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Matéria: Direito Penal (Parte Especial) – Prof.: Felipe Novaes. DISCIPLINA: Direito Penal (Parte Especial). PROFESSOR: Felipe Novaes. MATÉRIA: Genocídio. Indicações de bibliográficas: Não houve indicações. Leis e artigos importantes: Lei nº 2.889/56; Palavras-chave: Genocídio. TEMA: Genocídio. PROFESSOR: Felipe Novaes. Genocídio O genocídio é um crime que tem uma motivação específica, que é retirar da humanidade determinado grupo de pessoas que tem características próprias - grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Art. 1º da Lei nº 2.889/56 – formas de genocídio – Trata-se de dolo coletivo (contra todo o grupo), o que se difere dos crimes contra a pessoa (individual). Informativo 434 do STF - RE 351487-RR – caso de genocídio no Brasil – concurso formal de crimes – entendimento do STF de que o crime de genocídio não absorve os crimes meios. Competência de julgamento do genocídio – Justiça Federal, devendo ser analisados os crimes meios para definir a competência do Tribunal do Juri. - Sujeito ativo – qualquer pessoa (crime comum); - Sujeito passivo – a coletividade dizimada e as pessoas individuais vítimas da prática do crime. Matéria: Direito Penal (Parte Especial) – Prof.: Felipe Novaes. O crime de genocídio tem natureza formal, a consumação ocorre com a morte de uma ou mais pessoas, pois o resultado que é a destruição do grupo não precisa se concretizar, ainda que o grupo continue existindo, com a consumação dos crimes meios já configura o genocídio. - Trata-se de crime doloso, não admite modalidade culposa; é comissivo; instantâneo; pode ser unissubjetivo (não exige o concurso de pessoas); plurissubsistente e admite tentativa. Penas: - Art. 1º, a, Lei nº 2.889/56 – matar membros do grupo - Pena de reclusão de 12 a 30 anos. - Art. 1º, b, Lei nº 2.889/56 - causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo - Pena de reclusão de 2 a 8 anos. - Art. 1º, c, Lei nº 2.889/56 - submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial - Pena de reclusão de 10 a 15 anos. - Art. 1º, d, Lei nº 2.889/56 - adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo - Pena de reclusão de 3 a 10 anos. - Art. 1º, e, Lei nº 2.889/56 - efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo - Pena de reclusão de 1 a 3 anos. Art. 2º da Lei nº 2.889/56 – traz o crime de associação para prática do crime de genocídio. O crime exige um ânimo de permanência – se essas pessoas se juntarem para praticar apenas um genocídio o crime do art. 2º não se configura, é necessário que queiram praticar genocídios em conjunto. - Bem jurídico tutelado – a paz pública. - Crime comum – qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo – o tipo penal exige mais de 3 pessoas – 4 pessoas no mínimo (concurso de pessoas) – crime plurissubjetivo. Se o crime for praticado com 3 pessoas será aplicada a regra geral do art. 288 do Código Penal. A pena aplicada no art. 2º de metade da pena cominada aos crimes previstos está revogada. Pois a lei de crimes hediondos trata genocídio como crime hediondo (art. 1º, parágrafo único da Lei nº 8.072/90), sendo a pena cominada de reclusão de 3 a 6 anos - Art. 8º da Lei nº 8.072/90. Art. 3º da Lei nº 2.889/56 – Incitar (estimular), direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes previstos no art. 1º. - Bem jurídico tutelado – a paz pública e indiretamente os mesmos bens jurídicos tutelados pelo genocídio. - Crime comum – qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo; sujeito passvo: a coletividade. Matéria: Direito Penal (Parte Especial) – Prof.: Felipe Novaes. - Crime formal – a consumação ocorre com a incitação, não é necessário que o genocídio aconteça. - Crime comissivo; de perigo abstrato e admite tentativa. A pena aplicada é de metade das penas cominadas ao crime incitado. Art. 3º, §1º da Lei nº 2.889/56 – A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar - partícipe moral por induzimento. Art. 3º, §2º da Lei nº 2.889/56 – aumento de pena de 1/3 se a incitação for feita pela imprensa – escrita, rádio, TV, etc. Art. 4º da Lei nº 2.889/56 - aumento de pena de 1/3 em todos os crimes, quando for praticado por funcionário público. Art. 5º da Lei nº 2.889/56 – pena aplicada para tentativa de 2/3 das respectivas penas. Art. 6º da Lei nº 2.889/56 – Os crimes de genocídio não serão considerados crimes políticos para efeitos de extradição.
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