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26 Capítulo1.Mecânicada locomoçãode veículosferroviários A força de frenagemlimite, queéa maior força quepodeserusadapara'frearo trem,dependedo coeficientede atritoentreasrodase os trilhos e da força normal nasrodasquesão freadas.O coeficientede atritonormalmentevariaentre0,2 para velocid~desbaixas e O, I para velocidadesaltas, dependendodo estadodo trilho (úmido, seco,ou sujo). A forçade frenagemlimite que podeserdesenvolvidapor um trem num trechoplano é a somada força máxima de frenagemque pode ser aplicada em cadaroda do tremsemque haja calagem. Como existemsapatasde freio em todasas rouasdo trem,a força de frenagemlimite é: em que F· .Jlim' };: força limite de frenagem[N]; coeficientede atritoentreo trilho e a roda; númerode locomotivas; normalao pesoda locomotiva [N]; númerode vagões;e normal ao pesodo vagão[N]. (1.27) 1.5.2 Força efetiva máxima de frenagem Como os sistemasde frenagemnãosãoperfeitos,a força de frenagemqueefetiva- mentepode ser usadaé inferior à força limite de frenagem. A força de frenagem que efetivamentepode serobtida numtremqualqueré: em que F ..I111ax· força de frenagemefetivamáxima [N]; fator de eficiência do sistemade frenagem;e (1.28) os demais parâmetrossão os definidos para a Equação 1.27. A eficiência I] dos sistemasde frenagemétipicamenteda ordemde 30%. Exemplo 1.7 Seja o Irem do Exemplo 1.4,compostopor 3 locomotivas (G L = 1300kN) e 80 vagões (G li = 1100kN). A força limite defreI/agem e aforça máxima defreI/agem quepodem ser de.\·e/ll'olvidaspor estetremIl/Im trechopial/o podem ser calcl/ladas como se mostra a seg1/iI: Solução:A forçalimitedefrenagemdepcndcapcnasdocoeflciclltcdc atritoeda normalaopcsodo lrcm.Supondoqueococ/lcicntcdcatriloscjaigualaO,1,aforça limitcdc frcnagcmseria: Fliim =O,I. (3.1300 -+ 80. '11(0)=9190kN. 1.5Frenagemde composições ferroviárias A forçamáximade frenagemlevaemcontaa eficiênciado sistemade freios.que podeseradmitidacomo'7=30%: FI;"", =0,3.0,1. (3.1300+80.11(0) =2757kN. A resistênciainerenteaomovimento,poratuarsemprenosentidocontrárioao Illovimento,ajudanoprocessodefrenagem.Apesardisso,écostulllei1'0 ignoraro efeitodaresistênciainerentesobreafrenagem,mesmoporqueovalordaresistência inerentedcpendedavelocidade,oquetornamaiscomplexaasoluçãodoproblcma. Numdeclive,aforçaefetivamáximadefrenagemdevesermaiorqueacomponente dopesoqueatuanadireçãodomovimento(aresistênciaderampa). Exemplo 1.8 Suponhaqueo tremdoExemplo1.4estejaviajandonumdecfil'ede2%,no quala velocidademáximapermitidaseja 70km/h.A força defrenagemnecessáriapara mantero tremoperando(/ 70km/hpodeserdeterminadacomomostra-sea seguil: Solução: Se estetremestiveroperandonumdeclivede2%, a forçade frenagem necessáriaparamanterotremoperandoàvelocidademáximapermitidaéadiferença cntreaforçadepropulsãoqueatuasobreo trem(quenocasoéapenasacomponente daforçadagravidadequeatuanadireçãodomovimento.já quenumdeclivedetal magnitudenãoseusaa forçade propulsãodosmotoresdetração)e a resistência básicado trem: 27 FJ F[ FI 10G III - r R,(V) + R,,(V)] =} (80. 1.100+3 . 1.300). 10.2 1.000 - [R,(V) +R,,(V)l =} 1.838- r R,(V) +R,,(V)l kN. A forçade frenagemdetiva máximaé F[ = '7.1;N. A normalao peso.numa rampade 2% é N = G cosQ'. Como umarampade 2':;', cOITespondea um ân- gulo de 1,1450e cos 1,1450 =0.9998,pode-sedesprezaro efeitoda rampana normalao peso. Assim sendo,sea velocidademáximapermitidaparao ramalé VIII'" =70 km/h,a composiçãopodesermantidanestavelocidade,já quea força de frenagemnecessária(FI) é menorqueamáximaefetiva,FI;"a, =2757kN. 1.5.3Distância de frenagem A distânciatotalparafrenagemdo trem,d podesercalculadaa partirda desa- celeraçãoaplicadapelosfreios,o, e dasvelocidadesinicial (vo) e final (v) do trem: 122 d =-(v - vo)'-20 28-----------~--_._---~-----_. Capítulo1.Mecânicada locomoçãode veículos ferroviários Desprezando-seo efeito da resistênciainerenteao movimento,pode-seestimara distância total de frenagemcom grandefacilidade. Seja G o peso total do trem, /71 sua massatotal e g a aceleraçãoda gravidade;como FI" =ma, FI" =1]G}; e G = JIIg, a desaceleraçãode frenageméa = I}gj; =2,943};e a distância total de frenagemd édadapor: .) o v- - vãd=~-- -2a o o v- - vã -S,S86j; , (1.29) sendoqueasvelocidadesve Vo sãodadasemmetrosporsegundo.Seasvelocidades foremexpressasemquilômetrospor hora,aEquação 1.29 podeserreescritacomo: v2 _ ~2 d= o -3,62.5,886}; v2 _ V2o -76,28}; (1.30), em que ti: V: Vo: j;: distânciatotalde frenagem[m]; velocidadefinal do trem [km/h] velocidadeinicial do trem [km/h]; e coetlcientede atrito roda-trilho. Exemplo 1.9 Qllala distâllcia necessária para o trem do Exemplo IA parar completa- melltequando estiver t/"{lfegando11(/ velocidade de equilibrio, 111/111 trecho reto e plano? Solução: Numtn;choreloeplano,avelocidadedeequilíhrioégOkll1/h.Supondo- sequef; =O,) 5 pode-seusaraEquação1.10paracálculodadislflncianecessária paraa paradacompleta(V =O): 0- X02 d = =559111. --76,2H.O,15 1.6 Comprimento máximo do trem () comprimento máximo de um trem, isto é, o nLÍmeromáximo de vagõesque podem ser rebocadospelo conjunto (lê locomotivas"é determinadopor uma série (Ie fatores: • a potênciae o númerode locomotivas; • o pesobruto totaldos vagõese das locomótivas; • ascaracterísticasgeométricasdo trecho(declividadedos aclivesedeclives); • a capacidadede cargados engates;e
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