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1.3Resistenciaao movimento que a resislcnciaclecmva sejacalculaclacleforma a ser inversamcnleproporcional ao raia ciacmva, como na expressao: 17 em que R,: G: r: G R,. =698-; r resislcncia clecmva [N); pesocia10comolivaou vagao[kN); e raio ciacmva [m]. (1.16) Como paraa resistcnciabasica,existemoutrasf6rmulasparaeslimar a resistcncia de curva e em toclaselas a resistcncia de curva e inversamenteproporcional ao raio ciacurVet.0leitor interessaclocleveconsultaroutrasfonles3 paraohter essas formulas. Excmplo 1.1 Delerll1;lIar a res;slellc;a adicional que alLla sabre 11/11 l'£lgr/ode c(//ga de peso brlllo lola/ de 100 I, ao elllrar IIllll1a curva cujo raio If 500 111. SollJ~iio: Usando-se a expressiio 1.16,oblcm-se que UIll vagiio de cargade J 00 lon, passa a enconlrar a seguinlc resislcncia adicional ao cntrar nllllla cllrva de 250 III de raio: 980,6 . Rc =698. 500 =2378N. Compen.5a~iioderampasemcurvas Aincla quea resistcllciaespecfflcaclecmva nuosejamuito grancle(no Exemplo 1.1 e 24 Nit), a resistcnciaclecurva pocleprejudicar a opera<;:aode composi<;:5esem rampas fngrcmes, ja que normalmcnte as composi<;:5essao climcnsionaclaspara explorar ao maximo a polencia claslocomolivas. Por isso, cosluma-se projclar a ferrovia de lal forma que a inclina<;:aociarampae reduziclanas curvas, de fOrlna a compensara resistcnciaadicional causaclapela cmva. Assim, pocle-segarantir que a soma ciaresistenciaclccurva e ciaresistcnciaclerampae menor au igual ~I resistcnciadc rampaenconlradana rampamaximaclotrecho: ( 1.17) Essas ral/1fJas eOll1fJensadas garantemuma utilizac;:aomais eficicnte ciapotencia disponfveldaslocomotivas,pot'queevitamanecessidaclededaraotremcapaciclade adicional de trac;:aoque s6 seriautilizaclaem algumascurvas. 3Brina.H.L. (1982).Estradasde Ferro. LivrosTccnicosc Cicnlfficos,Rio dc Janciro. 18 Capitulo 1. Mecanlca da locomoc;:ao de veiculos ferrovlarlos Excmplo 1.2 Detertllil/ilr qual a redu(tio na rampa necessaria para compel/sa;'0 efeito da CllrViI tie 2501/1 tie raio, tio Exemplo 1.1. Sohll;ao:ParacalclilaI'arampacompensadadotrechoemCllrva,deve-sedelerminar i.l rampaqueprovocariaumaresistenciaequivalenteacausadapelacurva.No caso dacurvade250m deraio,essarampaequivalentepodeserealculadaa partirdo valordaresisteneiadeeurva,2378N: 2378 Rc = Rg =>2378= 10.(980,6).i=>i= 9806=0,24% No easo,searampaaolongodeumacurvade250mderaioforreduzidaem0,24%, o lrempodeoperaI'semnecessidadedeaumentarsuacapacidadedetrac;ao. S6 existea necessidadedecompensara rampaseRgmilx < Rg(i) +Re. Seja imaxa rampamaximano trecho,pode-sedeterminara rampalimiteilim, quee a maiorrampaquenaoprecisasercompensada: Rgmax = Rg(ilim) +Rc 10. G . iilia x - Re 'Iim = lOG 10.G . imax= 10. G, i1im+Rc ::::} . . 69,8 'tim ='m"x ~ ~~ (1.18) r PO/-tanto,searampai numacurvafor maiorquehim, deve-serebaixa-Iaparailim' Excmplo 1.3 Supo/llio-se que a rampa maxima IllItlltrecho seja /.2%, "eterminar qual a rWllpa limite para curvas de 250m de raio. Sohll,ao: Paraumacurvade 250m de raio e ram-pamaximade 1,2%,a rampa limite,acimadaqualdeve-sereduzira inclina«aoparaevitarosefeitosdeleterios daresistcnciadeClll'va,podesercalculadapelaEqua«ao1.18: 69 8 69 8 ilim = imax- -'- = 1,2- -'- =0,92% r 250 Ou seja,paranaosernecessarioaumentaracapacidadedetrac;aodacomposi«ao, lodasascurvasde250mderaiodevemtel'compensa«aoderampaseestiveremem Irecl10sondea inclina«aofor maioI'que0,92%. 1.4 Determinafao da velocidade de equilibrio Considereum tremqueviaja ao longode urn trechoretoe plano. Esse trem locomove-sesobaa<;50deumafon;amotrizF( edelimafor<;aR( queearesultante dasfor<;asqueresislemaomovimento. 1.4Delermlnn"lIode velocldadede equlllbrio Se 0 lrecho creta e plano, a resultanle Rt e a soma da rc- sistenciaao rolamcnto Rr e da resislenciado ar R" e echarnada de resistenciabasica. TanIOa for~amotriz como a resislenciaba- sica atuamnamesmadire~ao,a dire~aodo movimento,porcmem senlidos conlnlrios. 0 movimentodo trerndependeda resultante dessasduas for~as: se F, - Rt f. 0, a cOinposi~aoesta acelc- rando au desacelerando;se Ft - R, =0, a velocidade do lrem manlcm-seconslante. 19 Fig. 1.14:F()r~·asaluandonadirc~aodo movi- menlo Quando F, =R" a velocidade 11qual 0 trem viaja c chamadade ve/ocidade deequiUbrio.Uma vez alcan~adaa velocidadede equilfbrio. a velocidadeem que o lrem movimenta-sernanlcm-seconstantese a potencia do motor for mantida constantee se nao surgirem outras componentesda resistcncia- quc podcm ser gcradaspor uma curva ou uma rampa. A rcsistencia increnteao movimcnto varia corn a velocidadc e deveser caicu- lada ern run~aodo numerode locomotivase de vag6esque formam a lrem: em que R,: RrL: Rrl': R"t.: R"I': Ill, : 11v: R, +R" ilL R't.+"v R,I' +11LR"L +111' Rol' resistcllciabasicatotal; resistenciade rolamentode uma locomotiva; resistenciade rolamentode urn vagao; rcsistenciado ar de uma locomotiva; rcsistenciado ar dc um vagao; numerodc locomotivas;e numerode vag6es. ( 1.19) Como na velocidade de equilfbrio, a ror~amolriz (Equa~ao1.8)e igual 11re- sistellcia total ao movimenlo, pode-sedeterminar0 valor da velocidadede equilf- brio igualando-seas Equa~6es1.8e 1.19: ( 1.20) A Equa~ao1.20 c um polinomio do lerceiro grau que pode ser resolvido com uma certa facilidade. No enlanto, a solu~aografica paradetermina~aoda veloci- cladede equilfbrio c mais interessante,pais pennite observar0 camporlamenlodo lrem sob diversassitua~6es.Alcm disso, a soJu~aognHica facilita a determina~iio de novasvelocidadesde equilfbria em rampasau curvas. 20 Capitulo1.Mecanicada locomoc;;aode veiculosferroviarlos Graficamente,a determinac;aoda velocidadede equillbrio consisteem estabe- lecer, num gnHico cartesiano,0 ponto em que a func;aoforc;amotriz interceptaa func;aoresistenciainerenteao movimento. 0 exemploa seguir ilustracomo obter uma solllc;aognHicaparaa velocidadede equillbrio. Excmplo 1.4 Seja /111I trem q/le viaja flum trecho reto e plano e e compostopor 3 loco- motivas de 3000 lip, com peso de 1300 kN cada, e 80 vagoes de millerio, COllipeso de /100 kN aula. Sabe-se q/le a area frontal das locol/lotivas e de /0 m2, e ados vagoes, 8,51112;tantoos vagoesCOIllOas locolllotivas temquatro eLms,selldo q/le IWSlocolllotivas todos os eixos sao eixos lIlotrizes. A velocidade Ilulxima das locolllotivas e /05 kill/ii; a millima, /5 kill/II; e a aderencia, 0,2.Dererminar a velocidade de equilfbrio dessetrem. Soluc;ao:Umavezdeterminadasascurvasquemostramavaria~aodafor~amotrize daresistenciabasicaemfunc;aodavelocidadedotrem,asolur,;aoeobtidaplolando- seasduasfunr,;5csnumgnificoforc;aV.I'. velocidade,sendoquea velocidadede equillbrioedetcrminadaemfunc;aodopontoondeasduascurvasintcrceptam-se. Calc/lto dafon;a motriz: A func;aoquemostraa variar,;aodo esforc;otralorcoma vcJocidadcedadapclaEquar,;ao1.8: nl P 3.3000 19575 F,=2175 -~- =2175 -V- =-V- [kNI (1.2 I) No entanlo,a for~amotriznaopodesermaiorque0 limitedaaderencia.No caso, f =0,2,0 quefazcomqueFIlii" = f J;I =3(0,2.1.300)=780kN - ouseja,se a forr,;alllotrizfor maiorque780kN, asrodasderrapame° lremnaosemove. Comoa vclociclademaximado treme 105km/h,a forr,;amotrize nulaparavelo- cicladesacimadamaxima.0 grMicociaFigura I. 15moslraa funr,;aoforr,;amOlriz paraeslacomposi~ao. Cdlcuto da resiSlellcia inerellte: 0 calculodaresistcnciainerenlerequeradelermi- na~aotlasvariasparcclasdaresistenciaparaaslocomotivas(R".) e raraosvag6es (R'I,)' A resistellcia total de rolamenlO C calculadaa partirtlasomadasresislenciasde rolamenlodaslocomolivasedosvag6es: • Locomolivas: •Vag6cs: ( C~XL )nL c I + 0I. +C3 V G L 4.035+35,1 V [Nj ( OXv )IIV CI + OV +C3V Gv 97.200 +1.144V INI ( 125.4 ) 3 0,(>5+~- +O,009V 1.300 1.300 ( 125.4 ) 80 0,65 +-- +0,013V 1.100 1.100 800 600 Z ~IV~ 4000 u.. 200 00 1.4Determlnaf;aoda velocldadede equllibrlo Reslstdnc/s basics ~. II. I Vequfllbrlo : ~: 20 40 60 80 Velocldsde (km/h) 'Fig.1.15:Solu~aogrMieaparaaveloeidadcdeequillbrio • Rcsislcncialolaldc rolamcnlo: 100 21 RI' = RI'I. + RI'v = 101.235+ 1.179,1 V IN] ( 1.22) A res;stellc;a aerod;/I(/III;c;a lambcmdevcserealculadaparalocolllolivasevagocs: • Locolllot;vas: • Vagaes: Rtlv =IIV (ctl Av V2) =80(0,009.8.5. V2) =(),12 V2 IN] • Res;sfellc;a {fC'md;/l(/III;ca fofal: R" =ROt +Rov =1.38 \12+(),12 V2 =7,5 V21NI (1.23) Assim scndo,a resisfellc;a ;lIerellfe ao /11ov;lIIellfo fotaf c a sOl11aoasresislcncias tolaisderolamenlo(Equa~ao1.22)edo ar(Equa«ao1.23): RI =Rr +Rtl =101.235+1.179,/ V +7,5V2 IN] (1.24) A Figura 1.15 1110slraa run~aoresislcneiainercnleploladana mcsl11acscalada run~aofor~amolriz4. 0 leilor devenolaI'que0 usade ullla planilhaelelr6nica faeililabaslanlea plolagcmdessasduasfun~6es. o ponlode inlerse~aodasduaseurvasdeterlllinaa veloeidadede equilfbrioque, confonnemostra0 graficodaFigura 1.15,e 80km/hparaeslaeomposi«ao.Se a Equa~ao1.20 forusada,a valorparaa vcloeidadedeequilfbrioc 80,2 klll/h,muilo proximodo oblidoeoma solu~aogrMica. 4Nole-sequeasforr,:asesUiodadasem[kN j, aopassoqueaEq. 1.24 fornceca resislclleiab,lsica em [N). 22 Capitulo1.Mecanicada locomo¥aode veiculos ferrovlarlos 1.4.1 Eleita de rampas na velacidade de equilibria A determina~aognHica da velocidade de equilfbrio de urn trem que viaja num trechoretoe plano pennite deterrninar,corn facilidade, a velocidadede equillbrio numarampa,como se veraa seguir. Conforme indica a Equa<;ao1.24,a resistenciabasica do trem varia com a sua velocidacle; a resistenciade rampa, entrelanlo, e uma for~aconstanteque nao depcncleciavelocidacle.Assim sendo,pode-sedeterminara resistenciatotal R = R1 +Rg de urn tremque viaja numarampade declividacleiaclicionando-se uma parcelaconstanteRg = 10G ia resistenciainerenteao l11ovimento.A nova velocicladede equilfbrio ciacomposi~aoe a que correspondeao novo ponlo cle inlerse<;aoenlre a curva ciafor~amotriz e a curva da resistcnciatotal. 0 exemplo a seguir moslra como proceclerparacleterminar0 efeito de rampas,uma vez que as curvas for~amOlriz e resistenciabasica VS. velociclaclelenhamsicloplotadas. ExemplI)1.5 SlIpOII!l£Iqlle 0 (remtlo Exemplo 1.4pI/sse a viajar II11mae/il'e tie 0,65%.A tletenllill(J{"{iotI(J lIova velocitladede eqlli/[brio do (rempode serfei((J gmjicamell(e, COIllO IIlIiS(mtio a segllil: Soh,,;ao: Sabendo-sequea resislenciade rampaC constanIe e naodependeda velocidade,pode-sedelcnninararesistencialolal R doIremnarampaadicionando- se R~= lOG i a resislencialotalde rolamento.0pesoG correspondeao peso 10laldo Irelll, iSlo e, e a somados pesosdas locolllolivase dos vagoes:G = IIJ. G J. +IIV G v =3 . I. 30n +80. I. 100=91.900 kN. A resislcncialotal<1<: l"iIl11pae: Rg = 10(111.Ch +Ilv Gv)i = 10.91.900.0,65 =597.350N. (1.25) ComiSIO,aresislcncialolaldotrempodeserdelerminadaapartirdasEqua~6es1.24 e ].25: ? R =R1 +Rg =698.585+1.179,I V +7,5V- N. ( 1.26) ogralicodaFigura1.16moslraadetermina~aogrM!cadavelocidadedeequilfbrio nllm<lral11pade0,65%que,comopodeserViSIO,eligeiral11enlesuperiora25kl11/h (aso]ur,aoexalae26,6km/h). NUllla descida, 0 trem nao precisa utilizar a for~amolriz maxima. De falo, pode-s~suporque a pOlenciautilizada numadescidaezero - isto e,as l11otoresde tra~aonao saoacionadosparamovera trems. 5Na v<:rdad<:.IHlma (kscida. os lIlo1orcs de tnlliao saD lIsados para rrcar dinalllicamcnt<:() Irclll. conformc discllliLio no it<:m1.5.
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