Buscar

Teoria Geral do Processo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Não há sociedade sem Direito!!!
Estamos rodeados de regras; exemplo disso são regras de comportamento.
AS REGRAS (DIREITO POSITIVO) EXISTEM PARA REGULAR A VIDA EM SOCIEDADE
DIREITO
REGRAS PRIMÁRIAS - REGRAS DE COMPORTAMENTO (maneira de 
portar em sociedade; seus direitos e deveres; o que a sociedade espera 
de nós; maneira de se portar para ser útil)
REGRAS SECUNDÁRIAS - SANÇÕES (aplicada quando uma 
regra primária é violada)
Conjunto de 
regras para 
regular a vida em 
sociedade
Para que serve o Direito?
Organiza a cooperação 
entre as pessoas; regula 
as relações sociais.

Resolve os conflitos que 
surgirem.

Obs. Sempre que há violação 
do direito surge conflitos.
O Direito exerce função ordenadora 
na sociedade: coordena os 
interesses que se manifestam na 
vida social.
DIREITO OBSERVADO DIREITO VIOLADO
 OK CONFLITO
Pretensão - Resistência
 credor devedor
A pretensão quando encontra a resistência faz surgir o conflito!!
Conjuntam de normas que 
atribuem direitos e 
obrigações que regula as 
relações jurídicas.

Direito Material
Regula a atividade do 
autor, do juiz e do réu 
(quem estiver envolvido 
no processo) dentro do 
processo.

Direito Processual
O DIREITO É UMA FORMA DE CONTROLE SOCIAL, NO 
SENTIDO DE IMPOSIÇÃO DOS MODELOS CULTURAIS, 
IDEAIS E VALORES DOMINANTES, PARA QUE SE ATINJA O 
BEM COMUM.

O DIREITO, PRODUTO DA ATIVIDADE HUMANA, PERTENCE 
À CULTURA.

 reflete a cultura da sociedade
A lei muda pelo legislador ou 
por interpretação própria!!!
Direito Violado Conflito de interesses
Instabilidade social Impede a paz social
O conflito precisa ser solucionado!!!
Formas de solução ao conflito:
SOLUÇÃO DO CONFLITO A PARTIR 
DA FORÇA – VINGANÇA PRIVADA.

NÃO GARANTE JUSTIÇA. CONCEDE A 
VITÓRIA AO MAIS FORTE.

EM REGRA, É CONSIDERADA UMA 
AÇÃO CRIMINOSA, A EXEMPLO DO 
DISPOSTO NO ARTIGO 345, DO 

1. AUTOTUTELA - AUTODEFESA
 A B
Conflito 
Força Exemplo: fazer justiça com as 
próprias mãos.
Para solucionar um conflito A, mais 
forte, impõe sua vontade a B, mais 
fraco.
Forma de 
controle 
social
Direito
 Página 1 de TGP 
NÃO GARANTE JUSTIÇA. CONCEDE A 
VITÓRIA AO MAIS FORTE.

EM REGRA, É CONSIDERADA UMA 
AÇÃO CRIMINOSA, A EXEMPLO DO 
DISPOSTO NO ARTIGO 345, DO 
CÓDIGO PENAL.

EXCEPCIONALMENTE, TEM SIDO 
ADMITIDA, A EXEMPLO DO QUE 
DISPÕE O ARTIGO 25 DO CÓDIGO 
PENAL, E OS ARTIGOS 1.210, § 1º, E 
1.283, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL.

 A B
Conflito 
Força Exemplo: fazer justiça com as 
próprias mãos.
Para solucionar um conflito A, mais 
forte, impõe sua vontade a B, mais 
fraco.
AUSÊNCIA DE JUIZ EQUIDISTANTE DAS PARTES. 
INEXISTÊNCIA DE ÓRGÃO ESTATAL QUE, SOBERANAMENTE, 
ASSEGURE O CUMPRIMENTO DO DIREITO.

IMPOSIÇÃO DA DECISÃO POR UM DOS ENVOLVIDOS NO 
CONFLITO (solução do conflito a partir do uso da força)

Características da autotutela▫
Em relação ao credor e 
devedor o Estado e nem 
terceiros participam.

O nosso ordenamento admite a autotutela? 
Exemplo: Legítima defesa: art. 25 do 
CP - Entende-se em legítima defesa 
quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito 
seu ou de outrem.

Resposta: Sim. Em caso excepcional, 
previsto em lei.
Exemplo: art. 345 do CP: Fazer justiça 
pelas próprias mãos, para satisfazer 
pretensão, embora legítima, salvo 
quando a lei o permite:

 Pena - detenção, de quinze dias a 
um mês, ou multa, além da pena 
correspondente à violência.
Em regra é considerada uma ação 
criminosa!!
2. A AUTOCOMPOSIÇÃO: UM DOS 
ENVOLVIDOS NO CONFLITO, OU 
AMBOS, ABREM MÃO DO INTERESSE 
OU DE PARTE DELE (se dá mediante 
concessões unilateral ou recíproca)
 A B
Conflito 
Acordo 
Concessão unilateral ou 
concessões recíproca
o credor renúncia 
100% a pretensão; 
-
O credor renúncia 
30%, e tem 70% da 
pretensão.
-
Desistência: renúncia a 
pretensão.
o devedor se 
submete a 
pretensão;
-
Submete 70% e 
tem o perdão de 
30%.
-
Submissão: renúncia à 
resistência oferecida à 
pretensão.Transação: concessão 
recíproca.
TEM SUA ORIGEM NA ATUAÇÃO DE 
SACERDOTES NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS, 
NA CONDIÇÃO DE NÃO VINCULADOS À 
CONTENDA, E PORTADORES DE RESPEITO 
SOCIAL.

A ARBITRAGEM, AO INVÉS DA SOLUÇÃO 
PARCIAL DO CONFLITO, PROPORCIONA A 
SOLUÇÃO IMPARCIAL DA CONTENDA, ATRAVÉS 
DE ÁRBITROS.

Lei 9.307.96

ATUALIDADE: LEI 9.307/96.
3. A ARBITRAGEM
 A B
Conflito 
Árbitro
Estado 
Terceiro
Solucionador 
AS PARTES SÃO CONDUZIDAS AO CONSENSO 
(trabalha o conflito entre as partes).

SE ESPERA CHEGAR AO CONSENSO ATRAVÉS 
DA PARTICIPAÇÃO DE UM TERCEIRO (MEDIADOR) 
QUE NÃO RESOLVE O CONFLITO, MAS CRIA 
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS A QUE OS 
ENVOLVIDOS POSSAM CHEGAR AO ACORDO.

O MEDIADOR DEVE RESTABELECER O CANAL DE 
COMUNICAÇÃO ENTRES OS LITIGANTES, A FIM 
DE FACILITAR UMA NEGOCIAÇÃO ENTRE ELES.

O MEDIADOR ORIENTA, MAS NÃO DECIDE.
4. A MEDIAÇÃO
 A B
Conflito 
Mediador 
Terceiro
Orienta, não resolve.
Atividade mediante a qual os juízes estatais examinam as pretensões e resolvem 
os conflitos.

É O PODER-DEVER DO ESTADO DE, PROVOCADO, SOLUCIONAR O 
CONFLITO DE INTERESSES, MEDIANTE A APLICAÇÃO DAS REGRAS DO 
ORDENAMENTO JURÍDICO.

CAPACIDADE ESTATAL DE DIRIMIR OS CONFLITOS QUE ENVOLVEM AS 
PESSOAS, DECIDINDO SOBRE AS PRETENSÕES APRESENTADAS E 
IMPONDO AS DECISÕES.

5. A JURISDIÇÃO
 Página 2 de TGP 
IMPONDO AS DECISÕES.
O Estado não soluciona o conflito se não for provocado; o juiz fica inerte 
esperando a provocação.
-
É EXPRESSÃO DO PODER ESTATAL.
SOCIAL: ESTABILIDADE SOCIAL.
POLÍTICO: PRESERVAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
JURÍDICO: ATUAÇÃO DA VONTADE CONCRETA DA LEI.
 (*) OBJETIVO, INTENÇÃO
ESCOPOS(*) VISADOS PELO ESTADO NO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO:▫
Observação: conciliação - meio de solução de conflitos; busca o acordo entre as 
partes.
 Página 3 de TGP 
É na jurisdição que o processo se desenvolve.-
Processo: Conjuntos ordenados de atos para exercício da 
jurisdição.
▫
Conceito: PODER-DEVER DO ESTADO DE, QUANDO 
PROVOCADO, RESOLVER O CONFLITO DE INTERESSES, 
APLICANDO O ORDENAMENTO JURÍDICO AO CASO 
CONCRETO.
Quem exerce a jurisdição?
Resposta: O Estado Juiz
Onde o Juiz julga?
Resposta: No processo.
Pela jurisdição, substitui o Estado 
as partes, ao dizer quem tem 
razão no caso concreto.
-
Caráter substitutivo da jurisdição
somente os atos jurisdicionais são passíveis 
de se tornarem imutáveis.

o mesmo não se pode dizer em relação aos 
atos administrativos ou legislativos. 

Definitividade da jurisdição
1. Substitualidade.
2. Definidade: a ultima palavra é a 
do Estado (juiz) -> definitivo.
Características:
Princípios da Jurisdição:
1. INVESTIDURA: A jurisdição somente 
será exercida por quem tenha sido 
investido como juiz. Jurisdição é 
monopólio do Estado, mas há 
necessidade de que pessoas a exerçam. 
O Poder Judiciário somente exerce suas 
atividades no âmbito do território nacional. Diz 
respeito, também, aos limites territoriais dos 
magistrados entre diferentes comarcas.

A JURISDIÇÃO É EXERCÍDA NO TERRITÓRIO 
NACIONAL.

O JUIZ EXERCE SUA AUTORIDADE –
JULGA – NOS LIMITES DO TERRITÓRIO 
SUJEITO POR LEI À SUA JURISDIÇÃO.

2. ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO
3. INDELEGABILIDADE: não se 
mostra possível ao Judiciário (ou 
especificamente a um juiz) delegar 
suas atribuições a outrem, seja do 
próprio Poder Judiciário ou de 
outropoder.
O juiz não pode abrir mão, ou seja, declinar (afastar)-
ARTIGO 126, CPC: O juiz não se exime de sentenciar ou 
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; 
não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e 
aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela Lei 
nº 5.925, de 1973)
-
4. INDECLINABILIDADE: nenhum magistrado pode deixar de decidir 
a causa, qualquer que seja o motivo.
apreciada a causa pelo 
Judiciário, a decisão é 
inevitável, ambas as partes 
estão sujeitas a ela, 
independentemente da vontade. 

não há como se evitar que a 
decisão judicial solucione o 
conflito.

5. INEVITABILIDADE: 
Eu não posso por meio de uma lei afastar o 
judiciário de um conflito.
-
6. INAFASTABILIDADE: é garantido, a todos, o 
direito de acessar o Poder Judiciário – que, 
portanto, não pode deixar de atender qualquer um 
que venha a juízo buscar a solução para 
determinada lide. Trata-se do princípio do acesso 
à justiça (CF, art. 5º, XXXV).
Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e forma 
legais.
-
7. INÉRCIA: em regra o Poder Judiciário é inerte, 
devendo ser provocado para que possa dar início à 
apreciação da lide. 
ATIVIDADE DA JURISDIÇÃO
Apresenta-se os fatos e faz-se o pedido (petição inicial). O réu é convocado e tem 
direito de defesa, apresenta fatos e faz um pedido para que a pretensão do autor não 
seja acolhida. O juiz, para cumprir com o seu dever, analisa os fatos, as provas e 
declara a existência ou inexistência do direito. Após isso, profere uma sentença. 
(cognição – processo de conhecimento);
-
Natureza declaratória: declara-se os fatos afim de provar que se tem o direito. Pois no 
momento em que a sentença é instaurada não há a certeza de que se tem o direito.
-
Atividade de conhecimento ou cognição: conhecer dos fatos para verificar quem tem razão; •
Atividade de satisfação: assegurar a satisfação de uma obrigação não adimplida (execução 
forçada – processo de execução ou em uma fase do processo original);
•
Não temos certeza do 
direito.
Conflito que esta 
nas mãos da 
justiça
Jurisdição
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014 21:04
 Página 4 de TGP 
Nela o juiz não vai mais analisar fatos, nela o direito já existe, só resta satisfazê-lo;-
O juiz determina a realização de atos que satisfação o direito.-
Exemplo: Penhora, considerando a sentença de folha o juiz penhora seus bens. Assim, 
satisfazendo o direito declarado. A venda dos bens é feita para pagamento da divida. 
-
forçada – processo de execução ou em uma fase do processo original);
É realizada pelo juiz para assegurar o resultado de uma outra atividade.-
O processo de conhecimento esta em andamento, mas eu peço um processo cautelar 
para assegurar o resultado de outro processo.
-
Atividade de cautela ou segurança ou assecuratória: resguardar o resultado a ser atingido em 
outro processo (risco de perecimento – processo cautelar).
•
Já temos certeza do direito, só 
temos que satisfaze-lo. 
PODERES INERENTES À JURISDIÇÃO
todos os juízes exercem jurisdição, mas 
cada um encontra um limite no seu ato 
de julgar para viabilizar a arte 
jurisdicional.
-
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO - a jurisdição é 
una e indivisível, na medida em que é 
expressão do poder soberano estatal.
A DIVISÃO DA JURISDIÇÃO SE DÁ PARA FINS DIDÁTICOS
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
Objeto do processo lide - analisa natureza do 
conflito

A natureza DA LIDE é variável, tendo em vista 
exatamente seu objeto.

Assim, vislumbram-se causas cíveis, penais, comerciais, 
tributárias, eleitorais, trabalhistas, constitucionais, etc.

A partir destas diversas causas, a divisão que se costuma 
fazer é entre causas penais e todas as demais, 
englobadas sob o gênero cível/civil.

JURISDIÇÃO CIVIL OU PENAL - Objeto
Trata-se da distinção entre a “Justiça comum” e a “Justiça 
especializada”.

Para cada um dos ramos do Judiciário que exercem a jurisdição 
especializada, o constituinte atribuiu competência para julgar causas 
de determinada natureza (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e 
Justiça Penal Militar).

Se o litígio em discussão não se encaixar em nenhumas das 
Justiças especializadas, de forma residual, a causa será julgada pela 
Justiça comum (Justiça Estadual e Justiça Federal).

JURISDIÇÃO COMUM OU ESPECIAL - Organização judiciária
Para ASSEGURAR o duplo grau de jurisdição. 
diante do inconformismo, a parte pode recorrer, o 
que levará o processo a outra esfera de jurisdição.

Neste contexto é que se fala em jurisdição inferior 
(1º grau de jurisdição – juízes monocráticos) e 
superior (2º grau de jurisdição – tribunais).

A regra é que as causas sejam ajuizadas na 
instância inferior. Contudo, excepcionalmente, há 
hipóteses em que determinadas causas são 
ajuizadas diretamente no tribunal.

JURISDIÇÃO INFERIOR OU SUPERIOR - Posição 
hierárquica
 JURISDIÇÃO
Do que foi discutido até o momento 
Art. 445: O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:-
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem 
inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, a força policial.
Acessório, instrumento que assegura o poder jurisdicional
Poder de julgar
- Art. 125: O juiz dirigirá o processo 
conforme as disposições deste Código, 
competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de 
tratamento;
II - velar pela rápida solução do litígio;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato 
contrário à dignidade da Justiça;
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as 
partes. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 
13.12.1994)
Conflito em juízo, 
jurisdicionalizado.
 Página 5 de TGP 
Do que foi discutido até o momento 
em relação à jurisdição, sempre se 
teve em mente a existência de lide.

A solução da lide se dá diante do 
exercício da jurisdição.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE INTERESSES 
PRIVADOS - EXISTEM ATOS JURÍDICOS CUJA 
IMPORTÂNCIA TRANSCENDE AOS LIMITES DA 
ESFERA DE INTERESSE DAS PESSOAS 
DIRETAMENTE ENVOLVIDAS, PASSANDO A 
INTERESSAR TAMBÉM À COLETIVIDADE.
órgãos DO “foro extrajudicial” – cartórios 
extrajudiciais – registro de imóvel, notas, registro civil, 
protestos etc.);

órgãos administrativos não dependentes do 
Judiciário – registro de contratos sociais perante a 
Junta Comercial.

órgão jurisdicional – juiz, nos casos previstos EM LEI, 
COMO NA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA.

NO DIREITO MODERNO, ADMINISTRAM INTERESSES 
PRIVADOS:
Por vezes, mesmo sem que haja o conflito, é necessário que o Poder Judiciário tenha de se 
manifestar a respeito de determinada situação envolvendo particulares – tendo em vista uma 
garantia da própria sociedade.

Neste contexto é que surge a jurisdição voluntária (ou graciosa), também denominada de 
administração pública de interesses privados.

Surge esta necessidade considerando que alguns atos da vida dos particulares são tão 
importantes que não se limitam apenas àqueles diretamente envolvidos no ato. Daí porque 
interessam à coletividade e, tendo em vista a garantia da sociedade, o Estado interfere 
determinando que haja alguma formalidade a ser observada.

Assim, para a validade de determinados atos da vida haverá a necessidade de participação de um 
órgão público (Estado se insere em atos que, em tese, poderiam ser exclusivamente privados e 
nos quais não há lide).

Soluciona conflito Fiscal, poder atribuído ao 
Estado juiz para dar validade 
para um negócio jurídico, em 
razão de um interesse coletivo.
 Página 6 de TGP 
Posição enciclopédica - Enquadramento do direito processual no bojodo 
direito como um todo. 
1. O direito processual faz parte do direito público, eis que regula 
atividade jurisdicional do estado. 
Se a jurisdição é una, expressão do poder estatal uno, uno também 
é o direito processual. 
-
O direito processual decorre de princípios e garantias 
constitucionais e a bifurcação entre processo civil e processo penal 
corresponde às exigências práticas relacionadas com o direito 
material a atuar.
-
2. o direito processual guarda expressiva relação com o direito 
constitucional – a estrutura jurisdicional tem assento na constituição –
diversos princípios processuais são encontrados na constituição. divisão 
do direito processual
Direito material: regula a vida social -> solução dos conflitos - jurisdição.
 Ação
Processo
Direito processual: regula a "vida" processual 
(atividade do juiz, do autor, do réu dentro do 
processo). Conjunto de regras e princípios que 
regulam o exercício da jurisdição.
Quando há um conflito entre duas pessoas, o direito material dá a solução, in abstrato.
Quando o conflito é apresentado ao judiciário, as regras de como virá a solução são 
ditadas pelo direito processual. 

Regula como se dá a compra e venda, uma locação, a reparação do dano, o que 
acontece com os bens do de cujus; estabelece as regras da relação trabalhista, os 
delitos e as penas, etc.
-
Direito Material: conjunto de normas e princípios que regulam a vida em sociedade, 
regulando as relações jurídicas e atribuindo bens aos indivíduos.
Começa a atuar quando a jurisdição é acionada.-
Cuida das relações dos sujeitos do processo, da posição de cada um deles no 
processo, da forma de se proceder os atos deste.
-
Direito Processual: conjunto de normas e princípios que regem o exercício da jurisdição, 
buscando organizar o trâmite do processo.
Direito material e processual
terça-feira, 11 de março de 2014 21:06
 Página 7 de TGP 
O que é princípio?
Resposta: Preceito fundamental que dá forma ao sistema 
processual; 
- Base da ciência jurídico-processual; 
- Linha fundamental do sistema processual; 
- Base na qual se assenta a ciência jurídico-processual, 
guiando a sua aplicação
Os princípios constituem diretivas de caráter geral com alto 
grau de generalidade e de indeterminação e com força 
vinculativa. são normas abertas, que sinalizam certa direção 
para a indispensável concretização jurisdicional. 
→
O estado juiz não deve agir e presidir o processo de 
qualquer forma, mas sim de maneira específica, prevista 
em lei. 
-
Observância de determinadas regras para que alguém 
possa ser privado de seu patrimônio ou de sua liberdade. 
-
Artigo 5º, liv. -
Princípio do devido processo legal - indica as condições 
mínimas para o trâmite do processo. Para que o exercício da jurisdição seja legítimo, é 
imprescindível que o estado-juiz atue com imparcialidade. 
-
Processo penal: artigos 252 e 254. -
Processo civil: artigos 134 e 135. -
Casos de impedimento e suspeição do juiz: -
Princípio da imparcialidade do juiz - O juiz deve colocar-se 
entre as partes, mas equidistantes delas; e acima delas –
condição para que possa exercer sua função dentro do 
processo. 
O princípio do juiz natural se desdobra em duas diretrizes 
que devem ser observadas pelo sistema processual: 1. 
impossibilidade de escolha do juiz e 2. vedação quanto a 
criação de tribunais de exceção. 
-
Assim, o juiz da causa deve ser escolhido aleatoriamente, 
com base em regras gerais, abstratas e impessoais de 
competência. quanto a outra diretriz, fica vedada a criação 
de um juízo/tribunal após a ocorrência de um fato jurídico, 
com a exclusiva tarefa de julgá-lo. 
-
Princípio do juiz natural - “ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade competente” – “não haverá 
juízo ou tribunal de exceção”. 
O artigo 125, inciso i, do código de processo civil, 
agasalha no sistema processual o princípio constitucional 
da igualdade. 
-
Princípio da igualdade - tem assento constitucional, e 
condiciona a atividade jurisdicional, pois o juiz deve conferir às 
partes tratamento igualitário, para que tenham as mesmas 
oportunidades de fazer valer em juízo suas razões. 
Audiência bilateral – toda ação deve dar chance a uma 
reação. 
-
Artigo 5º, lv. -
Decorre de tais princípios as necessidade de que se dê 
ciência a cada litigantes dos atos praticados pelo juiz e pelo 
adversário. 
-
Princípios do contraditório e da ampla defesa - o autor instaura a 
relação processual, que se completa com o chamamento do réu a 
juízo. 
A jurisdição é inerte. -
Processo inquisitivo: as funções de acusar, defender 
e julgar encontram-se concentradas em um único 
órgão, o juiz, que inicia de ofício o processo, recolhe 
as provas e profere a decisão. 
-
Processo acusatório: processo de partes, em que 
acusador e acusado se encontram em posição de 
igualdade . 
-
Mencionado princípio procura assegurar a imparcialidade 
do juiz, conferindo prevalência ao processo acusatório, no 
lugar de um processo inquisitivo. 
-
O sistema processual pátrio adota o princípio da ação 
com regra – artigo 2º, do código de processo civil; artigo 
24, do código de processo penal. contudo, existem 
algumas exceções, previstas em lei, que recomendam ao 
juiz dar início, de ofício, ao trâmite processual – artigo 
989, do código de processo civil. 
-
Princípio da ação - à parte é conferida a iniciativa de provocar 
o exercício da função jurisdicional. 
Ao considerar o tema para o sistema processual, devemos 
conceituá-lo como a prerrogativa conferida ao titular de 
uma pretensão, de apresentá-la ou não em juízo; de 
apresentá-la conforme lhe aprouver; e de renunciar a ela 
ou a certas situações processuais. 
-
Princípios da disponibilidade e da indisponibilidade -
inicialmente, cabe definir poder dispositivo: consiste na 
“liberdade que a pessoa tem de exercer ou não seus direitos”.
Princípio do impulso oficial - ao estado-juiz compete, instaurada a 
relação processual, mover o procedimento de fase em fase, até o 
exaurimento da função jurisdicional. 
Artigo 5º, inciso lxxviii, da constituição da república federativa do 
brasil. 
-
A razoável duração do processo deve ser aquilatada à luz da 
complexidade da causa, do comportamento das partes e da 
autoridade judiciária. 
-
Princípio da duração razoável do processo - a tutela jurisdicional deve 
ser tempestiva, porque justiça que vem tarde constitui manifesta 
injustiça. 
Tal princípio regula a apreciação e a avaliação das provas existentes 
nos autos, indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. 
-
Tal princípio, adotado pelo sistema processual pátrio (regra), situa -se 
entre sistema da prova legal e o do julgamento segundo a consciência 
(exceção). 
-
Princípio da persuasão racional do juiz – livre convencimento motivado. 
Princípios da motivação das decisões judiciais e da 
publicidade 
Princípio da lealdade processual - as partes não podem se 
servir do processo faltando com o dever de verdade, 
necessária para a preservação do comportamento ético 
dos sujeitos do processo. 
Princípio do duplo grau de jurisdição 
Princípios Gerais do Direito Processual
quarta-feira, 2 de abril de 2014 13:30
 Página 8 de TGP

Outros materiais