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Auditoria I
Função do auditor: emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Verificar se as demonstrações contábeis espelham ou não a realidade ou se foram ou não elaboradas de acordo com os Princípios Contábeis, práticas geralmente aceitas e IFRS.
Pág. 20 (Hilário Franco):
“A auditoria compreende o exame de documentos, livro e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes”. Auditoria é uma formação de opinião.
“É uma técnica utilizada para confirmar a veracidade dos registros contábeis”.
Exercício da Profissão Contábil no Brasil:
Decreto 20.158/1931 – Reformulou o curso de contabilidade e provisionou a profissão de guarda-livros;
1945 – Primeira escola de Contabilidade;
Fatores que influenciaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil:
- Filiais,
- Financiamento de empresas nacionais através de entidades internacionais,
- Crescimento das empresas nacionais que forçavam uma descentralização, montando subsidiárias em locais mais longínquos,
- Evolução do mercado de capitais, já que a pessoa investe, mas não está gerindo a empresa de capital aberto, de modo que é necessário que o investidor não seja prejudicado pela má gestão (necessidade de fiscalização),
- Normatização da auditoria: estabelecimento de normas de auditoria. Promulgadas pelo Banco Central em 1972,
- Criação da CVM em 1976. Promulgação da Lei nº 6.404/76 (ATTIE, p. 34).
Objetivos da auditoria (WA 35):
Formação de uma opinião por parte do auditor acerca das demonstrações contábeis.
Finalidades:
Confirmação dos registros e demonstrações;
Avaliar a adequação desses registros informando a todos aqueles que têm interesse na empresa (governo, administradores, fisco, financiadores, etc) sobre o que o auditor viu nesta;
Dar credibilidade às demonstrações contábeis;
Freqüentemente apurar fraudes e falhas, embora não seja sua função primordial.
Princípios Básicos da Auditoria (Hilário Franco, p. 57, 68):
Confidencialidade – quem tem acesso aos papéis de trabalho é o auditor e a equipe. Se quiser, pode mostrar ao auditado.
Habilidade e competência – lidar com pessoas distintas, desde o diretor, ao funcionário mais subalterno.
Trabalho executado por terceiros – necessidade de revisar o trabalho dos subordinados.
Documentação – necessária a confirmação daquilo que se afirma, documentação dá respaldo às afirmações.
Planejamento – trabalho de auditoria é cobrado por hora, necessidade de planejamento. Programa de auditoria.
Integridade – como cobrar integridade dos auditados se o auditor não é íntegro?
Objetividade – tempo corrido, necessidade de objetividade. 
Independência – se não houver independência o auditor não pode emitir opinião. O auditor, no exercício da atividade de auditoria, deve manter uma atitude de independência que assegure a imparcialidade de seu julgamento, nas fases de planejamento, execução e emissão de seu parecer, bem assim nos demais aspectos relacionados com sua atividade profissional.
Necessário confiança no controle interno. Os auditores devem conhecer as diretrizes contábeis da empresa, para não sugerir algo que já existe ou que já foi tentado sem sucesso.
Provas de auditoria: 
Provas para tirar conclusões – emite as conclusões no relatório. Comprovar o que precisa para tirar conclusões.
Procedimentos regulamentares – testes substantivos: tem controle interno? Testes de aderência: o controle interno é respeitado?
Procedimentos comprobatórios – dão comprovação quanto à integridade, exatidão e validade dos dados fornecidos pelo sistema contábil. Testes de detalhe de transações e saldos - abrir uma conta e checar as operações.
Necessidade de observar aquilo que é significativo, porém, sem deixar de verificar questões incomuns.
Sistema contábil e controle interno:
Papel do Administrador – a administração é responsável pelo controle interno e por implementar as sugestões da Auditoria Externa.
Papel do auditor – faz críticas e sugestões ao controle interno (o administrador as implanta). Pode ser consultor, mas se atuar como este, não pode ser auditor da empresa.
Maior controle = menor trabalho para o auditor - necessidade de menos testes.
Conclusões e relatórios de auditoria (Hilário Franco):
Auditor deve revisar as conclusões, o que envolve emissão de opinião. Deve certificar-se que as provas cabem de conhecimento para emitir uma opinião;
As informações têm que estar em conformidade com as exigências legais;
A situação apresentada pelas informações contábeis deve estar de acordo com o que se conhece da empresa;
Verificar se há revelação adequada de todos os assuntos relevantes para a elaboração do trabalho da auditoria;
Conclusões tiradas no relatório – um parecer sem ressalva: nada de mal a falar. Expressa que, na opinião do auditor, as demonstrações contábeis apresentam, adequadamente, a situação patrimonial e financeira da entidade examinada, em conformidade com os princípios fundamentais de contabilidade e com as normas brasileiras de contabilidade, bem como que essas demonstrações incluem revelações suficientes para sua interpretação. Parecer com ressalva: modificações devem ser feitas. O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, modificado no parágrafo de opinião, com a utilização das expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com exceção de”, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva. Parecer adverso: não representa a realidade da empresa. Quando o auditor verificar a existência de efeitos que, isolada ou conjugadamente, forem de tal relevância que comprometam o conjunto das demonstrações contábeis, deve emitir parecer adverso. No seu julgamento deve considerar, tanto as distorções provocadas, quanto a apresentação inadequada ou substancialmente incompleta das demonstrações contábeis.
Normas de auditoria:
Normas relativas à pessoa do auditor;
Normas relativas à execução do trabalho;
Normas relativas ao parecer.
Normas relativas à pessoa do auditor:
Competência técnico-profissional – o auditor tem que estar legalmente habilitado como contador, tem que ser cadastrado no CNAE. Se quiser auditar S.A. tem que ser registrado na CVM. Além de experiência proveniente de treinamento e execução. O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos princípios fundamentais de contabilidade e das normas brasileiras de contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada. O auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas. O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los. 
Independência – Relacionamento x Impedimento. Está impedido de executar o trabalho de auditoria independente o auditor que tenha tido, no período a que se refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação à entidade auditada vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo com administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por sua contabilidade; relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado; participação direta ou indireta como acionista ou sócio; interesse financeiro; função ou cargo incompatível com a atividade de auditor independente; fixado honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do trabalho contratado; e qualquer outra situação de conflito de interesses no exercíciode auditoria independente.
Cuidado e zelo – ao opinar sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve ser imparcial. Código de ética do auditor.
Normas relativas à execução do trabalho:
Planejamento e supervisão - executar a maior quantidade de trabalho no menor tempo. Os mais experientes são chefes de equipes e supervisionam os menos experientes;
Estudo e avaliação do sistema contábil e de controle interno – visão da confiabilidade do controle interno;
Extensão dos procedimentos de auditoria – a auditoria irá aprofundar seus trabalhos de acordo com: controle interno, históricos, direção da empresa dá "pistas" sobre certa área, desgaste de relacionamento na área.
Normas relativas ao parecer (Resolução 11.057/09 do CFC):
Verificar se as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil;
Salvo declaração em contrário, o auditor considera satisfatórias as informações constantes nas demonstrações contábeis;
O parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações tomadas em conjunto;
O auditor tem que deixar claro o grau de responsabilidade exercido por ele;
Deixar indicado no parecer a entidade a qual este é endereçado;
Declaração de que as demonstrações espelham ou não a realidade da empresa;
A data do parecer é a data do dia que o auditor deixou a empresa. Se algum fato representativo ocorreu entre a saída do auditor da empresa e a publicação do parecer, pode-se fazer um ajuste ou deixar o parecer com duas datas;
Assinatura do auditou ou da empresa com número do CRC e cadastro do CNAE.
Regulamentação do Exercício Profissional (Hilário Franco):
1965: instituído o mercado de capitais mencionando o auditor independente.
1966: imposta a auditoria de bancos de investimentos e desenvolvimento. Imposta também a auditoria às Bolsas de Valores e à SUDAM.
1967: imposta a auditoria em entidades de administração indireta (ex: autarquia). Decreto Lei 200. Imposta a auditoria em cooperativas. Imposta a auditoria em distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
1968: a sociedade que quisesse negociar seus títulos no mercado de capitais passa a ter que apresentar parecer de auditoria independente.
1969: instituída a auditoria à emissão de debêntures.
1972: Resolução 220 do Banco Central.
1974: instituída a auditoria em supermercados.
1976: Resolução 366. Instituída a auditoria em instituições financeiras de renda fixa. Lei nº 6.404/76.
 
Condições para o exercício da função de auditor (Hilário Franco):
Condições relativas à pessoa do auditor:
                - Condições legais - deve ser contador de nível superior e registrado no CRC/CVM (quando auditar S.A)/CNAE;
               - Condições culturais - o auditor deve reconhecer que o ambiente não é favorável, tem de conhecer bem a língua portuguesa (para estudo e redação dos relatórios), além de possuir conhecimentos em: língua inglesa (para leitura de livros, revistas e publicações técnicas estrangeiras), matemática financeira, legislaçã comercial e fiscal, organização e administração de empresas, técnica bancária, economia e finanças empresariais, processamento de dados, fluxo de informações em sistemas complexos, técnica e política comercial, relações humanas e públicas (ouvir o auditado), sociologia, psicologia;
               - Condições técnicas - conhecimento no que se refere aos Princípios de Contabilidade e IFRS, sistemas contábeis, técnicas contábeis (auditoria e análise de balanço), planificação e organização contábil;
               - Condições intelectuais - inteligência, agilidade mental, opinião, força de vontade, independência mental, espírito analítico e observador, ser pesquisador, ser estudioso e ter sede de saber;
               - Condições de integração profissional - consciência da responsabilidade profissional, conduta exemplar, dignidade profissional, vivência na profissão, ambição de progresso profissional, amor à profissão e orgulho dela, independência profissional, filiação a entidades de sua classe, respeito à classe a que pertence, cooperação profissional com colegas;
               - Condições de educação e civismo - manter conduta respeitosa com colegas, clientes e funcionários, ser educado e compreensivo, tolerante (menos em assuntos morais e técnicos), habilidoso no trato, dotado de espírito público, respeitador dos direitos de terceiros, patriota e respeitador das leis e autoridades.
               - Condições morais - respeitabilidade, caráter ilibado, padrão moral elevado, justiça e imparcialidade, integridade, idoneidade, vida privada irrepreensível.
 
Condições relativas à ética profissional:
               - Não disputar clientes com os colegas - o auditor não deve: (1) fazer publicidade comercial de seu nome, (2) elogiar seus próprios serviços, (3) pleitear clientes de colegas, (4) oferecer comissão para agenciamento de serviços, (5) aviltar seus honorários para obter serviços, (6) fazer concorrência desleal;
               - Manter elevado padrão de serviço - executar o trabalho com seriedade e planejamento, não fazer concorrência desleal, obedecer as normas. O auditor, portanto, deve: (1) obedecer a normas e procedimentos de auditoria geralmente aceitos, (2) programar com cuidado os trabalhos a executar, (3) admitir somente assistentes e auxiliares capacitados e dar-lhes treinamento adequado, (4) fiscalizar os trabalhos desses assistentes e auxiliares; (5) somente aceitar trabalhos para os quais está habilitado tecnicamente ou que tenha possibilidade de executar; (6) buscar a perfeição em todos os trabalhos; (7) não exorbitar no âmbito de suas funções, (8) não assinar trabalhos executados por terceiros sem conferí-los;
               - Basear-se somente em elementos seguros de convicção (só pode afirmar coisas das quais esteja convicto) - verificar se o controle da entidade é confiável, se as existências físicas foram comprovadas (se houve inventário), se foram confirmados os débitos e créditos com funcionários. Assim, o auditor deve assegurar-se, em seus exames, de que: (1) foram obedecidos os princípios de contabilidade, (2) todos os registros estão devidamente comprovados, (3) os comprovantes são hábeis, (4) a legitimidade dos comprovantes foi confirmada por provas extracontábeis, quando necessário, (5) os controles internos merecem confiança, (6) recebeu dos responsáveis esclarecimentos satisfatórios sobre assuntos duvidosos, (7) as existências físicas foram confirmadas, (8) foi feita a confirmação de débitos e créditos de terceiros, (9) está correto o resultado apresentado;
               - Cobrar honorários justos -  valor de mercado que justifique o trabalho do auditor e pague também o risco;
               - Vínculo econômico com a empresa ou parentesco com diretores - não fazer a auditoria quando houver conflito de interesses;
               - Sigilo profisional;
               - Defesa de interesses pessoais - tem acesso privilegiado, não pode se valer disso para obter benefícios;
               - Consideração pela classe e pelos colegas;
               - Respeito ao código de ética.
 
Condições relativas à empresa auditada:
              - Escrituração clara e atualizada - sem balanço fechado não há auditoria;
              - Documentação devidamente arquivada;
              - Controles internos eficientes;
              - Auditor tem que ter liberdade funcional para agir - acesso a todas as áreas de interesse;
 
Condições materiais para o exercício da auditoria: 
             - Sala reservada vedada ao acesso de terceiros;
             - Local claro, arejado e confortável;
             - Mesas e arquivos;
             - Máquinas e equipanmentos (excel, notebook, material de escritório);
             - Honorários adequados e condizentes com o alto grau de responsabilidade da função.
 
Formas de auditoria
De acordo com a extensão do trabalho:
           1. Auditoria geral (auditoriaem todas as áreas da empresa): acautelar os interesses de acionistas e investidoores; controle administrativo; atendimento a exigências legais; avaliar a confiabilidade das Demonstrações Contábeis.
           2. Auditoria parcial ou específica (feita em apenas uma ou algumas demonstrações contábeis, com finalidade especial): pode servir para apurar a situação econômico-financeira da entidade; conferir custos; confirmar a existência de determinados valores patrimoniais; confirmar saldo de conta de terceiros; verificar o cumprimento de obrigações fiscais; verificar o atendimento à legislação societária; apurar desvios no patrimônio; determinar o valor real do patrimônio da sociedade.
           3. Revisão limitada (exames parciais, sem aplicação de todas as normas de auditoria): necessária quando há falta de tempo.
 
De acordo com a profundidade dos exames:
           1. Revisão integral: compreende o exame de todos os registros contábeis, bem como de todos os documentos e controles da entidade, equivalente a uma perícia, com o fim de descobrir erros ou fraudes nos registros, nos documentos ou nos controles.
           2. Auditoria de testes (amostragem - feita por testes calculados com base em amostragens): atentar para o nível da amostra, tem que dar confiança, o que varia de acordo com o controle interno; conhecimento do auditor sobre aquela empresa ou setor; relevância dos valores em relação ao todo; risco do auditor em relação ao trabalho.
           3. Revisão analítica: em caso de situação que levante dúvidas no auditor, ele pode "cavar" mais para saná-las.
 
De acordo com sua natureza:
           1. Auditoria Permanente: ocorre quando o auditor implementa o programa de visitas durante vários anos, o que pode ocorrer sem vínculo empregatício (auditor externo - faz um programa de visitas constantes, além de realizar seu trabalho durante vários anos, sem solução continuada) ou com vínculo empregatício (auditor interno). Vantagens da Auditoria Permanente para a empresa auditada: (a) o auditor faz uma só vez o levantamento do sistema de organização e controles internos da empresa, para a sua avaliação e consequente programação da auditoria. Se a empresa contrata esporadicamente auditores, cada um deles deve proceder, antecipadamente, esses levantamentos, onerando o custo do serviço. A atualização dos programas de auditoria, já executados anteriormente, é mais simples do que a eleboração de novos programas; (b) conhecidas as falhas e deficiências da organização e dos controles da empresa, o auditor não somente aponta essas anomalias, mas também tem interesse em sua regularização, para facilitar seu trabalho futuro; (c) a familiarização do auditor com a organização e as operações da empresa torna mais eficiente seu trabalho, o que reduz o tempo necessário para execução e, consequentemente, seu custo; (d) o fato de a empresa possuir auditor externo em caráter permanente, que se torna conhecedor de suas operações e seus problemas, permite ao auditor dar à empresa, também em caráter permanente, eficiente assessoramento em assuntos contábeis e fiscais. Vantagens da Auditoria Permanente para o auditor: (a) realiza os levantamentos prévios, para programação da auditoria, apenas uma vez, limitando-se a fazer modificações futuras no programa, somente em caso da alteração nas condições iniciais da organização e controles da empresa; (b) a familiarização com as operações, os controles e a organização da empresa simplificam seu trabalho, permitindo-lhe maior grau de segurança nos elementos de convicção que recolhe para julgamento; (c) a existência de cliente em caráter permanente facilita a programação dos trabalhos e permite a manutenção de equipe estável de assistentes e auxiliares; (d) o cliente permanente assegura ao auditor um rendimento certo, com o qual ele pode contar para atender às suas despesas fixas.
            2. Auditoria Continuada: a auditoria é continuada quando o programa de trabalho visa ao exeme permanente e contínuo das operações rregistradas e dos controles internos. A auditoria continuada traz para a empresa a vantagem de fiscalização constante, pelo auditor, cuja presença frequente na empresa pode auxiliar na solução de problemas contábeis que possam surgir. Além disso, erros ou irregularidades podem ser descobertos pouco tempo após sua ocorrência, impedindo sua repetição. Relativamente aos erros de natureza fiscal, sua correção imediata ou oportuna evita penalidades para a empresa.
            3. Auditoria Periódica: é feita normalmente a cada 3 meses, 6 meses ou 1 ano. Traz economia de tempo para o auditor, pois há contas e livros que exigem o mesmo trabalho, seja para o exame das operações de uma semana, seja de um ou de três meses. Traz, por outro lado, o inconveniente do acúmulo de trabalho nos períodos imediatamente anteriores e posteriores ao encerramento dos balanços das entidades, ao passo que na auditoria continuada o trabalho do auditor, para opinar sobre os balanços, se resume no acompanhamento da realização dos inventários, na confirmação de saldo de terceiros e no exame das operações de encerramento do exercício. Para a empresa, a auditoria periódica é, geralmente, menos onerosa do que a continuada. 
            4. Auditoria Eventual ou Específica: normalmente é realizada com um fim específico, não tem um caráter permanente. O auditor poderá ser chamado a executar a auditoria geral de apenas um exercício, sem programa de continuidade, mas apenas com o fim especial de opinar sobre a exatidão das contas e atos da gestão daquele período.
            5. Auditoria de Balanço com fim específico: acautelar interesses de acionistas e investidores, controle administrativo, concessão de crédito, atender a exigências legais, apurar o valor real do patrimônio líquido da entidade.
 
De acordo com os fins a que se destina:
           1. Auditoria para acautelar interesses de acionistas e investidores: acalmar interesses divergentes.
           2. Auditoria para controle administrativo: ajudar a administração a ter informações sobre a gestão que ela está implementando, apontar falhas, sugerir mudanças. Enfim, ajudar a administração a desempenhar seu trabalho.
           3. Auditoria para apurar erros e fraudes: a auditoria específica para apurar erros e fraudes é aquele contratada por empresas que não mantêm auditores e que os procuram somente nos momentos em que o erro ou a fraude se manifesta. A auditoria, quando objetiva a apuração de erros e fraudes, geralmente inclui revisão integral dos registros contábeis e dos documentos relativos à conta examinada.
           4. Auditoria para concessão de crédito: exigida quando há a necessidade de prestação de contas mais acurada/confiável. Normalmente é o financiador em perspectiva que a exige, pois deseja conhecer a realidade do estado econômico e financeiro da empresa para a qual vai conceder crédito.
           5. Auditoria para apurar o valor real do patrimônio da empresa: conferir e confirmar a existência de bens; corrigir o balanço patrimonial, substituindo o valor histórico pelo fair value; avaliar os valores intangíveis. Esse trabalho geralmente se destina à determinação do valor do patrimônio líquido para efeito de: retirada ou admissão de sócio ou acionista; colocação de ações no mercado, com ágio; venda da empresa, ou de seu controle acionário; fusão com outra empresa; incorporação a outra empresa; absorção por outra empresa; cisão da sociedade; liquidação da sociedade.
           6. Auditoria para cumprimento de obrigações fiscais: poderá ocorrer a hipótese de a empresa solicitar auditoria parcial e específica para apurar o cumprimento de determinada obrigação fiscal, como é o caso do imposto de renda. A auditoria pode destinar-se também à apuração do valor de impostos em atraso, ou de impostos pagos indevidamente, para efeito de pedido de restituição do indébito.
           7. Auditoria para atender exigências legais: Lei 11.638/07.
           8. Auditoriapara confirmar a exatidão das demonstrações contábeis.
 
De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada:
          1. Auditoria Externa: prestada por um funcionário externo à empresa auditada. Se preocupa com os controles internos naquilo que possa afetar as demonstrações contábeis. Emite parecer de auditoria.
           2. Auditoria Interna: normalmente não emite parecer de auditoria. Também se preocupa com os controles internos. Normalmente o auditor interno fica o ano inteiro por conta da empresa, de modo que podem programar uma auditoria geral e contínua, com revisão integral de todos os registros contábeis e verificações periódicas das existências físicas  - estoques, títulos, dinheiro, ativo fixo, etc. A desvantagem da auditoria interna é o risco de que os funcionários do departamento de auditoria sejam envolvidos pela rotina de trabalho e só examinem aquilo que lhes é oferecido para exame. Além disso, os laços de amizade e coleguismo que podem advir entre funcionários desse departamento e dos demais setores da empresa poderão provocar um arrefecimento no rigor dos controles e na fiscalização dos serviços.
Planejamento de Auditoria
O planejamento adequado pressupõe a formulação do programa de auditoria (ou programa de trabalho). São objetivos do programa de trabalho: planejar adequadamente a auditoria, para que se realize mais tarefas em menos tempo; obter conhecimento seguro da posição patrimonial e financeira do cliente; obter maior colaboração e assistência por parte do pessoal do cliente; detectar logo de início eventuais problemas relacionados com a contabilidade, impostos ou demais áreas; prever problemas em potencial sobre os programas de desenvolvimento da empresa (investimento ruim); identificar áreas prioritárias às quais o auditor deve dedicar mais tempo. O planejamento deve considerar os esforços empregados na análise dos papéis preparados pelo cliente (documentos, levantamentos); número de colunas necessárias para os testes e anotações de observações (bem escrito e claro).
  
Procedimentos de Auditoria
Quando tiver examinando por amostragem, fazer a estratificação da amostra: definir quais operações são de grande vulto, médio vulto ou baixo vulto;
Deve examinar as demonstrações contábeis, o parecer e o relatório do ano anterior;
Examinar mudanças na legislação;
Examinar os mais recentes relatórios levantados pela empresa;
Revisar os papéis de trabalho do ano anterior (familiarização);
Obter cópias das atas de reuniões;
Ler os relatórios de auditoria interna, se existirem;
Verificar mudanças no sistema de processamento de informações;
Inspecionar as condições de funcionamento do cliente;
Considerar efeitos de pronunciamentos de órgãos de regulamentação;
Pedir à Gerência da empresa assistência e colaboração por parte do pessoal desta;
Elaborar uma relação de procedimentos e análises que deverão ser preparados pelo cliente em data oportuna;
Discutir com a direção da empresa pontos que ela gostaria que fossem mais bem vistoriados;
Efetuar todos os procedimentos possíveis e, quando não for possível, explicar porquê;
Verificar se os saldos iniciais das Demonstrações Contábeis são os mesmos finais das demonstrações anteriores;
Somar as Demonstrações e conferir os saldos;
Preparar o relatório de comentários mencionando as falhas reincidentes;
Propor os ajustes contábeis que se fizerem necessários;
Remontar as Demonstrações Contábeis já devidamente ajustadas;
Emitir o parecer de auditoria.
  
Técnicas utilizadas na auditoria:
Circularização ou confirmação externa: (premissa: a informação obtida de fonte externa oferece ao auditor maior grau de confiança do que a verificação efetuada na própria empresa): consiste em fazer com que o cliente expeça cartas dirigidas a empresas ou a pessoas com as quais mantém relações de negócios (bancos, fornecedores, clientes, prestadores de serviço) solicitando que confirmem, em carta diretamente dirigida ao auditor, qual a situação desses negócios, em data determinada. As cartas são escritas e assinadas pela empresa, mas as respostas devem ser endereçadas ao auditor. O auditor deve diligenciar para que, após a feitura das cartas, seu cliente não tenha ingerência sobre as mesmas. A expedição, portanto, deve ficar sob a supervisão do próprio auditor, para assegurar-se que as cartas foram remetidas. As respostas deverão ir para o endereço do auditor, evitando a interferência de seu cliente. Nem todas as cartas enviadas obtêm resposta, nesse caso, a presunção é de que o destinatário não teria nada a contestar. Circularização Positivo Preto - informa o saldo e pede confirmação; Circularização Positivo Branco - o auditor pergunta o saldo que a empresa A tem na conta da empresa B; Circularização Negativa - informa e pede resposta se a empresa circularizada discordar.
Inspeção física ou contagem física ou inventário físico: auditor participa in loco do levantamento da situação (exemplos de áreas que podem sofrer inspeção física: caixa, estoques, investimentos, ativo imobilizado, duplicatas a receber ou a pagar e demais documentos de bens e direitos a receber ou obrigações a pagar. 
Exame dos documentos originais: checar se a documentação é fidedigna, se está de acordo com o objetivo social da empresa, se as transações foram aprovadas por quem tem poder para tal, se elas foram corretamente contabilizadas. Quando o auditor realizar o exame dos documentos originais, deve ter sempre em mente: (1) autenticidade: poder de discernimento para verificar se a documentação examinada é fidedigna e merece fé; (2) normalidade: determinação de que a transação realizada é adequada em função da atividade da empresa; (3) aprovação: verificação de que a transação e a documentação-suporte foram efetivamente aprovadas por pessoas em níveis adequados e responsáveis; (4) registro: comprovação de que o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e está refletida contabilmente em contas apropriadas. Exemplos de procedimentos de auditoria de exame dos documentos originais: documentação de aquisição de matérias-primas, documentação de aquisição de itens do imobilizado, documentação de vendas realizadas, documentação de serviços adquiridos ou vendidos, documentação de requisição de matérias-primas à produção, documentação de apontamento de mão-de-obra direta, documentação de contratos de empréstimos obtidos.
Conferência de cálculos: cabe ao auditor conferir, com a profundidade que seu bom-senso e acuidade recomendarem, somas e cálculos constantes de livros e papéis que lhe apresentarem. Isso deve ser estendido às parcelas do inventário, aos cálculos de depreciação e amortização, aos cáculos de despesas financeiras, ou seguros a vencer e outras do gênero. Sem esquecer que as próprias demonstrações contábeis - balancetes, balanços, resultados, fluxo de caixa - também devem ser rigorosamente conferidas. Exemplos de procedimentos de auditoria de conferência de cálculos: cálculo da listagem de estoque, soma do razão auxiliar de clientes/fornecedores, soma do diário auxiliar de clientes/fornecedores, cálculo da equivalência patrimonial sobre os investimentos, cálculo dos dividendos a distribuir aos acionistas, cálculo da depreciação dos bens do imobilizado, cálculo da variação cambial sobre empréstimos, cálculo dos juros a receber/pagar.
Exame da escrituração: pega a documentação e verifica se é hábil/válida. Confere se foi de fato escriturada e se foi ecriturada corretamente (ex: conciliação bancária, análise de adiantamento de despesas, composição do saldo de importações em trânsito).
Investigação minunciosa: nada mais é que o exame em profundidade da matéria auditada, que pode ser um documento, uma análise, uma informação obtida, entre outras. Quando essa técnica é colocada em prática, tem por objetivo certificar que o objetivo auditado, no momento, realmente é fidedigno, devendo o auditor, para tanto, ter os conhecimentos necessários para detectara existência de quaisquer anomalias. Exemplos de procedimentos de auditoria de investigação minunciosa: investigaão de despesas de viagem, despesas de manutenção e reparo, exame minuncioso de pagamentos realizados
Inquérito: geralmente acontece depois do fato consumado. O inquérito consiste na formulação de perguntas e obtenção de respostas satisfatórias. É um dos procedimentos de auditoria de grande valia, desde que corretamente aplicado, uma vez que a formulação de perguntas tolas merece, consequentemente, respostas tolas. O principal objetivo do inquérito é obter informações necessárias ao andamento do trabalho do auditor. À medida que se quer aprofundar no assunto, deve-se ouvir o pessoal entrevistado, sobretudo, evidentemente, se suas informações contribuem para o trabalho proposto. Exemplos de procedimentos de auditoria de inquérito: inquérito sobre a existência ou sumiço de matéria-prima e/ou equipamentos, inquérito acerca do aumento de vendas no período, inquérito sobre a posição dos investimentos, inquérito sobre a existência de materiais de movimentação morosa ou obsoletos, inquérito sobre a existência de duplicatas a receber em atraso, inquérito sobre os controles internos existentes.
Exame de registros auxiliares e fiscais: o auditor deve fazer o cruzamento da escrituração do livro auxiliar com a conta principal. Geralmente, há necessidade de conciliação, principalmente quando a conta é muito movimentada, mas as conciliações devem ser exigidas, para que não permaneçam dúvidas. Os livros fiscais, confrontados com a escrituração contábil, permitem julgar a regularidade de alguns saldos. Além disso, servem como guia para avaliar a possibilidade da existência de autos de infração, cujo mérito deverá ser analisado antes de decidir sobre a necessidade da formação de provisão para atender a eventual decisão desfavorável.
Correlação das informações obtidas: nada mais é do que o relacionamento harmônico do sistema contábil de partidas dobradas. Exemplos de procedimentos de auditoria de correlação das informações obtidas: recebimento de duplicatas a receber, que afetam as disponibilidades e contas a receber; pagamentos a fornecedores, que afetam contas a pagar e o disponível; constituição da provisão para crédito de liquidação duvidosa, que afeta o resultado e as contas a receber; depreciação do imobilizado, que afeta o resultado e as depreciações acumuladas.
Observação: é técnica indispensável da auditoria. Pode revelar erros, problemas ou deficiências através do exame, e é uma técnica dependente da argúcia, dos conhecimentos e da experiência do auditor, que, colocada em prática, possibilitará que sejam identificados quaisquer problemas no item em exame. Exemplos de procedimentos de auditoria de observação: observação de despesas consideradas como disponível, observação de itens de movimentação morosa ou obsoletos durante a contagem dos estoques, observação quanto à uniformidade de obediência aos princípios de contabilidade, observação quanto à correta classificação contábil, observação de passivos ocultos.
 
Papel de trabalho:
Conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações, as quais constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião.
Conjunto de provas que vão sustentar as informações que o auditor irá apresentar em seu relatório.
Finalidade: servir de base ou sustentáculo da opinião do auditor na medida em que evidencia o trabalho executado, a sua forma de execução e as conclusões a que chegou.
Cada papel tem que ser elaborado visando a conta analisada.
Não existe um rígido padrão para a montagem do papel de trabalho, mas é importante que este seja entendível para outra pessoa. Tem que ser autoexplicativo.
Papéis de trabalho utilizados na última visita servem de base para a montagem dos novos papéis e trazem informações que podem ser úteis nas novas visitas (ex: falhas do passado).
Os papéis de trabalho não têm, necessariamente, que ser expostos ao pessoal do cliente.
Os papéis de trabalho servem de referência e apoio nas críticas construtivas que o auditor fará.
 
Características de uma correta elaboração dos papéis de trabalho:
Concisão: os papéis precisam ser concisos, de forma que todos entendam sem ser necessária a presença de quem os preparou. A concisão determina a clareza e a auto-suficiência. A preparação dos papéis de trabalho deve levar em conta a possibilidade de qualquer pessoa vir a revisá-los, inclusive as que não tiveram nenhuma ligação direta com a atividade, mas compreendem seu conteúdo sem explicações verbais adicionais.
Objetividade: os papéis de trabalho necessitam ser objetivos e demonstrar os caminhos trilhados pelo auditor para a condução de seus intentos. O auditor precisa aprender a registrar apenas os pontos materiais vitais para o entendimento. Ser objetivo não significa ser por demais sucinto, mas registrar a quantidade e a qualidade certa.
Limpeza: aos papéis de trabalho é necessário esmero na sua preparação, eliminando-se todas e quaisquer imperfeições e incorreções.
Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados segundo o raciocínio lógico, apresentando a sequência natural dos fatos e o objetivo a ser atingido.
Completabilidade: os papéis de trabalho necessitam ser completos por sí só. Eles precisam relatar o começo, meio e fim do trabalho praticado.

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