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Lesão Muscular

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03/04/2011
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Lesões Musculares
Fisioterapia Esportiva
Prof. Ms. Everaldo Encide de Vasconcelos
Mecanismos de Lesão
As lesões musculares podem ser causadas por contusão, 
distensão ou laceração
• A laceração muscular é a lesão mais incomum das lesões
musculares no esporte.
• Mais de 90% de todas as lesões no esporte são por contusões
ou distensões.
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Contusão Muscular
A contusão muscular ocorre quando um músculo
é sujeito a uma força súbita de compressão, como
um trauma direto na musculatura.
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Este tipo de trauma muscular tipicamente
acontece em esportes de contato.
Distensão Muscular
Na distensão, uma força de tensão (Tração)
excessiva colocada sobre o músculo causa um
alongamento excessivo nas miofibrilas levando
a ruptura próxima a unidade musculotendinea.
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Distensão Muscular
As distensões musculares tipicamente afetam
músculos superficiais que trabalham cruzando 2
articulações, como o reto femoral, os isquiotibiais
e o gastrocnêmio.
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Classificação 
e 
Quadro Clínico 
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• As distensões musculares são
classificadas de acordo com o nível de
gravidade:
– Primeiro grau
– Segundo grau
– Terceiro grau
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• Primeiro grau
– Esse tipo de distensão envolve algumas
fibras musculares com edema e
desconforto de menor importância.
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• Primeiro grau
– Não estão associadas a:
• Perda de função
• Restrição de movimentos
– Quando associadas as perdas são mínimas.
– Pode haver sensibilidade localizada, cuja
intensidade aumenta quando for aplicada
alguma tensão no músculo.
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• Primeiro grau
– Os pacientes afetados em geral podem
continuar executando as atividades
normais embora seja necessário fazer
monitoramento da exacerbação da lesão
existente.
– O ideal é interromper a atividade para
devido tratamento e impedir aumento da
lesão.
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• Segundo grau
– Esse tipo de distensão envolve danos que
vão de 5 a 50% do ventre muscular, e a
clara perda de função.
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• Segundo grau
– Os pacientes afetados sentem dores com as
atividades, o que muitas vezes impede o mesmo de
continuar com a atividade esportiva.
– Sente dores que variam de moderadas a graves,
juntamente com perda funcional significativa.
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• Segundo grau
– De maneira geral, a reabilitação das
distensões de segundo grau ocorrem
dentro de um período de 4 semanas.
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• Terceiro grau
– Esse tipo de distensão envolve o
rompimento de mais de 50% da parte do
ventre muscular.
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• Terceiro grau
– Sua característica são dores agudas e perda
funcional significativa.
– A intensificação da dor durante a aplicação
de tensão no músculo depende da
integridade resultante do tecido.
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• Terceiro grau
– Nas distensões de terceiro grau pode ser
necessária a intervenção cirúrgica.
– A cicatrização requer um período de
reabilitação de até 3 meses.
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Fatores de risco para lesão do gastrocnêmio medial:
1. Esportes que executam movimentos explosivos.
2. Idade. Quanto maior a idade, maior a probabilidade.
3. História prévia de perna de tenista. 
4. Desidratação e fadiga.
5. Superfícies duras e de alta reação.
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Fatores de risco para lesão dos isquiotibiais:
1. Esporte de velocidade máxima e aqueles que realizam corrida 
com bola.
2. A lesão dos isquiotibiais aumento com a idade.
3. História prévia de lesões dos isquiotibiais.
4. Redução da força muscular. Relação de força IT e Q
5. Falta de aquecimento
6. Superfícies que permitem maior deslizamento 
7. Treinamento aeróbio excessivo 
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Fatores de risco para lesão do reto femoral (quadríceps):
1. Esportes que realizam chutes e corridas de desaceleração 
2. Membro dominante para o chute 
3. História de lesões antigas 
4. Superfícies muito aderentes 
5. Golpes curtos e repetidos na bola
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
O que distingue a cura de um músculo
esquelético da cura de uma lesão óssea é que o
músculo esquelético cura-se por um processo
de reparação, enquanto o osso cura-se por um
processo de regeneração.
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
A cura de uma lesão muscular segue um padrão
razoavelmente constante independente da causa
da lesão.
(contusão, distensão, ou laceração)
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
Três fases tem sido identificadas neste 
processo de cura
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
Fase de Destruição
Ruptura do Músculo
Necrose das Miofibrilas
Inflamação
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Fase de Reparo
Fagocitose 
Regeneração da miofibrilas 
Formação de tecido conectivo cicatricial
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
Fase de Remodelação
Período em que ocorre maturação das 
miofibrilas regeneradas
Ocorre contração e reorganização do tecido 
cicatricial
Ocorre a recuperação da capacidade 
funcional do músculo 
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
• As células satélites (CS), células miobláticas
precursoras, proliferam para reconstruir a
área lesionada.
• As CS proliferam e diferenciam-se em
mioblástos que se fundem formando os
miotubos multinucleados e, por fim em
miofibras.
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
2º Dia: As partes necrosadas das
miofibrilas seccionadas são removidas
pelos macrófagos enquanto, inicia-se
formação de cicatriz de tecido conectivo
pelos fibroblastos na zona central.
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3º Dia: As células satélites são ativadas
dentro da lamina basal (endomisio) na
zona de regeneração tornando-se
mioblastos.
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5º Dia: Os mioblastos sofrem fusão formando
miotubos na zona de regeneração.
O tecido conectivo na zona central torna-se
denso.
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7º Dia: A regeneração das miofibrilas prolonga-
se para fora da lamina basal antiga indo para
dentro da zona central perfurando a cicatriz.
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Fisiopatologia da Lesão Muscular
14º Dia: A cicatriz da zona central torna-se
condensada com redução no tamanho, e a
regeneração das miofibrilas fecham o gap na
zona central.
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21º Dia: As miofibrilas são fundidas
virtualmente pelo entrelaçamento do tecido
conectivo de cicatrização.
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase aguda (48 a 72 horas)
– PRICE
– Medicação
– Proteção para evitar lesão adicional– Exercícios ativos em amplitude indolor
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase Subaguda (2º ao 8º dia)
– Exercícios isométricos submaximos livre 
de dor em amplitude confortável para o 
paciente.
– Alongamentos suaves livres de dor
– Exercícios para correção do padrão de 
marcha.
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• Fase de Remodelamento (2º a 4º semana) 
– Corrida e bicicleta em Deep Water
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• Fase de Remodelamento (2º a 4º semana) 
– Bicicleta estacionária para manter o 
condicionamento cardiovascular
– Contrações concêntricas e excêntricas de 
baixa intensidade e baixa velocidade 
– Contrações isométricas em múltiplos 
ângulos com progressão para contrações 
máximas 
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase de Remodelamento (2º a 4º semana) 
– Intensificar progressivamente os exercícios 
de alongamento
– Implementar treinamento neuromuscular 
– Massagem profunda para liberação de tecido 
fibrótico doloroso
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase de Recuperação (4º a 6º semana) 
– Exercícios de coordenação
– Exercícios de alongamento estático mais 
agressivo e alongamentos balísticos 
– Corrida progressiva sem tiros de velocidade
– Exercícios de fortalecimento com ênfase em 
contrações excêntricas com o músculo em 
posição alongada. 
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase de Transição (Da 6º semana ao retorno 
a prática esportiva) 
– Incorporação de exercícios de velocidade
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Tratamento da Lesão Muscular
• Fase de Transição (Da 6º semana ao retorno 
a prática esportiva) 
– Incorporar atividades que envolvem os gestos 
esportivos
– Retorno ao treinamento com a equipe
– Educação do paciente (importância das 
atividade de aquecimento, alongamento, 
nutrição, hidratação).
– Discutir (quando necessário) com o técnico e o 
preparador físico os fatores de riscos – fadiga 
overtraining.
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