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01_Gestão de controle interno

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
GESTÃO DE CONTROLE INTERNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
GESTÃO DE CONTROLE INTERNO 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
MODULO I 
1 BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE E DO CONTROLE INTERNO 
1.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE 
2 CONCEITO E A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 
2.1 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO 
2.1.1 Interpretação do Conceito de Controle Interno 
2.2 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 
2.3 IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
3 OBJETIVOS BÁSICOS DO CONTROLE INTERNO 
4 TIPOS DE CONTROLE INTERNO 
4.1 CONTROLES CONTÁBEIS 
4.2 CONTROLES ADMINISTRATIVOS 
4.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CONTROLES CONTÁBEIS 
4.3.1 Responsabilidade 
4.3.2 Rotinas Internas 
4.3.3 Acesso aos Ativos 
4.3.4 Segregação de Funções 
4.3.5 Confronto dos Ativos com os Registros 
4.3.6 Amarração do Sistema 
4.3.7 Auditoria Interna 
4.3.8 Custo do Controle x Benefícios 
4.3.9 Limitações do Controle Interno 
4.4 CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS 
4.5 CATEGORIAS DE CONTROLES INTERNOS 
4.5.1 Controles Organizacionais 
4.5.2 Controle do Sistema de Informações 
4.5.3 Controles e Documentação de Procedimentos 
4.5.4 Autorização e Aprovação 
4.5.5 Acesso aos Ativos 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
4.5.5.1 Medidas físicas de proteção 
4.5.5.2 Medidas de proteção intrínsecas 
5 FUNÇÃO DO CONTROLE INTERNO COMO UMA FERRAMENTA DE GESTÃO 
 
 
MÓDULO II 
6 AS PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO CONTROLE INTERNO E SUAS 
CONSEQUÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS OU PÚBLICAS 
6.1 CONSEQUÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS OU PÚBLICAS 
7 COMO ESTRUTURAR E IMPLANTAR O CONTROLE INTERNO NAS 
ORGANIZAÇÕES 
7.1 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO OU REVISÃO DE UM SISTEMA DE 
CONTROLES 
7.2 RAZÕES E PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE 
CONTROLE INTERNO 
8 COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO 
8.1 AVALIAÇÃO DE RISCO 
8.2 AMBIENTE DO CONTROLE 
8.3 ATIVIDADES DE CONTROLE 
8.4 INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
8.5 MONITORAMENTO 
9 MODELOS DE FERRAMENTAS DE CONTROLE INTERNOS PARA A 
MELHORIA DA GESTÃO. 
9.1 CONTROLE INTERNO CONTAS A PAGAR 
9.2 CONTROLE INTERNO CONTAS A RECEBER 
9.3 CONTROLE INTERNO SETOR DE ESTOQUE 
9.4 CONTROLE INTERNO CAIXA E BANCOS 
10 COMO ASSEGURAR UM ELEVADO GRAU DE CONFIABILIDADE NO 
CONTROLE INTERNO 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
11 AUDITORIA NO CONTROLE INTERNO 
11.1 CONCEITO DE AUDITORIA 
11.1.1 Auditoria Interna 
11.1.2 Auditoria Externa 
11.2 CONTROLE INTERNO E AUDITORIA 
11.3 VANTAGENS DOS CONTROLES INTERNOS PARA AUDITORIA INTERNA 
12 CONTROLE INTERNO NA GESTÃO PÚBLICA 
12.1 CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
12.2 ÓRGÃOS DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO 
12.2.1 Tribunal de Contas da União (TCU) 
12.2.2 Controladoria Geral da União 
12.2.3 Outros Órgãos de Controle 
13 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
14 RELAÇÃO DO CONTROLE INTERNO E CONTROLE EXTERNO 
15 TECNOLOGIA UTILIZADA NOS CONTROLES INTERNOS. 
15.1 CONTROLE INTERNO E SISTEMA DE PROCEDIMENTO ELETRÔNICO DE 
DADOS 
15.2 PROGRAMAS DE COMPUTADOR 
15.3 PROCEDIMENTOS DE ENTRADA 
15.4 PROCESSAMENTO 
15.5 MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO 
15.6 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
15.7 CONTROLES GERAIS DE COMPUTADORES 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
MÓDULO I 
 
 
1 BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE E DO CONTROLE INTERNO 
 
 
FIGURA 1 – CONTABILIDADE E CONTROLE 
 
FONTE: Disponível em: <http://blog.dominusauditoria.com.br/auditoria-2/entendendo-o-
papel-do-controle-interno-na-administracao-de-erros-e-riscos>. Acesso em: 26 jul. 2013. 
 
 
Nos primeiros tempos da humanidade havia apenas o senso coletivo em 
tribos primitivas. O estabelecimento de um habitat permitiu a organização da 
agricultura e do pastoreio, mas com o passar dos anos surgiu às divisões e o senso 
de propriedade, em que cada pessoa criava sua riqueza individual. 
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas 
passado como herança aos filhos ou parentes, assim essa herança recebida 
denominava-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, 
mesmo que estes não tivessem sido herdados. 
A origem da contabilidade está ligada a necessidade de registros do 
comércio. Há indícios que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. Mas 
essa prática não era somente deles, e sim exercida nas principais cidades da 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes requeria o 
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. 
Na época as trocas e vendas eram feitas com registros simples, mas as cobranças 
de impostos já eram feitas com escritas, embora rudimentares. 
Naquela época ainda não existia os créditos, pois essas trocas, compras e 
vendas eram feitas somente à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de 
árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. Mas com o desenvolvimento 
do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou 
extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. 
Assim, à medida que as operações econômicas se tornavam complexas, o 
seu controle passou a ser muito importante. As escritas governamentais da 
República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e 
lucros, as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. No 
período medieval, muitas inovações na contabilidade foram introduzidas por 
governos locais e pela igreja. Mas foi somente na Itália que surgiu o termo 
Contabilitá. 
A obra do Frei Luca Paccioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que 
viveu na Toscana, no século XV, marcou o início da fase moderna da Contabilidade. 
Essa obra sistematizou a contabilidade e abriu precedentes para que novas obras 
pudessem ser escritas sobre o assunto. 
 
FIGURA 2 – FREI LUCA PACCIOLI 
 
FONTE: Disponível em: <http://elassaocontabilistas.blogspot.com.br/2012/12/periodo-
moderno-luca-pacioli.html>. Acesso em: 26 jul. 2013. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
 
 
A formalização da contabilidade ocorreu na Itália, pois foi neste período que 
se instaurou a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos 
do comércio mundial. 
Pois foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da contabilidade 
por um indivíduo qualquer, o governo reconhecia como contadores somente as 
pessoas qualificadas para o exercício da profissão. 
Aqui no Brasil, com a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a 
atividade colonial, exigindo, devido ao aumento dos gastos públicos e também da 
renda nos Estados, um melhor aparato fiscal. Constituindo-se o Erário Régio ou o 
Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As 
Tesourarias de Fazenda nas provínciaseram compostas por um inspetor, um 
contador e um procurador fiscal, que eram responsáveis por toda à arrecadação, 
distribuição e administração financeira e fiscal. 
Conforme Slomski (2007), contabilidade pode ser dividida em dois períodos: 
o da contabilidade primitiva e o da moderna contemporânea. 
 
- Contabilidade primitiva: este período é entendido como o que vai dos 
primórdios até o ano de 1202 da era cristã. Slomski (2007, p. 3) descreve que 
Francisco D`Áuria, em seus Primeiros princípios de contabilidade pura (1949) relata: 
Os primeiros núcleos humanos organizaram-se em sociedade e 
estabeleceram normas de viver em conjunto; estabeleceram-se comunicações entre 
os agrupamentos; criou-se a medida das coisas e o seu valor na troca; apareceu a 
moeda e o crédito; formou-se o fato econômico. 
Com isso, verifica-se que as formas de medir, controlar e a contabilidade 
nasceram há milênios e formam uma parceria indispensável para a gestão das 
empresas. 
O controle interno surgiu da necessidade das empresas controlar seus 
ativos, passivos, despesas e receitas. 
Por meio do controle interno as pessoas começaram a ter controle do que 
realmente ganhavam e gastavam. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
- Contabilidade moderna contemporânea: Segundo Slomski (2007), a 
aritmética foi fundamental para esse período. Leonardo Pisano, “o Fibonacci”, no 
ano de 1202, com seu Líber Abaci ou Livro de Ábaco introduz no ocidente o sistema 
numérico indo-arábico de zero a nove, tendo nesse período quase três séculos de 
atraso em comparação ao oriente. 
Não era um livro que tratava apenas de teoria, mas sim ilustrou outras 
possibilidades que envolviam a contabilidade comercial, tais como a margem de 
lucro, o câmbio de moedas, conversões de pesos e medidas e até cálculo de 
pagamento de juros, (SLOMSKI, 2007). 
No ano de 1299, a Igreja considerou heresia o emprego do sistema 
numérico arábico, sendo sua utilização banida em Florença. Vale ressaltar que este 
sistema substituía os sistemas hebraicos, gregos e romanos e atraía adeptos 
italianos e do resto da Europa (SLOMSKI, 2007). 
Nos séculos XIII e XIV em diversos centros de comércio no norte da Itália 
começaram a surgir sistemas de escrituração por partidas dobradas, sendo 
constatado o primeiro registro de um deles completo, relatando o ano de 1340 nos 
arquivos municipais da cidade de Gênova, Itália, (HENDRIKSEN; VANBREDA, 1999 
apud SLOMSKI, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A menos que acredite em si mesmo, nada fará; este é o caminho do 
sucesso.” 
 Jonh D. Rockfeller Jr. 
Vídeo 
O que é a contabilidade 
FONTE: Disponível em: <http://migre.me/fBl88>. Acesso em: 26 jul. 2013 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
1.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE 
 
 
A contabilidade pode ser entendida como sendo a ciência que estuda, 
controla, observa, registra e informa os fatos e acontecimentos patrimoniais das 
organizações. 
Sem a contabilidade não seria possível saber com exatidão a situação 
financeira e patrimonial de uma organização. 
Pois a contabilidade é um instrumento de grande importância, segundo 
Barros (2002): A contabilidade pode ser definida como uma ciência social que 
estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da 
Administração e da Economia, mais especificamente, trata-se do estudo e do 
controle do patrimônio das entidades (empresas, organizações). Sendo feito por 
meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos 
resultados produzidos. 
A contabilidade é necessária para toda e qualquer empresa independente do 
ramo de atividade, seguimento e da sua forma de tributação. 
Segundo Attie (2011), a contabilidade é o instrumento de medição e 
avaliação do patrimônio e dos resultados alcançados pela administração da 
empresa. 
A contabilidade possui objeto próprio, ou seja, o Patrimônio das Entidades 
consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de 
generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo muito parecido com 
as outras ciências sociais, (ATTIE, 2011). 
 
 
2 CONCEITO E A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 
 
 
2.1 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
Por controle interno pode ser entendido todos os instrumentos da 
organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que 
permitam prever, observar dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam 
dentro da empresa que produzam reflexos no seu patrimônio, (FRANCO e MARRA, 
1995). 
O instituto Americano de Contadores Públicos Certificados define: 
 
 
“O Controle Interno compreende o plano de organização e todos os 
métodos e medidas adotadas na empresa para salvaguardar seus ativos, 
verificar a exatidão e fidelidade de dados contábeis, desenvolver a eficiência 
nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas 
prescritas”, (CREPALDI, 2004, p. 10). 
 
 
Sendo assim se entende que as empresas necessitam do controle interno 
para uma melhor gestão de seu patrimônio, bens e direitos e obrigações, sem o 
controle interno isso não será possível saber com exatidão a real situação da 
empresa. 
Conforme Cruz e Glock (2007), o controle interno pode ser descrito como a 
“conjunção de todos os procedimentos de controles exercidos de forma isolada ou 
sistêmica no âmbito de uma organização, contrapondo-se ao termo controle 
externo”. 
O controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos 
responsáveis da empresa, administração e outros funcionários fornecendo a 
segurança razoável quanto a realização dos objetivos da empresa no que se refere 
à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações 
efetuadas, (RIBEIRO e RIBEIRO, 2011). 
O controle interno pode ser como um processo pelo qual a alta 
administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está 
atingindo de conformidade com os seus planos e políticas traçados pelos donos de 
capital e pela própria administração. 
 
 
2.1.1 Interpretação do Conceito de Controle Interno 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
 
Para que o conceito de controle interno seja realmente compreendido, deve 
ser examinado quanto ao seu real significado, com base nos conceitos 
estabelecidos pelo Instituto Americano de Contadores Públicos, mencionado 
anteriormente, e também por meio dos conhecimentos da administração, (ATTIE, 
2011). 
O controle tem significado e importância quando tem um objetivo definido, 
seja administrativo ou gerencial. Então se pode observar a existência de fatores que 
necessitam ser expostos, conforme Attie, (2011): 
 
 Plano de organização é a maneira como se organiza um sistema de 
controle, a estrutura organizacional necessita corresponder a uma divisão, 
adequada e balanceada de trabalho, de uma maneira que sejam estabelecidas 
as relações de autoridade e responsabilidade entre os vários níveis, pelas 
parcelas de trabalho exigidas para alcançar os objetivos da empresa, e de 
maneira que sejam definidas, claramente, as responsabilidades e autoridades 
dos diversos níveis da empresa. 
 
 Métodos e medidas estabelecem os caminhos e os meios de 
comparação e julgamento para se chegar a determinado fim, mesmo que não 
tenham sido estabelecidos formalmente. O planejamento de um sistema, além de 
resultar em um sistema eficiente, prático, econômico e útil, deve se levar em 
conta a definição de procedimentos especificamente destinados para promover o 
controlesobre as operações e as atividades de preferência formalizadas por 
meio de manuais da empresa; 
 
 Proteção do patrimônio compreende a forma pela qual são 
salvaguardados os bens e direitos da empresa. A definição e estabelecimento de 
independência das funções de execução operacional, possibilitando salvaguardar 
os interesses da empresa; 
 
 Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis correspondem à 
adequada precisão e observância aos elementos dispostos na contabilidade. A 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
classificação dos dados da empresa em uma estrutura formal de contas, com um 
plano de contas que facilite o seu registro, preparação e contabilização em tempo 
hábil, a utilização de um manual descritivo do uso das contas, possibilitando a 
análise, a conciliação e a solução de divergência que possam ocorrer são 
elementos significativos para a expressão da fiel escrituração contábil; 
 
 Eficiência operacional compreende a ação ou força a ser posta em 
prática nas operações realizadas pela empresa. Um plano de organização 
adequado com métodos e procedimentos bem definidos, assim como a 
observação de normas salutares no cumprimento dos deveres e funções com 
pessoal qualificado, tendem a implementar a desejada eficiência nas operações; 
 
 Políticas administrativas compreendem o sistema de regras relativas à 
direção dos negócios e à prática dos princípios, normas e funções para a 
obtenção de determinado resultado. As políticas representam as guias de 
raciocínio, planejadas para a tomada de decisões em níveis inferiores e 
aplicáveis às situações repetitivas, de forma a canalizar as decisões para o 
objetivo, que afetam tanto o comportamento da organização (política estratégica) 
quanto a regras de trabalho (políticas operacionais). 
 
Todos os fatores citados anteriormente são de grande importância para um 
adequado sistema de controle interno. 
Então se pode atestar que o controle interno compreende todos os meios 
planejados em uma empresa para dirigir, restringir, governar e conferir várias 
atividades com o propósito de atingir os objetivos da empresa. 
 
 
2.2 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 
 
 
A importância do controle interno pode ser entendida a partir do momento 
em que se verifica que é ele que pode garantir à continuidade do fluxo de operações 
com as quais convivem as empresas, assim a contabilidade dos resultados gerados 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
por tal fluxo assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para 
a tomada e decisões, (CREPALDI, 2004). 
Entende-se então que todas as empresas que têm controle interno 
adequado podem ter com exatidão as informações necessárias para uma melhor 
gestão, auxiliando os administradores no aperfeiçoamento as operações em busca 
dos objetivos a serem atingidos, aprimorando a eficiência dos processos produtivos 
com redução de custos e melhoria na qualidade dos produtos e serviços, tornando a 
empresa cada vez mais competitiva no mercado. 
Em uma organização o controle interno representa os procedimentos ou 
rotinas cujos objetivos são proteger os ativos, produzir os dados contábeis confiáveis 
e ajudar na condução ordenada dos negócios da empresa, representando os 
controles contábeis e administrativos de maneira clara e prática. 
Pois o controle interno gira em torno dos aspectos administrativos, que 
influencia diretamente sobre os aspectos contábeis, assim é preciso considerá-los 
conjuntamente para determinar um aspecto de controle interno adequado, 
(CREPALDI, 2004). 
Dessa forma, as organizações devem manter um sistema de controle interno 
eficiente que possibilite a detecção de eventuais falhas, erros ou fraudes, para que 
sejam tomadas as providências cabíveis, evitando prejuízos à empresa, (RIBEIRO e 
RIBEIRO, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 
2.3 IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
 
 
FIGURA 3 – REUNIÃO DE CONTROLE 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.nardonnasi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20&Itemid=33&lang=
br>. Acesso: 26 jul. 2013. 
 
 
A importância dos sistemas contábil e de controles internos pode ser 
resumida conforme Oliveira; Perez Jr. e Silva (2002), considerando os seguintes 
fatores: 
 
 Tamanho e complexidade da organização: Quanto maior a empresa, 
normalmente é mais complexa a organização estrutural. Para controlar as 
operações eficientemente, a administração necessita de relatórios e análises 
corretas, que reflitam a situação real das transações da empresa; 
 
 Responsabilidades: A responsabilidade pela salvaguarda dos ativos 
da empresa e pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes é da 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
administração. A manutenção de um sistema de controle interno adequado é 
indispensável para que as responsabilidades sejam executadas corretamente; 
 
 Caráter preventivo: Um sistema de controle interno que funcione 
adequadamente constitui a melhor proteção para a empresa, contra fraquezas 
humanas. As rotinas de verificação e revisão são características importantes de um 
bom controle interno, pois atuam reduzindo a possibilidade de erros ou tentativas 
fraudulentas que permanecem por muito tempo escondidos, permitindo à 
administração ter maior confiança, nas informações e demais dados gerados pelo 
sistema. 
A importância desses sistemas para uma empresa é que o controle pode ser 
entendido como a última etapa de um processo administrativo. Conforme Oliveira; 
Perez Jr. E Silva (2002), essa etapa consistiria em: 
 
 Comparar a realidade com o previsto; 
 Identificar os desvios se houver; 
 Analisar as causas desses desvios; e 
 Implantar medidas corretivas que visam garantir a continuidade e a 
integridade da empresa. 
 
Esses sistemas são compostos de três principais etapas: 
 
 A previsão das tarefas – fase do planejamento e da programação; 
 A execução dessas tarefas – fase da operacionalização ou execução; e 
 A mensuração – fase de análise e avaliação dos resultados obtidos ou 
do controle propriamente dito. 
 
A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é 
reconhecido unanimemente. Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado 
em eficiente controle interno pode ser inútil, pois não é possível confiar nas 
informações contidas nos relatórios. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
 
3 OBJETIVOS BÁSICOS DO CONTROLE INTERNO 
 
 
O controle interno tem como objetivo geral assegurar que não ocorram erros 
potenciais, ou seja, a não ocorrência de erros graves que prejudiquem a empresa. 
Alguns autores definem que o controle interno tem quatro objetivos, já outros 
apresentam mais de quatro. 
A seguir algumas definições quanto aos objetivos do controle interno, tanto 
em empresas públicas ou privadas. 
Peter e Machado (2003) destacam sete objetivos específicos a serem 
atingidos pelo controle interno: 
 
 Observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e 
regimentos; 
 Assegurar, que nas informações contábeis, financeiras, administrativas 
e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade. 
 Prevenir antecipadamente o acontecimento de erros, desperdícios, 
abusos, práticas antieconômicas e fraudes. 
 Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter 
administrativo e operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos; 
 Salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto a sua boa e regular 
utilização assegurando a legitimidade do passivo; 
 Permitira implementação de programas, projetos, atividades, sistemas 
e operações, visando à eficiência, eficácia e economia de recursos; e 
 Assegurar aderência às diretrizes, planos, normas e procedimentos da 
empresa. 
 
Conforme os autores Attie (2001) e Crepaldi (2004) o controle interno tem 
quatro objetivos básicos: 
 
 A salvaguarda dos interesses da empresa; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, 
financeiros e operacionais; 
 O estímulo à eficiência operacional; e 
 A aderência às políticas existentes. 
 
 
a) Salvaguarda dos interesses - Refere-se à proteção do patrimônio da 
empresa contra qualquer tipo de perdas ou riscos devido a erros ou 
irregularidades. Mas para isso é necessário que a empresa dê o suporte 
necessário para que o trabalho possa ser realizado. 
Os principais meios necessários para dar suporte à salvaguarda dos 
interesses da empresa são os seguintes: 
 
*Segregação de funções: Consiste no estabelecimento da independência 
entre as funções de execução operacional, custódia física e contabilização, ou seja, 
a mesma pessoa não pode ter acesso aos ativos e ao mesmo tempo aos registros 
contábeis, pois essas funções são incompatíveis em um sistema de controle interno 
adequado. Pois uma única pessoa não pode ser responsável por todas as fases pela 
qual passa uma operação. Cada operação deve ser independente dentro da 
empresa para que o controle interno funcione. 
 
*Sistema de autorização e aprovação: É o controle das operações de 
métodos de aprovações, conforme as responsabilidades e os riscos envolvidos. 
Sempre que possível à empresa deve ter uma pessoa que autoriza e outra que 
aprova para não expor a risco os interesses da empresa. Isso quer dizer que o 
funcionário que autoriza algum procedimento não pode ser o mesmo que aprova, 
pois se acontecer de o mesmo fazer as duas operações poderá ocorrer falhas, erros 
ou até mesmo fraudes, e a empresa nem ficará sabendo. 
 
*Determinação de Funções e Responsabilidades: Determina claramente 
as funções e responsabilidades de cada funcionário, preferencialmente por escrito, 
para que não haja duvidas. Um organograma bem claro pode definir a 
responsabilidade de cada setor e de cada funcionário; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
*Rotação de Funcionário: É a troca do funcionário de setor ou de função, 
pois pelo rodízio de funcionários pode-se diminuir o risco de fraudes e erros, e ainda 
possibilita novas ideias para o trabalho e para as funções. 
 
*Carta Fiança: É determinada aos funcionários que lidam com valores a 
responsabilidade pela custódia de bens e valores, protegendo a empresa e 
dissuadindo, psicologicamente, os funcionários em tentação, podendo ainda se 
utilizar do seguro fidelidade, isoladamente ou conjuntamente com a carta fiança. 
 
*Manutenção de contas de controle: Indica a exatidão dos saldos das 
contas detalhadas, normalmente controladas por outros funcionários, permitindo 
assim a confrontação entre os saldos detalhados e o saldo sintético, e a aplicação 
de procedimentos que comprovem a exatidão dos registros. 
 
*Seguro: Compreende a manutenção de apólice de seguros, a valores 
adequados de reposição, dos bens, valores e riscos que a empresa está sujeita a 
sofrer, ou que venham a ocorrer. 
 
*Legislação: É a verificação permanente das atualizações da legislação 
vigente, com o objetivo de diminuir os riscos e não expor a empresa às 
contingências fiscais e legais pela desobediência a legislação vigente. 
 
*Diminuição de erros e desperdícios: Indica a detecção de erros e 
desperdícios na fonte, normalmente essas falhas ocorrem por controles mal 
definidos, falta de controles, cópias e vias excessivas, etc. Quando é feita uma 
divisão de trabalho identificando claramente às normas e procedimentos que devem 
ser seguidos evita a ocorrência dessas falhas. 
 
*Contagens físicas independentes: Corresponde à realização de 
contagem física de bens e valores periodicamente por pessoa independente ao 
custodiante, com o objetivo de maximizar o controle físico e resguardar os interesses 
da empresa. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
*Alçadas progressivas: Compreende o estabelecimento de alçadas e 
procurações de forma escalonada, configurando aos altos escalões as principais 
decisões e responsabilidades. 
 
b) Precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, 
financeiros e operacionais - Compreende a geração de informações adequadas e 
oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender os eventos 
realizados na empresa. 
Toda a empresa necessita de sistemas capazes de informar as ocorrências 
em cada seguimento ou setor, como por exemplo, a contabilidade, o fluxo financeiro 
e relatórios operacionais. 
Os principais meios para dar suporte à precisão e confiabilidade dos 
informes e relatórios contábeis, financeiros conforme Attie (2011) são os seguintes: 
documentação confiável; conciliação; análise; plano de contas; tempo hábil; 
equipamento mecânico. 
 
*Documentação confiável: É a utilização de documentos e provas hábeis e 
independentes para registros de transações efetuadas com maior segurança e 
registros exatos. 
 
*Conciliação: Mostra as diferenças existentes entre as informações, 
buscando a eliminação de diferenças ocorridas. 
 
*Análise: Objetiva a identificação da composição analítica das contas que 
estão sendo examinadas, possibilitando a constatação de sua constituição; 
 
*Plano de contas: É a classificação dos dados da empresa, formadas em 
uma estrutura de contas, com um plano de contas definido de acordo com a 
empresa e baseado em um manual de contabilidade, usando-as adequadamente; 
 
*Equipamento mecânico: Corresponde a utilização de equipamentos 
eletrônicos e mecânicos buscando agilidade nos registros e na divisão do trabalho. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
Esses meios devem ser adotados de acordo com as necessidades de cada 
empresa. 
 
c) Estímulo à eficiência operacional - Determina prover os meios 
necessários à condução das tarefas, com o objetivo de obter o entendimento, 
aplicação e ação tempestiva e uniforme. 
Os principais meios que podem dar suporte ao estímulo à eficiência 
operacional são: seleção, treinamento, plano de carreira, relatórios de desempenho, 
relatórios de horas trabalhadas, tempos e métodos, custo-padrão, manuais internos, 
instruções formais. 
 
*Seleção: Seleciona pessoas qualificadas para exercer com eficiência as 
funções específicas; 
 
*Treinamento: É a capacitação de pessoas dentro da empresa para 
exercerem à determinada função, resultando assim em um melhor resultado, 
menores custos e pessoal atento às atividades da empresa; 
 
*Plano de carreira: Determina a política da empresa em relação ao pessoal 
quando as possiblidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e 
a satisfação pessoal; 
 
*Relatórios de desempenho: É a identificação de cada funcionário em 
relação ao seu desempenho, mostrando suas falhas, virtudes e deficiências. Por 
meio desse relatório é possível buscar aperfeiçoamento profissional e pessoal a 
cada funcionário, adaptando-o a necessidade de cada um; 
 
*Relatório de horas trabalhadas: Indica o tempo trabalhado de cada 
funcionário, possibilitando um acompanhamento administrativo mais eficiente, 
fazendo as correções e alterações quando necessário; 
 
*Tempos e métodos: Possibilitam o acompanhamento mais eficiente de 
execução das atividades, regulando possíveis ineficiências de pessoal; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
 
*Custo-padrão:Permite o acompanhamento permanente do custo de 
produção dos bens e serviços produzidos, identificando benefícios e ineficiências do 
processo de produção; 
 
*Manuais internos: Sugerem clara exposição dos procedimentos internos, 
prevenindo a ocorrência de erros e desperdícios; 
 
*Instruções formais: Indicam as instruções a serem seguidas pelos 
funcionários, evitando interpretações duvidosas, mal entendidas e a possibilidade de 
cobranças indevidas. 
 
d) Aderência às políticas existentes – Tem como objetivo assegurar que 
as diretrizes e normas estabelecidas pela administração sejam seguidas pelos 
funcionários, para uma melhor eficiência na empresa. 
Os principais meios que visam dar embasamento para a aderência às 
políticas existentes são: 
 
*Supervisão: Possibilita melhor rendimento pessoal, corrigindo rapidamente 
possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução das atividades; 
 
*Sistema de revisão e aprovação: Indica que as políticas e procedimentos 
da empresa estão sendo seguidos adequadamente; 
 
*Auditoria interna: Possibilita a identificação de transações realizadas pela 
empresa que estejam em consonância com as políticas determinadas pela 
administração. 
 
Conjugações dos objetivos do controle interno – Os objetivos do controle 
interno expostos visam à configuração de segurança adequada às atividades 
praticadas pela empresa, de forma vertical e horizontal. Os meios dizem respeito à 
forma pela qual os objetivos possam ser cumpridos. Além dos descritos acima ainda 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
podem existir muitos outros, dependendo do esquema proposto para a grandeza da 
empresa. 
 
 
A figura abaixo descreve simplificadamente os objetivos do controle interno: 
 
 
FIGURA 4 - OBJETIVOS DOS CONTROLES INTERNOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Oliveira; Perez Jr. e Silva, 2002. 
 
 
4 TIPOS DE CONTROLE INTERNO 
 
São meios de controle interno todos os registros, livros, fichas, mapas, 
boletins, papéis, formulários, pedidos, notas, faturas, documentos, guias, impressos, 
ordens internas, regulamentos e demais instrumentos de organização administrativa 
Procedimentos 
administrativos 
Circuito da 
informação 
Contabilização 
 Segmentos de 
Políticas eficientes 
 Assegura a proteção 
aos ativos 
 Evitar fraudes 
 
 
 Captação de dados 
Corretos e confiáveis 
 Controles adicionais 
 
 Situação financeira 
correta 
 Informação de acordo 
com os critérios e as 
normas estabelecidas 
 De acordo com os 
princípios fundamentais da 
Contabilidade 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
e contábil. Segundo Crepaldi (2004), os tipos de controle podem ser contábeis e 
administrativos. 
 
 
4.1 CONTROLES CONTÁBEIS 
 
Os controles contábeis compreendem o plano da organização e todos os 
métodos e procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade 
dos itens que o compõem. Compreendidos por: 
 
- Segregação de funções: cria independência entre as funções de 
execução operacional, custódia dos bens patrimoniais e sua contabilização, ou seja, 
pessoas que tem acesso aos registros contábeis não podem custodiar ativos da 
empresa. 
 
- Sistema de autorização, conferência e aprovação: controla as 
operações por meio de métodos de aprovações, de acordo com as 
responsabilidades e riscos envolvidos. 
 
- Sistema de registro: compreende a classificação dos dados dentro de 
uma estrutura formal de contas, existência de um Plano de Contas que facilita o 
registro das demonstrações contábeis, e a utilização de um manual descritivo para o 
uso das contas. 
 
- Auditoria interna: compreende o conjunto de procedimentos que tem 
como objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e 
das informações contábeis, financeiras e operacionais da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
 
4.2 CONTROLES ADMINISTRATIVOS 
 
 
FIGURA 5 – CONTROLE ADMINISTRATIVO 
 
FONTE: Disponível em: <http://pedrolorenzani.blogspot.com.br/2013/01/controles-administrativos-por-
que-fazer.html>. Acesso em: 26 jul. 2013. 
 
 
Os controles administrativos compreendem o plano de organização e todos 
os métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, 
dar ênfase à política de negócios da empresa, bem como seus registros financeiros. 
São exemplos de controles administrativos: 
 
- Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos; 
- Controle de qualidade; 
- Treinamento de pessoal; 
- Estudos de tempos e movimentos; 
- Análise das variações entre os valores orçados e os incorridos; 
- Controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados 
economicamente, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
- Normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses da 
empresa no cumprimento dos deveres das funções; 
- Pessoal qualificado, que estejam aptos a desenvolver às suas atividades, 
sendo bem instruídos e supervisionados por seus responsáveis. 
 
 
4.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CONTROLES CONTÁBEIS 
 
 
Os administradores da empresa são os responsáveis pelo estabelecimento 
do controle interno, com a verificação se está sendo seguido pelos funcionários, e 
também por sua modificação, adaptando quando necessário. 
Os princípios fundamentais dos controles contábeis são os seguintes 
conforme os autores Crepaldi (2004) e Almeida (1996): Responsabilidade; Rotinas 
internas; Acesso aos ativos; Segregação de funções; Confronto dos ativos com os 
registros; Amarração do sistema; Custos do Controle x Benefícios; Limitações do 
controle interno. 
 
 
4.3.1 Responsabilidade 
 
 
As atribuições dos funcionários ou dos setores da empresa devem ser 
claramente definidas e limitadas, por escrito, mediante o estabelecimento de 
manuais internos da empresa. 
As razões que se levam em consideração para definir as atribuições aos 
funcionários e setores são as seguintes: 
 
- Assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados; 
- Detectar erros e irregularidades; 
- Apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das 
transações da empresa. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
A seguir alguns exemplos de tarefas internas de controle, para as quais 
precisam ser definidos os responsáveis: 
 
- Aprovação de aquisição/compras de bens e serviços; 
- Execução do processo de aquisição (cotação de preços, seleção de 
fornecedor e formalização da compra); 
- Certificação do recebimento de bens ou prestação de serviços; 
- Habilitação do documento fiscal do fornecedor para pagamento; 
- Programação financeira do pagamento; 
- Guarda de talões de cheques em branco; 
- Preenchimento dos cheques para pagamento; 
- Assinatura de cheques; 
- Pagamento do fornecedor; 
- Aprovação de venda; 
- Preparo da nota fiscal de venda, fatura e duplicata; 
- Controle de cobrança de vendas a prazo; 
- Programação financeira do recebimento; 
- Recebimento de numerário; 
- Preparo do recibo de depósito; 
- Depósito do numerário em banco; 
- Controle dos registros dos funcionários; 
- Determinação dos valores a pagar aos funcionários; 
- Pagamentos aos funcionários; 
- Controle físico sobre os ativos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, 
estoques, etc.); 
- Registro contábil das operações da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
 
4.3.2 Rotinas Internas 
 
 
A empresa deve definirno manual de organização todas as suas rotinas 
internas, que podem ser as seguintes: 
 
- Formulários internos e externos, como, por exemplo: 
 Requisição de aquisição de material ou serviços; 
 Formulário de cotação de preços (para solicitar preços aos 
fornecedores); 
 Mapa de licitação (para selecionar o fornecedor que ofereceu as 
melhores condições); 
 Ordem de compra (para formalizar a compra junto ao fornecedor); 
 Aviso de recebimento de material; 
 Mapa de controle de programação financeira; 
 Fichas de lançamentos contábeis; 
 Boletim de fundo fixo; 
 Carta de comunicação com bancos; 
 Formulário de devolução de material; 
 Pedido de vendas; 
 Adiantamento para viagem; 
 Relatório de prestação de contas de adiantamento para viagem; 
 
- Instruções para o preenchimento e destinações dos formulários internos e 
externos; 
- Evidências das execuções dos procedimentos internos de controles 
(assinaturas, carimbos, etc.); 
- Procedimentos internos dos diversos setores da empresa, como por 
exemplo: 
 
 Compras no país e no exterior; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
 Contas a pagar; 
 Programação financeira; 
 Caixa; 
 Controle de faturamento; 
 Créditos e cobrança; 
 Vendas; 
 Fiscal; 
 Almoxarifado; 
 Controladoria. 
 
 
4.3.3 Acesso aos Ativos 
 
 
A empresa deve limitar o acesso dos funcionários aos seus ativos e 
estabelecer controles físicos sobre esses. O acesso aos ativos da empresa 
representa: 
 
- Manuseio de numerário recebido antes do depósito em conta corrente 
bancária; 
- Emissão de cheque sozinha (única fatura); 
- Manuseio de cheques assinados; 
- Manuseio de envelopes de dinheiro de salários; 
Custódia de ativos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, estoques, 
imobilizado, etc.). 
 
São exemplos de controles físicos sobre ativos: 
 
- Local fechado para o caixa; 
- Guarda de títulos em cofre; 
- A fábrica deve ser totalmente cercada e na saída os funcionários ou 
terceiros com embrulhos devem ser revistados (poderiam estar levando 
indevidamente bens da empresa). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
O acesso aos ativos pode ser de forma direta (fisicamente) ou de forma 
indireta, por meio da preparação de documentos que autorizem sua movimentação. 
 
 
4.3.4 Segregação de Funções 
 
 
A segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma pessoa 
não possa ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, devido ao fato de essas 
funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno. 
Por exemplo, caso o funcionário tenha acesso aos ativos e registros 
contábeis, ele poderia desviar fisicamente o ativo e baixá-lo contabilmente como 
despesa, isso levaria a ocultar permanentemente a operação. 
Com a segregação de funções esse tipo de transação não acontece então 
cada empresa deve ter sempre esse controle. 
 
 
4.3.5 Confronto dos Ativos com os Registros 
 
 
A empresa deve estabelecer que se faça seguidamente a confrontação dos 
ativos com os registros na contabilidade, com o objetivo de detectar desfalque de 
bens ou até mesmo registro contábil inadequado de ativos. 
São exemplos desses confrontos: 
- Contagem de caixa e comparação com o saldo razão geral; 
- Contagem física de títulos e comparação com o saldo da conta de 
investimentos do razão geral; 
- Conciliações bancárias (confronto com os lançamentos da contabilidade e 
o extrato bancário); 
- Inventário físico dos bens do estoque e do ativo imobilizado, confronto com 
os registros individuais e comparação do somatório dos saldos desses registros com 
o saldo geral da respectiva conta do razão geral. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
Se a empresa não fizer frequentemente esse procedimento de comparação, 
fica em aberto a possiblidade para o responsável do ativo se apoderar 
indevidamente do mesmo. 
Importante ressaltar que esse procedimento deve ser efetuado por um 
funcionário que não tenha acesso aos ativos, pois poderiam ocorrer fraudes. 
 
 
4.3.6 Amarração do Sistema 
 
 
O sistema de controle interno deve ser elaborado de maneira que sejam 
registradas apenas as transações autorizadas, por seus valores corretos e dentro do 
período de competência, esse procedimento exige uma série de providências, tais 
como: 
- Conferência independente do registro das transações contábeis, como, por 
exemplo: 
 Transporte dos valores dos documentos para os registros iniciais; 
 Transporte dos valores dos registros iniciais para os registros 
intermediários; 
 Transporte dos valores dos registros intermediários para os registros 
finais; 
 Transporte dos valores dos registros finais para o razão geral; 
 Somas do razão geral e dos registros iniciais, intermediários e finais; 
 
- Conferência independente dos cálculos, como por exemplo: 
 
 Cálculos da valorização das quantidades de estoques transferidas ou 
baixadas (matéria-prima transferida para produtos em processo, produtos em 
processo transferidos para produtos acabados e produtos acabados baixados 
para custo dos produtos vendidos); 
 Cálculos das depreciações; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 Cálculos da correção monetária sobre o ativo permanente e o 
patrimônio líquido; 
 Cálculos das provisões (imposto de renda, férias, 13º salário etc.); 
 Cálculos de atualização de dívidas em moeda estrangeira; 
 Cálculos de elaboração das notas fiscais de vendas; 
 
- Conferência da classificação contábil de todos os registros finais (ficha 
de lançamento ou em sistema informatizado de lançamentos contábeis) por um 
contador; 
 
- Estabelecimento de controles sequenciais sobre as compras e vendas, 
de forma a assegurar que essas transações sejam contabilizadas na época 
devida. Deve ser centralizado o recebimento e aposta uma numeração 
sequencial nas cotas fiscais de aquisição de fornecedores. A contabilidade deve 
exercer um controle sobre a numeração sequencial das notas fiscais de compras 
e vendas, observando se elas estão sendo contabilizadas dentro do regime de 
competência; 
 
- As rotinas internas de controle devem ser determinadas de modo que 
uma área controle a outra. Por exemplo, em um sistema de compras e 
pagamentos, a empresa teria as seguintes áreas e rotinas envolvidas: 
 
 Setor requisitante: informa ao setor de compras, por meio de um 
formulário de requisição, que necessita de determinado bem ou serviço; 
 
 Setor de compras: verifica se a requisição do setor requisitante foi 
devidamente aprovada segundo os limites de competência estabelecidos nas 
normas internas da empresa, seleciona possíveis fornecedores com base em seu 
cadastro, faz cotação de preços junto a estes, seleciona o fornecedor que 
ofereceu as melhores condições comerciais e efetua a compra; 
 
 Setor de recepção: recebe os bens e a nota fiscal do fornecedor, 
confere as quantidades recebidas e se os bens estão em bom estado; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 Setor de contabilidade: recebe a nota fiscal do setor de recepção, faz 
o lançamento contábil (débito em estoque e crédito em fornecedores) e o envia 
para processamento do setor de computador; 
 
 Setor de computador: processa o lançamento contábil e remete os 
relatórios contábeis para o setor de contabilidade; 
 
 Setor de contas a pagar: recebe do setor de contabilidade a nota 
fiscal, verifica se foi devidamente certificada pelo setor de recepção, 
confrontando com instrumento formalizador da compra (ordem de compra ou 
contrato), enviado diretamente pelo setor de compras, habilitando-a para 
pagamento; Setor financeiro: recebe do setor de contas a pagar a nota fiscal, 
verifica se foi devidamente habilitada por esse setor e processa o pagamento; 
 
 Setor de contabilidade: recebe o processo de pagamento do setor 
financeiro, verifica se todos os documentos estão em ordem, faz o lançamento 
contábil (débito em fornecedores e crédito em bancos) e envia para processamento 
no setor de computador. 
 
Agora analisaremos a possibilidade de algum dos setores mencionados 
colocarem um documento falso no sistema, com a intenção de se beneficiar 
posteriormente ao pagamento da mercadoria/produto: 
 
 Setor requisitante: é impossível incluir em qualquer fase do sistema 
um documento falso, já que esse setor não tem acesso à nota fiscal do fornecedor 
no processo normal de compra e pagamento; 
 
 Setor de compras: a mesma situação do setor requisitante; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
 Setor de recepção: o setor de contas a pagar detectaria, devido ao 
fato de que existiria uma nota fiscal sem que o setor de compras tivesse enviado 
o instrumento formalizador da aquisição; 
 
 Setor de contabilidade: o mesmo caso do setor de recepção; 
 
 Setor de computador: o mesmo caso do setor requisitante; 
 
 Setor de contas a pagar: o documento falso até poderia ser pago; 
entretanto, o setor de contabilidade descobriria essa irregularidade por ocasião 
da análise da conta de fornecedores, já que não existiria o crédito (registrado 
pela contabilidade quando do recebimento do bem) para eliminar o débito pelo 
pagamento; 
 
 Setor financeiro: a mesma situação do setor de contas a pagar. 
 
 
4.3.7 Auditoria Interna 
 
 
Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno 
sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que 
foi determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser adaptado às novas 
circunstâncias. Os objetivos da auditoria interna são os seguintes: 
- Verificar se as normas internas estão sendo seguidas; 
- Avaliar a necessidade de novas normas internas ou de modificação das já 
existentes. 
 
 
4.3.8 Custo do Controle x Benefícios 
 
 
O custo do controle interno não deve exceder aos benefícios que dele se 
espera obter. Isso significa que os controles mais sofisticados (normalmente mais 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
onerosos) devem ser estabelecidos para transações de valores relevantes, enquanto 
os controles menos rígidos devem ser implantados para as transações menos 
importantes. Por exemplo, uma empresa poderia adotar os seguintes procedimentos 
para a área de compras: 
 
 
 QUADRO 1 - PROCEDIMENTOS PARA A ÁREA DE COMPRAS 
VALOR PROCEDIMENTOS 
Até 1 salário mínimo Não necessita de licitação. 
De 2 a 10 salários mínimos Licitação por telefone com no mínimo 
dois fornecedores. 
Acima de 11 salários mínimos Licitação por meio de formulário próprio 
com no mínimo três fornecedores. 
 
FONTE: Almeida, 1996, p. 57. 
 
 
Cada empresa deve adotar os procedimentos conforme suas necessidades 
e ramo de atividade. 
 
 
4.3.9 Limitações do Controle Interno 
 
 
As limitações do controle interno são principalmente com relação a: 
- Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa; 
- Os funcionários não são adequadamente instruídos com relação às normas 
internas; 
- Funcionários negligentes na execução de suas tarefas diárias. 
 
Devido aos pontos relatados, mesmo no caso de a empresa ter um sistema 
de controle interno excelente, o auditor deve executar procedimentos mínimos de 
auditoria. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
 
 
4.4 CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS 
 
 
FIGURA 6 - CONTROLANDO AS ESTRATÉGIAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://marcomeda.wordpress.com/2010/10/13/> Acesso em: 26 jul. 
2013. 
 
 
Nas empresas o controle interno deve ser visto como um instrumento de 
gestão, pois o sistema normativo, as políticas, diretrizes e toda a estrutura 
organizacional da empresa podem ser considerados integrantes do sistema de 
controle interno, (OLIVEIRA; PEREZ JR. e SILVA, 2002). 
O tipo de estratégia e de estrutura deve condicionar as características do 
sistema de controle interno, assim acabam facilitando a formulação de estratégias e 
aperfeiçoamento da estrutura organizacional da empresa, (OLIVEIRA; PEREZ JR. e 
SILVA, 2002). 
De tal modo, pode-se dizer que os controles internos estratégicos são 
fundamentais no contexto estrutural e para servir de guia para o dimensionamento e 
tratamento de outras categorias de controles internos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
Para ficar mais claro sobre o controle interno estratégico, segue abaixo um 
exemplo real, retirado de um artigo jornalístico publicado em 13 de julho de 2001 na 
página A-1 do jornal Gazeta Mercatil, de autoria de Josette Goulart, (OLIVEIRA; 
PEREZ JR. e SILVA, 2002). 
Exemplo: 
“Empréstimos era somente para clientes de primeira linha da empresa, 
poucas operações eram feitas em longo prazo. 
Quase todas as operações de crédito para empresas foram suspensas em 
alguns bancos nesta semana. O agravamento da crise argentina e a nova disparada 
dos juros futuros deixaram os banqueiros apreensivos e com isso passaram fazer 
empréstimos somente para os clientes mais antigos. 
Os bancos frearam as operações de crédito para as empresas nesta 
semana e somente os clientes antigos e considerados de bom risco têm conseguido 
financiar valores, e com custo alto. 
As taxas de juros futuras, que balizavam o custo do dinheiro, voltaram a 
disparar. As de curto prazo chegaram até subir cinco pontos percentuais em um mês 
e os banqueiros dizem que mesmo assim ainda há demanda. 
Os novos clientes que pedem financiamento, dispostos a pagar o alto preço, 
são vistos com desconfiança, por isso a análise de risco está mais rigorosa e o 
prazo de empréstimo gira em torno de noventa dias. 
Os bancos não querem correr riscos de inadimplência. No HSBC, as 
operações de longo prazo foram suspensas; somente os antigos clientes têm 
conseguido financiamento, mesmo assim de curto prazo. No Sudameris, a ordem é 
apertar o crédito e as operações estão praticamente paradas. A palavra de ordem é 
cautela.” 
 
Então com esse exemplo fica claro como funciona o controle estratégico em 
uma empresa, seja qual for o ramo. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
 
4.5 CATEGORIAS DE CONTROLES INTERNOS 
 
 
Os controles internos podem ser classificados em categorias, conforme suas 
finalidades, segundo Crepaldi (2004), podem ser divididas nas seguintes categorias: 
 
a) Controles organizacionais, inclusive segregação de funções; 
b) Controles de sistemas de informação; 
c) Controles de procedimentos. 
 
 
4.5.1 Controles Organizacionais 
 
 
Os controles organizacionais referem-se ao controle obtido por meio da 
maneira de designar responsabilidades e delegar autoridades. 
Geralmente as empresas ficam impossibilitadas de administrar ou 
supervisionar pessoalmente as operações da empresa, assim necessita de uma 
estrutura organizacional bem forte e adequada para suprir essa necessidade. 
Para se obter eficácia na execução e controle das operações dependerá das 
seguintes considerações, conforme Crepaldi (2004): 
 
 Atribuição de responsabilidades e delegação de autoridade definidas 
claramente; 
 Segregação de funções incompatíveis para evitar que sejam 
controladas por qualquer indivíduo ou departamento da organização; 
 Fornecimento de recursos, inclusive pessoal competente, em 
quantidade suficiente para o cumprimento das responsabilidadesatribuídas; 
 Existência de sistemas de medição e avaliação de desempenho. 
 
 
 
 
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 39 
É importante que essas delegações de funções sejam feitas por escrito, 
documentadas em manuais da empresa, organogramas ou nas descrições de 
cargos. 
 
 
4.5.2 Controle do Sistema de Informações 
 
 
Os controles de sistemas de informações são obtidos mediante informações 
aos níveis adequados da administração. Na maioria das empresas, o planejamento 
e o controle dependem do conhecimento que a administração tem das atividades e 
operações da empresa. 
Como a direção da empresa não pode estar presente em todas as operações 
da empresa, o sistema de informação serve para que a administração fique sabendo 
de todas as operações da empresa. 
Os sistemas de informações variam de empresa para empresa, assim é 
impossível projetar um sistema de informação típico, capaz de ser utilizado como 
meio de comparação para determinar os pontos fracos e fortes de determinado 
sistema, mas mesmo assim podem ser destacadas algumas características que não 
podem ser omitidas em um sistema de informação: 
 
 A informação deve ser suficientemente detalhada para permitir 
identificação das operações com erros ou falhas, ou possíveis problemas que 
possam ocorrer; 
 
 Os relatórios devem conter informações relevantes para os usuários; 
 
 A forma de apresentação deve destacar a informação de maior 
importância; 
 
 A informação deve ser distribuída conforme as responsabilidades 
atribuídas; 
 
 
 
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 40 
 A informação deve ser usada pelos que tenham competência e tempo 
necessários para compreender seu significado e adotar medidas corretivas, quando 
necessárias. 
 
Mas é importante ressaltar que o controle não existe mediante o simples 
fornecimento de informações e, sim, com o uso que a administração da empresa faz 
desta. 
 
 
4.5.3 Controles e Documentação de Procedimentos 
 
 
FIGURA 7 - DOCUMENTAÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: <http://ginter.com.br/documentacao-necessaria-mudanca>. Acesso em: 26 
jul. 2013. 
 
 
Controles de procedimentos referem-se ao controle obtido mediante a 
observação de políticas e procedimentos dentro da empresa. 
Quando o plano de organização é elaborado, devem ser expostas 
claramente as funções e responsabilidades de cada pessoa envolvida na empresa. 
 
 
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 41 
Os procedimentos contábeis e de operações deveriam ser documentados 
em manuais de contabilidade e de procedimentos, e fluxogramas que mostrem as 
políticas e instruções da empresa. 
Quando os procedimentos, instruções e designações são por escrito, evitam 
o trabalho duplicado, sobreposição de funções, omissão de funções importantes, 
mal entendidos e outras situações que podem enfraquecer os controles internos. 
Outro aspecto de controle geralmente se encontra por escrito em tais manuais é o 
plano de contas. 
Um manual de contas facilita a aplicação de políticas contábeis, o registro de 
transações e a elaboração de demonstrações financeiras. Um bom manual de 
contas deveria conter descrições exatas e concisas dos lançamentos a serem feitos 
em cada conta. 
 
 
4.5.4 Autorização e Aprovação 
 
 
A autorização é a decisão da gerência de utilizar determinados bens para 
um fim específico, sob determinadas condições. A autorização pode ser geral 
quando se referem a todas as transações que satisfazem determinadas condições, 
como por exemplo, limites de crédito para clientes, ou específica quando se refere a 
uma transação em particular, como por exemplo, a compra de um ativo. 
Então deve sempre existir um sistema de autorização em vários níveis e um 
de aprovação que assegure que o pessoal atue no âmbito dessa autorização, e 
sempre devem ser feitas por pessoal autorizado. 
 
 
4.5.5 Acesso aos Ativos 
 
 
A custódia dos bens da empresa é uma das principais responsabilidades de 
uma administração. Um sistema contábil bem estruturado, sólido e que conte com 
pessoal suficiente é um meio eficaz de proteger os bens da empresa. Ainda ao 
 
 
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 42 
mesmo tempo, existem outros tipos de proteção que podem aumentar a eficácia do 
controle interno, quais sejam as medidas físicas e intrínsecas de proteção. 
 
 
4.5.5.1 Medidas físicas de proteção 
 
 
Os bens devem ser protegidos mediante o uso de dispositivos de custódia, 
alguns deles são: 
 Cercas e portas; 
 Vigilantes; 
 Caixas fortes; 
 Sistemas de ferrolhos; 
 Sistemas de alarmes; 
 Caixas registradoras; 
 Dispositivos contra incêndio; 
 Máquinas registradoras; 
 Circuito fechado de televisão; 
 Sistemas de alarme contra incêndio; 
 Crachás de identificação de empregados. 
 
 
4.5.5.2 Medidas de proteção intrínsecas 
 
 
Certas medidas, por sua própria natureza, ajudam a administração a se 
desincumbir da responsabilidade de proteger os bens da empresa. Um exemplo 
desse tipo de proteção é a cobertura de seguro adequada. 
Entre os tipos de seguro que protegem os bens da empresa citam-se: 
 
 Contra incêndio; 
 De responsabilidade civil; 
 Contra roubo; 
 Seguro-fidelidade; 
 
 
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 43 
 Contra lucros cessantes; 
 De vida dos funcionários que ocupam posições-chaves; 
 Contra acidentes de viagem; 
 Contra acidentes de trabalho. 
 
Essas são as categorias importantes de controle interno. 
 
 
5 FUNÇÃO DO CONTROLE INTERNO COMO UMA FERRAMENTA DE GESTÃO 
 
 
O controle interno nas organizações é fundamental, uma vez que os 
gestores necessitam de ferramentas que possam medir e identificar os processos 
desenvolvidos dentro da organização, sendo uma das ferramentas mais importantes 
na gestão de uma empresa pública ou privada, auxiliando os gestores na 
administração destas, com objetivo principal de inibir ocorrência de erros, atos 
falhos, evitando o desperdício e o uso indevido de recursos e bens. 
Por meio do controle interno nos diversos setores da empresa, o gestor pode 
ter o controle de gestão como uma ferramenta muito importante no controle 
administrativo da empresa. 
Com essa ferramenta os gestores da empresa poderão controlar os ativos e 
ter as informações necessárias para a tomada de decisão. 
A ilustração abaixo mostra como o controle interno bem estruturado serve de 
ferramenta de gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 44 
 
 
ILUSTRAÇÃO 1 - CONTROLE INTERNO – FERRAMENTA DE GESTÃO 
Atos Papéis Formulários Documentos Pessoal Fatos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Adaptado de Attie (2011) 
 
 
FIM DO MÓDULO I 
Sistema de informações de coleta 
e de controles internos 
Órgãos legais e 
reguladores, sociais, 
fiscais, etc. 
Compilação 
Princípios de 
contabilidade 
Registros contábeis e de controles 
permanentes 
Demonstrações e informações 
contábeis 
Contábeis Gerenciais Controles Financeiros

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