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Paralisia Cerebral Júlio Lima Queridos alunos, Agradeço diariamente a Deus a oportunidade de fazer-me instrumento para a formação de profissionais que, com certeza, irão ter consciência de seu papel na sociedade, aproveitado a oportunidade que possuem, estando onde muitos gostariam, mas não podem. Que o aprendizado seja não somente para o exercício dessa linda profissão, mas principalmente para o exercício da cidadania e da ética com os pares, pacientes e sociedade. Muito obrigado a todos vocês! Júlio lima Paralisia Cerebral 1. Conceito – conjunto de distúrbios não progressivos, mas mutáveis, do tônus e da postura, secundários a lesão do cérebro em desenvolvimento que pode ocorrer no período pré, peri ou pós-natal. 2. Incidência - 7:1000 (países desenvolvidos) - Cuidados intensivos perinatais 3. Etiopatogenia - Fatores de Risco: - Abortos espontâneos ou natimortos, gestação anterior, história familiar de PC, classe social e cultural, Malformações congênitas, gestação gemelar, apresentação fetal anômala, doenças crônicas maternas, prematuridades, descolamento prévio da placenta, etc. Paralisia Cerebral a) Pré-natal: - genética, vascular, infecções congênitas, Malformações SNC. b) Perinatal - Anóxia (parto anormal ou prolongado): é a maior causa no nosso meio, seguida da prematuridades c) Pós-natal (até dois anos / até a maturação do SNC) - Traumas, afogamentos, meningoencefalites Paralisia Cerebral 4. Classificação a) Clínica (tipo de movimento) 1. Piramidal: Espástico (65-75% dos casos) 2. Extra-piramidal 1. Atáxica (cerebelo): rara (2% dos casos) 2. Discinética/coreoatetósica/distônica/atetósica (núcleos da base): 9%- 22% dos casos 3. Mista: 9%-22% dos casos b) Localização: • Hemiparesia • Diparesia • Tetraparesia CARACTERÍSTICAS HEMIPARESIA DIPARESIA TETRAPARESIA FREQUENCIA Comum Comum Comum INCAPACIDADE Leve a moderada Moderada Grave PÉS Equinovaro Equinovalgo Equinovalgo JOELHOS Flexão leve Flexão moderada Flexão grave QUADRIS Geralmente ok Pode deslocar Deslocamento prematuro COLUNA Geralmente ok Geralmente ok Escoliose MMSS Incapacidade maior Pouco envolvimento Deformidade de flexão MÃOS Deformidade de flexão Pouco Deformidade de flexão CONVULSÃO comum rara comum Paralisia Cerebral 5. Diagnóstico a) Clínico - História - Manifestações - Exame físico: reflexos arcaicos - Deficiências associadas: - visual - auditiva - Sensitivas (50-60%) - Fala - RM - Conclusões Paralisia Cerebral 5. Diagnóstico b) Radiológico - Rx simples - Angiografia e pneumoencefalografia - USG cerebral - TAC - RNM - Cintilografia por perfusão cerebral - Tomografia por emissão de pósitros Paralisia Cerebral 6. Tratamento - Multidisplinar - A meta do tratamento é aumentar, o quanto possível as habilidades do pacientes e minimizar as suas deficiências - Prognóstico para deambular - Idade de aquisição da postura sentada (equilíbrio cervical e de tronco) - Reflexos primitivos - Comprometimento motor - Função dos membros superiores - Capacidades intelectual Paralisia Cerebral 6. Tratamento - Tratamento clínico - Ortopédico - Fisioterápico - Bloqueios: - Botox: placa mioneural - Fenol: ponto motor - Órteses Paralisia Cerebral 6. Tratamento - Tratamento cirúrgico - Neurocirúrgico: - Rizotomias - Ortopédico: - “Operar quando os métodos conservadores falharem” Paralisia Cerebral 6. Tratamento • Tratamento Cirúrgico Ortopédica • Avaliação do paciente • Prognóstico para marcha • Exame Clínico • Laboratório de Marcha - Partes moles - Alongamentos - Transferências - Cirurgias Ósseas Paralisia Cerebral Mielomeningocele 1. Generalidades - Embriologia: 24º - 26º: fechamento cranial e caudal do tubo neural - Espinha bífida (tipos) - A mielomeningocele é o tipo de espinha bífida mais comum - Conceito: é a protrusão herniada da medula espinhal e suas meninges através de um defeito no canal vertebral, resultando em distúrbios neurológicos variáveis, dependendo da localização e gravidade da lesão Mielomeningocele 2. Epidemiologia - A incidência varia com a origem racial/étnica e localização geográfica / ambiental - EUA: 1:1000; maior em brancos que negros - Rara no Japão - Recidivas entre irmão: 2% - 7% 3. Alterações Associadas - Neurológicas: - Hidrocefalia: 80% - 90%, Malformação de Arnold-Chiari, Medula presa, Hidromelia. - Outros: - Retardo mental, deformidades congênitas da coluna, paralisia de bexiga e intestinal, ânus imperfurado, malformação renal Mielomeningocele 4. Etiologia - É multifatorial 5. Classificação (quanto ao nível da lesão) - Torácico - Lombar Alto: L1, L2, L3 - Lombar Baixo: L3, L4, L5 - Sacrais: Exceto tríceps sural, flexores dos dedos ou intrínsecos dos pés. 6. Diagnóstico a) Pré-natal: - USG - Amniocentese: dosagem da -fetoproteína NÍVEL DA LESÃO PERDA DA FUNÇÃO > TX Perda de controle do tronco TX II Perda de flexão do quadril LII Perda de abdução e adução do quadril LIII Perda de extensão do joelho LIV Perda de flexão do joelho e dorsiflexão do tornozelo LV Perda de abdução e extensão do quadril SI Perda de flexão plantar do tornozelo Mielomeningocele 6. Diagnóstico b) Pós-natal - Clínico - Tipicamente há paralisa flácida, perda da sensibilidade e disfunção autonômica abaixo do nível da lesão - Exame físicos: - Hidrocefalia - Força muscular - Reflexos - Deformidades - Radiológicos: - Rx - TAC - RNM - USG Mielomeningocele 7. Tratamento - Equipe multidisciplinar - Fechamento do saco herniado - Derivação liquórica - Tratamento ortopédico - Prognóstico para deambulação: - Nível da lesão - Alterações associadas - Avaliação Ortopédica - Tratamento clínico - Fisioterapias - Uso de órteses Mielomeningocele Órteses Mielomeningocele Órteses Mielomeningocele 7. Tratamento - Tratamento cirúrgico ortopédico - Correção das deformidades - Órtese - Reabilitação - Avaliação Urológico - Avaliação Neuro 8. Prognóstico
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