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Resumão - Roubo e Furto

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Crimes contra o Patrimônio 
 
Furto (art. 155 CP) – Subtrair coisa alheia móvel para si ou para outrem. Subtrair significa tirar de 
forma clandestina. 
� Diferença para apropriação indébita: A apropriação exige a detenção desvigiada da coisa. 
� O §3º do art. 155 CP equipara a coisa móvel à energia com valor econômico, como a energia 
elétrica. 
� “Para si ou para outrem” -- > é o ânimo de assenhorar definitivo, se o objetivo for usar e 
devolver, configura furto de uso, que (e fato atípico). 
� §1º do Art. 155 – Furto durante Repouso noturno: Aumenta a pena e 1/3. Período durante a 
noite no qual as pessoas de uma determinada comunidade costumam repousar. Varia de 
cidade para cidade, de lugar para lugar. 
� Privilégio do furto - §2º do art. 155 CP – Diminui a pena de ½ e/ou reclusão vira detenção ou 
aplica multa. Requisitos do privilégio (cumulativos): 
a. Primário – aquele que não é reincidente; 
b. Pequeno valor da coisa – não insignificante que não supera o salário mínimo; 
� Furto qualificado: - §4º do Art. 155 CP 
a. Rompimento de obstáculo – não basta vender o obstáculo, é necessário romper, com 
violência contra a coisa. 
b. Escalada – ingresso no local do furto por via anormal. Exige-se esforço sensível. 
c. Destreza – Especial habilidade punguista de não permitir que a vítima perceba a subtração 
(mão leve). 
d. Abuso de confiança – É necessário especial vínculo de confiança, não bastando a mera 
relação de trabalho ou hospitalidade. 
e. Fraude – Distinção do furto mediante fraude com estelionato. No furto mediante fraude a 
mentira tem como objetivo afastar a vigilância da vítima, facilitando a subtração. No 
estelionato a mentira ilude a vítima, que entrega a coisa deliberadamente. 
f. Chave falsa – Instrumento diverso da chave verdadeira apto o abrir mecanismo de 
segurança de forma normal. 
g. Se o furto é de veículo auto motor e for levado para outro estado ou para o Exterior (§5º). 
A qualificadora incide quando ultrapassado a fronteira. 
 
� Súmula 511 do STJ pacificou a possibilidade de furto qualificado privilegiado, desde que a 
qualificadora seja objetiva. Todas as qualificadoras do furto são objetivas, salvo a fraude e 
abuso de confiança; 
 
Roubo (art. 157) – O roubo tem as elementares do furto somadas à violência ou grave ameaça 
ou ainda violência imprópria. 
� Violência imprópria – outro meio que reduz a vítima à incapacidade de resistência. Ex. 
Hipnose, sonífero... 
� Diferença entre roubo e extorsão – Teoria majoritária: Na extorsão a conduta da vítima é 
imprescindível, é corporificada, insubstituível pelo autor (assinar cheque, digitar senha, abrir 
cofre...) 
� Causas de aumento no roubo (§2º do art. 157 CP) + 1/3 à 1/5 de pena: 
a. Emprego de arma – Arma de brinquedo não aumenta a pena, princípio da legalidade, uma 
vez que arma de brinque não é arma. (jurisprudência pacífica). 
b. Concurso de Pessoas 
c. Vítima está em serviço de transporte de valores – Deve estar a serviço de terceiros e o 
autor do roubo deve saber do serviço da vítima (proteger carros fortes). 
d. Veículo auto motor e for levado para outro estado ou para o Exterior. Incide quando 
ultrapassada a fronteira. 
e. Privação de liberdade da vítima – não se trata de sequestro relâmpago que tem previsão 
específica no art. 158, §3º CP. A privação de liberdade deve ser sensível, relevante, útil 
ou necessária para o roubo. 
 Obs. Súmula 443 do STJ esclarece que o aumento da pena no crime de roubo não 
se vincula ao número de causas de aumento, mas sim à gravidade da majorante no caso 
concreto. 
 
� Qualificadoras §3º CP. 
a. Resultado lesão grave ou morte – não importa se o resultado foi provocado por dolo ou 
culpa. No resultado morte, recebe o nome de latrocínio. Nos termos da súmula 603 do 
STF o latrocínio será de competência do Juiz singular, ainda que a morte tenha sido 
dolosa. Súmula 610 STF – O latrocínio se consuma com a morte da vítima, não 
importando se o roubo foi tentado ou consumado

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