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AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE GESTÃO DE CONTROLE INTERNO Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 CURSO DE GESTÃO DE CONTROLE INTERNO MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO MODULO I 1 BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE E DO CONTROLE INTERNO 1.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE 2 CONCEITO E A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 2.1 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO 2.1.1 Interpretação do Conceito de Controle Interno 2.2 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 2.3 IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 3 OBJETIVOS BÁSICOS DO CONTROLE INTERNO 4 TIPOS DE CONTROLE INTERNO 4.1 CONTROLES CONTÁBEIS 4.2 CONTROLES ADMINISTRATIVOS 4.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CONTROLES CONTÁBEIS 4.3.1 Responsabilidade 4.3.2 Rotinas Internas 4.3.3 Acesso aos Ativos 4.3.4 Segregação de Funções 4.3.5 Confronto dos Ativos com os Registros 4.3.6 Amarração do Sistema 4.3.7 Auditoria Interna 4.3.8 Custo do Controle x Benefícios 4.3.9 Limitações do Controle Interno 4.4 CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS 4.5 CATEGORIAS DE CONTROLES INTERNOS 4.5.1 Controles Organizacionais 4.5.2 Controle do Sistema de Informações 4.5.3 Controles e Documentação de Procedimentos 4.5.4 Autorização e Aprovação 4.5.5 Acesso aos Ativos AN02FREV001/REV 4.0 4 4.5.5.1 Medidas físicas de proteção 4.5.5.2 Medidas de proteção intrínsecas 5 FUNÇÃO DO CONTROLE INTERNO COMO UMA FERRAMENTA DE GESTÃO MÓDULO II 6 AS PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO CONTROLE INTERNO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS OU PÚBLICAS 6.1 CONSEQUÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS OU PÚBLICAS 7 COMO ESTRUTURAR E IMPLANTAR O CONTROLE INTERNO NAS ORGANIZAÇÕES 7.1 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO OU REVISÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLES 7.2 RAZÕES E PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO 8 COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO 8.1 AVALIAÇÃO DE RISCO 8.2 AMBIENTE DO CONTROLE 8.3 ATIVIDADES DE CONTROLE 8.4 INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 8.5 MONITORAMENTO 9 MODELOS DE FERRAMENTAS DE CONTROLE INTERNOS PARA A MELHORIA DA GESTÃO. 9.1 CONTROLE INTERNO CONTAS A PAGAR 9.2 CONTROLE INTERNO CONTAS A RECEBER 9.3 CONTROLE INTERNO SETOR DE ESTOQUE 9.4 CONTROLE INTERNO CAIXA E BANCOS 10 COMO ASSEGURAR UM ELEVADO GRAU DE CONFIABILIDADE NO CONTROLE INTERNO MÓDULO III AN02FREV001/REV 4.0 5 11 AUDITORIA NO CONTROLE INTERNO 11.1 CONCEITO DE AUDITORIA 11.1.1 Auditoria Interna 11.1.2 Auditoria Externa 11.2 CONTROLE INTERNO E AUDITORIA 11.3 VANTAGENS DOS CONTROLES INTERNOS PARA AUDITORIA INTERNA 12 CONTROLE INTERNO NA GESTÃO PÚBLICA 12.1 CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 12.2 ÓRGÃOS DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO 12.2.1 Tribunal de Contas da União (TCU) 12.2.2 Controladoria Geral da União 12.2.3 Outros Órgãos de Controle 13 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 14 RELAÇÃO DO CONTROLE INTERNO E CONTROLE EXTERNO 15 TECNOLOGIA UTILIZADA NOS CONTROLES INTERNOS. 15.1 CONTROLE INTERNO E SISTEMA DE PROCEDIMENTO ELETRÔNICO DE DADOS 15.2 PROGRAMAS DE COMPUTADOR 15.3 PROCEDIMENTOS DE ENTRADA 15.4 PROCESSAMENTO 15.5 MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO 15.6 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 15.7 CONTROLES GERAIS DE COMPUTADORES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 6 MÓDULO I 1 BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE E DO CONTROLE INTERNO FIGURA 1 – CONTABILIDADE E CONTROLE FONTE: Disponível em: <http://blog.dominusauditoria.com.br/auditoria-2/entendendo-o- papel-do-controle-interno-na-administracao-de-erros-e-riscos>. Acesso em: 26 jul. 2013. Nos primeiros tempos da humanidade havia apenas o senso coletivo em tribos primitivas. O estabelecimento de um habitat permitiu a organização da agricultura e do pastoreio, mas com o passar dos anos surgiu às divisões e o senso de propriedade, em que cada pessoa criava sua riqueza individual. Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes, assim essa herança recebida denominava-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados. A origem da contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. Mas essa prática não era somente deles, e sim exercida nas principais cidades da AN02FREV001/REV 4.0 7 antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. Na época as trocas e vendas eram feitas com registros simples, mas as cobranças de impostos já eram feitas com escritas, embora rudimentares. Naquela época ainda não existia os créditos, pois essas trocas, compras e vendas eram feitas somente à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. Mas com o desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. Assim, à medida que as operações econômicas se tornavam complexas, o seu controle passou a ser muito importante. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. No período medieval, muitas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas foi somente na Itália que surgiu o termo Contabilitá. A obra do Frei Luca Paccioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marcou o início da fase moderna da Contabilidade. Essa obra sistematizou a contabilidade e abriu precedentes para que novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. FIGURA 2 – FREI LUCA PACCIOLI FONTE: Disponível em: <http://elassaocontabilistas.blogspot.com.br/2012/12/periodo- moderno-luca-pacioli.html>. Acesso em: 26 jul. 2013. AN02FREV001/REV 4.0 8 A formalização da contabilidade ocorreu na Itália, pois foi neste período que se instaurou a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do comércio mundial. Pois foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da contabilidade por um indivíduo qualquer, o governo reconhecia como contadores somente as pessoas qualificadas para o exercício da profissão. Aqui no Brasil, com a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo, devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados, um melhor aparato fiscal. Constituindo-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas provínciaseram compostas por um inspetor, um contador e um procurador fiscal, que eram responsáveis por toda à arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. Conforme Slomski (2007), contabilidade pode ser dividida em dois períodos: o da contabilidade primitiva e o da moderna contemporânea. - Contabilidade primitiva: este período é entendido como o que vai dos primórdios até o ano de 1202 da era cristã. Slomski (2007, p. 3) descreve que Francisco D`Áuria, em seus Primeiros princípios de contabilidade pura (1949) relata: Os primeiros núcleos humanos organizaram-se em sociedade e estabeleceram normas de viver em conjunto; estabeleceram-se comunicações entre os agrupamentos; criou-se a medida das coisas e o seu valor na troca; apareceu a moeda e o crédito; formou-se o fato econômico. Com isso, verifica-se que as formas de medir, controlar e a contabilidade nasceram há milênios e formam uma parceria indispensável para a gestão das empresas. O controle interno surgiu da necessidade das empresas controlar seus ativos, passivos, despesas e receitas. Por meio do controle interno as pessoas começaram a ter controle do que realmente ganhavam e gastavam. AN02FREV001/REV 4.0 9 - Contabilidade moderna contemporânea: Segundo Slomski (2007), a aritmética foi fundamental para esse período. Leonardo Pisano, “o Fibonacci”, no ano de 1202, com seu Líber Abaci ou Livro de Ábaco introduz no ocidente o sistema numérico indo-arábico de zero a nove, tendo nesse período quase três séculos de atraso em comparação ao oriente. Não era um livro que tratava apenas de teoria, mas sim ilustrou outras possibilidades que envolviam a contabilidade comercial, tais como a margem de lucro, o câmbio de moedas, conversões de pesos e medidas e até cálculo de pagamento de juros, (SLOMSKI, 2007). No ano de 1299, a Igreja considerou heresia o emprego do sistema numérico arábico, sendo sua utilização banida em Florença. Vale ressaltar que este sistema substituía os sistemas hebraicos, gregos e romanos e atraía adeptos italianos e do resto da Europa (SLOMSKI, 2007). Nos séculos XIII e XIV em diversos centros de comércio no norte da Itália começaram a surgir sistemas de escrituração por partidas dobradas, sendo constatado o primeiro registro de um deles completo, relatando o ano de 1340 nos arquivos municipais da cidade de Gênova, Itália, (HENDRIKSEN; VANBREDA, 1999 apud SLOMSKI, 2007). “A menos que acredite em si mesmo, nada fará; este é o caminho do sucesso.” Jonh D. Rockfeller Jr. Vídeo O que é a contabilidade FONTE: Disponível em: <http://migre.me/fBl88>. Acesso em: 26 jul. 2013 AN02FREV001/REV 4.0 10 1.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE A contabilidade pode ser entendida como sendo a ciência que estuda, controla, observa, registra e informa os fatos e acontecimentos patrimoniais das organizações. Sem a contabilidade não seria possível saber com exatidão a situação financeira e patrimonial de uma organização. Pois a contabilidade é um instrumento de grande importância, segundo Barros (2002): A contabilidade pode ser definida como uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia, mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas, organizações). Sendo feito por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos. A contabilidade é necessária para toda e qualquer empresa independente do ramo de atividade, seguimento e da sua forma de tributação. Segundo Attie (2011), a contabilidade é o instrumento de medição e avaliação do patrimônio e dos resultados alcançados pela administração da empresa. A contabilidade possui objeto próprio, ou seja, o Patrimônio das Entidades consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo muito parecido com as outras ciências sociais, (ATTIE, 2011). 2 CONCEITO E A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO 2.1 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO AN02FREV001/REV 4.0 11 Por controle interno pode ser entendido todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa que produzam reflexos no seu patrimônio, (FRANCO e MARRA, 1995). O instituto Americano de Contadores Públicos Certificados define: “O Controle Interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas adotadas na empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade de dados contábeis, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas”, (CREPALDI, 2004, p. 10). Sendo assim se entende que as empresas necessitam do controle interno para uma melhor gestão de seu patrimônio, bens e direitos e obrigações, sem o controle interno isso não será possível saber com exatidão a real situação da empresa. Conforme Cruz e Glock (2007), o controle interno pode ser descrito como a “conjunção de todos os procedimentos de controles exercidos de forma isolada ou sistêmica no âmbito de uma organização, contrapondo-se ao termo controle externo”. O controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da empresa, administração e outros funcionários fornecendo a segurança razoável quanto a realização dos objetivos da empresa no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações efetuadas, (RIBEIRO e RIBEIRO, 2011). O controle interno pode ser como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está atingindo de conformidade com os seus planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria administração. 2.1.1 Interpretação do Conceito de Controle Interno AN02FREV001/REV 4.0 12 Para que o conceito de controle interno seja realmente compreendido, deve ser examinado quanto ao seu real significado, com base nos conceitos estabelecidos pelo Instituto Americano de Contadores Públicos, mencionado anteriormente, e também por meio dos conhecimentos da administração, (ATTIE, 2011). O controle tem significado e importância quando tem um objetivo definido, seja administrativo ou gerencial. Então se pode observar a existência de fatores que necessitam ser expostos, conforme Attie, (2011): Plano de organização é a maneira como se organiza um sistema de controle, a estrutura organizacional necessita corresponder a uma divisão, adequada e balanceada de trabalho, de uma maneira que sejam estabelecidas as relações de autoridade e responsabilidade entre os vários níveis, pelas parcelas de trabalho exigidas para alcançar os objetivos da empresa, e de maneira que sejam definidas, claramente, as responsabilidades e autoridades dos diversos níveis da empresa. Métodos e medidas estabelecem os caminhos e os meios de comparação e julgamento para se chegar a determinado fim, mesmo que não tenham sido estabelecidos formalmente. O planejamento de um sistema, além de resultar em um sistema eficiente, prático, econômico e útil, deve se levar em conta a definição de procedimentos especificamente destinados para promover o controlesobre as operações e as atividades de preferência formalizadas por meio de manuais da empresa; Proteção do patrimônio compreende a forma pela qual são salvaguardados os bens e direitos da empresa. A definição e estabelecimento de independência das funções de execução operacional, possibilitando salvaguardar os interesses da empresa; Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis correspondem à adequada precisão e observância aos elementos dispostos na contabilidade. A AN02FREV001/REV 4.0 13 classificação dos dados da empresa em uma estrutura formal de contas, com um plano de contas que facilite o seu registro, preparação e contabilização em tempo hábil, a utilização de um manual descritivo do uso das contas, possibilitando a análise, a conciliação e a solução de divergência que possam ocorrer são elementos significativos para a expressão da fiel escrituração contábil; Eficiência operacional compreende a ação ou força a ser posta em prática nas operações realizadas pela empresa. Um plano de organização adequado com métodos e procedimentos bem definidos, assim como a observação de normas salutares no cumprimento dos deveres e funções com pessoal qualificado, tendem a implementar a desejada eficiência nas operações; Políticas administrativas compreendem o sistema de regras relativas à direção dos negócios e à prática dos princípios, normas e funções para a obtenção de determinado resultado. As políticas representam as guias de raciocínio, planejadas para a tomada de decisões em níveis inferiores e aplicáveis às situações repetitivas, de forma a canalizar as decisões para o objetivo, que afetam tanto o comportamento da organização (política estratégica) quanto a regras de trabalho (políticas operacionais). Todos os fatores citados anteriormente são de grande importância para um adequado sistema de controle interno. Então se pode atestar que o controle interno compreende todos os meios planejados em uma empresa para dirigir, restringir, governar e conferir várias atividades com o propósito de atingir os objetivos da empresa. 2.2 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO A importância do controle interno pode ser entendida a partir do momento em que se verifica que é ele que pode garantir à continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as empresas, assim a contabilidade dos resultados gerados AN02FREV001/REV 4.0 14 por tal fluxo assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a tomada e decisões, (CREPALDI, 2004). Entende-se então que todas as empresas que têm controle interno adequado podem ter com exatidão as informações necessárias para uma melhor gestão, auxiliando os administradores no aperfeiçoamento as operações em busca dos objetivos a serem atingidos, aprimorando a eficiência dos processos produtivos com redução de custos e melhoria na qualidade dos produtos e serviços, tornando a empresa cada vez mais competitiva no mercado. Em uma organização o controle interno representa os procedimentos ou rotinas cujos objetivos são proteger os ativos, produzir os dados contábeis confiáveis e ajudar na condução ordenada dos negócios da empresa, representando os controles contábeis e administrativos de maneira clara e prática. Pois o controle interno gira em torno dos aspectos administrativos, que influencia diretamente sobre os aspectos contábeis, assim é preciso considerá-los conjuntamente para determinar um aspecto de controle interno adequado, (CREPALDI, 2004). Dessa forma, as organizações devem manter um sistema de controle interno eficiente que possibilite a detecção de eventuais falhas, erros ou fraudes, para que sejam tomadas as providências cabíveis, evitando prejuízos à empresa, (RIBEIRO e RIBEIRO, 2011). AN02FREV001/REV 4.0 15 2.3 IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS FIGURA 3 – REUNIÃO DE CONTROLE FONTE: Disponível em: <http://www.nardonnasi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20&Itemid=33&lang= br>. Acesso: 26 jul. 2013. A importância dos sistemas contábil e de controles internos pode ser resumida conforme Oliveira; Perez Jr. e Silva (2002), considerando os seguintes fatores: Tamanho e complexidade da organização: Quanto maior a empresa, normalmente é mais complexa a organização estrutural. Para controlar as operações eficientemente, a administração necessita de relatórios e análises corretas, que reflitam a situação real das transações da empresa; Responsabilidades: A responsabilidade pela salvaguarda dos ativos da empresa e pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes é da AN02FREV001/REV 4.0 16 administração. A manutenção de um sistema de controle interno adequado é indispensável para que as responsabilidades sejam executadas corretamente; Caráter preventivo: Um sistema de controle interno que funcione adequadamente constitui a melhor proteção para a empresa, contra fraquezas humanas. As rotinas de verificação e revisão são características importantes de um bom controle interno, pois atuam reduzindo a possibilidade de erros ou tentativas fraudulentas que permanecem por muito tempo escondidos, permitindo à administração ter maior confiança, nas informações e demais dados gerados pelo sistema. A importância desses sistemas para uma empresa é que o controle pode ser entendido como a última etapa de um processo administrativo. Conforme Oliveira; Perez Jr. E Silva (2002), essa etapa consistiria em: Comparar a realidade com o previsto; Identificar os desvios se houver; Analisar as causas desses desvios; e Implantar medidas corretivas que visam garantir a continuidade e a integridade da empresa. Esses sistemas são compostos de três principais etapas: A previsão das tarefas – fase do planejamento e da programação; A execução dessas tarefas – fase da operacionalização ou execução; e A mensuração – fase de análise e avaliação dos resultados obtidos ou do controle propriamente dito. A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é reconhecido unanimemente. Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado em eficiente controle interno pode ser inútil, pois não é possível confiar nas informações contidas nos relatórios. AN02FREV001/REV 4.0 17 3 OBJETIVOS BÁSICOS DO CONTROLE INTERNO O controle interno tem como objetivo geral assegurar que não ocorram erros potenciais, ou seja, a não ocorrência de erros graves que prejudiquem a empresa. Alguns autores definem que o controle interno tem quatro objetivos, já outros apresentam mais de quatro. A seguir algumas definições quanto aos objetivos do controle interno, tanto em empresas públicas ou privadas. Peter e Machado (2003) destacam sete objetivos específicos a serem atingidos pelo controle interno: Observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e regimentos; Assegurar, que nas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade. Prevenir antecipadamente o acontecimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes. Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo e operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos; Salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto a sua boa e regular utilização assegurando a legitimidade do passivo; Permitira implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando à eficiência, eficácia e economia de recursos; e Assegurar aderência às diretrizes, planos, normas e procedimentos da empresa. Conforme os autores Attie (2001) e Crepaldi (2004) o controle interno tem quatro objetivos básicos: A salvaguarda dos interesses da empresa; AN02FREV001/REV 4.0 18 A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; O estímulo à eficiência operacional; e A aderência às políticas existentes. a) Salvaguarda dos interesses - Refere-se à proteção do patrimônio da empresa contra qualquer tipo de perdas ou riscos devido a erros ou irregularidades. Mas para isso é necessário que a empresa dê o suporte necessário para que o trabalho possa ser realizado. Os principais meios necessários para dar suporte à salvaguarda dos interesses da empresa são os seguintes: *Segregação de funções: Consiste no estabelecimento da independência entre as funções de execução operacional, custódia física e contabilização, ou seja, a mesma pessoa não pode ter acesso aos ativos e ao mesmo tempo aos registros contábeis, pois essas funções são incompatíveis em um sistema de controle interno adequado. Pois uma única pessoa não pode ser responsável por todas as fases pela qual passa uma operação. Cada operação deve ser independente dentro da empresa para que o controle interno funcione. *Sistema de autorização e aprovação: É o controle das operações de métodos de aprovações, conforme as responsabilidades e os riscos envolvidos. Sempre que possível à empresa deve ter uma pessoa que autoriza e outra que aprova para não expor a risco os interesses da empresa. Isso quer dizer que o funcionário que autoriza algum procedimento não pode ser o mesmo que aprova, pois se acontecer de o mesmo fazer as duas operações poderá ocorrer falhas, erros ou até mesmo fraudes, e a empresa nem ficará sabendo. *Determinação de Funções e Responsabilidades: Determina claramente as funções e responsabilidades de cada funcionário, preferencialmente por escrito, para que não haja duvidas. Um organograma bem claro pode definir a responsabilidade de cada setor e de cada funcionário; AN02FREV001/REV 4.0 19 *Rotação de Funcionário: É a troca do funcionário de setor ou de função, pois pelo rodízio de funcionários pode-se diminuir o risco de fraudes e erros, e ainda possibilita novas ideias para o trabalho e para as funções. *Carta Fiança: É determinada aos funcionários que lidam com valores a responsabilidade pela custódia de bens e valores, protegendo a empresa e dissuadindo, psicologicamente, os funcionários em tentação, podendo ainda se utilizar do seguro fidelidade, isoladamente ou conjuntamente com a carta fiança. *Manutenção de contas de controle: Indica a exatidão dos saldos das contas detalhadas, normalmente controladas por outros funcionários, permitindo assim a confrontação entre os saldos detalhados e o saldo sintético, e a aplicação de procedimentos que comprovem a exatidão dos registros. *Seguro: Compreende a manutenção de apólice de seguros, a valores adequados de reposição, dos bens, valores e riscos que a empresa está sujeita a sofrer, ou que venham a ocorrer. *Legislação: É a verificação permanente das atualizações da legislação vigente, com o objetivo de diminuir os riscos e não expor a empresa às contingências fiscais e legais pela desobediência a legislação vigente. *Diminuição de erros e desperdícios: Indica a detecção de erros e desperdícios na fonte, normalmente essas falhas ocorrem por controles mal definidos, falta de controles, cópias e vias excessivas, etc. Quando é feita uma divisão de trabalho identificando claramente às normas e procedimentos que devem ser seguidos evita a ocorrência dessas falhas. *Contagens físicas independentes: Corresponde à realização de contagem física de bens e valores periodicamente por pessoa independente ao custodiante, com o objetivo de maximizar o controle físico e resguardar os interesses da empresa. AN02FREV001/REV 4.0 20 *Alçadas progressivas: Compreende o estabelecimento de alçadas e procurações de forma escalonada, configurando aos altos escalões as principais decisões e responsabilidades. b) Precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais - Compreende a geração de informações adequadas e oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender os eventos realizados na empresa. Toda a empresa necessita de sistemas capazes de informar as ocorrências em cada seguimento ou setor, como por exemplo, a contabilidade, o fluxo financeiro e relatórios operacionais. Os principais meios para dar suporte à precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros conforme Attie (2011) são os seguintes: documentação confiável; conciliação; análise; plano de contas; tempo hábil; equipamento mecânico. *Documentação confiável: É a utilização de documentos e provas hábeis e independentes para registros de transações efetuadas com maior segurança e registros exatos. *Conciliação: Mostra as diferenças existentes entre as informações, buscando a eliminação de diferenças ocorridas. *Análise: Objetiva a identificação da composição analítica das contas que estão sendo examinadas, possibilitando a constatação de sua constituição; *Plano de contas: É a classificação dos dados da empresa, formadas em uma estrutura de contas, com um plano de contas definido de acordo com a empresa e baseado em um manual de contabilidade, usando-as adequadamente; *Equipamento mecânico: Corresponde a utilização de equipamentos eletrônicos e mecânicos buscando agilidade nos registros e na divisão do trabalho. AN02FREV001/REV 4.0 21 Esses meios devem ser adotados de acordo com as necessidades de cada empresa. c) Estímulo à eficiência operacional - Determina prover os meios necessários à condução das tarefas, com o objetivo de obter o entendimento, aplicação e ação tempestiva e uniforme. Os principais meios que podem dar suporte ao estímulo à eficiência operacional são: seleção, treinamento, plano de carreira, relatórios de desempenho, relatórios de horas trabalhadas, tempos e métodos, custo-padrão, manuais internos, instruções formais. *Seleção: Seleciona pessoas qualificadas para exercer com eficiência as funções específicas; *Treinamento: É a capacitação de pessoas dentro da empresa para exercerem à determinada função, resultando assim em um melhor resultado, menores custos e pessoal atento às atividades da empresa; *Plano de carreira: Determina a política da empresa em relação ao pessoal quando as possiblidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a satisfação pessoal; *Relatórios de desempenho: É a identificação de cada funcionário em relação ao seu desempenho, mostrando suas falhas, virtudes e deficiências. Por meio desse relatório é possível buscar aperfeiçoamento profissional e pessoal a cada funcionário, adaptando-o a necessidade de cada um; *Relatório de horas trabalhadas: Indica o tempo trabalhado de cada funcionário, possibilitando um acompanhamento administrativo mais eficiente, fazendo as correções e alterações quando necessário; *Tempos e métodos: Possibilitam o acompanhamento mais eficiente de execução das atividades, regulando possíveis ineficiências de pessoal; AN02FREV001/REV 4.0 22 *Custo-padrão:Permite o acompanhamento permanente do custo de produção dos bens e serviços produzidos, identificando benefícios e ineficiências do processo de produção; *Manuais internos: Sugerem clara exposição dos procedimentos internos, prevenindo a ocorrência de erros e desperdícios; *Instruções formais: Indicam as instruções a serem seguidas pelos funcionários, evitando interpretações duvidosas, mal entendidas e a possibilidade de cobranças indevidas. d) Aderência às políticas existentes – Tem como objetivo assegurar que as diretrizes e normas estabelecidas pela administração sejam seguidas pelos funcionários, para uma melhor eficiência na empresa. Os principais meios que visam dar embasamento para a aderência às políticas existentes são: *Supervisão: Possibilita melhor rendimento pessoal, corrigindo rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução das atividades; *Sistema de revisão e aprovação: Indica que as políticas e procedimentos da empresa estão sendo seguidos adequadamente; *Auditoria interna: Possibilita a identificação de transações realizadas pela empresa que estejam em consonância com as políticas determinadas pela administração. Conjugações dos objetivos do controle interno – Os objetivos do controle interno expostos visam à configuração de segurança adequada às atividades praticadas pela empresa, de forma vertical e horizontal. Os meios dizem respeito à forma pela qual os objetivos possam ser cumpridos. Além dos descritos acima ainda AN02FREV001/REV 4.0 23 podem existir muitos outros, dependendo do esquema proposto para a grandeza da empresa. A figura abaixo descreve simplificadamente os objetivos do controle interno: FIGURA 4 - OBJETIVOS DOS CONTROLES INTERNOS FONTE: Oliveira; Perez Jr. e Silva, 2002. 4 TIPOS DE CONTROLE INTERNO São meios de controle interno todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papéis, formulários, pedidos, notas, faturas, documentos, guias, impressos, ordens internas, regulamentos e demais instrumentos de organização administrativa Procedimentos administrativos Circuito da informação Contabilização Segmentos de Políticas eficientes Assegura a proteção aos ativos Evitar fraudes Captação de dados Corretos e confiáveis Controles adicionais Situação financeira correta Informação de acordo com os critérios e as normas estabelecidas De acordo com os princípios fundamentais da Contabilidade AN02FREV001/REV 4.0 24 e contábil. Segundo Crepaldi (2004), os tipos de controle podem ser contábeis e administrativos. 4.1 CONTROLES CONTÁBEIS Os controles contábeis compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o compõem. Compreendidos por: - Segregação de funções: cria independência entre as funções de execução operacional, custódia dos bens patrimoniais e sua contabilização, ou seja, pessoas que tem acesso aos registros contábeis não podem custodiar ativos da empresa. - Sistema de autorização, conferência e aprovação: controla as operações por meio de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos. - Sistema de registro: compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura formal de contas, existência de um Plano de Contas que facilita o registro das demonstrações contábeis, e a utilização de um manual descritivo para o uso das contas. - Auditoria interna: compreende o conjunto de procedimentos que tem como objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações contábeis, financeiras e operacionais da empresa. AN02FREV001/REV 4.0 25 4.2 CONTROLES ADMINISTRATIVOS FIGURA 5 – CONTROLE ADMINISTRATIVO FONTE: Disponível em: <http://pedrolorenzani.blogspot.com.br/2013/01/controles-administrativos-por- que-fazer.html>. Acesso em: 26 jul. 2013. Os controles administrativos compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da empresa, bem como seus registros financeiros. São exemplos de controles administrativos: - Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos; - Controle de qualidade; - Treinamento de pessoal; - Estudos de tempos e movimentos; - Análise das variações entre os valores orçados e os incorridos; - Controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados economicamente, AN02FREV001/REV 4.0 26 - Normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses da empresa no cumprimento dos deveres das funções; - Pessoal qualificado, que estejam aptos a desenvolver às suas atividades, sendo bem instruídos e supervisionados por seus responsáveis. 4.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CONTROLES CONTÁBEIS Os administradores da empresa são os responsáveis pelo estabelecimento do controle interno, com a verificação se está sendo seguido pelos funcionários, e também por sua modificação, adaptando quando necessário. Os princípios fundamentais dos controles contábeis são os seguintes conforme os autores Crepaldi (2004) e Almeida (1996): Responsabilidade; Rotinas internas; Acesso aos ativos; Segregação de funções; Confronto dos ativos com os registros; Amarração do sistema; Custos do Controle x Benefícios; Limitações do controle interno. 4.3.1 Responsabilidade As atribuições dos funcionários ou dos setores da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, por escrito, mediante o estabelecimento de manuais internos da empresa. As razões que se levam em consideração para definir as atribuições aos funcionários e setores são as seguintes: - Assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados; - Detectar erros e irregularidades; - Apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das transações da empresa. AN02FREV001/REV 4.0 27 A seguir alguns exemplos de tarefas internas de controle, para as quais precisam ser definidos os responsáveis: - Aprovação de aquisição/compras de bens e serviços; - Execução do processo de aquisição (cotação de preços, seleção de fornecedor e formalização da compra); - Certificação do recebimento de bens ou prestação de serviços; - Habilitação do documento fiscal do fornecedor para pagamento; - Programação financeira do pagamento; - Guarda de talões de cheques em branco; - Preenchimento dos cheques para pagamento; - Assinatura de cheques; - Pagamento do fornecedor; - Aprovação de venda; - Preparo da nota fiscal de venda, fatura e duplicata; - Controle de cobrança de vendas a prazo; - Programação financeira do recebimento; - Recebimento de numerário; - Preparo do recibo de depósito; - Depósito do numerário em banco; - Controle dos registros dos funcionários; - Determinação dos valores a pagar aos funcionários; - Pagamentos aos funcionários; - Controle físico sobre os ativos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, estoques, etc.); - Registro contábil das operações da empresa. AN02FREV001/REV 4.0 28 4.3.2 Rotinas Internas A empresa deve definirno manual de organização todas as suas rotinas internas, que podem ser as seguintes: - Formulários internos e externos, como, por exemplo: Requisição de aquisição de material ou serviços; Formulário de cotação de preços (para solicitar preços aos fornecedores); Mapa de licitação (para selecionar o fornecedor que ofereceu as melhores condições); Ordem de compra (para formalizar a compra junto ao fornecedor); Aviso de recebimento de material; Mapa de controle de programação financeira; Fichas de lançamentos contábeis; Boletim de fundo fixo; Carta de comunicação com bancos; Formulário de devolução de material; Pedido de vendas; Adiantamento para viagem; Relatório de prestação de contas de adiantamento para viagem; - Instruções para o preenchimento e destinações dos formulários internos e externos; - Evidências das execuções dos procedimentos internos de controles (assinaturas, carimbos, etc.); - Procedimentos internos dos diversos setores da empresa, como por exemplo: Compras no país e no exterior; AN02FREV001/REV 4.0 29 Contas a pagar; Programação financeira; Caixa; Controle de faturamento; Créditos e cobrança; Vendas; Fiscal; Almoxarifado; Controladoria. 4.3.3 Acesso aos Ativos A empresa deve limitar o acesso dos funcionários aos seus ativos e estabelecer controles físicos sobre esses. O acesso aos ativos da empresa representa: - Manuseio de numerário recebido antes do depósito em conta corrente bancária; - Emissão de cheque sozinha (única fatura); - Manuseio de cheques assinados; - Manuseio de envelopes de dinheiro de salários; Custódia de ativos (dinheiro em caixa, cautelas de títulos, estoques, imobilizado, etc.). São exemplos de controles físicos sobre ativos: - Local fechado para o caixa; - Guarda de títulos em cofre; - A fábrica deve ser totalmente cercada e na saída os funcionários ou terceiros com embrulhos devem ser revistados (poderiam estar levando indevidamente bens da empresa). AN02FREV001/REV 4.0 30 O acesso aos ativos pode ser de forma direta (fisicamente) ou de forma indireta, por meio da preparação de documentos que autorizem sua movimentação. 4.3.4 Segregação de Funções A segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma pessoa não possa ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, devido ao fato de essas funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno. Por exemplo, caso o funcionário tenha acesso aos ativos e registros contábeis, ele poderia desviar fisicamente o ativo e baixá-lo contabilmente como despesa, isso levaria a ocultar permanentemente a operação. Com a segregação de funções esse tipo de transação não acontece então cada empresa deve ter sempre esse controle. 4.3.5 Confronto dos Ativos com os Registros A empresa deve estabelecer que se faça seguidamente a confrontação dos ativos com os registros na contabilidade, com o objetivo de detectar desfalque de bens ou até mesmo registro contábil inadequado de ativos. São exemplos desses confrontos: - Contagem de caixa e comparação com o saldo razão geral; - Contagem física de títulos e comparação com o saldo da conta de investimentos do razão geral; - Conciliações bancárias (confronto com os lançamentos da contabilidade e o extrato bancário); - Inventário físico dos bens do estoque e do ativo imobilizado, confronto com os registros individuais e comparação do somatório dos saldos desses registros com o saldo geral da respectiva conta do razão geral. AN02FREV001/REV 4.0 31 Se a empresa não fizer frequentemente esse procedimento de comparação, fica em aberto a possiblidade para o responsável do ativo se apoderar indevidamente do mesmo. Importante ressaltar que esse procedimento deve ser efetuado por um funcionário que não tenha acesso aos ativos, pois poderiam ocorrer fraudes. 4.3.6 Amarração do Sistema O sistema de controle interno deve ser elaborado de maneira que sejam registradas apenas as transações autorizadas, por seus valores corretos e dentro do período de competência, esse procedimento exige uma série de providências, tais como: - Conferência independente do registro das transações contábeis, como, por exemplo: Transporte dos valores dos documentos para os registros iniciais; Transporte dos valores dos registros iniciais para os registros intermediários; Transporte dos valores dos registros intermediários para os registros finais; Transporte dos valores dos registros finais para o razão geral; Somas do razão geral e dos registros iniciais, intermediários e finais; - Conferência independente dos cálculos, como por exemplo: Cálculos da valorização das quantidades de estoques transferidas ou baixadas (matéria-prima transferida para produtos em processo, produtos em processo transferidos para produtos acabados e produtos acabados baixados para custo dos produtos vendidos); Cálculos das depreciações; AN02FREV001/REV 4.0 32 Cálculos da correção monetária sobre o ativo permanente e o patrimônio líquido; Cálculos das provisões (imposto de renda, férias, 13º salário etc.); Cálculos de atualização de dívidas em moeda estrangeira; Cálculos de elaboração das notas fiscais de vendas; - Conferência da classificação contábil de todos os registros finais (ficha de lançamento ou em sistema informatizado de lançamentos contábeis) por um contador; - Estabelecimento de controles sequenciais sobre as compras e vendas, de forma a assegurar que essas transações sejam contabilizadas na época devida. Deve ser centralizado o recebimento e aposta uma numeração sequencial nas cotas fiscais de aquisição de fornecedores. A contabilidade deve exercer um controle sobre a numeração sequencial das notas fiscais de compras e vendas, observando se elas estão sendo contabilizadas dentro do regime de competência; - As rotinas internas de controle devem ser determinadas de modo que uma área controle a outra. Por exemplo, em um sistema de compras e pagamentos, a empresa teria as seguintes áreas e rotinas envolvidas: Setor requisitante: informa ao setor de compras, por meio de um formulário de requisição, que necessita de determinado bem ou serviço; Setor de compras: verifica se a requisição do setor requisitante foi devidamente aprovada segundo os limites de competência estabelecidos nas normas internas da empresa, seleciona possíveis fornecedores com base em seu cadastro, faz cotação de preços junto a estes, seleciona o fornecedor que ofereceu as melhores condições comerciais e efetua a compra; Setor de recepção: recebe os bens e a nota fiscal do fornecedor, confere as quantidades recebidas e se os bens estão em bom estado; AN02FREV001/REV 4.0 33 Setor de contabilidade: recebe a nota fiscal do setor de recepção, faz o lançamento contábil (débito em estoque e crédito em fornecedores) e o envia para processamento do setor de computador; Setor de computador: processa o lançamento contábil e remete os relatórios contábeis para o setor de contabilidade; Setor de contas a pagar: recebe do setor de contabilidade a nota fiscal, verifica se foi devidamente certificada pelo setor de recepção, confrontando com instrumento formalizador da compra (ordem de compra ou contrato), enviado diretamente pelo setor de compras, habilitando-a para pagamento; Setor financeiro: recebe do setor de contas a pagar a nota fiscal, verifica se foi devidamente habilitada por esse setor e processa o pagamento; Setor de contabilidade: recebe o processo de pagamento do setor financeiro, verifica se todos os documentos estão em ordem, faz o lançamento contábil (débito em fornecedores e crédito em bancos) e envia para processamento no setor de computador. Agora analisaremos a possibilidade de algum dos setores mencionados colocarem um documento falso no sistema, com a intenção de se beneficiar posteriormente ao pagamento da mercadoria/produto: Setor requisitante: é impossível incluir em qualquer fase do sistema um documento falso, já que esse setor não tem acesso à nota fiscal do fornecedor no processo normal de compra e pagamento; Setor de compras: a mesma situação do setor requisitante; AN02FREV001/REV 4.0 34 Setor de recepção: o setor de contas a pagar detectaria, devido ao fato de que existiria uma nota fiscal sem que o setor de compras tivesse enviado o instrumento formalizador da aquisição; Setor de contabilidade: o mesmo caso do setor de recepção; Setor de computador: o mesmo caso do setor requisitante; Setor de contas a pagar: o documento falso até poderia ser pago; entretanto, o setor de contabilidade descobriria essa irregularidade por ocasião da análise da conta de fornecedores, já que não existiria o crédito (registrado pela contabilidade quando do recebimento do bem) para eliminar o débito pelo pagamento; Setor financeiro: a mesma situação do setor de contas a pagar. 4.3.7 Auditoria Interna Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser adaptado às novas circunstâncias. Os objetivos da auditoria interna são os seguintes: - Verificar se as normas internas estão sendo seguidas; - Avaliar a necessidade de novas normas internas ou de modificação das já existentes. 4.3.8 Custo do Controle x Benefícios O custo do controle interno não deve exceder aos benefícios que dele se espera obter. Isso significa que os controles mais sofisticados (normalmente mais AN02FREV001/REV 4.0 35 onerosos) devem ser estabelecidos para transações de valores relevantes, enquanto os controles menos rígidos devem ser implantados para as transações menos importantes. Por exemplo, uma empresa poderia adotar os seguintes procedimentos para a área de compras: QUADRO 1 - PROCEDIMENTOS PARA A ÁREA DE COMPRAS VALOR PROCEDIMENTOS Até 1 salário mínimo Não necessita de licitação. De 2 a 10 salários mínimos Licitação por telefone com no mínimo dois fornecedores. Acima de 11 salários mínimos Licitação por meio de formulário próprio com no mínimo três fornecedores. FONTE: Almeida, 1996, p. 57. Cada empresa deve adotar os procedimentos conforme suas necessidades e ramo de atividade. 4.3.9 Limitações do Controle Interno As limitações do controle interno são principalmente com relação a: - Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa; - Os funcionários não são adequadamente instruídos com relação às normas internas; - Funcionários negligentes na execução de suas tarefas diárias. Devido aos pontos relatados, mesmo no caso de a empresa ter um sistema de controle interno excelente, o auditor deve executar procedimentos mínimos de auditoria. AN02FREV001/REV 4.0 36 4.4 CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS FIGURA 6 - CONTROLANDO AS ESTRATÉGIAS FONTE: Disponível em: <http://marcomeda.wordpress.com/2010/10/13/> Acesso em: 26 jul. 2013. Nas empresas o controle interno deve ser visto como um instrumento de gestão, pois o sistema normativo, as políticas, diretrizes e toda a estrutura organizacional da empresa podem ser considerados integrantes do sistema de controle interno, (OLIVEIRA; PEREZ JR. e SILVA, 2002). O tipo de estratégia e de estrutura deve condicionar as características do sistema de controle interno, assim acabam facilitando a formulação de estratégias e aperfeiçoamento da estrutura organizacional da empresa, (OLIVEIRA; PEREZ JR. e SILVA, 2002). De tal modo, pode-se dizer que os controles internos estratégicos são fundamentais no contexto estrutural e para servir de guia para o dimensionamento e tratamento de outras categorias de controles internos. AN02FREV001/REV 4.0 37 Para ficar mais claro sobre o controle interno estratégico, segue abaixo um exemplo real, retirado de um artigo jornalístico publicado em 13 de julho de 2001 na página A-1 do jornal Gazeta Mercatil, de autoria de Josette Goulart, (OLIVEIRA; PEREZ JR. e SILVA, 2002). Exemplo: “Empréstimos era somente para clientes de primeira linha da empresa, poucas operações eram feitas em longo prazo. Quase todas as operações de crédito para empresas foram suspensas em alguns bancos nesta semana. O agravamento da crise argentina e a nova disparada dos juros futuros deixaram os banqueiros apreensivos e com isso passaram fazer empréstimos somente para os clientes mais antigos. Os bancos frearam as operações de crédito para as empresas nesta semana e somente os clientes antigos e considerados de bom risco têm conseguido financiar valores, e com custo alto. As taxas de juros futuras, que balizavam o custo do dinheiro, voltaram a disparar. As de curto prazo chegaram até subir cinco pontos percentuais em um mês e os banqueiros dizem que mesmo assim ainda há demanda. Os novos clientes que pedem financiamento, dispostos a pagar o alto preço, são vistos com desconfiança, por isso a análise de risco está mais rigorosa e o prazo de empréstimo gira em torno de noventa dias. Os bancos não querem correr riscos de inadimplência. No HSBC, as operações de longo prazo foram suspensas; somente os antigos clientes têm conseguido financiamento, mesmo assim de curto prazo. No Sudameris, a ordem é apertar o crédito e as operações estão praticamente paradas. A palavra de ordem é cautela.” Então com esse exemplo fica claro como funciona o controle estratégico em uma empresa, seja qual for o ramo. AN02FREV001/REV 4.0 38 4.5 CATEGORIAS DE CONTROLES INTERNOS Os controles internos podem ser classificados em categorias, conforme suas finalidades, segundo Crepaldi (2004), podem ser divididas nas seguintes categorias: a) Controles organizacionais, inclusive segregação de funções; b) Controles de sistemas de informação; c) Controles de procedimentos. 4.5.1 Controles Organizacionais Os controles organizacionais referem-se ao controle obtido por meio da maneira de designar responsabilidades e delegar autoridades. Geralmente as empresas ficam impossibilitadas de administrar ou supervisionar pessoalmente as operações da empresa, assim necessita de uma estrutura organizacional bem forte e adequada para suprir essa necessidade. Para se obter eficácia na execução e controle das operações dependerá das seguintes considerações, conforme Crepaldi (2004): Atribuição de responsabilidades e delegação de autoridade definidas claramente; Segregação de funções incompatíveis para evitar que sejam controladas por qualquer indivíduo ou departamento da organização; Fornecimento de recursos, inclusive pessoal competente, em quantidade suficiente para o cumprimento das responsabilidadesatribuídas; Existência de sistemas de medição e avaliação de desempenho. AN02FREV001/REV 4.0 39 É importante que essas delegações de funções sejam feitas por escrito, documentadas em manuais da empresa, organogramas ou nas descrições de cargos. 4.5.2 Controle do Sistema de Informações Os controles de sistemas de informações são obtidos mediante informações aos níveis adequados da administração. Na maioria das empresas, o planejamento e o controle dependem do conhecimento que a administração tem das atividades e operações da empresa. Como a direção da empresa não pode estar presente em todas as operações da empresa, o sistema de informação serve para que a administração fique sabendo de todas as operações da empresa. Os sistemas de informações variam de empresa para empresa, assim é impossível projetar um sistema de informação típico, capaz de ser utilizado como meio de comparação para determinar os pontos fracos e fortes de determinado sistema, mas mesmo assim podem ser destacadas algumas características que não podem ser omitidas em um sistema de informação: A informação deve ser suficientemente detalhada para permitir identificação das operações com erros ou falhas, ou possíveis problemas que possam ocorrer; Os relatórios devem conter informações relevantes para os usuários; A forma de apresentação deve destacar a informação de maior importância; A informação deve ser distribuída conforme as responsabilidades atribuídas; AN02FREV001/REV 4.0 40 A informação deve ser usada pelos que tenham competência e tempo necessários para compreender seu significado e adotar medidas corretivas, quando necessárias. Mas é importante ressaltar que o controle não existe mediante o simples fornecimento de informações e, sim, com o uso que a administração da empresa faz desta. 4.5.3 Controles e Documentação de Procedimentos FIGURA 7 - DOCUMENTAÇÃO FONTE: Disponível em: <http://ginter.com.br/documentacao-necessaria-mudanca>. Acesso em: 26 jul. 2013. Controles de procedimentos referem-se ao controle obtido mediante a observação de políticas e procedimentos dentro da empresa. Quando o plano de organização é elaborado, devem ser expostas claramente as funções e responsabilidades de cada pessoa envolvida na empresa. AN02FREV001/REV 4.0 41 Os procedimentos contábeis e de operações deveriam ser documentados em manuais de contabilidade e de procedimentos, e fluxogramas que mostrem as políticas e instruções da empresa. Quando os procedimentos, instruções e designações são por escrito, evitam o trabalho duplicado, sobreposição de funções, omissão de funções importantes, mal entendidos e outras situações que podem enfraquecer os controles internos. Outro aspecto de controle geralmente se encontra por escrito em tais manuais é o plano de contas. Um manual de contas facilita a aplicação de políticas contábeis, o registro de transações e a elaboração de demonstrações financeiras. Um bom manual de contas deveria conter descrições exatas e concisas dos lançamentos a serem feitos em cada conta. 4.5.4 Autorização e Aprovação A autorização é a decisão da gerência de utilizar determinados bens para um fim específico, sob determinadas condições. A autorização pode ser geral quando se referem a todas as transações que satisfazem determinadas condições, como por exemplo, limites de crédito para clientes, ou específica quando se refere a uma transação em particular, como por exemplo, a compra de um ativo. Então deve sempre existir um sistema de autorização em vários níveis e um de aprovação que assegure que o pessoal atue no âmbito dessa autorização, e sempre devem ser feitas por pessoal autorizado. 4.5.5 Acesso aos Ativos A custódia dos bens da empresa é uma das principais responsabilidades de uma administração. Um sistema contábil bem estruturado, sólido e que conte com pessoal suficiente é um meio eficaz de proteger os bens da empresa. Ainda ao AN02FREV001/REV 4.0 42 mesmo tempo, existem outros tipos de proteção que podem aumentar a eficácia do controle interno, quais sejam as medidas físicas e intrínsecas de proteção. 4.5.5.1 Medidas físicas de proteção Os bens devem ser protegidos mediante o uso de dispositivos de custódia, alguns deles são: Cercas e portas; Vigilantes; Caixas fortes; Sistemas de ferrolhos; Sistemas de alarmes; Caixas registradoras; Dispositivos contra incêndio; Máquinas registradoras; Circuito fechado de televisão; Sistemas de alarme contra incêndio; Crachás de identificação de empregados. 4.5.5.2 Medidas de proteção intrínsecas Certas medidas, por sua própria natureza, ajudam a administração a se desincumbir da responsabilidade de proteger os bens da empresa. Um exemplo desse tipo de proteção é a cobertura de seguro adequada. Entre os tipos de seguro que protegem os bens da empresa citam-se: Contra incêndio; De responsabilidade civil; Contra roubo; Seguro-fidelidade; AN02FREV001/REV 4.0 43 Contra lucros cessantes; De vida dos funcionários que ocupam posições-chaves; Contra acidentes de viagem; Contra acidentes de trabalho. Essas são as categorias importantes de controle interno. 5 FUNÇÃO DO CONTROLE INTERNO COMO UMA FERRAMENTA DE GESTÃO O controle interno nas organizações é fundamental, uma vez que os gestores necessitam de ferramentas que possam medir e identificar os processos desenvolvidos dentro da organização, sendo uma das ferramentas mais importantes na gestão de uma empresa pública ou privada, auxiliando os gestores na administração destas, com objetivo principal de inibir ocorrência de erros, atos falhos, evitando o desperdício e o uso indevido de recursos e bens. Por meio do controle interno nos diversos setores da empresa, o gestor pode ter o controle de gestão como uma ferramenta muito importante no controle administrativo da empresa. Com essa ferramenta os gestores da empresa poderão controlar os ativos e ter as informações necessárias para a tomada de decisão. A ilustração abaixo mostra como o controle interno bem estruturado serve de ferramenta de gestão. AN02FREV001/REV 4.0 44 ILUSTRAÇÃO 1 - CONTROLE INTERNO – FERRAMENTA DE GESTÃO Atos Papéis Formulários Documentos Pessoal Fatos FONTE: Adaptado de Attie (2011) FIM DO MÓDULO I Sistema de informações de coleta e de controles internos Órgãos legais e reguladores, sociais, fiscais, etc. Compilação Princípios de contabilidade Registros contábeis e de controles permanentes Demonstrações e informações contábeis Contábeis Gerenciais Controles Financeiros
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