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Alvenaria

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PROJETO E EXECUÇÃO
DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO
ALVENARIA
 Definição:
Um componente construtivo complexo conformado
em obra, constituído por tijolos ou blocos (também
denominados componentes de alvenaria), unidos
entre si por juntas de argamassa, formando um
conjunto rígido e coeso.
ALVENARIA DE VEDAÇÃO
A alvenaria é empregada unicamente com a função
de vedação, não sendo dimensionada para resistir a
cargas além do seu peso próprio.
FUNÇÕES DA PAREDE DE VEDAÇÃO
EM ALVENARIA
a- Segurança estrutural.
b- Isolamento térmico.
c- Isolamento acústico.
d- Estanqueidade.
e- Segurança ao fogo.
f- Estabilidade dimensional.
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES
DAS PAREDES DE VEDAÇÃO 
EM ALVENARIA
I- Resistência mecânica.
II- Estabilidade dimensional.
III- Condições superficiais.
IV- Propriedades térmicas.
V- Resistência à transmissão sonora.
VI- Resistência e reação ao fogo.
VII- Resistência à penetração de água.
VIII- Resistência a agentes agressivos.
I - Resistência Mecânica
Está relacionada aos seguintes fatores:
Características dos componentes da alvenaria
Características das juntas de argamassa;
Resistência de aderência do conjunto
Reação inicial dos componentes.
Retenção de água da argamassa.
Qualidade da mão-de-obra;
Condição de cura;
Espessura e disposição das juntas;
Propriedades geométricas das paredes;
Coeficiente de esbeltez
Área de reação resistente.
Relação altura/comprimento
II - Características de deformabilidade
da alvenaria
a- Deformações devido à ações externas:
 Deformações das estruturas de concreto
 Ação dos ventos.
b- Deformações a partir de esforços internos:
 Variação dimensional dos componentes de alvenaria e
de ligação (juntas), produzidas por movimentação
higroscópicas, variação térmica ou processos químicos
devido as reações de expansão de determinados materiais
presentes nas juntas ou nos componentes de alvenaria.
MOVIMENTAÇÃO HIGROSCÓPICA
 Tem origem na capacidade que todos os
materiais de construção têm em absorver e liberar
água modificando o seu volume quando varia o seu
conteúdo de umidade. Em geral, um acréscimo da
quantidade de água resulta num inchamento do
material, enquanto que o decréscimo provoca uma
retração do mesmo.
RETRAÇÃO DE SECAGEM
Produzida pela perda substancial de água
após a sua execução. Possui amplitudes
variáveis em função dos materiais
utilizados.
RETRAÇÃO DA SECAGEM IRREVERSÍVEL
(RETRAÇÃO INICIAL)
Ocorre logo após a fabricação úmida do
material devido à diminuição do seu teor de
umidade, até um determinado ponto (umidade
de equilíbrio com o ambiente). A retração que
ocorre é irreversível.
RETRAÇÃO DE SECAGEM REVERSÍVEL
A partir desse determinado ponto de equilíbrio até
o teor de umidade nulo (Estufa 105°C - 110°C )
ocorre uma retração contínua, que no entanto é
reversível, ou seja, ao se reumidecer o material ele
sofrerá uma expansão até a dimensão que possuia
após a retração inicial.
Bloco Cerâmico________ 0,0 a 0,1 mm/m
Bloco de Concreto______0,3 a 1,0mm/m
VARIAÇÃO TÉRMICA
O que provoca a deformação na alvenaria é o gradiente de
temperatura (externas e internas) que possa ocorrer durante
um determinado período e este gradiente se relaciona com a
amplitude do fenômeno.
As paredes externas ficam expostas diretamente ao sol,
apresentando um gradiente térmico elevado. De maneira
geral, a amplitude de expansão térmica na horizontal é mais
acentuada que a expansão vertical.
Bloco Cerâmico
As deformações com origem na variação térmica são mais
influentes que as causadas pela variação higroscópica.
Bloco de Concreto
As deformações de origem higroscópica são muito mais
intensas que as devidas a variação térmicas.
ESTANQUEIDADE 
É a capacidade dos componentes e elementos
em resistir à penetração água e impedir a passagem
de ar e gases ou penetrações de materiais sólidos em
suspensão, tais como, poeira, fuligem , etc.
Para as Paredes de alvenaria, utilizar:
- Revestimentos argamassados, em cerâmicas ou pedras 
naturais.
- Beirais
- Pingadeiras
ISOLAMENTO TÉRMICO
A capacidade de isolamento térmico necessário
às paredes de vedação é uma característica a ser
ponderada segundo as exigências mais gerais de
conforto térmico para as distintas regiões
climáticas do País.
ISOLAMENTO ACÚSTICO
Para o sistema de vedação vertical, este
requisito se refere à capacidade de
isolamento das fachadas.
Para as divisórias internas, deve-se
considerar as necessidades de privacidade
de cada ambiente, sobretudo nas paredes
de separação de unidades distintas.
SEGURANÇA AO FOGO
RESISTÊNCIAAO FOGO
Capacidade da parede de vedação e demais
componentes do sistema de vedação vertical em
apresentarem determinada resistência à ação do
fogo, durante certo período de tempo.
REAÇÃO AO FOGO
Contribuição dos materiais constituintes na
alimentação e propagação de um foco de
incêndio e no desenvolvimento de fumaça e
gases nocivos.
CONDIÇÕES SUPERFICIAIS
Se referem à alvenaria enquanto base e suporte
dos revestimentos argamassados e devem ser
enfocadas tendo em vista a necessária
compatibilização das superfícies em contato para
um bom desempenho dos revestimentos.
Caracteristícas mais importantes:
-textura
-porosidade
-homogeneidade
-integridade
TEXTURA
É determinada pela superfície dos blocos
empregados e pelo tratamento dispensado às
juntas.
A textura dos blocos pode variar de lisa a
áspera.
Quanto às juntas, a utilização de juntas
verticais vazias de pequena abertura pode
favorecer o agarre da argamassa de
revestimento.
POROSIDADE
A porosidade de uma superfície (diâmetro,
natureza e distribuição dos poros) é um dos
fatores determinantes da sua capacidade de
absorção d’água.
Blocos com alta capacidade de sucção
Utilizar argamassa que apresente elevada
capacidade de retenção de água ou fazer a
molhagem dos blocos, quando a situação o permitir.
Blocos com baixa capacidade de sucção
Aplicação de chapisco.
HOMOGENEIDADE
Visa assegurar as mesmas condições de
aderência em toda a extensão de aplicação dos
revestimentos.
Deve-se evitar a utilização numa mesma
parede de blocos de diferentes fabricantes, e
provavelmente, textura e porosidade bastante
diferenciados.
INTEGRIDADE
Visa assegurar a manutenção das condições de
homogeneidade descritas no item anterior.
As danificações à alvenaria ocorrem
principalmente nos serviços de instalações
hidro-sanitárias e elétricas, quando estas não
foram devidamente projetadas e planejadas.
COMPONENTES DE ALVENARIA 
DE VEDAÇÃO
- Blocos de Concreto
- Blocos Cerâmicos
- Blocos de Gesso
- Blocos de Concreto Celular Autoclavado
- Tijolos Cerâmicos Maciços
BLOCOS DE CONCRETO
Para se efetuar a fabricação na obra deve-se
tomar as seguintes providências:
a. Fazer estudo do traço em laboratório.
b. Executar os ensaios de acordo com as normas.
NBR-7184 - Blocos vazados de concreto simples para
alvenaria . Determinação da resistência à compressão.
NBR-12118 - Blocos vazados de concreto simples para
alvenaria. Determinação da absorção de água, do teor de
umidade e da área líquida – Método de ensaio
NBR-12118 - Blocos vazados de concreto para alvenaria -
Retração por secagem – Método de ensaio
c- Verificar se os blocos atendem ao especificado na
NBR-7173 - Blocos vazados de concreto simples para
alvenaria sem função estrutural - especificação, que é o
seguinte:
-Tolerâncias dimensionais- +3mm e -2mm
-Espessura da parede do bloco- mínimo de 15mm
-Resistência à compressão - média ≥ 2,5MPa
individual ≥ 2,0MPa
-Umidade - ≤ 40%
-Absorção de água - Média - ≤ 10%
individual - ≤ 15%
d- Fazer a cura correta e só utilizar 21 dias após a
fabricação.
e- Medir o desperdício, durante a fabricação e o
transporte.
BLOCOS CERÂMICOS – NBR – 15270-1
-Tolerâncias
dimensionais
Individual ≤ 5mm
Média ≤ 3mm
-Desvio em relação ao esquadro ≤ 3mm
-Planeza das faces ≤ 3mm
-Absorção de água de 8 % a 22 %
Bloco Cerâmico de vedação
Com furos na horizontal
Bloco Cerâmico de vedação
Com furos na vertical
Desvio em relação ao esquadro
Planeza das faces
-Resistência mecânica
Blocos com furos na horizontal > 1.0 Mpa
Blocos com furos na vertical > 1.0 Mpa
- Espessura dos septos(parede) do bloco
Parede interna > 6 mm
Parede externa ≥ 7 mm
Blocos com largura de 6,5 cm e altura de 19 cm serão
admitidos excepcionalmente somente em funções secundárias
( como em shafts ou pequenos enchimentos) e respaldados 
por projeto com identificação do responsável técnico.
COMPONENTES DE LIGAÇÃO
Funções:
-Unir solidariamente os componentes de
alvenaria e ajuda-los a resistir aos esforços
laterais;
-Distribuir uniformemente as cargas atuantes
na parede por toda a área resistente do bloco;
-Absorver as deformações naturais a que a
alvenaria estiver sujeita;
-Selar as juntas contra a penetração de água de
chuva;
TIPOS DE ARGAMASSA
- Cimento e areia;
- Cimento, cal e areia;
- Cimento, saibro e areia;
- Industrializada;
CARACTERÍSTICAS QUE A ARGAMASSA
DEVE APRESENTAR
1- Trabalhabilidade;
2- Capacidade de retenção de água;
3- Capacidade de aderência;
4- Resistência à compressão;
5- Retração na secagem;
6- Durabilidade;
ADERÊNCIA
É a interação entre os componentes da
alvenaria e o de ligação (argamassa). É a
responsável pela monoliticidade da alvenaria.
ADERÊNCIA
A aderência entre o bloco e a argamassa é
praticamente de origem mecânica. Ela se dá
por ação de encunhamento da argamassa na
superfície porosa e irregular do componente,
devido a continuidade entre a junta presente na
argamassa e a parte que penetra nos poros
desses componentes de vedação.
FATORES QUE INTERFEREM NA ADERÊNCIA
a) Qualidade dos Blocos
Sucção inicial, condições superficiais (textura, porosidade, etc).
b) Qualidade das argamassas
Capacidade de retenção de água, consistência e conteúdo de ar;
c) Qualidade da mão-de-obra
Tecnologia de assentamento e preenchimento de juntas, intervalo
de tempo entre o espalhamento da argamassa e a colocação dos
blocos e o intervalo de tempo entre a mistura e o uso da
argamassa, etc.
d) Condições de cura
Umidade relativa do ar durante a construção da parede,
intempéries a que estará submetida logo após sua execução, etc.
PROJETO DE ALVENARIA
Projeto de arquitetura;
 Projeto estrutural;
 Projeto de instalações elétricas, hidro-
sanitárias, telefônicas, incêndio, gás;
Projeto de impermeabilização.
Projetos Auxiliares
CONTEÚDO DO PROJETO 
DE ALVENARIA
Elevação das paredes, identificando 
o posicionamento das instalações e
das aberturas.
Especificação dos componentes;
 Planta de locação da primeira fiada e 
numeração das paredes;
CONTEÚDO DO PROJETO 
DE ALVENARIA
Relação de blocos, vergas e contravergas e 
telas metálicas.
Características das juntas entre componentes
e na ligação entre estrutura / alvenaria -
espessura e alinhamento;
Amarração entre fiadas e amarração da 
alvenaria com a estrutura;
Definição quanto ao uso de contravergas e seu 
posicionamento;
PLANTA DE LOCAÇÃO DE ALVENARIA
PLANTA DE LOCAÇÃO DE ALVENARIA (DETALHE)
ELEVAÇÃO - BLOCO DE CONCRETO
ELEVAÇÃO - BLOCO DE CONCRETO
ELEVAÇÃO - BLOCO CERÂMICO
ELEVAÇÃO - BLOCO CERÂMICO
ELEVAÇÃO - BLOCO CERÂMICO( DEITADO)
DETALHE TÍPICO DA LIGAÇÃO DA ESTRUTURA DE 
CONCRETO ARMADO COM A ALVENARIA ATRAVÉS DA 
COLOCAÇÃO DE UMA TELA METÁLICA
EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS
I - Levantamento das características de execução
da estrutura.
II - Preparação da superfície da estrutura para
receber a alvenaria.
III - Locação das alvenarias;
IV - Elevação das alvenarias;
V - Fixação superior da alvenaria;
VI - Detalhes de projetos e de construção;
I - LEVANTAMENTO DAS CARACTERISTÍCAS DA 
EXECUÇÃO DA ESTRUTURA
Verificação da estrutura de concreto armado
após a desforma para fazer um levantamento de
possíveis erros como:
- pilares desalinhados;
-vigas abauladas;
-vigas parcialmente fora dos planos determinado
pelos pilares.
Neste levantamento busca-se detectar grandes
falhas que possam determinar alterações, não só
na alvenaria a ser executada como na própria
estrutura.
II - PREPARAÇÂO DA SUPERFÍCIE DA ESTRUTURA PARA 
RECEBER A ALVENARIA
a- Limpeza do local
Com vassoura, devem ser retirados os respingos e restos de
argamassa ou de concreto, assim como de pregos.
b- Chapisco na estrutura
72 hs antes do início da execução da alvenaria.
b.1 Tradicional
Com argamassa de cimento e areia, traço médio de 1:3, em
volume, aplicado com colher de pedreiro lançado
energicamente contra a estrutura. Implica em elevado
desperdício em razão da reflexão da argamassa.
b.2 Rolado
Com argamassa de cimento e areia, geralmente no traço 1:4:5 
em volume, aditivada com resina PVA, nas proporções indicadas 
pelo fabricante, ou geralmente, no traço de 1 parte de PVA e 6 
partes de água. Aplicação com rolo de pintura texturizada, 2 a 3 
demãos. Deve apresentar uma camada rugosa em torno de 5 mm 
de espessura. Apresenta alta produtividade.
b.3 - Industrializado
Com argamassa colante, aplicada com desempenadeira dentada.
c) Definição da galga
Galga - determinação da altura das fiadas de alvenaria.
c.1- Nos pilares da estrutura - Com o auxílio de uma mangueira 
de nível ou com um aparelho de nível.
c.2- Com escantilhão - proporciona maior produtividade pela 
obtenção de fiadas devidamente alinhadas, niveladas e 
aprumadas.
c.3 - Com caibros ou barrotes - Maior dificuldade de 
posicionamento e menor precisão que o escantilhão.
d) Ligação do pilar com a a alvenaria
Utilização de telas metálicas eletrossoldadas de malha 15mm x 
15mm e fio de 1,65mm, com comprimento de 50 cm.
Seqüência de preparo da superfície estrutura / alvenaria
Limpeza do local Preparo da estrutura: chapisco 
rolado
Preparo da estrutura; chapisco 
com desempenadeira dentada
Definição da galga de alvenaria 
nos pilares da estrutura Aparelho de nível
Características de 
posicionamento das amarrações 
na alvenaria
Seqüência de execução para a fixação da tela 
metálica ao pilar
1- Após o preparo da superfície
estrutura / alvenaria -, marcar e
fixar a tela.
2- Preencher completamente a
junta horizontal onde as telas
serão colocadas
3- Ao Abaixar a tela, usar a
cantoneira como referência para a
dobra.
4- Disposição final da tela
assentada na junta horizontal de
argamassa.
LOCAÇÃO DAS ALVENARIAS
a- Documentos de referência
- Projeto de arquitetura
- Projeto de estrutura
- Projeto de alvenaria.
b- Recomendações
- Deve ser executado por um pedreiro ou equipe de pedreiros específica,
devidamente qualificados e treinados.
- Materializar os eixos de referência através de linha de nylon.
- Verificar o nivelamento da laje e se houver desnivelamento maior que 2cm
corrigir da seguinte maneira:
Depressão - preencher com argamassa de cimento e areia, um dia antes do
assentamento dos blocos.
Saliência - Remover
- Iniciar a locação pelas paredes da fachada, considerando-se o prumo do
conjunto de pavimentos que esteja sendo executado.
- Deve ser feita com o mesmo bloco da elevação das paredes.
- Marcar as faces das paredes a partir dos eixos de referência, usando
sempre o valor das cotas acumuladas, materializando-os pelo
posicionamento dos blocos das extremidades. Deve ser feita a verificação
da distribuição dos blocos nesta fiada, até mesmo para corrigir eventuais
distorções.
- Assentar os blocos das extremidades da parede e passar uma linha unindo
suas faces externas. Alternativamente, pode-se esticar duas linhas,
garantindo o adiantamento
e o prumo da fiada.
- Deve-se garantir o nível e o alinhamento dos componentes, o que deverá
ser feito com nível, prumo e linha.
- A argamassa de assentamento da primeira fiada deve ser a mesma
da elevação da alvenaria. No caso de utilização de argamassa
industrializada, na locação pode ser utilizada a argamassa feita em
obra. A espessura da camada de argamassa na fiada de locação pode
ser de 1 a 3cm, a fim de que possa absorver defeitos da laje.
- Os blocos da fiada de locação devem ser assentados com a junta
vertical preenchida.
- Para a marcação das galgas de portas e janelas pode-se utilizar
gabaritos metálicos, que possibilitam a marcação e a regularização
das laterais.
IV - ELEVAÇÃO DAS ALVENARIAS
Prazos mínimos ideais:
- Devem estar concretadas quatro lajes acima
do pavimento;
- Devem estar totalmente desformadas, duas
lajes acima do pavimento;
SITUAÇÕES EM QUE SE RECOMENDA 
O PREENCHIMENTO DA JUNTA VERTICAL
•Juntas das fiadas de marcação e de respaldo da alvenaria.
•Juntas entre os blocos em contato com os pilares e os
blocos seguintes da mesma fiada e juntas entre os blocos
localizados nas interseções de parede e os blocos seguintes
da mesma fiada. Estas juntas poderão ter espessura de até
35mm, servindo para ajustar o posicionamento na fiada
apenas de blocos inteiros ou de seus submúltiplos.
•Juntas entre paredes submetidas a esforços cisalhantes de
grande intensidade, como por exemplo: paredes muito esbeltas,
com altura/espessura superior a 30; paredes sujeitas a choques (
de garagem ) ; paredes dos pavimentos superiores em edifícios
muito altos submetidos a intensos esforços de vento.
•Juntas em paredes com extremidade superior livre, como por
exemplo: platibandas, paredes de varanda, paredes de área de
serviço.
•Juntas em paredes que serão muito seccionadas para
embutimento de instalações prediais.
•Juntas em trechos de parede de comprimento inferior a (altura
da parede)/3.
•Juntas em paredes que serão construídas em condições
adversas de velocidade de vento que comprometem a
estabilidade das mesmas pela junta ausência de junta vertical;
RECOMENDAÇÕES PARA ELEVAÇÃO
DAS ALVENARIAS
- O procedimento de utilização de juntas verticais
não-preenchidas só é possível quando se executar
juntas amarradas. Neste caso a amarração entre
os blocos e também entre paredes deverá ser de no
mínimo 1/4 da altura do componente, sendo
preferível a amarração a meio-bloco.
- As juntas horizontais de argamassa deverão ter
espessura de 10mm, não variando para menos que
8mm ou mais que 18mm.
- As juntas verticais secas devem variar entre
2mm e 6mm e as preenchidas entre 8mm e 18mm.
Ferramentas utilizadas para
assentamento da argamassa
1. Colher de pedreiro
2. Desempenadeira de madeira
3. Bisnaga
4. Meia-cana
Ferramentas utilizadas para assentamento da argamassa
- Os blocos que serão colocados no encontro
entre o pilar e a alvenaria, deverão ser
assentados com a argamassa da junta
vertical já colocada sobre ele, de modo que
seja comprimida fortemente contra o pilar
previamente chapiscado.
- A cada fiada executada, deverão ser
verificados o alinhamento e o prumo da
alvenaria.
FIXAÇÃO SUPERIOR DA ALVENARIA 
AO ELEMENTO ESTRUTURAL
casos possíveis
1. A alvenaria funciona como travamento da
estrutura.
2. A alvenaria não funciona como travamento e a
estrutura que a envolve é deformável.
3. A alvenaria não funciona como travamento e
está envolta por estrutura pouco deformável.
1- A alvenaria funciona como travamento da
estrutura;
a- cunha de concreto premoldados- abertura15cm.
b- encunhamento por meio de tijolos cerâmicos maciços
inclinados - abertura15cm.
c- preechimento com argamassa expansiva- abertura 2 a
3cm.
2- A alvenaria não funciona como travamento e a
estrutura que o envolve é deformável.
a- aplicação de espuma de poliuretano - abertura 2cm a
3cm.
b- aplicação de argamassa industrializada para
encunhamento.
c- emprego de argamassas industrializadas para
assentamento dos blocos, aditivada com polímeros.
3 - A alvenaria não funciona como travamento e
está envolta por estrutura pouco deformável.
- A fixação deve ser feita com a própria argamassa
de assentamento. Abertura - 2,6 cm a 3,6 cm.
SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 
DA FIXAÇÃO DA ALVENARIA
•Aplicar água com auxílio de uma broxa no local a se iniciar a fixação
da alvenaria, para limpar e umedecer o local.
•Fixar a alvenaria com o uso da bisnaga, empregando-se a argamassa
especificada em projeto.
•Nas paredes de fachada, preencher toda a junta até a metade da
alvenaria, pela face interna da parede.
•Quando da realização da limpeza, taliscamento ou chapiscamento da
fachada, realizar o restante do preenchimento da junta.
•O acabamento da junta deve ser realizado com a colher de pedreiro.
•No caso do espaço deixado para a fixação ter abertura maior que
35mm, a argamassa de fixação deverá ser colocada em duas camadas
com intervalo mínimo de 24 horas entre elas.
PLANEJAMENTO DA FIXAÇÃO DA ALVENARIA 
situações
IDEAL ALTERNATIVA RECOMENDADA
Inicia-se a fixação de cima para baixo.
Execução da estrutura até o último 
pavimento
Execução da estrutura de pelo menos 4 
pavimentos, livre de escoramentos.
Execução da elevação da alvenaria 
do pavimento superior aos inferiores
Início da elevação da alvenaria, de cima 
para baixo ( do 4° para o 1° pavimento)
Fixação da alvenaria de cima para 
baixo.
Execução da estrutura de mais 4 
pavimentos, 
Repete-se as operações anteriores até 
que se tenha pelo menos 50% da 
elevação da alvenaria executada.
•FONTE: Mércia M. S. B. De Barros in : Vedações verticais - Nota de aula , pp 26 - 27.
RECOMENDAÇÕES PARA A FIXAÇÃO DA ALVENARIA
limitações
PARA A EXECUÇÃO DA FIXAÇÃO;
• Último dos quatro pavimentos de alvenaria deverá ter sida executada há pela menos 30 dias.
• Estarem executadas as alvenarias dos três pavimentos acima do pavimento mais alto do lote
de quatro.
• Respeitar um prazo mínimo de 24horas entre o término da fixação de uma parede no
pavimento superior e a fixação da parede correspondente no pavimento inferior.
• Em edifícios sobre pilotis recomenda-se que a fixação das paredes do primeiro pavimento
seja postergada ao máximo.
•PARA A FIXAÇÃO DO ÚLTIMO LOTE DE PAVIMENTOS
•A elevação da alvenaria do último pavimento deverá ter sido executada há pelo menos 30
dias.
•Estar pronto o telhado (se houver) ou o isolamento térmico da laje de cobertura ( quando
o projeto prever laje impermeabilizada) .
•Quando não for possível nenhuma das duas alternativas, deve-se ser executado um
isolamento térmico provisório, a ser mantido até a execução definitiva da solução de
cobertura.
FONTE: Luiz S. Franco, Mércia M. S. B. De Barros e Fernando H. Sabbatini, in : Desenvolvimento de um Método Construtivo de
Alvenaria de Blocos de Concreto Celular Autoclavados, pp126.
DETALHES DE PROJETO 
E DE CONSTRUÇÃO
a- Vergas e contravergas
Devem ser executados quando os vãos excedem 0,50m.
Orientações Gerais:
•Apoio mínimo nas laterais para vergas e contravergas
deve ser de 0,20m.
•Deve-se especificar uma verga contínua na presença de
vãos sucessivos, cujas distâncias sejam inferiores a 0,60m.
•A seção transversal das vergas e contravergas deve ser, no
mínimo, correspondente à dos blocos.
BLOCOS DE CONCRETO 
VERGAS CONTRAVERGA
Comprimento da parede (m) < 6 6 a 8 > 8 < 6 6 a 8 < 6
Vão (m) < 2,4 < 2,4 < 2,4 < 2,4 < 2,4 2,4 a 3
Apoio mínimo (m) 0,2 0,3 0,4 0,3 0,4 0,6
VERGAS CONTRAVERGA
Comprimento da parede (m) <8 8 a 12 < 6 6 a 12
Vão (m) < 2,4 < 2,4 < 2,4 < 2,4
Apoio mínimo (m) 0,2 0,3 0,3 0,4
BLOCOS CERÂMICOS 
• FONTE: Fernando H. Sabbatini, José L. W. De Brito e Silvia M. S. Selmo, in : Recomendações para Construção de
Paredes de Vedação em Alvenaria, pp.113-114.
TIPOS DE VERGAS
E CONTRAVERGAS
1- Moldagem no local com formas de madeira.
2-Distribuição de barras de aço na junta de
argamassa.
3- Moldagem no local com o emprego de blocos tipo
canaleta.
4- Prefabricação de vergas e contravergas.
B- Embutimento de instalações.
- Embutimento das tubulações nos furos dos blocos
- Construção de paredes duplas.
- Execução do corte de alvenaria.
Máquina de corte.
Serra de disco de corte
- Interrupção de alvenarias para a passagem de prumadas.
O encaminhamento das tubulações deverá ser feito com
tela do tipo “Deployeé” ou de arame galvanizado do tipo
“pinteiro” e posterior encasquilhamento do vão e da
alvenaria.
- Quando da execução do revestimento, deverá ser prevista
a utilização de uma tela metálica na região da tubulação,
transpassando de cada lado no mínimo 0,30m.
a) Por travamento ( amarração)
JUNTAS ENTRE PAREDES
Construção de paredes duplas.
- Junta a prumo: 
preencher com argamassa
toda a área de encontro 
dos blocos.
b) Com telas metálicas eletrossoldadas
malha quadrada de 15mm x 15mm e fio de 1,65mm.
•Malha losangular de metal expandido de 12mm x 25mm e
cordão de 1,0mm ou 1,2 mm.
•Comprimento: igual a duas vezes a espessura da parede
mais estreita.
•Largura: equivalente à da parede mais estreita, menos
30mm.
JUNTAS DE CONTROLE 
Para paredes de grande dimensões, e têm por
objetivo limitar o comprimento da parede,
evitando concentrações de tensões.
A execução das juntas de controle deve ser ser
realizada a medida que a alvenaria vai sendo
elevada.
JUNTAS DE CONTROLE 
Exteriores Interiores
paredes SEM paredes COM paredes SEM paredes COM
aberturas (m) aberturas (m) aberturas(m) aberturas(m)
junta vertical junta vertical junta vertical junta vertical
tipo de componente b ( cm ) vazia ( *) preenchida vazia ( *) preenchida vazia ( *) preenchida vazia ( *) preenchida
concreto < 14 8 7 7 6 10 8 8 7
14 10 9 9 8 12 10 10 9
cerãmico < 14 10 8 8 7 12 10 10 8
14 12 10 10 9 14 12 12 10
concreto celular < 12,5 6 5 5 4 8 7 7 6
autoclavado 12,5 7 6 6 5 9 8 8 7
sílico calcário < 14 7 6 6 5 8 7 7 6
14 9 8 8 7 10 9 9 8
b = largura do componente em cm. Vazia(*)refere-se à junta não preenchida com argamassa




Nas situações em que a parede esteja fixada não rigidamente a uma estrutura
pouco deformável, as juntas de controle poderão ser preenchidas apenas com
uma argamassa resiliente, como, por exemplo, uma argamassa de cal,
recebendo externamente um acabamento com selante flexível.
• FONTE: Ércio Thomaz, in : Alvenaria para pequenas construções : Alguns dados para projetos e execução, pp.221.
CONECTORES DE CISALHAMENTO 
	Número do slide 1
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