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GABARITANDO OAB DICAS

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MENSAGEM AOS ALUNOS 
 
Queridos alunos e alunas, meus amados amigos! 
Preparamos com especial carinho o material que aqui deixamos para vocês, com o objetivo 
de abraçarmo-nos no propósito de vitória nesse desafio tão importante na vida de vocês, 
que é o Exame de Ordem. 
Resolvemos elaborar dicas e questões trabalhando temas e pontos chaves em praticamente 
todas as disciplinas que são abordadas na prova. 
Escrito pelas mãos da melhor equipe de Professores do país, que me dá a honra da 
continuar coordenando-a, esse material une técnica na seleção dos temas e na didática para 
que a informação seja transmitida, com simplicidade e objetividade, sem que se perca a 
verticalização e a responsabilidade. Adocicado com o nosso carinho e ternura, fortalecido 
com nossa garra e dedicação, leva a você, mais do que dicas e questões, e sim todo o nosso 
amor e comprometimento com o SEU SONHO, que é a nossa meta, o nosso propósito, a 
razão de nossa atuação profissional. 
Em nome de toda a minha equipe de Professores e em nome de toda a equipe de 
funcionários de nossos Cursos (CURSO FORUM-RJ / Centro de Estudos Jurídicos de 
Salvador – CEJUS, SUPREMO CONCURSOS-MG e CURSO JURÍDICO-PR), além das 
Redes nacionais de ensino tele-presencial INTERASAT e EJUFE, agradeço a todos vocês 
pela participação no nosso evento, o GABARITANDO A OAB, evento que quando 
idealizei, o fiz pensando em cada um de vocês, pensando no quão é importante esse 
momento em suas vidas, e, em especial, visualizando aqueles alunos por quem sempre 
tenho um carinho e uma atenção destacada, que são aqueles que não dispõem de melhores 
condições financeiras para arcar com os altos custos que eventos da magnitude como o 
nosso exigem. Por isso um evento gratuito, e muito me honra ter a participação e acima de 
tudo amizade de cada um dos professores que veio à sala de aula participar do 
GABARITANDO A OAB e dedicou parte de seu tão curto e disputado tempo para 
preparar esse material para vocês. 
Perceber que existem pessoas boas, profissionais com responsabilidade social, nesse 
mercado tão marcado pelo mercenarismo, no qual existem professores que até para ajudar 
seus próprios alunos a prepararem um recurso cobram para estender a mão em ato 
solidário, é algo gratificante e que me motiva a sempre continuar em frente honrando essa 
missão que deus me deu e que tenho a plena compreensão de as amplitude, que é a missão 
 
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de usar o dom do ensino e da liderança para conduzir a preparação de uma legião de 
bacharéis ao sonho da aprovação no Exame de Ordem. Num cenário em que gentileza é 
algo raro, amizade cada vez mais caro, solidariedade bem que se desconfia extinto, queria 
dizer a todos vocês que tenho muito orgulho de cada um desses professores que integram 
os nossos corpos docentes, pois, acima de grandes doutores, são grandiosos homens, que 
erguem sob os pilares do amor e do caráter a sua bandeira! 
Por fim, deixo a vocês o meu particular pedido de que CONFIEM EM VOCÊS, acreditem 
em vocês, NUNCA DUVIDEM DE SEUS POTENCIAIS. Vocês são capazes, EU CONFIO 
EM VOCÊS, vocês estão no caminho certo, tendo a atitude correta, e, se não perderem a fé, 
mantiverem o equilíbrio e a concentração, COM CERTEZA ALCANÇARÃO O SONHO DE 
VOCÊS! 
O sucesso não simpatiza com os covardes, a vitória não harmoniza com os medrosos, mas 
os anjos da glória sempre protegem e abençoam aqueles que têm coragem de lutar, mesmo 
 sabendo que nem sempre se vencerá. Lutem, meus amigos, lutem pelos seus sonhos, lutem 
pela aprovação. Vocês podem! Suas armas são o estudo, acima de tudo o estudo, mas 
também o amor e a fé. Procurem dar o seu melhor, façam tudo que estiver ao seu alcance, 
e, verão, que na hora do desafio, na hora do combate, estarão seguros e confiantes, 
alcançando o necessário equilíbrio emocional e concentração, para poderem render no 
máximo de sua potencialidade. Vou repetir: EU CONFIO EM VOCÊS! 
Tenho convicção que não ocorrerá, mas, se por ventura, for da vontade de Deus que não 
seja dessa vez, levem em seus corações a certeza absoluta de que o tempo é o senhor da 
razão e que Deus guarda um propósito para cada um, e para todo aquele que é seu Filho e 
faz do amor e respeito seus lemas, a glória chega no momento certo. Ainda que por linhas 
tortas, Deus sempre escreve certo. E, mesmo sem querer acreditar no adiamento da vitória, 
mas citando o fato, por maturidade e sinceridade, bem como, por respeito a você, se por 
ventura, tiver que não ser dessa vez, saiba que a derrota também ensina, e para os que dão 
o seu melhor, nada mais digno que cair de pé, sem sequer precisar se levantar para 
recomeçar, pois de pé fica o guerreiro quanto a vitória demora um pouco mais de chegar. 
E, se te der alguma dor ou tristeza, lembre, quem te ama de verdade não vai deixar de te 
amar, que torce por você verdadeiramente continuará torcendo, e, se você achar que nesse 
momento você vai estar sozinho....quero te dizer que EU ESTAREI AQUI, com a nossa 
super equipe, para te pegar no colo, colocar pra frente e reconduzir no reinício da estrada, 
rumo a sua aprovação! 
Todavia, guardo no meu coração A CERTEZA ABSOLUTA de que se cada um de vocês SE 
DEDICAR AO MÁXIMO NESSA RETA FINAL, ler esse material com atenção, usar todo o 
 
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tempo disponível para estudar mais e mais informações, VOCÊS TERÃO PLENAS 
CONDIÇÕES DE PASSAR NA PROVA! EU SEI O QUE ESTOU FALANDO, SÃO DEZ 
ANOS DE EXPERIÊNCIA! A dedicação na reta final e a entrega em 101% do potencial, 
superando limites e descobrindo a força interna que todos temos, é uma marca registrada 
dos grandes vencedores! Busque sua vitória! Busque sua conquista! VOCÊ É CAPAZ! EU 
CONFIO EM VOCÊ! É por acreditar em você e na sua aprovação que estou aqui, com toda 
essa equipe, dando o meu e o nosso melhor por você. Nos dê esse presente: BRIGUE COM 
TODA SUA GARRA POR ESSA NOSSA APROVAÇÃO! ESTAMOS JUNTOS! 
Ah...como sempre digo, e aqui não seria diferente: TANQUE DE GUERRA NO PEITO, 
SUPERMAN NO CORAÇÃO! 
Vamooooooooooos!!!! 
Beijo no coração de vocês, 
Prof. Pedro Barretto 
 
GABARITANDO A OAB 
 
Coordenação Geral 
PROF. PEDRO BARRETTO 
 
Organização Administrativa 
Daniela Rêgo Silva 
Profa. Integrante Equipe Prof. Pedro Barretto 
 
 
 
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DICAS 
 
DICAS DIREITO PENAL 
PROF. MARCELO LEBRE 
Parte Geral do Direito Penal 
 
Professor de Direito Penal do Curso Jurídico (PR) e do Supremo (MG); 
Advogado Criminalista; 
Especialista em Ciências Criminais pela ABDConst; 
Mestre pela Unibrasil; 
Professor Universitário e da Escola do Ministério Público e da Magistratura Federal/PR; 
Autor de vários artigos em jornais e revistas jurídicas 
Email: marcelo@lebre.adv.br 
 
Visando auxiliá-los na resolução desta parte da prova, nosso time de penal 
(Marcelo Lebre, Felipe Novaes e Gabriel Habib) elaborou algumas dicas valiosas 
sobre os temas mais relevantes deste ramo do direito. 
 
Mas antes
de adentrar em cada uma delas, lembro-lhes que o Direito Penal 
não é nenhum “bicho de sete cabeças”, e tenho certeza que mesmo você que 
 
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não é da área se sairá muito bem neste Exame de Ordem; e tenho esta 
segurança em razão de dois fatores primordiais: primeiramente, porque os 
temas que a FGV (nossa banca examinadora) não fogem do tradicional; e em 
segundo lugar (porém, o mais importante), porque você foi muito bem 
preparado pelo Curso e está pronto para encarar o que vier pela frente! 
 
Dito isso, vamos para as principais dicas de Direito Penal: 
 
(1ª dica) Princípios do Direito Penal: 
Lembre-se, inicialmente, que o Direito Penal é estruturado por uma série de 
princípios, os quais possuem um viés garantista (pois conformam garantias ao 
cidadão, bem como porque são extraídos – direta ou indiretamente – da 
própria Constituição de 1988). 
Dentre eles, destacam-se os seguintes: 
(a) legalidade (nullum crimen, nulla poena sine lege praevia – art. 1° do CP); 
(b) intervenção mínima e fragmentariedade (o Direito penal é a ultima ratio, e 
só deve se ocupar dos bens jurídico mais relevantes); 
(c) ofensividade (só interesse ao Direito penal as condutas que geram ou 
podem gerar lesão à bem jurídico de outrem); 
(d) culpabilidade (a responsabilidade penal é subjetiva – demanda prova de 
dolo/culpa; e só se pune o agente quando possível recair um juízo de 
reprovação sobre sua conduta); 
 
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(e) pessoalidade, individualização, proporcionalidade e proibição do bis in 
idem (a pena não passará da pessoa do acusado, e deve ser dosada pelo Juiz 
caso a caso, de acordo com a gravidade do fato; sendo proibida a dupla 
punição); 
(f) insignificância e adequação social (não devem ser consideradas como 
típicas as condutas socialmente toleráveis e as que não afetem infimamente 
um relevante bem tutelado); 
(g) humanização (deve ser sempre respeitada a dignidade da pessoa humana). 
 
(2ª dica) Excludentes do crime: 
Sob uma perspectiva analítica (visão finalista tradicional – adotada pelo 
CP/1940), crime é conduta humana típica, antijurídica e culpável. Assim, o 
afastamento de algum destes elementos faz com que o crime deixe de existir. 
Neste tocante, são causas que afastam o crime: coação física irresistível, caso 
fortuito, força maior, atos reflexos, estado de inconsciência; princípio da 
insignificância e da adequação social, bem como algumas hipóteses de erro de 
tipo; estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever 
legal, exercício regular de direito e consentimento válido do ofendido; 
menoridade, doença mental, desenvolvimento mental incompleto, 
embriaguez completa e acidental; o erro de proibição (invencível); e, por fim, a 
obediência hierárquica (de ordem não manifestamente ilegal) e a coação moral 
irresistível. Sobre o tema, os principais artigos são: art. 20 a 23, 26 a 28 do CP. 
 
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(OBS): firme-se, ainda, que o excesso nas justificantes não afastará a 
criminalidade da conduta – nos termos do art. 23, § único do CP. 
 
(3ª dica) Erro de tipo e de proibição: 
Existem duas grandes hipóteses de erro no Direito Penal, as quais estão 
escritas – respectivamente – nos artigos 20 e 21 do CP. O primeiro deles (erro 
de tipo) é aquele que recai sobre o próprio fato delitivo, enquanto que o 
segundo (erro de proibição) recai sobre o alcance da licitude do ato. Há 
também que se lembrar que o erro de tipo pode ou não recair sobre uma 
elementar do crime (no primeiro caso, fala-se de “erro essencial” – art. 20, 
caput do CP; e, no segundo, de “erro acidental” – sobre o tema, ver artigos 20, 
§3°, 73 e 74 do CP). Já o erro de proibição pode ser subdividido em: vencível 
(que não afasta o crime) ou invencível (que afasta a culpabilidade do réu, 
exatamente por não haver potencial consciência da ilicitude). 
 
(4ª dica) Dolo x Culpa: 
Toda figura típica é composta de um elemento subjetivo (anímico), e é aí que 
entra o tema dolo e culpa – art. 18 do CP. Lembre-se que os crimes são, em 
regra, apenas dolosos (ou seja, a culpa é uma exceção; nem todo crime admite 
a modalidade culposa...!). Lembre-se, ainda, que a primordial diferença entre 
o famoso “dolo eventual” e a “culpa consciente” é que, no primeiro, o agente 
assume o risco de produzir o resultado delitivo. Por fim, lembre-se que há 
 
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crimes “preterdolosos”, que são aqueles onde se verifica o dolo na conduta 
antecedente do agente, e culpa no resultado produzido. 
 
(5ª dica) Consumação e tentativa: 
Diz-se tentado um crime quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. A tentativa figura, em regra, como 
uma minorante da pena (reduz a pena de 1/3 a 2/3). Ocorre que alguns crimes 
não admitem tentativa (exemplo): culposos, omissivos próprios, 
plurissubsistentes e também nas contravenções penais. Por fim, não se pode 
confundir a “tentativa pura” (art. 14, II do CP) com a “tentativa abandonada” 
(que são os casos de desistência voluntária e arrependimento eficaz - do art. 15 
do CP). 
 
(6ª dica) Concurso de Agentes: 
É quando mais de um agente concorre para a prática de um mesmo crime, 
fala-se em “concurso de agentes” (art. 29 do CP – que adotou, como regra, a 
Teoria Monista). Anote-se, porém, que nas hipóteses de “participação 
dolosamente distinta” (do art. 29, §2°), o Código abandona a já citada Teoria 
Monista (pois nestes casos, cada agente responderá pelo crime que pretendia 
cometer). Vale, por fim, lembrar que o sujeito ativo pode ser: autor, coautor ou 
partícipe. 
 
 
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(7ª dica) Concurso de Crimes: 
Ocorre quando o sujeito prática, mediante uma ou mais condutas, vários 
delitos. Existem três espécies de concurso de crimes: a)concurso material (art. 
69 do CP); b)concurso formal (que pode ser: perfeito ou imperfeito - art. 70 do 
CP); c)crime continuado (art. 71 do CP). Lembre-se, aqui, que existem duas 
formas distinta para a aplicação da pena nestas hipóteses: o primeiro critério é 
conhecido como “cúmulo material” (usado nos casos de concurso material e 
formal imperfeito); o segundo é conhecido como “exasperação” (usado nos 
casos de formal perfeito e de crime continuado – por ser mais benéfico ao réu). 
 
(8ª dica) Espécie de penas e penas vedadas: 
A pena é a consequência jurídica da prática de um crime, e o CP prevê três 
espécies: a)privativas de liberdade (art. 33 a 37 do CP); b)restritivas de direito 
(art. 43 a 48 do CP); c)multa (art. 49 a 52 do CP). Ao seu turno, a Constituição 
Federal prevê um rol de penas proibidas – art. 5°, XLVII: morte (salvo em caso 
de guerra); perpétuas; trabalhos forçados; banimento; cruéis. No tocante aos 
regimes para o cumprimento da pena privativa, o Código trabalha com três 
possibilidades: fechado, semiaberto e aberto
(art. 33 CP); lembre-se que para 
os crimes hediondos o regime inicial será sempre o fehcado. 
 
(9ª dica) Execução Penal: 
 
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Quem regulamenta o tema é a LEP (lei 7.201/84), a qual estabelece uma série 
de direitos (art. 40 e 41 LEP) e deveres (art. 38 e 39 LEP) ao preso. Dentre eles, 
destaca-se o direito ao trabalho (inclusive fora do estabelecimento prisional 
em alguns casos – art. 28 a 36 da LEP). E como benefício pelo trabalho, o preso 
perceberá a “remição” da pena (art. 126 LEP = para cada três dias de trabalho, 
abate-se um da pena). Por fim, tem-se que o preso que não respeitar as regras 
da execução, estará cometendo uma “falta disciplinar” (grave, média ou leve – 
art. 49 LEP), e ficará sujeito a uma sanção disciplinar (art. 53 LEP), dentre as 
quais se destaca o R.D.D (regime disciplinar diferenciado – art. 52 LEP). 
 
(10ª dica) Prescrição penal: 
Por fim, vale lembrar que a Lei 12.234, de 05.05.10 alterou dispositivos que 
tratam da prescrição. Dentre as principais alterações, anota-se que a nova 
redação do art. 110 do CP alterou a prescrição retroativa (verbis): “A prescrição, 
depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou 
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, 
em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou 
queixa”. Ressalta-se, ainda, o teor da nova Súmula 438 do STJ: “É inadmissível 
a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com 
fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do 
processo penal”. 
 
 
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QUESTÕES DO PROF. MARCELO LEBRE: 
 
01. Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a 
opção correta. 
A). Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações 
mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de 
uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica. 
B). De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode 
aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição 
físico-psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado. 
C). Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as 
condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas 
não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. 
D). O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como 
ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a 
criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção 
de determinado bem jurídico. 
 
02. A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa correta. 
(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-se aos fatos 
anteriores, com exceção daqueles que já tiverem sido objeto de sentença condenatória 
transitada em julgado. 
(B) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos praticados anteriormente à 
sua vigência, desde que trate de crimes hediondos, tortura ou tráfico de drogas, como 
expressamente ressalvado na Constituição. 
 
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(C) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente não se aplica aos fatos 
praticados durante a vigência de uma lei temporária. 
(D) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente não se aplica aos fatos 
praticados anteriormente, salvo se houver previsão expressa na própria lei nova. 
 
03. Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta. 
A. Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a 
culpa imprópria e o agente responderá por delito preterdoloso. 
B. Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque 
acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a culpa 
inconsciente. 
C. Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime, exclui-
se o dolo, embora seja permitida a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
D. Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, não se 
abstém de agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido 
previsto e aceito, há culpa consciente. 
 
04. São consideradas causas legais de exclusão da ilicitude: 
(A) estado de necessidade, legítima defesa e embriaguez voluntária. 
(B) estado de necessidade, legítima defesa, coação moral resistível e obediência hierárquica 
de ordem não manifestamente ilegal. 
(C) estado de necessidade, legítima defesa, coação moral irresistível e obediência 
hierárquica de ordem não manifestamente ilegal. 
(D) estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e estrito 
cumprimento do dever legal. 
 
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05. São consideradas causas legais de exclusão da culpabilidade: 
A. coação moral resistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal. 
B. coação física irresistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente legal. 
C. coação física resistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal. 
D. coação moral irresistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal. 
 
06. Assinale a afirmativa incorreta. 
(A) O erro de tipo incide sobre os elementos que integram o tipo penal, abrangendo 
qualificadoras, causas de aumento e agravantes. 
(B) O erro de tipo exclui o dolo, mas o comportamento pode ser punido a título culposo se 
o erro for escusável (inevitável). 
(C) O erro de proibição incide sobre o alcance da ilicitude do fato, atuando como causa 
excludente de culpabilidade. 
(D) O erro quanto aos pressupostos fáticos de uma causa de exclusão de ilicitude, o erro 
quanto à existência de uma causa excludente de ilicitude e o erro quanto aos limites de 
uma excludente de antijuridicidade são considerados “descriminantes putativos”. 
 
07. Arlete, em estado puerperal, manifesta a intenção de matar o próprio filho recém 
nascido. Após receber a criança no seu quarto para amamentá-la, a criança é levada para 
o berçário. Durante a noite, Arlete vai até o berçário, e, após conferir a identificação da 
criança, a asfixia, causando a sua morte. Na manhã seguinte, é constatada a morte por 
asfixia de um recém nascido, que não era o filho de Arlete. Diante do caso concreto, 
assinale a alternativa que indique a responsabilidade penal da mãe. 
(A) Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta de responsabilidade. 
 
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(B) Crime de homicídio, pois, uma vez que o art. 123 do CP trata de matar o próprio filho 
sob influência do estado puerperal,
não houve preenchimento dos elementos do tipo. 
(C) Crime de infanticídio, pois houve erro quanto à pessoa. 
(D) Crime de infanticídio, pois houve erro essencial. 
 
08. Marcus, visando roubar Maria, a agride, causando-lhe lesões corporais de natureza 
leve. Antes, contudo, de subtrair qualquer pertence, Marcus decide abandonar a 
empreitada criminosa, pedindo desculpas à vítima e se evadindo do local. Maria, então, 
comparece à delegacia mais próxima e narra os fatos à autoridade policial. 
No caso acima, o delegado de polícia 
(A) deverá instaurar inquérito policial para apurar o crime de roubo tentado, uma vez que 
o resultado pretendido por Marcus não se concretizou. 
(B) nada poderá fazer, uma vez que houve a desistência voluntária por parte de Marcus. 
(C). 
(D) nada poderá fazer, uma vez que houve arrependimento posterior por parte de Marcus. 
 
09. Acerca da execução penal, assinale a opção correta. 
A. É permitido o emprego de cela escura. 
B. São permitidas as sanções coletivas. 
C. O condenado à pena privativa de liberdade é obrigado a realizar qualquer trabalho que 
lhe for conferido, independentemente de suas aptidões e de sua capacidade. 
D. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em 
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da administração direta ou indireta, ou 
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 
 
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10. Entre as penas restritivas de direitos previstas no Código Penal, não está incluída 
A a perda de bens e valores. 
B a interdição permanente de direitos. 
C a prestação de serviço a entidades públicas. 
D a prestação pecuniária. 
 
GABARITO 
1.D/2.C/3.C/4.D/5.D/6.B/7.C/8.C/9.D/ 10.B 
 
DICAS DIREITO PENAL 
PROF. FELIPE NOVAES 
Parte Especial (Crimes em espécie) 
 
Professor de Direito Penal do Curso Jurídico; 
Doutorando em Direito pela UGF; 
Mestre em Direito Penal pela UGF; 
 Professor da EMERJ, do CEJUS (Salvador), da Pós-graduação 
em Direito Penal e Processual Penal da UGF; 
Palestrante em diversos Seminários no Brasil. 
http://professorfelipenovaes.blogspot.com/ 
 
 
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DICAS DIREITO PENAL 
PROF. GABRIEL HABIB 
Leis Penais Especiais 
 
Professor de Direito Penal do Curso Jurídico (PR) e do Curso FÓRUM (RJ); 
Defensor Público Federal; 
Pós-graduado em Direito Penal Econômico Internacional pelo Instituto da Universidade de 
Coimbra, Portugal- Professor da EMERJ; 
Professor da Pós-Graduação da Universidade Estácio de Sá Professor de diversos cursos 
preparatórios para concursos no Brasil 
http://www.tvhabib.com/ 
 
DICA 1 – O princípio da legalidade, previsto no art.1o do CP e no art. 5o, 
XXXIX da Constituição, prevê que não ha crimes e penas sem previsão legal. 
Vale lembrar que este princípio também se aplica às medidas de segurança e 
as contravenções penais. 
 
 
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Dica 2 – O mesmo princípio impede a edição de leis locais (estaduais e 
municipais), bem como medidas provisórias em matéria penal (art.62, §1o, I, b) 
da Constituição). 
 
Dica 3 – O mesmo princípio impede a utilização da analogia em matéria 
penal, quando utilizada para criar crimes e penas não previstas em lei. Porém 
a analogia poderá ser empregada em bonam partem. 
 
Dica 4 – O CP para determinar o tempo do crime adotou a teoria da atividade, 
art. 4o, por isso o tempo do crime é o tempo da conduta, ainda que outro seja o 
do resultado. Esta regra não pode ser confundida com a teoria da ubiqüidade, 
adotada para determinar o Lugar do Crime, art.6o, que considera praticado o 
crime tanto no lugar da conduta, no todo ou em parte, bem como o lugar onde 
se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
Dica 5 – A leis penais benéficas sempre retroagem aos fatos anteriores, mesmo 
que decididos por sentença transitada em julgado. Esta retroatividade 
somente não ocorre quando se tratar de leis penais temporárias ou 
excepcionais, art.3o, que têm ultra-atividade. 
 
 
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Dica 6 – A competência para aplicar a lei benéfica depois do trânsito em 
julgado da sentença condenatória é do juiz da execução penal, conforme 
entendimento do STF no enunciado 611 da súmula. 
 
Dica 7 – A eficácia da lei penal no espaço está regulada pelo princípio da 
territorialidade, devendo ser aplicada aos crimes ocorridos no território 
nacional. Há no art.7o situações taxativas de extraterritorialidade são exceções. 
 
Dica 8 – O art.7o, I, prevê hipóteses de extraterritorialidade incondicionada, 
por isso a lei brasileira é aplicada mesmo que condenado ou absolvido o 
agente no estrangeiro, conforme dispõe o art.7o, §1o. É claro que nessas 
situações, se o agente for condenado no estrangeiro e cumprir a pena aplicada, 
haverá compensação da pena cumprida no estrangeiro e aplicada na 
condenação brasileira, conforme prevê o art.8o do CP. 
 
Dica 9 – No art.7o, II e seu §3o, há situações de extraterritorialidade 
condicionada, as condições estão previstas no §2o, do mesmo artigo, e devem 
estar todas presentes, a falta de qualquer uma delas impede a aplicação da lei 
brasileira. 
 
Dica 10 – A Lei de Tortura – lei 9455/97 – tem regra específica de 
extraterritorialidade incondicionada quando o sujeito passivo da tortura for 
 
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brasileiro e a tortura praticada no estrangeiro. É uma exceção a regra contida 
no art.7o, §3o do CP, que prevê extraterritorialidade condicionada. 
 
Dica 11 – As contravenções penais e os crimes são as duas espécies de 
infrações penais previstas pela legislação brasileira, foi adotado um sistema 
bipartido. No Brasil a palavra DELITO é utilizada como sinônimo de CRIME, 
não há uma classe específica de ilícito penal denominada delito. 
 
Dica 12 – Principais diferenças entre crime e contravenção penal: 
a) Gravidade – crimes são mais graves, contravenções menos graves. 
b) Tentativa – crimes admitem tentativa, contravenções não tem tentativa. 
c) Extraterritorialidade – os crimes tem regra de extraterritorialidade, as 
contravenções não admitem, assim a lei de contravenções brasileira somente é 
aplicável a contravenções ocorridas no Brasil, nunca no estrangeiro. 
d) Limite de pena – o limite para os crimes é de 30 anos, para as 
contravenções é de 5 anos. 
e) Tipo de pena – para os crimes há reclusão ou detenção com ou sem multa. 
Para as contravenções penais a pena é de prisão simples ou de multa 
(qualquer uma das duas sozinhas) ou as duas combinadas. 
 
Dica 13 – Tentativa perfeita – ocorre somente em crimes materiais quando a 
execução é todo praticada, mas o resultado não ocorre por circunstância alheia 
 
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a vontade do agente. Tentativa imperfeita – ocorre em crimes materiais, 
formais ou de mera conduta, que sejam plurissubsistentes, quando 
DURANTE a execução do crime for interrompida por circunstância alheia a 
vontade do agente. 
 
Dica 14 – Tentativa branca ou incruenta – ocorre quando o bem jurídico não 
sofre qualquer tipo de lesão como conseqüência da tentativa. Tentativa 
vermelha ou cruenta – o bem jurídico é lesionado, embora não chegue a 
consumação. 
 
Dica 15 – A tentativa é hipótese de adequação típica mediata ou indireta, que 
causa diminuição da pena. A pena deverá ser aplicada como no crime 
consumado, devendo incidir na terceira fase da dosimetria da pena (art.68 
critério trifásico) como causa de diminuição de pena. 
 
Dica 16 – Não admitem tentativa: 
a) Os crimes unissubsistentes – pois dependem de um único ato executório 
que já causa a consumação, se o agente inicia a execução, pratica o tal ato 
único, o crime já está consumado, não sendo possível caracterizar a tentativa. 
b)Os crimes omissivos próprios – ou o agente se omite e o crime está 
consumado, ou ele faz o que a lei mandou fazer e não houve crime. 
ATENÇÃO – os crime omissivos impróprios (comissivos por omissão) 
 
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admitem tentativa, pois o agente pode se omitir dolosamente e o resultado 
não ocorrer por circunstâncias alheias a vontade dele. P.ex. a mãe decide parar 
de alimentar o filho, pretendendo sua morte, o pai percebe o que esta 
acontecendo e salva a vida da criança. A mãe deverá responder por tentativa 
de homicídio doloso. 
c) Os crimes culposos – os crimes culposos dependem do resultado, conforme 
dispõe o art.18,II do CP, por isso se o resultado não ocorre o fato é atípico, 
não há tentativa. 
d)Os crimes preterdolosos, como o resultado qualificador é culposo a 
tentativa não é possível pelos mesmos motivos acima. 
e)Crime habitual próprio– são crimes que exigem uma reiteração da conduta 
para tipificação do fato, por isso se o agente pratica a conduta uma única vez 
ou se faz eventualmente o fato é atípico. Assim, a doutrina entende que a 
tentativa seria atípica já que somente há relevância penal com a repetição 
habitual da conduta. 
f)Crimes de atentado – são crimes que a tentativa é considerada como 
modalidade consumada no próprio tipo penal, não há aplicação do art.14,II. 
P.ex. art.352 do CP. 
g)Crimes que dependem de resultado para serem punidos – são fatos que 
somente tem relevância penal quando o resultado ocorre, a relevância penal 
está vinculada ao resultado. P.ex. art.122 do CP. 
 
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h)Contravenções penais – a tentativa não é punível na forma do art.4o da LCP 
– 3688/41 
 
 
Dica 17 – Os crimes comissivos são aqueles que o tipo penal prevê uma ação 
como conduta núcleo do tipo legal. Os omissivos próprios são aqueles que 
tem a omissão prevista no tipo penal, a omissão é a conduta normal, 
ordinária, PROPRIA do crime. O crime comissivo por omissão, também 
chamado de omissivo impróprio, é um crime que deveria ser praticado por 
ação, mas foi praticado por omissão, somente poderá ser tipificado quando o 
omitente for garantidor (art.13, §2o). Portanto, os crimes comissivos por 
omissão ou omissivos impróprios exigem a posição de garantidor do 
omitente, é essa posição que cria para ele a obrigação de agir para impedir o 
resultado e torna possível a adequação típica da omissão em tipos que 
originalmente deveriam ser praticados por ação. 
 
Dica 18 – São hipóteses de exclusão da tipicidade – TORNAM O FATO 
ATÍPICO!!! 
a) Caso fortuito e força maior – exclui a conduta. 
b) Hipnose – exclui a conduta. 
c) Sonambulismo – exclui a conduta. 
d) Movimento reflexo – exclui a conduta. 
 
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e) Coação física irresistível – aquela que exclui o controle dos movimentos 
do corpo – um empurrão por exemplo. – exclui a conduta. 
f) Erro de tipo inevitável, invencível, escusável – exclui tanto o dolo, quanto 
a culpa – torna o fato atípico. Já o erro de tipo evitável, vencível ou 
inescusável somente exclui a tipicidade dolosa, mantém, se previsto em lei, o 
crime culposo. 
g) Arrependimento eficaz e desistência voluntária – são excludentes de 
tipicidade mediata da tentativa, permite que o agente seja punido pelo que ele 
causou. Por exemplo: tinha o dolo de matar, iniciou os atos executórios, 
desistiu e com isso não houve a morte. Não responde por tentativa de 
homicídio, mas por qualquer resultado que a vitima tenha sofrido, como uma 
possível lesão corporal. 
h) Crime impossível – exclui a tentativa quando por ineficácia absoluta do 
meio ou absoluta impropriedade do objeto o crime jamais se consumaria. Não 
há qualquer punição. 
i) Princípio da insignificância – embora o fato esteja formalmente previsto 
em lei, não será típico materialmente, pois não houve lesão grave para o bem 
jurídico tutelado. O fato é atípico. 
 
Dica 19 – Excludentes de Antijuridicidade ou Ilicitude: 
a) art. 23 – Estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do 
dever legal e exercício regular do direito. 
 
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b) É possível a previsão de outras causas específicas para certos crimes, como 
ocorre no art.128 para o aborto e no art.36 da 9605/98 para os crimes 
ambientais. 
c) A doutrina reconhece uma causa SUPRALEGAL de exclusão da ilicitude – 
ATENÇÃO – se o consentimento estiver no tipo, será excludente de 
tipicidade, como ocorre no art.150 (violação de domicílio), mas quando não 
estiver previsto no tipo será excludente supralegal (não previsto em lei) da 
antijuridicidade ou ilicitude. 
 
Dica 20 – Excludentes de Culpabilidade: 
a) inimputabilidade penal – art. 26, caput – por doença mental que afasta a 
capacidade integralmente, torna absolutamente incapaz de se auto-controlar; 
art.27 – pela menoridade penal (menos de 18 anos); art.28, §1o - por 
embriaguez completa, proveniente do caso fortuito ou força maior, 
ATENÇÃO – esta embriaguez deve excluir completamente a capacidade do 
agente, se somente reduz ele será punido. 
b) Erro de proibição inevitável, invencível ou escusável – que o ocorre 
quando o agente sabe o que está fazendo, quer fazer, mas não sabe, nem tinha 
como saber, que era proibido ( que era ilícito). Se o erro de proibição for 
vencível, evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas diminuirá a 
pena (art.21, p. Único) 
 
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c) Coação moral irresistível (a física exclui a tipicidade) e obediência 
hierárquica, desde que a ordem do superior hirarquico não seja 
manifestamente ilegal – ATENÇÃO – somente há hierarquia em relações 
laborativas PÚPLICAS, em relações privadas, familiares ou religiosas NÃO 
HÁ hierarquia, pode haver coação, mas nunca hierarquia. 
 
OBS – vale lembrar que a embriaguez
VOLUNTÁRIA e a CULPOSA não 
excluem a imputabilidade, aplica-se a teoria da ACTIO LIBERA IN CAUSA. 
Art.28,II do CP. 
 
Dica 21 – Diferença fácil entre erro de tipo e de proibição em questões de caso 
concreto: 
a) se o agente NÃO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, ou seja, acha que está 
fazendo uma coisa, mas na verdade está fazendo outra (esta prevista como 
crimes), estará em erro de tipo, NINGUÉM PODE QUERER FAZER ALGO, 
SEM SABER O QUE ESTÁ FAZENDO, por isso o erro de tipo exclui o dolo. 
- TIPICIDADE 
b) Se o agente SABE O QUE ESTÁ FAZENDO , QUER FAZER, MAS 
NÃO SABE QUE É CRIME, erra quanto a proibição, quanto a ilicitude do 
fato, o erro será de proibição, não tem consciência da ilicitude – 
CULPABILIDADE. 
 
 
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Dica 22 – Erro quanto a pessoa – art.20, §3o – quando o agente quer praticar 
um crime contra uma determinada pessoa e por confusão pratica contra outra 
pessoa, achando que era a que queria atingir, responde como se tivesse 
praticado o crime contra quem queria atingir. 
 
Dica 23 - A mesma coisa ocorre no ABERRATIO ICTUS, erro na execução, 
previsto no art.73 do CP, que ocorre quando o agente por erro ou acidente no 
uso dos meios de execução atinge pessoa diversa da que queria atingir. 
Devendo responder como se tivesse atingido quem ele queria. P.ex. o policial 
que mira no sequestrador e, por erro ou acidente no uso da arma, acaba 
atingindo o refém. Deverá responder como se tivesse atingido o sequestrador 
e absolvido com base na legitima defesa. 
 
Dica 24 – o erro na execução – aberratio ictus – não pode ser confundido com 
o resultado diverso do pretendido – aberratio criminis – que ocorre quando o 
agente com o dolo de atingir uma coisa (crime de dano) acaba por atingir uma 
pessoa. Nessa hipótese o art.74 do CP prevê que o agente deve responder 
culposamente. Então por ex. Se com o dolo de praticar crime de dano, quer 
quebrar uma janela, a pedra acaba atingindo uma pessoa, causando lesão 
corporal, deverá o agente: 1- se a janela não foi quebrada, somente a pessoa 
atingida – responder somente pela lesão corporal culposa; 2 – se quebrou a 
 
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janela e atingiu a pessoa – por concurso formal (art.70) entre o crime de dano 
doloso e o crime de lesão corporal culposa. 
 
Dica 25– ABERRATIO CAUSAE – ocorre quando o agente pratica a conduta, 
com o dolo de causar um determinado resultado, e acredita, por erro, que o 
resultado foi produzido (na verdade não ocorreu). Então pratica uma segunda 
conduta, já sem o dolo anterior, e acaba por causar o resultado que queria 
anteriormente. A doutrina brasileira entende que o agente deverá responder 
pelo crime consumado, permitindo a extensão do dolo, presente na primeira 
conduta, ao resultado causado no segundo momento – é o chamado dolo 
geral. Por ex. O agente com dolo de matar atira na vítima, acredita que causou 
a morte (que na verdade não aconteceu), então decide ocultar o cadáver 
jogando em um rio que passa pelo local, com esta segunda conduta causa a 
morte por afogamento. Deve responder como se tivesse matado na primeira 
conduta. 
 
Dica 26 – O arrependimento posterior – é causa de diminuição de pena – 
art.16 – incide na terceira fase da dosimetria - ATENÇÃO – não pode ser 
confundido com o arrependimento eficaz (este evita a consumação, enquanto 
o posterior é depois de consumado). O arrependimento posterior tem quatro 
requisitos – 1 – crime sem violência ou grave ameaça; 2 – reparação integral 
 
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dos danos; 3 – a reparação deve ser feita até o RECEBIMENTO da denúncia 
ou da queixa; 4 – por ato VOLUNTÁRIO do agente. 
 
Dica 27 – Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz (art.15), bem 
como no arrependimento posterior (art.16) a lei exige VOLUNTARIAMENTE, 
mas NÃO exige que seja ESPONTÂNEO, ou seja, se o agente não pode ser 
forçado a desistir ou se arrepender, mas a idéia pode partir de terceira pessoa, 
até da própria vítima. 
 
Dica 28 – Dolo direto – quando o agente dirige sua conduta livre e consciente 
a realizar um determinado resultado, portanto tem uma finalidade, um 
propósito. Ele QUER realizar a conduta descrita no tipo penal. O dolo direto 
está regido pela teoria da vontade. 
 
Dica 29 – Dolo de primeiro grau – é a vontade de realizar o objetivo principal 
do agente, aquele objetivo final da conduta, aquilo que ele quer de forma 
principal, que move sua atuação. 
 
Dica 30 – Dolo de segundo grau – é a vontade de realizar qualquer outro 
resultado que seja necessário, certo, para conseguir alcançar o objetivo 
principal. São as conseqüências que acontecerão, com certeza, em virtude dos 
meios empregados para alcançar o objetivo principal. Por ex. Se o agente 
 
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decide praticar um homicídio, quer a morte de uma determinada pessoa, e 
seleciona como meio intoxicá-la dentro de uma sala de aula, sabendo que 
causará necessariamente a morte dos outros alunos, terá dolo de primeiro 
grau na morte da vitima principal e de segundo grau em todas as demais 
mortes. 
 
Dica 31 - Dolo eventual – há quando o agente prevê o resultado como 
conseqüência de sua conduta e ACEITA causar tal resultado, ele não quer, 
mas aceita o resultado como conseqüência de sua conduta. O CP adotou para 
o dolo eventual a teoria do consentimento, também chamada de teoria do 
assentimento ou assunção. 
 
Dica 32 – Culpa – ocorre crime culposo quando o agente causa um resultado, 
previsto ou previsível, através de uma conduta de inobservância de deveres 
objetivos de cuidado. Portanto, são elementos do crime culposo: 1- uma 
conduta descuidada – imprudência, negligência ou imperícia. 2- um resultado 
previsível. 3- nexo causal. 4- previsão no tipo penal (só há crime culposo 
quando expressamente previsto no tipo penal). 
 
Dica 33 – Culpa consciente – o agente prevê o resultado como conseqüência de 
sua conduta (até aqui igual ao dolo eventual), mas acredita ser capas de evitá-
lo. Nega o resultado, não quer e não aceita causar o resultado. 
 
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Dica 34 – Culpa inconsciente – o agente NÃO PREVÊ o resultado, embora este 
resultado fosse previsível. ATENÇÃO – só há crime culposo quando o 
resultado for ao menos previsível, se o agente prevê a culpa é consciente, se 
não prevê, embora previsível, a culpa é inconsciente. 
 
Dica 35 – Preterdolo – crime preterdoloso é uma das espécies de crime 
qualificado pelo resultado, ocorre quando o legislador prevê uma 
qualificadora ou uma causa de aumento de pena exclusivamente culposa para 
um crime doloso. O agente tem o dolo de causar um determinado resultado e 
por culpa acaba causando resultado mais grave. Por ex. Lesão corporal 
seguida de morte (art.129, §3o) o dolo era de lesionar, mas por imprudência no 
ato de lesão, acaba causando a morte
da vítima. Se o dolo fosse de matar 
haveria homicídio doloso. 
 
Dica 36 – a ausência de dolo ou culpa torna o fato atípico. Por ex. Se alguém 
conduz um veículo automotor com toda a prudência necessária, observando 
todas as regras de trânsito, e sem querer causar qualquer resultado proibido, 
mas mesmo assim atropela um pedestre que se atirou na frente do automóvel 
repentinamente, não há homicídio, nem doloso nem culposo, houve um mero 
acidente, irrelevante para o direito penal. O fato é atípico! 
 
 
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Dica 37 – Teoria da Pena – são espécies de penas – art.32 do CP – as penas 
privativas de liberdade, as penas restritivas de direitos e as penas de multa. 
Não há outra espécie de pena, o dispositivo legal é taxativo. 
 
Dica 38 – As penas privativas de liberdade podem ser divididas em: 1- prisão 
simples (exclusiva das contravenções penais) e 2- reclusão ou detenção – para 
os crimes. As diferenças entre elas são apenas de rigor na execução, não há 
diferenças essenciais. 
 
Dica 39 – as penas restritivas de direitos estão previstas no art.43 que é 
taxativo, não cabe ao juiz criar outras não previstas. É claro que as leis 
especiais podem prever outras espécies desde que expressas em lei penal 
(princípio da legalidade). 
 
Dica 40 – as penas restritivas de direitos são autônomas e substitutivas das 
penas privativas de liberdade. Portanto, cumpridos os requisitos do art.44 do 
CP o juiz deverá substituir a pena privativa de liberdade pela restritiva de 
direitos. O Código de Trânsito Brasileiro – lei 9503/97 – apresenta uma exceção 
a esta regra, nele há previsão de penas privativas de liberdade cumuladas com 
penas restritivas de direitos (proibição de dirigir), devendo o juiz condenar 
pelas duas penas cumulativamente. Claro que a pena privativa de liberdade 
 
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poderá ser substituída, desde por outras restritivas, cumpridos os requisitos 
do art.44 do CP. 
 
Dica 41 – as penas de multa são consideradas divida de valor e serão 
executadas observada a legislação de execução fiscal. Entretanto, não perde a 
natureza de pena, não podendo ser cobrada do patrimônio herdado pelo 
herdeiros em caso de morte do condenado (princípio da intranscêndencia 
penal – art.5,XLV da CRFB/88), pois nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado. 
 
Dica 42 – Detração – consiste no abatimento do tempo de prisão processual 
(temporária, preventiva, flagrante, sentença condenatória não transitada em 
julgado e sentença de pronúncia) ou de internação cautelar na pena aplicada 
na condenação ou na medida de segurança. Conforme dispõe o art.42 do CP. 
 
Dica 43 – Cabe trabalho externo para o condenado em qualquer dos três 
regimes – fechado, semiaberto e aberto – art.36 da LEP – 7210/84 
 
Dica 44 – o trabalho do preso não é regido pela CLT, mas é remunerado e gera 
efeitos previdenciários gerais. 
 
 
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Dica 45 – a remição de parte da pena pelo trabalho (ou pelo ESTUDO – STJ – 
Súmula 341), somente se aplica aos condenados a pena PRIVATIVA DE 
LIBERDADE, que estejam cumprindo em REGIME FECHADO ou 
SEMIABERTO – não se aplica no regime ABERTO, no livramento condicional, 
nas penas restritivas de direitos e na multa. Art.126 da LEP 7210/84 
 
Dica 46 – a remição será considerada como pena cumprida para cálculo de 
benefícios penais em percentual da pena, como a progressão, o livramento 
condicional e o indulto art.128 da LEP – 7210/84 
 
Dica 47 – a remição será perdida integralmente em caso de falta disciplinar 
(art. 127 da LEP – 7210/84) conforme entendimento do STF na Súmula 
Vinculante n.9. 
 
Dica 48 – PODE ser aplicada pena restritiva de direitos aos reincidentes em 
crimes dolosos, quando for socialmente recomendável, e desde que a 
reincidência não seja NO MESMO CRIME. Conforme art.44, II e §3o do CP. 
 
Dica 49 – O livramento condicional será concedido: art.83 do CP 
a) nos crimes comuns – para primários – 1/3 da pena 
b) nos crimes comuns – para reincidentes – 1/2 da pena 
 
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c) nos crimes hediondos ou equiparados – primários (e reincidentes em 
crimes comuns, não hediondos) – 2/3 da pena. 
d) Os reincidentes ESPECÍFICOS em crimes hediondos ou equiparados NÃO 
terão livramento condicional. 
 
Dica 50 – Progressão de Regime 
a) nos crimes comuns – art.112 da LEP – tem direito com 1/6 da pena e bom 
comportamento. 
b) Nos crimes hediondos e equiparados – art.2o, §§ 1o e 2o da Lei 8072/90 – se 
primário 2/5 da pena, se reincidente 3/5 da pena, além de bom 
comportamento. 
OBS – MUIIIIIITTTTTOOOOOO IMPORTANTEEEEE – nos crimes 
hediondos e equiparados praticados até a lei 11464 / 07 – a progressão de 
regime será com 1/6 da pena (aplica a LEP) é o que dispõe a Súmula 
Vinculante 26 do STF. 
 
Dica 51 – a prescrição retroativa NÃO acabou com a alteração do art.110 do 
CP, ela somente não pode mais ser aplicada entre o CRIME e o RECEBIMETO 
da DENÚNCIA ou QUEIXA, mas continua existindo para os demais 
intervalos – entre o recebimento da DENUNCIA ou QUEIXA e a publicação 
da SENTENÇA condenatória recorrível... etc (ver art.117 do CP) 
 
 
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Dica 52 – Existem três espécies de concurso de crimes – concurso material 
(art.69), concurso formal – próprio ou impróprio (art.70) e o crime continuado 
(art.71). 
 
Dica 53 - No concurso material o agente pratica várias condutas – ações ou 
omissões - que configuram vários crimes, que podem ser idênticos (concurso 
material homogêneo) ou diferentes (concurso material heterogêneo), não há 
qualquer ligação entre os crimes. O agente será condenado por cada crimes e 
ao final as penas serão somadas, pelo critério de cumulação. 
 
Dica 54 – No concurso formal, previsto no art.70, o agente pratica uma única 
conduta, ação ou omissão, que leva a dois ou mais crimes. Portanto, os crimes 
derivam de uma única conduta. O concurso formal pode ser próprio ou 
impróprio, também chamados de perfeito ou imperfeito respectivamente. No 
próprio há dolo de praticar apenas um dos crimes e os demais ocorrem a 
titulo de culpa; ou há culpa em todos eles, devendo ser aplicada somente uma 
pena, a maior entre os crimes, elevada de 1/6 a ½. Já no concurso formal 
impróprio o agente tem o dolo, com desígnios autônomos, na prática de cada 
crime, quer todos ele, se aproveita da conduta única para praticar todos os 
crimes. Nesta hipótese as penas devem ser aplicadas cumulativamente. 
 
 
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Dica 55 – Crime continuado – exige como requisito que os crimes sejam da 
mesmo espécie – para o STF e STJ - são crimes previstos nos mesmo tipo 
legal, ou seja, no mesmo artigo
da lei penal. Então pode ser configurado entre 
crimes simples e qualificados ou com causas de aumento de pena. P.ex. entre 
vários furtos simples ou entre furto simples e outros qualificados. NÃO é 
possível configurar crime continuado entre crimes diferentes, p.ex. furto e 
roubo! 
 
OBS. Embora o roubo e o latrocínio estejam no mesmo artigo (art.157), os 
tribunais superiores entendem que não pode configurar o crime continuado. 
 
OBS2. A súmula 605 do STF que proíbe crime continuado em crimes contra a 
vida, NÃO é mais aplicada. Pode ser configurado o crime continuado no 
art.71, p.único. 
 
Dica 56 – No concurso de pessoas o CP adotou a teoria unitária, quem de 
qualquer modo concorre para o crime, responde por ele. Assim, todos os 
níveis de concurso, co-autoria ou participação, acarretam a responsabilidade 
pelo mesmo crime, conforme previsto no art.29. Porém, é bom lembrar, que a 
unidade de crimes não acarreta necessariamente a unidade de penas, devendo 
ser esta aplicada na medida da culpabilidade do agente, pelos critérios de 
individualização da pena. 
 
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Dica 57 – São requisitos do concurso de pessoas, se algum destes requisitos 
não estiver presente, não há concurso de pessoas, devendo cada um responder 
pelo seu crime. 
 
a) A pluralidade de pessoas cada uma com sua conduta. 
b) A relevância causal de cada conduta, de cada sujeito, com o crime 
praticado. 
c) O liame subjetivo entre os agentes, que é a convergência de vontades. 
d) Unidade de infração penal, todos devem saber que estão praticando aquele 
crime, conhecer os elementos da conduta, e querer praticar a mesma infração 
penal. 
 
Dica 58 – Comunicabilidade das circunstâncias de caráter pessoal ou 
subjetivas – o art.30 do CP apresenta como regra a incomunicabilidade das 
circunstâncias subjetivas, elas somente devem incidir no crime de quem tem a 
qualidade específica, não se estende aos demais agentes. Por isso, se um filho 
é ajudado por um terceiro a matar o próprio pai, somente aquele (filho) terá a 
agravante do crime praticado contra ascendente, embora ambos respondam 
pelo mesmo crime de homicídio, a agravante, por ser de caráter pessoal não se 
comunica com o outro agente. Por outro lado, se a circunstância de caráter 
pessoal for elementar do tipo penal a comunicabilidade ocorrerá, por isso há 
 
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concurso de pessoas em crimes próprios ou de mão própria, como ocorre no 
infanticídio ou nos crimes próprios de funcionários públicos. Por exemplo, se 
um particular ajudar um funcionário público no crime de peculato, deve 
responder com ele por peculato. 
 
Dica 59 – São causas extintivas da punibilidade estão previstas no art.107 do 
CP. São elas: I- a morte do agente; II – anistia, graça e indulto; III- pela 
retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso; IV- pela 
prescrição, decadência ou perempção; V- pela renúncia do direito de queixa 
ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal privada; VI- pela retratação 
do agente nos casos em que a lei a admite; VII e VIII – revogados; IX- pelo 
perdão judicial nos casos previstos em lei. 
 
Dica 60 – A morte do agente extingue a punibilidade. Quando ocorrer depois 
do trânsito em julgado da condenação, faz cessar de imediato a execução da 
pena. Seja qual for a modalidade de pena aplicada não poderá ultrapassar a 
pessoa do condenado atingindo os herdeiros, princípio da intranscendência 
penal. ATENÇÃO: a pena de multa, embora seja dívida de valor, não pode 
ultrapassar a pessoa do condenado. Assim, em caso de morte do condenado, 
ela não poderá ser cobrada dos herdeiros, nem mesmo nos valores herdados. 
 
 
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Dica 61 – A punibilidade será extinta pela decadência quando o ofendido 
deixar de representar ou oferecer queixa no prazo legal. Em regra o prazo é de 
6 meses a contar da data que o agente soube quem foi o autor do crime. 
 
Dica 62 – A prescrição consiste na extinção da punibilidade pelo decurso do 
tempo, ou seja, a passagem do tempo causa a perda da pretensão punitiva ou 
da pretensão da executória. Se a prescrição ocorre antes do trânsito em 
julgado da condenação, ela atinge a pretensão punitiva; se ocorre depois do 
trânsito em julgado da condenação, atinge a pretensão executória. 
 
Dica 63 – Os prazos prescricionais estão no art. 109 do CP, devem ser 
calculados pela pena em abstrato prevista no tipo penal. Após o trânsito em 
julgado da condenação para a acusação, ainda que pendente recurso da 
defesa, a prescrição passa a ser calculada com a pena da condenação, pena em 
concreto, podendo retroage até o recebimento da denúncia. Esta é a chamada 
prescrição retroativa. ATENÇÃO: A alteração incluída no CP acabou com a 
prescrição retroativa somente entre a data do crime e o recebimento da 
denúncia ou queixa, nos demais intervalos entre as causas interruptivas 
(art.117) ela continua sendo aplicada. 
 
Dica 64 – no caso de concurso de crimes a prescrição incide sobre cada um 
isoladamente, conforme dispõe o art.119 do CP. 
 
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Dica 65 – A renúncia ao direito de representação e de queixa causa extinção da 
punibilidade. A renúncia pode ser expressa ou tácita, considera-se renúncia 
tácita a prática de ato incompatível com a vontade de ver o agente punido, 
como convidar o agente para um jantar ou uma festa. 
 
Dica 66 – na ação penal privada em sentido estrito, se o ofendido oferece a 
queixa, não poderá mais renunciar. Porém, poderá perdoar, o perdão do 
fendido somente se admite depois do oferecimento da queixa e deve ser 
bilateral, ou seja, o perdão do ofendido somente surte efeito de extinção da 
punibilidade com a aceitação do querelado (réu). 
 
Dica 67- já na ação penal pública condicionada a representação, o ofendido 
deve renunciar ao direito de representação até exercê-lo. Após o exercício da 
representação, ele poderá se retratar até o oferecimento da denúncia. Se a 
denúncia for oferecida pelo MP, não caberá mais a retratação, pois a ação 
penal pública é regida pela indisponibilidade. 
 
Dica 68 – A condenação penal transitada em julgado acarreta efeitos penais e 
extrapenais, os efeitos penais são a aplicação da pena e outros efeitos 
secundários, como a perspectiva de reincidência, maus antecedentes, entre 
outras. As conseqüências extrapenais gerais estão previstas nos art.91 
 
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(conseqüências automáticas, independem de previsão na sentença) e art. 92 
(conseqüências não automáticas dependem de previsão motivada na 
sentença) do Código Penal. São elas: 
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção 
constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática 
do fato criminoso. 
Art. 92 - São também efeitos da condenação: 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados 
com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de 
reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. 
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente 
declarados na sentença. 
 
Dica 69- Nos crimes contra a ordem tributária de natureza material, todos 
aqueles que o tipo penal utiliza a expressão “reduzir ou suprimir o 
pagamento”, como o art. 168-A e o art.337-A do CP e o art.1o, I a IV da Lei 
8137/90 é necessário o término do processo administrativo fiscal, com o 
conseqüente lançamento definitivo do tributo, para praticar atos de 
persecução penal. Assim, o MP não pode denunciar por crime contra a ordem 
tributária, de natureza material, antes do encerramento do processo 
administrativo que apura a existência da sonegação. 
 
 
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Dica 70 – Aplica-se o princípio da insignificância nos crimes contra a ordem 
tributária sempre que o valor total da sonegação não ultrapassar o limite de 
10.000,00 (dez mil) reais. Este é o entendimento do STF e do STJ (inf.406) com 
base no art.20, §2o da Lei 10522/02. 
 
Dica 71 – O pagamento do tributo sonegado nos crimes contra a ordem 
tributária, acarreta a extinção da punibilidade, não há limite de tempo, 
devendo ser extinta a punibilidade mesmo depois da condenação definitiva. 
Tal ocorre em decorrência da previsão contida na Lei 10684/03 – art.9o, §2o. 
 
Dica 72 – O parcelamento do tributo sonegado acarreta a suspensão da 
pretensão punitiva, conforme dispõe o art.9o da Lei 10684/03. Portanto, se o 
parcelamento for requerido antes da condenação definitiva a pretensão 
punitiva ficará suspensa, impedindo a pratica de qualquer ato de persecução 
penal, não pode instaurar inquérito, não pode denunciar, se já houver 
processo ficará suspenso, não pode condenar, etc. 
 
Dica 73 – O estupro de vulnerável protege de forma absoluta o menor de 14 
anos. Sempre que for praticado ato sexual, conjunção carnal ou ato libidinoso, 
com menor de 14 anos o crime estará configurado. A melhor tese de defesa 
nesta hipóteses será o erro de tipo, que ocorre quando o agente não sabe, nem 
 
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tem como presumir, a idade da vitima, acreditando que se trata de maior de 
14 anos. 
 
Dica 74 – O crime de estupro de vulnerável também protege o doente mental e 
pessoas que por outra razão qualquer não podem resistir ao ato sexual (p.ex. 
embriaguez ou pessoas acidentadas). ATENÇÃO: na doença mental o 
legislador prevê que somente se configura o crime se, em razão da doença, a 
vítima não tem o necessário discernimento para a prática do ato sexual. 
 
Dica 75 – O crime de estupro de vulnerável é de forma livre, podendo ser 
praticado com violência real, grave ameaça, fraude ou, até mesmo, com o 
consentimento da vítima. 
 
Dica 76 – O estupro comum e o estupro de vulnerável são crimes hediondos, 
lei 8072/90, art. 1o, V e VI. 
 
Dica 77 – As qualificadoras do estupro (art.213, §§ 1o e 2o.) e do estupro de 
vulnerável (art.217-A, §§ 3o e 4o) pela lesão corporal grave e pela morte são 
preterdolosas. Se o dolo do agente for de provocar a lesão ou a morte haverá 
concurso de crimes. 
 
 
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Dica 78 – Os crimes hediondos não admitem fiança, mas a liberdade 
provisória será cabível quando cumpridos os requisitos legais. Se não há razão 
para manter alguma modalidade de prisão cautelar, caberá a concessão de 
liberdade provisória. 
 
Dica 79 – O parágrafo único do art.14; o parágrafo único do art.15 e o art.21 do 
Estatuto do Desarmamento – 10826/03 foram considerados inconstitucionais 
pelo STF na Adi 3112/07 
 
Dica 80 – Os crimes hediondos são: 
1- Homicídio simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio 
2- Homicídio qualificado – sempre hediondo, salvo se for qualificado-
privilegiado. 
3- Latrocínio (o roubo simples não é) 
4- Extorsão qualificada pela morte 
5- Extorsão mediante seqüestro – sempre hediondo, simples ou qualificado. 
6- Estupro – simples e qualificado pela lesão corporal ou morte. 
7- Estupro de Vulnerável – simples e qualificado. 
8- Epidemia com resultado morte ( a simples não é) 
9- Falsificação de produtos terapêuticos e medicinais (art.273) – é sempre 
hediondo, salvo quando culposo (art.273,§2o). 
10- Genocídio – único que não é do Código Penal. 
 
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11- Tráfico de Drogas, tortura e terrorismo não são crimes hediondos e sim 
equiparados a hediondos. 
 
Dica 81 – O latrocínio se consuma com a morte, mesmo que o agente não 
consiga concretizar a subtração dos bens da vitima, enunciado 610 da Súmula 
do STF. 
 
Dica 82 – O furto qualificado (art.155, §4o e §5o) não admite a aplicação do 
aumento de pena do repouso noturno (art.155, §1o) que somente pode ser 
aplicada no furto simples do caput do art.155. 
 
Dica 83 – O furto qualificado pode ser privilegiado (art.155, §2o). 
 
Dica 84 – Cabe concurso de pessoas no crime de infanticídio entre a mãe, sob 
influencia do estado puerperal, e o terceiro adere ao dolo dela de matar o 
próprio filho. Pois as circunstancias de caráter pessoal se comunicam quando 
forem elementares do crime, conforme art.30. 
 
Dica 85 – a mãe que sob influência do estado puerperal mata o recém nascido 
errado, acreditando se tratar do próprio filho, responde por infanticídio, na 
forma do art.20, §3o, erro quanto a pessoa. 
 
 
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Dica 86 – a utilização de arma de brinquedo, ou de qualquer outro objeto SEM 
PODER LESIVO, não aumenta a pena do crime de roubo no art. 157, §2o, I do 
CP. 
 
Dica 87 – os crimes de calúnia (art.138) e de difamação (art.139) exigem a 
imputação de FATO, portanto adjetivos ou situações vagas (indeterminadas), 
não configuram os crimes. Constituem fato atípico. 
 
Dica 88 – Pune-se a calúnia contra os mortos (art.138, §2o), não há a mesma 
regra para a difamação. 
 
Dica 89 – A injúria preconceituosa (art.140, §3o) – não é crime de menor 
potencial ofensivo, sendo de competência da vara criminal comum. 
ATENÇÃO – a ação penal deste crime é pública condicionada a
representação 
– art.145, p. Único, parte final. 
 
Dica 90 – A retratação, até a sentença condenatória, extingue a punibilidade 
da calúnia e da difamação, mas não a da injúria. – art.143 CP. 
 
Dica 91 – Cabe pedido de explicações em juízo em todos os crimes contra a 
honra – calúnia, difamação e injúria. Art.144 do CP 
 
 
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Dica 92 – o funcionário público vítima dos crimes contra a honra pode 
escolher entre – propor ação penal privada mediante queixa ou representar ao 
MP para que promova a ação penal por denúncia. Súmula 714 do STF. 
 
Dica 93 – as ações penais e inquéritos policiais em curso não podem ser 
considerados maus antecedentes criminais – Súmula 444 do STJ 
 
Dica 94 – é possível concurso de pessoas em crimes próprios de funcionário 
público contra a administração pública, por força do art.30 do CP. 
 
Dica 95 – quem trabalha em empresa privada, conveniada ou contratada para 
o desenvolvimento de atividade típica da administração pública, é 
considerado funcionário público para fins penais. P.ex. um médico, que 
trabalha numa clínica particular conveniada ao SUS para atendimento 
gratuito da comunidade, é, para o direito penal, funcionário público. 
 
Dica 96 – O crime de tortura – art.1o da Lei 9455/97 é, em regra, crime comum, 
podendo ser praticado por qualquer pessoa. Salvo na hipótese do art 1o, II 
quando o sujeito ativo tem que estar no exercício da guarda, poder ou 
autoridade, tornando-se crime próprio. 
 
 
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Dica 97 – Os crimes de pedofilia estão previstos nos arts. 240 a 241-E do ECA, 
protegem a imagem de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícitos e 
pornográficas. O objeto destes crimes não é o ato sexual, este deve ser 
verificado nos crimes do Código Penal. 
 
Dica 98 – O crime de “seqüestro relâmpago” está tipificado no art.158, §3o. – 
extorsão qualificada pela restrição da liberdade. Portanto, não configura 
roubo e não configura extorsão mediante seqüestro. 
 
Dica 99 – A diferença entre o roubo e a extorsão é a necessidade de conduta da 
vítima para a obtenção da vantagem. Se o agente utiliza a violência ou a grave 
ameaça e não precisa da vitima para obter a coisa alheia móvel o crime é de 
roubo. Por outro lado, se o agente utiliza a violência ou a grave ameaça para 
constranger a vítima a fazer, deixar de fazer ou tolerar que o agente faça 
alguma coisa, somente com essa conduta da vítima conseguirá obter a 
vantagem indevida pretendida. Precisa da vitima, enquanto no roubo não 
precisa dela. 
 
Dica 100 – O crime de lavagem de dinheiro exige que o capital que será 
“lavado” seja produto de crimes específicos, ou seja, há sempre um crime 
precedente e este crime não pode ser qualquer um, necessariamente deve ser 
um daqueles citados no art.1o da Lei 9613/98: 
 
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a) tráfico de drogas 
b) terrorismo e seu financiamento 
c) contrabando e tráfico de armas 
d) extorsão mediante seqüestro 
e) crimes contra a administração pública 
f) contra o sistema financeiro nacional 
g) praticados por organização criminosa 
h) praticados por particular contra a administração estrangeira 
OBS – se o capital for originado de qualquer outro crimes, as condutas de 
lavagem serão atípicas. 
 
Dica 101 – No crime de corrupção passiva (art.317) há três verbos núcleos do 
tipo penal – SOLICITAR, RECEBER e ACEITAR PROMESSA. Enquanto no 
crime de corrupção ativa (Art.333) há apenas os verbos OFERECER e 
PROMETER . Assim, se o particular OFERECE o funcionário RECEBE – há 
crime para os dois. Se o particular PROMETE o funcionário ACEITA a 
PROMESSA – há crime para os dois. Porém, se o funcionário público 
SOLICTAR e o particular simplesmente DER ou ENTREGAR o que foi 
pedido, somente haverá crime para o funcionário não configurando fato típico 
para o particular, ante a falta de verbo correspondente no tipo penal 
 
QUESTÕES DO PROF. FELIPE NOVAES 
 
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01. Paulo e Pedro alugaram um helicóptero e, com a utilização da corda de salvamento, 
possibilitaram a fuga do chefe da quadrilha a que pertenciam, içando-o do pátio da penitenciária 
onde cumpria pena privativa de liberdade. Nesse caso, Paulo e Pedro responderão por crime de: 
(A) arrebatamento de preso. 
(B) fuga de pessoa presa. 
(C) favorecimento pessoal. 
(D) evasão mediante violência. 
02. Omitir em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de criar 
obrigação na área contratual, configura delito tipificado como 
(a) falsidade material. 
(b) falsificação de documento público no primeiro caso e de documento particular, no segundo. 
(c) falsidade ideológica. 
(d) falsificação de papel público, no primeiro caso e de papel particular no segundo. 
03. No crime de: 
(A) desobediência, a consumação ocorre, na forma omissiva, quando o agente pratica o ato do qual 
devia abster-se; na forma comissiva, quando o sujeito devia agir e não o faz no lapso de tempo 
determinado, não se admitindo, em qualquer caso, a tentativa. 
(B) concussão por ser de natureza material, a consumação ocorre com a efetiva percepção da 
vantagem indevida 
(C) advocacia administrativa não se admite a tentativa. 
(D) resistência, a consumação ocorre com a prática da violência ou ameaça, sendo dispensável o 
resultado pretendido pelo agente que é a não-execução do ato legal que, se ocorrer, apenas qualifica 
o delito. 
 
04. Maria, inconformada com a vitória de Paulo nas eleições para a prefeitura de São João da 
Aldeia, deu causa a ação de Improbidade administrativa em face de Paulo, imputando-lhe desvio 
de verba pública, sabendo da sua inocência. Maria cometeu crime de: 
(A) comunicação falsa de crime; 
(B) denunciação caluniosa. 
(C) auto-acusação falsa 
(D) exercício arbitrário das próprias razões. 
 
05. Mário, revoltado com a conduta do diretor de sua empresa, numa assembléia geral chamou-o 
de “safado” e, em outra, chamou-o de “ladrão”. Mário cometeu crimes de: 
(A) injúria. 
(B) calúnia. 
(C) difamação. 
(D) difamação e calúnia, respectivamente 
 
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06. Um policial militar negro, no exercício de sua função, foi chamado de "macaco preto": 
a) Houve crime de desacato. 
b) Houve crime de racismo. 
c) Houve crime de desobediência. 
d) Houve crime de injúria qualificada. 
 
07. Funcionário público que, no exercício de suas funções, exige para si, a fim de liberar 
pagamento devido a fornecedor do Estado, um percentual do valor a ser creditado, sob pena de 
retardar o pagamento, comete o crime de: 
a) concussão em sua forma tentada (art. 316, c/c art. 14, 11, CP), isso caso o credor não aceite pagar a 
propina. 
b) peculato consumado (art. 312, CP), se o credor aceita a "oferta" e permite que o funcionário 
público efetue o desconto do valor combinado de seu crédito,

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