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Não há sociedade sem Direito!!! Estamos rodeados de regras; exemplo disso são regras de comportamento. AS REGRAS (DIREITO POSITIVO) EXISTEM PARA REGULAR A VIDA EM SOCIEDADE DIREITO REGRAS PRIMÁRIAS - REGRAS DE COMPORTAMENTO (maneira de portar em sociedade; seus direitos e deveres; o que a sociedade espera de nós; maneira de se portar para ser útil) REGRAS SECUNDÁRIAS - SANÇÕES (aplicada quando uma regra primária é violada) Conjunto de regras para regular a vida em sociedade Para que serve o Direito? Organiza a cooperação entre as pessoas; regula as relações sociais. Resolve os conflitos que surgirem. Obs. Sempre que há violação do direito surge conflitos. O Direito exerce função ordenadora na sociedade: coordena os interesses que se manifestam na vida social. DIREITO OBSERVADO DIREITO VIOLADO OK CONFLITO Pretensão - Resistência credor devedor A pretensão quando encontra a resistência faz surgir o conflito!! Conjuntam de normas que atribuem direitos e obrigações que regula as relações jurídicas. Direito Material Regula a atividade do autor, do juiz e do réu (quem estiver envolvido no processo) dentro do processo. Direito Processual O DIREITO É UMA FORMA DE CONTROLE SOCIAL, NO SENTIDO DE IMPOSIÇÃO DOS MODELOS CULTURAIS, IDEAIS E VALORES DOMINANTES, PARA QUE SE ATINJA O BEM COMUM. O DIREITO, PRODUTO DA ATIVIDADE HUMANA, PERTENCE À CULTURA. reflete a cultura da sociedade A lei muda pelo legislador ou por interpretação própria!!! Direito Violado Conflito de interesses Instabilidade social Impede a paz social O conflito precisa ser solucionado!!! Formas de solução ao conflito: SOLUÇÃO DO CONFLITO A PARTIR DA FORÇA – VINGANÇA PRIVADA. NÃO GARANTE JUSTIÇA. CONCEDE A VITÓRIA AO MAIS FORTE. EM REGRA, É CONSIDERADA UMA AÇÃO CRIMINOSA, A EXEMPLO DO DISPOSTO NO ARTIGO 345, DO 1. AUTOTUTELA - AUTODEFESA A B Conflito Força Exemplo: fazer justiça com as próprias mãos. Para solucionar um conflito A, mais forte, impõe sua vontade a B, mais fraco. Forma de controle social Direito Página 1 de TGP NÃO GARANTE JUSTIÇA. CONCEDE A VITÓRIA AO MAIS FORTE. EM REGRA, É CONSIDERADA UMA AÇÃO CRIMINOSA, A EXEMPLO DO DISPOSTO NO ARTIGO 345, DO CÓDIGO PENAL. EXCEPCIONALMENTE, TEM SIDO ADMITIDA, A EXEMPLO DO QUE DISPÕE O ARTIGO 25 DO CÓDIGO PENAL, E OS ARTIGOS 1.210, § 1º, E 1.283, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL. A B Conflito Força Exemplo: fazer justiça com as próprias mãos. Para solucionar um conflito A, mais forte, impõe sua vontade a B, mais fraco. AUSÊNCIA DE JUIZ EQUIDISTANTE DAS PARTES. INEXISTÊNCIA DE ÓRGÃO ESTATAL QUE, SOBERANAMENTE, ASSEGURE O CUMPRIMENTO DO DIREITO. IMPOSIÇÃO DA DECISÃO POR UM DOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO (solução do conflito a partir do uso da força) Características da autotutela▫ Em relação ao credor e devedor o Estado e nem terceiros participam. O nosso ordenamento admite a autotutela? Exemplo: Legítima defesa: art. 25 do CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Resposta: Sim. Em caso excepcional, previsto em lei. Exemplo: art. 345 do CP: Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. Em regra é considerada uma ação criminosa!! 2. A AUTOCOMPOSIÇÃO: UM DOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO, OU AMBOS, ABREM MÃO DO INTERESSE OU DE PARTE DELE (se dá mediante concessões unilateral ou recíproca) A B Conflito Acordo Concessão unilateral ou concessões recíproca o credor renúncia 100% a pretensão; - O credor renúncia 30%, e tem 70% da pretensão. - Desistência: renúncia a pretensão. o devedor se submete a pretensão; - Submete 70% e tem o perdão de 30%. - Submissão: renúncia à resistência oferecida à pretensão.Transação: concessão recíproca. TEM SUA ORIGEM NA ATUAÇÃO DE SACERDOTES NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS, NA CONDIÇÃO DE NÃO VINCULADOS À CONTENDA, E PORTADORES DE RESPEITO SOCIAL. A ARBITRAGEM, AO INVÉS DA SOLUÇÃO PARCIAL DO CONFLITO, PROPORCIONA A SOLUÇÃO IMPARCIAL DA CONTENDA, ATRAVÉS DE ÁRBITROS. Lei 9.307.96 ATUALIDADE: LEI 9.307/96. 3. A ARBITRAGEM A B Conflito Árbitro Estado Terceiro Solucionador AS PARTES SÃO CONDUZIDAS AO CONSENSO (trabalha o conflito entre as partes). SE ESPERA CHEGAR AO CONSENSO ATRAVÉS DA PARTICIPAÇÃO DE UM TERCEIRO (MEDIADOR) QUE NÃO RESOLVE O CONFLITO, MAS CRIA CONDIÇÕES FAVORÁVEIS A QUE OS ENVOLVIDOS POSSAM CHEGAR AO ACORDO. O MEDIADOR DEVE RESTABELECER O CANAL DE COMUNICAÇÃO ENTRES OS LITIGANTES, A FIM DE FACILITAR UMA NEGOCIAÇÃO ENTRE ELES. O MEDIADOR ORIENTA, MAS NÃO DECIDE. 4. A MEDIAÇÃO A B Conflito Mediador Terceiro Orienta, não resolve. Atividade mediante a qual os juízes estatais examinam as pretensões e resolvem os conflitos. É O PODER-DEVER DO ESTADO DE, PROVOCADO, SOLUCIONAR O CONFLITO DE INTERESSES, MEDIANTE A APLICAÇÃO DAS REGRAS DO ORDENAMENTO JURÍDICO. CAPACIDADE ESTATAL DE DIRIMIR OS CONFLITOS QUE ENVOLVEM AS PESSOAS, DECIDINDO SOBRE AS PRETENSÕES APRESENTADAS E IMPONDO AS DECISÕES. 5. A JURISDIÇÃO Página 2 de TGP IMPONDO AS DECISÕES. O Estado não soluciona o conflito se não for provocado; o juiz fica inerte esperando a provocação. - É EXPRESSÃO DO PODER ESTATAL. SOCIAL: ESTABILIDADE SOCIAL. POLÍTICO: PRESERVAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO. JURÍDICO: ATUAÇÃO DA VONTADE CONCRETA DA LEI. (*) OBJETIVO, INTENÇÃO ESCOPOS(*) VISADOS PELO ESTADO NO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO:▫ Observação: conciliação - meio de solução de conflitos; busca o acordo entre as partes. Página 3 de TGP É na jurisdição que o processo se desenvolve.- Processo: Conjuntos ordenados de atos para exercício da jurisdição. ▫ Conceito: PODER-DEVER DO ESTADO DE, QUANDO PROVOCADO, RESOLVER O CONFLITO DE INTERESSES, APLICANDO O ORDENAMENTO JURÍDICO AO CASO CONCRETO. Quem exerce a jurisdição? Resposta: O Estado Juiz Onde o Juiz julga? Resposta: No processo. Pela jurisdição, substitui o Estado as partes, ao dizer quem tem razão no caso concreto. - Caráter substitutivo da jurisdição somente os atos jurisdicionais são passíveis de se tornarem imutáveis. o mesmo não se pode dizer em relação aos atos administrativos ou legislativos. Definitividade da jurisdição 1. Substitualidade. 2. Definidade: a ultima palavra é a do Estado (juiz) -> definitivo. Características: Princípios da Jurisdição: 1. INVESTIDURA: A jurisdição somente será exercida por quem tenha sido investido como juiz. Jurisdição é monopólio do Estado, mas há necessidade de que pessoas a exerçam. O Poder Judiciário somente exerce suas atividades no âmbito do território nacional. Diz respeito, também, aos limites territoriais dos magistrados entre diferentes comarcas. A JURISDIÇÃO É EXERCÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL. O JUIZ EXERCE SUA AUTORIDADE – JULGA – NOS LIMITES DO TERRITÓRIO SUJEITO POR LEI À SUA JURISDIÇÃO. 2. ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO 3. INDELEGABILIDADE: não se mostra possível ao Judiciário (ou especificamente a um juiz) delegar suas atribuições a outrem, seja do próprio Poder Judiciário ou de outropoder. O juiz não pode abrir mão, ou seja, declinar (afastar)- ARTIGO 126, CPC: O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) - 4. INDECLINABILIDADE: nenhum magistrado pode deixar de decidir a causa, qualquer que seja o motivo. apreciada a causa pelo Judiciário, a decisão é inevitável, ambas as partes estão sujeitas a ela, independentemente da vontade. não há como se evitar que a decisão judicial solucione o conflito. 5. INEVITABILIDADE: Eu não posso por meio de uma lei afastar o judiciário de um conflito. - 6. INAFASTABILIDADE: é garantido, a todos, o direito de acessar o Poder Judiciário – que, portanto, não pode deixar de atender qualquer um que venha a juízo buscar a solução para determinada lide. Trata-se do princípio do acesso à justiça (CF, art. 5º, XXXV). Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. - 7. INÉRCIA: em regra o Poder Judiciário é inerte, devendo ser provocado para que possa dar início à apreciação da lide. ATIVIDADE DA JURISDIÇÃO Apresenta-se os fatos e faz-se o pedido (petição inicial). O réu é convocado e tem direito de defesa, apresenta fatos e faz um pedido para que a pretensão do autor não seja acolhida. O juiz, para cumprir com o seu dever, analisa os fatos, as provas e declara a existência ou inexistência do direito. Após isso, profere uma sentença. (cognição – processo de conhecimento); - Natureza declaratória: declara-se os fatos afim de provar que se tem o direito. Pois no momento em que a sentença é instaurada não há a certeza de que se tem o direito. - Atividade de conhecimento ou cognição: conhecer dos fatos para verificar quem tem razão; • Atividade de satisfação: assegurar a satisfação de uma obrigação não adimplida (execução forçada – processo de execução ou em uma fase do processo original); • Não temos certeza do direito. Conflito que esta nas mãos da justiça Jurisdição quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014 21:04 Página 4 de TGP Nela o juiz não vai mais analisar fatos, nela o direito já existe, só resta satisfazê-lo;- O juiz determina a realização de atos que satisfação o direito.- Exemplo: Penhora, considerando a sentença de folha o juiz penhora seus bens. Assim, satisfazendo o direito declarado. A venda dos bens é feita para pagamento da divida. - forçada – processo de execução ou em uma fase do processo original); É realizada pelo juiz para assegurar o resultado de uma outra atividade.- O processo de conhecimento esta em andamento, mas eu peço um processo cautelar para assegurar o resultado de outro processo. - Atividade de cautela ou segurança ou assecuratória: resguardar o resultado a ser atingido em outro processo (risco de perecimento – processo cautelar). • Já temos certeza do direito, só temos que satisfaze-lo. PODERES INERENTES À JURISDIÇÃO todos os juízes exercem jurisdição, mas cada um encontra um limite no seu ato de julgar para viabilizar a arte jurisdicional. - ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO - a jurisdição é una e indivisível, na medida em que é expressão do poder soberano estatal. A DIVISÃO DA JURISDIÇÃO SE DÁ PARA FINS DIDÁTICOS DIVISÃO DA JURISDIÇÃO Objeto do processo lide - analisa natureza do conflito A natureza DA LIDE é variável, tendo em vista exatamente seu objeto. Assim, vislumbram-se causas cíveis, penais, comerciais, tributárias, eleitorais, trabalhistas, constitucionais, etc. A partir destas diversas causas, a divisão que se costuma fazer é entre causas penais e todas as demais, englobadas sob o gênero cível/civil. JURISDIÇÃO CIVIL OU PENAL - Objeto Trata-se da distinção entre a “Justiça comum” e a “Justiça especializada”. Para cada um dos ramos do Judiciário que exercem a jurisdição especializada, o constituinte atribuiu competência para julgar causas de determinada natureza (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Penal Militar). Se o litígio em discussão não se encaixar em nenhumas das Justiças especializadas, de forma residual, a causa será julgada pela Justiça comum (Justiça Estadual e Justiça Federal). JURISDIÇÃO COMUM OU ESPECIAL - Organização judiciária Para ASSEGURAR o duplo grau de jurisdição. diante do inconformismo, a parte pode recorrer, o que levará o processo a outra esfera de jurisdição. Neste contexto é que se fala em jurisdição inferior (1º grau de jurisdição – juízes monocráticos) e superior (2º grau de jurisdição – tribunais). A regra é que as causas sejam ajuizadas na instância inferior. Contudo, excepcionalmente, há hipóteses em que determinadas causas são ajuizadas diretamente no tribunal. JURISDIÇÃO INFERIOR OU SUPERIOR - Posição hierárquica JURISDIÇÃO Do que foi discutido até o momento Art. 445: O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:- I - manter a ordem e o decoro na audiência; II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem inconvenientemente; III - requisitar, quando necessário, a força policial. Acessório, instrumento que assegura o poder jurisdicional Poder de julgar - Art. 125: O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: I - assegurar às partes igualdade de tratamento; II - velar pela rápida solução do litígio; III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça; IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) Conflito em juízo, jurisdicionalizado. Página 5 de TGP Do que foi discutido até o momento em relação à jurisdição, sempre se teve em mente a existência de lide. A solução da lide se dá diante do exercício da jurisdição. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE INTERESSES PRIVADOS - EXISTEM ATOS JURÍDICOS CUJA IMPORTÂNCIA TRANSCENDE AOS LIMITES DA ESFERA DE INTERESSE DAS PESSOAS DIRETAMENTE ENVOLVIDAS, PASSANDO A INTERESSAR TAMBÉM À COLETIVIDADE. órgãos DO “foro extrajudicial” – cartórios extrajudiciais – registro de imóvel, notas, registro civil, protestos etc.); órgãos administrativos não dependentes do Judiciário – registro de contratos sociais perante a Junta Comercial. órgão jurisdicional – juiz, nos casos previstos EM LEI, COMO NA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. NO DIREITO MODERNO, ADMINISTRAM INTERESSES PRIVADOS: Por vezes, mesmo sem que haja o conflito, é necessário que o Poder Judiciário tenha de se manifestar a respeito de determinada situação envolvendo particulares – tendo em vista uma garantia da própria sociedade. Neste contexto é que surge a jurisdição voluntária (ou graciosa), também denominada de administração pública de interesses privados. Surge esta necessidade considerando que alguns atos da vida dos particulares são tão importantes que não se limitam apenas àqueles diretamente envolvidos no ato. Daí porque interessam à coletividade e, tendo em vista a garantia da sociedade, o Estado interfere determinando que haja alguma formalidade a ser observada. Assim, para a validade de determinados atos da vida haverá a necessidade de participação de um órgão público (Estado se insere em atos que, em tese, poderiam ser exclusivamente privados e nos quais não há lide). Soluciona conflito Fiscal, poder atribuído ao Estado juiz para dar validade para um negócio jurídico, em razão de um interesse coletivo. Página 6 de TGP Posição enciclopédica - Enquadramento do direito processual no bojodo direito como um todo. 1. O direito processual faz parte do direito público, eis que regula atividade jurisdicional do estado. Se a jurisdição é una, expressão do poder estatal uno, uno também é o direito processual. - O direito processual decorre de princípios e garantias constitucionais e a bifurcação entre processo civil e processo penal corresponde às exigências práticas relacionadas com o direito material a atuar. - 2. o direito processual guarda expressiva relação com o direito constitucional – a estrutura jurisdicional tem assento na constituição – diversos princípios processuais são encontrados na constituição. divisão do direito processual Direito material: regula a vida social -> solução dos conflitos - jurisdição. Ação Processo Direito processual: regula a "vida" processual (atividade do juiz, do autor, do réu dentro do processo). Conjunto de regras e princípios que regulam o exercício da jurisdição. Quando há um conflito entre duas pessoas, o direito material dá a solução, in abstrato. Quando o conflito é apresentado ao judiciário, as regras de como virá a solução são ditadas pelo direito processual. Regula como se dá a compra e venda, uma locação, a reparação do dano, o que acontece com os bens do de cujus; estabelece as regras da relação trabalhista, os delitos e as penas, etc. - Direito Material: conjunto de normas e princípios que regulam a vida em sociedade, regulando as relações jurídicas e atribuindo bens aos indivíduos. Começa a atuar quando a jurisdição é acionada.- Cuida das relações dos sujeitos do processo, da posição de cada um deles no processo, da forma de se proceder os atos deste. - Direito Processual: conjunto de normas e princípios que regem o exercício da jurisdição, buscando organizar o trâmite do processo. Direito material e processual terça-feira, 11 de março de 2014 21:06 Página 7 de TGP O que é princípio? Resposta: Preceito fundamental que dá forma ao sistema processual; - Base da ciência jurídico-processual; - Linha fundamental do sistema processual; - Base na qual se assenta a ciência jurídico-processual, guiando a sua aplicação Os princípios constituem diretivas de caráter geral com alto grau de generalidade e de indeterminação e com força vinculativa. são normas abertas, que sinalizam certa direção para a indispensável concretização jurisdicional. → O estado juiz não deve agir e presidir o processo de qualquer forma, mas sim de maneira específica, prevista em lei. - Observância de determinadas regras para que alguém possa ser privado de seu patrimônio ou de sua liberdade. - Artigo 5º, liv. - Princípio do devido processo legal - indica as condições mínimas para o trâmite do processo. Para que o exercício da jurisdição seja legítimo, é imprescindível que o estado-juiz atue com imparcialidade. - Processo penal: artigos 252 e 254. - Processo civil: artigos 134 e 135. - Casos de impedimento e suspeição do juiz: - Princípio da imparcialidade do juiz - O juiz deve colocar-se entre as partes, mas equidistantes delas; e acima delas – condição para que possa exercer sua função dentro do processo. O princípio do juiz natural se desdobra em duas diretrizes que devem ser observadas pelo sistema processual: 1. impossibilidade de escolha do juiz e 2. vedação quanto a criação de tribunais de exceção. - Assim, o juiz da causa deve ser escolhido aleatoriamente, com base em regras gerais, abstratas e impessoais de competência. quanto a outra diretriz, fica vedada a criação de um juízo/tribunal após a ocorrência de um fato jurídico, com a exclusiva tarefa de julgá-lo. - Princípio do juiz natural - “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” – “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. O artigo 125, inciso i, do código de processo civil, agasalha no sistema processual o princípio constitucional da igualdade. - Princípio da igualdade - tem assento constitucional, e condiciona a atividade jurisdicional, pois o juiz deve conferir às partes tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo suas razões. Audiência bilateral – toda ação deve dar chance a uma reação. - Artigo 5º, lv. - Decorre de tais princípios as necessidade de que se dê ciência a cada litigantes dos atos praticados pelo juiz e pelo adversário. - Princípios do contraditório e da ampla defesa - o autor instaura a relação processual, que se completa com o chamamento do réu a juízo. A jurisdição é inerte. - Processo inquisitivo: as funções de acusar, defender e julgar encontram-se concentradas em um único órgão, o juiz, que inicia de ofício o processo, recolhe as provas e profere a decisão. - Processo acusatório: processo de partes, em que acusador e acusado se encontram em posição de igualdade . - Mencionado princípio procura assegurar a imparcialidade do juiz, conferindo prevalência ao processo acusatório, no lugar de um processo inquisitivo. - O sistema processual pátrio adota o princípio da ação com regra – artigo 2º, do código de processo civil; artigo 24, do código de processo penal. contudo, existem algumas exceções, previstas em lei, que recomendam ao juiz dar início, de ofício, ao trâmite processual – artigo 989, do código de processo civil. - Princípio da ação - à parte é conferida a iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. Ao considerar o tema para o sistema processual, devemos conceituá-lo como a prerrogativa conferida ao titular de uma pretensão, de apresentá-la ou não em juízo; de apresentá-la conforme lhe aprouver; e de renunciar a ela ou a certas situações processuais. - Princípios da disponibilidade e da indisponibilidade - inicialmente, cabe definir poder dispositivo: consiste na “liberdade que a pessoa tem de exercer ou não seus direitos”. Princípio do impulso oficial - ao estado-juiz compete, instaurada a relação processual, mover o procedimento de fase em fase, até o exaurimento da função jurisdicional. Artigo 5º, inciso lxxviii, da constituição da república federativa do brasil. - A razoável duração do processo deve ser aquilatada à luz da complexidade da causa, do comportamento das partes e da autoridade judiciária. - Princípio da duração razoável do processo - a tutela jurisdicional deve ser tempestiva, porque justiça que vem tarde constitui manifesta injustiça. Tal princípio regula a apreciação e a avaliação das provas existentes nos autos, indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. - Tal princípio, adotado pelo sistema processual pátrio (regra), situa -se entre sistema da prova legal e o do julgamento segundo a consciência (exceção). - Princípio da persuasão racional do juiz – livre convencimento motivado. Princípios da motivação das decisões judiciais e da publicidade Princípio da lealdade processual - as partes não podem se servir do processo faltando com o dever de verdade, necessária para a preservação do comportamento ético dos sujeitos do processo. Princípio do duplo grau de jurisdição Princípios Gerais do Direito Processual quarta-feira, 2 de abril de 2014 13:30 Página 8 de TGP
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