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Apostila formas farmacêuticas e vias de administração

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FORMAS FARMACÊUTICAS 
PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
VIAS de ADMINISTRAÇÃO 
PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
VIAS de ADMINISTRAÇÃO 
Aviso Importante 
Esta publicação é parte de projeto de monitoria desenvolvido pelo 
acadêmico de Medicina Flávio Mendes, sob orientação da 
 Professora Dra Mirna Brayner e da Professora Dra Lissiana Magna, 
responsáveis pela disciplina de Farmacologia na 
 Faculdade de Medicina UFC - Sobral. 
 Esse Material foi idealizado como ferramenta didática para 
complementação bibliográfica dos acadêmicos do 2º semestre 
no módulo de Princípios de Farmacologia e não possui 
nenhum fim lucrativo. 
Farmacologia de Sobral - LASF 
 
Av. Comandante Mauricélio Rocha Ponte, 100 Derby 
CEP:62042-280 – Sobral/CE (88) 3611 - 8000 
 
https://sites.google.com/site/farmacologiasobral/ 
https://www.facebook.com/farmacologia.sobral?fref=ts 
Flávio Mendes 
Acadêmico de Medicina 
FAMED - Sobral 
 O conhecimento das formas farmacêuticas e 
das vias de administração é extremante importante 
para o exercício pleno da prática clínica diária do 
profissional médico, sendo determinante no 
estabelecimento de tratamento farmacológico eficaz. 
 
 O acadêmico de Medicina, entretanto, 
encontra certa dificuldade na construção desse 
conhecimento, tendo em vista à escassez de 
referências bibliográficas confiáveis que estejam 
adaptadas à realidade do cotidiano clínico no qual 
está inserido. 
 
 Tendo em vista essa lacuna, a Disciplina de 
Farmacologia da Faculdade de Medicina de Sobral 
– FAMED Sobral, na pessoa de suas representantes, 
Dra Mirna Brayer e Dra Lissiana Magna 
 Vasconcelos e o monitor Flávio Mendes 
 desenvolveram o presente trabalho cujo 
 intuito é otimizar o processo de 
 aprendizagem dos acadêmicos de Medicina 
 da FAMED-sobral, especialmente, daqueles 
 presentes no Módulo de Princípios de 
 Farmacologia, ministrado 
 no 2º semestre do 
 referido curso. 
 
4 
 SUMÁRIO 
1. Conceitos importantes......................................... 6 
2. Vias de Administração.........................................10 
1. Introdução.....................................................11 
2. Classificação.................................................11 
3. Vias de administração enteral...................12 
4. Vias de administração parenteral.............15 
3. Formas farmacêuticas..........................................21 
1. Introdução.....................................................22 
2. Classificação.................................................24 
1. Formas sólidas.......................................24 
2. Formas semissólidas.............................25 
3. Formas líquidas.....................................26 
4. Formas gasosas....................................27 
4. Referências Bibliográficas...................................28 
 
 
Concei tos 
Impor tantes 
CAPÍTULO 1 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
O coração do entendido adquire o conhecimento, e 
o ouvido dos sábios busca a sabedoria. 
Provérbios 18:15 
 1. TERMINOLOGIA 
Antes de iniciarmos o estudo das principais formas farmacêuticas e vias de 
administração faz-se necessária a compreensão de alguns termos e conceitos que 
serão utilizados durante o curso de Princípios de Farmacologia. 
 
• Droga: toda substância química capaz de modificar funções biológicas, com 
finalidade terapêutica ou não . 
 
• Fármaco: toda substância capaz de alterar ou modificar as funções biológicas com 
finalidade terapêutica. 
 
• Tóxico: é a droga ou fármaco utilizado de maneira adversa à finalidade terapêutica 
 
• Medicamento: é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com 
finalidades: 
− de reposição (hormônios) 
− profilática (creme dental com flúor) 
− curativa (antimicrobianos) 
− paliativa (analgésicos) 
− contraceptiva (pílulas anticoncepcionais) 
− diagnóstica (evidenciadores de placa bacteriana, contrastes radiológicos) 
 
O MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA é conceituado como o produto inovador 
registrado no órgão federal responsável pela Vigilância Sanitária e comercializado no 
País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao 
órgão federal competente, por ocasião do registro. Quando o fabricante registra um 
medicamento original, o laboratório (fabricante) é beneficiado pela Lei das Patentes 
(Lei Nº 9.279, de 14/05/1996) que inclui todos os produtos comerciais originais, assim 
como os medicamentos, tornando a fórmula do medicamento uma propriedade 
exclusiva do fabricante, portanto, não podendo ser reproduzida sem a sua licença 
durante certo período de tempo. Após o vencimento do prazo legal (estabelecido pela 
Lei das Patentes), a fórmula torna-se um patrimônio público podendo ser reproduzida 
por outros laboratórios. 
 
IMPORTANTE ! 
REMÉDIO é qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, 
incluindo a sugestão, a massagem, o fármaco ou qualquer outro procedimento 
terapêutico, sendo esta palavra muito utilizada pelo leigo como sinônimo apenas 
de fármaco ou especialidade farmacêutica. Tecnicamente, esse termo não deve 
ser utilizado como sinônimo de medicamento. 
• .Especialidade farmacêutica é o medicamento industrializado, cuja fabricação é 
regulamentada por normas governamentais, com fórmula conhecida e de ação 
terapêutica comprovada, embalado de modo uniforme e comercializado com um 
nome convencional, sendo, portanto, o produto oriundo da indústria farmacêutica 
com registro na ANVISA, e, disponível no mercado. 
 
• Medicamento Genérico consiste no medicamento semelhante a um produto de 
referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente 
produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos 
de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado 
pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. No Brasil, os medicamentos genéricos 
para serem comercializados devem ser identificados na embalagem com uma tarja 
amarela, contendo uma grande letra G, e, a inscrição Medicamento Genérico, 
conforme a Lei dos Medicamentos Genéricos (Lei Nº 9.787, de 1999), e, a 
Resolução–RDC Nº 102 de 30/11/2000 (publicada pela ANVISA) que regulamenta 
todas as formas de propaganda de medicamentos neste País. 
 
• Biodisponibilidade corresponde à fração do fármaco administrada que alcança a 
circulação sistêmica, incluindo a sua curva de concentração, e, de tempo na 
circulação sistêmica (podendo depender também da sua excreção urinária). Quando 
dois fármacos têm a mesma biodisponibilidade são também citados como 
bioequivalentes. Portanto, podendo ser substituído um fármaco pelo o outro, sendo 
considerados intercambiáveis. 
 
• Bioequivalência é o estudo comparativo entre as biodisponibilidades do 
medicamento de referência (geralmente a especialidade farmacêutica), e, do 
genérico correspondente, sob a mesma forma farmacêutica, e, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s). Dois fármacos são 
bioequivalentes quando apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos para 
alcançar picos de concentração sangüíneas semelhantes. 
 
• Excipientes: Qualquer material além dos ativos que existem numa formulação 
farmacêutica. As Suas funções são: ajuste do volume e massa da formulação, 
coerência física de partículas com drogas ativas, controle de desintegração de 
comprimidos, proporcionar camadaprotetora, eliminar gosto, colorir (para 
identificação visual), controlar liberação dos princípios ativos. Ex: conservantes, 
agente tampão, flavorizantes, umectantes, solvente, corante, agente acidulante ou 
alcalinizante, adsorvente, propulsor de aerossol, edulcorante. 
 1. TERMINOLOGIA 
• Bioequivalência é o estudo comparativo entre as biodisponibilidades do 
medicamento de referência (geralmente a especialidade farmacêutica), e, do 
genérico correspondente, sob a mesma forma farmacêutica, e, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s). Dois fármacos são 
bioequivalentes quando apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos para 
alcançar picos de concentração sangüíneas semelhantes. 
 
• Medicamento Similar – aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios 
ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de 
referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo 
diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo 
de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser 
identificado por nome comercial ou marca. No registro dos medicamentos 
similares não são exigidos os testes de bioequivalência. 
 
• Fórmulas Farmacêuticas Oficinais – Fórmulas constantes das Farmacopéia 
Brasileiras ou de outros compêndios oficiais reconhecidos pelo Ministério da Saúde. 
(Fonte: Conselho Federal de Farmácia). 
Exemplo: 
Preparar: 
Digluconato de clorexidina 0,12% 
Água Mentolada q.s.p................500 mL 
 
• Fórmulas Farmacêuticas Magistrais - Fórmulas constantes de uma prescrição 
que estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia. (Fonte: 
Conselho Federal de Farmácia) 
Ex: Ácido Acetilsalicílico 500 mg comprimidos 
 
• Fórmulas Farmacêuticas de especialidades - Produto oriundo da indústria 
farmacêutica com registro no Ministério da Saúde e disponível no mercado 
(Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999). 
Exemplo: Novalgina® nome genérico do princípio ativo: dipirona 
 
 
 1. TERMINOLOGIA 
Vias de 
Admin is t ração 
CAPÍTULO 2 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
"A sorte favorece a mente preparada" 
Louis Pasteur 
 2.1 INTRODUÇÃO 
 As vias de administração são estruturas orgânicas com as quais a droga 
toma contato para iniciar uma série de processos que visam seu efeito farmacológico. 
A absorção pode ser definida de uma forma simples como a passagem de uma droga 
a partir do local de administração para a corrente sanguínea. 
 
 A administração de medicamentos deve ser realizada com eficiência, 
segurança e responsabilidade, a fim de que sejam alcançados os objetivos da 
terapêutica implementada e, dessa forma, uma melhora no quadro clínico do paciente. 
Para tanto, deve-se ter conhecimento de alguns dados quanto ao processo de 
administração: informações farmacológicas do medicamento (farmacocinética, 
farmacodinâmica, dose máxima e efetiva, além do intervalo entre as doses etc.), bem 
como métodos, vias e técnicas de administração. O método de administração dos 
medicamentos depende da rapidez com que se deseja a ação da droga, da natureza e 
quantidade da droga a ser administrada e das condições do paciente. As condições do 
paciente determinam, muitas vezes, a via de administração de certas drogas. Por 
exemplo, um paciente que chega à emergência com um quadro de dor intensa, deve 
receber a administração de um analgésico, preferencialmente, por uma via de cuja 
ação farmacológica seja rápida, como a via endovenosa ou intramuscular , e não uma 
via cuja ação farmacológica se manifesta de modo lento como a via oral. 
2.2 CLASSIFICAÇÃO 
As vias de administração podem ser agrupadas em dois grandes grupos: 
 
• Enterais, nas quais o trato gastrointestinal (TGI) é usado para entrada da droga 
 
• Parenterais, na quais vias extra gastrointestinais são utilizadas. 
 
Essas vias podem ser ainda sub-agrupadas em Parenterais diretas (o acesso se faz 
por injeção) Parenterais indiretas (o acesso a elas dispensa o uso de injeção). 
2.2 CLASSIFICAÇÃO 
 Nas vias de administração enteral como descrito anteriormente podem 
ser são utilizadas porções do TGI podem ser utilizadas como porta de entrada do 
fármaco. São as vias mais comuns pela facilidade de auto administração e pela 
possibilidade acompanhamento ambulatorial do paciente, ou seja, em geral, não exige 
técnica específica para utilização. Além disso, apresentação relativamente baixo custo, 
apresentam grande aceitação pelo paciente. Do ponto de vista farmacocinético são 
relativamente seguras, porque através delas se atinge concentrações graduais no 
fármaco, o que reduz o risco de intoxicação.. 
ENTERAIS 
PARENTERAIS 
Diretas Indiretas 
Oral Intravenosa Cutânea (tópica) 
Bucal Intramuscular Respiratória 
Sublingual Subcutânea Conjugival 
Retal Intradérmica Geniturinária 
Intra-arterial Intracanal 
Intracardíaca 
Intratectal 
Peridural 
Intra-articular 
2.2.1Vias de Adm. Enteral 
Quadro 1 Principais vias de administração 
 Entretanto, não são as vias mais indicadas quando se deseja efeitos 
mais imediatos, como no caso de pacientes na emergência hospitalar, bem como em 
pacientes com rebaixamento da consciência e pacientes alguns pediátricos. Pacientes 
com quadro de êmese (vômitos) também está contra indicado devido ao risco de não 
absorção do fármaco. Uma outra desvantagem dessas vias é a possível interação do 
fármaco com as secreções do TGI e com alimentos, o que pode dificultar a absorção, 
como no caso de fármacos lipossolúveis e como na ingestão de tetraciclinas e 
derivados lácteos e alimentos ricos em cálcio (quelação). Contudo, geralmente, a 
maior desvantagem do uso das vias enterais é o metabolismo de primeira passagem 
pela qual os fármacos passam antes de serem chegar ao sítio de ação. 
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM 
 
Também conhecida como eliminação de primeira passagem, consiste na 
biotransformação sofrida pelos fármacos no fígado antes de chegarem a 
circulação sistêmica, o que em geral, diminui as concentrações do 
fármaco e se não ajustada dose e concentrações iniciais dos fármacos 
podem interferir nos efeitos farmacológicos finais. 
Via oral 
 Essa via, dentre as enterais, é mais usada já que a deglutição é o 
mecanismo pelo qual o fármaco entra no corpo. As principais formas farmacêuticas 
utilizadas são: comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, 
xaropes e soluções. 
Via bucal 
 Via utilizada para a administração de fármacos com efeitos locais. 
Os fármacos estão, geralmente associados, a compostos que proporcionem maior 
aderência para compensar a ação diluidora da saliva. Formas Farmacêuticas: 
soluções, géis, colutórios, oralbases, dentifrícios, vernizes e dispositivos de 
liberação lenta. Os Fármacos pode ser administrados por: fricção, instilação, 
irrigação, aerossol e bochechos. 
 O uso dessa via se baseia na utilização da mucosa sublingual, 
ricamente vascularizada, e do epitélio pouco espesso, para a absorção de fármacos 
para efeito sistêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Além disso, embora sejam usados comprimidos como principal forma 
farmacêutica para essa via, é importante lembrar que estes devem ser utilizados se 
forem adaptados a ela (rápida desintegração e solubilidade adequada) senão 
podem não haver grandes vantagens no seu uso. 
Via sublingual 
IMPORTANTE: 
Com o uso via dessa via, evita-se, então, o metabolismo de primeirapassagem, contudo muitos fármacos não podem ser administrados por 
ela por suas características físico-químicas. 
Via retal 
 Essa via consiste na aplicação pelo reto de medicamentos para 
atuarem localmente ou produzirem efeitos sistêmicos. Utilizada, principalmente, em 
pacientes com vômitos, crianças que não sabem deglutir. 
 
Fornece proteção parcial dos fármacos pois 50% de sua drenagem venosa é 
feita para o fígado ( circulação porta-hepática). 
 
 É uma via não muito usada para efeitos sistêmicos pelo fato da oral 
ser possuir maior aceitação, embora apresente menor metabolismo de primeira 
passagem do que a oral. As principais formas farmacêuticas encontradas no 
mercado para esse fim são: soluções, pomadas, cremes, suspensões e 
supositórios. 
 Como referido ,anteriormente, as vias parenterais não utilizam o 
TGI como porta de entrada para os fármacos no organismo. Em geral , são vias 
que exigem profissional treinado para sua realização, já que necessita de técnica 
adequada, sem a qual danos podem ser gerados durante a administração do 
fármaco. Dentre as principais vantagens está o fato de na maior parte delas os 
fármacos não sofrerem metabolismo de primeira passagem. Veremos a seguir as 
principais vias de administração parenteral e suas peculiaridades., 
2.2.2 Vias Parenterais 
 Certamente, no âmbito hospitalar, essa via é uma das mais 
utilizadas. Através dela, é possível assegurar uma concentração plasmática 
ideal de fármaco ao paciente, proporcionando uma terapêutica eficiente. É 
possível administrar fármacos a pacientes com grau da consciência rebaixado, 
pacientes com quadro de êmese (vômitos), bem como administrar soluções 
de grande volume, como soro fisiológico, soro glicosado e soro Ringer lactato. 
 
 Algumas características são importantes para que uma substância 
possa ser injetada pela via intravenosa: 
 
• não ser hemolítica; 
• não coagular as albuminas; 
• não produzir embolia ou trombose; 
• não conter pirogênio; 
 
 Em geral, podemos dizer que substâncias irritantes, que não estejam 
enquadradas nos quesitos acima, são administradas via endovenosa pela 
“facilidade” de dispersão e consequente diluição daquele agente químico pela 
corrente sanguínea, de modo mais rápido, reduzindo essa ação irritante local, 
diferentemente da via intramuscular que concentraria essa substância em local. 
 
 A via endovenosa, em relação às condições do paciente, apresenta 
alguns aspectos que devem ser levados em consideração à sua escolha, como: 
 
• a dificuldade de se encontrar veias adequadas à picada; 
• a presença de tecidos com muitos hematomas ou mesmo feridos; 
• a intensa dor sentida pelo paciente à aplicação, devida a sua doença ou outro 
motivo 
 Via endovenosa 
 Também é provável a ocorrência de reações desfavoráveis, na 
aplicação via venosa. Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo. 
Injeções intravenosas repetidas dependem da capacidade em manter uma veia 
permeável. Em geral, a injeção intravenosa deve ser administrada lentamente e 
com monitorização constante das reações do paciente. É importante ressaltar 
que a aplicação de drogas depende, além das condições já propostas, do 
equipamento e do "aplicador", seja médico, enfermeiro ou outro profissional da 
área de saúde. O equipamento deve ser adequado a cada método, devendo ser, 
entre outras qualidades, descartável. O "aplicador" do método deve ser 
capacitado de praticá-lo, já que tem em suas mãos uma grande 
responsabilidade. 
 Via intramuscular 
 Na via intramuscular a injeção deposita o fármaco profundamente no 
tecido muscular, o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta 
via de administração fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses 
relativamente grandes (até 5ml em locais adequados). 
 
 Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de 
Reação Anafilática, através da administração Intramuscular de Betametazona ou 
Dexametasona (Disprospan R ou Decadron R), como conduta emergencial ( MENDES 
et al, 1988 ). 
 
 Além desses casos, a via é recomendada para os pacientes não 
cooperativos ou aqueles que não podem tomar a medicação via oral e para as 
medicações que são alteradas pelo suco digestivo. De modo geral, essa via é escolha 
para substâncias menos hidrossolúveis ou com grande risco de cristalização e 
formação de êmbolos, como no caso da Penicilina Benzatina (Benzentacil ®). 
 
 O local de uma injeção intramuscular deve ser escolhido 
cuidadosamente, levando em consideração o estado físico geral do paciente e a 
proposta da injeção. As injeções intramusculares não são indicadas em pacientes com 
mecanismo de coagulação prejudicado, em pacientes com doença vascular periférica 
oclusiva, edema e choque, porque nesses quadros clínicos a absorção periférica 
geralmente está comprometida. Além de não ser administrada em locais inflamados, 
edemaciados ou irritados, ou ainda em locais em que haja tecido cicatrizado ou outras 
lesões. 
 Um fármaco injetado nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, 
se move mais rapidamente para a corrente sangüínea do que por via oral. A 
injeção subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e 
gradual que a injeção intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo 
tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande 
calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos capilares, as medicações 
recomendadas para injeção subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões 
não irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml de líquido. 
 
 A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas 
via subcutânea. Para os casos emergências de reação anafilática, pode-se 
administrar adrenalina 1:1000 pm via subcutânea. Os locais mais comuns de 
injeção subcutânea são a face externa da porção superior do braço, face anterior 
da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso superior. A 
injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta. Ela não é indicada 
em locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por lesão. 
 Via subcutânea 
 Via intradérmica 
 Usada principalmente com fins de diagnóstico como em testes para 
alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades pequenas, 
geralmente 0,5ml ou menos, dentro das camadas mais externas da pele. Por 
haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de 
injeção é usado principalmente para produzir um efeito local. A face ventral do 
antebraço é o local mais comumente utilizado por ser facilmente acessível e 
ausentes de pêlos ( CASTRO & COSTA, 1999 ). 
 É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que 
oferece. A justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de 
fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante 
dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela 
punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação 
cardio-respiratória ( CASTRO & COSTA 1999). 
 Via intra-arterial 
 Um fármaco injetado nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, 
se move mais rapidamente para a corrente sangüínea do que por via oral. A 
injeção subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e 
gradual que a injeção intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo 
tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande 
calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos capilares, as medicações 
recomendadas para injeção subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões 
não irritantes contidas em 0,5 a 2,0ml de líquido. 
 
 A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas 
via subcutânea. Para os casos emergências de reação anafilática, pode-se 
administrar adrenalina 1:1000 pm via subcutânea. Os locais mais comuns de 
injeção subcutânea são a face externa da porção superior do braço, face anterior 
da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso superior. A 
injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta. Ela não é indicada 
em locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por lesão. 
 Via intracardíaca 
 Via intratectal 
 É em geral empregada quando se deseja efeitos locais e rápidos nas 
meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções 
agudas do SNC. Os fármacos algumas vezes são injetados diretamente no espaço 
subaracnóideo espinhal. 
 A via peridural ou epidural é uma via de administração que 
consiste na injeção de fármacos no espaço entre a dura-máter e a parede do 
canal raquideano. Essa via é muito utilizada pelos médicos anestesistas para 
preparação dos pacientes que se submeterão a determinados procedimentos 
cirúrgicos. 
 Via peridural 
 Uma injeção intra-articular deposita as medicações diretamente na 
cavidade articular para aliviar a dor, ajudar a preservar a função, prevenir contraturas e 
retardar a atrofia muscular. As medicações geralmente administradas via intra-articular 
incluem corticosteróide, anestésicos e lubrificantes. Não é -indicada em pacientes com 
infecção articular, fratura ou instabilidade articular ou infecção fúngica sistêmica ( 
KAWAMOTO & FORTES, 1997 ) 
 Via intra-articular 
 Via cutânea 
 A pele apresenta efetiva barreira à passagem de substâncias. No 
entanto medicamentos podem ser administrados por via cutânea para obtenção 
fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas circunstâncias produzem efeitos 
sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção depende da área de exposição, 
difusão do fármaco na derme (alta lipossolubilidade), temperatura e estado de 
hidratação da pele. As formas farmacêuticas comumente empregadas são soluções, 
cremes, pomadas, óleos, loções, ungüentos, geléias e adesivos sólidos, esses 
destinados à absorção transcutânea para obtenção de efeitos sistêmicos. As 
mucosas ricamente vascularizadas permitem fácil absorção de princípios ativos. 
Fármacos administrados diretamente sobre a mucosa tem ação local ou, se 
captadas pela circulação sanguínea, sistêmica ( CASTRO & COSTA 1999). 
 Estendendo-se desde a mucosa nasal até os alvéolos, pode ser 
usada para obtenção de efeitos locais ou sistêmicos. Os medicamentos são 
administrados por inalação, estando sob a forma de gás ou contidas em pequenas 
partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. As maiores 
vantagens desta via consistem em administração de pequenas doses para rápida 
ação e minimização de efeitos adversos sistêmicos. A Crise Asmática, quadro que 
acomete pacientes com Sistema Respiratório comprometido, requer a 
administração do Bromidrato de Fenoterol, nome comercial Berotec R diluídos em 
Soro Fisiológico ou água, feitos através de inalação com oxigênio, como conduta 
emergencial ( MENDES & NOGUEIRA, 1988 ) 
 Via respiratória 
 Empregadas para obtenção de efeitos locais. As formas farmacêuticas 
incluem soluções, comprimidos ou óvulos vaginais, geléias, cremes e pomadas ( 
WANNMACHER & FUCHS, 1998 ) 
 Via conjugival e geniturinária 
 Via intracanal 
 Via de uso odontológico exclusivo para obtenção de efeito local de 
fármacos junto ao canal radicular e zona pulpar. Apesar dos dentes estarem incluídos na 
cavidade oral, considera-se a via intracanal como parenteral pelo fato do fármaco estar 
sendo administrado em área pulpar, não mais considerada como pertencente ao trato 
digestivo. A cavidade pulpar recebe irrigação de vasos sanguíneos e linfáticos possuindo 
também terminações nervosas. Dependendo do estado da doença dentária, tamanho 
molecular do fármaco e extensão da preparação biomecânica, os medicamentos podem 
alcançar a corrente sanguínea ( CASTRO & COSTA,1999 ). 
IMPORTANTE 
 
Na rotina clínica, a escolha da via de administração envolve muitos fatores 
também subjetivos, que exigirão do médico uma conduta ética, 
profissional e baseada nas evidências científicas. A prática diária e a 
atualização através de fontes confiáveis serão fundamentais para a melhor 
escolha. 
Formas 
Farmacêut icas 
CAPÍTULO 3 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
“Sedare Dolorum Opus Divinum East” 
Aliviar a dor é obra divina 
Galeno 
 3.1 INTRODUÇÃO 
 Forma farmacêutica é a forma final de como um medicamento se 
apresenta: comprimidos, cápsulas, injetáveis, etc. Normalmente as drogas não são 
administradas aos pacientes, no seu estado puro ou natural mas sim como parte de 
uma formulação, ao lado de uma ou mais substâncias não medicinais que 
desempenham várias funções farmacêuticas. Esses adjuvantes farmacêuticos têm por 
finalidade, solubilizar, suspender, espessar, diluir, emulsionar, estabilizar, preservar, 
colorir e melhorar o sabor da mistura final. Com a finalidade de deixar o fármaco 
agradável ao paladar e eficiente. 
 
 Comumente, as pessoas leigas confundem o termo forma 
farrmacêutica com fórmula farmacêutica, considerando-as sinônimas. Na verdade, 
segundo o Glossário de Definições Legais publicado pela ANVISA – Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária, fórmula farmacêutica é uma relação quantitativa dos 
farmoquímicos (substâncias componentes do medicamento) que compõem um 
medicamento (Portaria nº 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998), ou seja, elas são 
medicamentos (ou fármacos) prontos para uso imediato . 
 
 O uso da forma farmacêutica mais adequada a determinada terapêutica 
farmacológica deve levar em consideração a farmacocinética do fármaco envolvido. 
Entende-se por farmacocinética como o estudo quantitativo do desenvolvimento 
temporal dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção 
dos fármacos. Nestes estudos concentrações dos fármacos e seus metabólitos 
(produtos da biotransformação) no organismo são determinados, permitindo a 
obtenção de importantes dados sobre estas substâncias, tais como: 
 
• Condições para seu uso adequado, pela determinação da via de administração, 
posologia (doses e intervalo entre as doses) e variações correlatas em função de 
patologias como insuficiência renal, alterações hepáticas e outras. 
 
• Previsão de outros efeitos em potencial, como os colaterais, por exemplo no caso 
de acúmulo do fármaco em determinado compartimento (organotropismo); ou ainda 
os oriundos de interações medicamentosas a nível dos processos de absorção, 
distribuição, biotransformação e excreção. 
 
• Determinação dos principais sítios de biotransformação. 
 
• Determinação das vias de excreção. 
 
 
 3.1 INTRODUÇÃO 
 
 Assim sendo, podemos afirmar que a compreensão e a aplicação 
cuidadosa dos princípios farmacocinéticos podem freqüentemente auxiliar no 
estabelecimento e manutenção de quantidades terapêuticas e não tóxicas dos 
medicamentos no organismo; isto por permitir uma escolha racional da dose, 
freqüência e via de administração. 
 Didaticamente podemos relacionar os processos pelo qual o fármaco 
passa até promover efeito farmacológico em 3 fases: 
 
a. Fase farmacêutica: Estuda a liberação do fármaco a partir do produto 
farmacêutico. É constituída pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a 
administração do medicamento e a absorção propriamente dita, os quais determinam 
a intensidade e velocidade com que ocorre a entrada da substância ativa no 
organismo. Estes fenomênoscompreendem basicamente a liberação e a dissolução 
do fármaco contido no produto farmacêutico. 
 
LIBERAÇÃO: Ao ser administrado o fármaco encontra-se em uma forma 
farmacêutica(F.F.) a partir da qual deve ser liberado; dependendo da F.F. empregada 
(comprimido, cápsula, suspensão, xarope, supositório, etc.) e da via de administração 
utilizada, esta etapa pode ser mais ou menos complexa, rápida ou completa. A 
liberação ocorrerá sob influência do meio biológico de aplicação [ ex: pH e 
peristaltismo do trato gastrintestinal (TGI) nas vias enterais (oral e retal)] , 
principalmente para formas farmacêuticas sólidas, que necessitam desintegrar-se para 
então liberar a substância ativa. A finalidade desta etapa é obter uma dispersão no 
estado sólido do fármaco, no meio aquoso de administração, o que permitirá o 
cumprimento da etapa posterior de dissolução. 
DISSOLUÇÃO: Esta etapa, por sua vez compreende a formação de uma dispersão 
molecular na fase aquosa, ou seja, a dissolução progressiva do fármaco, essencial 
para sua posterior absorção, desde que seja requerida uma ação sistêmica e não 
local. A dissolução muitas vezes é a etapa determinante da velocidade do processo de 
absorção. 
 
b. Fase Farmacocinética: Como já foi dito esta etapa corresponde ao estudo da 
evolução temporal do movimento do fármaco in vivo , que esquematicamente pode 
resumir-se nos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção de 
fármacos. Esta fase consiste, portanto, na identificação e quantificação da passagem 
do fármaco pelo organismo. 
 
c. Fase farmacodinâmica: Estuda a interação de um fármaco específico com seu 
receptor, ou seja, a ação do fármaco em seu sítio receptor com as alterações 
moleculares e celulares correspondentes (efeito farmacológico), o que culmina no 
aparecimento do efeito terapêutico requerido. 
3.2 CLASSIFICAÇÃO 
As formas farmacêuticas podem ser classificadas em: 
 
• Sólidas: pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, pílulas, pastilhas, 
supositórios e óvulos. 
• Semissólidas: loções, ungüentos, linimentos, ceratos, pastas, cremes e pomadas. 
• Líquidas: soluções, xaropes, enemas, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis, 
tinturas e extratos. 
• Gasosas: aerossóis e gases medicinais. 
 
 Essas formas são administradas conforme o órgão ou sistema alvo 
(coração ou sistema circulatório) tempo de ação (rápida ou lenta) e via de entrada do 
corpo – vias de administração - (oral - boca, parenteral-sistema venoso, retal-reto, 
vaginal - vagina, oftálmica-olhos, aérea – porção superior do sistema respiratório, 
auricular-ouvido e percutânea – através da pele). 
 
 Formas sólidas 
Pós: como preparação farmacêutica, um pó é uma mistura de fármacos e ou substâncias 
químicas finamente divididas e na forma seca. Alguns pós são destinados ao uso interno e 
outros ao uso externo. Os pós podem ser administrados sob a forma simples ou serem ponto 
de partida para outras formas farmacêuticas como papéis e cápsulas 
Grânulos: São formas farmacêuticas compostas de um pó ou uma mistura de pós umedecidos 
e submetidos a secagem, para produzir grânulos de tamanho desejado 
 
Cápsulas: São formas farmacêuticas sólidas as quais uma ou mais substâncias medicinais e ou 
inertes são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina. As cápsulas gelatinosas podem 
ser duras ou moles. São administradas por via oral e possuem as propriedades de 
desintegrarem e se dissolverem no tubo digestivo 
 
Tabletes ou comprimidos: São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou 
discóide, obtidas por compressão de medicamentos mais o excipiente. Os comprimidos com 
massa entre 60mg e 600mg são a forma farmacêutica mais utilizada, por ser a via mais 
apropriada. Os comprimidos são dissolvidos no estômago pelos sucos digestivos. 
 
Drágeas: São formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos. Para este fim 
se utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico, gelatina endurecida com 
formaldeído. 
 
 
 
Pílulas: São formas farmacêuticas pequenas que apresentam forma esférica, com 
consistência dura ou firme e que é passiva de ser deglutida inteiramente. 
 
Pastilhas: São formas farmacêuticas sólidas destinadas a se dissolverem 
lentamente na boca, constituída por grande quantidade de açúcar e mucilagens 
associadas a princípios medicamentosos. São “sacoróleos sólidos” (veículo H2O, 
contendo grande quantidade de açúcar). Tem grande superfície de contato. Dissolução 
maior que comprimidos e pílulas. 
 
Supositórios: São preparações farmacêuticas sólidas à base de substância fundível 
pelo calor (37ºC) natural do corpo, destinado a ser introduzido no reto, gerando 
amolecimento ou dissolução do fármaco. O excipiente mais usado é a manteiga de 
cacau (lipossolúvel) junto com a glicerina gelatinada (hidrossolúvel). Uso local ou 
absorção sistêmica. 
 
Óvulos: São formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para 
aplicação vaginal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O 
excipiente em geral é a glicerina. 
 Formas semissólidas 
Creme: forma semi-sólida que contém uma ou mais substâncias dissolvidas em 
emulsão óleo água ou como dispersão aquosa microcristalina. 
 
Pomada: Forma semi-sólida, constituída de base monofásica, a ser aplicada por 
fricção cutânea. Nela podem estar dispersos fármacos sólidos ou líquidos. 
 
Emplastros: Forma farmacêutica que se dissolve a temperatura do corpo, 
aderindo-se a pele é usado como esparadrapo. 
 
Ungüento: Preparação semi-sólida usada para aplicação externa em pele e em 
mucosas. 
 
Pasta: Forma semi-sólida de consistência macia, contendo 20% em pó. Ex: óxido 
de zinco. 
 
Gel: Forma coloidal, de pouca penetração na pele. 
 
Cerato: Forma semi-sólida, constituída de base composta de cera, a ser aplicada 
por fricção cutânea. Nela podem estar dispersos fármacos sólidos ou líquidos. 
 
Solução: Mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos. Ex: Solução de 
cloreto de sódio 0,9%. 
 
Xarope: Solução que contém 2/3 de açúcar. Ex: Iodeto de potássio xarope( MM 
expectorante). 
 
Elixir: Solução que, além do soluto, contém 20% de álcool e 20% de açúcar. Ex: Elixir 
de Inhame( depurativo do sangue). 
 
Suspensão: Mistura não homogênea de uma substância sólida e um líquido, ficando a 
parte sólida suspensa no líquido. 
Emulsão: Preparação feita com dois líquidos imiscíveis, óleo e água. Uso oral ou 
parenteral. 
 
Loção: líquidos ou semilíquidos com princípios ativos ou não, em suspensão ou 
solução; é destinada ao uso externo. 
 
Enema: Preparação líquida para uso retal. 
 
Tintura: Solução alcoólica ou hidroalcoólica preparadas com plantas ou substâncias 
químicas. 
 
Xampu: Sabão líquido ou detergente usado para limpar o couro cabeludo e que 
freqüentemente serve como veículo para agentes dermatológicos. 
 
Injetáveis: forma farmacêutica líquida administrada invasivamente (Subcutânea, 
intramuscular, intravenosa e etc) podendo ser constituída por soluções, emulsões ou 
suspensões. 
 
Colutórios: São preparações líquidas destinadas às mucosa oro-faríngea (boca e 
faringe). Geralmente, são alcoólicas. 
 Formas líquidas 
 Formas gasosas 
Aerossóis: Formas farmacêuticas pressurizadas, contendo uma ou mais 
substâncias ativas, aspergidas de seu recipiente como uma névoa, constituídas por 
líquidos ou sólidos. 
 
Gases Medicinais: São substâncias gasosas que, geralmente, pressurizadas, 
utilizadas com fins terapêuticos. 
 
 
IMPORTANTE 
 
A presença de adjuvantes nas diferentes formas farmacêuticasque veiculam 
as substâncias ativas, podem interferir na dissolução da mesma 
consequentemente em sua absorção. Diluentes, desintegrantes, 
aglutinantes, estabilizantes, lubrificantes, são exemplos destes adjuvantes. 
Nas formas farmacêuticas de uso oral , de modo geral, tem-se a seguinte 
ordem de liberação da substância ativa para absorção: 
 
Solução – Xarope – Suspensão – Pó – Cápsula – Comprimidos - Drágeas 
 
 
Ainda em relação às formas farmacêuticas de uso oral, as mais comumente 
usadas, devemos salientar também a diferença entre as 
sólidas(comprimidos) e as líquidas, no que se refere à etapa de 
desintegração, como visualizado no esquema abaixo: 
 
Comprimidos: Desintegração – Dissolução – Absorção. 
Solução: Dissolução no meio de absorção – Absorção. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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última edição 
 
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Pharmacological Basis of Therapeutics, MacMillan, New York, última edição 
 
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farmacêuticas. In: Farmacologia Clínica para Cirurgiões-Dentistas. 1999 p. 29-35. 
 
• Enfermagem Básica- Teoria e Prática. 1999. Editora Reedel Ltda. 
 
• HORTA,WANDA AGUIAR. TEIXEIRA,MILTON DE SOUZA. Injeções Parenterais. 
Ver. Esc. Enfermagem USP 7(1):46-79.marc.1973. 
 
• KAWAMOTO, E.E. FORTES, J.I. Fundamentos de Enfermagem. 1997. Editora 
Pedagógica e Universitária Ltda. 
 
• MENDES, ISABEL AMÉLIA COSTA. NOGUEIRA, MARIA SUELY et al. Rev.Bras. 
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• WANNMACHER,L.; FUCHS,F.D. Farmacologia Clínica. Fundamentos da 
terapêutica racional. 1998 p.29-37. Guanabara Koogan. 
 
• Ansel,H.C.;Popovich,N.G.&Allen,L.V Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas e 
Sistema de Liberação de Fármacos, 6ª edição, editorial Premier, 2000. 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Faculdade de Medicina 
VIAS de ADMINISTRAÇÃO

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