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Dos Bens II (Resumo do livro de Carlos Gonçalves)

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Dos Bens
1. Obejeto da relação jurídica
Todo direito tem o seu objeto. Sobre o objeto desenvolve-se o poder de fruição da pessoa. Objeto da relação jurídica é tudo o que se pode submeter ao poder dos sujeitos de direito, como instrumento de realização de suas finalidades jurídicas. Em sentido estrito compreende os bens objeto dos direitos reais e também as ações humanas denominadas prestações.
Bens são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que
podem servir de objeto a uma relação jurídica; para que o bem seja objeto de uma relação jurídica é preciso que ele apresente os seguintes caracteres, idoneidade para satisfazer um interesse econômico, gestão econômica autônoma e subordinação jurídica ao seu titular.
É o objeto da relação jurídica:
Coisas (bem jurídico materializado);
Ações humanas (comportamento);
Direitos pessoais – poder de exigir a prestação;
Objeto dos direitos reais.
Bem no sentido filosófico, é tudo o que satisfaz uma necessidade humana. Juridicamente falando, o conceito de coisas corresponde ao de bens, mas nem sempre há perfeita sincronização entre duas expressões.
Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem. Bens são coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contêm valor econômico. Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem. As que existem em abundância no universo, como o ar atmosférico e água dos oceanos, por exemplo, deixam de ser bens em sentido jurídico.
Bens, são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis. 
2. Bens corpóreos e incorpóreos
Os romanos faziam distinção entres bens corpóreos e incorpóreos. Tal classificação não foi acolhida pela nossa legislação e pela generalidade dos códigos por considerarem os modernos juristas, como fazia Teixeira De Freitas, inexto separar, de um lado, a coisa, como objeto material sobre que recai o direito, fazendo-se abstração do próprio direito (res corporales), e de outro lado, colocar os direitos, prescindindo-se do objeto dos direitos reais.
Bens corpóreos são os que têm existência física, material e podem ser tangidos pelo homem. Incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas valor econômico, como o direito autoral, o crédito, a sucessão aberta, o fundo de comércio etc. Hoje também se consideram bens materiais ou corpóreos as diversas formas de energia, como a eletricidade, o gás, o vapor.
3. Patrimônio
Os bens corpóreos e os incorpóreos integram o patrimônio da pessoa. Em sentindo amplo, o conjunto de bens, de qualquer ordem, pertecentes a um titular, constitui o seu patromônio. Em sentindo estrito, tal expressão abrange apenas as relações jurídicas ativas e passivas de que a pessoa é titular, aferíveis economicamente.
Patrimônio segundo a doutrina, é o complexo das relações jurídicas de uma pessoa, que tiverem valor econômico.
O patrimônio restringe-se, assim, aos bens avaliáveis em dinheiro. Nele não se incluem as qualidades pessoais, como a capacidade física ou técnica, o conhecimento, a força de trabalho, porque são considerados simples fatores de obtenção de receitas, quando utilizados para esses fins, apesar de a lesão a esses bens possa acarretar a devida reparação.

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