Buscar

Aula 4 Rochas Igneas Cap. 16 (Levar na aula)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

328 DEC I F RAN D 0 ATE R R A ( • J ",mo ;gnco ,em '"" coi, no "tim ,gn;,. e 
refere-se :iquilo que tem sua origem no fogo, 
Oll ~('ja, rnrha.;; ignea.;; siio ~ q"ehs cui a forma<;ao se 
deu a allas tempcraturas, a partir de materia mineral 
fundid:l. em grandes profundidades e (lue, as \'ezes. 
extra\'asa a supcrfieie do planeta atravcs dos vulcoes, 
de mancira espctaeular. Sabemos <lue wdo material 
sotido tem 0 sell ponlO de fusao: c apenas uma ques-
lao de (lwHltn energia. tjUl: temperaruras sao necessarias 
para liqucfazer um material solido qualquer. Nas fun-
di~Oes, 0 minerio a partir do qual SI: deseja c;'::: Irair all-,'11m 
melal - ferro ou cobre, po r excmpio - c colocado 
em grandes fornos, aquccido a Icmperatums muitQ 
altas (da ordem de I.{)()(r C), atc que wdo 0 material 
sc funda, quando OCQrre a separa~iio entre um lkluido 
metn1ieo e um uutro, de composi<;ao geralmentc 
silic:i tica. I~ urn exemplo pr:itieo de como m:ncriais 
geok)gic()~ 50lidos, como rochas c mincrios, que sao 
agreg;ldos de minerais naturais, pudcm se fundir a rem-
pcraturas c1e\·adas. 
o material fundido em partes profi.l11das no interior 
da Terr:t, que denominamos magma, pode desloear-
~e nu interior ria croSta, cm rli re<;ao a rcgioes de tllenor 
prcss:'io. r\ mcdida que 0 magma se dcsloea para re~,'i~ 
()es mai s "frias". perde calor e se eonsoli<la, 
cristalizando :IS fases minerais que eonscimira() as ro-
eha~ fgncas ou magmaticas (Cap. 2). Os proeessos de 
gr.:r:It, iio, transpOrtc, modifica<;oes no pcrcurso e con-
so lida,:10 de magmas sao cumplcxos c exigem 
conhceimcntos de ffsiea e quimica para 0 seu esrudo. 
~ ' as para quc SCf\'C 0 eswdo da~ rochas i1:,>TIeas? 
Por que nos cmpcnhamos em eornpreellder a sua ori-
gem e dcscrcycr suas car:tctcriscicas fisicas e quimieas? 
r\ resposta i: mllitipia. Em primeiro lugar, desde as 
seus prilll()rciios, a civiliza<;:lO depcndcu dcssas rochas 
para sua sobrcyi\'cneia c seu de~c:1\'ol"imcnto. As pri-
mcinlS fernlmentas. dc pelira bscada ou polida, eram 
manuf:lturadas prcdomina11lemcme a partir de roc has 
igneas fin:IS ou vitre:ts, como a obsidiana. As rachas 
!t-,'1leas eram as prefcridas para conslru<;6es e outros 
tins (pedr:ts de moinho, por cxemplo), pela Slla alta 
resistcncia mecanica c estrutUGl maci~a. Import:lntcs 
iazidas minerais de ouro, prata, chumho, eobre, cro-
m!). di:lmames, en tre nurras, tiveram sua origem em 
proecssos magmaticos. e sao cxploradas h;l milCnios. 
1\ imponiineia das rochas igne:ts para a socied:tdc cres-
cell concomitantemente ao seu de;;envolvimemo: hoje, 
\'olumes enormes de rochas i)..,'llcas sao eXlraidos para 
a produ<;iio de matcriais de eonstrm;ao e par:t fins 
ornamemais (Fig. 16.1 ), aO passo que i:l~i(hs de mine-
nos de origem nugtmitir~ s:in f'xpl()ruh ~ em lodo 0 
mundn (Cap. 21). l\dieionalmenle, :lS propried:ldes 
mecanicas das rochas igncas tornam-nas ideais pnra 
ohms de cngcnh~rin, rcservilt(Jrios suIJrerr:lneos de a!:,'lla 
ou pcrroleo, ou mesmo para a instab<;ao de deposi los 
de rejeilos radioativ()s, entre o utras aplicas:&s. 
Por tim, 0 estudo cbs rochas igneas rem como 
prop6sito 0 emendimentO do mundo em que vivc-
mos, tentando satisfazer :t euriosid:tde humana que 
procura respostas nos falo, d:t naTUreza. Como as ro-
ch:ts f!:,'1leas sao ~ classe de rochas predominante na 
crosta da Terra, perfazendo m:tis de 70% do seu vo-
lume, eonstirucm 0 arc:tboul,'o de to<b a "anluilctura" 
crustal , e a comprcensiio da cons[irui<;ao, origem e 
c\'olu<;ao do nosso planeta seria impossivd scm 0 seu 
esrud(). 
Fig. 16.1 Blocos de granito destinodos a preporo<;60 de plo · 
cos para re~estimen to de edilk:ios. pronto5 pora exportor;60. 
Foto: N. R. Ruegg. 
:\'este capitulo, seriio aprcsentados us coneeitos 
fundamentais da Pctrologia [gnca, 0 ramo cia Geolo-
gia que estuda a origem e as caract'crisric:ts das rochas 
igneas. Serao tratados ropieos como a procedelleia e 
consolid:t<;ao dos magmas a partir dos quais se for-
mam as rochas igneas. os divers()s :lmbienles ern que 
eSles magmas Ixxlcm se consolidar. e :IS caracterisu-
cas mineralogieas e texturais / csrruturais (lue a 
diversidade composicional dos magmas, combinada 
com () amhiente de cristalizac;iio. imprimcm a~ rnchas 
igne:ls. Seriio aprcscnL'l.das com maior dcsmque as ca-
racleristicas das rnchas igneas intrusiv:ls, um:t \'Cz que 
os fCIl()menos geradores das roehas vulcanicas uu 
extrusivas, bem como muiras das suas caract'erisl.icJs 
scrao discutidas no Cap. 17. 
...... Sien,tos do Moci~o de Ilotioio, Porque Nocionol do hotioio (RJ/MG/SP), Foto: E.R.T6th . 
16.1 Magma: Caracteristicas e 
Processos de Consolida~ao 
16.1.1 0 que e magma? 
t\ p:ll:wra ma~ma p rO\'cm do grego c rcfcre-se 
o tiginalmcntc a urll:'! mass:!. Oll pasta, como a utilizada 
no preparo do pa~. i\'a geologia, magma C qualqucr 
!ln rerial rocho~o fundido, de comislcncia pastosa, que 
fl l' rcscma uma mobilidade potencial, c que, aD conso-
lidar, constillli as rochas i,L,'llCaS (ou magm~dcas). 0 
magma (Iue CXtrlW:IS:l :'t supcrficie. formanclo os der-
r.UllCS \'ulcanicos, rt.'Cclx a d~nomin:u;:iio nmis especlfiC! 
dt' b";I, uma \'CZ Clue, duralllc () proccsso \'ulciiruco, 
s()frc algumas importantl:s modific:1C;ocs fisico-quimi-
CIS (dnohu iliz:lf;iio, rC~II;Oes de oxi-reduS"iio), que a 
difcrcnciam do mah'lHa rClido c cristali"ado em pro-
fundid:ldc. 
t\ lagmas aprcselHam al r.as tcmper:uuras, da ordem 
de 7(x) a 1,200' C. e sao consotuidos por: 
a) uma parte liquida, rcprescntada pelo material 
rochl/so fundid o; 
b; lima partc sb lida. que corrcsponde a mlnerais iii 
cristalizados e a c"cmuais fnl.gmcnto~ de roeha 
uansportados c.:m meio a pon;ao H(luicia; c 
c) uma parte gasos:!, constilUida por \'ol:ilc:is dis-
sulvidos na part e lilluicla, prcdominantcmcn w 
I I} ) c COr 
ESSl'S componentes oco rrclll em propon:;:6cs '·a-
ri,h cis em fun-;ao cia origem e e,·ulus:ao dos magmas. 
j\ c()mi~lt:ncia fisica de um maj:..'1lm, gut' 5e re!lctc na 
sua mobilicladc, c funs:ao de divcrsus parametros: com-
posis:ao ' Julmiea, wall de cri stalinidade (em qu e 
propors:ao 0 magma cuntem matcrial ;i crism!izaclo), 
Icur de \'ol:itcis dissoh,jdos e a tcmper:1t.lnl em {Jue se 
cncontra, Esta consiHcncia fisica. que implica maior 
uu menor facilidade de fluir sob tcnS()es cisalhames. e 
definida pcb viscosidadc, mcdida em poises. ,\Iagmas 
pUlleo viscosos, logo, mais fluidos, como os basalticos 
(\'iscosidade apruxi mada dc I(Y a 101 poiscs), cxtrava-
sam co m faciJidacle. e formam corridas de !:l\·a como 
:\5 do Ibn-ai (Cap. 2), quc podcm estender-se pur de-
zenas de 'Jllilometros. ,\la!;.>n1as mais "iscosos, como 
os riolilicos (\'iscosidad<: aproximada: 1 CJ' a 10' poiscs), 
tem diticu!cbck arc mesmo para extra\asar. forman-
do frc(li.icn tcmcntc "rolhas" que cntopcm os conelulOS 
Hlic:i.n icos, 0 quc provoca awncnto dt pressao por 
CAPITULO 16 • ROCHAS iGNEAS 329 
coma do magma C J.,"3SCS que \'~o sc acumubndo ab:li -
xo do edific in ,·ulcinico. Quando :1 pressao interna 
supcra 0 peso do m:l. terial ~nhreiaccnle . ocorrem us 
fC!l('l!llenoS de yulcanismo cxplosiyo (Cap. 17). A re-
las:iio entre viscosidadc e composi~ao dos magmas 
SCr.1 disclltida mais :Idialll c. 
16.1.2 Sobre a origem dos magmas 
E,-idt:ncias sobre 0 ambielHc c condi~Ocs de gcra-
s:ao dc mah'mas sao fOrllccidas pur dados geufisicus, 
principalmcntc os ~ismicos c geotcrmicns. pelos fr:l)4 
mentos de rocha - xcn6Utos ou n6<lulos (Fig. 16.2)-
lr.lIl:.punaJos pclos magmas dcsdc as suas rC~;lOcs de 
o rigem, Oll ainda por csmdus dc pctrologia cxperi-
mental que procuram reprodu~i r em l:1borat6rio as 
co ndi'j()cs fo rmad u ras de magmas c dcfinir o s 
panimctTOs le rmodinam icos correspondcmes, Os 
magmas se originam da fusan parcial de rochas do 
manto na aSlenosfcra. ou do manto superior Oll eros-
la inferior na litos fcra (Cap.4). A fusao pode ser 
proyocada pelo at-mento cia tempcr:HUr:l, por alf"io 
da pressao confinantc a que cSlao submctidas csta~ 
roc!las, por varia~ocs no [cor de fl uidus OU, como 
ocorre mais cotllumenre, por lima ctJlllhina>;ao dc:s-
scs falores. t\ Fig. 16.3 iluSIr.l gencric:ul1clllc a fusao 
de rochas em eonciis:ocs t:x tr ema s: em si~[cm:ls 
satumdos em agu:I e cm sistcmas :midros. As cun'as 
solidlls rcprcscllIam 0 infeio da fusao. cluando cntiiu 
cocxiste () Ulluido ~cradu pcb fusao cum uS minerai s 
ainda nao fundidos. A medi (b que u prncesso de fu -
sao a\'ans:a, a propors:ao !llluido/ sOlido aumenta. ate 
quc, em uma sitll:u; ao idcal, [(xios os minerais <1:1 TO-
Fig . 16.2 N6dulo peridoti!ico em rocha vulc6nica olcolmo . 
Nemby, Poroguoi. Fo!o: G. A J. SzabO. 
330 DECIFRANDO A TERRA 
cha geradora tenham sido fundidos. Nesse pomo, ° 
sistema ultrapassa a curva liqll/dlfs, passando a conso-
tuir-se apcnas na fase liquida. Ou seja, a temperaruras 
abaixo da curva so/idtls, a rocha geradora enconrra-se 
imeiramcnte salida; a temperaturas entre as curvas solid"s 
e liql/ldl/s, coexiHem, em propor~i'w~ vllri~v('is, em fun-
• 
'. • • 
• 
" .. 
s L 
L 
. , 11 
... _ _ tt.O 
---
- ....... 
s-__ l-_ 
Fig. 16.3 Diagrama P ~ T (Press60 x Temperatura) com as 
curvos solidus e liquidus para sistema saturado em 6gua e 
para sistema anidro. 
Cad.ia II. _a~"'" 
(Iimi!. II. pia ,.,. "" .... '11 ...... 
con!i,-t. -oc.,na) 
_ _ Io~riCD 
_ _ 10 ~t0d6,;c:o 
N : Cord;l.,h.;", "ncH"" 
"""haol .......... 
g"'n~icoo 
_ """"""......,nao 
and.olt>eao 
~ao da temperatura e, conseqiientemenle, do grau de 
fusao, liquido e as minerais ainda na~ fundidos; a [em-
peraturas acima da curva liquidus, passa a exisor apenas 
a fase liquida, estando todo a sistema fundido. 
E importanle fri sar que nao existe urn "oceano de 
magma" continuo par baixo da Iitosfera: 0 compor-
tamenlO reologico anomalo (mais "pJastico") cia 
as tenos fera, indicado pdas ondas sismicas, devc-se it 
perda da r igidez das rochas que constitucm a 
astcnosfcra, em funt;ao das aJtas temperaturas, mas no 
estado fundamemalmente solido. Con forme ilustra-
do na Fig. 16.4, as sitios de forma~ao de magmas 
concentram-se em locais espcdfi cos na astenosfera au 
na li tosfera em fu nr;ao dos mccanismos tect{micos res-
ponsaveis pdas varia~6es nos parimetros fisicos que 
conrrolam 0 processo de fusao das rochas. Assim, nas 
dorsais meso-occinicas, 0 manto quente e condUi'ido 
para rcgi{>es mais rasas atravcs das cCiulas de convect;ao, 
wfrendo descompressao e produzindo, por fusao 
parcial, 0 grande volume de magma basaltico quc ali-
menta 0 vulcanismo das dorsais meso-oceanicas c que 
da origem a crosta oceallica (Cap. 6). Ja nos arcos dc 
ilha e nas cadeias de montanhas das margens conti-
nentais con vergen tes, os magmlls Ilndesiticos sao 
produzidos pcla fusao da crosta oceanica conduzida 
Vvko~i .... o 
II. llha. ac.o~ica. Donol Mno·O<"~ko 
(Iimh d. placo. d~t_1 
. 
_ ~achoolmogmo. _ _ od>o. ",IINnta _ 
boIoicoo 
_ ~'lMIam6meo. _ t>tq ~ .. boIo.icoo 
• 'IIn_ ontiwa' 
Fig. 16.4 Se~6o esquem6tica da crosto I manto (astenosfera /Ii tosfera), indicanda a localizo r;oo dos sit ios formadores de magmas 
na modelo de Tectonica de Placos. 
par,) 0 l1unto, onele :1<; tunperarura!< sao maiores. por 
mCIO tim meCt1.0I"1ll0S de subducc;ao. :-\as grandes 
cadcl'l~ tic momanlus, a parte mfcnor da crosta conti-
nemal Chq':'1 a atingir profundidadc\ da ordem de 40 
a SO YUdc11l1CtroS. com () consequentc aumemo de tcm-
pcr .. uura. 1I1iC podc ultr.lpassar a temperatura de inicio 
de fu,,;\{\ &1<' roChlS constiruimes da base ela crosta, de 
mudl) ,\ I-{!.:r.lr os magmas de compo<;,siio granftlca. 
\dICicH1:1)mente, Sitl()S anomalamcntc aqueciclos, de 
on~cm multo profunda. podcm descm"oh-cr-sc no 
m;lOto. dl'nOmmado\ plumas mamdicas, que trazcm 
calor da .. panes malS profundls do manto e produ-
"em (us;io p:lrci:ll iocallz:l(b, gerando tipos 
caraClI.:ri .. ncos de ma)...'1nas bas:i.lticos. a cxemplo das 
ilh:'!" Vl.11Gimcas du Havai, no Oceano Pacifico. Os Caps. 
6 e 1- traIem IOformac;i)es adlcional" desse tipO de 
aU\·idadc 1).,'11ca. 
16.1.3 A viagem e chegada dos magmas aos 
seus sitios de consolida~ao 
() nugma, uma \"Cr gerado, tende a deslocar-sc na 
croSI.l em lhrec;:lo a "uperficie, por apresemar densi-
d.1Ck tllcnor do '1ue as rochas sobrejaccnre". 0 
de:;.loc:nllenw de urn magma no interior da crosta e 
complno C Y;lnado, em fun~ao da sua constitui~iio e 
da eSlrmur,Ic;:lo das rochas ao !(ell redor. Semprc que 
po!!'sjyd, ma,!..'lTl:1s ,l~cendcm atfa\'Cs de grandes falhas 
e fratur,lS. QU:1ndo csta .. cle .. continuidades nao se en· 
cuntr;lOl dlsponiH::is, formam-se bolsoes de magma 
em form,l de f,'1gantescas "gotas mvcrtidas" ou ;'ba-
Ii)c~" (dt:iplroS), da ordcm de \arios quilometros 
CtibICOS, qlle se dcslocam por tluxo pl:istico em melO 
.lS rochas snbrcjacemcs, Frequentemcnte, 0 bolsiio de 
ma,l.'11la fon;:a as roehas enCalxamcs, as \'ezes que bran-
do-a" e en!!lobando sew; fragmencos, Quando h:i fusiio 
e :1sSlmlbc;ao dos blocos captur-:tdos, podem ocorrer 
ll1oditiclC;(-)CS n:l. compo!o.ilj"ao quimlca do magma ori-
!ollnal. Ollll';lS yezes, it medida que 0 bolsiio de magrna 
~e mcwc p:lr:1 Clma, \"ai fundindo a rocha encaixante, e 
que l:lmiKm pode Implicar si!-,'llificaun transforma-
c;ao na composic;io qui mica original do magma, 
depcndcndo do upo de rocha atra\-es~ado. 
I ',Ill muitos casos, grandes \'olumes de magma "es-
taClon:lm" a detertmnadas profundidades e fornecem 
material para manifesl.1C;<)cS \'Uldrucas na supcrficie por 
periodns da ordem de dezcnas de milhares de anos 
(Cap, 1-). Xestcs casm, sao denomlnados c~lmaras 
mag ll1 :l li c as, cuja pre~en~a c dimens6cs podem ser 
afcnd:l!o. IOdirctamcme por csrudos gcofisicos. Oesscs si· 
CAPiTULO 16 • ROCHAS iGNEAS 331 
oo~, 0 magma e conduzldo it surerfioe atran':s dos con· 
dUlos m:lf,1ffi:iocos ou nuciruco~, que po::lcm aprc<;,enmr 
geomema e compk:xidadc \'an;i\-cis, gerando ullla hrrnn· 
de h>aJT\a de forma~ de ocorrenCIa de rochas magmatlcas, 
conforme sem discutido mais adiante. 
16.1.4 Quais sao os constituintes dos 
magmas? 
,\ composl.-;:iio de um magma depcnde de v:irio .. 
falores: 
a) da constirui.-;iio cla rocha ~cradora; 
b) c\as condi~Oe~ em que ocorreu a fus:l.o dcst:l ro-
cha e da taxa de fusao corre!o.pondcmc: c 
c) da histona e\'oluu\'a deste magma do seu loeal de 
origem ate 0 seu sitio de consolida~iio . 
. \ Iagmas tcm, majo r ita riamcnle, COIllPOSIC;:iO 
~ilic:iuca, em comonancia com a composH;ao predo. 
minante da crosta e do manto lerreStre; porcm, 
magmas carbonaucos e sulfcraclos tambcm sao co· 
nhccidos, Em OUlroS planctas e seus salclites talllbcm 
podcm exisor ma,!.,'lTlas de compo~ic;Oc~ multo dl\-cr· 
sas, como demonstrado pelns \·u1c6es sulfurmos de 
Venus c de 10 (uma das luas de Jupiter;. 
Os principais componemcs dm magmas ~iliduco~ 
na Terra sao, alem de 0 e Si, 0\1, Ca, I-e, \I~, 'a, "'-, 
~ln, Ti e P. A composilf:i.o quimic:l de roch:l~ e m~.h'"ma~ 
e indicada, por coO\·en~ao, com O~ demeOlos coosti· 
tl!!OtCS apresemados na forma de oxidos,\ \"an:u;ao 
eomposicional dos magmas, :tsslm como dil~ rochas 
i~rneas, e dcscnta pnnclpalmcmc por seu tcor de .. ilica, 
que !Odica a porcentagem em peso de SiO:. 0 C'ipec-
Iro composicLonal dos magmas SlhduC(lS C multo 
amplo, e praticamenre cominuo em tcrmos do tcor 
de silica; porem, dOls cpos de magma sc dc"tacam 
amplameme pcla sua abundancla na croSIJ. terre<iilfC: 
siio 0 magma granitlco, com tcores de silLca superio. 
res a 66%, e 0 magma bas:iltico, com teore" de silica 
entre 43 e 52()/o. :\lguns pesguisadorcs acrcscc::ntam um 
tercel ro tipo de ma~'lTla, 0 ma~'lTla andesiuco (teor de 
~ilica enlfe 52 e 660/0), por sua frequcncia c amhientt.: 
de colocayaocspecffico oa crosla (Fig. 16.4), I-,m tcr-
mos de volume eSlimado, porem, os ma~mas 
graniticos e bas:ilucos sao mudameme prepondcran 
tes. Composi~Ocs medias de rochas repre~entati\"as dos 
Ires tipos de magmas - rcspccti\"amentc g ranitos, 
andcsilOs e bas altos - sao aprescntadas 1l~1 Tabda 
16.1 c ilustradas, a titulo de comparar;ao, na I-tg. 16.5. 
332 DECIFRANDO A TERRA 
Tabela 16.1 Exemplos de composic;:oo media de rochos igneos conso-
lidodas a partir de magmas gra nificos, a ndes:licos e bos6lticos 
(valores em % em peso). 
Rocha/Magma Granito Ande5ito 8050110 
Ol(ido 
SiC, 72,08 54,20 50,83 
TiD, 0,37 1 ,31 2,03 
AllO, 13,86 1 7, 1 7 14,07 
Fe,Ol 0,86 3,48 2,88 
F,O 1,67 5,49 9,05 
MoO 0,06 0, 15 0,18 
MgO 0,52 4,36 6,34 
CoO 1,33 7,92 10,42 
No,O 3,08 3,67 2,23 
K,O 5,46 1 , 1 1 0,82 
P ,O~ 0,18 0,28 0,23 
",0 0,53 0,86 0,91 
Total 100,00 100,00 100,00 
Bas61.ico Andesi. ico Rjoll,jco 
Fig. 16.5 Diogromos em ·pizzo-, comporondo as composi~6es medios de magmas groniliCOS, ondesitlcos e bas6lticos. 
16.1.5 A influencia da compos is;ao sobre 0 
comportamento dos magmas 
As c~rncn.: risticas fisicas dos mab,rnaS, como a rem-
penwr:l l" ~ I \ iscosidadc. antes mencionadas. cstao 
lntnm(:camr..:mc n:lacionaclas :\ compusi\iiv dos Illes-
1110S c cst:lS rc1~Ocs cncomnUll-se illlstr;1(b~ na Fig. 
16.6. ;\\:lh'1l1:lS ha~:i. lticos sau mais "qUCnl CS", com [cm-
pt-Tatums cia urcl em de 1.000 a 1.20O" C. c [cm 
\'iscosidadc me nor. Ji os Illagmas gmniticos sao sibtfli-
ficauv:um:ntl: mais viscoso s c aprcscnt:un lempeTiIlUraS 
ci a 11rdelll d e 700 a 800" C. A yiScoSidad c de um 
m:ll,'Ill:l ~i1idlico aument';! com: 
a) 0 aUIl1CIlC () do lOOT de silica; 
b) a rcdl!~ :lo cia tcmper:lI11r:J.; 
c) a diminlli~}o do contcllclo de \'olateis. 
F.stas rcl:u;oes podcm seT cxplicadas atr:l\'es do 
cumpUrr:111IC11IO dos radicais anionieos rctraedrieos 
ISiO.] 4 {IUC exist em nos magmas, c que representam 
as unidadcs cSlruturais fu ndamentais para a constilu i-
~ao do reticu lo eri stalinu dos mine ra is silicitieos 
fo rlllados quando da eris f:l. liza~ao destes mab"'mas (vcr 
Cap. 2). E~~as unidadcs tendem a se polimcrizar. unin-
-= o 
:: 106 
> 
• 
... 
till 10" 
• ... 
• ... 
; 102 
AlwIl60 
an d nino 
ceoo -lOOC1'C) 
M! • illG 
.11 .... 
(IC1C1O - l2OO'q 
50 60 7. 
de SI02 % em peso 
Fig. 16 .6 As reio<;Oes entre eomposi<;oo (teor de silica), tem-
peratura e viscosidode dos pnncipois tipos de mogmas. 
CAPITULO 16 • ROCHAS iGNEAS 333 
do-se em cstrururas progressi\'alllcntc mais comp1c-
xas a mcdida que a cri stali%aryao de um magma avar1l; a. 
Em magmas ricos em silica, esta polimcriz:u;:ao sc d :i. 
nas primeiras ctapas da co nsolid aS"ao, e cm cscab mai~ 
ampla, produ% cxtcnsas cadcias que d ificultam 0 nw.:o 
do magma, aUlllcntando sua \-i5CO~id:Jdc. Em m:J~m:ls 
b i sicos, co m teo res de silica Jlll:nu rcs, l'~ sa 
polimcrizar;:io sO acontece, em cscala significati\'a, n:" 
ctapas mais a\'anS"adas da consolidar;iin, o u ~cia, nao 'e 
fo rm:Hll grandes es rr urura s polimcrizadas quc pos 
sam diticulm r 0 nuxo do magma nos cs r :i.~ios in ida is_ 
;\ios magmas g ranitictls, po rem, I) a1l111enlO de !Clll-
perarura tenele a dcst rur r :IS estrutllm~ po1imcri ;o.ada~, 
diminuindo assim a "i~cosidadc do m:I/...,'1lla. () aumen 
l() du tcor de :i.gua d issolvida nQ magma t.em c feit o 
s.imibr, tendendo a d iminuir a SU:l vi~cusid:ldc_ J\~~im, 
magm as gml1 itico~, ainda lluC mais \-iscosos. podem 
re r sua mobilidade ampliada (Iu:.ndo :1 ahas tcmlx:m 
turns, ou ' Iuando aprcscma rcm tcorcs ckvado~ de :igU:l 
dissolvida. ;-"1a!:,'111aS ba s;iiticos, :lpcsa r de aprescnla 
rem baixos tcores de :i.~'1.la cli ssolvida, lcm no Sell baixo 
contcudo em sil ica a principal mziio pam as SU:1S \ t'l-
cosidades mais b aixas. 
16.1.6 As razocs da divcrsidadc de magm~tS 
A \'ariccl:idc composicion :11 dos m:1gmas (c, por 
consccilicncia, das rochas ib'11eaS ern I-\crnl) e frutl) dos 
proprins processos gcradu rcs de magma s. t-.1:lgma, 
diversos siio produzidos em fun~3o (Ia comtill!i~ii () 
cia a rca-fome, ou scia, do tipo de rocha cuia fll ~:'io 
p roduz u mah'1na c da taxa dc fusiio desta meh:1 ~Cr.1 
dora. Co nt udo, a profundidade em (Iue t)corrc a fu <io 
tambcm c tim fmo r import all tc, que pode innuenc.tar 
. . , 
SI!:,' lll tlCau\":lmCntc a C()lllpOSlr;ao (\U~ nla~'lnas prudu-
z idos. ~bgmas basahicos sao ~crrr cl{)s cm grJndc~ 
vO[lIme~ peb fusan <los pc rido tilOs malllCiico'l (ro· 
chas con Sli lUl IHCS do m :lI\lf), formacla, 
prC<.IOimnantcment e lX)f miner:lis ferf( )-ma~nC5ian( ' s, 
com o uli"ina c piroxcnios). princtpalmem c nas reg! 
oes abaixo d as dors ai s me so -oce:inicas , ma s 
eventualmeme rambCm abaixo da crnst":! continental , 
no manto superio r_.J:i. os magmas granfticos sao assO-
c iados it fu saQ d c panes p ro fun (l:t s da cro~ f a 
continental, enriquccida em silica em rda~:io it crosta 
oceanica. t-. lagmas andcsiticos sao caracrcrisueos dos 
arcos de ilha Ul! dt' c:ldcias de mont an has em rnar).::cns 
contincn tals con\'crgen! cs, co mo na C ldci:r j\ndina. Pur 
rnzOcs tcrmodimimicas. mah'lTlas gerndus a parti r da 
fusao parcial d e- uma dctcrminada rocha-fonte s:'io 
334 DECIFRANDO A TERRA 
enriquecidos em silica em rela~~o a mesma. Assim, 
basaltos sao mais ricos em silica que as peridot.itos a 
partir dos quais ~e formam as magmas basaltieo~; 
andesitos apresentam -se enriquecidos em silica quan-
do comparados aos basaltos de fundo oceanico; e 
granitos, que em muitos easos podem formar-se pela 
fusao parcial de ·rochas de composi1j:ao andesitica, sao 
ainda mais enri'Juecidos em silica que estas. 
1\ variedadc composicional de magmas c amplia-
da atra\'cs de processos modificadores de magmas 
"primarios", gcrados pela fusao p;;rcial das areas-fonte. 
Estes processos sao divcrsificados, e sua importancia 
a 
varia de caso para caso, as n~z(~s de maneira ainda nao 
perfeitamente compreendida. 0 mais importal1lc dcs-
res proccssos eli .. respeit o a cristalizas:ao fracionada de 
magmas. A cunsolidas:ao de urn magma par cristali-
za s:ao e urn processo complexo e, quando em 
profundidade, demorado. 0 magma idcalmente litlui-
do cncontra-se a temperaturas eJe\'adas, quando entao 
todns os seus componentes cstao dissolvidos no ma-
terial fundido. Q uando 0 magma sc instala em pon;oes 
superiores mais fri as cia cros ta, perde calor para as 
rochas encaixantes por condu1j:iio, e sua temperatura 
diminui paulatinamcme. Quando a temperatura ati nge 
SERIES DE REAC;AO DE BOWEN 
SERlE DESCONTiNUA SERlE CONTiNUA 
(Cromita) 
Ofivina 
! 
Minerais q ue cristalizam 
Cristali:l:a"ao 
de alta P 
(> 1.000°C) 
Orlopin>Jolnio ("-Mg) , 
Plagioclasio calcico , 
(Ca>Na) 
Clinopi ..... nio (Ca."-Mg) 
, ' 
Anfib6lio (Na>Ca) 
, , 
liotita Plagiod6sio sOdico 
~ , 
...... poIo PO~ (0--";") 
Cristalizalieio 
tardio de 
baixa reo 
(" 600°C) 
_ (mica boanca) 
, 
Quartzo 
Fig. 16.7 0) As series de reo r;co de Bowen. Do lodo esquer-
do, a serie desconlinuo jnieio-se com 0 cristo lizo<;60 de o livino. 
subslituido posteriormente pelo piroxenio sub-c6lcico (enstatito 
ou pigeon ita), e prossegue com a Cfislolizar;oo de piroxenio 
c6lcieo (augite) e-finolmente on~b6 l io e biotita. 00 lodo direitQ, 
a serie continua, rep resentoda pele gropo do plogiod65io. 0 
plogiocl6sio iniciol e mais calciee (onortita a by town ita). tor-
nondo-se pou lot inomente mais s6dica 10ligocl6sio au albi te 
nos liquidos residuais). Esto vario<;oo composiciona l 00 longo 
do crislo lizor;oo do magma pode estor registrada nos pod roes 
de zoneamento dos cristais ce plag;ocl6sio; b) Cristal de 
plogiocl6sio zonado. Folo : s. R. F. Vlach . 
um dCfcrminado valor cncico, inicia-se a cristaliza\io 
1ll:lj..,rtll:i.tic:l:formam-se germes cri stalinos, mimiscu-
los mick-os de cristais, de formas \'azadas, esqueletais, 
as \'ezcs lllC plumosas, que cresccmo para constiruir as 
fases minerais da tacha ignca resul tante. 
Nos eSlagios iniciais da cristaliZ:l!)ao magmatica, as 
difcrentes fa ses mIneralS nao c ris talizam 
concomi tamc1llente: alb'llmas fo rmam-se primeiro, c 
so depois 'llie a co mposi!)ao do magma remanescen-
te U\'cr sido aprcciavclmente modificada pela extra!)io 
desras primeiras fases, c sua temperatura U\'cr diminu-
ido ainda mais, e (jue as demais fases minerais irao se 
juntar as que ja se encontrarn em pracesso de cristali-
za!)iio. ou mesmo iriio substitui-las nestc pron:sso. 1\ 
SCtlli cnci:l de cris ta1iz:l!)aO resultantc e definida por 
para metros !ermodinamicos, e depcndc fundamen-
talmem e da composis:ao do mab'1lla inicial. A sequencia 
ideal de cristaliza!)ao dos minerais fo i originalmcntc 
estabclt::cida para mab'1llas basil ticos pelo petrologo 
experimentalism N. L. Bowen, em 1928, nas Series de 
RcaS-iio de Bowen, i1ustradas na Fig. 16.7. Tcoricamente, 
e possivt'l ohter, a partir de urn magma "prima rio" 
basaltico, toda uma sene de rochas igneas, desde as 
ultrab asicas (o u peridotitic as) al e as acidas (ou 
g raniticas), utilizando para tanto processos de 
frncionamemo do magma basalcico original durante a 
sua cri s faliza~io. E impon ante fri sarmos que as Series 
de Rca-;iio de Bowen representam um modelo gene-
rico c simplificado i1usrrarivo de um proccsso naruf'.u 
muito mais complexo e que, ponanto, deve ser utili-
zado com cautela na interpreta-;ao da cri staliza~ao de 
qualciller corpo magma rico. 
Excmplos rcais da gcra~a () de rochas composicio-
nalmcntc variadas atraves da cristalizas-ao fracionada 
de tim meslllo magma antecessor podem ser encon-
traelos nos co mplexos esrrariformes nos quais, a parrir 
de mab'1llas o riginalmente basilricos, sao gerados pe-
rido ti tos, ricos em olivina e piroxenios, pelo act.imulo 
destes minerais nas partes inferiores da camara mag-
m:itica, gabros, constiruidos de plagioclasio d.Jcico e 
piroxcnios. pcla cristali2a~iio do magma bas:iltico mais 
o u menos modificado, e anortositos, pdo acumulo 
de plagioclasio. Exemplos brasileiros de complexos 
cleHc tipo sao, enue ourros, os madc;os mifico-ulrra-
matlcos de Ni'luelandia e Canabra\'a, em G olis. 
J\ cristalizas:ao fracionada e apt!nas urn dos meca-
nismos q ue permi tem a ob te nc;ao de magmas 
composicionalmeme modificados a partir de urn 
m:lgma original qualquer. Outros exemplos posslveis 
CAPITULO 16 • RoeHAS iGNEAS 335 
de processos modificadores de magmas que , em 
muitos casos, adquirem importancia ate maior que a 
cristalizas:ao fraeionada sao a mistura de mabrtTlas ori-
ginalmeme diferentes, a imiscibilidade de magmas, e a 
assimitas:io de rochas dos condutos magmaticos du-
rant e a sua ascens?lO, ou ainda das rochas encaixantes 
ap6s 0 alojamento no sitio de consolidac;iio final. Na 
mistura de magmas, magmas de composiij:Oes discin-
tas, mas gerados em um mesmo contexto tcctonico, 
podem Icr contato durnme a sua asccnsiio na crosta e 
misrurar-se em propo~Oes di"crsas, gcrando todo um 
es pec t ro de composi!)ocs in te r mcdi :i r ias. Na 
imiscibilidadc de magmas. durantc a cvolus:ao de um 
"olume de magma originalmcntc homogi:neo, pcx1cm 
separar· se fra~Des imisdvcis (como :igua c oleo), e cns-
tali zar em separado, prod uzindo es truluras mui!O 
particulares nas rachas gc.radas. A assi mi\a~iio de ro-
ehas aCOntL'CC quando 0 mab'1lla abre caminho para 
avanc;ar na crosta rumo a superficie, e peda~os das 
rochas encaixantes sao incorporados ao mab'111a, sen-
do "digeridos" pelo mesmO, que consl.'<luemememe 
sofre mudan~as na composis-ao em fUIl\io da nature-
za e do volume da racha asstmilada. 
16.2 Variedade e Caracteristicas das 
Rochas tgneas 
16,2,1 A variedade das rochas igncas 
Como ,timos antes, magmas aprcsentam \'ana~Ocs 
composicionais significaci\'as em funS-ao de sua genese 
e dos processos modificadores que podem oeorrer 
durante a sua c[istal.iza~iio. A varicdade eomposicional 
das rochas igneas e consetjuc.ncia natural cia variedade 
co mposicional dos magmas a parti r dos quais se con-
solidaram. Hi tipos de rochas igneas mais comuns, 
que ocorrem em yolume si&rtlificarivo, como constiru-
imes fundamentais da crosta: granifOs c basaltos sao 
os mais representativos. Ouuos tipos sao mais raros, 
ocorrendo em sitios geologicos parriculares e em \ '0-
lume reduzido, as vezes como verdadciras curiosidades 
geo16gicas. co mo C 0 caso, pa r exemplo. dos 
carbonatitos. Estas rochas sao cristalizadas a partir de 
magmas de composi~iio carbonatica (predo minam 
minerals co mo a calcita e a dolo mita), e nio silicarica, 
como a maioria das rochas igneas. Sua impon :ineia 
economica est:i em poclercm alo jar impon antes jazi-
das de f()s fato, como as de Cajati, no Vale do Ribcira 
(SP) e de Tapira r.-. 1G), alcm de o utros bens minerais, 
336 DECIFRANOO A TERRA 
como em Ar:txa ~IG) , onde se localiza a maior jazida 
de ni6bio do mundo (Caps. 8 e 21 ). 
t\ composiC;:lo quimica de uma delerminada ro-
cha rel1ete-se nas especies mincr:lis eonstituintes e na 
pruporc;iio entre as disont:ls fases mint"rais. Um dos 
p a r:imclros fu nd :l.!n cn la is para a c:t raclerizar;iiu 
composiciona! de rochas {gneas C 0 tl:or de sIlica, ja 
menciollaclo anrerionnentc. 5c!-,rtlndo cste p:unmetro, 
as rochas igncas pot/em ser su bdh,ididas em :icidas, 
cum tcor de silica superior a 66° 0, imermedilirias, co m 
leor de SmCI entre 66 e 52%, b:isicas. com rcor de 
silica entre 52 e 45% e ullrab:isicas, cillando 0 leor de 
silica c inferior a 45%. Granitos (rig. 16.8 a e b), 
:mdcsiws. basal lOS (Fig. 16.8 c) c gabros (Fig. 16.8 d) e 
pcridoti tos (Fig. 16.2) sao, rcspectivamem c, reprcscn-
tantes lfpicos de cad a categoria. 
a j Granito: rocho intrusiva 6cida maci<;a, fonerilico 
equigronular medic . Capao Bonito, SP. 
b) Gronito: rocho inlrusi~'(] 6cido moci<;o, poriiritica, com mo· 
lriz lanerihco. Piedode, SP. 
Fig. 16 .8 Quadro de amastros I. Fotos: G. A. J. Szab6. 
Nas rochas :icidas, a abundaneia em sHica resulta 
na erisralizat;ao cle quarrzo. {Iue represcnm 0 cxccsso 
de silica, Oll silica livre. nao incorporada ao retfculo 
<los dcmais minerais si1ic:iticos. Em rochas basicas, os 
Icorcs rcduzidos de silic:1 implicam aumento 
concomi tante no teur do~ dcmai s componcnres {Iui-
micos, nmaclamente i\1.c:, r e c Ca, 0 (Iue result:'! n:l 
abUll<hincia de siiicatm ricos nesscs clC1TH.1HOS, como 
oiivina, piroxcnios. anfibOlios, t:" l'\'emualmcnte biotim. 
d('o(lnlin :uln~ , C'oic-ri\'a mC'I'If', mine rai .. rl:ificn~ , f)11 
cafCmicos (de Ca- Fe-.\ Ig), {IUC aprescmam caracrcris-
ticamcmc cores escums (r'ig. 16.8 cI). Em rnchas acid:IS 
c inrcrmedi:irias, predominam amplamenrcos minerais 
rCisicos, de cores claras, C COIll alIOS tCOrt'S de 5i, AI, 
Na c K, rcprcsemados pri ncipalmclltc pelos reJdspalos 
c feJdspat6ides, alcm do pr6prio qwm:w Wig.s 16.8 a 
c b), 
cj Bosolto: rocho .... ulconico b6sica maci<;a , olonihco. Bocio do 
Poron6. 
• 
-
d) Gobro: rocho introsi .... a b6sica maci<;o, lonerih:a, com alto 
leor de millerois m61icos (pira~enlo). IIho de 560 Seboshoo, SP. 
Outras rcbs:ocs composicionais imponanres sao 
:Jcluclas que dizcm rcs~jto as propor~6es entre silica 
(5iO) c alumina (t\~OJ. e ao conrclido em :ilealis 
(r-..:a ~O c I"':})). Rochas muito riCIS em alcalis apresen-
1:1111 composi\ocs mineralogicas peculiarcs, co m 
miner-lis m:i.nco~ de l\'a c K. c sao dcnominadas ro-
chas alcali nas. 'Quando u tcor d e Al20 1 e c!evado, 
cristflliz:mdo minerais ricos em AI, falamos dl' rochas 
pcrnluminosas.. Em a lb'lJn~ casos, 0 lL"Or de silica no 
magma em crist:Llizas:ao e insuficicnte pam ~r.l.I1 ci r :t 
incorpor:l.I;iio de todos os alealis c alumina d isponkeisaos fcldsp:llos c crist:t1izam, ad icionaLml"me. minerais 
cl itos "inS:ltumdos em silica", COlllO os fcld spatoidcs. 
F.S1CS mincr:lis S:lO incompa1ivcis com H:O TCS nuis e1e-
\":Idm: lk sflic:1, (IWHldo emiio cri stali:wm no rm:llmenlc 
o s fcld~ lJ:JlOS em seu lug:l r. Roc ha s quI.! contem 
f<:ld~ r ~ltf)i cks siio a1calin as, den omi nada s rocha s 
InS:lIur:I(!:.S em sili ca OU, abreviaclfi mcnte, rocha s 
Illsa1l1r:td:IS. 
16.2.2 Como inferir a composi~ao quimica a 
partir da composi~ao mineral6gica 
Um pa r:i. m e tro Illuito u t i] na ca racteri7.:u:;iio 
comp()~icion:11 cxpcdir:1 de rocha ~ fgncas e 0 indice 
de cor (i\ I). que d iz respcito it propon;iio entrc mine-
r:tis mMieos c Iclsicos, C (: ddi nido pclo Illimero pum 
corrcslxmdclHc ao pcrcenmal de minemis m:ificos na 
consti t Ul~iil) \'olumetrica de uma rocha ignC3 qualquer. 
Segundo CSIC par:i.m cl ro, as rochas igncas podem ser 
~ uhdi\,ldid:IS em hul o lcuCOCTlitic :ls (,\1 < 10) , 
leucocr:i.tic:ls ~ 1 entre 10 e 30). mcsocr:i.ucas (;"1 entre 
.10 c (i(l). mcbnocr:i.ucas (ou m:ificas - 1\1 entre 60 e 
.Iollto Doclto 
CAPITULO 16 • ROCHAS iGNEAS 337 
90) e ul tramdanocciticas (ou ultram:i. ficas - 1\1 > 90). 
Dc maneira si mplificada, pode-sc referir apcnas a ro-
chas 1cucocraticas, se hou\'er am plo prcdominio de 
minerais fdsicos, au rochas mMicas. quando a s minc-
rais m:i.ficos fo relll as mai s abundantes. H ;i Ulll:l 
corrdas:iiu generica entre teor de snica c indice de cor 
das rocha s igneas, COIllO ilustrado na Fig. 16.9: rocbas 
licidas a intermcdiarias siio, em geral , leucocdlicas (ou 
fclsicas), emluanto rochas b:isicis siio mclanocr:iticas 
(au maficas), e rochas ultrabasicas, na sua maio ria, sao 
uhramc1anocr:iticas (au uhr:un:i.ficas). 
16.2.3 Como intcrpretar 0 ambicntc de 
consolidas;ao de uma rocha ignca 
A co mposir.;:iio mineralogic:. cb s wcha!; igneas C 0 
qucsiru fundamental para a sua nomcllcblura c cbssi-
ficas::io pctrogr:i.fica, C reb ciona Ji relamcntc cada rocha 
ignca com a composi~ao do ma~,'m:1 a pan ir do qual 
se consotidou. Para uma nOI1lCndalurn c dassi fica~ao 
pctrogr:ifica completas, purem, e neCl'ssario acresccn-
1aT in formapJes sobrc 0 am bicnl c c a hi stori:! cia 
consolidar.;:ao de cada rocha. Esras inf()fll1a~Ocs po-
dem se r obtidas a parrir (b s 1eX Iuras c eS lru lura~ 
aprcsentadas pebs divcTsa s roch:!s fb'11 Cas. que SI.': de-
~en\'ol \'e lll em rcspo~t:l diret:l flO :lIl1biclllC no <llIal 
um detcrminado magma finalmcnlc sc alo ia I.': se con-
solida. Tc xtura eliz respcito :'is ca raclensI,icas c rda~Ocs 
cm re as Cases mincr.tis cunsuluill1cs dc lima dcrcrmi-
nada rocba: suas d imcnsOcs :lbsolut:IS c rdalivlIs. scu~ 
h:i.bitus e formas. seus padr(~s de :l rr:l.Il jo, e C (kfini 
da, no r111 :1lmcme, em escala de :11110S1T:1 de mao e/ o u 
elll cscab microscupica. Es trutura £li z n;spci to ao :u -
And •• lto .... Ito Ilorntltllta 
..... t __ frb:) 
........ 
'_"'ra (au malfh;) 
fanerltko Oronilo Oronodiorilo Dior!!o Oabr. 
.echo • 
wlc.nlc • • 
.o.ho, 
pluI6ni.o, 
// Q uomo _ - '? 
'co 
so 
.. - .. _ .. 
----::,""'/ 1----------- .... ,,/ Plogiod 6sio 
K-FeldspolO .... (No >Co) 
......... Ml 
,. 
• 
1ntI .... c.rCMJ \!5 30 '0 90 II OlIo . .... ...... 
'" Roches f9lsicos :+ M6licas +: Uilrom6ficos > ........... .. 
'Iller • +--- n°. 66·. !52". .!5·0 .... 
...... 
.... l'" Il0:l) '" Roches 6cidos '" <Int",medio"" . ~< Bosico s ~< Uhrob6sicas ,. 
Fig. 16.9 As re lo~6es entre indlce de cor, teor de silica , composi~60 minerol6gico e ombiente de CnslOhlOc,;60 poro os 
rochos igneos mois comuns (e~cluindo os olcolinos). 
338 DEC I F RAN D 0 ATE R R A 
0) Obsidiono (~idro ~uIc6nico), 
c) Bosolto ~es i culor I omigdo loidol. Bacia do Poron6 . 
Fig. 16. 10 Quodro de omostras II. Folos: G. A J. Szob6. 
ranjo de porl;Ocs discintas de uma rocha (por cxem-
- ,- "- _. , " " -
plo, 51: a raclla e bandatJa OU macir;a) bern como suas 
feir;6es macroscopicas a mesosdJpicas (observada em 
escala de amostra de mao a escala de afloramenro), 
scm entrar no meriw das rclar;6es entre os consrituin-
tes fundamentais, as minerais. 
Os contrastes texrurais mais evidentes sao os que 
ocorrem entre rochas consolidadas em ambiente vul-
dnico (it superficie dOl crosta, na forma de derrames, 
a u muieo proximo a superficie, em condutos vuldni-
cos) e rochas consolidadas no interior da crosta (a 
profundidades considcravcis, na forma de corpos 
imrusivos). No caso das rochas consolidadas em am-
bi ente vulcanico, au sub -vuldnico raso, a 
profundidades nao superiores a algumas dezenas au 
poucas centenas de metros, 0 magma - au, no caso 
de derrames, a lava - perde calar rapidamente, e sua 
b) Pegmatito de turma lino granito, textura fonerilico grossa a 
muito grosso . Perus, SP. 
• 
d) Pumice. 
cansalidar;ao e acelerada. Em muitos casas, esta con-
__ 1; ' . _"," __ • _ . , • " . _. ,.. _. 
solidar;10 ~ taO r1p!da, que no'lo 111 tempo sullcH:lHe 
para 0 surgimento das germes eristalinos, ou para 0 
desenvolvimento adeguado de minerals a partir deles, 
e 0 produto final do processa de consolidar;ao e urn 
vidro vulcanico, como a obsidiana (Fig, 16.10 a). Em 
outras situar;6es, a consolidar;ao pade se dar por cris-
talizar;aa total ou parcial. Quando 0 resfriamento e 
cipido, urn grande numero de germes de eristalizar;aa 
e formada em um curto intervalo de tempo, scm que 
ha ja uma difusao adequada das componentes em di-
rer;ao aos sitios de crisralizar;ao. Fo rmam-se assim 
cnstais diminutos e em g rande quantidade. Ja em ro-
(has consolidadas a gra ndes profundidades, b:\ urn 
contraste de temperatura menor entre a magma e as 
rochas encai..'{ames gue, adicionalmeme. constiruem ISO-
lantes tcrmicos muito eficientes. Isto diminui a perda 
de calor do magma, rnzendo com que sua consolida-
s:iio tenha dutas:ao longa. Dcrtames de lava espessos 
consolidam-se em (JueStao de alguns anos, decenios, 
ou seculos, (Iuando muito; a consolidas:ao de corpos 
magmaticos intrush·os pode prolongar-se por alguns 
milhares, ou ate dezcnas de milhares de anos. Por con-
ta da cristalizas:ao lenta, a difusao dos compunentes 
em mab'ffias alojados em profundidade c muito rnais 
eficiente e, purtanto, dcscnyolvem-se minerais de di-
mens6cs maJores. 
o desenvolvimemo das fases minerais pode Set afe-
rido atrnycs do b'1"aU de crisralinidade e do grau de 
visibilidade de uma rocha ignca. 0 gtaU de cristalinidade 
di z rcspcito a panicipas:ao da fase vitrea como consti-
nlinte representativo de uma rocha vulcanica. Rochas 
iscntas de vidro, constinu"das cssencialmente de fases 
cristalinas, os minerais. sao holocnstalinas. Rochas cons-
tituidas p redominantcmcntc de vidro vulcinico sao 
dcnominadas \·iucas (Fig. 16.10 a). Ja 0 gtau de visibi-
lidade diz respeito ao tamanho ab solutO dos 
eonsti tuintcs minerais. Em rochas de granular;ao mui-
to fina, os cristais sao praticamente imperceptiveis a 
olho nu, ou mcsmo a lupa manual; neste caso, diz-se 
que a rucha aprescnra textura afanitica (Fig. 16.8 c). 
Quando os constituintes minerais tern dimensoes que 
permit em indi\·idualiza-Ios a olho nu, au mesmo 
idcntifid.-Ios, a rocha passa a ter tcxtura fancritiea. 
Neck 
vulcanlco 
Dlqu. 
radials 
CAPITULO 16 • RoeHAS iGNEAS 339 
Para as rochas fancriticas, fala -se ainda em ruchas de 
granulas:ao fina, quando os constituimcs, apesar de 
perccptiveis, sao di minutos, de dimensoes sub · 
milimetricas, e rochas de granulas:ao m&lia (Figs. 16.8 
a e d), quando os constiruimes tern dimensOes da o r-
dem de ate alguns milimetros. 0 terma gnuulmyio b'l"OSsa 
e empregado quando as consriruimes possuem dimen-
sao entre 0,5 e 3,0 cm. A granulas:ao muito grossa e 
tipica dos pegmatitos (Fig. 16.10 b), com os minerais 
individuais tendo tamanhos da ordem de varios ccnti-
metros, decimetros, ou atemetros, em alguns casos. 
o grau de crisralinidade e &'1"aU de visibilidade po-
dem ser correlacionados ao ambien tc dc consolidar;ao 
de uma rucha ignea (Fig. 16.1 1). Rochas portadoras 
de vidro vulcanico em (jua1'luer propors:ao formam-
se a superffcie, em ambienre vulca nico. Rocha s 
holocristalinas afaniticas indicam eristalizar;ao rapida 
i superficie, em derrames, ou proximo fa supcrficie, 
em dutos alimentadores dos mesmos, ou ainda em 
corpus intrusivos rasos associados. Rochas faneriticas 
finas sao geralmente tambcm assodadas a ambientcs 
vulcanicos / sub-vulcanicos, como cunstituintes das 
partes centrais de dcrrames espessos au de corpus 
fgneos intrusivos de d imensOeS reduzidas. Ja ruchas 
fa ncriticas medias e grossas desenvolvem-se tipica-
mente em corpus intrusivos profundos, de dimensoes 
exprcssivas. No casu dos pegmatitos (Fig. 16.10 b), 
Dename 
Fig. 16.11 Oiogromo esquem6tico moslrondo os formos de ocorrencio de rochos mogm6ticos (derrome,sill, d ique, bol6lilo, stock, 
neck vulc6nico, diques rodiois e loc6Ii1o). 
HP
Typewritten Text
HP
Typewritten Text
HP
Sticky Note
Marked set by HP
340 DECIFRANDO A TERRA 
o crescimcnl O exager:ldo dos minerais c dcvido a 
fmores adicionais. como unl:l grande riqucza em fl ui-
d o~ e elementos de alta mobili(bdc, C 01'10 ao tempo 
c profundidade de cristaliza~;io proprlamente duos. 
Podemos tambcm reconstilllir a historia da crista-
li za~ao de umit rocha ignca a partir das dimcosocs 
rcl:uiva s enlre as suas fa~es minerai s. Mab'lllas que cris-
talizam em um unico episodio. din:tamcntc no seu sluo 
fi nal de alo jamcnto, tendem a prod uzi r constiruimes 
com dimensOcs da mesma o rclcm de grn.ndcza, sejam 
cles mui to finos, fin~s. de grn.nula~ao illedia ou gros-
sa. J:i magmas que iniciam sua crista li zac; ii.o em um 
dcn.:rminado ambieme, sofrcm novo transportc, e tcr-
rninam slia cOl1solidac;ao em um ambientc discinto do 
inicia l. 1': 111 geraJ rC)"rlstram is [0 at'r:lVCS da existencia de 
uma gerac;ao de cri slais de dimcnsoes superiores as 
dirnensoes dos demais constituintcs. Quando todos 
o s constituintes tern dimensOcS de mesma ordem de 
g rnndeza. a texrura C dita equigmnui:u (Fih'S. 16.8 a e 
d). J:i quando h:i uma gera~ao de crisrai s (Iue sobressai 
n~ texlura IXir apresemar dimensOcs supcriores as dos 
demais constituin tcs por pclo menos uma ordcm de 
grnndeza, a tex tura e desi,l,'11ada porfiritica (fig. 16.8 
b) e os cri stais de [am:1nho avantaj ado S:lO denomi na-
dos fe nocristais. cnquanto os demais, de dimcnsocs 
infcrio res, conSl.i tuem a matriz. Depcndcndo do am-
bicnte em ~lue a consolidas:ao C cOlllpletada, a matriz 
de uma racha com [cx mna porfirftka pede set vitrea, 
afanitica, ou f:mcritica fi na. mcdia ou ~HC grossa. 
;\s L'StnJlumS das rochas igncas [am ocm sao impor~ 
[!Ul1C fume de in formas:Ocs sobre () scu ambieme e hist6ria 
de consol id a~iio. Geralmel1[e, a cstrutura de rocbas ib'11cas 
e maciS'a, uma \'ez que magmas tendCIll a se alojar e 
consolidar em TL1:,>1meS iscntos de ten sUes; cxemplos desra 
cstrlltllr:l sao as amostras das Figs. 16.8 a e d. Ha, poreffi, 
t'Strunlr:lS indicauvas de flllxo, mnto em rochas vuJcini-
ClS como inrrusiYas: as lavas cordadas (pabotbot-) sao urn 
cxemplo do primeiro caso (Cap. 17), enquanto a orien-
ta~ao de crist ais tabu lares de fcldspato em sieni to s 
cxemplifica 0 segundo. Fm rochas vulcinicas, ha uma 
sirie de eSlrutums associadas aos proccssos de extrusiio. 
i1uxo c solidificas:ao das lavas. Estrutu~IS indicativas de 
escape de gases sao as vesiculas (quando ,'azias) e as 
:unigdruas (qu:tndo preenchidas por mincrai~ t ... rdios, 
como varicdadcs cristalin:ts c criptO-CriSrnlin:IS de silica, 
carbonalOs, zeo lita s, etc. - Fig. 16,10 c). Dcrrames 
basaiticos, co mo os da Bacia do Par.m:i, apresentam 
frC<l licmcmcntl' topos vcsicularcs/ amigdaloidais. R(x:has 
com alto vo lume de ve sicula s sao dcnominadas 
esconact:3s. J :i os pumices rcprcscnt:un um tipo parti-
cular de rocha vulcanica com aha ind icc de vazins 
procluzidos por l'l)Cape de gas<.'S. com uma t'S trururn. es-
po nI05.'1 / ceJular, oncle os seP[US entre os \'aZ10S sao de 
material vitrco mw[o ddgado (Fig. 16. 10 d). 
16.2.4 Dando nomes as rochas igncas 
t\ nomenclatura de rochas igneas e dd inida, COIllO 
Ja mencionado, com base na s suas composic;oes 
mineralogicas e nas suas tex tul'aS. O s critcrios de no-
menclatura sao padronizados int'crnaciunalmeme pela 
sistematica adotada pela lUG S (lfllm1tJlioflllJ Uflioll 0/ 
Grolog;((JJ Somcts - Uniao Intcrnacional das Ci~nei:ls 
Geologicas), Esta sistema tica c tam ub n conhccida 
como N om e nclatura d e Roeh:ls ign eas d e 
St reckeisen, em homcn:lgem ao geoJogo suic;o A. 
1.. St rcckcisen, q ue p ropos a ado c;ao de crit crim 
mundialmcme unificados de nomencla tura para as 
roc has igneas. Segundo cSt a sislCmatica, as rochas 
sao subdivi didas em vulciinicas. q uando apresc n-
talll tc xtura af:mftiea Ull vhrca, e in lrllsi":IS, lJuandn 
a tcxtura for fanerfti ca de llualqucr granulas:ao. 0 
nome cb rocha c en[ ao d cfin idu pel:1 prupOTS~:i() 
observada entre sellS constiwin[ cs min erai s majori-
[:i r ios, ou pc la propo r~ ao en [fe co ns[iwin tcs 
minerais inferida atravcs de critc r;os variados, quan-
do os minerais ind ivid uai s nao forclll visi\'cis. 
Rochas ult ram:i ficas, com mais de 90% .. de mine-
ra is m:ificos ( \1 >90), sao considc rada s :i pa rte, C 
consti w cm dois g ran d es g rllpns p rinc ipais: o s 
pcridoti tos, ricos em ol i \' in ~1 acompa nhada de pro-
pors:Ocs vari:i" eis de piroxcnios, c os piroxeni[ os, nos 
quai s prevalcccm os piroxcnios, podcndo conter urn 
po uco de olivi na . Peridolil0S SrlO as rochas consucuin-
{es do manto da Te rra, e servem de font e p:lra a 
extrn~ao dos magmas bas:ihicos; piroxcnil0s ocorrcm 
em co rpos mafico-ult r:un:ificos eS[l'a tifo rmes., forma-
dos pclo acumulo do piroxcnio criS[alizado na cam3T:l 
magm:itica. Rochas vu lc;iniCftS uh ram:i fi cas [,i\·era m 
grande import:incia no passado. no I\nlueano (Cap. 
23), (IUando a tempcraluT:l mais dcv:tcb do mant o per-
milia maiores [:lxas de fusao, geralldo magmas ri cos 
em j\ lg que, alcallt;ando a sUIx:rficic <1:1 crOSla primili-
va, consolidavam-se na form a de dc rra me s d e 
komaciitos, rochas peculia res de grande interesse para 
o estudo da eyolw;ao do manto e da CroSt:1 arqucana, 
pormdoras de texU!T:lS curioSliS (Fig. 16. 12), dcnomi -
Il;lU<l~ xjJlllili, . ....- pel:! st:mdhan<;:<1 que aprCSC!lta111 com 
um:l grammea :lU:->ILllialU hOn1{)mma. 
Fig. 16.12 Komotiito com ledura splndex. Pium-hi. MG. 
Fotc: G A. J. Szab6. 
Rochas 
<om 
quortzo 
" 
• 
A 
Rocha!; 
2 
7 
<om 
f. ld s polojd e$ 
Q 
<)0 10 90 
M < 90 
lb 
a • • 
• • 10 
p 
F 
CAPiTULO 16 • ROCHAS iGNEAS 341 
Rochas nno uhrmnatica:; (,\ 1<90) puJL::1ll ~l,;l' cla~~i!;­
Gl.das pclas propon;c)cs que aprcsentam entre ~ell:; 
consutuintes fclsicos: fcldspalDs alcalinos. rlngtOcl~SIO, 
(IU:1rtzo e feldspmllicll.:s Qc:mbmndo (Iue (]Ll:1 !'I:%O - sHic:! 
crisLllina livre - c incompatfn.:l com a p rcscn<;a de 
fddspat6ides). i\ propors:iio I.:ntn: estes constlluimes e 
n:calculacla p<lfa ](Kl"' .. , C 0 result,.do lanc;ado em um dos 
dois diagr:unm; t:m.n!-.,ulares de rd<':rencia (Di~rratw\ Ql ~ \ P 
Fig. 16.13). ( ) nOl1lc-raiz da n)chn e obtidn a p:l rti r dos 
campos dcfinidos ne~ t es diagmmas, e acrcsClc\o de iefor-
m:l~{)es adicionais iulgadas rc1(,,';lnlCS. Por c'..:crnplo, J111a 
rocha com t"'..:tur:l fal1c6tic:l de ~rranuhu;::io media, OJ:1sri 
nlfda predominHlltcmenrc reins minerais tcl~lcr)S tluartzo, 
plagiodasio (com tcor do componemc :lnonjra em torno 
de 2!l% :::: oliWx:lasio) e feklspalo alcalino (oJT(x:Lisio ou 
ITllcroclinio) em propon;6cs tXllIi\'wentcs SCr.1 dcnorni 
n:lcla "granito". ~e estc gr:lnllO ti,'cr (Iu:uuidadesr(,;prescnrariYas dc binDta, e al)""'1JnS dos sells cristais cit.; 
fdd~IXH() cOllsrirufn:m fenocrislais, com mmanho rdati-
n> :n-ant:ljacio (Iu:mtio cOlllp:tntdo'i ao~ t!t..:m:lIs, que 
Denomina~ao dos campos: 
1:1 Quanzolito 
lb Granitoidc rico em quartzo 
2 AJcali-feldspato granito 
3 Granito 
-I Granodiorito 
5 Tonalito 
6 (Quaruo*) AJca.li -feldspfl1o sicnito 
7 (Quartzo*) Sienito 
8 (QlIanzo*) i\ lonzoniro 
9 (Quanzo"') !\lon:t.Odiorito ou monzogabro 
10 (Quanzo"') Diorito au gtlbro 
6' Alcali- fc1clspato sieniLO com fcldspato idc 
7' Sienito com fcldsparoide 
8' Manzanita com fe1dsp:uoidc 
9' Monzodiorito Oll monzo~bro com fcldspatoidc 
10' Diorito ou gabro com fcldspat6ide 
11 Fcldspat6idc sienito 
12 FeJdspntoidc monzossienito 
13 Feldspatoidc monzodiorito 
14 feldspat6idc diorito ou gabro 
15 Foidoliro 
Fig . 16.13 Diagrama QFAP do Sistematica do lUGS (simplificado) para classjficac;oo de rochas fgneos com Indice de Cor (M) 
< 90 com as princi pais names-raiz para rochas igneos intrusivos. Q quamo; F leldspot6ide; A leldspoto alcolino; P plagioclaso. 
O bs: Quarizo ' - usar 0 prel xo quondo este mineral for superior a 5%; gabro difere de d iorito par apresentar, em gerol, ~.50. 
342 DEC I F RAN D 0 ATE R R A 
constl tuicio pormnto a marriz (Fig. 16.8 b). a sua deno-
mioas:ao mais co mp1cta scci blotim ,granito porfi ritico, 
acrcscenmndo imporlante~ infonmu;6cs minernlOgicas c 
tcxnu'ais ao nome-raj;>:. 
Para rochas vulcanicas, a compasic;iio mineral6gica 
e inferida a partir dos fcnocrismis, quando presentes 
(fenocrismis de quart'l.o indicam cte" ado leor em silica, 
logo, a roch:! seria a equi\"aleme ,"lc:inico do granim, 
dcnominacb rjo li to). Ol! pela cor da rocha (rochas es-
curas siiu. em genl, rn;Hieas; roehas de colorac;ao 
:I\'crmdhada / arroxeada a acinzcntada au mais clara 
serno mais fch:ic:l s). A classificac;ao mals acurada de 
rochas "ulcanicas c dificillluando cm :lmOSlras de mao, 
neccssi l!mdo de cstudos de microscopia ou anidises 
Cjuimicas. ?\ \acroscapicl!ncllte, rochas igncas afaniticas 
podcm ser chamadas de felsi tos, (luanda apresenta-
rem cores clar:ls. e de mafitos, ou rochas bas:ilcicas (no 
sentido gencrico), clu:mdo fotem ('scuns. 
Pam rochas com (extur.l fancritica fina, rt.':Comcn-
da-sc usar u prefixo micro (microgn ni to, micro!:,.-abro, 
etc.). Tr3dicionalmente. previ a-se uma nomenclatura 
distinta p:lm roch:lS com essa textura, consolidadas ge-
ralmente em corpos me nores. de colocac;ao pouco 
pro funda, :-\csle semido, haveria um tipo de rocha 
intcrmcruario encrc 0 gabro, result:lnc c da consolida-
c;ao de lUn magma basico em profu ndidade. e logo 
com ICXHlra (:l nerit.ica mi:di3 a grossa, e 0 basalto, sell 
CClui"alcnte ,'uldnico, de tex tura afanftica, t\ rocha dt! 
tcx tum fane ritic:l. fina resultan te d:l. consoJidac;ao de um 
magma b:isieo em corpos imrusi,'Os rasos denomin:l-
se djabasjo, que julgamos necess:irio mcncionar por 
tratar-se de um !"crmo fi rmemente arraigado no lin!,'U:lj:lr 
dos ge6Iogos. 
Uma cb ssi fi c:lC;iio simplifica(b que pode ser utili-
z:ada dc maneir:l expcdita e aquela aprescntada na fig. 
16.9, rc\acionando composic;iio quimica, indice de cor 
~ \) . texUlra C :lmbieme de cri staliz:lc;ao de algumas 
cbs rochas igneas mais frequentcs na crosta. i'\'este di-
agrama, a proporc;ao entre os princi pai~ constiruinrcs 
mine rais pe rmiTe opt:l. r entre as no mes g ran ito, 
g tanodjorilo, diorito, gabro e peridotito para rochas 
imrusi,'as. e os respectivos cqui\':llcmes ,'ulcanicos 
r;ol il o, d:lc ilO, andesito, basaho e, caso particular, 
komatiito. Nao siio aprcScntad3s, neste diagmma, as 
rochas alcaii nas, como sierutos e ~cus e,!ui\"aiemes vul-
c:i n icos, os fono li tos . E stas rochas podem ser 
identific:ldas pcb SU:I riqueza ern rninerais de Na e K: 
sienitos e fanoli tos, que sao conscilUidos predominan-
(cmcnte por fddspams alcalinos, acompanhados OU 
!laO de fcldspaTbidcs (quando ins:numdos em silica) 
ou quartzo (qll:lndo supcrsaturados em sil ica), alcm 
de eventuai s minerais m:ilicos port"adon:s de Na c/oll 
K, Oe\"emos ter em mente, ainda . (lllC eSle diagrama 
re present:l. um a abstrac;ao, e as rebc;{)('s ent rc os 
par:i.mctfOs uti lizados podcm nao ser liio dirctas :lssim 
em mwtos casas (ha excmplos de grnnilOs mcsocr.iucos 
e ate meianocr.iticos, e de gabros lcucocr;iljcos. ainda 
que sej am roch:lS mcnos frc(ll1cnTcs). No entanto, ser-
ve com D boa aproxi ma r;: iio pa ra li ma classifieaC;ao 
preiiminar, dcsde que ucilizado com criTerio, dcntro 
das suas limimc;Ocs, 
16.3 Rochas Intrusivas: Modos de 
Ocorrencia e Estruturas 
A seguir seriio dcscritas as formas de oco rrencia 
das roch:ls igncas im rusi\'as com maior detalhe, As 
fo rmas de ocorrencia das rochas " uldnicas e Sllas cs-
Iruturas espcdficas serao considcmdas no Cap. 17. 
Se 0 magma, gerado em profll nd idadc. se cons()-
lidar no interio r d:t crosta, teremos :I fo rm:lr;:iio dc 
roch3s plutonicas ou im:r usi,'as. Ocpcndendo ria pro-
fuod idade Ila qual 0 rna!,'1TI:l S(" crisl.'tliz:l. Os curpos 
roehosos gcrados podem ser classificados em: abissais. 
se a crislalizac;iio ocorrer em grnndcs pro fundidadcs 
(mai s de 2 km) e hipabissais, sc crist.al iZ:lrcm em ni\'cis 
crusta!s rasos. 
Os co rpas de rochas igneas imrllsi'·:ls podem tam-
bem ser classificados em rc1ac;iio as suas formas (Fi~. 
16.11), que podcm ser alongadas. circulares, tabubres 
Oll mesmo lOtalmen te irregulares. I)c lim modo gc-
ral. todos as co rpos in tfll sivos sao dcnominados 
"plutons" c podem ser distingllidos de :leordo com 
seu tamanho c rclac;ao co m as rochas encaixantcs da 
crosta. 
16.3.1 Corpos intrusivos mcnorcs 
Os eorpas intTllsivos mcnorcs siif) rcprescnrados 
pclos djqucs c sills (au solei ras). {lllC tern fo rmas ta-
bulares, pdos lac61itos, em fo rma de cogumdo e 
pc10s n eck s vulcanicos, Diqucs c sillJ possucm a 
mesma geometria e a difercllc;a entre cles csd no modo 
em que se da a Sua intru 'iao nas rochas encaixant es. 
O s diques siio fa rmados quando a mab'ma invade 
as rochas encaixantes atra\"(~s de fralums o u falhas. e 
apresentam uma atitude ,·ertiea! au cormm as cstrutu-
ras or iginais dess as roch:l. s. sendo po rt an lO 
Fig. 16.14 Dlque oosico corlondo gnoisse migmoiitico. Foio: 
B. B. de B. Neves. 
dC n(l lllill ad\)~ co rpos dj scord:lll! c~ (Pig. 16. 14). as 
d ill llCS podcrn ser ena rm es co mo, por cxemplo, 0 
··C mnd o..: D i([uo..:" 11a Rodes!a q llo..: I! rcprcsl"ntado por 
l lll l corI'o dt" gabro co m aproxim:l.d:UllCnlC SOO km 
de cnmprimcnto c H kill dc CSp CSSUr:l.. No cmanlO, 
de~ t,ll1lix'rn pudclll teT dimcnsCx!s petluenas. de :\1-
guns metros uu ccmimelros. O s diques pcxlcm ocorrer 
Isob d,L11 lentc flU como cnxamcs, Sell tamanho depen-
dc do v(ll ume de ma~m:1 dispu nivel c do tamanho cia 
fr:l tUf:l pcl:1 qu:tl ele percob , (; cf:llmcmc, os diqu es 
CAPiTULO 16 • RoeHAS iGNEAS 343 
~iiu cunstituidos por magm:IS b:i.~l cns. 'llie sao mais 
flu idos e co nscgut"m pereolar pclas fr:l tllr:ts c fa lhas 
da crusta co m m:lior faci lidade. COnl udo, d iques de 
rochas fclsic:ls (granicicas) tambcm ocorrcm, 
O s sills (soleir:t~) ~ao corpos im Tusivo s l:lbulares 
l[lI e sc aioi:t1l1 com ari!ud e hOfi zoillal a sub-ho ri-
zo ntal , par:ll el:llllc l1! c ;, eS lr :t t i fi c:H~' a o C]ua nd(1 as 
rochas cnc:li xa mcs fu rem sedi ment :t fcs (Fig, 16, 15), 
pclo qll(' sao ch:t ma do s de co rpos Cflll cn rJ :allles. 
Seu 1:1111:l11 ho (amhC111 i: v:lri:l vc l. po rcm, pam um 
mesmo co rpo. a CSp('SSlifa C rclativ:tmenle COllSlall -
te. Este. fa lO le\'ou o s gr.:~) I ()gos a sugerirclll ([lie. os 
sills s:io formados por b vas b:tslam c fl llidas. 0 <[ue 
c gcmlmeme o bser va do. i:i q ue a ~ ra n(!c !ll:l ioria 
d o~ corpos i: Cf)1lSlirui(\:J de rneh ~l s h:is icas. ;\ oco r-
rencia de 11m sill, pa r se r l llll corp!)conconi:tnt l', 
cx ig c q ue :1 ca m ad a d e ruc h :1 scJ ime n t:t r 
sobrcj aceme s('ia socrguid:l po r igu al :1 UIll:l :thma 
cqui\'alem e a cspeSSLLr:l do sil/' Embo r:l iS LO p:t re~a 
mui to dific!l , 0 pron'SSf) de soc rgui llH.'mo d:t c:t · 
mada d<.' rucha re.tlucr menos cner,.;ia do llue :tqucla 
Fig, 16 ,15 Sill de microgabro (diooosio - rocha escura) intrusivo em colc6rios poleoz6icos {rochos cloros}. Represo Roosevelt , 
Fenl)(, ArilOnO, E. U. A. Foto: W. R. Van Schmus. 
344 DECIFRANDO A TERRA 
fig . 16.16 Dis l un~60 colunor em baso llos do Bacia do Parona . 
Torres, RS. Folo: R. Machado . 
nccess:i.ria para k var 0 magma atc a superlicie. Con-
se'lticn lem cnt e, as sills se formam pre ferencialment e 
em nkeis faso~ cia Crost~l , pruximos il superffc ie, 
o nde a pres siiu cxcrcida pel0 peso das rochas so-
brepo s ta~ c rc!ati\':1nlente pcquena. 
Um excmplo d:'issico de um corpo tm forma de .rill 
e o de P~llisades nos Estados Unidos. Cle possui cerca 
de .300 III de espessura e hoje, pOf causa dos proces-
sus erosi\'os, ocorre como um ·'pared;;o" na margem 
do rio Hudson. Dcvido :1 sua h'Tande espessura e ;10 
lentn resfriamento do magma ele e um {)timo exempl0 
de cri stalizas:iio fracionada. Este sill formou-se a partir 
de tim magma rico em componentes dos minerai s 
oli\·ina, plro"cnio c plagiod:i.sio. Como oiiyina forma-
se primeiro dur:m te 0 processo de cris taliza~ilo (serie 
de Bowen, rig. I (1.7) e C 0 mais demo dcs-
tes minerai s, sofreu prccipir;u;:ao perfazcndo 
cerca de 25% dos mi nemis presentes na parte 
b:ls:ll do sill. Proximo ao taro do corpo, :t 
oli vina pcrfaz apenas 1% da rocha, enquan -
to 0 mineral mai s leve, 0 plagioclasio, 
consti mi cerca de 60-70% da mesma. 0 
cxemplo dc~tc sill diferenciado c importan-
te para os geiJlogos porque confi rma os 
experimentos de labo ra[()rio sobre a crista-
lizas:iio fracionada ii qu:tl alguns magmas s:'io 
submctidos. 
gcralmeme 6) hcm tormacbs. Istu se &i devidu il 
pcrd:l r:i.picb de calor da lava (oril,li!l:l.ltnen tc a cer-
ca de 1.0000 C) em niveis erustai s rasos, fazcndo 
com que haja uma eomnu;ao e forma~iiu cias colu-
n:lS poligonais. 
As vezes, 05 slils podcm se assemeJhar mui to a 
corridas de lava sorerr:ldas, j:'i clue ambos sao t:lbu-
lare s e podem aprcsef1la r disjunt;iiu co lunar. 
Adicionalmeme, pelo f:110 dos slifr se colocan::m em 
niv eis crustais ra so s, pro ximo ;i super Heic , sua 
b>TIl.nu!as:iio e fina c pode ser f:lCi lmente ClJ1lfundida 
com a de dcrrames basitlticos. t\ di sl.ins:iio en tre ek~ 
c mui to importantc quando tla reconstitlli<,:iio d:l 
hisr(Jria geol {)~,; ca de uma rcgi:'iu. Uma fcis:ao lx,de 
auxiliar na identifica~iio desta~ estrururas: a p~t rt e 
superior de um a corrida de lava. COIllO j:'i mencio-
llado frequenremcntc contem vesiculas e/uu amigdabs 
formadas pclo escape de gases emlwtmo a pane infe 
rior do derrame mostra sinais de metamorfismo de 
cantata. J :'i no caso dc um sill, ambos os limitc~ do 
corpo, tanto ° inferior quant a 0 superior, 111Qst ram 
evidcncias de mer:lmortlsmo e 0 hori,mll te vesicular-
:tmigdaloidal nao ocon e. 
O s lac61itos sao corpo$ fgncos imrusin)s, com a 
forma de um COb'l.!1le1o, '-Jue podcm represcntar uma 
varias~iio dos .fills, j:'i tlue invadem coneor<i:mtemente 
ca!lladas de rochas sed imentares em nivcis rasoS da 
crosra. PorCm. difcrememcnte dos sillr,o I:1colito ar-
queia as camadas de roeha SLiprajacentes (Fig. 1(j. I I ) 
para obter cspas:o para seu alojamento. Outrn dife 
rcno;,:a e na COllllx)5is:ao, Ulll:t vcz (Illt:' os I:1colitos sao 
o resfriamento de carpas i!,'l1eos tabu-
lares, como .fills c diqur.:s, e mesmo derrames 
de lavas, pode calls~ r um padn'io distinto 
de fraturame.nlo nas rochas ljUe os constiru-
em, conheciclo COIllO d is ju ns:ao colu nar 
(Fig. 10.1 (J). F ste pad riio de fraturamcnto 
ger~ prismas coiunarcs com faccs (4 :1 ~ . 
fig . 16.17 Neck vulc6 nico no Wyoming connecido como Torre do Diobo. 
Fote: Dove G , HouserlSlock Photos. 
gcralme lll e formados por magmas mais \-isco sos. 
Cunstitllem. em geral, corpos pCCJuenos se compara-
dus aos b:Holitos c sua hrgura c inferior a poucos 
quikmlctrus. 
"'uks vulcanicos sao cuqx>s imrusi \'Os discordan-
tes formados pcla consolidao:;:ao do mabrma demro de 
chamincs vulcanicas. os conduros por onde 0 magma 
sobe C chega :l. superfkie atr.wcs dos vu1ci>Cs. Apes a 
crusau do cone n dcanico. principalmcnte daque1e cons-
tillddo po r material p iroc1as tico mai s facilmcnt c 
crnd f"d, sobressai na topogmlia a amiga chamine, 0 
/lrd!! vu1canico (Fig. 16.17), CJlIe sen -iu de alimentador 
de magma para () vuldo. A panir da partc central da 
chamint'! 0 magma pode percobr bteralmente preen-
chendo fnnuras c gcr:mdo di(lues r:ldiais (Fig. 16.1 1)_ 
16.3.2 Corpos intrusivos maJores 
O s batolitos sao os corpos igneos plutonicos de 
maior dimens:io c pOSSuem uma forma ir ft~f-rular (fig. 
16. 11 ). Como des se cristalizam em profundidade, 
somclltc graps :'1 crusao e que hoie podcm ser obser-
\'ados il superficic. Sell t:unanho pode \'ariar bastante. 
Com-cncionalmenI'C, custuma-se chamar de baulli tos 
os corpos <Iut: apresemam, em superficie, uma area 
superio r a 100 km2; quando a area for menor, os cor-
pos s~'io d~nOl1lir1adus stocks, Os Jtorks podem ser 
parre de bat61110S parcialmcllIe croclidos, (Jue com um 
processo mais imenso de erosao podem passar a ser 
totalmcntc t:XPOSIOS. Amoos, bal'61ilOS C ftOties, sao cor-
pus im rusi\'os disco rdantcs, CJu~ con all1 as estruturas 
das rocha~ cncaixantes. Uma feio:;:ao bastantc comum 
nas re~';Oes m~lrgina i s elestes co rpus c a presenr;a de 
xcn6 1itos (Fig. 16.18). (jUC sao fragmenl os da rocha 
cncab.ame llrra ncaJos c englobado~ pdo magma du-
f ig. 16 .18 Xen61 ilOS de onfibolito bondodo I dobrodo em 
rocha gronitico (tonollto). Eou Cloire, Wisconsin, E. U. A. foto: 
W, R, Von Schmus. 
CAPITULO 16 • RoeHAS iGNEAS 345 
rante a sua co locao:;:ao na reb.;ao em que ici se consoli-
dar. 
Estes p Ili/om, em sua grande fl1aioria , siio consti rll-
fdos por rochas gr:mfticas de I'extu ra mi-dia a gross:l. 
ja CJue rcs friam lenramentc, danJo tempo para os mi -
nerais crescerem, O s bat6li tos podelll lilingir ate 20 
OU 30 km de di:',melro e sao co rpos com his tr"l ria 
geo logica complexa, fo rmaJos em raizes de cadci:IS 
de momanhas. Elcs podem consistir de \':iri(ls corpus 
menores que podcm ler id:ldcs e co mposi'JUcs quimi-
cas d iferem es, represc m ando p ulsos magma ticos 
suceSS1\'os a partir de uma mesma fonte. A co lucao:;:ao 
desrcs pulsos de mab'1l1a na crOSla I Korre atravcs de 
mecanismos complexos, tal como j:i C\iSClllicio, de "':1-
ncira breve. 
Dutra feis-an comum rc1acionacb aos gr:l.Ildcs cor-
pos g ran it icos sao os v('ios pegmatiticos qu e, 
geralmenre, ocor rcm nas bordas dos bar6litos_ For-
mam. igualmenre aos bat6litos, cstruturas discordames, 
fa que cortam as rochas enc:lixanres. t\ formao:;:iio clos 
pegmatitos sc d~i na fa se final de rcs friamentu do 
magma, atra\'t!S da percolas-iio de solur;(lcs ricas em 
silica, :if-'lIa e, ocasionalmcmc, ern alguns Ions que nao 
elU raram na cstrutura cristalina dos minerais arc entao 
formados. Estas solus-Des sao chamacl:ls hidrotermais, 
e a partir dclas sao geradas os pc,l;mmitos, constitui-
dos, principalmcmc, IXlr (luartzO e fcld spatu pOlassicu 
(Fig. 16.10 b). No entan to, em alguns casos, estas solu-
o:;:oes h idro tcrm ais po d cm es t:lr cnriquccida s por 
elementos (Iuirnicos de interesse cconomico fazendo 
com qu e as pcgma titos seja m m in eralizados a 
tungstcnio. uranin ita, estanho, rurmalina, topazio, el'c., 
eomu e com urn encuntrar cm Minas Gerais. 
16.4 Magmatismo e 
Tectonica de Placas 
A grande varicdade de rochas fgneas eSta imima-
mente associada ao seu :lmbient'e de formas-ao c este 
dcpende dog processo s teCH'micosenvuh'idos na his-
toria do Planeta. Como foi vista no Cap. 6 ( recl/mica 
G lobal), nos diferentes Jimi lcs de pb cas ama", pro-
ccssos tectonicos distimos, cada qual gc rando urn 
magmatismo caractc::rislico, Exis l'em dois tipos funda-
mentai s de limites de placas qlle (;SI:lO inrim:tmenlc 
associados com a formar;ao de magma: o s limit e~ di -
\'ergemes e convergcntes (fig. 16.4). 
O s limites di\'crgcntes, corno ja \'i mos, sao marca-
dos por movime nlOs de cX lensao cia crosta. COI11 
346 DECIFRANDO A TERRA 
ruprura (b pl:ica lirosfcrica em fun~:1o do movimenro 
em semidu ()po~to d:1.s plncas e a~cen $J() de plumas 
m:lnl('lic:1.~ s upeT:l tl ll~cida~ . Esta ruplura e tao profun-
da tiliC () magma b:1.s:Htica berado pda fmao p:1.rcial 
dc m:l.1eriai s ruch(lsu~ (b :1.s1enasfera (as peridotitos 
do In:HlIO) :1.~ccl1dc a1 r:lVCS ck sllce~si\"os derrames, 0 
processv de :lbt:T1ura cb erasta e subid" de l1l:1.gm:1. 
durol milh(-)Cs de anos, originando um :1.ssoalho oce:inico 
C01110 :I{luck que exis1e cm re os com:inentcs slll-:1.111encn-
no C :1. fric:1.no c que :lincb hoje continu:1. n ser furmado 
com um:l tax:1. de crescimento de 2 a 3 cm/ ana. 
Os li111i1 es convcrgcntes (Cap. 6) sao resulrantes da 
colisao entre placas litosfcricas e podem ser de Ires 
lipos: cOlltine1l1e-occano, contillenre-continentc e occ-
:nw-OCC:lIlO. Q ua nd o ocoITe () choque entre placa 
contin enta l e oce:lllica, a exemplo do Clue ocorre na 
Cadeia Andina. a planl oce:lnica (mai s densa) ITItTgu-
lila sob a plaCl continental (meno~ densa) n UI11 
processu c<lllheci d( ) C(lmo subduc<;:ao. Neste limire, 
us m:lgm:JS silo geLldos peb misnlra de material o ri-
gi n adu d:J tus ilo da crosta oce~nica (basaltica) 
C()n~ll111i(ja jllnmmente com ~edim ent os tlla rinhos acu-
Illulados na zona de trincheira e da intcra<;:ao com as 
raizcs lI a Cro~t:1 comincntal (felsica) . Esta mistllra de 
cnmponcn1 es origin:1 magnus de composi<;:oes \'nria-
d:lS. t\ s foeh:ls igncas prod uzida s na s zonas de 
su bdllC~£io silo mais fdsica~ (:icidas) (jUC a{l ll e1as gera-
lias nas cadei:l~ mcso-oce:inici s u)rCdOlllinanlemel11c 
bas:iltic:ls), sendo comum 0 vulcnnismo andesitico (in-
tlTllledi:lrio) c. em lTlenor propor~iio, 0 fels ico. Os 
corpos de rochas i1lI rll si\'as com composit;6cs imer-
mcdi:iria5 a :ic i cb~ (l,'Taniticas) sao consolidados no 
interior chi crOSl'a, au mesmu tempo que as In'as silo 
ex pclid as n:l supcrfic ie atra\,cs dos vulc(-H..~ s . Este 
vu lcanism o. pOT oeun~r sobre :J ma ssa conti nental, 
fOrtlla urn :Irco \'ulc:lni co continental. Dur:Jnte 0 pro-
cesso de colisilo entre placa continental e oceanica 
ocorn:, akm de intenso magm:nismo, a dcforma<;:ao, 
° mct:llnorfi smo e a fo rma<;:iio de cadeia de monta-
nhas causando 0 espessamento cia erosta continental 
(C'p. 18). 
Quando c! lI :IS pbc:ls occ:lnicas se chocam, h:i ge-
r:u;:'Io de \'ulcanismo andesitico, formando-se arcos 
dl' ilhas, como ocorre hoje no Japiio. No processo de 
colisiio ent re duas pbeas contincnt:tis, 0 qual pode ser 
o:emplifi cad o pc10 choque entre :J India c 0 Tibe1 
originandu :t nugnifica cadeia d e mo ntanha s dos 
H imalaias. 0 n i1canis1l1o C POliCO sign i licativo, emlwlll-
to 0 plutonismo c ma is expressiw), reprcsent:Jdo por 
icucogtallitos form:Jdos a pnrti r cia fusao cia base da~ 
crostas continenmis. Nes te c:Jso, predomin:tm os pro-
cessos de metamurfi smo e a inu:nsa ddurma<;ao clas 
massa s continentalS ell\'o kid:ts na colisao. 
Dutro tipo de mngrnatisma b:ls:i it ico, simi lar ao 
produzido Ilas cadcias mcso-occ:lnicas, c encontrado 
em al,guns continentes ou mesmO cm ilhas isoladas 
(l-Iaya0, no interio r clas placas lilosfcricas, di stantcs de 
sellS limites. Nestes locais ocorrem \'olun1oS0S dcrra-
mcs de lavas que nscendem de grnndcs prufundezas. 
Alguns pesquis:Jdorcs sugerem que est:Js l:Jvas pos-
sa m ser oriundas do manto inferior, ulvcz do limite 
manto -mklco terrestre. As la\'as bas:il ticas chegam it 
superHcie atraves de cundut\)s \'lIlc;"m icos u ,111 a for 
m:l d e !;ipis, tamb em conhccidos como rlllllla~ 
l11:lntdiC:I~. A origem dcste magma cSLi \·incllbda a 
patHOS ~luenlcs (bot spots) nu interio r do manto. F.stes 
pontos sao fixos, enqllanto as placas litosfcricas se 
Tllo \'em; como consclli.icncia. ocon e :1 furma~·ao de 
ilhas alinhadas, com Idarks succssival11entc mai s jo-
vens, e que gradativamcnre g:l nham cS f:tbil idadc it 
mcdid:1. ljue se distanciam do !Jot spot cstacion:irio, a 
exemplo do que eSLi acontecendo no interi< ,r da Pla-
ca Pacifica, nu Anluipebgo do Ha\"ai. 
Leituras recomendadas 
BEST, M. G. IgneoflJ and MdafJIorplJic Petro/og)'. New 
York: W H. Frt:eman, 1982. 
BROWN, G. c.; HAWKESWORTI-I, C. J; WII~ 
SON, R. C. L. Undentanding tbe Earlh - a I\,leuJ 
JyntIJesiJ. Cambridge: Cambridge University 
Press, 1992. 
HA LL, A. IgtuoJlS Pelrolog)'. Essex: Longman 
Scientific & Technical, 1987. 
HlBBARD, M. J. Ptlrograp~ to PtlrogenuiJ. New 
Jersey: Prentice Hall, 1995. 
Le11AlTRE, R \XI: A Ckmiftcation of Igl/eous i{ock.r 
and GIoJJary of TerfJI";. Oxford: Blackwell, 1989. 
PRESS, F.; SlEVER, R. Undmlandi,tg EarlIJ (2nd 
Ed.). New York: WI-I .Freeman, 1998. 
SiAL, A. N.; McREATH, 1. Petrologia fg"ea - Vo1. 
1. Salvador: SBG/CN Pq/Bureau Gr:ifica c 
Editora, 1984. 
SKINNER, B. J.; POR"I'ER, S. C PII)'si(al Ceo/og)'. 
New York: John \viley, 1987.

Outros materiais