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APOSTILA DE DIREITOS DO CONSUMIDOR IX

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DIREITOS DO CONSUMIDOR 
APOSTILA IX – O CONSUMIDOR EM JUÍZO 
 
 
 
GLAUBER MOREIRA BARBOSA DA SILVA 
 
FEVEREIRO 2015 
Inclui a lei 13.004 de 2014. 
 
 
SUMÁRIO 
 
Conteúdo 
1. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ........................................................... 3 
2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO E A LEI DE AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA ........................................................................................................................................ 4 
3. AÇÕES COLETIVAS PARA DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNIOS .................. 11 
4. AS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS .......... 13 
5. COISA JULGADA .................................................................................................................. 13 
6. SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR - SNDC .............................................. 15 
7. A CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO .......................................................................... 16 
8. DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Para falar sobre o consumidor em juízo, é necessário, antes, abordar o 
assunto da desconsideração da personalidade jurídica. 
O tema está disposto no artigo 28 do CDC. 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em 
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou 
ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será 
efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da 
pessoa jurídica provocados por má administração. 
 § 1° (Vetado). 
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade 
for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
A regra é que a personalidade de uma pessoa jurídica é distinta da 
personalidade daquelas pessoas que a compõem. Sendo assim, somente a pessoa jurídica 
responde por suas dívidas. 
Mas, em algumas situações, permite-se que seja desconsiderada a 
personalidade jurídica da pessoa jurídica, atingindo as próprias pessoas que a compõem. 
Existem duas espécies de desconsideração da personalidade jurídica, uma 
está no artigo 50 do Código Civil e a outra no artigo 28 do CDC que foi lido acima. 
No artigo 50, exigem-se mais requisitos para aplicar o instituto da 
desconsideração da personalidade jurídica, que também chamado de disregard of the legal 
entity. 
Veja o artigo 50 do Código Civil. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios 
da pessoa jurídica. 
Portanto, o Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que o CDC adotou 
a Teoria Menor da Personalidade Jurídica, pela qual há “menos” requisitos se desconsiderar a 
personalidade jurídica da pessoa jurídica. Ou seja, Exige-se apenas a dificuldade em penhorar 
bens do fornecedor de produtos ou de serviços, não sendo necessário comprovar fatos 
adicionais como, por exemplo, abuso de personalidade, confusão patrimonial, dentre outros, 
como ocorre no âmbito das relações regidas pelo Código Civil. 
Além disso, não podemos esquecer que às sociedades integrantes de 
grupos societários e sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis pelas 
obrigações regidas pelo CDC. 
As sociedades Consorciadas são solidariamente responsáveis e as coligadas 
só responderão mediante a comprovação da culpa. 
2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO E A LEI DE AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA 
Para começar o estudo desse assunto, vamos estudar o que legislador 
dispôs no CDC. 
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida 
em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
 Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: 
 I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e 
ligadas por circunstâncias de fato; 
 II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; 
 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de 
origem comum. 
 Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados 
concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
 I - o Ministério Público, 
 II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; 
 III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem 
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos 
protegidos por este código; 
 IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre 
seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, 
dispensada a autorização assemblear. 
 § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos 
arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou 
característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 § 2° (Vetado). 
 § 3° (Vetado). 
 Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis 
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
 Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, 
o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem 
o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
 § 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas 
optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático 
correspondente. 
 § 2° A indenizaçãopor perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código 
de Processo Civil). 
 § 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia 
do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, 
citado o réu. 
 § 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária ao réu, 
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, 
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
 § 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá 
o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e 
pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força 
policial. 
 Art. 85. (Vetado). 
 Art. 86. (Vetado). 
 Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não haverá adiantamento de custas, 
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da 
associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e despesas 
processuais. 
 Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores 
responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários 
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. 
 Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá 
ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos 
autos, vedada a denunciação da lide. 
 Art. 89. (Vetado) 
 Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas do Código de Processo Civil e 
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que 
não contrariar suas disposições. 
Como foi lido acima, a defesa do consumidor em juízo poderá ocorrer 
individual e coletivamente. Vejamos uma tabela explicativa abaixo para ver as características 
de cada tipo desses interesses. 
TIPO DE DIREITO DESCRIÇÃO EXEMPLO 
Direitos Difusos Os transindividuais, de 
natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato. 
Direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. 
Direitos Coletivos São transindividuais, 
indivisíveis e pertencem a um 
grupo determinado, 
categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou 
com a parte contrária por 
uma relação jurídica de base. 
Direitos dos integrantes de 
um consórcio de carro. 
Direitos individuais São decorrentes de origem Direitos das Vítimas de um 
homogêneos comum, divisíveis e 
determinados. 
acidente de ônibus. 
 
Vale ressaltar que a tutela coletiva pode ser exercida concorrentemente 
pelos legitimados dispostos no artigo 82 do CDC. 
Embora exista divergência, a doutrina aponta a legitimidade da Defensoria 
Pública como legitimada, estando amparada pelo artigo 82, III do CDC. Pois, ao prevê 
legitimidade aos órgãos da administração pública direta ou indiretamente, ainda que sem 
personalidade jurídica, está incluindo o órgão da Defensoria Pública. 
Além disso, a Defensoria Pública está expressamente incluída dentre os 
legitimados da ação civil pública na Lei 7347/85 no artigo 5º, inciso II. Vale a pena ler essa lei 
bem pequena para a prova da OAB, principalmente porque sofreu alteração em razão do CDC. 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de 
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, 
de 2011). 
l - ao meio-ambiente; 
ll - ao consumidor; 
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) 
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). 
VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 
12.966, de 2014) 
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014) 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam 
tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou 
outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente 
determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo 
juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações 
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo 
objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer. 
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar 
dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade 
de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 
2014) 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela 
Lei nº 11.448, de 2007). 
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 
2007). 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei 
nº 11.448, de 2007). 
V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 
11.448, de 2007). 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao 
meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de 
grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 2014) 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente 
como fiscal da lei. 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo 
habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o 
Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.(Redação dada pela Lei nº 
8.078, de 1990) 
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do 
bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) 
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito 
Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela 
Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que teráeficácia de 
título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de 
veto) 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério 
Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e 
indicando-lhe os elementos de convicção. 
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos 
que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as 
providências cabíveis. 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as 
certidões e informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, 
de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no 
prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis. 
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou 
informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles 
documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da 
inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos 
autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob 
pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do 
Ministério Público. 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou 
rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões 
escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de 
informação. 
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho 
Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, 
desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. 
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 
10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o 
retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, 
quando requisitados pelo Ministério Público. 
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o 
juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade 
nociva, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária, se esta for 
suficiente ou compatível, independentemente de requerimento do autor. 
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão 
sujeita a agravo. 
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão 
à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que 
competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão 
fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) 
dias a partir da publicação do ato. 
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da 
decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o 
descumprimento. 
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um 
fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão 
necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos 
destinados à reconstituição dos bens 
lesados. (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) 
§ 1o. Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em 
estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária. (Renumerado do 
parágrafo único pela Lei nº 12.288, de 2010) 
§ 2o Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de 
discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro 
reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para ações de promoção 
da igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade 
Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial 
estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local, 
respectivamente. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência) 
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à 
parte. 
Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a 
associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual 
iniciativa aos demais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial 
do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, 
valendo-se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997) 
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela 
propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao 
décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. (Renumerado do 
Parágrafo Único com nova redação pela Lei nº 8.078, de 1990) 
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, 
honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo 
comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais. (Redação 
dada pela Lei nº 8.078, de 1990) 
Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, o Código de Processo Civil, aprovado 
pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas disposições. 
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder Executivo no 
prazo de 90 (noventa) dias. (Regulamento) 
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for 
cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do 
Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990) 
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado do art. 21, pela Lei nº 
8.078, de 1990) 
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado do art. 22, pela Lei nº 8.078, de 
1990) 
Brasília, em 24 de julho de 1985; 164º da Independência e 97º da República. 
JOSÉ SARNEY 
Fernando Lyra 
A Lei Federal 13.004/14, publicada no último dia 25 de junho, alterou os 
artigos 1º, 4º e 5º, V, “b”, da Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), para fazer prever, 
expressamente, entre os bens cuja violação pode ser evitada ou ressarcida por esse tipo de 
demanda coletiva, o patrimônio público e social. 
3. AÇÕES COLETIVAS PARA DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNIOS 
Vejamos o que o CDC dispõe sobre o assunto: 
 Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse 
das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos 
individualmente sofridos, de acordo com o dispostonos artigos seguintes. (Redação dada pela 
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
 Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
 Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça 
local: 
 I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local; 
 II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito 
nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de 
competência concorrente. 
 Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os 
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla 
divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. 
 Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a 
responsabilidade do réu pelos danos causados. 
 Art. 96. (Vetado). 
 Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus 
sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
 Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o 
art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de 
liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (Redação dada pela Lei nº 
9.008, de 21.3.1995) 
 § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da 
qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado. 
 § 2° É competente para a execução o juízo: 
 I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução individual; 
 II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. 
 Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 
7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do 
mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento. 
 Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância 
recolhida ao fundo criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto 
pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos individuais, salvo 
na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para responder pela 
integralidade das dívidas. 
 Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número 
compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação 
e execução da indenização devida. 
 Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei 
n.° 7.347, de 24 de julho de 1985. 
Ao fazer a leitura dos mencionados artigos, devemos ficar atento, 
principalmente, a função do Ministério Público, a questão da competência, como ocorre a 
execução e ao prazo habilitação. Por isso, a leitura com atenção se faz necessária. 
4. AS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS 
Esse tema é importante porque informa foro competente para o 
consumidor poder ingressar com a ação judicial. O artigo é autoexplicativo, pois não existe 
nenhuma controvérsia doutrinária relevante. 
 Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo 
do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: 
 I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; 
 II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o 
segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta 
hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do 
Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a 
informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o 
ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segurador, vedada a denunciação 
da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este. 
 Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando 
compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, 
divulgação distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, 
fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou 
perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal. 
5. COISA JULGADA 
O regime da coisa julgada nas ações coletivas do CDC é bem diferente do 
previsto nas ações individuais em geral, que costumam ter limites subjetivos restritos e pouca 
flexibilidade. 
Vejamos o que o CDC nos informa: 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: 
 I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento 
valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; 
 II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por 
insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no 
inciso II do parágrafo único do art. 81; 
 III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as 
vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. 
 § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e 
direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe. 
 § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os 
interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação 
de indenização a título individual. 
 § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 
7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos 
pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se 
procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à 
liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99. 
 § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória. 
 Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não 
induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes 
ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores 
das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da 
ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. 
Agora vejamos um quadro que irá facilitar o estudo: 
 PROCEDÊNCIA IMPROCEDÊNCIA IMPROCEDÊNCIA 
POR FALTA DE 
PROVAS 
OBSERVAÇÃO 
DIREITOS 
DIFUSOS 
Erga omnes Erga omnes Sem eficácia erga 
omnes 
Interesses 
individuais não 
ficam 
prejudicados 
pela 
improcedência 
DIREITOS 
COLETIVOS 
Ultra partes, 
limitada ao 
grupo, categoria 
ou classe 
Ultra partes Sem eficácia ultra 
partes 
Interesses 
individuais não 
ficam 
prejudicados 
pela 
improcedência 
DIREITOS 
INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNIOS 
Erga omnes, 
para beneficiar 
vítimas e 
sucessores, 
salvo se a 
vítima, ciente 
da açãocoletiva, 
preferiu 
Sem eficácia erga 
omnes 
Sem eficácia erga 
omnes 
Interesses 
individuais não 
ficam 
prejudicados 
pela 
improcedência 
continuar com a 
ação individual 
 
6. SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR - SNDC 
São integrantes do SNDC os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e 
municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor, conforme dispõe o artigo 105 do 
CDC. 
Alem disso, o órgão de coordenação política do sistema é o Departamento 
Nacional de Defesa do Consumidor ( Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, que 
pertence ao Ministério da Justiça. 
Vejamos a regulamentação dada pelo CDC a respeito do assunto. 
Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, 
estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. 
 Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de 
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de coordenação 
da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: 
 I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao 
consumidor; 
 II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões 
apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado; 
 III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias; 
 IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de 
comunicação; 
 V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de 
delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente; 
 VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas 
processuais no âmbito de suas atribuições; 
 VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa 
que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores; 
 VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e 
Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e 
segurança de bens e serviços; 
 IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a 
formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos 
estaduais e municipais; 
 X - (Vetado). 
 XI - (Vetado). 
 XII - (Vetado) 
 XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades. 
 Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Departamento Nacional de Defesa 
do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória especialização 
técnico-científica. 
7. A CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO 
A convenção coletiva de consumo pode ser conceituada como convenção 
escrita estabelecida entre as entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores 
de consume e de serviço ou sindicatos de categoria econômica, que tem por objetivo regular 
as relações de consumo e por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à 
quantidade, à garantia e as características de produtos e serviços, bem como reclamação e 
composição do conflito de consumo. 
A convenção se tornará obrigatória a partir do registro do instrumento no 
cartório de títulos e documentos. Ademais, ela obrigará apenas os filiados às entidades 
signatárias. Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade 
em data posterior ao registro do instrumento. 
Vejamos o que nos informa o CDC. 
 Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos 
de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que 
tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à 
garantia e características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do 
conflito de consumo. 
 § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de 
títulos e documentos. 
 § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias. 
 § 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em 
data posterior ao registro do instrumento. 
 Art. 108. (Vetado). 
 
8. DISPOSIÇÕES FINAIS 
O CDC em suas disposições finais realizou algumas alterações na Lei de 
Ação Civil Pública. Vejamos: 
 Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: 
"IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo". 
 Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a 
seguinte redação: 
"II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, 
ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro 
interesse difuso ou coletivo". 
 Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte 
redação: 
"§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o 
Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa". 
 Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6° ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de 
julho de 1985: 
"§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do 
bem jurídico a ser protegido. 
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito 
Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Vide 
Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de 
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante combinações, que terá eficácia de 
título executivo extrajudicial". (Vide Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) 
 Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: 
"Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a 
associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual 
iniciativa aos demais legitimados". 
 Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o 
parágrafo único a constituir o caput, com a seguinte redação: 
“Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores 
responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários 
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos”. 
 Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: 
"Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, 
honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo 
comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais". 
 Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo, 
renumerando-se os seguintes: 
"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que 
for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor". 
 Art. 118. Este código entraráem vigor dentro de cento e oitenta dias a contar de sua 
publicação. 
 Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Essa foi a última apostila sobre Direitos do Consumidor. Espero que tenham 
gostado.

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