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ADMINISTRAÇÃO DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

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1
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
O
2
OBJETIVO DA DISCIPLINA:
• Familiarizar-se com os conceitos básicos de sistemas;
• Conhecer o desafio de sistemas de informações;
• Conhecer o papel estratégico de sistemas de informações.
• Conhecer sobre os Sistemas de informações e o suporte à tomada de decisão contábil;
• Gerenciar os recursos de informação;
• Conhecer os sistemas em rede e as implicações organizacionais;
• Conhecer as formas de obtenção dos sistemas de informação;
• Avaliar sistemas de informação contábeis;
• Conhecer sobre a segurança da informação.
METODOLOGIA:
As aulas expositivas serão desenvolvidas buscando a articulação das atividades teóricas com as atividades
práticas que serão desenvolvidas no ambiente de sala de aula.
Esta estratégia tem o objetivo de estimular a pesquisa via web.
As aulas práticas serão provocadas discussões procurando envolver os acadêmicos em questões da
aplicação das técnicas, como o objetivo de estimular o senso crítico e aumentar o conhecimento prático a partir da
discussão da teoria sob os vários pontos de vista existentes na sala.
Realizar atividades que conduzam a um processo criativo de soluções dos problemas propostos.
AVALIAÇÃO:
Estudo de caso em sala, pesquisa Web, produção de artigo e participação ativa em debates e atividades.
BIBLIOGRAFIA:
O’BRIEN, JAMES A. Sistemas de informação e as decisões na era da Internet. São Paulo: Saraiva, 2004.
LAUDON, KENNETH C. e LAUDON, JANE P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa
digital. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
SITES:
Em http://www.ciesp.org.br/hotsite_dejur/pdf/conselheiro_08/Pag_4.pdf
http://www.ttca.com.br/vernoticia.php?id=19
http://www.portalfiscal.se.gov.br/WebPortalFiscal/notaFiscalEletronica/beneficios.jsp
http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/
http://blog.sintecnologia.com.br/2006/07/27/revolucao-digital-no-meio-empresarial-e-contabil/
http://www.sappiens.com/pdf/comunidades/contabilidad/SIG_CONT_sappiens.pdf
http://www.tech-faq.com/lang/pt/intranet.shtml
http://sergio.inf.ufes.br/files/Deborah_Detoni.projeto_final.pdf
http://sites.gensa.com.br/pessoais/pedro/files/Estudo%20de%20Caso%201%20-%20UPS%20-
%20Window%20On%20Technology.pdf
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/
RECURSOS:
data show
3
SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Autor: Ms José Ferreira da Silva
R E S U M O
O presente trabalho demonstra a importância do Sistema de Informações Gerenciais – SIG – para tomadas
de decisões pelos diversos segmentos das organizações. Através de definições objetivas, são apresentadas as
condições necessárias para implantação de um SIG, assim como todas as etapas indispensáveis ao seu
desenvolvimento. No decurso do trabalho, são oferecidas alternativas entre criar um SIG ou aproveitar ao máximo
a capacidade dos sistemas existentes. Além disso, evidencia-se a integração entre o SIG e a contabilidade. Ficou
comprovado que o SIG constitui o primeiro passo para o controle da informação, tornando-se necessária a
implementação de outros sistemas/recursos para embasar a tomada de decisões eficientes e eficazes.
José Ferreira da Silva
Ms em Contabilidade
Professor da Universidade Católica de Salvador - UCSAL
Email: fereira1@bol.com.br
Salvador – Brasil
4
1. Introdução
Este trabalho foi elaborado para apresentar os modelos de Sistemas de Informações Gerenciais – SIG – em
suas diversas etapas, assim como a necessidade de integração entre o SIG e a Contabilidade, pois, a despeito de
existirem sistemas mais modernos, o SIG constitui o passo inicial para o processamento e formatação de
informações com o uso de tecnologias disponíveis.
No capítulo 2, apresenta-se a importância da ética para a tomada de decisão. Já no capítulo 3, são
caracterizados os sistemas de informações, assim como os seus componentes. O capítulo 4 trata do modelo de
Sistema de Informação Gerencial – SIG, suas vantagens, limitações e formas de implantação. No capítulo 5,
desenvolve-se a integração entre a Contabilidade de Custos e o Sistema de Informações Gerenciais (SIG).
Finalmente, no capítulo 6, tem-se uma reflexão sobre a necessidade da informação gerencial contábil.
2. A Ética e a Tomada de Decisão
A tomada de decisão exige o conhecimento de algumas ferramentas ou modelos, que podem ser simples ou
complexos. Todavia, o mais importante é que sejam funcionais, pois a qualidade dos dados é determinante para
consecução dos objetivos a serem alcançados.
Dentre um conjunto limitado de alternativas, as hipóteses de preferências completas e transitivas deverão
ser suficientes para permitir a mensuração numérica da preferência por determinada proposta. Dessa forma, existem
algumas condições indispensáveis antes de ser feita a opção, como se pode observar abaixo:
? As preferências são completas e transitivas;
? Entre dados com resultados idênticos, é escolhido aquele que tem maior probabilidade de ocorrer;
? Situações complexas de apostas podem ser decompostas em situações mais simples;
? Existência de uma aposta segura que seria ideal.
A correta tomada de decisão é um problema que antecede a existência da empresa e pode adentrar também
o campo da ética. Os estudiosos da ética têm proposto diversas alternativas para orientar a tomada de decisão. Esses
enfoques, dentre outros, estão sintetizados em duas categorias amplas: a deontológica, que enfatiza o motivo para
alcançar o objetivo e a teleológica, que se concentra no próprio objetivo. Às vezes, diz-se que os deontólogos
destacam o que é certo; enquanto os teleólogos se preocupam com o que é bom. Aqueles argumentam que motivos
maus jamais podem ser justificados por bons objetivos; enquanto estes entendem que objetivos maus viciam
objetivos bons.
Considerando que a Contabilidade produz informações visando a tomada de decisão, a ética desempenha
um papel potencialmente importante na ampliação do conhecimento e um referencial útil para tal empreitada.
3. Sistemas de Informações
5
Tratar de Sistemas de Informações vai nos reportar a alguns conceitos básicos e indispensáveis para se
entender o seu correto funcionamento. Existem inúmeras definições de tais elementos, entretanto tudo tende a
convergir para uma mesma direção, como pode ser verificado abaixo:
? dado: elemento em estado bruto, primário e isolado, sem significação capaz de gerar uma ação. A
título de exemplo, podemos citar: ativo, passivo, capital, lucro, vendas, etc. Logo, há necessidade
de algum tipo de processamento para se chegar a uma conclusão ou observação sobre a empresa;
? informação: é o dado trabalhado e processado dentro das especificidades exigidas pelos usuários,
com significado próprio, relevante e utilizado para causar uma ação proveniente do processo de
tomada de decisão. Prosseguindo o mesmo juízo do exemplo anterior, o ativo de uma empresa
devidamente estruturada e organizada, agregado a outros dados como vendas, passivo e lucro, pode
informar o giro do ativo, a participação de capital de terceiros e o retorno sobre o investimento;
? sistema: combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, ou de maneira a formar um
conjunto organizado.
É importante frisar que a informação, quando não é utilizada nem produz qualquer ação, conceitualmente
acaba se transformando em um mero dado. Enfim, a informação terá validade à medida que fizer parte do processo
decisório dentro de uma empresa.
A organização, como um sistema complexo, deve considerar tanto o ambiente interno como o externo
desde seu processo de estruturação. Esse reconhecimento vai proporcionar sua sobrevivência, assim como o seu
bom funcionamento, tendo vista sua condição de identificar e antecipar-se às mudanças externas. Estas são
provocadas por alterações tecnológicas, necessidades dos consumidores e características dos competidores, além
das alterações advindas dos fornecedores e de decisões políticas.
Apenas o investimento em tecnologia não é suficiente para garantir o bom funcionamento e condução da
organização. Os administradoresnecessitam de uma visão sistêmica a respeito das alterações do mundo dos
negócios e de adaptar-se às novas situações sociais. Diante disso, deverão levar em consideração os seguintes
aspectos:
? valores e crenças empresariais sobre informação (cultura);
? modo como as pessoas usam realmente a informação e o que fazem com ela (comportamento e
processos de trabalho);
? armadilhas que podem influir no intercâmbio de informações (política);
? sistemas de informações que já estão instalados apropriadamente (tecnologia).
Diante dessa situação, os administradores deverão estar preparados para entender como as pessoas criam,
distribuem e usam a informação. Para tanto, é necessária a seguinte compreensão:
? a informação não é facilmente arquivada em computadores nem é constituída apenas de dados;
? quanto mais complexo o modelo de informação, menor será sua utilidade;
6
? a informação poderá possuir muitos e diversos significados em uma organização;
? a tecnologia é apenas mais um dos elementos de informação e, freqüentemente, não se apresenta
como meio adequado para efetuar mudanças.
De acordo com essa visão sistêmica, as organizações são constituídas de subsistemas
interdependentes. O subsistema funcionário constitui grupos de trabalho que seriam desdobrados em outros
subsistemas, que, por sua vez, são subsistemas na estrutura econômica da sociedade.
Um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de procedimentos estruturados,
planejados e organizados que, uma vez executados, produzem informações para suporte ao processo de
tomada de decisão.
Em conformidade com a definição acima, a figura 1 representa, graficamente, o modelo de sistema
de informação, no qual é possível identificar os dados como entradas, o processamento constituído de
tratamento de dados, atualização do banco de dados e recuperação produzindo informações para os
diversos níveis gerenciais.
Figura 1 Sistema de Informações
4. Sistema de Informação Gerencial – SIG
Os sistemas de informações gerenciais estão relacionados às atividades de gestão, tendo como objetivo
fornecer subsídios às diversas áreas funcionais da organização e oferecer assistência às tomadas de decisões para
identificar e corrigir problemas de competência gerencial. Além disso, também auxiliam no processo de
planejamento e controle empresarial, tratando os vários bancos de dados dos sistemas transacionais.
Em algumas organizações, esses sistemas de informações podem estar voltados para apoio a decisões no
nível tático, e, dentre essas, podemos citar as relacionadas com projeção de custos globais em virtude da
implantação de nova linha de produtos, programação linear para cálculo do mix ótimo de produtos para fabricação,
orçamento de capital para novos investimentos, etc.
Podemos relacionar algumas características comuns aos sistemas de informações gerenciais, como as
discriminadas abaixo:
? São semi-estruturadas em termos de tomada de decisão;
7
? São customizadas, isto é, ajustadas às necessidades das áreas funcionais como vendas, produção,
finanças, etc. podendo ou não ser repetitivos;
? Ainda são pouco flexíveis na produção de informações;
? Utilizam projeções, modelos e informações subjetivas;
? Permitem consultas diversas;
? Têm pouca ou nenhuma entrada de dados;
? São integradas às funções do negócio;
? Baseiam-se em dados internos e externos da organização;
? Geram informações tanto analíticas como sintéticas, sendo que, em alguns casos, podem até
apresentar projeções.
Os usuários desses sistemas são gerentes de nível intermediário das respectivas áreas funcionais, os quais
utilizam os relatórios gerados para controle, visando a eficiência operacional na área de sua responsabilidade.
4.1 Fornecimento de Relatórios
A produção de relatórios é um dos pontos fortes de um SIG, evidenciando que quando as diretrizes para
desenvolvimento desses informativos estáveis são seguidas, maiores receitas e menores custos são obtidos. Em
geral, os sistemas de informações gerenciais possuem os formatos discriminados a seguir:
? Geram relatórios fixos e padronizados. Como exemplo, os relatórios agendados para controle de
estoque podem conter os mesmos tipos de informações colocadas em locais idênticos nos
relatórios. Dessa forma, diferentes gerentes podem usar o mesmo relatório para propósitos
diferentes;
? Produzem relatórios impressos e em tela. Alguns relatórios do SIG são impressos em papel (hard-
copy), enquanto a maioria das saídas, em tela (soft-copy) utiliza a exibição visual em monitores de
computador, sendo que a saída em tela é exibida em forma de relatório. Em outras palavras, um
gerente pode chamar um relatório do SIG diretamente da tela do computador, mas o relatório,
ainda assim, aparecerá em padrão hard copy. A impressão em papel corresponde à forma mais
comum de relatório;
? Usam dados internos armazenados no computador. Os relatórios do SIG utilizam, basicamente, as
fontes internas de dados contidas em bancos de dados computadorizados. Alguns SIGs usam fontes
externas de dados de seus concorrentes do mercado sendo a internet uma fonte freqüentemente
usada para dados externos;
? Permitem que seus usuários finais desenvolvam seus próprios relatórios personalizados. Enquanto
os analistas e programadores podem estar envolvidos no desenvolvimento e na implementação de
relatórios do SIG mais complexos, que exigem dados de muitas fontes, os usuários finais estão,
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cada vez mais, aprimorando seus próprios programas para consultar um banco de dados e produzir
relatórios simples;
? Requerem pedidos formais dos usuários. Quando a equipe de sistema desenvolve e implementa
relatórios do SIG, um pedido formal ao departamento de informática é, geralmente, requerido,
contudo os relatórios desenvolvidos por usuários finais exigem menos formalidades.
4.2 Sistema de Informação Gerencial para Obter Vantagem Competitiva
Um SIG provê suporte aos gerentes para alcançar suas metas corporativas, abrangendo uma coleção
organizada de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos que fornecem informações
rotineiras aos tomadores de decisão. O ponto central de um SIG é, principalmente, a eficiência operacional.
Marketing, produção, finanças e outras áreas funcionais recebem suporte dos sistemas de informações gerenciais e
estão ligados através de um banco de dados comum. Os sistemas de informações gerenciais basicamente fornecem
relatórios padronizados com base nos dados e nas informações do sistema de processamento de transações. A
figura 2 apresenta um modelo desse tipo de sistema.
Figura 2 Sistema de Informações Gerenciais
Esses sistemas relatam e resumem transações básicas, compara-as com um plano de ação, sendo vitais para
fornecer aos gerentes informações corretas no momento preciso. O SIG também ajuda a resolver o problema do
dimensionamento reduzindo os custos de coordenação – custo de gerenciar muitas pessoas em muitos locais
diferentes. Como as empresas crescem e aumentam a escala de suas operações, elas precisam ser capazes de
comercializar seus produtos e serviços a preços competitivos, porque compram e vendem em grandes quantidades.
Por outro lado, os custos de coordenação muitas vezes aumentam com a empresa impedem que ela obtenha os
benefícios do maior crescimento. Dessa forma, o SIG auxilia a reduzir os custos do crescimento e torna possível às
empresas operarem, em grande escala, com aumentos mínimos nos custos de coordenação e gerenciamento.
9
4.2 Desenvolver ou otimizar o Sistema de Informação Gerencial
Desenvolver um novo SIG ou modificar o já existente nem sempre resulta em vantagem competitiva. Na
maioria dos casos, a simples obtenção de um software ou equipamento que o concorrente pode adquirir não irá
render uma vantagem de longo prazo. Configurar um SIG para uso mais efetivo, pode resultar numa margem
competitiva. As empresas que sabem quais dados devem ser obtidos, como relacioná-los corretamente, quando e de
que forma apresentá-los para osgerentes, alcançam a mais expressiva vantagem com o uso do SIG. Esta vantagem
pode resultar num impacto significativo sobre custos, lucros, serviços ao cliente e sobre novos produtos.
Geralmente, um SIG obtém dados a partir de sistemas de processamento de transações da empresa,
sistemas que executam os procedimentos mais básicos da empresa. Como o diagrama da figura 3 mostra, os dados
brutos do nível de transação são provenientes de três áreas funcionais - inventário de pedidos, produção e
contabilidade – e são afunilados ao longo dos sistemas de processamento e transações de cada departamento para
serem recolhidos como dados nos arquivos do SIG. Os gerentes podem utilizar o software do SIG para acessar esse
dados e obter as informações que lhes forem úteis. Em geral, o SIG é utilizado na manipulação de problemas
rotineiros, repetitivos e bem estruturados, ou seja, aqueles para os quais há um método aceito para se chegar a uma
solução. Por exemplo, aqueles para responder a pergunta: quantas pessoas eu devo empregar? O SIG pode fazer
uma boa estimativa baseada no número de vendas previstas e na longa experiência histórica que está arquivada no
sistema.
Figura 3 Sistema de Informações Gerenciais
Essas aplicações funcionam em uma rede cliente/servidor que utiliza o sistema operacional Windows NT
Server, da Microsoft, instalado em um computador central situado na sede da corporação.
10
4.3 Aspectos Funcionais do Sistema de Informação Gerencial
A maioria das organizações está estruturada ao longo de linhas ou áreas funcionais. Em geral, esta
configuração é mostrada no organograma da empresa, com os vice-presidentes alocados sob o presidente. Algumas
das áreas funcionais tradicionais são: contabilidade, financeira, marketing, pessoal, pesquisa e desenvolvimento,
jurídica, gerenciamento de produção/operação e informática.
Portanto, cada área funcional da organização contém vários níveis da administração (estratégico, tático e
operacional). Além de a administração situar-se verticalizada nas várias áreas funcionais, a administração é
agrupada horizontalmente nos níveis estratégico, tático e operacional.
Embora cada área funcional utilize seu próprio conjunto de subsistemas específicos, todos fazem, de algum
modo, interface com outros sistemas. Cada área necessita de informações específicas e comuns a outras áreas, além
de suporte para tomada de decisão. Usando uma abordagem funcional, a informação é disponibilizada para os
gerentes das áreas funcionais, percorrendo, freqüentemente, percorrendo todos os níveis gerenciais de cada área.
5. A Contabilidade de Custos e o Sistema de Informações Gerenciais (SIG)
A maioria dos autores entendem que a Contabilidade de custos representa uma das áreas mais importantes
da contabilidade. Em vista disso, apresentamos o pensamento do grande estudioso Dr. Koliver quando afirma:
A Contabilidade de custos, possivelmente porque possibilita sua contribuição à solução de problemas
concretos, é reconhecível com facilidade, inclusive por pessoas sem preparo técnico-científico na área.
É fato que a Contabilidade de Custos encontra-se intrinsecamente relacionada com a medição do ciclo
operacional interno das organizações, onde procura aferir as variações patrimoniais do mesmo. Ora , como a
Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio individual das entidades, fica patente a influência deste segmento
na mensuração da riqueza da célula social. Apesar de alguns autores defenderem a autonomia da Contabilidade de
Custos, somos totalmente contrários a essa tentativa, uma vez que entendemos ser a unidade (Contabilidade de
Custos) parte integrante do todo (Contabilidade), portanto aquela que se encontra subordinada aos princípios desta.
5.1 Sistemas de Contabilidade de Custos Tradicionais
Verifica-se que a Contabilidade é responsável pelo suprimento de informações aos tomadores de decisões e
que aliada ao desenvolvimento da informática tornou possível a criação de sistemas de apropriação de custos
bastante ágeis.
Os sistemas de Contabilidade de Custo tradicionais geralmente classificam os custos baseando-se em suas
respectivas funções, embora haja outras opções, o que resulta em custos de produção e custos de não-produção,
conforme o ilustrado na figura 4 a seguir:
Figura 4 Classificação de custo por funções
11
Para Anthony, as definições do modelo acima são importantes a fim de uma efetiva compreensão da figura
ora explicitada:
? Custos de produção: todos aqueles relacionados com a transformação da matéria-prima em
produto acabado, como exemplo, os custos com materiais diretos, mão-de-obra direta, salário dos
supervisores, etc.
? Custos de não-produção: todos exceto os custos de produção.
Entendemos que os custos da não produção representam tão somente os custos indiretos, ou seja, os custos
suportados pela empresa para exercer suas atividades, sem que existe relação direta com um produto ou serviço
especifico, relacionando-se, entretanto, com vários produtos ao mesmo tempo. Sua apropriação depende de
critérios e procedimentos fixados de acordo com cada caso (cálculos, rateios ou estimativas).
Segundo o Dr. Koliver, a adequação dos custos ao agente gerador é a conseqüência do princípio da
causação, isto é, o nexo causal. Também apresenta as premissas para formação de um modelo de apropriação de
custos que deverá possuir as seguintes características:
Num universo dado, quanto maior volume de custos apropriados diretamente aos portadores finais, tanto
mais perfeito será o sistema, pois tanto maior será o respeito ao princípio da causação.
Logo, a determinação e identificação dos custos diretos e indiretos são condições fundamentais para um
sistema de informação gerencial que atenda satisfatoriamente às necessidades dos usuários.
5.2 Sistemas de Contabilidade de Custos Atuais
A composição dos custos de produção tem mudado substancialmente nos últimos anos. No início da década
de 90, quando muitos negócios começaram a aperfeiçoar seus sistemas formais de custos, a mão-de-obra direta
representava uma grande proporção, às vezes 50% ou mais dos custos totais de produção. Os custos dos materiais
diretos também eram significativos. Como resultado, os sistemas de contabilidade de custo eram desenhados para
enfocar a avaliação e o controle da mão-de-obra direta e dos materiais, servindo propriamente a esse propósito.
12
De acordo com Antony, no ambiente industrial da atualidade, todavia, a mão-de-obra direta é apenas uma
pequena parte dos custos de produção. Na indústria de eletrônicos, por exemplo, o custo de mão de obra é de
menos de 5% do custo total de produção. O custo direto de materiais, porém, permanece sendo importante porque
representa 40% a 60% dos custos totais, em muitas fábricas. Essa mudança é decorrência da maior automação das
empresas, requerendo mais atividades de engenharia de produção, de programação e de setups das máquinas.
O segmento da Contabilidade Gerencial denominada de Contabilidade de Custos, especificamente, auxilia
a gerência nas funções associadas com as atividades organizacionais de aquisição, processamento, estocagem,
distribuição e vendas. Dessa forma, a integração do SIG com a Contabilidade, no sentido mais geral, é o valor
agregado por uma organização a seus bens e serviços.
Os sistemas de Contabilidade estão reduzindo a distância entre sistemas financeiros e gerenciais. A maioria
dos programas de Contabilidade já tem condições de capturar dados financeiros e não financeiros e organizá-los de
forma a produzir relatórios para os usuários internos e externos da informação.
Uma das características desses programas é a capacidade de fornecer informações em tempo real, ou quase
instantaneamente, e, mesmo que os investidores da organização por ventura não estejam interessados numa
atualização minuto-a-minuto das vendas de produtos, os sistemas de informações existentes tornem viável esse tipo
de notícia. Logo, é possível uma empresa disponibilizar as informações relevantesem sua página da web ou site da
internet para qualquer interessado.
Os componentes da contabilidade gerencial de um SIG têm como principal objetivo oferecer informações
relevantes para os gerentes da companhia, que são partes internas (usuários internos), segundo Moscove.
Entendemos que a contabilidade gerencial oferece uma contribuição importante para as funções de planejamento,
controle e tomada de decisões associadas ao sistema de Contabilidade de Custos de uma empresa.
6. Considerações Finais
Usualmente, a informação gerencial contábil tem-se apresentado como financeira. Todavia, este campo de
atuação foi-se ampliando para incluir, também, informações operacionais, tais como: custo de produção,
fornecedores, unidades produzidas e medidas de lucratividade dos produtos, serviços e clientes. Pode medir
também o desempenho de unidades operacionais descentralizadas, como as divisões e os departamentos.
Esse tipo de conhecimento representa um dos meios primários pelos quais os funcionários, gerentes e
executivos recebem feedback sobre suas atuações, capacitando-os a aprenderem com o passado e,
conseqüentemente, aperfeiçoarem-se para o futuro.
Os sistemas de informações gerenciais têm por finalidade auxiliar e dar suporte no processo de
cumprimento das metas e objetivos traçados pela organização. Esses sistemas deverão fornecer aos administradores
ou executivos, informações que permitam controlar, organizar e planejar, de forma eficiente e eficaz as diversas
áreas funcionais da organização.
13
Vale salientar que, atualmente, com o grande avanço da tecnologia de informação, têm-se fornecido
informações gerenciais em tempo real, permitindo decisões rápidas e adequadas.
A integração do SIG com a Contabilidade é fundamental para a gerência trabalhar com as ferramentas de
planejamento e controle objetivando a tomada de decisão eficiente e eficaz, e contribuindo para assegurar o valor
agregado aos bens e serviços de uma organização.
Sendo o SIG, apenas o primeiro passo para um controle efetivo da informação, há necessidade de
desenvolverem-se outros sistemas, a fim de que os gestores mantenham-se cada vez mais atualizados com as
novidades desse mercado, tomando decisões fundamentadas em recursos da moderna tecnologia.
É sabido que as empresas obtêm sucesso e prosperam com base na elaboração de produtos e de serviços
que os clientes valorizam porque foram produzindo e distribuídos por meio de processos operacionais eficientes, e
cujos resultados foram efetivamente divulgados e vendidos aos consumidores pelas empresas. Portanto, a
informação gerencial contábil não pode garantir o sucesso dessas atividades organizacionais críticas, porém seu
mau funcionamento resultará em severas dificuldades para as organizações.
7. Bibliografia
ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo. Atlas. 2000.
BOAVENTURA, Edivaldo. Como Ordenar as Idéias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002.
JUNIOR, José Barbosa da Silva (Coord.). Custos – Ferramenta de Gestão. São Paulo. Atlas. 2000.
KOLIVER, Olívio. Os Custos Diretos e Indiretos como Chave de Qualificação dos Sistemas de Apropriação
dos Custos. Revista do CRCRS. Porto Alegre. 1987.
KOLIVER, Olívio. Sobre os Objetivos da Contabilidade de Custos. Revista do CRCRS. Porto Alegre. 1989.
KOLIVER, Olívio. Contabilidade de Custos: Algo de Novo sob o Sol. Revista do CRCRS. Porto Alegre. 1994
LAUDON, K. C. & LAUDON, J. P. Gerenciamento de Sistemas de Informação. 3 ed. Rio de Janeiro. LTC.
2001.
LAUDON, K. C. & LAUDON, J. P. Sistemas de Informação. 4 ed. Rio de Janeiro. LTC. 2002.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo. Atlas. 2000.
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos – Planejamento, implantação e Controle. São Paulo. Atlas. 2000.
MOSCOVE, S.A., SIMKIN, M. G., BAGRANOFFI, N. A. Sistema de Informações Contábeis. São Paulo. Atlas.
2002.
OLIVEIRA, Djalma Pinho. Sistemas de Informações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
SHIMIDT, Paulo. Et al. Controladoria – Agregando Valor para Empresa. São Paulo: Artmed. 2002.
STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informações – Uma Abordagem Gerencial. 2 ed. Rio de Janeiro.
LTC.1998.
14
INTRANET
Uma intranet é normalmente descrito como uma rede interna ou acesso restrito, que é semelhante à
funcionalidade como a Internet, mas só está disponível para uma organização interna. Por exemplo, se sua
organização gostaria de compartilhar informações específicas, tais como documentos, qualquer actual anúncios de
novos produtos detalhes, etc, mas apenas permitir que esses computadores na organização o acesso a esta
informação, você deve usar uma intranet.
 A fim de ter uma intranet, os computadores na rede, não tem de ter uma ligação à internet normais. No
entanto, uma vez mais organização tem tanto uma intranet e acesso à internet (às vezes chamado extranets), a
organização irá fornecer um gateway, como um firewall, juntamente com outros tipos de formas de identificar o
usuário, como a autenticação ou encriptação de dados ou o uso de VPN (Redes privadas virtuais). Com estas
disposições acrescentado, indivíduos com depuração de acesso a intranet a fontes externas, a utilização da internet
pode. Por exemplo um funcionário fora do local pode ter acesso à intranet e poderá fazer download de relatórios
específicos ou dados.
Vantagens de uma Intranet
 Intranets podem aumentar a produtividade em uma organização. Eles podem ser usados para muitas
coisas lidar com comunicação. Por exemplo, intranets podem ser úteis às organizações grandes e pequenos, dando
- lhe a possibilidade de usar intranets como mecanismos de entrega de candidaturas, motoristas e projetos
colaborativos.
 Uma Intranet pode também ajudar a encontrar parceiros dados rápida e fácil através de um navegador
Internet. Por exemplo, sua organização poderá ter seguro médico informações na intranet, que os trabalhadores
possam facilmente aceder e navegar. Isto pode reduzir a quantidade de tempo que leva ao contato com um
indivíduo no HR Dept. Em vez disso, a informação está no alcance de todos os associados. Outra ótima forma
intranets pode reforçar a produtividade é que a informação está disponível quando o trabalhador precisa dela, não
apenas quando as pessoas com as informações enviá - lo por e - mail.
Desvantagens de uma Intranet
 Embora, na sua maioria, em uma intranet é muito vantajosa para qualquer organização, há alguns
downsides incluindo o facto de a gestão não precisa desistir controle de informações específicas. Embora
geralmente este problema possa ser minimizado com boa visão, os problemas que ocorrem.
 Questões de segurança poderia ser outra desvantagem com uma intranet. Por exemplo, um empregado
poderia ter postado informações sensíveis para todos os funcionários para ver. Outro problema poderá ser o facto
de que há muita informação. Informações sobrecarga existe e pode ter lugar quando muitos dados é até na intranet.
Isto faz com que seja muito difícil para os trabalhadores e para navegar encontrar dados que é significativo ou que
necessitam.
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TECNOLOGIA, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
Neste momento, será analisado a evolução da tecnologia e a disseminação da informação para aquisição do
conhecimento. Serão abordados conceitos fundamentais e tecnologias existentes para o desenvolvimento de
softwares aplicados a Web.
1.1 Tecnologia de Informação x Tecnologia do Conhecimento
Toda tecnologia da atualidade necessita de integração para ser utilizada adequadamente, facilitando o
próprio desenvolvimento tecnológico. A visão do todo no domínio da tecnologia pode acelerar e humanizar o seu
uso, em particular nos processos de tomada de decisão com sabedoria.
Ao desenvolver, comercializar ou utilizar qualquer tecnologia, deve- se identificar a que se destina e quais
as tecnologias que lhe dão suporte. A tecnologia a serviço da comunidade é uma das formas de garantir que o
cidadão e o país venham a utilizar os seus benefícios. A Tecnologiada Informação será cada vez mais a tecnologia
de suporte às demais. Conhecer os seus diferentes níveis de utilização passa a ser obrigatório para os gerentes,
técnicos e usuários das modernas tecnologias.
Quando o conhecimento se amplia para o todo, tende a se transformar em sabedoria. A sabedoria é uma
boa perspectiva para a qualidade de vida dos que têm que decidir constantemente. Muitas decisões não dependem
apenas de informações, e sim de conhecimento.
O uso do conhecimento por todos os segmentos da sociedade é intensivo. Há, no entanto, muitos níveis de
conhecimento, motivo pelo qual a palavra tem significados de diferentes gradações de conhecer, desde o
conhecimento superficial, assemelhado a uma informação, até o conhecimento profundo, que exige muita
elaboração pessoal para ser adquirido.
Nesse contexto, consideremos o conhecimento como sendo a forma organizada de informações
consolidadas pela mente humana, através dos mecanismos cognitivos da inteligência, da memória e da atenção.
Concluindo, o uso do conhecimento com sabedoria, fundamentado nas avançadas tecnologias e na auto-
realização dos participantes através da consciência das suas múltiplas dimensões humanas, como a física, a
emocional, a mental e a espiritual, desde que associadas ao tratamento sistêmico dos recursos humanos e às formas
flexíveis de organização, podem melhorar a nossa qualidade de vida.
1.2 Informação e Conhecimento
"Nós agora produzimos informação em massa da mesma forma que produzíamos carros em linhas de
montagem. Na sociedade de informação, sistematizamos a produção do conhecimento e amplificamos o poder
cerebral. Para usar uma metáfora industrial, produzimos agora conhecimento em massa e este conhecimento é a
força motora da nossa economia. A nova fonte do poder não é o dinheiro na mão de poucos mas a informação na
mão de muitos. Diferentemente de outras forças no universo, o conhecimento não depende da lei da conservação:
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ele pode ser criado, ele pode ser destruído. E, o mais importante, ele é sinergético, ou seja, o todo normalmente é
maior que a soma de suas partes.
Como observa Peter Drucker: (...) o conhecimento já é a indústria mais importante (...)" (NAISBITT, p.
16- 17).
O aspecto mais interessante do trecho citado é uma passagem sutil de informação para conhecimento, como
se estes dois conceitos fossem equivalentes.
Informação pode ser definida como 'forma de comunicação do conhecimento' ou 'forma de mediação dos
conhecimentos socialmente compartilhados' (Barato, 1988). Ela é, portanto, uma representação externa do saber,
constituída por meios (som, imagens, gestos, etc.) aos quais atribuímos significado. O conhecimento, por outro
lado, é representação interna (subjetiva) do saber elaborado pelos seres humanos. A estas duas categorias, é preciso
acrescentar o desempenho ou ação humana ( a interação entre sujeito conhecedor e o contexto de aplicação do
conhecimento). Esquematicamente, tal visão pode ser assim representada:
SABER = INFORMAÇÃO + CONHECIMENTO + DESEMPENHO
Este interacionismo mostra que a educação não é redutível a ensino (transferência de informações). O
saber, além de acesso a informações, exige a construção de representações internas (conhecimento) e uma prática
(desempenho) que molda continuamente o conhecimento.
A acumulação de grandes quantidades de informações (muitas delas irrelevantes e inúteis) não é condição
necessária para a elaboração do saber.
1.3 Intranet x Extranet
A aquisição do saber propriamente dito depende que as informações necessárias estejam disponíveis e
organizadas de modo que elas possam ser “preparadas” para que o usuário tenha acesso apenas às informações
úteis e relevantes a sua pesquisa.
O uso da Intranet é de grande utilidade na organização dessas informações dentro de uma instituição,
permitindo que elas sejam compartilhadas na Extranet e por sua vez, disponibilizadas na Internet apenas as
informações necessárias.
1.3.1 Intranet
As Intranets que estão surgindo atualmente, nada mais são que a disponibilização dos serviços da Internet
dentro da rede local (ou remota) de uma instituição. A Intranet é composta por um Servidor de Rede, um Servidor
de Web e um Servidor de Groupware (Mail, News, Gerenciadores de Documentos, etc) e também (opcional) um
Servidor de Banco de Dados (SGBD) e um Software de Disponibilização dos Dados do SGBD ao Servidor WEB,
caso se queira acesso da Intranet aos sistemas corporativos da instituição. Por intermédio de ligações com banco de
dados corporativos e repositórios de documentos, os servidores Web fornecem uma variedade de informação por
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meio de um único front–end (browser). Este paginador pode ser usado para obter acesso a várias páginas
corporativas com ligações para documentos e dados corporativos escritos em HTML.
A Intranet é uma rede interna de acesso à instituição com todos os seus recursos disponíveis aos usuários, e
a Intranet pode ser conectada à Internet, oferecendo uma disseminação de informação fora do comum a preços
relativamente baixos. Mas, para isso é necessário tomar algumas medidas de segurança para que sua Intranet se
conecte a Internet de uma forma segura e controlada. Barreiras, chamadas Firewalls, são instaladas e softwares
internos, impedindo que pessoas não autorizadas acessem os dados da Intranet.
A grande vantagem de uma Intranet em uma instituição é que todas as informações serão acessadas por um
único caminho e com uma única interface, o Browser, facilitando a implementação por causa da mínima
capacitação aos usuários envolvidos. Uma outra vantagem é o controle e acompanhamento da tramitação de
informações dentro da instituição (Correio Eletrônico e Sistemas Groupware), fator vital para a produtividade e
competitividade.
1.3.2 Extranet
Uma intranet pode utilizar-se da infra-estrutura de comunicações da internet para se comunicar com outras
intranets (por exemplo, em esquema de ligação matriz - filial). O nome que se dá a essa tecnologia é Extranet. Em
outras palavras, Extranet são instituições que disponibilizam acesso via internet à sua intranet.
As informações, principalmente as que acessam o banco de dados central da instituição podem, com a
extranet, ser acessadas por usuários de outra rede em qualquer parte do mundo, desde que o acesso seja permitido.
1.3.3 Internet
A Internet é um conjunto de redes de computadores, interligadas mundialmente, que têm em comum um
grupo de protocolos e serviços, de forma que os usuários a ela conectados possam usufruir de informação e
comunicação em escala mundial.
Ela surgiu a partir de um projeto da agência norte-americana ARPA (Advanced Research and Projects
Agency) com o objetivo de conectar os computadores de seus principais departamentos de pesquisa. Esta conexão
teve início em 1969 entre 4 (quatro) localidades: Universidades da Califórnia – Los Angeles e Santa Barbara,
Universidade de Utah e Instituto de Pesquisa de Standford, sendo conhecida como ARPANET.
Em 1990, a ARPANET deixou de existir e foi rebatizada, oficialmente, como Internet. Em 1993, a internet
deixou de ser uma instituição de natureza estritamente acadêmica, passando a ser explorada comercialmente. A
partir daí, o número de computadores na Rede Internet alcançou o milhão: era a maior rede de informação da
história.
Os principais serviços oferecidos pela Internet são: Telnet , FTP, E-Mail, NewsGroups , Chat e, o mais
usado e que disseminou a Internet pelo mundo, o WWW.
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1.3.4 Firewall
Similarmente, em informática, firewall é um dispositivo que supostamente protege uma rede privada contra
os perigos que rondam por uma rede pública. O firewall não separa totalmente uma rede privada de uma rede
pública, pois, caso contrário, não haveria como trocar informação entre elas. Na prática, comumente se utiliza um
firewall para proteger uma LAN (rede local) contra possíveis ataques e tentativas de acessos não autorizados
provenientesda Internet.
A princípio, o Firewall pode ser entendido como sendo composto de dois mecanismos distintos: um que
bloqueia e controla qualquer tráfego que tenta da Internet passar para a rede corporativa, e outro que controla e
permite que o tráfego da rede corporativa tenha acesso à Internet. Alguns Firewall dão uma maior ênfase para o
bloqueio do tráfego que vem da Internet, outros dão uma maior ênfase para a permissão do tráfego que sai da rede
corporativa e vai para a Internet [4].
1.4 Conceitos Fundamentais e Ferramentas Tecnológicas
Descreveremos a seguir conceitos fundamentais ao entendimento deste trabalho e um pouco da tecnologia
existente e empregada no seu desenvolvimento.
1.4.1 Scripts Client-Side e Server-Side
Os scripts client-side são responsáveis pelas ações executadas no browser, sem contato com o servidor.
Estes scripts são úteis para fazer validações de formulários sem utilizar processamento do servidor e sem provocar
tráfego na rede, além de serem utilizados na construção de interfaces dinâmicas e “leves”.
Os scripts server-side são responsáveis pela criação de páginas em tempo real.
1.4.2 Arquitetura Cliente-Servidor
A tecnologia cliente/servidor traz um modelo de interação entre processos concorrentes, onde o cliente
pede um serviço ou recurso ao servidor, que o executa ou provê um resultado. Via de regra, os processos clientes
implementam as interfaces com usuários, e os processos servidores gerenciam os recursos compartilhados.
Nessa linha, o conceito de aplicação cliente é o daquela que faz a interface com o usuário, estando voltada
para a captura de dados e para exibir informações. Já uma aplicação servidora seria aquela que provê recursos para
as aplicações clientes. No estado da arte da Informática atual, o hardware mais indicado para uma aplicação cliente
é aquele com capacidade para implementar, por exemplo, interfaces gráficas e manipulação de recursos de
multimídia. Já o hardware para aplicações servidoras deve possuir grande capacidade de processamento e
armazenamento de dados, mecanismos de segurança e tolerância a falhas.
1.4.3 Disponibilização de Informações via Internet – World Wide Web
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A Web é uma grande teia de alcance mundial criada por Tim Berners - Lee. É um serviço que permite aos
usuários navegarem através de páginas HTML (HyperText Markup Language), conhecidas como Home Pages 1
tendo acesso a textos, figuras, sons, vídeos, imagens e através de hiperlinks que são pontos do texto ou figuras que
ao serem clicados levam os usuários a outra página e assim sucessivamente.
O serviço WWW (World Wide Web) foi o grande responsável pela popularização da rede, pela sua forma
simples e atrativa de apresentar informações. O WWW é supor tado pelo protocolo HTTP (HyperText Transfer
Protocol ) e é acessado através de Browsers de navegação, bastando o usuário informar o endereço da página
(URL) que esta começará a ser carregada pelo mesmo.
A seguir serão descritos alguns componentes da Web.
1.4.3.1 Browser
É um software de aplicação que permite visualizar páginas disponíveis na WWW. Uma vez indicado o
endereço de um site, o browser recebe as informações disponíveis no site e as interpreta, dispondo na tela do
computador do usuário imagens, textos, sons, animações e outros.
O browser é o programa cliente que faz as requisições de informações ao servidor. Atualmente, o Internet
Explorer e o Netscape Navigator são os browsers mais utilizados.
HTML (HiperText Markup Language)
É uma linguagem usada para desenvolver páginas a serem disponibilizadas em site na Web. O browser
recebe os arquivos escritos em HTML, interpreta - os e exibe o resultado - uma página de texto, uma página
ilustrada, uma estrutura de frames - na tela do computador do usuário.
URL (Uniform Resource Locator)
É um sistema de endereçamento utilizado na Web, de forma a uniformizar a maneira de designar a
localização de um determinado tipo de informação na Internet. É composto de 4 (quatro) partes combinadas:
protocolo, domínio, caminho do arquivo no servidor e o arquivo desejado.
1.4.3.2 Servidor Web
É um software responsável por receber os pedidos e fornecer as páginas e os arquivos solicitados pelos
browsers.
1.4.3.3 SSL (Server Socket Layer)
O SSL (Secure Socket Layer) foi desenvolvido pela Netscape Communications com o objetivo de gerar
segurança e privacidade entre duas aplicações (Cliente e Servidor). Com o SSL é possível que as aplicações se
comuniquem de forma segura, transmitindo as informações codificadas (criptografadas).
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O protocolo SSL possui duas camadas: "SSL Record Protocol", que é responsável por encapsular outros
protocolos de alto nível e a "SSL Handshake Protocol", que recebe os dados a serem codificados /decodificados.
Esta segunda camada é responsável pela autenticação do cliente e/ou servidor, negociação do algoritmo
criptográfico e suas chaves antes da aplicação receber ou enviar qualquer dado.
Graças ao SSL é possível a aplicação cliente ter certeza que o servidor ao qual ele está se conectando é
quem ele diz ser. Codificando, assim, as informações com a chave pública fornecida pelo servidor e sendo
decodificado apenas quando a informação chega ao servidor através de sua chave privada.
A utilização do SSL na Intranet é de grande importância à segurança dos dados, evitando que ataques
indevidos sejam feitos.
1.4.4 Banco de Dados
Banco de Dados é um conjunto de informações relacionadas entre si, referentes a um mesmo assunto e
organizadas de forma estruturada, com o propósito de servir de base para que o usuário recupere informações, tire
conclusões e tome decisões. Para manipulação desta base, é necessário o Sistema de Gerenciamento de Baco de
Dados (SGBD), que é uma coleção de programas que permitem ao usuário definir, construir e manipular Bases de
Dados para as mais diversas finalidades.
As vantagem de utilização de um Banco de Dados são:
· Integridade e consistência dos dados;
· Facilidade de manipulação (acesso);
· Segurança; e
· Disponibilidade para acessos concorrentes.
Os principais bancos de dados utilizados atualmente são: Oracle, Microsoft SQL Server, Sybase,
PostgreSQL, MySQL, mSQL, entre outros.
Quando os Bancos de Dados Relacionais estavam sendo desenvolvidos, foram criadas linguagens
destinadas à sua manipulação. O Departamento de Pesquisas da IBM, desenvolveu a SQL (Structured Query
Language ) como forma de interface para o sistema de BD relacional denominado SYSTEM R, início dos anos 70.
Em 1986 o American National Standard Institute ( ANSI ), publicou um padrão SQL. A SQL estabeleceu - se como
linguagem padrão de Banco de Dados Relacional.
SQL apresenta uma série de comandos que permitem a definição dos dados, destinados a consultas,
inserções, exclusões e alterações em um ou mais registros de uma ou mais tabelas de maneira simultânea.
A Linguagem SQL tem como grandes virtudes sua capacidade de gerenciar índices, sem a necessidade de
controle individualizado de índice corrente, algo muito comum nas linguagens de manipulação de dados do tipo
registro a registro. Outra característica muito importante disponível em SQL é sua capacidade de construção de
visões, que são formas de visualizarmos os dados na forma de listagens independente das tabelas e organização
lógica dos dados.
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Devemos notar que a linguagem SQL consegue implementar estas soluções, somente pelo fato de estar
baseada em Banco de Dados, que garantem por si mesmo a integridade das relações existentes entre as tabelas e
seus índices.
1.5 Possíveis configurações para o Servidor
O servidor pode ser configurado de diversas formas, utilizando-se as mais variadas ferramentas para
compor a estrutura de um ambiente cujas características são segurança, eficiência e com alta performance.
Nesta seção, são apresentadas duas configurações básicas sugeridas para a criação desse ambiente, que
foram testadas e demonstraram ser eficientes ao desenvolvimento desse projeto.São apresentados também, os
conceitos, as vantagens e desvantagens de cada uma das ferramentas que compõem essas configurações.
A primeira configuração sugerida é a utilização do sistema operacional Linux, Servidor Web Apache,
linguagem PHP, Banco de Dados PostgreSQL, e OpenSSL. A segunda utiliza o Windows como sistema
operacional, Servidor Web Apache, linguagem PHP, Banco de Dados MySQL e OpenSSL.
1.5.1 Linux
O Linux é um sistema operacional 2 multiusuário e multitarefa baseado no UNIX que roda em diversas
plataformas.
O Linux foi originalmente escrito por Linus Torvalds, da Universidade de Helsinki na Finlândia,
desenvolvido inicialmente como um hobby. Foi inspirado pelo Minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por
Andy Tanenbaum. Ele se limitou a criar, em suas próprias palavras, "um Minix melhor que o Minix" ("a better
Minix than Minix"). O UNIX é um dos sistemas operacionais mais populares do mundo por causa de sua grande
base de suporte e distribuição e foi, originalmente construído como um sistema de multitarefas para
microcomputadores e mainframes (computadores de grande porte) no meio da década de 70. Linus queria fazer um
clone do sistema UNIX para a plataforma Intel com uma distribuição gratuita, já que um sistema UNIX comercial
custava muito caro. Com isso, começou o projeto pela Internet, convidando programadores do mundo inteiro para
desenvolver o Kernel (núcleo básico) do sistema operacional.
Em 5 de outubro de 1991, Linus anunciou a primeira versão "oficial" do Linux, versão 0.02. Esta versão
era capaz de executar bash (GNU Bourne Again Shell) e gcc (GNU C Compiler), mas nada muito além disto estava
funcionando. O foco primário era o desenvolvimento do kernel.
Escolhendo o método de licenciamento GPL (General Public License), esse método obriga a distribuição
do código fonte com o sistema. Qualquer pessoa pode alterar esse código e comercializá – lo, mas o kernel só tem
suas versões lançadas pelo próprio Linus, o que faz com que as distribuições sejam sempre compatíveis entre si.
Atualmente o LINUX é capaz de executar o X Windows System, o TCP/IP, o Emacs, o UUCP, o software
do correio e de informações, o que quiser. Quase todos os grandes pacotes gratuitos de software foram
transportados para o Linux e o software comercial está se tornando disponível.
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Existem milhares de pessoas utilizando o Linux por ser um sistema que possui como principais
características:
· Gratuito (pode ser distribuído livremente);
· Open Source (o código fonte é aberto, podendo ser alterado por qualquer programador. O kernel, os
drivers, as bibliotecas, utilitários, aplicativos, entre outros );
· Multitarefa real - Multiusuário - Multiprocessado (usar num único micro vários processadores);
· Memória virtual (swap);
· Proteção entre processos (crash protection);
· Bibliotecas compartilhadas
- Redes TCP/IP
- X Window System (ambiente gráfico);
· Nomes de arquivos com até 256 caracteres;
· Disponível para Intel e compatíveis, Motorola, 68k, Power PC, Digital Alpha, Spark, Ultra Spark, Mips, e
sempre avançando;
· Estabilidade
- Ótima performance
- Segurança; e
· Multiplicidade de recursos e aplicativos /utilitários.
1.5.2 Apache
O Apache [1, 20] é um servidor Web que começou a ser desenvolvido em 1995, tendo por base o servidor
HTTPd 1.3 da NCSA (fabricante do Mosaic que acabou dando origem ao Internet Explorer). Surgiu a partir de um
projeto originalmente denominado “A PAtCHy server” (servidor com arquivos patch) , um esforço colaborativo de
desenvolvimento de software voltado a criar um servidor Web robusto, com várias funcionalidades e com código
fonte livremente distribuído, realizado por um grupo de especialistas voluntários espalhados ao redor do mundo que
usa a Internet para se comunicar, planejar e desenvolver o servidor e sua documentação.
Em menos de um ano, o Apache passou a ser o servidor Web mais utilizado na Internet, devido a ser um
dos mais rápidos e robustos servidores e ser distribuído gratuitamente, vindo embutido nos sistemas operacionais
Linux e Unix. O Apache encontra-se disponível também para plataforma Windows.
1.5.3 PHP
O PHP (HyperText Preprocessor) é uma ferramenta importante no desenvolvimento de sites interativos e
suportados por bancos de dados, e expande os limites tradicionalmente impostos por interfaces CGI, sendo tratado
diretamente pelo servidor web, com muito mais performance e segurança do que as chamadas CGI tradicionais.
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PHP é uma linguagem de programação embutida no HTML que permite criar sites WEB dinâmicos,
possibilitando uma interação com o usuário através de formulários, parâmet ros da URL e links. É fortemente
baseada nas linguagens C, Java e Perl, sendo Server-side, ou seja, sua interpretação é feita integralmente pelo
servidor e apenas a resposta (output) é enviada ao cliente.
O PHP tem as suas familiaridades, que vão desde criação de imagens e arquivos PDF dinâmicos a
múltiplas conexões simultâneas com bancos de dados distintos (MySQL, PostgreSQL, Oracle, Sybase, mSQL,
Solid, ODBC, Informix, dBase, Interbase, Adabas D, Interbase, entre outros). Além disso, tem suporte a outros
serviços através de protocolos como IMAP, SNMP, NNTP, POP3, HTTP, entre outros.
Outra característica muito interessante é a plataforma ao qual o PHP trabalha, podendo ser Windows, Unix
ou Linux, pois atua em conjunto com os servidores Web IIS (Microsoft) e Apache (Windows /Unix/Linux)
tornando – se assim um produto multiplataforma e uma ótima alternativa ao ASP/IDC da Microsoft, ao ColdFusion
e até mesmo ao tradicional CGI/Perl /SSI, por ser um produto de licença GNU/GPL (leia- se gratuito e com código
fonte aberto) de bfácil utilização /programação.
O PHP foi concebido em 1994 por Rasmus Lerdorf. As primeiras versões foram usadas na sua homepage
para saber quem estava consultando o currículo online. A primeira versão disponibilizada foi em meados de 1995 e
era conhecida por “Personal Home Page Tools” contendo um livro de visitas, um contador e outros utilitários.
Posteriormente, o interpretador foi reescrito e batizado de PHP/FI Versão 2. O sufixo FI veio de um outro pacote
que Rasmus havia escrito que interpretava dados de formulário HTML. Ele combinou os scripts das Ferramentas
para Homepages Pessoais com o Interpretador de Formulário e adicionou o suporte ao mSQL. O PHP/FI cresceu
rapidamente e várias pessoas começaram a contribuir no seu desenvolvimento. Foi estimado que em 1996, o
PHP/FI estava sendo usado em pelo menos 15.000 web sites em todo o mundo. Na metade de 1997, este número
havia crescido para mais de 50.000. Nesta época, o desenvolvimento do PHP também sofreu mudanças. O
interpretador foi reescrito por Zeev Suraski e Andi Gutmans, e este novo interpretador foi a base para o PHP
Versão 3. Muito do código dos utilitários do PHP/FI foi portado para o PHP3, e muito desse código foi totalmente
reescrito. Uma estimativa conservadora baseado na extrapolação dos números fornecidos pela NetCraft diz que o
PHP está em uso em mais de 150.000 sites em todo o mundo.
1.5.4 PostgreSQL
PostgreSQL é o mais avançado sistema gerenciador de banco de dados de código aberto (open source ). Foi
desenvolvido originalmente no Departamento de Ciência da Computação da Universidade da Califórnia de
Berkeley, sendo pioneiro em muitos em conceitos de banco de dados objeto- relacional, incorporando conceitos de
classe, herança, tipos e funções. Ela dá suporte aos padrões SQL92/SQL3. Uma grande vantagem do PostgreSQL é
ser distribuído gratuitamente. Pode ser utilizado em qualquer equipamento em que o sistema operacional seja
compatível ao Unix e Windows.
1.5.5 OpenSSL
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O OpenSSL é um esforço colaborativo para o desenvolvimento de um robusto, comercial e código Open
Source implementando a ferramenta SSL e o protocolo de transpor te de Segurança de Camadas (TLS). O projeto é
gerenciado por uma comunidade de voluntários que usam a Internet para se comunicar, planejare desenvolver a
ferramenta OpenSSL. O OpenSSL é baseado em uma excelente biblioteca desenvolvida por Eric A. Young e Tim J.
Hudson. Essa ferramenta é licenciada e gratuita, podendo ser utilizada em fins comerciais ou não.
1.5.7 Windows
O Windows é um sistema operacional multitarefa preempi tivo desenvolvido pela Microsoft Corporation,
que não suporta processadores múltiplos para desempenho realde suas tarefas.
O Windows tem como característica principal a perfeita interatividade entre os diversos programas gráficos
que surgem no mercado a cada dia.
O Windows permite que todos os programas do sistema, de 16 ou de 32 bits, sejam executados e abertos
com maior rapidez. Para isso, o Windows conta com o recurso FAT32, que consiste em converter o acesso ao disco
rígido do padrão 16 bits para 32 bits. Este recurso faz com que os arquivos sejam reorganizados de forma mais
eficiente e, com isso, mais espaço livre no disco rígido.
Esse sistema operacional foi projetado para fornecer uma plataforma de 32 bits aos sistemas operacionais
comuns de área de trabalho, ao mesmo tempo em que atende aos seus critérios essenciais.
O Windows oferece ainda alguns recursos, tais como:
· perfis de hardware - cria e mantém uma lista de configurações de hardware para atender às necessidades
específicas do computador;
· Internet Explorer – fornece um navegador simples e fácil de utilizar, compatível com os padrões
existentes;
· Windows Messaging - recebe e armazena o correio eletrônico, inclusive arquivos e objetos criados em
outros aplicativos
· Suporte para Plug and Play – fornece suporte para gerenciamento de enrgia para laptops e Plug and Play
para sistemas móveis e de computador de mesa.
Como é um sistema proprietário da Microsoft, esse sistema operacional não possui distribuição gratuita.
1.5.8 MySQL
MySQL é um banco de dados SQL (Structured Query Language) desenvolvido pela TcX DataKonsultAB
especialmente criado para desenvolvedores de aplicações com a maioria das compatibilidade dos bancos existentes
no mercado.
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O seu uso para fins não lucrativos o coloca na classificação de licença livre. O MySQL existe na versão
para Win9x, WinNT, Linux e Unix, valendo ressaltar que sendo executado no sistema operacional Linux foi
encontrado uma performance igual ou superior ao SGBD Oracle.
Na versão para Unix/Linux existe um adicional do PHP+MySQL que pode ser compilado em conjunto com
o servidor Apache, elevando o seu desempenho de processamento a níveis elevados em comparação a outras
linguagens scripts.
As principais características do MySQL são:
· Velocidade e robustez
· Multiprocessamento
· Pode trabalhar em distintas plataformas e S.O. distintos.
· Sistema de senhas e previlégios muito flexíveis e seguro.
1.6 Conclusão
Considerando os conceitos e as ferramentas tecnológicas abordadas nesse texto, pode-se dizer que a
escolha da plataforma utilizada para o servidor pode ser a mais simples e escalável possível: programas PHP,
rodando em sistema operacional Linux, banco de dados PostgreSQL e servidor Web Apache. Todas estas
ferramentas são “open source ” (código fonte aberto podendo ser modificado), gratuitas e livremente distribuídas,
mas de alta qualidade. A plataforma do cliente pode ser qualquer um dos browsers citados, independentemente da
plataforma escolhida para o servidor.
Devido a fácil implementação de serviços como www, ftp, e-mail, firewalls, proxy, e outras aplicações
internet, o Linux é a melhor opção, podendo também suportar grandes bancos de dados.
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ESTUDO DE CASO 01
UPS compete globalmente com o uso de tecnologia da informação
United Parcel Service (UPS), o maior distribuidor de encomendas aéreas e terrestres do planeta, iniciou
suas operações em 1907 em uma pequena loja alugada. Jim Casey and Claude Ryan – dois adolescentes de Seattle
com duas bicicletas e um telefone – prometiam “o melhor serviço com o menor custo“. A UPS tem usado esta
fórmula de sucesso à 90 anos.
A UPS vive sob esta promessa até os dias de hoje, distribuindo mais de 3 bilhões de documentos e pacotes
por ano, em qualquer endereço nos EUA e em mais de 185 países e territórios. Para que o sucesso da UPS se
mantenha, tem sido crítico o investimento em tecnologia da informação. A tecnologia da informação tem ajudado a
UPS a melhorar e incrementar os serviços oferecidos aos seus clientes enquanto mantém os custos baixos e
controlados, em todas as suas operações.
Usando um computador de mão chamado Delivery Information Acquisition Device (DIAD), motoristas da
UPS capturam automaticamente as assinaturas de seus clientes, os dados das encomendas, sua rota de distribuição,
etc. Após coletar os dados os motoristas colocam o DIAD em um adaptador especial disponível em seus
caminhões, este adaptador especial é um dispositivo de coleta e transmissão de dados através de uma rede de
telefonia celular. As informações sobre as encomendas são transmitidas para a rede de computadores da UPS para
serem armazenadas e processadas pelo computador central da empresa, localizado em Mahwah, Nova Jersey. A
partir deste momento a informação pode ser acessada em qualquer parte do mundo, para que seus clientes possam
saber exatamente onde suas encomendas se encontram. Este sistema também pode gerar relatórios baseados em
solicitações específicas de cada cliente (relatórios AD HOC).
Através do seu sistema automatizado de localização de encomendas, a UPS pode monitorar suas remessas
por todo o processo de entrega. Em vários pontos da rota entre o remetente e o destinatário, um dispositivo de
código de barras lê as informações de envio na etiqueta do pacote e remete estas informações para o computador
central. Representantes dos clientes podem acessar e verificar a situação de suas encomendas através de seus
microcomputadores conectados a rede da UPS. Os clientes da UPS, por sua vez, também podem acessar as
informações sobre suas remessas através de uma página específica da Internet, ou ainda através de um software
específico distribuído gratuitamente pela UPS.
Qualquer pessoa com um pacote para ser enviado a algum lugar pode acessar a página de Internet da UPS
para verificar por quais rotas a sua encomenda irá passar, calcular o valor da do serviço de remessa e agendar a data
e hora que um motorista da UPS poderá passar em sua residência ou empresa para apanhar o pacote.
Eventualmente estes clientes poderão pagar suas remessas através da página da Internet da UPS. Os dados
coletados através da Internet são enviados ao computador central da UPS, processados, e então uma resposta é
retornada ao cliente.
O UPS Inventory Express, lançado em 1991, pode gerenciar qualquer remessa que deva sair de um
armazém de um cliente da UPS e chegar ao destino requerido pelo cliente. Clientes usando este serviço podem
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transmitir eletronicamente seus pedidos de remessa para a UPS até a 1:00 h e receber suas mercadorias até as 10:30
h do mesmo dia. A UPS está melhorando seus sistemas de informações para garantir que um pacote em particular,
ou grupo de pacotes, possam chegar ao seu destino com hora marcada. E ainda, se solicitado pelo cliente, a UPS
poderá interceptar um pacote específico a fim de retorná-lo ao remetente ou então, alterar sua rota para que chegue
mais rápido ao destinatário.
Fontes: “UPS launches new delivery and information options”, UPS Public Relations, 01/02/1997; “Overnight
Services Duke It Out On-Line”, Computerworld, 04/22/1996; and “Stand and Deliver” Information Week,
11/23/1992.
Responder:
? Quais são os inputs, processamentos e outputs do sistema de rastreamento de pacotes da UPS?
? Quais tecnologias são utilizadas?
? Como estas tecnologias estão relacionadas com a estratégia de negócios da UPS?
? O que poderia acontecer se estas tecnologias não estivessem disponíveis?
ESTUDO DE CASO 02
Projeto Videoconfeência do CFC – Conselho Federal de Contabilidade
Semestralmente o CFC – Conselho Federal de Contabilidade precisadisponibilizar de grandes recursos
financeiros para realizar suas reuniões com seus CRC’s – Conselhos Regionais. Para cada reunião existem
inúmeros tipos de despesas como diárias, passagens aéreas e aluguel de um local amplo que comporte todos os
convidados.
Outro grande problema é o custo com a comunicação com seus Conselhos já que as despesas mensais com
telefone ultrapassam os 3 dígitos em cada Conselho Regional.
O CFC estuda um projeto de videoconferência com o objetivo de efetivar gradativamente a redução de
despesas do Sistema CFC/CRCs com passagens e diárias, além de tornar a comunicação ainda mais eficiente e
abrangente.
Responder:
? Qual é o papel das telecomunicações e dos sistemas de informação nessa estratégia?
? Como a videoconferência poderá mudar os processos de negócios do CFC?
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SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Apresentação
Instituído pelo Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o projeto do Sistema Público de Escrituração
Digital (Sped) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e
constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes.
 De modo geral, consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias,
transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da
certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos
mesmos apenas na sua forma digital.
? É composto por três grandes subprojetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a
NF-e - Ambiente Nacional.
? Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais:
federal, estadual e municipal.
? Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos, conselho de classe, associações e entidades
civis, na construção conjunta do projeto.
? Firma Protocolos de Cooperação com 27 empresas do setor privado, participantes do projeto-piloto,
objetivando o desenvolvimento e o disciplinamento dos trabalhos conjuntos.
? Possibilita, com as parcerias fisco-empresas, planejamento e identificação de soluções antecipadas no
cumprimento das obrigações acessórias, em face às exigências a serem requeridas pelas administrações
tributárias.
? Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição dos meios de atendimento às
obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária contribua para aprimorar esses
mecanismos e confira a esses instrumentos maior grau de legitimidade social.
? Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos
para toda a sociedade.
Objetivo
O SPED tem como objetivos, entre outros:
Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações
contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais.
Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de
transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores.
Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a
rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e
auditoria eletrônica.
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Premissas
? Propiciar melhor ambiente de negócios para as empresas no País;
? Eliminar a concorrência desleal com o aumento da competitividade entre as empresas;
? O documento oficial é o documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins;
? Utilizar a Certificação Digital padrão ICP Brasil;
? Promover o compartilhamento de informações;
? Criar na legislação comercial e fiscal a figura jurídica da Escrituração Digital e da Nota Fiscal Eletrônica;
? Manutenção da responsabilidade legal pela guarda dos arquivos eletrônicos da Escrituração Digital pelo
contribuinte;
? Redução de custos para o contribuinte;
? Mínima interferência no ambiente do contribuinte;
? Disponibilizar aplicativos para emissão e transmissão da Escrituração Digital e da NF-e para uso
opcional pelo contribuinte.
Benefícios
? Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel;
? Eliminação do papel;
? Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
? Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;
? Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
? Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
? Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio
exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);
? Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as
administrações tributárias;
? Rapidez no acesso às informações;
? Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
? Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;
? Redução de custos administrativos;
? Melhoria da qualidade da informação;
? Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
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? Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;
? Redução do “Custo Brasil;
? Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
? Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel;
Histórico
A Emenda Constitucional nº 42, aprovada em 19 de dezembro de 2003, introduziu o Inciso XXII ao art. 37
daConstituição Federal, que determina às administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios atuarem de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais.
Para atender o disposto Constitucional, foi realizado, em julho de 2004, em Salvador, o I ENAT - Encontro
Nacional de Administradores Tributários, reunindo o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos
Estados e Distrito Federal, e o representante das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais.
O Encontro teve como objetivo buscar soluções conjuntas nas três esferas de Governo que promovessem
maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações; racionalização de custos e da
carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização; maior possibilidade de realização de
ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas
esferas governamentais; cruzamento de informações em larga escala com dados padronizados e uniformização de
procedimentos.
Em consideração a esses requisitos, foram aprovados dois Protocolos de Cooperação Técnica, um
objetivando a construção de um cadastro sincronizado que atendesse aos interesses das administrações tributárias
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e, outro, de caráter geral, que viabilizasse o
desenvolvimento de métodos e instrumentos que atendessem aos interesses das respectivas Administrações
Tributárias.
Em agosto de 2005, no evento do II ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, em São
Paulo, o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e os
representantes das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais, buscando dar efetividade aos trabalhos de
intercâmbio entre os mesmos, assinaram os Protocolos de Cooperação nº 02 e nº 03, com o objetivo de desenvolver
e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital e a Nota Fiscal Eletrônica.
O Sped, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e
Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação
integrados, tecnologiada informação e infra-estrutura logística adequados.
Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007, para o Programa de
Aceleração do Crescimento 2007-2010 (PAC) - programa de desenvolvimento que tem por objetivo promover a
aceleração do crescimento econômico no país, o aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da
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população brasileira - consta, no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) no prazo de dois anos.
Na mesma linha das ações constantes do PAC que se destinam a remover obstáculos administrativos e
burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que o Sped possa proporcionar melhor ambiente de negócios
para o País e a redução do “custo Brasil”, promovendo a modernização dos processos de interação entre a
administração pública e as empresas em geral, ao contrário do pragmatismo pela busca de resultados, muito comum
nos projetos que têm como finalidade apenas o incremento da arrecadação.
Universo de Atuação
A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto a escrituração fiscal
como a contábil, as imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico.
A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo real, amplia as possibilidades de
seleção de contribuintes e, quando da realização de auditorias, gera expressiva redução no tempo de sua execução.
Universo de Atuação:
Sped – Contábil
Sped – Fiscal
NF-e – Ambiente Nacional
Sped – Contábil
A legislação tributária federal exige que, além do Livro Diário, o contribuinte escriture o Livro Razão.
Obriga, também, as pessoas jurídicas não optantes pelo Simples a apresentarem os arquivos eletrônicos que
representem a Contabilidade.
A legislação previdenciária federal também exige a apresentação de arquivos que representem a
Contabilidade, mas em formato diferente do previsto na legislação fiscal.
Dessa forma, são quatro formas distintas de representar uma mesma realidade, sujeitas a formalidades
distintas:
Livro Diário: escrituração em papel; lançamentos em ordem cronológica; termos de abertura e
encerramento; transcrição das demonstrações contábeis.
Livro Razão: escrituração em papel; lançamentos em ordem de conta e data;
Arquivos eletrônicos em dois formatos distintos compostos, basicamente, por plano de contas,
lançamentos e saldos.
Nos arquivos eletrônicos atualmente entregues, em cerca de 90% dos casos, constata-se que eles
representam de forma adequada a escrituração em papel e, a partir do mesmo conjunto de arquivos, pode-se “gerar”
os Livros Diário e Razão.
Desse cenário geral, temos:
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- Baixa produtividade na execução da auditoria;
- Informações declaratórias não confiáveis;
- Facilidade de simulação de transações comerciais;
- Dificuldade na execução dos controles;
- Falta de compatibilidade entre os dados econômico-fiscais dos contribuintes;
- Indisponibilidade de informação das transações comerciais em tempo hábil;
- Dificuldade de disponibilizar, compartilhar e trocar de informações;
- Alto custo de impressão, manipulação e armazenamento de livros da escrituração comercial;
- Dificuldade no cumprimento de obrigações acessórias;
- Falta de padronização de obrigações acessórias entre os Estados/SRF;
- Extravio de livros fiscais como instrumento para obstruir o desenvolvimento da ação fiscal;
- Dificuldades em rastrear operações dissimuladas.
O Sped Contábil visa à substituição da emissão de livros contábeis (Diário e Razão) em papel pela sua
existência apenas digital. Os livros Diário e Razão serão gerados a partir de um mesmo conjunto de informações
digitais.
A solução abrange os fiscos federal, estaduais, futuramente municipais, DNRC, CFC, Banco Central,
SUSEP, CVM e contribuintes que irão fornecer informações para a composição da base dados.
A entrega (autenticação) dos livros deverá seguir a periodicidade atual.
Para o Sped Contábil está sendo construído um programa para validação e transmissão do arquivo com a
escrituração contábil. Esse aplicativo também exibirá na tela a contabilidade da empresa, nos formatos de diário ou
razão, e as Demonstrações Contábeis.
O arquivo deverá ser assinado digitalmente pelo empresário ou representante legal da sociedade empresária
e pelo contabilista responsável pela escrituração. O aplicativo conterá, também, funcionalidades para a realização
das assinaturas digitais.
Depois de assinado, o arquivo será encaminhado para o Sped que disponibilizará para as Juntas Comerciais
as informações necessárias à autenticação. A Junta Comercial fará uma série de validações próprias e depois
autenticará o livro entregue. Essa informação de autenticação é fornecida ao titular da escrituração por intermédio
do Sped por meio de consulta à Internet.
Depois de recebida, a escrituração contábil é armazenada em um banco de dados que irá permitir que os
órgãos parceiros do Sped obtenham cópias integrais do arquivo. O titular da escrituração poderá, pela Internet, ter
conhecimento de qual órgão teve acesso a sua escrituração.
Uma vez transmitido, qualquer pessoa que tiver o arquivo, poderá verificar a autenticidade da escrituração
contábil da empresa e visualizar e imprimir a escrituração.
Já foram homologados e em breve entrarão em produção os seguintes aplicativos:
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- Programa Validador e Assinador - PVA;
- Receitanet com as adaptações necessárias à transmissão de grandes arquivos;
- Ferramenta de download (disponível somente para as Juntas Comerciais);
- Consulta, pelos titulares da escrituração, dos downloads realizados;
- Ferramenta para permitir que as Juntas Comerciais, como contingência, realizem suas atividades através
da internet.
Próximas etapas:
- Assinatura de Convênio com o DNRC e Juntas Comerciais para viabilizar a entrada em produção do Sped
Contábil;
- Assinatura de Convênio entre as administrações tributárias para acesso às escriturações;
- Elaboração de aplicativo para permitir que as Juntas Comerciais visualizem a escriturações, sem
necessidade de download;
- Inclusão das sociedades simples.
 Sped – Fiscal
Via de regra, uma empresa não se utiliza da escrituração em papel em seus controles. Recorre aos arquivos
eletrônicos que a representam para buscar as informações de que necessita. Os registros em papel derivam de
exigências legais e sua geração, autenticação e armazenamento são tarefas meramente burocráticas, sem grande
utilidade no dia-a-dia das empresas.
Atualmente, as informações requeridas pelo fisco são fornecidas por meio de um grande número de
demonstrações em meio eletrônico e diferentes leiautes, o que acarreta um aumento de obrigações acessórias ao
contribuinte.
Com o Sped contábil e fiscal implantados, a empresa que utilizá-los estará dispensada de apresentar grande
parte das informações fornecidas na DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) e
outras obrigações acessórias relativas a outros tributos (IPI, PIS/COFINS, etc) no âmbito federal.
Abaixo estão listadas algumas das obrigações acessórias que os contribuintes são atualmente obrigados
pelos fiscos a entregar e que poderão ser incorporados pelo Sped:
- Informações do ICMS
Guias informativas anuais
Livros de Escrita Fiscal
Arquivos do Convênio ICMS 57/95
- Informações do IPI na DIPJ
- Detalhamento da origem do crédito no PER/DCOMP (Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição
/ Declaração de Compensação), no caso de Ressarcimento de IPI.
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- Coleta de dados em arquivos digitais pelo sistema SINCO (Sistema Integrado de Coleta).
- DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais
- DCP – Declaração do Crédito Presumido do IPI
- DE – Demonstrativo de Exportação
- DIF (Bebidas, Cigarros e Papel Imune)
- Arquivos digitais dos produtos do capítulo 33 da TIPI (Obrigação acessória específica para os
estabelecimentos industriais de produtos de higiene

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