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AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Kléos M Lenz César JR Gustavo de Souza Veríssimo AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Kléos M Lenz César JR Professor Assistente M. Sc. Eng. Civil, UFF/1995 e-mail: kleos@.ufv.br Gustavo de Souza Veríssimo Professor Assistente M. Sc. Eng. Civil, UFMG/1996 e-mail: gustavo@ufv.br Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil 36570-000 Viçosa MG http://www.ufv.br 1a. Edição: set, nov, dez/1996, mar/1997. III Índice I Introdução I-1 1. O que é um programa de CAD? I-1 2. O AutoCAD. Uma visão histórica I-2 3. A Arquitetura do AutoCAD I-4 4. Portabilidade I-5 5. Salvando arquivos I-5 6. Diretórios de trabalho I-6 II Iniciando no AutoCAD II-1 1. O Editor de Desenhos II-1 2. Entrando no AutoCAD II-2 3. Saindo do AutoCAD II-3 4. Padrão de comunicação do AutoCAD com o usuário II-4 1. WCS (World Coordinate System) - Sistema de Coordenada Global II-4 2. UCS (User Coordinate System) - Sistema de Coordenada do Usuário II-4 3. Tela Gráfica e Tela de Texto II-7 III Preparativos para iniciar um desenho III-1 1. Unidades de Desenho III-1 2. Limites para a área de trabalho e fator de escala III-2 3. Escala do desenho III-3 IV As entidades do AutoCAD IV-1 1. Ponto IV-1 2. Linhas IV-2 3. Círculos IV-4 4. Arcos de círculo IV-5 5. Texto IV-6 6. Polilinhas IV-8 7. Elipses IV-10 8. Polígonos IV-11 9. Exercícios de aplicação IV-12 V Fundamentos V-1 1. Propriedades de uma entidade V-1 1. Layer V-1 2. Cor e tipo de linha V-5 3. Thickness e elevation V-7 2. Métodos para entrada de coordenadas V-7 1. Coordenadas absolutas V-8 2. Coordenadas relativas V-8 3. Coordenadas polares V-8 3. Auxílios de desenho V-8 1. Grid e Snap V-8 VI Comandos de Edição VI-1 1. Critérios para seleção de entidades VI-1 2. Movendo entidades VI-2 3. Copiando entidades VI-3 AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Índice IV 4. Array VI-4 5. Fazendo rotação em entidades VI-6 6. Espelhando entidades VI-6 7. Quebrando entidades VI-8 8. Trim VI-9 9. Extend VI-10 10. Fillet VI-11 11. Chamfer VI-12 VII Como cotar um desenho VII-1 1. Introdução VII-1 2. Estilos e variáveis de dimensionamento VII-2 3. O procedimento de dimensionamento VII-15 Apêndice A. Tabelas Apêndice A-1 1. Variáveis de Sistema Apêndice A-1 Bibliografia Bibliografia-1 (ACAD2F73.WMF) V Apresentação “Uma das cenas mais hilariantes às quais assisti no cinema foi num dos filmes de Star Trek. A nave Enterprise, co- mandada pelo Capitão Kirk, viajava no tempo, do século XXIII ao XX, para resgatar um casal de baleias. O enge- nheiro-chefe da Enterprise, o sr. Scott, senta-se à frente de um micro da nossa época e para iniciar sua operação sim- plesmente chama: “COMPUTER!”. Como o micro permanece mudo, o dr. McCoy aponta para o mouse. Scott não tem dúvidas, leva o mouse aos lábios como se fosse um microfone e novamente chama: “COMPUTER!”. Finalmente se convence a usar o teclado, e o faz com uma habilidade no mínimo, suspeita. Além de rir com a piada, fiquei pensativo com relação ao final, vendo Scott operar tão brilhantemente uma máquina do passado. Na realidade me pergunto: será que os nossos descendentes, desfrutando de uma tecnologia superior, terão mentes superiores? Infelizmente, acho que a resposta é um não. Estamos caminhando a passos largos para um processo de imbecilização coletiva que, a curto prazo, fará com que a inteligência humana seja uma mercadoria mais escassa que o irídio. Em nome do progresso, do avanço tecnológico, estamos exigindo cada vez menos de nossas mentes, estamos atrofiando a capacidade de pensar, concatenar, criticar, em suma, estamos comendo tanta papa pronta que vamos perder os dentes... No filme, Scott volta 3 séculos e con- segue operar um micro atual. Quantos seriam hoje capazes de voltar apenas 20 anos e, não digo operar, mas pelo menos explicar o princípio de funcio- namento de uma simples régua de cálculo? A grande falácia consiste justamente em se confundir progresso tecnológico com evolução mental. Quantos e quan- tos usuários de micros já encontrei que encaram suas máquinas como uma espécie de prótese cerebral! Orgulhosa- mente exibem o 486 que acabaram de comprar, quando ainda não utilizaram nem 5% das possibilidades de seu velho XT. Ao invés das pessoas tentarem evoluir intelectualmente, ou exigir que a escola faça isso com seus filhos, contentam- se em simular uma inteligência que jamais terão, pois substituem pontos de QI por megabytes de disco rígido... Se o rumo for esse, no século XXIII teremos a bordo da Enterprise um computador super-inteligente gerenciando tudo. E no lugar do Capitão Kirk, do dr. McCoy e do sr. Scott... os três patetas!” Viga longa e próspera. Pierluigi Piazzi Trecho retirado da revista PC Magazine Brasil, n. 2, v. 3, pág. 33 Figura 0-1 - Vista da nave Enterprise, desenhada em 3D com o AutoCAD AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 6 Figura 0-2 - Várias páginas podem ser encontradas na Internet contendo desenhos da Enterprise em AutoCAD... Figura 0-3 - Nave Klingon, inimiga AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 7 Durante o dia a dia normalmente lidamos com muitos aparelhos, como por exemplo, um fogão, uma bicicleta, um radio, uma TV, um carro, etc. Sempre que adquirimos um eletrodoméstico, ou uma máquina nova, é normal aquela excitação inicial carregada de uma curiosidade compulsiva, muitas vezes incontrolável, de ver a coisa mexer ou fazer barulho ou piscar as luzes, antes de qualquer outra coisa. Em algumas pessoas esse fenômeno é tão intenso que elas destroçam a embalagem do produto tal a pressa de ver, como dizem os mineiros, "o trem funcionando". O manual é um objeto quase totalmente supérfluo ao qual se recorre apenas em caso de expectativas não atendidas. O imediatis- mo é uma característica comum em quase todos os seres humanos. Agora, teorizando um pouco, o dicionário define sistema como um conjunto de elementos que interage. Logo, toda máquina ou eletrodoméstico é um sistema por definição. O primeiro passo para lidar com o novo aparelho de uma forma racional seria tomar conhecimento de (1) quais são os elementos, e (2) quais são as interações entre eles. Mas a disciplina não é uma característica da maioria dos seres humanos. E quanto maior o número de elementos, mais custosa se torna essa tarefa de se inteirar das partes de um sistema e de como elas interagem. Então, como seres es- pertos que somos, desenvolvemos a capacidade de, com pouca ou nenhuma informação, fazer a coisa funcionar. O resultado disso é que, comumente, gastamos muito mais tempo depois para resolver as encrencas decorrentes da pre- cipitação. Nesse sentido, o computador é maior de todos os vilões eletro-mecânicos. Talvez pela diversidade de elementos e interações que ele encerra. Muitas pessoas têm experiências tão desastrosas com o computador que acabam por des- envolver uma aversão incurável à máquina, reagindo violentamente à menor menção do dito cujo. Surgiram até dita- dos tais como: "O computador veio para resolver os problemas que sem ele não existiam". Não é uma característica da nossa cultura ler. Normalmente não lemos livros, manuais de instruções, leis, regula- mentos, avisos do condomínio, etc. Como consequência fundimos o motor do carro porque deixamos de colocar água ou óleo, tentamos cozinhar ovos no microondas, pagamos multas porque não lemos o quadro de avisos. Pra quem tem a intenção de mergulhar no mundo dos computadores, é muito bom desenvolver a disciplina de ler, ler muito. Ler rápido, com objetividade, manuais, helps, a apostila de AutoCAD, etc. A experiência demostra que isso economiza tempo, muito tempo e, além disso, permite a qualquerpessoa usufruir dos benefícios que essa máquina fantástica pode proporcionar na solução de problemas. Num ambiente profissional de engenharia, atitudes como as acima descritas implicam em perda de produtividade e irritação. Conclusão: uma máquina como o computador que poderia nos ajudar a solucionar problemas com rapidez e eficiência, torna-se um problema, que antes não existia... Esta apostila foi escrita para atender às necessidades de profissionais de Arquitetura e Engenharia no que se refere aos conceitos preliminares para o desenho 2D em AutoCAD. Está aberta a críticas e considerações, valiosas para a evolução do material. O AutoCAD é um software de CAD, um dos mais populares e poderosos no ambiente PC. Cada vez mais se desenha no computador em substituição ou em complemento à prancheta. O profissional de engenharia e arquitetura, na vira- da do século, não poderá mais trabalhar sem os conhecimentos básicos de pelo menos um software de CAD. No final deste estudo, não cremos que você se tornará um Capitão Kirk, sr. Scott ou um dr. McCoy. Mas os três pa- tetas certamente não será... Obrigado, os autores. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 8 Figura 0-4 - Árvore desenhada em 3D com tal grau de precisão, que o arquivo que o contém ocupa 1076 KB no disco AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 9 Figura 0-5 - Apesar de ser pouco comun, o AutoCAD também pode ser utilizado para a confecção de desenhos artísticos AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 1 I Introdução 1. O QUE É UM PROGRAMA DE CAD? CAD é uma sigla para a expressão Computer Aided Design - Projeto assistido por computador, também denominado CADD (Computer Aided Design and Drafting - Projeto e desenho assistidos por computador). Trata-se de um ins- trumento de automação de desenho e um modelador de projetos. Fig. I-1 Detalhe de um projeto hidrosanitário desenhado com o AutoCAD (ACAD2F54.WMF) Durante algum tempo, os softwares de CAD só eram disponíveis para estações gráficas, equipamentos de porte razo- ável somente vistos em grandes escritórios devido ao seu alto custo. Porém, com o aumento do poder de processa- mento e queda dos preços dos equipamentos pessoais, as softhouses começaram a dedicar especial atenção aos PCs. Há muitos programas de CAD disponíveis para PC. Entre eles, podemos citar: MicroStation (Intergraph), AutoCAD (AutoDesk Inc.), etc. O AutoCAD é um dos softwares de CAD mais vendidos no mundo. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 2 2. O AUTOCAD. UMA VISÃO HISTÓRICA O AutoCAD foi desenvolvido em 1982, quando o universo CAD era composto dos seguintes fatores: Pessoas: um grupo de pessoas com ocupação, grau de educação e experiência diferentes, como arquitetos, engenhei- ros das mais diversas áreas, cartógrafos, cientistas, etc. Essas pessoas apresentavam um ponto em comum: o resulta- do de seu trabalho era alguma espécie de desenho; • Produtos: Os arquitetos com suas plantas e elevações, os engenheiros eletrônicos com seus circuitos impressos, projetos de produtos executados por engenheiros mecânicos, artes gráficas, otimização de espaços para layouts, etc. Todos estão envolvidos com uma representação gráfica do produto final; um desenho ou uma série deles, que devem ser precisos e específicos para a criação do produto. Assim, te- mos um vasto grupo de profissionais que usa como principal linguagem de comunicação desenhos sim- ples ou extremamente complexos, usando ferramentas manuais para sua geração, tais como compasso, régua T, transferidor, prancheta, etc. • Problemas: os problemas em todas as áreas eram comuns e evidentes: ° baixa produtividade, especialmente em edições e revisões; ° a precisão era fundamental, mas difícil de conseguir em escala produtiva através de ferramentas manuais; Não havia consistência na troca de desenhos entre áreas diferentes (por exemplo entre um arquiteto e o seu engenheiro civil). O procedimento convencional causava grande desperdício de tempo. Em muitos casos não havia boa transmissão de informações, especificações técnicas, listas de materiais, etc. Esses fatores aliados geravam confusão, diminuindo a producão e aumentando os custos. Fig. I-2 Segundo telalhe de um projeto hidrosanitário desenvolvido com o AutoCAD.(ACAD2F55.WMF) • Soluções: Existiam algumas soluções a nível de CAD, porém disponíveis para um número extrema- mente limitado de usuários. Programas como o CADAM produzidos por empresas como Intergraph, Computervision, HP e IBM, estavam disponíves no mercado. Estes sistemas forneciam elementos gráfi- cos que eram utilizados na criação e edição de desenhos com o auxílio do computador. Entretanto, grande parte dos profissionais que necessitavam de um sistema CAD hesitava em adquirir um produto muito caro, quando o retorno do investimento era, muitas vezes, imprevisível. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 3 Embora as soluções existentes, baseadas em mainframes ou minicomputadores, apresentassem velocidade, precisão, e versatilidade, o investimento necessário era da ordem de centenas de milhares de dólares, não sendo raro atingirem a casa do milhão de dólares. Além disso, a complexidade dos sistemas dificultava o aprendizado por parte dos usuá- rios convencionais (desenhistas e projetistas). As soluções, do ponto de vista do hardware, eram geralmente fecha- das, deixando o usuário limitado no que diz respeito à expansão e, ou, adaptabilidade do sistema. Finalmente, existi- am conflitos quanto à prioridade de uso, devido a falhas de planejamento, problemas com a disponibilidade do equi- pamento e, sob uso intensivo do sistema, degradação da velocidade de resposta. Em 1982, com o aparecimento do IBM-PC surge um hardware com potencial para a solução das necessidades do usuário potencial de CAD. Entretanto, faltava ainda um elemento extremamente importante, que era a criatividade de um programador para transformar um CAD baseado em mainframe para um CAD baseado no PC, sem perder as suas capacidades originais. Após uma séria análise desse problema, um grupo de 13 especialistas em computação gráfica em computadores de grande porte, com uma experiência acumulada de mais de 140 homens-ano, fundou uma companhia denominada AutoDESK, localizada em Sausalito, na Baía de São Francisco (Califórnia). Dispondo de poucos recursos financeiros (US$ 59.000), a AutoDESK mergulhou no problema, apresentando no Las Vegas Trade Show (outono/1982) a primeira versão do AutoCAD. O primeiro usuário pode começar a utilizá-lo no início de 1983. Atualmente, a AutoDESK é o maior fornecedor mundial de software de CAD para microcomputadores pessoais e estações de trabalho stand alone, detendo mais de 60% desse mercado. Esta proeminente posição foi obtida através da constante atenção às necessidades dos usuários do AutoCAD e o desenvolvimento de produtos que satisfizessem estas necessidades. Fig. I-3 - Projeto arquitetônico. Demonstração do software DimEasy, fornecido em disquete de demonstração (ACAD2F46.WMF) O AutoCAD detém uma gama de características que quase nenhum outro software de CAD possui. Além de muito poderoso, possui a maior comunidade de usuários de CAD do mundo. Por exemplo: • possui formato de arquivo de desenho comum a uma grande quantidade de sistemas de computadores; • possui uma gama de softwares adicionais desenvolvidos para aperfeiçoar sua funcionalidade; • possui a maior variedade de opções de hardware para impressão, plotagem e visualização de arquivos; • suporte através de BBSs, grupos de usuários e publicações específicas do AutoCAD, como as revistas AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 4 Cadence e Cadalyst (publicações independentes para os usuários). O AutoCAD é produzido pelaempresa americana AutoDESK, e atualmente está na versão 13. Nossa opção por ministrar um curso na versão 12 se justifica por algumas razões significativas: • o AutoCAD R13 - AutoCAD Release (versão) 13 - é bastante recente, possuindo pouca base insta- lada no mercado; • para performance adequada, o ACAD 13 exige equipamento mais pesado que o normalmente en- contrado no mercado: 486DX66 com 24MB RAM como plataforma mínima (daqui a alguns meses, provavelmente, esta afirmativa pode estar ultrapassada...); a partir do ACAD 12, o aprendizado do ACAD 13 pode ser bastante simples, apesar de haver mudanças significati- vas na nova versão. 3. A ARQUITETURA DO AUTOCAD O AutoCAD foi projetado como um sistema de desenho de uso geral. Entretanto, muitas companhias tem seus pró- prios padrões, assim como cada desenhista possui seu próprio estilo. Para satisfazer às necessidades de cada opera- dor, o AutoCAD foi totalmente elaborado utilizando-se o conceito de arquitetura aberta. Desta forma, pode-se: • definir seus próprios menus de vídeo, pull-down, icon, tablet e buttons, automatizando as operações mais frequentemente necessárias; • criar arquivos SCRIPT para automatizar sequências longas de comandos; • definir suas próprias fontes de texto; • definir novos tipos de linhas; • definir novos estilos de hachuras; • criar desenhos de protótipos com parâmetros customizados; • alterar o arquivo Help, retratando novos comandos implementados pelo usuário; • utilizar arquivos DXF ou IGES para transmitir a geometria do desenho para outros programas para análise, ou para criar desenhos a partir de dados gerados por outros aplicativos; • executar programas externos durante a edição de um desenho; • gerar arquivos de slides dos seus desenhos, para incorporação em documentos produzidos com softwa- res de desktop publishing; • utilizar a linguagem de programação AutoLISP (embutida no AutoCAD) para executar cálculos, au- tomatizar tarefas repetitivas, ler arquivos de dados externos, criar novos comandos para o AutoCAD ou redefinir comandos já existentes. Como o AutoCAD é um sistema aberto e com uma grande base instalada, existe no mercado um grande número de aplicativos acessórios, desenvolvidos por terceiros, cujo objetivo é proporcionar meios de ajustar o AutoCAD preci- samente às necessidades do usuário, seja ele um arquiteto, um engenheiro civil, um mecânico, etc. Se o AutoCAD, na forma como é comercializado, por qualquer razão não atende exatamente às necessidades de um usuário específi- co, é possível moldá-lo e adaptá-lo ao contexto em questão. 4. PORTABILIDADE Outra razão para a grande aceitação do AutoCAD é a facilidade com a qual seus desenhos podem ser transferidos entre diferentes computadores e sistemas operacionais. Um desenho criado com o AutoCAD pode ser utilizado por qualquer outro sistema que execute o AutoCAD, idependente do sistema operacional ou equipamento em uso. E isto é válido não somente para os arquivos de desenhos, mas também para os arquivos de menus, macros e bibliotecas de Figura 6 - Vista 3D de um satélite espacial AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 5 símbolos. Fig. I-4 Demonstração do AutoCAD R12 (ACAD2F47.WMF) A portabilidade do AutoCAD elimina a necessidade de conversão dos arquivos de trabalho para formatos genéricos, operação essa que pode resultar na corrupção ou perda de dados. Essa característica permite transferir partes de um projeto para outros projetistas ou subcontratados. 5. SALVANDO ARQUIVOS Um desenho feito no computador reside temporariamente na memória RAM, eventualmente em arquivos temporári- os no disco rígido. A memória RAM é volátil, ou seja, à menor interrupção de energia elétrica o conteúdo da memó- ria é perdido, sem chance de recuperação. Por essa razão é importante adquirir o hábito de salvar o desenho em dis- co. Fazendo isso diminui-se a probabilidade de perder informações, devido a falta de energia ou quaisquer outras causas, uma vez que o disco é um meio magnético de gravação capaz de reter informações mesmo sem a presença de energia elétrica. A tecnologia dos discos rígidos tem evoluído muito, proporcionando grande capacidade de armaze- namento e grande velocidade na transferência dos dados para a memória. Assim, é possível gravar o estado do tra- balho com frequência sem prejuízo de tempo. O uso de dispositivos (configuráveis no AutoCAD) automáticos de gravação pode ser um fator de queda de perfor- mance, além de trazer ao usuário um vício perigoso. Você deve ter a consciência de que deve gravar sempre que perceber uma pausa natural durante a fase de desenho. Para salvar um desenho, escolha uma das seguintes opções: Comando Descrição SAVE requer do usuário um nome de arquivo e salva o desenho. SAVEAS requer do usuário um nome de arquivo e salva o desenho, tornando este último o desenho corrente. QSAVE salva o desenho corrente, sem requerer nome de arquivo, retornan- do imediatamente à linha de comando. Se o desenho ainda não tem nome de arquivo, aje como SAVEAS AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 6 6. DIRETÓRIOS DE TRABALHO Os diretórios e subdiretórios são estruturas lógicas gerenciadas pelos sistemas operacionais e têm o objetivo de per- mitir uma melhor organização dos discos. Uma boa compreensão e gerenciamento dos recursos dos diretórios podem melhorar, e em muito, a segurança e a performance na busca por arquivos existentes. Sob essa perspectiva os desenhos feitos no computador não devem ser gravados no diretório em que foi instalado o AutoCAD, uma vez que aquele diretório deve conter o sistema original do AutoCAD. O usuário deve criar um diretório para os seus dados. Todos os arquivos produzidos pelo usuário devem ficar grava- dos num diretório próprio. A Fig. I-5 apresenta um exemplo de estrutura de diretórios. Fig. I-5 - Estrutura de diretórios (ACAD2D25.GIF) Uma estrutura de diretórios como a da Fig. I-5 tem algumas vantagens: • toda a estrutura \arq contém trabalhos importantes e que merecem especial atenção (tudo o que for produção se encontra sob a estrutura \dados); • a estrutura classifica os arquivos de trabalho por software utilizados e/ou projetos em um determinado software; • fácil visualização e localização dos arquivos. Para efeito dos exercícios apresentados nessa apostila, será adotada a estrutura proposta acima. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 7 Fig. I-6 - Projeto de reforma da rede elétrica para uma Igreja, desenhado com o AutoCAD R12 (ACAD2F50.WMF) Figura I-7 (ACAD2F72.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 8 AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 9 II Iniciando no AutoCAD Após sua instalação o AutoCAD pode ser acionado através de um duplo clique no ícone que o representa, como qualquer outro programa que roda em ambiente Windows. Na versão DOS, o programa de instalação cria um arqui- vo .BAT que contém instruções e parâmetros necessários à sua inicialização. Por ser um sistema relativamente pesado, leva algum tempo até que o AutoCAD esteja pronto para uso. Durante sua inicialização, vários arquivos são carregados na memória do computador. Entre eles o arquivo de confirguração de menus, o arquivo de rotinas LISP pré-definidas, o que contém os quadros de diálogos e outros arquivos. O Auto- CAD estará pronto para uso quando o editor de desenhos estiver disponível ao usuário. 1. O EDITOR DE DESENHOS O Editor de desenhos é a plataforma principal do AutoCAD. É a partir dele que todos os comandos são acionados. O domínio dos comandos do editor permite boa produtividade na utilização do software de CAD. A figura II-1 ilustra as partes principais do editor de desenhos. O editor de desenhos é uma tela dividida em quatropartes: à direita o menu lateral; na faixa inferior, a área de prompt, ou linhas de comando; na parte superior, a linha de menus suspensos (pop-up menus); e a barra de ferramentas, ou barra de status; a grande área restante é a área de desenho. O desenho propriamente dito será estampado na área de desenho. É nela que usuário trabalha todo o tempo, inserindo pontos, linhas, círculos, etc. Essa área é dotada de um sistema de coordena- das, conforme será visto no próximo ítem. No canto inferior esquerdo da janela aparece o ícone representativo desse sistema. Esse ícone informa qual a orientação do sistema de coordenadas do usuário. Ao movimentar o mouse pode-se ver o cursor da área de desenho, um ponto por onde passa uma linha reta horizontal e outra vertical. O cursor permite localizar e apontar para um local específico na tela de desenho. O menu lateral foi, em versões anteriores, o principal menu de acesso aos comandos do AutoCAD. Porém, devido à influência dos programas para ambiente Windows, que possuem menus suspensos como padrão, os usuários têm migrado para este tipo de menu. Porém, alguns softwares construídos para o ambiente do AutoCAD ainda usam in- tensamente o menu lateral. Será visto mais tarde que é possível configurar o AutoCAD de modo a omitir o menu lateral. A barra de ferramentas, ou de status, é muito útil para agilizar a obtenção de informações importantes e para acessar comandos rapidamente. Contém caixas de texto e botões no padrão Windows. Esta barra é totalmente configurável e o resultado final desta configuração pode ser de grande valia no aumento de produtividade durante uma seção do AutoCAD. Figura 7 - Vista 3D de um caça F-18 AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 10 Fig. II-1 - Tela principal do AutoCAD A barra de menu suspenso segue o mesmo padrão de qualquer outro programa para Windows. Contém para cada um dos ítem do menu, outros menus associados ou quadros de diálogo que garantem uma melhor interação entre o usuá- rio e os comandos do AutoCAD. Para que o usuário obtenha máxima performance neste tipo de menu, é importante uma revisão sobre a forma de funcionamento dos menus suspensos e quadros de diálogo no ambiente Windows. Os comandos do AutoCAD podem ser digitados diretamente na linha ou barra de comandos, exatamente como é feito no MS-DOS. Também na barra de comandos podem ser vistas as respostas que o AutoCAD fornece como resultado da tentativa de execução de uma instrução. A expressão ‘Command: ‘ se apresenta como um prompt, a espera da intervenção do usuário. Quando o usuário aciona alguma opção nos menus, o nome do comando respectivo aparece na barra de comandos, como se tivesse sido digitado. A barra de comando possui três linhas rolantes. Na tela de texto, pode ser visto em tela inteira, e não apenas em três linhas. Pode ser útil em determinadas tarefas. É importante prestar muita atenção às mensagens que o AutoCAD emite na área de prompt. É através desse recurso que o programa se comunica com o usuário. 2. ENTRANDO NO AUTOCAD Para que o sistema operacional execute o AutoCAD, basta que você clique sobre o ícone que representa o arquivo executável de nome ACAD.EXE, no diretório \ACADWIN do seu disco rígido. Naturalmente, este procedimento se refere à versão for Windows do AutoCAD. Na versão DOS, durante a instalação, o AutoCAD cria um arquivo de comandos em lotes (ACADR12.BAT) no diretório raiz do disco rígido. Este arquivo contém alguns comandos SET que preparam o ambiente do DOS para que o AutoCAD possa ser executado. Vários arquivos de inicialização são lidos durante a carga do programa. Isso se justifica por ser o AutoCAD um sis- tema de arquitetura aberta. Sendo assim, muitas informações de configuração particular do usuário são instaladas no AutoCAD em tempo de carga. Se o AutoCAD for carregado corretamente, sem a ocorrência de erros graves, a tela do computador apresentará algo em torno do que ilustra a Fig. II-2. Caso contrário, deve-se fazer uma análise do que pode ter ocorrido durante a carga do programa, o que será estudado mais tarde. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 11 Fig. II-2 - Tela principal do AutoCAD, logo após o programa ter sido carregado na memória com sucesso (ACAD2D01.GIF) 3. SAINDO DO AUTOCAD Uma vez concluída uma seção de desenhos, deve-se fechar o AutoCAD, ou seja, permitir que o sistema operacional libere a memória utilizada pelo AutoCAD e seus arquivos auxiliares. Podemos fazer isso de quatro maneiras dife- rentes: 1. duplo clique no ícone do menu de controle, como em qualquer outro programa for Windows; 2. menu File/Exit AutoCAD, também como em qualquer outro programa for Windows; 3. comando END, digitado na linha de comando. Este comando salva o desenho corrente e, em seguida, finaliza o AutoCAD; 4. comando QUIT, digitado na linha de comando. Finaliza ou AutoCAD, abandonando a versão do dese- nho corrente (O desenho não é salvo. Todas as alterações no desenho são perdidas). Caso o usuário tente sair do AutoCAD sem salvar as últimas alterações no desenho corrente, no caso das opções de finalização 1. a 3., o programa exibe a seguinte mensagem, em forma de caixa de diálogo (Fig. II-3): Fig. II-3 - Diálogo mostrado pelo AutoCAD quando o usuário tenta sair do programa sem salvar o desenho.(ACAD2D02.GIF) Opção Descrição Save Changes... Permite salvar a última alteração realizada no desenho Discard Changes Descarta as últimas alterações AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 12 Opção Descrição Cancel Command Cancela o comando de saída do AutoCAD (permanece no executando o AutoCAD) Se o desenho corrente não tem nome e o comando dado exige que o desenho seja salvo em disco, o AutoCAD exibe o quadro de diálogo Save Drawing As, conforme ilustra a Fig. II-4. Fig. II-4 - Opção para salvar arquivos com outro nome (ACAD2D03.GIF) 4. PADRÃO DE COMUNICAÇÃO DO AUTOCAD COM O USUÁRIO 1. WCS (WORLD COORDINATE SYSTEM) - SISTEMA DE COORDENADA GLOBAL Uma vez na área do editor de desenhos, o Auto- CAD passa a gerenciar um sistema de coordenadas denominada Sistema de Coordenadas Globais (WCS), default no AutoCAD. Trata-se de um sis- tema baseado em 3 eixos (X,Y,Z). Quando o Auto- CAD solicita a entrada de um ponto e o usuário o fornece, seja apontando o mouse para um ponto na área de trabalho e clicando o botão esquerdo ou simplesmente digitando a coordenada pelo teclado, as coordenadas do ponto especificado podem ser conhecidas, uma vez que esse ponto é definido dentro do sistema default de coordenadas (WCS). O WCS consiste de um plano X Y. O eixo Z, per- pendicular ao plano XY, representa a elevação em relação a esse plano. Quaisquer coordenadas X, Y e Z, dentro de WCS são chamadas coordenadas ab- solutas. Os pontos são convencionalmente repre- sentados através de valores entre parênteses e separados por vírgulas, assim: (3,4,5), onde X=3, Y=4 e Z=5. 2. UCS (USER COORDINATE SYSTEM) - SISTEMA DE COORDENADA DO USUÁRIO O AutoCAD versão 10 introduziu o conceito de sistema de coordenadas definidas pelo usuário (UCS - User Coordi- nate System). Dessa forma, pode-se ter um sistema de coordenadas global (WCS) e vários sistemas locais, cada um com uma origem e uma orientação espacial em relação ao WCS, simultaneamente. Os sistemas UCS podem ser no- meados, salvos e recuperados a qualquer instante. Um sistema de coordenadas próprio pode ser criado pelo usuário. É bastante útil quando se desenha objetos complexos, onde a mudança do ponto de origem do sistema (por exem- plo), se faz necessária. Todos os pontos terão seus valores relativos à nova origem do sistema de coordenadas. (ACAD2F45.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 13 Os sistemas de coordenadas UCS nos permitem deslocar o plano de construção,simpli- ficando a localização de pontos tridimensionais. Por exemplo, desenhar o telhado de uma casa ou a fachada de um edifício é muito mais fácil definindo-se um UCS posicio- nado e orientado em relação à superfície sobre a qual se quer trabalhar. Para a construção de um nov UCS, o AutoCAD dispõe de dois comandos básicos: o UCS, que permite a definição de um novo sistema de coordenadas, a fixação de sua origem e a orientação desejadas para os eixos, e o UCSICON. A seguir, são apresenta- das suas opções: UCS (2D) Opções Descrição Origin Estabelece os eixos X e Y em um novo ponto de origem, sem alteração de sua direção Z Permte a rotação dos eixos X,Y sobre o eixo Z Previous Permite a restauração do sistema previamente definido. Pode ser utilizado para a restauração de até 10 UCS previ- amente definidos Restore Restaura o sistema de coordenadas definido, nomeado e salvo. Save Salva o UCS corrente, definido sob um nome de identifica- ção. O nome do UCS deverá ser composto de uma string de até 31 caracteres. Delete Remove um UCS arquivado. ? Exibe uma lista de UCS definidos e arquivados por nome, ponto de origem e orientação. World Faz o UCS coincidir com o WCS, restaurando-o. Nota-se que cada sistema de coordenadas criado pode ser identificado e salvo, facilitando a troca entre os sistemas de coordenadas eventualmente definidos. O comando UCSICON controla a visibilidade e a localização do ícone representativo do UCS. Sua posição default é o canto inferior esquerdo e pode exibir as formas apresentadas na Fig. II-5. UCSICON Opções Descrição ON Torna o ícone da UCS visível OFF Torna o ícone da UCS invisível All Exibe o ícone indicador de UCS visível em todas as janelas de visão (viewports) Noorigin Exibe o ícone indicador de UCS no canto inferior esquerdo da janela ativa (viewport) ORigin Exibe o ícone indicador de UCS no seu ponto de origem (0,0) Existem outras formas de manipular os UCS na versão 12 do AutoCAD, através dos comandos DDUCSP e DDUCS. Através do comando DDUCSP pode-se fazer uma seleção das 6 UCS previamente definidas, por meio de um menu de ícones apresentado da caixa de diálogo UCS Orientation. A Fig. II-5 exibe o referido quadro de diálogo. Por sua vez, o comando DDUCS (Dynamic Dialog for User Coordinate System) exibe o quadro de diálogo UCS Control, que funciona da mesma forma que o DDUCSP, porém não permite seleção de UCS por ícones e, sim, lis- tando os nomes de identificação de cada uma das UCS previamente definidas. A Fig. II-6 ilustra o quadro de diálo- go UCS Control. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 14 Fig. II-5 - Quadro de diálogo exibido pelo comando DDUCSP (ACAD2D04.GIF) DDUCS Opções Descrição Current Ao pressionar este botão, o nome selecionado na lista UCS Names será restaurado e passará a ser o UCS corrente. Rename To Permite a alteração do nome do UCS selecionado. List Lista o ponto de origem e as direções dos eixos X,Y, Z do UCS selecionado. Delete Deleta os UCS selecionados. Fig. II-6 - Detalhe da caixa de diálogo apresentada pelo comando DDUCS (ACAD2D05.GIF) 3. TELA GRÁFICA E TELA DE TEXTO Algumas vezes, ao usar determinados comandos, o AutoCAD passará a usar o monitor de vídeo no modo texto. Isto acontece, por exemplo, quando se deseja obter informações mais detalhadas acerca de uma entidade qualquer. Para AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 15 que toda a informação caiba na área de prompt será necessário maximizá-la. Nestes comandos, o próprio AutoCAD passa o monitor do modo gráfico para o modo texto. No entanto, o usuário pode querer fazer a transição entre os dois modos de modo não automático. Para isso basta pressionar a tecla F2 (ou F1, na versão DOS) sempre que de- sejar passar a tela de modo gráfico para texto ou vice-versa. Esta alternância pode ser particularmente útil para se ter um histórico dos últimos comandos entrados por você e as respectivas respostas do AutoCAD. O AutoCAD é preparado para permitir a gerência de dois monitores de vídeo simultaneamente. Um deles exibe o modo gráfico enquanto o outro o modo texto. Se o seu sistema estiver configurado para suportar o ‘dual screen’, não precisará usar a tecla F2 para fazer a alternância Fig. II-7 - Projeto estrutural de uma piscina (ACAD2F51.WMF) Fig. II-8 - Projeto de uma nave espacial, demonstrativo do AutoCAD R12. (ACAD3F03, ACAD3F04 e ACAD3F05) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 16 Fig. II-9 - Parte de um projeto em alvenaria estrutural, composto pelo acadêmico do curso de Eng. Civil da UFV, Romério Sales Pereira, para a empresa produtora de blocos Valemix (ACAD2F52.WMF e ACAD2F53.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 17 AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 18 III Preparativos para iniciar um desenho Antes de começar cada seção de desenho no AutoCAD, o usuário deve preparar a sua plataforma. Isto se faz medi- ante a determinação de uma unidade de medida que se deseja tornar padrão, especificação do tamanho pretendido para o papel e a escala a ser utilizada para plotagem. A área de trabalho default exibe um espaço de 9"x 12", num sistema de medida onde uma unidade de desenho cor- responde a 1". Essas especificações podem ser alteradas de acordo com os requisitos do projeto e salvas em disco, num arquivo de desenho comum do AutoCAD. Pode-se gravar um arquivo contendo apenas as definições gerais bá- sicas com o objetivo de criar um padrão que poderá ser adotado para outros projetos. Esse arquivo é chamado de protótipo (prototype). O protótipo default do AutoCAD tem o nome ACAD.DWG. Pode-se criar os protótipos A1.DWG, A0.DWG e assim por diante. 1. UNIDADES DE DESENHO O padrão de unidade diz respeito à unidade métrica que será utilizada durante uma seção de desenho. O padrão de unidade default do AutoCAD é polegada decimal. Para utilizar medidas em metros, por exemplo, o usuário deve alterar o padrão de unidades. Isso pode ser feito através do menu Settings/Units Control ou diretamente na linha de comando DDUNITS, o qual exibirá o quadro de diálogo Units Control (Fig. III-1). O quadro é dividido em duas partes, sendo a primeira destinada à escolha do sistema métrico linear, enquanto a segunda é destinada ao sistema angular de medidas e as respectivas precisões desejadas. O quadro a seguir ilustra os sistemas de medidas disponíveis através do quadro de diálogo Units Control e alguns exemplos. DDUNITS Opções Descrição Scientific sistema científico: 1.67E+01 Decimal sistema decimal: 1.6700 ( formato de entrada 1.67 ) Engineering polegada decimal: 1'-3.5" ( formato de entrada 1'3.5" ) Architectural polegada fracionária: 1'- 3 1/2" ( formato de entrada 1'3-1/2" ) Fractional decimal fracionário: 15 1/2 ( formato de entrada 15-1/2 ) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 19 Fig. III-1 - Caixa de diálogo exibida para o comando DDUNITS (ACAD206.GIF) É possível especificar, a partir da lista precision da caixa de diálogo, o menor valor de unidade que o AutoCAD pode apresentar na linha de status e nos prompts. A precisão na obtenção de valores captados com o mouse também dependerá da precisão especificada. Uma dica importante: Mesmo que sua aplicação necessite de uma precisão de apenas duas casas decimais (no caso da utilização de unidade métrica decimal), ajuste-a para 4. Isso assegura maior precisão. Se o usuário ajustar a preci- são com 2 casas decimais, todas as entidades desenhadas, quando exibidas, terão suas coordenadas arredondadas na 2a. casa decimal, ainda que caracterizando uma imprecisão. Por exemplo, se uma coordenada aparece com 1.0036 centímetros quando se sabe que deveria ter 1.0000, o desenho não está correto.As unidades do desenho podem ser alteradas a qualquer momento. Antes de cotar o desenho, você poderá mudar as unidades para que o texto de dimensionamento apresente, por exemplo, 2 casas. O grupo Angles permite escolher um estilo para a apresentação e entrada de ângulos. Existem cinco estilos pré- definidos: graus decimais, grau/minuto/segundo, grados, radianos, e unidades de agrimensura. O botão Direction apresenta um outro quadro de diálogo, onde o usuário informa qual a direção do ângulo base 0o, ou seja, qual é a referência do ângulo 0o. A direção para o AutoCAD é da esquerda para a direita, ou seja, direção East (leste). Este é o ângulo 0o. Entretanto, pode haver ocasiões em que uma outra direção para o ângulo de referên- cia seja mais útil. É possível ainda alterar a direção de ângulo positivo (o default do AutoCAD é o sentido contrário aos ponteiros do relógio). Para efeito dos exercícios apresentados neste trabalho, o ângulo 0o e a direção de ângulo positivo serão os valores default do AutoCAD. 2. LIMITES PARA A ÁREA DE TRABALHO E FATOR DE ESCALA Normalmente, diz-se que um desenho feito com o AutoCAD não tem escala. Na verdade, o desenho é feito em ver- dadeira grandeza (1:1) sem estar atrelado a uma escala. Enquanto o desenho está apenas exposto no vídeo do com- putador isso não traz maiores consequências. O problema aparece na hora de executar a plotagem. O desenho pode não possuir as dimensões adequadas para o papel escolhido para a plotagem. Pode ficar pequeno demais ou grande demais para o papel. Por isso é sempre conveniente determinar limites para a área de trabalho. Este limite não o im- pede de fazer desenhos maiores. Servem como indicadores do espaço disponível para trabalho. Geralmente os limi- tes descrevem o tamanho do papel escolhido para abrigar o desenho. Como o desenho sobre a área de trabalho é considerado como sendo em verdadeira grandeza, o tamanho do papel deve ser tal que caiba o desenho na escala desejada. Para o ajuste das coordenadas dos pontos limites da área de trabalho, usamos o comando LIMITS, ou ainda aces- sando o menu principal com a opção Settings/Drawing Limits. A tabela a seguir exibe as opções para o comando: LIMITS AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 20 Opções Descrição ON Ativa um sistema de proteção que impede a seleção de pontos fora dos limites OFF Desativa o sistema de proteção descrito acima (default) Lower left corner indica canto inferior esquerdo do limite (default: 0,0) Upper right corner indica canto superior direito do limite (default: 12,9) 3. ESCALA DO DESENHO A forma como as pranchas de desenho são feitas quando se utiliza um sistema difere quando comparada a um dese- nho realizado com instrumentos manuais, como papel vegetal, canetas e esquadros. Nesses casos, o desenhista colo- ca um papel sobre a prancheta, define o tamanho das margens e a partir daí, estabelece uma escala para que os obje- tos caibam no papel. No AutoCAD, desenha-se os objetos em tamanho real, seja em qual unidade for (milímetros, metros, quilô metros, milhas, polegadas, etc.). O desenho será escalonado de forma que as dimensões definidas através do comando LI- MITS coincidam com as dimensões do papel, no momento da plotagem. Pode-se entender a área de trabalho como um "papel virtual". Para a determinação dos pontos limites do "papel vir- tual", você precisa conhecer o tamanho do objeto que pretende desenhar e decidir em qual escala irá plotá-lo. Assim, o tamanho do "papel virtual" (limites da área de trabalho) será função do tamanho do objeto que se pretende dese- nhar e da escala em que se deseja plotar. Suponha que esteja sendo desenhada uma casa com dimensões externas 12 x 8 unidades de desenho e deseja-se im- primir essa casa na escala 1:50 num papel de tamanho padrão A1 (840x594mm2). Deve-se então, calcular os limites do desenho de forma que a relação entre esses limites e o desenho seja igual à relação entre o papel A1 e a casa na escala 1:50. A escala de plotagem no AutoCAD é a relação entre a medida plotada e a unidade de desenho. Sendo as- sim, para o exemplo proposto acima tem-se que 0,02 m plotados correspondem a 1 unidade do desenho (escala 1/50=0,02). Quantas unidades de desenho serão necessárias para a representação de uma folha de papel A1, na área de trabalho? Ora, se 2,0 cm de desenho correspondem a uma unidade de desenho, então x cm de uma dimensão do papel corresponde- rão a y unidades de desenho: 0,02 1 x y de maneira que o comprimento de x que se deseja para a dimensão plotada é alcançado quando se desenha com dimensão y = x/0,02 (ou y = 50x, mais natural) na área de trabalho para a escala 1:50, sendo x medido em cm (no caso do exemplo). Assim, para papel A1 e escala 1:50 deve-se usar os limites (0,0) para o canto inferior esquerdo e (42.0, 29.7) para o canto superior direito. Uma outra observação importante relacionada à escala do desenho diz respeito à altura dos fontes de textos. Você deve calculá-los da mesma forma usada para a obtenção dos limites do desenho. Caso contrário, as fontes poderão ficar pequenas ou grandes demais. A ordem natural da organização do desenho, quando se opta por esse método, consiste em: 1. Estabelecer a qual unidade corresponderá uma unidade de desenho; 2. Desenhar os objetos em escala natural ( 1 unidade de desenho = 1cm ou 1m, ou ainda 1” ); 3. Decidir em qual escala o desenho será plotado; 4. Decidir em que papel o desenho será plotado; 5. Calcular os limites do desenho (função do papel adotado) e alterá-los, através do comando LIMITS; Esse procedimento elimina a necessidade de ajustes de unidades no momento da plotagem. Figura 8 - Vista 3D de uma pia de cozinha AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 21 Fig. III-2 - Maquete eletrônica construída no AutoCAD (ACAD3F07.WMF, ACAD3F06.WMF e ACAD3F01.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 22 V6 11 a (1 2x 40 ) V606 (12x60) V604b (12x80) V 60 8a (1 2x 40 ) V604a (12x80) e=12cm LAJE 604 V605 (12x40) V 61 0 (1 2x 60 ) V 61 0b (1 2x 60 ) N. 9.30 V6 09 (1 2x 40 ) L A J E 60 3 V603 (12x40) e = 12 c m V601 (12x40) e=12cm LAJE 601 V6 10 d (1 2x 60 ) e=12cm LAJE 602 V602 (12x40) V 61 1b (1 2x 40 ) P16 (12x30) P12 (12x30) P18 (12x30) P21 (12x30) P25 (12x30) P22 (12x30) P27 (12x30) P31 (12x30) P32 (12x30) P26 (12x30) P17 (12x30) P08 (12x30) V702b (12x40) V701 (12x50) 6N0134.2c33-3.90 V 70 9 (1 2x 40 ) V 71 1 (1 2x 40 ) P07 (12x30) V704 (12x40) V702a (12x40)P0 4 (1 2x 30 ) LAJE 702 e=12cm V 71 0 (1 2x 40 ) N. 11.103.7/ 16 11 N 17 4. 2c 33 - 6. 80 V708 (12x40) P28 (12x30) V 71 2a (1 2x 40 ) P29 (12x30) V 71 4a (1 2x 50 ) V706 (12x40) LAJE 704 18N024.2c33-3.80 Var V 71 4c (1 2x 50 ) V 71 3b (1 2x 40 ) 11 N 14 4. 2c 33 - 4. 20 LAJE 703 e=12cm 5 7N164.2c33-4.65 2.4/11 LAJE 706 V707 (12x40) V 71 2b (1 2x 40 ) P 20 (1 2x 30 ) 6 V705 (12x40) e=12cm LAJE 705 V 71 3 (1 2x 40 ) P11 (12x30) e=12cm 3. 7/ 10 3 V 71 5b (1 0x 40 ) P15 (12x30) P 10 (1 2x 30 ) 6N 15 4. 2c 33 - 6. 15 V702c (12x40) 10N114.2c33-7.65 P05 (12x30) 2.2/9 2 LAJE 701 e=12cm P02 (12x30) V701b (12x50) V702d (12x40) 3.5/18 1 V703 (12x40) V7 17 (1 0x 40 ) e=12cm P 16 (1 2x 30 ) 5.8/15 4 10 N 02 4. 2c 33 - 3.90 V a r P09 (12x30) P06 (12x30) V 71 5 (1 2x 40 ) P03 (12x30) V 80 7a (1 2x 40 ) 8N104.2c33-4.85 P32 (12x30)P31 (12x30) V806 (12x40) N. 12.10 9N 07 4. 2c 33 - 5. 65 P16 (12x30) V 80 7b (1 2x 40 ) V803 (12x40) e: 12cm LAJE 803 5N094.2c33-3.75 3 4.5/11 P22 (12x30) V804 (12x40) e: 12cm LAJE 801 4. 4/ 131 13 N0 24 .2 c3 3- 4. 45 Va r P23 (12x30) V8 09 a (1 2x 40 ) P12 (12x30) V801 (12x40) V8 08 (1 2x 40 ) V8 09 b (1 2x 40 ) V802 (10x40) P21 (12x30) 3N 02 4. 2c 33 -4 .5 0V ar V805 (12x40) P27 (12x30) V 80 6b (1 2x 40 ) P26 (12x30) V8 10 a (1 2x 40 ) LAJE 802 e: 12cm 4. 5/ 132 P18 (12x30) V 81 0b (1 2x 40 ) 51 N 12 5. 0 c 15 . 0- 1. 85 40N015.0 c15.0-2.50 27N055.0 c15.0-2.35 19 N0 85 .0 c 15 . 0- 2. 05 48 N 05 5. 0 c 10 . 0- 2. 35 33N015.0 c15.0-2.50 17N035.0 c15.0-1.40 01 4. 9/ 13 04 4. 9/ 11 03 2. 1/ 6 02 3. 7/ 15 15 N 02 4. 2c 33 - 4. 25 V a r 6N 04 4. 2 c 33 - 2. 60 14 N 06 4. 2 c 33 - 4. 55 11 N 02 4. 2 c 33 - 3. 80 V a r QUADRO DE FERROS ----------------------------------- Comprimento N ø (mm) Qtde Un (m) Tot (m) ----------------------------------- ^J 1 5.0 73 2.5 182.5 ^J 2 4.2 70 5.0 350.0 ^J 3 5.0 17 1.4 23.8 ^J 4 4.2 6 2.6 15.6 ^J 5 5.0 75 2.4 176.3 ^J 6 4.2 14 4.6 63.7 ^J 7 4.2 9 5.7 50.9 ^J 8 5.0 19 2.1 39.0 ^J 9 4.2 5 3.8 18.8 ^J 10 4.2 8 4.9 38.8 ^J 11 4.2 10 7.7 76.5 ^J 12 5.0 51 1.9 94.4 ^J 13 4.2 6 3.9 23.4 ^J 14 4.2 11 4.2 46.2 ^J 15 4.2 6 6.2 36.9 ^J 16 4.2 7 4.7 32.6 ^J 17 4.2 11 6.8 74.8 ----------------------------------- QUADRO RESUMO ---------------------------------------- Peso ø (mm) Comp (m) Un (kg) +10% (kg) ---------------------------------------- ^J 4.2 828.05 0.10 82.81 ^J 5.0 515.85 0.16 82.54 ^J 10.0 0.00 0.63 0.00 ^J 12.5 0.00 1.00 0.00 ---------------------------------------- TOTAL 165.35 Tel: (021) 253.9154 Fax (021) 253.9860 Av. Rio Branco, 37/1407. Centro. 20.090-003 Tijuca, Rio de Janeiro/RJ R. Prof. Helion Povoa, lote 09 para a construcao de uma edificacao unifamiliar Plantas de formas para os niveis 9.30, 11.10, 12.10 PROJETO ESTRUTURAL Rio de Janeiro/RJ ARIA TECNOLOGIA LTDA VISTOS NO. PROCESSO PREO OBSERVACOES PROPRIETARIO 02 PRPA OUT/95DATA ESCALA 1/50 TITULO situada a DETALHAMENTO DO MURO DE ARRIMO DIVISA DE TERRENO 146N01ø10.0 C10.0-5.85 73N02ø10.0 C20.0-3.85 30N01ø10.0 C15.0-5.85 30N05ø5.0 c 15.0-6.65 30N05ø5.0 c 15.0-6.65 QUADRO DE FERROS ----------------------------------- Comprimento N ø (mm) Qtde Un (m) Tot (m) ----------------------------------- ^J 1 10.0 206 5.9 1205.1 ^J 2 10.0 73 3.9 281.1 ^J 3 5.0 262 7.6 1991.2 ^J 4 5.0 156 5.0 780.0 ^J 5 5.0 30 6.7 199.5 ----------------------------------- QUADRO RESUMO ---------------------------------------- Peso ø (mm) Comp (m) Un (kg) +10% (kg) ---------------------------------------- ^J 4.2 0.00 0.10 0.00 ^J 5.0 2970.70 0.16 475.31 ^J 10.0 1486.15 0.63 936.27 ^J 12.5 0.00 1.00 0.00 ---------------------------------------- TOTAL 1411.58 15N04ø5.0 c20.0-5.00 15N04ø5.0 c20.0-5.00 30N03ø5.0 c10.0-7.60 30N03ø5.0 c10.0-7.60 R0.47 0.46 0.12 0.39 2.57 1.360.37 0.38 0.77 2.90 2.65 0.13 2.65 0.77 0.13 0.38 2.90 15N04ø5.0 c20.0-5.00 0.56 0.20 9N04ø5.0 c10.0-5.00 0.20 0.60 20N04ø5.0 c15.0-5.00 17N04ø5.0 c10.0-5.00 1.60 0.40 0.80 27N04ø5.0 c10.0-5.00 0.20 20N03ø5.0 c15.0-7.60 30N03ø5.0 c10.0-7.60 30N03ø5.0 c10.0-7.60 9N03ø5.0 c10.0-7.60 15N03ø5.0 c10.0-7.60 27N03ø5.0 c10.0-7.60 0.20 5.85 0.40 0.20 1.400.600.80 1.852.00 6.80 1.00 1.00 100mm 7.70 4.60 4.90 2.90 2.45 2.00 5.0014.504.55 1.50 2.50 6.45 24.30 11.8012.50 3.20 1.69 R1.37 1.31 2.40 2.01 2.05 1.29 2.61 4.55 0.12 4.01 1.89 2.37 3.48 1.771.882.29 2.44 2.770.953.531.40 4.02 3.14 2.61 3.53 2.323.36 7.30 3.77 6.80 0.38 1.81 4.10 0.12 2.31 0.12 1.95 0.12 2.03 0.12 3.50 3.90 1.00 4.53 2.03 0.12 3.53 0.12 1.73 7.77 5.921.852.05 2.15 1.93 3.97 1.36 0.12 2.50 0.12 4.55 3.36 R1.37 1.31 1.26 2.61 2.05 1.98 2.35 1.63 1.801.88 4.93 2.770.953.531.40 Fig. III-3 - Projeto estrutural da residência cuja perspectiva se encontra na Fig. III-2. (ACAD2F48.WMF e ACAD2F49.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 23 AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 24 IV As entidades do AutoCAD O AutoCAD trabalha com elementos de desenho denominados entidades. Essas entidades são objetos representados de duas formas: (1) graficamente; (2) e sob forma de banco de dados, por meio de registros. 1. PONTO Trata-se da entidade mais simples do AutoCAD. O comando POINT solicita ao usuário a coordenada X,Y,Z da enti- dade em qualquer local do espaço. Geralmente os pontos são usados como marcas de referência para desenho de outras entidades. Um ponto a partir do qual será inserida uma entidade pode ser fornecido por meio do teclado (co- ordenada absoluta) ou através de um click do mouse na área de trabalho. A entidade ponto é representada no vídeo como um minúsculo ponto gráfico. Inicialmente é visto um sinal de cruz, denominado blip. O blip aparece sempre que é definido um ponto no ambiente do AutoCAD. Serve como um sinal temporário para melhor visualização da inserção de um ponto, desaparecendo sempre que a tela é redesenhada ou regenerada. É possível controlar o estilo e tamanho das entidades ponto e também a forma de apresentação dos blips. BLIPMODE Opções Descrição ON Aiva a apresentação de blips a cada ponto especificado na área de trabalho. OFF Desativa a apresentação de blips a cada ponto especifi- cado na área de trabalho. O AutoCAD fornece, através do quadro de diálogo Point Style (Fig. IV-1), uma seção de estilos pré-definidos para a apresentação final dos pontos no desenho. O quadro Point Style é acionado através do comando DDPSTYLE. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 25 Fig. IV-1 - Caixa de diálogo apresentada para o comando DDPSTYLE (ACAD2D07.GIF) 2. LINHAS A linha é uma entidade caracterizada por uma reta traçada entre dois pontos no espaço. Através do comando LINE, digitado na linha de comando ou através do menu Draw/Line, o AutoCAD pede ao usuário que forneça o ponto ini- cial (From point: ) da reta e em seguida o ponto final da reta (To point: ). A partir daí, por uma questão de praticida- de, o comando pedirá sempre a inserção do próximoponto, tomando o inserido anteriormente como base, até que o usuário encerre a seção pressionando a tecla [enter]. Quando se utiliza a opção de menu Draw/Line, são apresentadas 3 variações da forma de desenhar uma linha: seg- ments (segmentos); 1 segment (apenas 1 segmento); Double Lines (linhas dobradas). A opção segments funciona exatamente como o comando LINE digitado diretamente da linha de comando. Já a opção 1 segments é um caso particular do anterior, e desenha apenas um segmento de linha. Double Lines, ou simplesmente DLINE na linha de comando é um rotina mais complexa. Na verdade uma aplicação desenvolvida em AutoLISP (dline.lsp) nativa do AutoCAD. Quando esse comando é executado, uma série de parâ- metros deve ser fornecida, os quais são apresentados na tabela abaixo: DLINE Opções Descrição Break Permite que linhas sejam quebradas, quando intercep- tadas por outras linhas AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 26 DLINE Opções Descrição Caps Permite que o par de linhas desenhadas por DLINE sejam fechadas nas extremidades conforme opção: Both Ambas as extremidades serão sempre fecha- das; End Apenas a extremidade final da linha dupla será fechada, independentemente de estar so- bre outra linha; None Não haverá fechamento de linhas; Start Apenas a extremidade inicial da linha dupla será fechada, independentemente de estar so- bre utra linha; Auto O comando se encarregará de fazer o fecha- mento do par de linhas, quando a extremidade não estiver contida em outra linha. Ou seja, o reconhecimento será automático Dragline Define o posicionamento da linha dupla em relação à linha de apoio: Left a linha mais à esquerda coincide com a linha de apoio definida pelo usuário; Center define a distância do eixo da linha dupla em relação à linha de apoio definida pelo usuário. Offset from center= solicita ao usuário definir a distância, compreendida no intervalo (- with/2,with/2). Um valor negativo desloca o eixo para o lado esquerdo da linha de apoio. Um valor positivo desloca o eixo para a di- reita; Right a linha mais à direita coincide com a linha de apoio definida pelo usuário; Offset permite que uma nova linha dupla seja desenhada a uma distância e um ângulo específico a partir de um ponto qualquer, especificado pelo usuário: offset from: ponto base; offset toward: segundo ponto base, formando a reta sobre a qual a linha dupla será dese nhada; offset distance: distância, sobre a reta supracitada, a partir da qual se desenvolverá a nova linha dupla. Snap ativa/desativa opção para detectar linhas pré-existentes: ON ativa; OFF desativa Size o usuário deve especificar o grau de sensibili- dade da captura, variando de 1 a 10. Quanto maior o valor de size (tamanho de uma área em pixel, em volta do apontador), mais fácil será localizar um ponto sobre a linha existen- te. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 27 DLINE Opções Descrição Undo remove, em ordem reversa, os pontos locados para o seção corrente do comando. Encerrando-se o uso do comando, encerra-se também a utilização do Undo. Entretanto, o comando Undo do AutoCAD permite que o usuário desfaça todo o conjunto de linhas duplas exe- cutadas. Width Distância perpendicular entre as linhas desenhadas com DLINE. <start point> O usuário deverá especificar o ponto inicial para o de- senho das linhas dobradas. Os seguintes comandos adicionais aparecem: Arc permite o desenho de um arco de círculo, dando sequência ao desenhado até então. São permitidas as opções do comando Arc, do AutoCAD. Close fecha um conjunto de linhas dobra das, ligando o último ponto ao pri meiro desenhado, formando um po lígo fechado de linhas dobradas; <next point> solicita ao usuário que informe um próximo ponto. Fig. IV-2 - Ilustração de caso particular do uso do comando DLINE (ACAD2F01.WMF) O comando DLINE é muito útil para o desenho de paredes em arquitetura, por exemplo. Na verdade, qualquer tipo de desenho que exija linhas contínuas paralelas tem sua performance acrescida com o comando DLINE. 3. CÍRCULOS Os círculos são entidades caracterizadas por um ponto central e um raio. O comando CIRCLE - ou através do menu suspenso Draw/Circle - foi elaborado para permitir ao usuário construir círculos, considerando diversas situações possíveis na prática. CIRCLE AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 28 Opções Descrição 3P (3 pontos) Permite ao usuário desenhar um círculo a partir de 3 pontos distintos. 2P (2 pontos) Permite ao usuário desenhar um círculo a partir de dois pontos extremos. TTR (Tangente-Tangente-Raio) São solicitados ao usuário 2 entidades (círculo, arco ou linha) pelos quais o círculo a ser desenhado fará tangente, e o raio do círculo. <Center point:> Ponto central do círculo e seu raio ou diâmetro. 4. ARCOS DE CÍRCULO Permite traçar arcos de círculo. O comando ARC (Draw/Arc no menu suspenso) permite a inserção das entidades arco no desenho. ARC Opções Descrição 3 Point (3 pontos) Permite ao usuário desenhar um arco de círculo a partir de 3 pontos distintos. Star, Center, End Ponto inicial, centro e seu ponto final do arco. Start, Center, Angle Ponto inicial, centro e o ângulo de evolução do arco, em graus. Start, Center, Length Ponto inicial do arco, ponto central e o comprimento da corda (distância reta entre os pontos inicial e final do arco) Start, End, Angle Ponto inicial, ponto final e ângulo de inclusão, em graus. Start, End, Radius Ponto inicial, ponto final e raio do arco. Start, End, Direction Ponto inicial, ponto final e direção a partir do ponto inicial Center, Start, End Ponto central, ponto inicial e ponto final do arco. Center, Start, Angle Ponto central, ponto inicial e ângulo de evolução do arco. Center, Start, Length Ponto central, ponto inicial e comprimento da corda. A grande quantidade de opções do comando ARC é de difícil memorização, mas bastante útil em determinadas situ- ações. É importante observar que o ângulo de evolução do arco, até que se altere a direção default do AutoCAD é contado no sentido anti-horário. A variável de sistema ANGDIR, controlada pelo comando ANGDIR permite que o usuário altere a direção de evolução dos ângulos. ANGDIR Opções Descrição ANGDIR 0: direção contrária aos ponteiros do relógio; 1: direção dos ponteiros do relógio AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 29 5. TEXTO Praticamente nenhum desenho é feito apenas de linhas, círculos e arcos. É comum a necessidade de incluir de textos por todo o desenho. Para a inserção de textos, o AutoCAD precisará de cinco informações básicas para cada linha de texto: um ponto de referência; o alinhamento, a altura dos caracteres; sua rotação em relação à horizontal e o texto propriamente dito. Como num processador de textos, é possível definir estilos. Os estilos são características tipográficas atribuídas a uma variável e têm a finalidade de simplificar a definição de características de cada linha de texto. Portanto, num estilo, é possível definir a fonte a ser utilizada, a altura dos caracteres, sua inclinação (efeito itálico), e se o texto vem de traz para frente ou não. Pode-se criar quantos estilos se queira, atribuindo-lhes o nome que se desejar. O comando STYLE (Draw/Text/Set Style...) é usado para a manutenção dos estilos. Através dele, é possível criar um novo estilo ou fazer alterações necessárias em estilos existentes: STYLE Opções Descrição Style name Nome de identificação do novo estilo ou do estilo existente. Este estilo, após conclusão do comando, será o estilo corrente. ? Apresenta uma lista dos estilos arquivados no desenho corrente. Pode-se usar caracter-coringa para acesso classificado de estilos.Font Nome do arquivo que contém a fonte em disco (.SHP ou .SHX). A fonte default é a TXT.SHX. Height Altura do caractere em unidades de desenho. O valor 0 (zero), indica que se trata de uma altura variável. Se, ao usar o comando TEXT, este encontrar no estilo cor- rente a opção Height=0, o comando TEXT solicitará ao usuário a altura desejada para o caracter. Width fator Fator de escala para a expansão ou compressão do re- sultado final do texto. Obliquing angle Ângulo de inclinação dos caracteres do texto (efeito itálico). Valor positivo - inclinação para a direita; valor negativo - inclinação para a esquerda. Valor=0, default, corresponde ao texto normal. Backwards Inverte o texto horizontalmente, como se fosse visto por um espelho Upside-down Inverte o texto verticalmente, dispondo-o de cabeça para baixo Vertical Dispõe o texto verticalmente, um caractere sobre o outro. Só funciona com fontes que definam os pontos de alinhamento necessários. O quadro de diálogo Select Text Font, ilustrado na Fig. IV-3 (só aparece quando o comando é acionado a partir do menu suspenso. Caso o comando seja acionado a partir da linha de comando, aparecerá um outro quadro de diálogo do tipo Open File), exibe uma lista de fontes disponíveis com exemplo de seu formato. O estilo terá o mesmo nome da fonte selecionada. Uma vez definido, o estilo é assumido como corrente, de forma que toda inserção de texto terá as características de- finidas por esse estilo. É importante ressaltar que se a altura definida para o caracter for zero, significa que a altura deverá ser definida quando da inserção do texto. Caso alguma ateração tenha sido feito num estilo que contenha textos espalhados pelo desenho, todos os textos terão suas características tipográficas alteradas em função da alteração do estilo. Ao se encerrar o comando STYLE, o AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 30 AutoCAD faz uma regeneração (regen) para concretizar as alterações no próprio desenho. Existem três comandos para inserção de texto. São eles o TEXT, o DTEXT (Dynamic Text) e o QTEXT (Quick Text). O comando TEXT se presta para a escrita de uma linha de texto. Para inserção da próxima linha de texto o comando terá que ser acionado novamente, e só no final de cada inserção é que o texto aparecerá no vídeo. Portanto são limitações do comando TEXT: entrada do comando a cada nova linha de texto e o resultado final do texto só pode ser visto na tela do vídeo quando a inserção da linha termina. O comando DTEXT visa minimizar as inconveniências do TEXT, permitindo uma visualização do texto durante a digitação e facilitando a inserção de multiplas linhas. É mais flexível e versátil que o comando TEXT. Fig. IV-3 - Caixa de diálogo Select Text Font, exibida quando se utiliza o comando (ACAD2D08.GIF) Enquanto DTEXT estiver ativo, pode-se relocar o cursor e continuar a inserir o texto sem a necessidade de encerrar o comando. Pressionando [enter] em uma linha vazia, o comando DTEXT é encerrado. TEXT e DTEXT possuem as mesmas opções e parâmetros, permitindo, inclusive, a justificação do texto de diversas maneiras. Respondendo à soli- citação de ponto inicial desses comandos com um [enter], o novo texto terá início uma linha abaixo do último texto digitado no desenho. Logicamente, o novo texto assumirá o tamanho de fonte, o estilo e a justificação do texto previamente inserido. Justificar um texto é o ato de alinhar em torno de pontos de controle à es- querda, direita, ao topo, em baixo, etc. As opções disponíveis para a justifi- cação de texto encontram-se na Fig. IV-4. TEXT/DTEXT Opções Descrição Fig. IV-4 - Pontos importantes na justifi- cação de textos (ACAD2F02.GIF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 31 TEXT/DTEXT Opções Descrição Justify Permite ao usuário selecionar uma opção para justificar o texto a ser inserido: Align Devem ser fornecidos os pontos inicial e final para alinhamento. A altura do texto é calcula- da para se adequar, sem distorção, aos pontos fornecidos. Fit Devem ser fornecidos os pontos inicial e final da linha de base do texto. A largura do texto será distorcida para se adequar aos pontos for- necidos, sem alterações na altura do caractere. Center Ponto para o centro horizontal do texto. Verti- calmente o texto se apoiará na linha de base Middle Ponto médio horizontal e vertical para o texto. Right Ponto de apoio para justificação à direita. O texto se localizará a esquerda do ponto. TL Ponto que indica o canto superior (topo do caractere mais alto) esquerdo do texto. TC Ponto central do texto, alinhado com o topo do caractere mais alto. TR Ponto lateral direito do texto, alinhado com o topo do caractere mais alto. ML Ponto médio vertical do texto, alinhado à es- querda. MC Ponto médio vertical do texto, alinhado hori- zontalmente no centro. MR Ponto vertical médio e horizontal direito do texto. BL Ponto vertical inferior e horizontal esquerdo do texto. BC Ponto vertical inferior e horizontal central do texto. BR Ponto vertical inferior e horizontal direito do texto. Style Permite a especificação de um estilo de texto. O estilo já deve ter sido criado previamente Start point Ponto de inserção do texto Heigth Altura da fonte de texto a ser usada (só válido quando o valor declarado para Height em STYLE é zero). Rotation angle Ângulo de rotação do texto. Text Texto propriamente dito 6. POLILINHAS O comando LINE visto no capítulo anterior, permite ao usuário criar segmentos de reta ponto a ponto. Entretanto, cada seguimento é tratado como uma entidade distinta. Quando um polígono fechado é construído a partir de linhas simples ligadas umas às outras, o AutoCAD trata cada linha como uma entidade distinta. Existem casos, porém, em AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 32 que se obtém melhor performance tratando grupos de entidades. Uma polilinha é um grupo de linhas e arcos interligados entre si, formando uma única entidade contínua. O comando PLINE é utilizado para o desenho de polilinhas. A tabela a seguir descreve as opções do comando: PLINE Opções Descrição Arc Permite ao usuário inserir seguimentos em arco na po- lilinha corrente (“poliarcos”). O prompt passa a corres- ponder ao desenho de arcos. Compreende as seguintes opções: Angle ângulo de incidência do arco; CEnter Ponto que corresponde ao centro do arco; Close Fecha a polilinha, ligando o ponto inicial ao último ponto com um seg- mento de arco. Em seguida o coman- do Arc é abandonado; Direction Direção de tangência para o seg- mento. Halfwidth Corresponde a uma meia espessura do arco, ou seja, a distância entre o percurso central do arco e sua face mais distante; Line Faz voltar ao modo original de dese- nho de polilinha; Radius Raio do arco; Second Pt. Segundo ponto de um arco definido por três pontos; Undo Desfaz o último segmento desenhado; Width Largura inicial e final da linha de arco; Endpoint of arc Ponto final do segmento de arco cor- rente. Esta é a opção default. CLose Encerra a polilinha, unindo o último ponto ao primeiro e encerrando o comando PLINE; Halfwidth Corresponde a distância do centro à face mais distante da linha. Halfwidth corresponde, portanto à meia es- pessura da polilinha. Length Comprimento de um novo segmento da polilinha no mesmo ângulo do último segmento de polilinha ou tan- gente ao último segmento de poliarco. Undo Deleta o último segmento desenhado, na seção corrente de PLINE; Width Define a largura do próximo segmento da polilinha. Permite estabeleçer valores diferentes para largura ini- cial e final do segmento (adelgaçar a linha). O último valor atribuído corresponderá à largura do primeiro ponto do próximo segmento. O valor default de Width é zero(0); AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 33 PLINE Opções Descrição Endpoint of line Ponto final do segmento de linha corrente. É a opção default do comando PLINE. O aspecto final de uma polilinha não difere de um conjunto de linhas e arcos desenhados em sequência. No entanto, ao se fazer uma seleção de um dos segmentos de uma polilinha, todos os segmentos pertencentes àquela polilinha são destacados. Em contrapartida, se a mesma seleção for feita no conjunto de linhas e arcos independentes, somente a entidade selecionada será destacada. Daí concluir-se que uma polilinha é uma entidade e não um conjunto de enti- dades. Uma vez apagada desenho, todos os segmentos a ela pertencentes são apagados. Pode-se usar o comando Undo para restaurar uma polilinha que acabou de ser apagada. É importante destacar a diferença entre usar o comando Undo sob o comando PLINE e fora dele. Sob o comando PLINE, Undo desfaz o último segmento desenhado perten- cente à polilinha. Fora dele, a polilinha já estará consolida- da. Undo deletará toda a polilinha do desenho. A variável de sistema PLINEGEN permite ao usuário con- trolar a aparência das linhas em torno do vértice de uma polilinha. Quando se tem um segmento muito curto de linha tracejada (p. ex.), o AutoCAD tende a tratá-lo como um segmento inteiro de reta. Se for atribuido o valor 1 (on) a PLINEGEN, o efeito poderá ser observado conforme a figu- ra ao lado: 7. ELIPSES Uma elipse pode ser tratada como um caso particular de uma sequência de arcos ou como uma polilinha. O comando ELLIPSE permite ao usuário construir uma elipse baseada em arcos, formando uma polilinha. Independente do modo como são criadas, as elipses são tra- tadas como polilinhas fechadas constituídas de pequenos segmentos de arco. A tabela a seguir apresenta as opções do comando ELLIPSE: ELLIPSE Opções Descrição Axis endpoint n: Corresponde aos pontos extremos (1 e 2) que definem um eixo da elipse; Center Ponto central da elipse; será solicitado o ponto de uma das extremidade do primeiro eixo da elipse; Rotation Ângulo de rotação (de 0 a 89.4 graus) ou um ponto que indique o ângulo de rotação da elipse, em torno do eixo maior. Ver figura IV-5; Other axis distance Distância do centro à extremidade da elipse, corres- pondente ao segundo eixo (metade do comprimento do segundo eixo); (ACAD2F02.WMF) (ACAD2F03.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 34 ELLIPSE Opções Descrição Isocircle Solicita o ponto central e o raio ou diâmetro da elipse; será desenhado, então, um círculo no isoplano corrente. O prompt Isocircle só aparece se o salto estiver ajusta- do no modo isometric. Fig. IV-5 - (ACAD2F04.WMF) Nota: Para construir um arco elíptico, deve-se desenhar uma elipse e utilizar os comandos BREAK e TRIM para formar o arco elíptico desejado. 8. POLÍGONOS O comando POLYGON, à semelhança do comando ELLIPSE, permite ao usuário desenhar polígonos regulares com n ares- tas. O número mínimo de arestas é 3. Não é possível desenhar um polígono fechado com menos de 3 lados. O número máxi- mo de lados é 1024. O polígono pode ser desenhado de 2 maneiras: Método do lado desenha um polígono no sentido anti-horário, a partir de um lado a ser definido por dois pontos. Após a defi- nição do primeiro ponto um polígono elástico acompa- nha o movimento do cursor na seleção do segundo ponto; Método de centro Desenha um polígono inscrito ou circunscrrto a um círculo. Após seleção de um ponto central, deve ser indicada a condição circunscrita ou inscrita e o raio do círculo imaginário. A tabela a seguir apresenta as opções do comando POLYGON: POLYGON Opções Descrição Edge Dimensiona o polígono e define a localização de um lado especificado por dois pontos; (ACAD2F05.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 35 POLYGON Opções Descrição Center of polygon Especifica o ponto central do polígono Inscribed in circle Desenha o polígono no interi- or de um círculo imaginário, com cada vértice tocando a circunferência; Circumscribed about circle Desenha o polígono externo a um círculo imaginário, com o a ponto central de cada aresta tocando a circunferência; Radius of circle Especifica o raio do círculo imaginário 9. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1. Desenhar uma linha reta com ponto inicial em 1,1 e ponto final em 5,1 2. Desenhar um conjunto de linhas retas contínuas passando pelos seguintes pontos (procure usar sistema de coorde- nadas relativas): ID Ponto Ponto inicial Ponto final p1 5,1 5,5 p2 5,5 1,5 p3 1,5 1,1 3. Desenhar um círculo circunscrito ao quadrado que acabou de desenhar. 4. Para cada uma das faces do quadrado desenhar semi-círculos de diâmetro igual ao comprimento do lado do qua- drado. 5. Crie dois estilos para texto que utilizem, respectivamente: Nome Fonte Tamanho Roman Roman Simplex e tamanho 0.1 Serif SansSerif Bold 0.5 6. No semi-círculo direito, utilizando o estilo Roman, insira um texto com o seu primeiro nome nas proximidades da face direita do quadrado. Esse texto deve estar alinhado à esquerda; Insira seu segundo nome no interior do semi- círculo esquerdo, nas proximidades da face esquerda do quadrado. O texto deve estar alinhado à direita. 7. Com o estilo Serif, no centro do círculo, escreva “BR”. AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 36 (ACAD2F06.WMF) (ACAD2F09.WMF) (ACAD2F08.WMF) AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 37 (ACAD2F07.WMF) Fig. IV-6 - Planta baixa e perspectivas de uma residência unifamiliar pré-fabricada AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 38 V Fundamentos 1. PROPRIEDADES DE UMA ENTIDADE O AutoCAD trata cada entidade do desenho como um registro num banco de dados. Ou seja, o banco de dados do AutoCAD possui tantos registros quanto o número de entidades contidas no desenho. Cada registro é formado de alguns campos. Estes campos possuem valores específicos que definem as propriedades de uma entidade. 1. LAYER Imagine-se que se deseja desenhar um pavimento de um edifício sobre o outro no desenho (aliás, na prática, o edifí- cio é construído assim). Seria muito interessante se fosse possível desenhar sobre papéis transparentes. Determinados detalhes seriam desenhados numa folha, outros noutra folha. Seria possível também mostrar ao cliente como o se- gundo pavimento se encaixaria sobre o primeiro, etc. Isto é possível no AutoCAD através do conceito de Layers (camadas). Figura 9 - Mapa mundi, desenhado com os recursos do AutoCAD AutoCAD 2D para Profissionais de Engenharia & Arquitetura Apresentação 39 As Layers funcionam como folhas transparentes que podem ser definidas com a finalidade de classificar o desenho. Por exemplo, num projeto de uma residência pode-se definir várias layers: uma para a alvenaria, outra para a estrutura, outra para o projeto elétrico, outra para as peças sanitárias e assim por diante. Logi- camente, as layers não são camadas físicas, apenas um atributo aplicável às enti- dades do desenho. O AutoCAD se vale deste atributo para permitir a classifica- ção das entidades para diversas finalidades. As layers podem ser identificadas por nomes apropriados e contêm características gráficas comuns, como cor e tipo de linha. Uma layer pode ser desligada ou ligada a qualquer momento, de acordo com a conveniência do usuário. O comando LAYER ou o DDLMODES (Dyna- mic Dialog Layer Modes) - mais utilizado, apresenta o quadro de diálogo Layer Control (Fig. V-1). As layers tornam possível, por exemplo, que o projeto global de um edifício seja feito num único arquivo AutoCAD, incluindo topografia, arquitetura, estrutura, instalações hidráulicas, instalações elétricas,
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