas se altera. 
 
 
Aula 08: Direcionadores de Custos 
 
Objetivos: 
- Entender a relação de causa e efeito; 
- Analisar os padrões de comportamento dos custos. 
 
O que é um direcionador de custos? 
É qualquer fator que afeta o custo total, ou seja, caso haja uma variação no 
direcionador de custo, isto causará uma variação no nível do custo total de um objeto de 
custo pertinente. 
Mas qual seria o aspecto mais importante para o estabelecimento de uma função 
de custo? 
É determinar se existe uma relação de causa e efeito entre o direcionador de 
custo e os custos resultantes. 
A função de custo é determinada por uma relação de causa e efeito, que podem 
surgir de diferentes modos, são eles: 
 1º modo – Quando ocorre uma relação física entre os custos e o 
direcionador de custo. Exemplo dessa relação física é a utilização de unidades 
produzidas como direcionador dos custos de materiais. Produzir mais unidades exige 
mais materiais, o que resulta em custos mais elevados com materiais. 
 2º modo – Quando ocorre uma relação de causa e efeito, que pode 
aparecer em razão de acordo contratual, como no exemplo dos gráficos das funções 
lineares, em que o número de minutos-telefone utilizados é o direcionador de custos da 
linha telefônica. 
 3º modo – Quando ocorre de uma relação de causa e efeito, em que os 
elementos estabelecidos, são definidos pela coerência e pelo conhecimento das 
operações. Exemplo disto é quando o número de peças componentes é utilizado como 
direcionador de custos de design. Fica claro que o design de um produto complexo, com 
muitas peças que precisa ajustar-se com precisão, incorrerá em custos maiores do que 
do design de um produto com menor número de peças. 
Veja na tabela abaixo exemplos de direcionadores de custos, de acordo com sua 
atividade de cadeia de valor correspondente. 
Direcionadores de Custos das Atividades da Cadeiade Valor 
Atividades Direcionador de Custo 
Pesquisa e Desenvolvimento 
Número de projetos e pesquisa; 
Horas de trabalho num projeto; 
Complexidade técnica de um projeto. 
Design de Produtos, Serviços e Processos 
Número de produtos em desenho; 
Número de peças por produto; 
Número de horas dos engenheiros. 
Produção 
Número de unidades produzidas; 
Custo de mão de obra direta; 
Número de “setups”; 
Número de mudanças técnicas. 
Marketing 
Número de propagandas executadas; 
Número de pessoal de vendas; 
Venda em dólares. 
Distribuição 
Número de itens distribuídos; 
Número de clientes; 
Peso dos itens distribuídos. 
Atendimento ao cliente 
Número de chamadas; 
Número de produtos consertados; 
Horas gastas com reparo de produtos. 
 
Agora você irá conhecer os padrões de comportamento dos custos. Para isso, é 
necessário conhecer o significado de função de custo. 
Função de custo é um desempenho matemático que descreve os padrões de 
comportamento de custos, que podem ser demonstrados em um plano gráfico, na qual 
mostra-se como as variações ocorrem em função das mudanças do direcionador de 
custos. 
Para entender como a função de custo é demonstrada em um gráfico, veja o 
exemplo. 
O eixo “y” representa os custos totais e seu valor é correspondente ao eixo “x”. 
Função de custos no eixo dos “x”. 
Conheça agora diferentes gráficos demonstrando padrões de comportamento de 
custos, divididos em: custo variável, custo fixo e custo semifixo. 
 
Quando se avaliam as funções de custo, geralmente são estabelecidos dois 
pressupostos: 
 As variações nos custos totais de um objeto de custo são explicadas pelas 
variações de um único direcionador de custo. 
 O comportamento do custo é adequadamente descrito por uma função 
linear de custo do direcionador de custo, dentro da faixa de interesse. Função linear de 
custo é a função de custo para a qual, dentro da faixa de interesse, o gráfico dos custos 
totais, em contraposição a um único direcionador de custo, é uma linha reta. 
Os custos podem ser totais ou unitários. Conheça a diferença entre eles. 
Custos Totais – São todos os gastos aplicados ou consumidos na produção. 
Custo Unitário – É obtido pela divisão entre o custo global da produção e a 
quantidade de unidades produzidas. 
𝑝 = 
𝑓 + 𝑣
𝑛
 
Onde: 
p = custo unitário; 
f = custo fixo total; 
v = custo variável total; 
n = quantidade de unidades produzidas. 
Um objetivo importante da contabilidade de custos é a determinação do custo de 
fabricação por unidade. 
Quando um comerciante adquire uma grande quantidade de bens para revenda, 
acaba pagando uma quantia monetária por lote, o que tem pouca significância para a 
administração. 
O importante para a administração é determinar o custo unitário antes que possa 
tomar certas decisões e fazer análises. 
Como exemplo, se o comerciante fizer uma compra de 1.000 peças, logo o valor 
total desta compra será R$ 5.000,00. Isto significa que o preço unitário pago pelo 
comerciante por unidade é igual a R$ 5,00. 
Esta informação é útil para que se determine o preço unitário de venda e se faça 
a mensuração do lucro de cada item vendido. 
Custos por processo – Os custos são inicialmente classificados por tipo de 
gasto (natureza contábil) e depois compilados por processos específicos. 
Posteriormente, todos os custos são distribuídos às unidades produzidas, por meio dos 
processos específicos. 
Deve procurar refletir todo o processo físico da produção, criando centros de 
custos. Os números são posteriormente transferidos de um centro para o seguinte, do 
mesmo modo como a produção transfere o produto fisicamente para outra fase. 
Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, 
ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras. 
Custo padrão: estabelecido com mais critério, representando o custo que 
determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência da mão de obra 
e dos equipamentos. 
Custos por Ordem de Produção – No sistema de custos por ordem de 
produção (ou encomenda), os custos são acumulados em folhas (ou registros 
eletrônicos) denominados Ordens de Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das 
Ordens de Produção em Aberto representa o Estoque de Produtos em Processo. Quando 
os produtos ou serviços são completados, as Ordens são encerradas e os custos são 
transferidos para o estoque de produtos acabados ou CPV, a depender da situação. 
Custo-Padrão – O custo-padrão consiste em uma técnica de fixar previamente 
os preços para cada produto que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se 
utilizar o custo-padrão consistem no uso gerencial das informações ou como forma de 
agilizar os processos de encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio 
não é aceita para avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença 
for irrelevante. 
Padrões: físicos e monetários 
Físicos: como materiais diretos, mão de obra direta, consumo de energia etc. São 
de responsabilidade de áreas operacionais, como produção, PCP, desenvolvimento de 
produto etc. 
Monetários: custos em unidades monetárias dos recursos necessários são de 
responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento 
de pessoal. 
 
 
 
Aula 09: Critério de Rateio dos Custos Indiretos 
 
Objetivos: 
- Entender a análise dos critérios de rateio – custos comuns; 
- Analisar o rateio dos custos por departamento. 
 
Existem diversos sistemas de custo e critérios de avaliação da produção e dos 
estoques. Dentro dos princípios fundamentais de contabilidade, aplicados pela lei nº 
6.404/76, o método de custeio real por absorção é o aconselhado. 
Isto mostra que devem ser acrescentados ao custo da produção os custos reais 
incorridos, obtidos através da contabilidade geral, e pelo sistema por absorção, o que 
significa abrangência de todos os gastos relativos à produção, quer diretos, quer 
indiretos com relação a cada produto. 
No sistema do Custo Direto, somente são considerados na avaliação dos 
estoques de produtos em processo e produtos acabados os custos fixos lançados 
diretamente nos resultados. 
No sistema do Custo Indireto não se pode apropriar diretamente a cada tipo de 
bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. 
Os Custos Indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego 
de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão de obra 
indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base 
em horas/máquinas utilizadas etc. 
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios 
de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa 
separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode 
ser entendido, como aquele custo que não pode ser identificado diretamente a um 
produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios 
de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado. 
Análise dos critérios de rateio: 
 Os custos indiretos são aqueles incorridos para a obtenção do produto, 
mas que não podem ser associados a um produto em particular. Decorrem do uso 
compartilhado de recursos produtivos. Todos os produtos, em seu conjunto, são 
responsáveis por estes custos. 
 A escolha de critérios de rateio constitui etapa crítica da distribuição dos 
custos indiretos. O critério de rateio adotado deve guardar coerência com a natureza do 
custo a ser rateado. 
 A escolha dos critérios também depende da estrutura de controle e da 
organização da empresa,

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