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MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL PEQUENO GUIA PARA INICIAR UMA COLEÇÃO DE MINERAIS MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL Minerais sempre fascinaram e, através deles, desvendando suas propriedades e diferentes usos, o homem foi capaz de utilizá-los para diferentes finalidades. Ao olharmos ao redor, em nossos lares, escolas, escritórios, podemos perceber que praticamente todos os objetos e construções, bens tecnológicos etc têm uma série de minerais como base em suas constituições. Este pequeno guia prático não pretende se aprofundar nos detalhes mais complexos do mundo mineral, porém pretende ser um guia prático e bastante útil para o não especialista que queira ter algum conhecimento mínimo sobre os minerais e com isso possa também iniciar uma pequena coleção de minerais do Brasil. O objetivo, portanto, não é o de aprofundar no assunto, porém dar ao leigo algumas poucas informações que sejam suficientes para reconhecer alguns minerais brasileiros. A descrição deste guia segue uma ordem por regiões do Brasil, iniciando-se pela Região Sul. Isto não quer dizer que iremos encontrar os minerais somente nas regiões descritas. Apenas descrevemos aqui alguns dos principais minerais mais comuns e serem encontrados em cada região. Estes mesmos minerais, no entanto, podem ser encontrados nas demais regiões, embora alguns de ocorrência mais rara. Esperamos que o guia seja útil e ao menos possa introduzir os leitores interessados no fantástico mundo dos minerais. Geólogo Sergio Kleinfelder Rodriguez MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL DUREZA - A dureza é uma importante propriedade dos minerais. É uma forma de identificação e classificação simples que consiste na resistência que o mineral opõe ao ser riscado por um objeto ou outro mineral. A Escala de Mohs é uma escala relativa de dureza desenvolvida em 1812 pelo mineralogista alemão Frederich Mohs (1773-1839). Este selecionou dez minerais considerados por ele os mais comuns. Não é uma escala linear, na medida que as diferenças de dureza entre os minerais contíguos não se mantém constante. No entanto, pela facilidade de uso é, até hoje, de uso rotineiro em Mineralogia. A cada grau dessa escala atribui-se um número (de 1 a 10) e um nome de um mineral-padrão, sendo o 1 o talco e o 10 o diamante, 1500 vezes mais duro que o primeiro. Clivagem ou fratura - A clivagem é a a forma como muitos minerais se quebram seguindo planos relacionados com a estrutura interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam. A clivagem é descrita em cinco modalidades: desde pobre; moderada; boa; perfeita; e proeminente, como nas micas. A forma como os minerais se partem, ou se quebram, é o que define a clivagem. Brilho - O brilho de um mineral está relacionado com a maneira como esse mineral reflete a luz. Depende de numerosos fatores, entre os quais os índices de refração, a absorção da luz e as características da superfície estudada (lisa ou rugosa). O brilho de um mineral aumenta com a elevação do indíce de refração e diminui com a absorção da luz e a rugosidade da superfície. Não depende da cor.O brilho dos minerais pode ser de dois tipos: metálico e não metálico. Não há uma separação clara entre estes dois grupos. Alguns minerais que estão entre os dois tipos designam-se, por vezes, com o nome de submetálicos. Hábito - Hábito é a forma ou conjunto de formas que um mineral pode assumir. Sob esta denominação, inúmeras designações são incluídas como: grau de cristalinidade, forma de agregados, formas cristaslográficas, aspectos texturais, etc. Com apenas essas quatro características dos minerais podemos descrever um grande número de variedades minerais. Características dos Minerais. RECURSOS MINERAIS 21 18 22 12 10 15 13 ELEMENTO SUBSTÂNCIA MINERAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Tijolo Argamassa Fundações Contrapiso Telhado Calha Caixa d'água Fiação Pintura Lâmpada Aparelhos eletrônicos Vaso Cama Chuveiro Encanamento Louça sanitária Eletrodomésticos Butijão de gás Azulejos Automóvel Lajotas de piso Janelas/Esquadrias Argila Vermelha Calcário (cimento), areia e brita Calcário (cimento), areia, brita e ferro (armação) Calcário (cimento), areia e brita Argila (telha), betume, calcário, areia (acabamento) Zinco ou petróleo (PVC) Amianto e cimento Além desses elementos, o homem utiliza diversos bens minerais no seu dia-a-dia. Por exemplo: Alimentação - Sal, fosfato, potássio, calcário, nitrato etc; Embalagens - Alumínio, ferro, estanho, caulim, talco etc; Cobre e petróleo (conduites de PVC) Óxido de titânio (pigmento), gipsita (gesso) e calcário (cal) Wolfrâmio (filamento) e alumínio (soquete) Quartzo, silício metálico e germânio (transistores) Argila Vermelha Ferro ou cobre (armação), petróleo (espuma de PVC) Liga de cobre e zinco (caixa) e mica (isolante) Ferro, zinco, cobre e petróleo Argila branca, caulim e feldspato (esmaltados) Alumínio, cobre, fibras de vidro e petróleo Ferro e manganês (aço), gás natural ou de petróleo (GLP) Argila branca e feldspato Ferro, alumínio, cromo e petróleo (combustível) Argila vermelha, areia (vitrificados) e manganês (pigmentos) Ferro, alumínio e liga de cobre e estanho (bronze) Saúde e higiene - Água, caulim, talco, calcita, gipso etc; Transportes - Ferro, manganês, carvão, níquel, titânio etc; Bens de consumo - Ouro, prata, diamante, petróleo etc. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL Dependemos totalmente dos recursos naturais para nossa sobrevivência. Principalmente dos recursos de origem mineral. Imagine como seria sua vida sem os recursos minerais. 7:00 h Quarto 7:15 h Banheiro 8:00 h Transporte 18:00 h Happy Hour 21:00 h Leitura 22:30 h Quarto 12:30 h Restaurante Despertador Cristal de Quartzo Pasta de Dente Talco Automóvel (Disco de Freio) Aço, Alumínio, Petróleo Vermiculita Copos, garrafas Areia de quartzo (bebidas)Água Mineral Livro Caulim Travesseiro de Espuma Petróleo Alimentos (Fertilizante) e Calcário Argila (cerâmica) Apatita A geologia e a indústria mineral presente em todas as horas e em todas atividades cotidianas de nossas vidas. 8:30 h Escritório Informática Sílica, Terras Raras, , Ligas Metálicas Cobre MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL REGIÃO SUL MINERAIS DO BRASIL Características Geológicas. Duas grandes unidades geológicas ocorrem na região sul do Brasil Unidades mais antigas, de idade pré-Cambrianas (com mais de 540 milhões de anos) constituídas basicamente por rochas graníticas, gnaisses e outras de origem metamórfica. Ocorrem em uma faixa mais ou menos parelela ao litoral dos estados que compõe a regiaõ sul. O P r é - C a m b r i a n o e s t á compreendido entre o aparecimento da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, até o surgimento de uma larga quantidade de fósseis, que marca o início do período Cambriano da era Paleozóica do éon Fanerozóico, há cerca de 540 milhões de anos. As rochas do Pré-Cambriano, chamadas de cristalinas, possuem um potencial maior para determinados minerais e minérios. Porém, na regição sul, destancam-se minerais provenientes das rochas basálticas (ágata, ametista) e o carvão associado a rochas sedimentares. Para o interior dos estados, ocorrem rochas sedimentares da Bacia do Paraná e derrames de basalto. REGIÃO SUL MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL AMETISTADureza 7 - quartzo Brilho Cristalino Cor Violeta Clivagem Conchoidal Hábito Cristais Hexagonais A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo (SiO2), muito usada como ornamento. A ametista foi usada como pedra preciosa pelos antigos egípcios e era amplamente empregue na antiguidade por entalhadores. Contas de ametista foram encontradas em túmulos anglo-saxônicos na Inglaterra. Estudos recentes mostraram que a coloração da ametista é devida a impurezas férricas. Estudos complementares mostraram ainda que uma interação complexa entre ferro e alumínio é a responsável pela coloração. A ametista é um mineral amplamente distribuído, mas espécimes bonitos, adequados para uso como pedra preciosa, estão confinados a comparativamente poucos locais. Tais cristais ocorrem tanto em cavidades alongadas (veios) em rochas ígneas, geralmente basaltos como revestindo internamente (geodos) de ágata. Um geodo enorme (ou "grotto de ametista"), de perto de Santa Cruz do Sul, do Brasil, foi mostrado na exibição de 1902 em Düsseldorf, na Alemanha. F o n te : W ik ip e d ia Como identificar? A ametista pode ser facilmente identificada pela sua cor violeta, pela sua dureza 7 (capaz de riscar vidros e não ser riscada por uma ponta de canivete), cristais colunares hexagonais com terminações prismáticas. Não apresenta clivagem e ao ser quebrado exibe fraturas em forma de conchas (conchoidais). No Brasil, as melhores amostras provém da região Sul, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nesses locais estão associados aos basaltos da Bacia do Paraná. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL CARVÃO MINERAL Dureza baixa e variável Brilho metálico a opaco Cor preta ou marrom Clivagem imperfeita Hábito em camadas O carvão mineral (C) é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos chamados camadas de carvão. As formas mais duras, como o antracito, podem ser consideradas rochas metamórficas devido à posterior exposição a temperatura e pressão elevadas. É composto primeiramente por carbono e quantidades variáveis de enxofre, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.. Quanto maior o teor de carbono mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral; turfa, linhito, hulha e antracito, em ordem crescente do teor de carbono. É extraído do solo por mineração a céu aberto ou subterrânea. Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. As alterações climáticas registradas no mundo explicam por que o carvão ocorre em todos os continentes, mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir as camadas de turfa. F o n te : W ik ip e d ia Como identificar? O carvão mineral é considerado como uma rocha de origem sedimentar e não exatamente um mineral. Sua identificação se dá pela cor preta ou marrom, dureza baixa, podendo ser riscado com a unha, em alguns casos e podendo ter odor de óleo queimado.Ao tato, solta-se facilmente em pó preto, sujando as mãos. No Brasil, as melhores amostras provém da região Sul, principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, podendeo também ser encontrado no Paraná. Estão associados a sedimentos da Bacia do Paraná e são largamente explorados por mineradoras para produção de energia ou queima em altos fornos para produção de aço e outras ligas. Dureza 7 - quartzo Brilho Cristalino, sedoso Cor branco,cinza, azul em listras Clivagem Conchoidal Hábito Massa leitosa em geóide Ágata é uma subvariedade de Calcedônia, ou seja, é um tipo de quartzo (SiO2). Caracteriza-se pela variedade de cores, geralmente dispostas em faixas paralelas. A maioria das ágatas ocorre como nódulos em rochas eruptivas, ou antigas lavas, onde preenchem as cavidades produzidas originalmente pela desagregação do vapor na massa derretida, e então preenchido, completamente ou parcialmente, pela matéria silicosa depositada em camadas regulares em cima das paredes. Tais ágatas, quando cortadas transversalmente, exibem uma sucessão de linhas paralelas, frequentemente de extrema tenuidade, dando uma aparência unida à seção, e por isso tais minerais são conhecidas como ágata unida e ágata listrada. São associados a rochas ígneas como o basalto ocorrendo em nódulos que representam antigas bolhas de gás ou água ricos em dióxidos de silício e outros elementos. São esses outros elementos que marcam a coloração listrada do mineral, variando a cor de acordo com a presença de ferro, manganês ou outras impurezas junto à massa de dióxido de silício. F o n te : W ik ip e d ia Como identificar? A ágata normalmente é caracterizada por se apresentar como uma massa mineral listrada, muitas vezes concêntrica. Muito utilizada em decoração, suas cores comerciais como o violeta, róseo e outras cores mais fortes são obtidas artificialmente, através de coloração por tingimento químico. As ágatas do Rio Grande do Sul. maior produtor brasileiro, mostram cores branca, cinza, cinza- azulada, vermelha, preta, laranja e marrom. Estima-se que pelo menos 90% das ágatas vendidas no mundo são tingidas, mas daquelas procedentes do Rio Grande do Sul, consideradas as mais belas do mundo, cerca de 40% apenas passam pelo tingimento. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL ÁGATA Dureza 7 - quartzo Brilho Vítreo Cor Amarelo a avermelhado Clivagem Conchoidal Hábito Cristais hexagonais Citrino, também chamado de quartzo citrino (há várias outras denominações impróprias, como citrino-topázio) é uma variedade de quartzo de cor amarela, laranja, excepcionalmente vermelha. Basicamente, é um quartzo com impurezas férricas. A maior parte do citrino comercial é na verdade ametista ou quartzo fumado aquecido artificialmente. Contudo a pedra tratada termicamente pode apresentar diferenças, entre elas uma cor mais rosada característica da pedra original. O valor comercial, porém, é o mesmo, pelo menos no Brasil. O quartzo citrino é uma pedra preciosa de baixo preço, mais barata que a ametista, mas, mesmo assim muito apreciada e muito usada em joalheria. O Brasil e a Escócia são os maiores produtores mundiais de citrino. O Brasil lidera a produção de ametista, quartzo rosa e quartzo incolor. Esta variedade de quartzo é muitas vezes usado como substituto de muitas pedras preciosas amarelas, por exemplo topázio ou safiras. F o n te : W ik ip e d ia Como identificar? O citrino é um quartzo de coloração amarelada de brilho vítreo. Apresenta-se na forma cristalina de colunas hexagonais com terminações prismáticas. Sua fratura é do tipo conchoidal (em forma de concha) e sua dureza é 7, podendo riscar um vidro e não ser riscado pela ponta de um canivete. Ocorrem em rochas pré-Cambrianas e no Brasil é comum serem encontrados nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina em áreas com predominância de rochas do tipo granitóides, gnaisses e migmatitos. Normalmente ocorrem em veios nessas rochas. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL CITRINO MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL FLUORITA Dureza 4 - fluorita Brilho Vítreo Cor roxo, azul, verde Clivagem perfeita Hábito maciço ou granular A fluorita é um mineral comum, cujo nome provém do latim fluere devido a sua fácil fusão; é composto basicamente de fluoreto de cálcio (CaF2) usualmente encontrada em cristais cúbicos (sendo frequente também o hábito octaédrico), transparentes a translúcidos, de cor muito variável, com clivagem perfeita. Apresenta brilho vítreo, densidade relativa3.18. É o quarto termo da Escala de Mohs de dureza. Utilizada em siderurgia como fundente, na obtenção do ácido fluorídrico de onde se tira flúor e ítrio, bem como na indústria de vidros, esmaltes, instrumentos ópticos e cerâmica. A fluorita vem sendo produzida no Brasil para o uso principalmente na industria siderúrgica, para a fabricação de ferro-ligas. Encontra-se nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Santa Catarina. A fluorita dá o nome ao fenómeno de fluorescência, uma vez que muitas amostras fluorescem fortemente sob luz ultravioleta. A fluorescência pode dever-se a impurezas como o ítrio ou matéria orgânica contidas na estrutura cristalina. Exibe ainda termoluminescência. Como identificar? A fluorita é um mineral de dureza 4, pode ser riscado por um canivete. Apresenta-se em cores de tons azulados porém algumas amostras podem ter tons amarelados ou até avermelhados. Possui clivagem perfeita, rompendo-se em planos na forma de cubos ou em octaedros bi-piramidais. Pode ser utilizada como jóias, se lapidada, porém a baixa dureza não a qualifica como de alto valor. Apresenta flurescência se exposta à luz ultravioleta e termoluminescência emitindo luz se aquecido a baixa temperatura. Comumente está associado a minérios de chumbo, zinco, bário e estanho. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL GALENAGALENA Dureza 2,5 - acima do gesso Brilho Metálico Cor cinza chumbo Clivagem perfeita Hábito maciço, cristais cúbicos Galena é um mineral composto de sulfeto de chumbo, e o mais importante dos minérios do chumbo e praticamente o único. Cristaliza no sistema cúbico, quase sempre em octaedros. Tem cor de chumbo, com um brilho metálico intenso e densidade 7,5. É geralmente encontrada em companhia de quartzo, esfalerita e fluorita. Serve para extração também de prata, pois geralmente contém este metal. Fórmula química: PbS. A galena é um semicondutor e foi utilizado na confecção de diodos detectores antes da popularização do uso de dispositívos de germânio ou silício. É bastante conhecida entre os aficionados em eletrônica por propiciar a confecção de um rudimentar receptor de rádio que não utiliza qualquer tipo de fonte de energia externa para funcionar, o rádio de galena. Ocorre em raros depósitos de sulfetos podendo ser encontrado no Estado do Paraná, na região do Vale do Ribeira onde antigas áreas de exploração ainda extraem esse tipo de minério tanto para aproveitamento de chumbo quanto para obtenção de prata. Como identificar? A galena é facilmente identificada pelo seu brilho metálico cinza chumbo, alta densidade onde a amostra se mostra bem mais pesada se comparada com uma outra de mesmo tamanho ou volume, de outro mineral, e pela forma de seus cristais cúbicos com clivagem perfeita. Seu uso é exclusivo para obtenção de chumbo embora as amostras costumam chamar a atenção devido ao brilho metálico de seus cristais. Dureza baixa, pode ser riscada com uma moeda. Com ácido clorídrico exala forte odor de enxofre presente em sua composição química. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL PIRITA Dureza 2,5 - acima do gesso Brilho Metálico Cor cinza chumbo Clivagem perfeita Hábito maciço, cristais cúbicos Pirita é um dissulfeto de ferro, FeS2. Tem os cristais isométricos que aparecem geralmente como cubos, mas também frequentemente como octaedros ou piritoedros (dodecaedros com faces pentagonais). Tem uma fratura ligeiramente desigual e conchoidal, uma dureza de 6-6.5 na escala de Mohs, e uma densidade de 4,95 a 5,10. Devido ao seu brilho metálico e à cor amarelo-dourada, recebeu também o apelido de ouro-dos-tolos; ironicamente, contudo, pequenas quantidades de ouro podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. De fato, dependendo da quantidade de ouro, a pirita aurífera pode mesmo ser uma fonte valiosa deste metal precioso. Em piritas podem ocorrer também arsênio, níquel, cobalto e cobre. Mineral bastante comum e de larga distribuição de ocorrências, pode ser encontrado na região do Vale do Ribeira, no Paraná em maiores proporções ou em folhelhos (sedimentos argilosos) da bacia do Paraná, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como nos depósitos de carvão de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como identificar? A pirita é facilmente identificada pelo seu brilho metálico dourado pálido e por seus cristais normalmente cúbicos. alta densidade onde a amostra se mostra bem mais pesada se comparada com uma outra de mesmo tamanho ou volume, de outro mineral, e pela forma de seus cristais cúbicos com clivagem perfeita. Seu uso é exclusivo para obtenção de chumbo embora as amostras costumam chamar a atenção devido ao brilho metálico de seus cristais. Dureza baixa, pode ser riscada com uma moeda. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL MALAQUITA Dureza 3,5 - abaixo da fluorita Brilho Opaco Cor verde com manchas Clivagem irregular Hábito botrioidal (couve-flor) Malaquita é um mineral do grupo dos carbonatos (carbonato de cobre) com dureza entre 3,5 e 4 na Escala de Mohs. Seu sistema cristalino é monoclínico, e frequentemente forma massas botrioidais, fibrosas ou estalagmíticas. A malaquita geralmente resulta da alteração de minérios de cobre e ocorre frequentemente associada com azurita, goethita e cuprita. À exceção da cor verde, as propriedades da malaquita são muito similares àquelas da azurita, e agregados conjuntos dos dois minerais são encontrados com frequência, embora a malaquita seja mais comum do que a azurita. Foi usado como um pigmento mineral em pinturas verdes da antiguidade até aproximadamente 1800. O pigmento é moderadamente resistente à luz, muito sensível a ácidos e variável na cor. O tipo natural tem sido substituído por sua forma sintética, verditer entre outros verdes sintéticos. Ocorre no Estado do Rio Grande do Sul, onde há mineração de cobre, em Camacuã e no Paraná, na região do Vale do Ribeira. Como identificar? A malaquita de cor verde característica ocorre associada à azurita (de cor azul). Apresenta dureza baixa, riscada facilmente com um canivete. Seu hábito botrioidal (semelhante a uma couve-flor ou brócolis) ajuda na identificação de amostras, porém sua cor e dureza baixa são bem características. Por ser um carbonato, reage com o ácido clorídrico. É um dos minérios de cobre que é um dos metais mais consumidos mundialmente, ultrapassado apenas pelo ferro e pelo alumínio. MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL CALCITA A Calcita é um mineral com composição química CaCO3 (carbonato de cálcio), com clivagem romboédrica perfeita. Cristaliza em uma grande variedade de formas e também como estalactites em cavernas. Pode ser fluorescente e fosforescente. É fonte de cálcio e cal, sendo importante também como pedra decorativa (mármore-ônix) e em instrumentos óticos (quando límpida e incolor). Principal constituinte dos calcários e mármores, ocorrendo também em conchas, como cimento em rochas sedimentares e em carbonatitos. São comuns de se encontrar, porém no Paraná, na região do Vale do Ribeira, algumas amostras são muito bonitas em extração de minas de calcário da região. Nas áreas sedimentares também podem ser encontradas como minerais preenchendo fraturas das rochas. Como identificar? A calcita possui dureza baixa, sendo riscada pela maioria dos minerais, exceto talco, gesso e poucos outros. Geralmente de cor branca ou amarelada, possui planos de clivagens perfeitas em forma de romboédro (com faces losangulares). Reage com ácido clorídrico, efervescendo. Cristais límpidos apresentam birefração, onde a imagem de algum objeto se vê duplicada ao atravessar o cristal. Tem ocorrência ampla nos estados da região sul, sendo encontrada em várias localidades. Dureza 3 - calcitaBrilho Opaco a vítreo Cor branco, amarelo, azul Clivagem Perfeita Hábito cristais romboédricos MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL Quartzo Rosa Dureza 7 - vítreo Brilho Vítreo Cor rosa claro Clivagem Conchoidal Hábito maciço, colunar hexagonal Quartzo rosa ou Quartzo róseo é um tipo de quartzo, que tem uma tonalidade cor-de-rosa clara (mais luminosa e brilhante). A cor deve-se geralmente a uma quantidade pequena de impurezas de titânio no material maciço e, como tal, raramente se encontra na forma de cristal. A verificar-se, a sua cor deve-se a um fosfato e não a uma impureza. Os primeiros cristais foram encontrados em pegmatitos próximos a Rumford, Maine, EUA, mas a maioria de cristais no mercado vêm de Minas Gerais, Brasil. Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem ser encontrados em depósitos pouco econômicos associados a pegmatitos e rochas graníticas. Não é muito popular como gema facetada porque sua cor cor-de-rosa é frequentemente demasiado pálida e as pedras são sempre ofuscadas, e tenham, muito frequentemente, falhas grandes. Quando o quartzo cor-de-rosa é cortado em cabochons, ou arredondado em grânulos para colares ou esculpido, torna-se de longe mais eficaz. Como identificar? A fluorita é um mineral de dureza 4, pode ser riscado por um canivete. Apresenta-se em cores de tons azulados porém algumas amostras podem ter tons amarelados ou até avermelhados. Possui clivagem perfeita, rompendo-se em planos na forma de cubos ou em octaedros bi-piramidais. Pode ser utilizada como jóias, se lapidada, porém a baixa dureza não a qualifica como de alto valor. Apresenta flurescência se exposta à luz ultravioleta e termoluminescência emitindo luz se aquecido a baixa temperatura. Comumente está associado a minérios de chumbo, zinco, bário e estanho. MELHOR COLOCAR EM MINAS GERAIS SUDESTE MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL Por apenas R$29,90 saiba como se tornar um Perito Judicial em Meio Ambiente. Campos de trabalho, legislações, conflitos ambientais e outros assuntos referentes ao campo de atuação do Perito Ambiental são explicados em 113 páginas com textos e ilustrações e modelos de documentação necessária para você se tornar um Perito Ambiental. Havia um tempo em que a formação profissional era voltada à geração de especialistas. Assim, as Universidades ofereciam cursos para formar Advogados, Engenheiros, Biólogos, Geólogos, Arquitetos, Agrônomos, Médicos, Jornalistas, Economistas e tantos outros, onde, cada qual, com suas respectivas especialidades construíam um mundo espelhado em seus próprios conhecimentos. E, este mundo criado na imagem dos especialistas foi crescendo e se agigantando em seus problemas aparentemente simples, no início, porém cada vez mais complexos frente a cada intervenção isolada que cada um, no seu devido entendimento elementar dos problemas, ousava ter a solução. Passou-se, tardiamente, lá pela década de 1980, a prezar um entendimento “holístico” para a solução dos problemas criados pelo homem e sua civilização cada dia mais desenvolvida e mais sedenta por desenvolvimento. Reuniram-se, então os Advogados, Engenheiros, Biólogos, Geólogos, Arquitetos, Agrônomos, Médicos, Jornalistas, Economistas e tantos outros, e produziram ... (continua no ebook)... O Perito Ambiental é uma das personagens surgidas com a tal da nova geração descrita acima. Carrega algum conhecimento específico advindo de sua formação e alguma bagagem extra adquirida com um pouco de conhecimento difuso na matérias de Direito, Engenharia, Biociências, Geociências, Arquitetura, Agronomia, Medicina, Imprensa, Economia e um tantinho mais, se possível. E quando não possível, ter a ética suficiente para saber que deve recorrer ao profissional certo, com a formação adequada para o entendimento necessário. Ac es se ww w. sk lei nc on su lto ria .co m. br e ad qu ira se u e bo ok (p ag am en to co m ca rtã o o u d ep ós ito ba nc ár io) MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL PEQUENO GUIA PARA INICIAR UMA COLEÇÃO DE MINERAIS Este ebook foi dividido em 5 partes de acordo com cada região do Brasil. Nos próximos dias estaremos distribuindo gratuitamente as páginas referentes as regiões centro-oeste, norte, nordeste e sudeste. Para que isto seja possível, apenas solicitamos que você compartilhe nas redes sociais o link para seus amigos também poderem baixar este e os demais arquivos deste ebook gratuíto. Agradecemos sua colaboração. Abraço Sergio K SKLEIN Consultoria www.skleinconsultoria.com.br MINERAIS DO BRASIL REGIÃO SUL PEQUENO GUIA PARA INICIAR UMA COLEÇÃO DE MINERAIS www.skleinconsultoria.com.br Se gostou da ideia curta e compartilhe. Pró xim o F as cíc ulo RE GI ÃO CE NT RO OE ST E: Minerais sempre fascinaram e, através deles, desvendando suas propriedades e diferentes usos, o homem foi capaz de utilizá-los para diferentes finalidades. Ao olharmos ao redor, em nossos lares, escolas, escritórios, podemos perceber que praticamente todos os objetos e construções, bens tecnológicos etc têm uma série de minerais como base em suas constituições. Dr. Sergio K Rodriguez BAIXE GRÁTIS
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