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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NO NOVO CÓDIGO CIVIL

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Resumo de
Direito Civil
 
 
 
Assunto: 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NO NOVO CÓDIGO CIVIL
 
 
Autores:
 
Aurélia Lizete de Barros Czapski   e   Débora
Consoni 
 
 
 
NOVO CÓDIGO CIVIL
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
NO DIREITO DE FAMÍLIA 
	
  IGUALDADE
 	
 O código faz referência ao "homem" (art.
 2º)
 	
 Agora, se usa a palavra "pessoa" (art.
 1º)
 
	
 VIRGINDADE
 	
 O marido pode pedir a anulação do casamento em
 caso de "defloramento da mulher" ignorado por ele. (art. 219, IV) 
  A desonestidade da filha que vive na casa
 paterna é causa que autoriza a deserdação dos descendentes por seus
 ascendentes 
 (art. 1.744, III)
 	
 - A perda
 de virgindade da mulher não é tratada no código. O art. 1.557, suprime esta
 possibilidade. 
  a perda
 da virgindade (desonestidade da filha que vive na casa paterna) não consiste
 mais motivo para a sua   deserdação. (art. 1962)
 
	
 ADULTÉRIO
 	
 O adultério é causa de dissolução do casamento e
 impede que o adúltero se case com o amante 
 art. 183, VII
 	
 O adultério continua como causa de dissolução do
 casamento, por grave infração do dever de fidelidade conjugal,  (art.
 1.573, I) mas não como impedimento do casamento do cônjuge adúltero com o seu
 cúmplice por tal condenado (o art. 1521 suprimiu esta hipótese)
 
	
 FAMÍLIA
 	
 A "família legítima" é aquela formada
 pelo casamento formal e é o eixo central do direito de família. 
 art. 229
 	
 A
 "família" abrange as unidades familiares formadas por casamento,
 união estável, ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendente
 (família monoparental) 
 É um conceito muito mais amplo
 
	
 CASAMENTO
 	
 O objetivo do casamento é constituir família (art.
 229) 
 artigos 180 a 314 
   
 -   o chefe de família é o marido, que
 exerce o "pátrio poder", com a colaboração da mulher art. 233
   
  
 -  o casamento pode celebrar-se
 mediante  procuração com poderes especiais. O C. Civil não trata do
 prazo do mandato e nem da revogação (art. 201)  
     a idade núbil é de 16 anos
 para a mulher e de 18 anos para o homem (art. 183)
 	
 O casamento é a "comunhão plena de vida"
 com direitos iguais para os cônjuges (art. 1511) artigos 1511 a 1595
  
  -  a direção da sociedade conjugal será
 exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do
 casal e dos filhos.  Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá
 recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração aqueles interesses.
 (art. 1567 e § único)
  -   o casamento pode celebrar-se
 mediante procuração por instrumento público, com validade restrita para 90
 dias (art. 1542 § 3º); prevê a revogação do mandato por instrumento 
 público. (art. 1542 § 4º)
  - houve a equiparação da idade núbil do
 homem e da mulher aos 16 anos de idade (art. 1.517)
  
 
	
 VALIDADE
 DO CASAMENTO RELIGIOSO
 	
 O
 casamento religioso, para ter efeito civil, deve ser registrado em até 30
 dias, no Registro Civil das Pessoas Naturais: arts. 71 a 75 da LRP (não está
 previsto no Código Civil) 
  - 
 a gratuidade da celebração não está prevista no Código Civil, somente está
 prevista na Constituição Federal art. 226, § 1º: “o casamento é civil e
 gratuita a celebração” 
 	
 O Novo
 Código prevê expressamente o registro civil do casamento religioso; o prazo
 de registro aumenta para 90 dias. 
 (art.
 1.515/1516); 
   
 
 - prevê também a gratuidade da celebração (as
 pessoas pobres são isentas das despesas do casamento civil. (art. 1512) 
  
 
	
 IMPEDIMENTOS
 	
 A capacidade matrimonial dos menores esta
 estabelecida da  seguinte forma: estão impedidas de se casar as mulheres
 menores de 16 anos  e os homens menores de 18 anos (art. 183 XII)
 -        
 quanto aos impedimentos, estes estão divididos em (art. 183) 
 a) absolutamente dirimentes (I a VIII)- geram a
 nulidade
 b)  relativamente dirimentes (IX a XII) –
 geram a anulabilidade
 c) impedientes ou meramente proibitivos (XIII a
 XVI) – geram penalidades civis aos contraentes. Ex. regime da separação
 obrigatória de bens (art. 258, parágrafo único, I ao IV); perda do direito ao
 usufruto dos bens dos filhos (art. 225).
 	
 Prevê a redução da capacidade matrimonial para 16
 anos (homem e mulher) art. 1517.
  
 - houve redução dos impedimentos matrimoniais,
 catalogando apenas os dirimentes absolutos (art. 1521/ 1548, II)
 -   acrescentou as cláusulas suspensivas
 do casamento em lugar dos antigos Impedimentos impedientes ou meramente
 proibitivos. (art.  1523)
 -                    
 constitui inovação a previsão específica de causa suspensiva de casamento
 para o divorciado, enquanto não efetuada a partilha dos bens do casal (art.
 1.523, III). 
 como conseqüência penalizadora do casamento
 celebrado com infração ao inciso III do art. 1.523, o Novo Código prevê, no
 capítulo de regime de bens, que se torna obrigatório o regime da separação,
 sem a comunhão dos aqüestos.
 
	
 SOBRENOME
 	
 A
 mulher pode adotar o nome do marido. 
 art. 240, parágrafo único
 	
 O marido e a mulher, querendo, poderão acrescer ao
 seu o sobrenome do outro.
 art. 1.565, § 1º
 
	
 REGIME DE BENS
 	
 -   É irrevogável, não
 podendo ser alterado após o casamento art. 230 
  
 
 -        
 Os bens aqüestos se comunicam no regime da separação de bens (legal ou
 convencional) art. 258, parágrafo único e 259) 
   
 
 -
 Existência do regime dotal: arts. 278 a 288 
     
 
 -        
 Regime da separação de bens é obrigatório para os órfãos e menores cujos pais
 decaíram do “pátrio poder” – art. 258, III 
  
 
 -        
 bens reservados da mulher, previsto no art. 246 
  
 
 -        
 mulher maior de 50 e homem maior de 60, regime obrigatório da separação de
 bens (art. 258, II) 
  é
 necessário o consentimento do outro cônjuge para alienar ou gravar de ônus
 reais seus próprios bens, qualquer que seja o regime de bens (art. 276)
 	
 -        
 É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em
 pedido motivado de ambos os cônjuges. (art. 1639, § 2º). 
 Só
 para os novos casamentos ou para todos? 
  
 
 - Não
 há mais comunhão dos bens aqüestos no regime da separação de bens (legal e
 convencional) 
 art.
 1.641 
  
 
 -
 Omissão do regime dotal e introdução do novo regime de bens: participação
 final nos aqüestos – arts. 1.672 a 1.686 
  
 
 -                    
 Regime da separação de bens não é mais obrigatório para os órfãos e menores
 cujos pais decaíram do “pátrio poder” – art.  1.641 
  
 
   
 
  -
 tratamento igual entra os nubentes, em virtude da idade, sem distinção de
 sexo, no regime da separação de bens – 60 anos.(art. 1.669, II) 
 -                    
 no regime da separação de bens, o cônjuge poderá livremente alienar,
 hipotecar ou gravar de ônus reais seus bens, móveis ou imóveis,
 independentemente da outorga ou consentimento do outro (art. 1.687)
 
	
 FIANÇA
 	
 Os
 cônjuges precisam de autorização um do outro para prestar fiança. O aval não
 requisita autorização. 
 Arts. 235, III, 242, I e 263, X
 	
 Tanto a fiança quanto o aval requerem autorização
 do cônjuge (Art. 1.647, III)
 
	
 ALIMENTOS
 	
 - A mulher e os filhos têm
 direito à pensão alimentícia.(art. 19 da LDi)
   -
 A mulher perde esse direito quando casa novamente. (art. 29 da Lei do
 Divórcio).  
 - Os
 parentes podem pedir alimentos (art. 396) até o 6º grau de parentesco,
 conforme o disposto no art. 331.
-
 A obrigação de prestar alimentos transmite-se  aos herdeiros do devedor,
 na forma do art. 1.796 do CC. (a herança responde pelo pagamento das dívidas
 do falecido; mas feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual na
 proporção da parte que na herança lhe coube)
 arts. 396 a 405
 	
 -                    
 Os cônjuges ou conviventes podem pedir alimentos (art. 1694). Por ocasião da
 separação judicial, será fixada uma pensão alimentícia para o cônjuge que
 necessitar, ainda que tenha culpa. (art. 1.694, §2º)
  
 
 -                    
 Quem recebe pensão alimentícia perde esse direito com um novo casamento,
 união estável ou concubinato (1.708). 
 -                    
 Os parentes podem pedir alimentos (limitação ao parentesco colateral até o 4º
 grau – art. 1592), nos casos de não ter aptidão para o trabalho. (art. 1.704,
 parágrafo único).  
 -        
 A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor na
 forma do art. 1694 (art. 1.700). 
  
 
 arts. 1.694 a 1.710
 
	
 FILIAÇÃO
 	
 Há
 distinção entre o filho do casamento (arts. 338 a 351 – legitimados: arts.
 352/ 354), o filho "ilegítimo" (concebido fora do casamento arts.
 356 a 367) e o filho adotivo (ECA e arts. 368 a 378) 
  
 
  
 
  
 
 Art. 1.577 – a capacidade para suceder é a do
 tempo da abertura da sucessão, que se regulará conforme a lei em vigor. 
  
 	
 Repete
 o dispositivo constitucional art. 227, § 6º: "os filhos, havidos ou não
 da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
 qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
 filiação". 
 art.
 1.596 
   art.
 1.597 – trata da inseminação artificial. São presumidos filhos, os concebidos
 por inseminação artificial, na constância do casamento. 
 No
 caso de embriões excedentes, podem ser considerados filhos, os nascidos após
 a morte do pai? 
 Os havidos por inseminação artificial heteróloga,
 desde que tenha prévia autorização do marido. 
 Art. 1.787 – herdeiros são os existentes até a
 abertura da sucessão
 
	
 PÁTRIO PODER
 	
 -                    
 há uma posição privilegiada do pai no exercício do pátrio poder, embora o
 art. 380 tenha sido alterado pelo art. 21 do ECA (lei n. 8.069/90),
 “exercendo o marido com a colaboração da mulher”. 
  Somente
 na falta ou impedimento de um dos progenitores poderia o outro exercê-lo com
 exclusividade
 	
 -O pátrio poder passa a se chamar “poder familiar”
 (art. 1630) e é exercido por ambos e, na falta ou impedimento de um deles, o
 outro o exercerá com exclusividade. 
  
 
 - Qualquer dos progenitores havendo
 divergência  poderá recorrer ao juiz.
 
	
 GUARDA DOS FILHOS
 	
 A guarda é da mãe, exceto em casos particulares.
 Arts. 9º ao 16º da Lei do Divórcio.
 	
 A guarda é do cônjuge que tiver "melhores
 condições" de exercê-la. art. 1.584
 
	
 EMANCIPAÇÃO
 	
 A
 anuência do pai é essencial para a emancipação do filho 
 (Art. 9º, §
 1º, I)
  
 Aos 21
 anos se atinge a maioridade civil: art. 9º, caput
 	
 A
 emancipação pode ser feita pelo pai ou pela mãe isoladamente (art. 5º,
 parágrafo único, I, se o menor tiver 16 anos completos)
 Maioridade
 civil passa de 21 para 18 anos: 
 art. 5º,
 caput
 
	
 SEPARAÇÃO
 	
 A
 separação pode ser  consensual ou
 litigiosa. Art. 3º e 4º da Lei do Divórcio. 
 O prazo para se requerer a separação consensual é
 de 2 anos após o casamento. (art. 5º, § 1º)
 	
 O art. 1574 do novo Código prevê a possibilidade
 da separação judicial consensual após um ano de casamento  através da manifestação de vontade do
 casal perante o juiz. Houve, portanto a redução do prazo para a obtenção da
 separação por mútuo consentimento , eis que 
 o artigo 4º da Lei do Divórcio estabelecia requisito
 temporal de dois anos.
 
	
 UNIÃO ESTÁVEL
 	
 Regulada pelas leis 8.971/94 e 9.278/96
 	
 Houve
 a inclusão da união estável na estrutura organizacional do código arts. 1.723
 a 1.727 
  
 
 -                      
 Não há fixação de um prazo rígido para que se constitua a união estável (art.
 1.723) 
 As pessoas que mantiveram o seu estado civil de
 casadas, mas estando separadas de fato, poderão constituir união estável
 (§1º, art. 1723)
 
	
 REGIME DE BENS
 	
 - 
 os bens móveis e imóveis adquiridos onerosamente na constância da união,
 pertencem a ambos, em condomínio, em partes iguais, salvo estipulação em
 contrário. (art. 5º, Lei 9.278/96) 
 	
 O art. 1.725 estabelece para as relações
 patrimoniais entre os companheiros, salvo contrato escrito, a aplicação das
 normas do regime da comunhão parcial de bens.
 
	
 SUCESSÃO
 	
 O
 companheiro sobrevivente terá direito: 
 a)
 usufruto  da ¼ parte dos bens do de
 cujus se houver filhos deste ou comuns e de ½ se não houver filhos, embora
 sobrevivam ascendentes. (art. 2º, I e II da lei 8.971/94) 
 b)
 direito real de habitação: art. 7º, parágrafo único, da Lei 9.276/96 
 c) totalidade da herança na falta de descendentes
 e ascendentes (art. 2º, III da Lei 8.971/94)
 
  
 	
 -        
 O NCC derrogou as leis 8.971/94 e 9.278/96? 
  
 
 É difícil falar em usufruto e direito real de
 habitação do companheiro sobrevivente, vez que há dispositivo específico
 regulamentando a sucessão do companheiro sobrevivente (art. 1.790) 
  
 
 O
 companheiro sobrevivente é herdeiro, concorrendo com os filhos, ou demais
 parentes sucessíveis, dos bens adquiridos onerosamente na constância da
 união, da seguinte forma: 
 a)    se
 concorrer com filhos comuns, receberá uma cota equivalente atribuída ao
 filho; 
 b)   se concorrer com
 descendentes só do autor da herança, receberá a ½ que couber a cada um
 daqueles; 
 c)    se
 concorrer com outros parentes sucessíveis terá direito a 1/3 da herança; 
 não havendo parentes sucessíveis, terá direito à
 totalidade da herança .
 
	
 ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
 	
 A ordem de vocação hereditária está prevista no
 art. 1.603. O cônjuge sobrevivente não é herdeiro necessário (art. 1.721).
 	
 O cônjuge sobrevivente passa a figurar na ordem de
 sucessão, entre os herdeiros necessários, em concorrência com os descendentes
 e ascendentes do falecido.
 art.
 1.829 a 1.832 
  
 
 a)dividem-se
 os bens entre o cônjuge, descendentes e ascendentes: 
 -
 regime da comunhão parcial, se houver deixado bens particulares 
 -
 regime da separação convencional 
 -
 regime da participação final dos aqüestos 
 b)os
 bens não se comunicam e o cônjuge não herda: 
 -
 regime da separação obrigatória (legal) 
 -
 regime da comunhão universal 
 - regime da comunhão parcial, se não tiver deixado
 bens particulares
 
	
 SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
 	
 O
 cônjuge sobrevivente separado de fato, em tese herda, uma vez que não foi
 expressamente excluído da ordem de vocação hereditária. A jurisprudência é
 que vem excluindo o cônjuge separado da sucessão. 
  
 
 -                    
 direito real de habitação: possui o cônjuge sobrevivente casado sob o regime
 da comunhão universal de bens (art. 1.611, § 2º) 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
  
 
 -                    
 usufruto: ¼ ou da ½ dos bens do falecido se concorrer com descendentes ou
 ascendentes do  de cujus, salvo se o
 regime de bens era o da comunhão universal (art. 1.611, § 1º) 
  
 
 O
 cônjuge sobrevivente é herdeiro na falta de descendentes ou ascendentes,
 independentemente do regime de bens (art. 1.611) 
  
 	
 O
 cônjuge para ser herdeiro
não pode estar separado de fato há mais de 2 anos,
 salvo se a culpa pela separação tiver sido do falecido (art. 1.830). 
  -
 qualquer que seja o regime de bens adotado, o cônjuge sobrevivente tem direito real de habitação sobre o imóvel
 residencial, desde que seja o único desta natureza (art. 1.831). Problema: é
 vitalício, o artigo não contempla o novo casamento ou união estável 
  -O
 Novo Código extinguiu o direito ao usufruto do cônjuge sobrevivente. 
 O
 cônjuge sobrevivente será herdeiro, concorrendo com os descendentes,
 dependendo do regime de bens, na forma prescrita pelo art. 1.829, I. 
 É
 herdeiro: regime da comunhão parcial de bens com bens particulares e regime
 da separação convencional de bens. 
 - O
 cônjuge sobrevivente será herdeiro, concorrendo com os ascendentes, na forma
 prescrita pelo art. 1.836/1837: 
 Recebe
 1/3 da. herança concorrendo com ascendente de primeiro grau, e ½ se concorrer
 com um só ascendente ou se maior for aquele grau. 
 - O
 cônjuge sobrevivente será herdeiro da totalidade da herança, na falta de
 descendentes ou ascendentes (art. 1.829, III e 1.838. 
 
	
 TESTAMENTO
 	
 São necessárias pelo menos 5 testemunhas art. 1.632,
 1.645 (testamento público e particular). O código prevê o "testamento
 marítimo" 
 1.656 a 1.659 
  
 	
 O
 testamento particular requer 3 testemunhas (art. 1.876, § 1º) e o público, 2
 (art. 1.864, II). Além do "testamento marítimo", o código prevê o
 "testamento aeronáutico" arts. 1.888 a 1.892 
 As
 clausulas restritivas do direito de propriedade (incomunicabilidade,
 impenhorabilidade e inalienabilidade), sobre a legítima, agora, têm que ser
 justificadas – art. 1.848 
  
 
 Admite a inclusão de prole eventual, desde que dentro
 de um prazo de 2 anos. Do contrário a herança será divida entre os demais
 herdeiros. 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVO CÓDIGO CIVIL
PRINCIPAIS
ALTERAÇÕES NO DIREITO DAS SUCESSÕES 
 
	
 IGUALDADE
 	
 O
 código faz referência ao "homem" (art. 2º)
 	
 Agora,
 se usa a palavra "pessoa" (art. 1º)
 
	
 FAMÍLIA
 	
 A "família legítima" é aquela formada pelo casamento formal
 e é o eixo central do direito de família. 
 art.
 229 
 	
 A "família" abrange as
 unidades familiares formadas por casamento, união estável, ou comunidade
 formada por qualquer dos pais e seus descendente (família monoparental) 
 É
 um conceito muito mais amplo 
 
	
 ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
 	
 A ordem de vocação hereditária
 está prevista no art. 1.603:   
 “ A sucessão legítima defere-se
 na ordem seguinte: 
   
 I-              
 aos descendentes;   
 II-         
 aos ascendentes;   
 III – ao cônjuge sobrevivente;
   
 IV – aos colaterais;   
 V- aos Municípios, ao Distrito
 Federal ou à União.   
   
 O
 cônjuge sobrevivente não é herdeiro necessário (art. 1.721). 
  
 	
 A ordem
 de vocação hereditária está prevista no art. 1.829:
 “A
 sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
 I- aos
 descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado
 este com o falecido no regime da comunhão universal ou no da separação
 obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da
 comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
 III – ao
 cônjuge sobrevivente; 
 IV – aos colaterais; 
 V- aos Municípios, ao Distrito
 Federal ou à União. 
 O cônjuge sobrevivente  é herdeiro necessário (art. 1.845 e 1.829,
 I, II,) 
 a)dividem-se os bens entre o
 cônjuge, descendentes e ascendentes: 
 - regime da comunhão parcial, se
 houver deixado bens particulares 
 - regime da separação
 convencional 
 - regime da participação final
 dos aqüestos 
 b)os bens não se comunicam e o
 cônjuge não herda: 
 - regime da separação
 obrigatória (legal) 
 - regime da comunhão universal 
 -
 regime da comunhão parcial, se não tiver deixado bens particulares 
 
	
 SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
 	
 O cônjuge sobrevivente separado
 de fato, em tese herda, uma vez que não foi expressamente excluído da ordem
 de vocação hereditária. A jurisprudência é que vem excluindo o cônjuge
 separado da sucessão. 
     
   
   
   
   
 - Direito real de habitação:
 possui o cônjuge sobrevivente casado sob o regime da comunhão universal de
 bens (art. 1.611, § 2º) 
     
  
  
  
   
   
 -
 Usufruto: ¼ ou da ½ dos bens do falecido se concorrer com descendentes ou
 ascendentes do  de cujus, salvo se o
 regime de bens era o da comunhão universal (art. 1.611, § 1º). Problema:
 bloqueia a livre disposição dos bens herdados. Os herdeiros têm seus bens
 hereditários vitaliciamente vinculados ao cônjuge credor do usufruto vidual.
 Vale lembrar que o usufruto é instituído sobre a totalidade da herança (e não
 apenas sobre os bens adquiridos na constância do casamento) 
     
  
 O cônjuge sobrevivente é
 herdeiro na falta de descendentes ou ascendentes, independentemente do regime
 de bens (art. 1.611) 
 	
 O cônjuge para ser herdeiro não
 pode estar separado de fato há mais de 2 anos, SALVO se a culpa pela
 separação tiver sido do falecido (art. 1.830). (Como se prova esta culpa ?) 
 Assim, o marco da
 incomunicabilidade dos bens e exclusão do cônjuge sobrevivente da ordem de
 vocação hereditária do cônjuge falecido é a supressão da vida em comum. 
   
 - qualquer que seja o regime de
 bens adotado, o cônjuge sobrevivente tem direito real de habitação sobre o
 imóvel residencial, desde que seja o único desta natureza (art. 1.831).
 Problema: é vitalício, o artigo não contempla o novo casamento ou união
 estável 
   
 -O Novo
 Código extinguiu o direito ao usufruto do cônjuge sobrevivente. 
  
 -O cônjuge sobrevivente será
 herdeiro, concorrendo com os descendentes, dependendo do regime de bens, na
 forma prescrita pelo art. 1.829, I. 
 É herdeiro: no regime da
 comunhão parcial de bens com bens particulares e no regime da separação
 convencional de bens. 
     
 - O cônjuge sobrevivente será
 herdeiro, concorrendo com os ascendentes, na forma prescrita pelo art.
 1.836/1837: 
 Recebe 1/3 da. Herança
 concorrendo com ascendente de primeiro grau, e ½ se concorrer com um só
 ascendente ou se maior for aquele grau. 
   
 -O
 cônjuge sobrevivente será herdeiro da totalidade da herança, na falta de
 descendentes ou ascendentes (art. 1.829, III e 1.838.] 
   
 O cônjuge sobrevivente casado
 sob o regime da separação obrigatória de bens (art. 1.641) não é herdeiro. O
 NCC ignora a Súmula 377 do STF, a qual prevê a partilha igualitária dos bens
 adquiridos a título oneroso na constância da sociedade conjugal.   
 
	
 SUCESSÃO DO DESCENDENTE
 	
 O descendente encontra-se no
 primeiro lugar da ordem de vocação hereditária. (art. 1.603, I) e exclui o
 cônjuge. 
   
     
 Os filhos sucedem por cabeça, e
 os outros descendentes, por cabeça ou estirpe, conforme se achem ou não no
 mesmo grau. (art. 1.604) 
   
 Sem correspondente no Código
 Civil. 
     
   
   
   
     
 Sem correspondente no Código
 Civil, pois só existe esta previsão na hipótese de ascendentes. 
     
 Sem
 correspondente no Código Civil. 
  
 	
 O descendente, em concorrência
 com o cônjuge sobrevivente, encontra-se em primeiro lugar da ordem de vocação
 hereditária. (1.829, I) 
     
 Repete o dispositivo do Código
 Civil no art. 1.835. 
  
 O quinhão hereditário é
 igualmente dividido entre os descendentes. No entanto, o cônjuge sobrevivente
 não
pode ter sua quota inferior à quarta parte da herança, se for ascendente
 dos herdeiros que concorrer. (art. 1.832) 
   
 Acrescenta o artigo 1.833 o qual
 prevê que entre os descendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto,
 salvo direito de representação. 
 E ainda, o descendente que
 herdar por representação terá o mesmo direito que teriam seus ascendentes.
 (art. 1.834) 
   
 A
 concorrência dos descendentes com o cônjuge sobrevivente só se dá sobre
 aqueles bens que não se comunicam pelo regime matrimonial e que pertencem ao
 viúvo como sua legítima meação. 
 
	
 SUCESSÃO DO ASCENDENTE
 	
 O ascendente encontra-se no
 segundo lugar da ordem de vocação hereditária. (art. 1.603, II).   
   
 Não havendo herdeiros da classe
 dos descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes.   
   
 Na classe dos ascendentes, o
 grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. (art. 1.607)
 
 Havendo igualdade de grau e
 diversidade de linha, “a herança partir-se-á entre as duas linhas pelo meio”
 (art. 1.608) 
       
 Não há correspondente no Código
 Civil. 
   
 Não há correspondente no Código
 Civil. 
 	
 Na falta de descendentes são
 chamados à sucessão os ascendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente. (art.
 1.829, II).
         
 Repete o disposto no Código
 Civil, porém, no parágrafo 1º do art. 1.836.
   
 No parágrafo 2º do art. 1.836,
 também repete o dispositivo do Código Civil, alterando apenas a redação final
 “os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da
 linha materna”.
 Concorrendo com o cônjuge
 sobrevivente a herança será dividida em 3: 1/3 para o cônjuge sobrevivente,
 1/3 para a linha materna e 1/3 para linha paterna do falecido. (art. 1.837)
   
 Se o grau de parentesco do
 ascendente for mais distanciado (avô, avó), ainda assim, concorre com este o
 cônjuge, mas neste caso, terá direito a ½ da herança (art. 1.837)
 
	
 SUCESSÃO DOS COLATERAIS
 	
 Encontram-se no quarto lugar da
 ordem de vocação hereditária. (art. 1.603, IV). 
   
 O grau mais próximo exclui o
 mais remoto. (art. 1.613), salvo direito de representação dos filhos do
 irmão. 
   
 Irmãos colaterais concorrendo
 com irmãos unilaterais, estes últimos herdarão ½  do que cada um daqueles. 
   
 Na falta de irmãos, herdarão os
 filhos destes. (art. 1.843)   
   
 Utiliza
 a palavra “germanos” para tratar os irmãos filhos da mesma mãe e do mesmo
 pai. 
  
 	
 Continua no quarto lugar da
 ordem de vocação hereditária ( 1.829, IV) 
   
 Manteve o disposto no art.
 1.613. (art. 1.840) 
   
     
 Também manteve o disposto no
 Código Civil. (art. 1.842) 
     
 Na falta de irmãos, herdarão os
 filhos destes E NÃO OS HAVENDO, os tios. (art. 1.843) 
   
 Utiliza
 a palavra “bilaterais” para tratar os irmãos filhos da mesma mãe e do mesmo
 pai. 
 
	
 SUCESSÃO DO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
 	
 Regulada pelas leis 8.971/94 e
 9.278/96 
     
 O companheiro sobrevivente tem
 direito: 
   
 a) usufruto  da ¼ parte dos bens do de cujus se houver
 filhos deste ou comuns e de ½ se não houver filhos, embora sobrevivam ascendentes.
 (art. 2º, I e II da lei 8.971/94) 
 b) direito real de habitação:
 art. 7º, parágrafo único, da Lei 9.276/96 
 c) totalidade da herança na
 falta de descendentes e ascendentes (art. 2º, III da Lei 8.971/94) 
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
       
   
 Encontra-se
 no terceiro lugar da ordem de vocação hereditária, ao lado do cônjuge.
 Entenda-se herda todo o patrimônio do falecido, independentemente de ter sido
 adquirido a título oneroso ou gratuito, antes ou durante a vigência da união
 estável. 
  
 	
 O Novo Código Civil derrogou as
 leis 8.971/94 e    9.278/96 ? 
 Houve a inclusão da união
 estável na estrutura organizacional do código arts. 1.723 a 1.727 
   
 É
 difícil falar em usufruto e direito real de habitação do companheiro
 sobrevivente, vez que há dispositivo específico regulamentando a sucessão do
 companheiro sobrevivente (art. 1.790) e que não prevê tal direito. 
   
 O companheiro sobrevivente é
 herdeiro, concorrendo com os filhos, ou demais parentes sucessíveis, dos bens
 adquiridos onerosamente na constância da união, da seguinte forma: 
 a)   
 se concorrer com filhos comuns, receberá uma cota equivalente
 atribuída ao filho; 
 b)  
 se concorrer com descendentes só do autor da herança,
 receberá a ½ que couber a cada um daqueles; 
 c)   
 se concorrer com outros parentes sucessíveis terá
 direito a 1/3 da herança; 
 d)  
 não havendo parentes sucessíveis (leia-se ascendentes e colaterais), terá
 direito à totalidade da herança.   
 Só herda o que adquiriu a título
 oneroso na vigência da união estável. Assim, se não houverem “outros parentes
 sucessíveis”, esta outra parte da herança é considerada herança jacente.
 O
 NCC acarreta prejuízos à sucessão do companheiro sobrevivente quando o óbito
 ocorrer na sua vigência. 
 
	
 DA HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO
 	
 Capítulo II – Da Transmissão da
 Herança. 
   
 Art. 1.580 – prevê a
 indivisibilidade da herança até a partilha. 
   
   
   
   
   
   
   
   
   
     
 O artigo 1.770 prevê  o prazo de 1 mês para o processamento do
 inventário e partilha, podendo ser prorrogado por mais 3 meses pelo juiz a
 requerimento do inventariante. 
 Parágrafo
 único – permite a
 remoção do inventariante, quando por sua culpa, não se achar finda a partilha
 no prazo. 
  
 	
 Capítulo II – Da Herança e sua
 Administração
   
 O artigo 1.791 reafirma o
 princípio da indivisibilidade da herança. 
 “até a partilha, o direito dos
 co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível e
 regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio” 
   
 O artigo 1.794 prevê que a quota
 hereditária não pode ser cedida a um estranho se outro co-herdeiro quiser. 
   
 E ainda, prevê, o art. 1.795,
 que a cessão da quota hereditária deverá ser feita por instrumento público. E
 o co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o
 preço, exercer o direito de preferência, no prazo de 180 dias após a
 transmissão. 
   
 O artigo 1.796 prevê o
 prazo de 30 dias para instaurar-se o inventário perante o juízo competente. 
 Exclui
 o parágrafo único do art. 1.770 do CC. 
  
 
	
 ACEITAÇÃO E RENÚNCIA
 	
 Previsto nos arts. 1.581 a
 1.586 
   
 Não há correspondente no Código
 Civil. 
   
 Art. 1.582: “Não importa
 igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos
 demais co-herdeiros”   
   
 A renúncia deve ser expressa por
 escritura pública ou termo judicial (art. 1.581).   
   
 A herança é indivisível, não se pode aceitar ou renunciar
 a herança em parte (art. 1.583).  Não há correspondente no Código Civil.
  
 Com o falecimento do herdeiro
 antes de aceitar a herança, este direito passa aos seus herdeiros. (art.
 1.585) 
   
   
 A aceitação é retratável se não
 resultar prejuízos a credores, bem como a renúncia quando proveniente de
 violência, erro ou dolo. (art. 1.590) 
   
 Não há correspondente no Código
 Civil. 
 	
 Previsto nos arts. 1.804 a
 1.813 
   
 Acrescenta o artigo 1.804:
 “Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a
 abertura da sucessão” (irrevogabilidade da aceitação da herança) 
 Parágrafo único: “A transmissão
 tem-se por não verificada quando
o herdeiro renuncia à herança”. 
   
 Repete o disposto no art. 1.582,
 no  §2º do art. 1.805: “Não importa
 igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos
 demais co-herdeiros” 
   
 A renúncia deve ser expressa por
 instrumento público ou termo judicial (art. 1.806) 
   
 Mantém a indivisibilidade da
 aceitação e da renúncia da herança (art. 1.808) 
   
 O
 NCC inova acrescentando o § 2º ao art. 1.808: “O herdeiro que, chamado, na
 mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios
 diversos (herdeiro legítimo/testamentário) pode livremente deliberar quanto
 aos quinhões que aceita e aos que renuncia”. 
 
	
 HERANÇA JACENTE
 	
 Prevista nos arts. 1.591 a
 1.594 
     
 Conceito de herança jacente
 previsto no art. 1.591 
   
     
   
     
 Decorridos 5 anos da abertura da
 sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município, Distrito
 federal ou União Federal (art. 1.594) 
   
   
 O art. 1.158 do CPC permite a
 habilitação de qualquer herdeiro, mesmo após o trânsito em julgado da
 sentença. 
   
 A
 declaração de vacância dos bens da herança jacente só é permitida após todas
 as diligências legais. (art. 1.593) 
  
 	
 Prevista nos arts. 1.819 a
 1.823 
   
 O art. 1.819 simplificou
 a redação do art. 1.591: “Falecendo alguém sem deixar testamento, nem
 herdeiro legítimo, os bens da herança, depois de arrecadados ficarão sob a
 guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor
 devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância”. 
   
 Mantém a regra de que,
 decorridos 5 anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao
 domínio do Município, Distrito federal ou União Federal (art. 1.822) 
   
 Não se habilitando até a
 declaração de vacância, os colaterais ficam excluídos da sucessão. 
   
   Permite, desde logo, a
 declaração da vacância, SEM o período de diligências relativas à arrecadação
 e jacência, quando TODOS os chamados a suceder renunciarem à herança. (art.
 1.823) 
  
 
	
 INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO
 	
 DOS QUE NÃO PODEM SUCEDER 
 Arts. 1.595 a 1.597
   
 O art. 1.595 exclui da sucessão:
   
 I- “cúmplice”
 e em “homicídio voluntário” contra a pessoa de cuja sucessão se tratar; 
     
 II- que a acusaram
 caluniosamente. 
 III. que inibiram por violência
 ou fraude, de livremente dispor de seus bens; 
 Prescreve em 4 anos a ação do
 interessado para exclusão do herdeiro (art. 178)   
  
 O excluído da sucessão não terá
 direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus filhos couberem
 na herança (art. 1.602) 
     
 O excluído da sucessão não tem
 direito ao ressarcimento das despesas que teve na conservação dos bens da
 herança. (art. 1.598) 
     
 A reabilitação do indigno deve
 ser expressa no testamento ou outro ato autêntico (art. 1.597) 
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
 Deserdação: arts. 1.741 a
 1.745 
 A
 desonestidade da filha é causa que autoriza a deserdação. (art. 1.744, III) 
   
   
  
 	
 DOS EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 
 Arts. 1.814 a 1.818
   
 O art. 1.814 atualiza a
 terminologia, excluindo da sucessão:   
 I- o “co-autor ou partícipe” de
 homicídio doloso ou tentativa, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, e
 acrescenta ainda neste rol seu cônjuge, companheiro, ascendente e
 descendente. 
 Amplia a configuração da
 indignidade capaz de excluir herdeiro. 
   
 II- corrige a redação: “que
 houverem acusado caluniosamente”, o autor da herança e acrescenta o
 cônjuge e o companheiro; 
   
 III. não alude mais a fraude,
 mas a “meios fraudulentos”. 
   
 Manteve o prazo de 4 anos, a
 contar da abertura da sucessão, para exclusão do herdeiro e acrescenta também
 o legatário (parágrafo único do art. 1815). Decorrido este prazo, extingue o
 direito do interessado demandar.
   
 Mantém o disposto no art. 1.602
 do CC, no parágrafo único do art. 1.816. Ao invés de filho utiliza a palavra sucessores.
 
   
 Acrescenta o direito à
 indenização das despesas com a conservação dos bens da herança (art.
 1.871,  parágrafo único) 
   
 Mantém expressa a reabilitação
 do indigno no testamento ou ato autêntico, art. 1.818. 
 Acrescenta o parágrafo único:
 “Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do
 ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade,
 pode suceder no limite da disposição testamentária. 
   
 Deserdação: arts. 1.961 a
 1.965 
 A
 perda da virgindade (desonestidade da filha que vive na casa paterna) não
 consiste mais motivo para a sua  
 deserdação. (art. 1962) 
  
 
	
 DA PETIÇÃO DE HERANÇA
 	
 Não há correspondente no Código
 Civil 
   
   
   
 Há
 uma previsão isolada no parágrafo único do art. 1.580, na parte de Disposições
 Gerais, de que qualquer dos co- herdeiros pode reclamar a universalidade
 da herança a terceiro, que indevidamente a possua. 
  
 	
 Introduziu um novo capítulo :
 VII Da Petição de Herança 
 Arts. 1.824 a 1.828
   
 “O herdeiro pode, em ação de
 petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para
 obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade
 de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua” (art. 1.824) 
   
 A ação de petição de herança,
 ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens
 hereditários. (art. 1.825). E ainda, “o herdeiro pode demandar os bens da
 herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do
 possuidor originário pelo valor dos bens alienados (art. 1.827)
 “São
 eficazes as alienações feitas, a título oneroso pelo herdeiro aparente a
 terceiro de boa-fé” (parágrafo único)
 
	
 TESTAMENTO
 	
 Arts. 1.626 a 1.769
   
 Art. 1.626: “Considera-se
 testamento o ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei,
 dispõe, no todo ou em parte, do seu patrimônio, para depois da sua morte” 
   
  
     
 Não há correspondente no Código
 Civil 
   
   
   
   
 Não há correspondente no Código
 Civil 
   
   
   
   
   
 O código prevê o
 "testamento marítimo" 
 Arts. 1.656 a 1.659
   
   
   
   
 Não podem ser nomeados em
 testamento, como herdeiros ou legatários:
 -        
 O cônjuge (art. 1.719, I)
 -        
 a concubina do testador (Art. 1.719, III)
  
 	
 Arts. 1.857 a 1.990
   
 O art. 1.857 altera a redação do
 art. 1.626, acrescenta dois parágrafos e prevê a legítima dos herdeiros
 necessários: 
 “Toda pessoa capaz pode dispor
 por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois
 de sua morte. 
 §1º - A legítima dos herdeiros
 necessários não poderá ser incluída no testamento. 
 § 2º - São válidas as
 disposições testamentárias  de caráter
 não patrimonial, ainda que o testador somente a elas tenha se limitado” 
   
 Há previsão expressa de que o
 testamento é ato personalíssimo e pode ser mudado a qualquer tempo (art.
 1.858) 
   
 É fixado um prazo decadencial de
 5 anos para o exercício do direito de impugnar a validade do testamento,
 contado o prazo da data do seu registro. (art. 1.859)
 Além do "testamento
 marítimo", o código prevê o "testamento aeronáutico" arts.
 1.888 a 1.892. 
   
 Não podem ser nomeados em
 testamento, como herdeiros ou legatários: 
 - o cônjuge e o companheiro
 (art. 1.801, I) 
 -  concubino,
salvo se este, sem culpa
 sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos. (art. 1.801,
 III) 
  
 
	
 CAPACIDADE PARA TESTAR
 	
 art. 1.627   
 São
 incapazes de testar: menores de 16 anos, loucos de todo gênero, os que não
 estão em perfeito juízo. 
  
  
 	
 art. 1.860. 
 Mantém como regra a capacidade
 testamentária ativa e a incapacidade como exceção.   
 Acrescenta
 no parágrafo único: maiores de 16 podem testar. 
  
 
	
 TESTAMENTO PÚBLICO E PARTICULAR
 	
 Testamento Público (arts.
 1.632 a 1.637) 
 Deve ser escrito por oficial
 público em seu livro de notas. 
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
 São necessárias pelo menos 5
 testemunhas art. 1.632 
   
   
 Testamento Particular (arts.
 1.645 a 1.649) 
 Deve ser escrito pelo testador. 
   
 São necessárias pelo menos 5
 testemunhas art. 1.645. Para sua confirmação são necessárias 3 das 5
 testemunhas. (art. 1.648) 
  
 	
 Arts. 1.857 a 1.990
   
 O art. 1.857 altera a redação do
 art. 1.626, acrescenta dois parágrafos e prevê a legítima dos herdeiros
 necessários: 
 “Toda pessoa capaz pode dispor
 por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois
 de sua morte. 
 §1º - A legítima dos herdeiros
 necessários não poderá ser incluída no testamento. 
 § 2º - São válidas as
 disposições testamentárias  de caráter
 não patrimonial, ainda que o testador somente a elas tenha se limitado” 
   
 Há previsão expressa de que o
 testamento é ato personalíssimo e pode ser mudado a qualquer tempo (art.
 1.858) 
   
 É fixado um prazo decadencial de
 5 anos para o exercício do direito de impugnar a validade do testamento,
 contado o prazo da data do seu registro. (art. 1.859)
 Além do "testamento
 marítimo", o código prevê o "testamento aeronáutico" arts.
 1.888 a 1.892. 
   
 Não podem ser nomeados em
 testamento, como herdeiros ou legatários: 
 - o cônjuge e o companheiro
 (art. 1.801, I) 
 -  concubino, salvo se este, sem culpa
 sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos. (art. 1.801,
 III) 
  
 
	
 DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS
 	
 Permite que as clausulas
 restritivas de propriedade (incomunicabilidade, impenhorabilidade e
 inalienabilidade) sejam gravadas sobre a legítima (art. 1.723). 
   
   
   
   
  
 	
 As clausulas restritivas do
 direito de propriedade (incomunicabilidade, impenhorabilidade e
 inalienabilidade), sobre a legítima, agora, têm que ser justificadas
 expressamente – art. 1.848 
 Exemplos de justa causa:
 herdeiro pródigo, péssimo administrador patrimonial etc. Do contrário,
 caracterizaria um arbitrário ato de sucessão e inaceitável forma de impedir a
 livre circulação dos bens.
 Acrescenta o § 1º no art. 1.848,
 que proíbe a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa. 
 E também o § 2º que permite a
 sub-rogação do vínculo. 
 A imposição de uma das cláusulas
 implica nas outras também. (art. 1.911) 
   
 São anuláveis as disposições
 testamentárias inquinadas em erro, dolo ou coação. O direito de anular a
 disposição se extingue em 4 anos a contar do conhecimento do vício pelo
 interessado. (arts. 1.909) 
 A
 ineficácia de uma disposição testamentária, importa a das outras que, sem
 aquela não teriam sido determinadas pelo testador (1.910) 
  
 
	
 LEGADOS
 	
 Arts. 1.678 a 1.716
 Somente o herdeiro é obrigado a
 cumprir os legados (arts. 1.702 e 1.703) 
   
   
 Prevê
 o direito de acrescer entre os co-legatários, quando o objeto do legado não
 puder ser dividido “sem risco de deterioração” (art. 1710, parágrafo
 único) 
  
 	
 Arts. 1.912 a 1.946
 Além dos herdeiros, inclui os
 próprios legatários no rol dos obrigados a cumprir os legados. 
   
 Inova
 ao prever o direito de acrescer entre os co-legatários, quando o objeto do
 legado não puder ser dividido “sem risco de desvalorização” (art. 1.942 
  
 
	
 SUBSTITUIÇÕES
 	
 Não
 há correspondente no Código Civil
 	
 Estipula que a substituição
 fideicomissária somente se permite em favor dos não concebidos ao tempo da
 morte do testador (art. 1.952) 
 Acrescenta o parágrafo único que
 se nessa ocasião, já houver nascido o fideicomissário, adquirirá este,
 diretamente a propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em
 usufruto, o direito do fiduciário. 
 Acrescenta
 o art. 1.954: “Salvo disposição em contrário do testador, se o
 fiduciário renunciar a herança ou o legado, defere-se ao fideicomissário o
 poder de aceitar”. 
  
 
	
 TESTAMENTEIRO
 	
 Arts. 1.753 a 1.769
   
 Prevê o prazo de 1 ano para
 cumprir o testamento e prestar contas (art. 1.762) 
 Parágrafo único: pode
 ser prorrogado 
  ocorrendo motivo cabal. 
   
 Na falta de testamenteiro
 nomeado pelo testador, a execução testamentária compete ao cabeça do casal.
 (art. 1.763) 
   
   
 Permite ao legatário que for
 nomeado testamenteiro preferir o prêmio ao legado. (art. 1.767) 
   
   
   
   
 Art.
 1.769 – “...testamenteiro exercerá as funções de cabeça-de-casal”. 
  
 	
 Arts. 1.976 a
 1.990 
   
 Reduz o prazo para 180 dias,
 contados da aceitação testamentária. (art. 1.983) 
 Parágrafo único: pode
 ser prorrogado se 
  houver motivo suficiente. 
   
 Seguindo o princípio da
 igualdade, troca “cabeça do casal” por “a um dos cônjuges” (art. 1.984). Não
 prevê o companheiro ( ? )
   
   
 Amplia o rol do art. 1.767,
 incluindo o herdeiro: “o herdeiro ou legatário que for nomeado testamenteiro
 poderá preferir o prêmio à herança ou ao legado” (art. 1.988) 
   
 Se
 o testador tiver distribuído toda a herança em legados, exercerá o
 testamenteiro as funções de INVENTARIANTE. (art. 1.990) 
    
 
	
 COLAÇÃO
 	
 A colação tem por fim igualar a
 legítima dos herdeiros (art. 1.785) 
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
 Os bens doados serão conferidos
 pelo valor certo, ou pela estimação que deles houver sido feita na data da
 doação (art. 1.792) 
 Em vigor: art. 1.014 do CPC –
 valor do bem computado ao tempo da abertura da sucessão. 
   
 Art. 1.788 - são dispensadas da
 colação as doações os dotes ou as doações que o doador determinar saiam da
 sua metade, contanto que não a 
 excedam, computados seu valor ao tempo da doação. 
   
   
   
   
   
   
   
   
 Considera
 inoficiosa a parte da doação que exceder a legítima (art. 1.790, parágrafo
 único) 
  
 	
 A colação tem por fim igualar a
 legítima dos descendentes e do cônjuge sobrevivente. (art. 2003) 
 Acrescenta o parágrafo único:
 “Se computados os valores das doações feitas em adiantamento de legítima, não
 houver no acervo bens suficientes para igualar as legítimas dos descendentes
 e do cônjuge, os bens assim doados serão conferidos em espécie, ou, quando
 deles já não disponha o donatário, pelo seu valor ao tempo da liberalidade” 
   
 Retorna ao previsto no CC de
 1916: O valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou estimativo,
 que lhes atribuir o ato de liberalidade. (art. 2004) 
   
   
   O art. 2005 mantém o
 princípio de que são dispensadas da colação as doações que o doador
 determinar saiam da parte disponível, desde que não a  exceda. Mas acrescenta no parágrafo
 único: “Presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a
 descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade
 de herdeiro necessário”
O art. 2007 prevê a redução das
 doações realizadas acima da parte disponível, no momento da liberalidade. A
 redução da liberalidade se fará pela restituição ao monte do excesso, que
 poderá ser em espécie, ou se não existir mais o bem, em dinheiro, segundo seu
 valor na abertura da sucessão. 
   
 Está
 sujeita a redução a parte da doação feita a herdeiros necessários que exceder
 a legítima (§ 3º, 2007). 
  
 
	
 PARTILHA
 	
   
   
 Os bens insuscetíveis de divisão
 serão vendidos em hasta pública, ou os herdeiros podem requerer a adjudicação,
 repondo aos outros em dinheiro. (art. 1.777) 
   
   
   
   
   
   
   
 A
 partilha é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam em geral, os ATOS
 jurídicos (art. 1.805) 
  
 	
 Acrescenta o art. 2.014, o qual
 prevê que o testador pode indicar os bens e os valores que devem compor os
 quinhões hereditários, deliberando, ele próprio a partilha, que prevalecerá,
 salvo se o valor dos  bens não
 corresponder às  quotas estabelecidas.
 
   
 Os bens insuscetíveis de divisão
 cômoda, que não couberam na meação do cônjuge sobrevivente, ou no quinhão de
 um só herdeiro, além da venda judicial o NCC prevê a possibilidade de também
 o cônjuge requerer a adjudicação, e a licitação se mais de um herdeiro
 pretender (art. 2.019 e§ §) 
   
 A partilha é anulável pelos
 vícios e defeitos que invalidam em geral, os NEGÓCIOS jurídicos (art.2.027) 
 Este
 direito se extingue em 1 ano (parágrafo único) 
  
 
Referências Biográficas
Aurélia Lizete de Barros Czapski – Coordenadora e
Professora do Curso de Direito da Universidade de Guarulhos; Doutora em Direito
Civil pela Universidade de Camerino – Itália, título reconhecido pela
Universidade de São Paulo; advogada militante na área de Direito de Família e
Sucessões; Juíza Eleitoral Substituta do Tribunal Regional Eleitoral – classe
jurista
Débora Consoni – Advogada militante na
área de direito de família e sucessões, formada na Faculdade de Direito da
Universidade Mackenzie

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