Buscar

apostila vetparasito revisado2016

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA 
CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA I: ROTEIRO DE AULAS 
 
 
 
 
 
Profa. Dra. Helcileia Dias Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araguaína-TO 
2016 
 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS 2 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS DE ACORDO COM O COMPORTAMENTO 
BIOLÓGICO 
2 
3. NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 5 
4. ARTRÓPODES ARACHNIDEOS 6 
4.1 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA 6 
4.2 MORFOLOGIA GERAL 6 
4.3 CARRAPATOS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA 7 
4.3.1 Superordem Parasitiformes 7 
4.3.1.1 Ordem: Ixodida (= metastigmata) 7 
4.4 ÁCAROS MESOSTIGMATAS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA 13 
4.4.1 Ordem Mesostigmata 13 
4.4.1.1 Coorte: Gamasina 13 
4.5 ÁCAROS CAUSADORES DE SARNAS 16 
4.5.1 Superordem Acariforme 16 
4.5.1.1 Ordem: Sarcoptiformes 16 
4.5.1.2 Ordem: Trombidiformes 19 
5. INSETOS DE IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 21 
5.1 CARACTERÍSTICA GERAIS 21 
5.2 ORDEM: PHTHIRAPTERA 
5.3 5.3 ORDEM: SIPHONAPTERA 
 
27 
5.4 ORDEM: HEMIPTERA 29 
5.5 ORDEM: DIPTERA 32 
5.5.1 Subordem: Nematocera 32 
5.5.2 Subordem: Brachycera 36 
6 PROTOZOÁRIOS DE IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 42 
6.1 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA 42 
6.1.1 Filo: Sarcomastighophora 42 
6.1.2 Filo: Apicomplexa 46 
6.1.2.1 
 
Classe: Coccidia 46 
6.1.2.2 Classe: Piroplasmidia 50 
6.1.2.3 Classe: Haemosporidia 51 
 BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
1. RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS 
 
 
1.1 RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS 
 
Colônias (reprodução por brotamento) 
Sociedades (indivíduos unidos pelo instinto de associação) 
Canibalismo (uma espécie se alimenta de outra da mesma espécie) 
 
1.2 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS 
 
1.2.1 Simbiose: não ocorre prejuízo para nenhuma das espécies 
a. Mutualismo: vantagens recíprocas, indispensáveis para ambas as espécies Ex. protozoários do 
rúmen 
b. Comensalismo: apenas uma espécie é beneficiada. Ex. peixe-piolho 
c. Inquilinismo: uma espécie vive no interior de outra, onde encontra abrigo. Peixe Fierasfer x 
pepino-do-mar. 
 
1.2.2 Parasitismo: um ser que se alimenta de outro. O hospedeiro é indispensável ao parasito que dele se 
alimenta. 
 
1.2.3 Predação: uma espécie ataca e devora a outra. 
 
1.2.4 Competição: disputa por melhores condições entre espécies diferentes que ocupam o mesmo habitat. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS DE ACORDO COM O COMPORTAMENTO BIOLÓGICO. 
 
2.1 EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE HOSPEDEIROS 
 
Monoxeno ou direto: necessita apenas um hospedeiro para completar o ciclo. 
Heteroxeno ou indireto: necessita mais de um hospedeiro para completar o ciclo 
 
2.2 EM RELAÇÃO AO TEMPO DE PERMANÊNCIA NO HOSPEDEIRO: 
 
Periódico: é parasita em apenas uma fase da vida. Ex. Cochliomyia hominivorax 
Temporário: procura o hospedeiro apenas para se alimentar. Ex.: Mosquitos; piolho. 
Permanente: permanece no hospedeiro durante todas as fases da vida. Ex.: Piolhos, protozoários. 
 
2.3 EM RELAÇÃO A ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA: 
 
Estenoxeno: apresenta uma especificidade parasitária restrita 
Eurixeno: especificidade parasitária ampla 
Oligoxeno: especificidade parasitária limitada a famílias ou gêneros 
 
2.4. EM RELAÇÃO À EXIGÊNCIA DE PARASITISMO 
 
Obrigatório: pelo menos uma fase de vida necessita de hospedeiro. 
Facultativo: organismo que podem ou não viver parasitando. Ex. Moscas da família Calliphoridae (miíase 
secundária) 
Acidental: organismo saprófita que acidentalmente entra em contato com um hospedeiro e pode tornar-se 
parasito. Ex. Naegleria fowleri (ameba de vida livre que acidentalmente parasita o homem). Organismo que 
pode tornar-se parasito de uma espécie acidentalmente. Ex. Dipylidium caninum parasitando o homem. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
2.5 EM RELAÇÃO À NUTRIÇÃO: 
 
Estenotrófico (steno=estreito, trophe= nutrir): exige um único tipo de alimento. Ex. Carrapatos 
Euritrófico (eurys=amplo): nutre-se de diversas substâncias. 
 
2.6 EM RELAÇÃO À LOCALIZAÇÃO 
 
Ectoparasita: localiza-se na superfície externa do corpo, como pele, pêlo e cavidades naturais. 
Endoparasita: localiza-se no sistema circulatório, respiratório, digestivo, urinário, genital, nervoso e 
musculatura. 
Hiperparasita: Parasita que desenvolve-se em outro parasito. 
 
2.7 EM RELAÇÃO AO HABITAT 
 
Normal: hospedeiro que oferece melhores condições para a subsistência e evolução do parasita. 
Errático: mesmo vivendo no hospedeiro normal, não atinge o órgão adequado. 
Extraviado: parasita habitual de um determinado hospedeiro que se implanta em outro 
 
2.8 EM RELAÇÃO AO TIPO DE HOSPEDEIRO 
 
Definitivo: alberga o parasita no estágio adulto ou no qual este realiza reprodução sexuada. Ex. Homem é o 
hospedeiro definitivo de Taenia solium 
 
Intermediário: alberga o parasita no seu estágio larval ou no qual este se reproduz assexuadamente. Ex. Suíno 
como hospedeiro intermediário de Taenia solium 
 
Vetor: artrópode que transmite o parasita entre dois hospedeiros. 
Vetor biológico: o parasita evolui no vetor. Ex. Carrapatos para a Babesia spp. 
Vetor mecânico: o parasita não evolui, funcionam apenas como transportadores do agente entre dois 
hospedeiros. Ex. Stomoxys calcitrans para o Trypanosoma vivax. 
Hospedeiro paratênico: ser vivo onde o parasito permanece infectante, mas sem evoluir. Atua como 
transportador, facilitando a transmissão do parasito. Ex. Minhoca para o Heterakis galinarum 
Reservatório natural: hospedeiro que é responsável pela disseminação do parasita para as espécies de 
importância econômica. 
 
 
2.9 ADAPTAÇÕES DOS PARASITOS 
 
Morfológicas: armadura bucal dos insetos; locomotor; aparelho digestivo; aparelho reprodutor. 
 
Fisiológicas: Nutrição (anticoagulante); Dispersão;Tipos de penetração (oral, cutânea, respiratório, 
transovariana, trasnplacentária, inoculativa, contaminativa); 
 
 
2.10 REPRODUÇÃO DOS PARASITOS 
 
Assexuada ou agâmica: origina novos indivíduos a partir de um. Apresenta as seguintes modalidades: 
a) Cissiparidade: divisão simples organismo em duas ou várias células-filhas. 
b) Gemiparidade (brotamento). Indivíduos desiguais 
c) Partenogênese: formação de novos indivíduos a partir de uma fêmea adulta, sem a presença do 
macho. 
d) Pedogênese: aparecimento de novos indivíduos a partir de formas jovens. 
4 
 
e) Esquizogonia ou Divisão Múltipla: O núcleo da célula se divide várias vezes antes que o citoplasma se 
divida. 
f) Endogenia: formação de células filhas no interior da célula primitiva. As células filhas são liberadas 
somente após o rompimento da célula primitiva. 
g) Esporogonia: formação de células filhas haplóides após um processo de meiose da célula primitiva. 
Reprodução sexuada ou gâmica ou singamia: novos indivíduos são formados a partir de células sexuais 
produzidas pelos pais 
 
 
2.11 AÇÃO DOS PARASITOS 
 
Ação mecânica: 
a) Obstrutiva: vasos sanguíneos, órgãos ocos ( Ex. Ascaris spp.) 
b) Compressiva: aumento de volume de órgãos (Ex.: Cisto hidático) 
d)Traumática: lesão causada ao se fixarem ou alimentarem (Ex.: carrapatos) 
 
Ação Tóxica: secreções e excreções produzidas pelo parasito 
 (Ex.: Trypanosoma equiperdum) 
 
Ação espoliadora: absorção de substâncias do hospedeiro 
(Ex: Artrópodes hematófagos) 
 
Ação inflamatória/antigênica: presença do parasito ou secreções e excreções nos tecidos e órgãos do 
hospedeiro estimula resposta imunológica. 
 (Ex: Toxocara spp.) 
 
Ação anóxica: parasitos consomem oxigênio ou destroem eritrócitos 
(Ex.: Babesia bovis) 
 
Ação enzimática: Enzimas liberadas para penetração de larvas de nematóides nos tecidos. 
 
2.12 PERÍODOS PARASITOLÓGICOS 
 
Períodopré-patente (PPP): fase que vai desde a entrada do parasito até a possibilidade de diagnóstico de 
suas formas evolutivas no hospedeiro. 
 
Período patente (PP): período de tempo no qual os parasitos podem ser facilmente revelados. 
 
Período subpatente (PSP): não é possível revelar a presença do parasito no hospedeiro através de suas 
formas evolutivas, é seguido por um novo período patente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
3. NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 
 
3.1 SISTEMÁTICA 
 
Identificar: comparar os seres vivos com os já conhecidos 
Denominar: dar nomes adequados (taxonomia). 
Classificar: reunir em grupos. 
 
3.2 CATEGORIAS ZOOLÓGICAS 
 
Caráter biológico: detalhes morfológicos e fisiológicos que caracterizam os seres vivos. 
 
Espécie: são semelhantes entre si e com os seus ascendentes e descendentes. Férteis e geram prole fértil. 
Subespécie ou raça: grupo de indivíduos de uma espécie que apresenta característica particular que se 
transmite por herança às gerações seguintes. 
Variedade: grupo de indivíduos que apresenta dentro da espécie uma característica particular não estável. 
Gênero: grupo formado por várias espécies que possuem caracteres comuns. 
Subgênero: grupos de espécies de um mesmo gênero, mas que apresentam certas características que 
permitem agrupá-los numa categoria intermediária entre gênero e espécie. 
 
TRIBO 
Subfamília 
FAMÍLIA 
Superfamília 
Subordem 
ORDEM 
 Subclasse 
 CLASSE 
 Subphylum 
FILO 
 Sub-reino 
REINO 
 
3.3 REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 
ESPÉCIE: nome latino ou latinizado, binominal, grifado e escrito com letra minúscula. 
Ex. Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
 
SUBESPÉCIE: latino ou latinizado, trinominal, grifado, escrito com letra minúscula e seguindo imediatamente o 
nome da espécie. 
Ex. Leishmania infantum chagasi 
Leishmania infantum infantum 
 
GÊNERO: substantivo latinizado, uninominal, iniciado com letra maiúscula e grifado. 
Ex. Rhipicephalus 
 
SUBGÊNERO: substantivo latinizado, escrito com inicial maiúscula e grifado e deve ser colocado entre 
parêntese e entre o nome do gênero e da espécie. 
Ex. Laelaps (Echinolaelaps) echidninus 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
 
SUPERFAMÍLIA: oidea 
FAMÍLIA: idae 
SUBFAMÍLIA: inae 
TRIBO: ini 
 
6 
 
Uma espécie mencionada e não denominada: sp. Ex. Dermacentor sp. 
Mais de uma espécie: spp. Ex. Amblyomma spp. 
O nome do autor que primeiro descreveu a espécie deve ser escrito logo após o nome científico e sem 
interposição de qualquer sinal de pontuação, seguido pelo ano de descrição, separado por virgula. 
Ex. Trypanosoma cruzi Chagas, 1909. 
 
 
4. ARTRÓPODES ARACHNIDEOS 
 
 
4.1 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA 
A classificação utilizada foi a contida na obra de Krantz & Walter (2009). 
 
Reino: Animal (seres vivos pluricelulares, eucariontes) 
Filo: Arthropoda (invertebrados que possuem patas articuladas e exoesqueleto) 
Classe: Arachnida (Artrópodes que possuem 4 pares de patas e corpo com duas divisões) 
Subclasse: Araneida (Corpo dividido em cefalotórax e abdomen – Aranhas e escorpiões) 
Subclasse: Acari (Corpo dividido em gnatossoma e idiossoma - Ácaros) 
Superordem Parasitiformes 
Ordem Opilioacarida 
Ordem Holothyrida 
Ordem Ixodida 
Ordem Mesostigmata 
 
Superordem Acariformes 
Ordem Trombidiformes 
Ordem Sarcoptiformes 
 
 
4.2 MORFOLOGIA GERAL 
 
 
 
Fonte: Flechtmann, 1973. 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Aspecto dorsal e ventral de ácaros da família Ixodidae 
Fonte: Flechtmann, 1973. 
 
 
 
 
4.3 – CARRAPATOS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA 
 
4.3.1 Superordem Parasitiformes 
Presença de coxas capazes se movimentarem livremente e por exibirem 
estigmas visíveis. 
4.3.1.1 Ordem: Ixodida (= metastigmata) 
Estigma respiratório localizado após o quarto par de patas 
 
Superfamília: Ixodoidea 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Família: Ixodidae 
 
Subfamília: Ixodinae 
Ixodes spp. (234 espécies) 
 
Morfologia: 
 Rostro longo 
 Peritremas ovais 
 Macho com escudo dorsal deixando livres faixas laterais 
 07 placas ventrais 
 Corpo ovalado, avermelhado e semeado de pêlos 
 Hipostômio com 8 fileiras de dentes 
 Orifício genital a nível do 3º para de patas 
 
Hospedeiros: 
Adultos: aves, caprinos, ovinos, bovinos, eqüinos, 
Caninos: felinos e homem. 
Larvas: lagartos, roedores e quirópteros 
 
Ciclo evolutivo: 
Carrapato de 03 hospedeiros 
Ciclo pode durar 06 meses a 03 anos. 
Importância: transmissão de Borreliose de Lyme (Ixodes scapularis), algumas espécies provocam ixodidiose 
como a paralisia flácida ascendente que é causada por Ixodes holocyclus ,fora do Brasil.) 
 
Subfamília: Rhipicephalinae 
 
 Olhos presentes 
 Rostro curto 
 Presença de placas adanais no macho 
 Escudo não decorado 
 
 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
 
 Machos com 02 pares de placas adanais 
 Apêndice caudal 
 Ausência de festões 
 Palpos curtos 
 Peritrema arredondado 
 
Hospedeiros: Bovinos, ovinos, caprinos e outros mamíferos 
 
Ciclo evolutivo: Monoxeno. Tempo de parasitismo: 18 a 21 dias 
 
Importância: transmissão da Babesia bigemina e B. bovis; depreciação do couro, 
diminui produção de leite. 
 
Rhipicephalus (Rhipicephalus) sanguineus (carrapato vermelho do cão) 
 
 Escudo não ornamentado 
 Festões na borda posterior do corpo 
 Macho com duas placas adanais 
 Peritrema em forma de vírgula 
 Base do gnatossoma hexagonal 
 
Hospedeiro: cão, gato, carnívoros silvestres. 
 
 
 
 
9 
 
Ciclo evolutivo: carrapato de 03 hospedeiros. Postura: 4000 ovos 
 
Importância: transmissão de Babesia canis, Hepatozoon canis e Erhlichia spp., espoliação de sangue. 
 
Subfamília: Amblyominae 
 
Amblyomma spp. (102 espécies) 
Hospedeiros: mamíferos, aves, répteis, anfíbios 
 
A. cajennense (carrapato estrela do cavalo) 
 Rostro longo 
 Macho sem placas adanais 
 Festões presentes 
 Escudo ornamentado 
 
Biologia 
Carrapato de 03 hospedeiro 
Postura: 5000 ovos 
Eurixeno 
 
Importância: transmissão de patógenos aos animais (Ex.: Babesia equi), reação inflamatória, transmissão da 
febre maculosa e doença de Lyme-símile ao homem. 
 
Haemaphysalis spp. (147 espécies) 
Ex.: H. leporispalustre (coelhos) 
 H. cinnabarina (aves) 
H. juxtakochi (cervídeos) 
 
Hospedeiro: coelhos silvestres, felinos, eqüinos 
 Rostro curto e sem olhos 
 Placas adanais ausentes e escudo não ornamentado 
 Peritremas ovais ou circulares 
 Artículo do palpo com projeção lateral saliente 
 
. 
Biologia: carrapato de 03 hospedeiros 
 
Importância: transmissão de Rickettsias 
 
Dermacentor nitens (Dermacentor nitens) 
 
 Rostro curto e com olhos 
 Escudo sem ornamentação 
 07 festões 
 Peritremas ovais e com fossetas (forma de disco de telefone) 
 
Hospedeiros: eqüinos, asininos, bovinos e caprinos 
 
Biologia: 
Carrapato de um hospedeiro (monoxeno) 
 
Importância: 
 Obstrução do conduto auditivo 
 Invasão bacteriana 
 Vetor da Babesia equi e B. caballi 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.ijon.de/zecken/haemaphy.html 
10 
 
 
Ciclo evolutivo dos ixodideos 
 
Carrapato de 01 hospedeiro (Monoxeno) 
 
Postura: 15 dias 
Eclosão: 7 dias 
Infestação: 4 dias 
Desenvolvimento no hospedeiro: 21 dias (R.microplus) 
 
Ciclos biológicos: (esquematize os ciclos biológicos utilizando os hospedeiros abaixo). 
 
Monoxeno 
 
 
Heteroxeno 
 
 
 
Amblyomma spp. 
 
 
 
 
 
 
 
Carrapato de 03 hospedeiros 
 
Pré-postura: 10 dias a 15 dias 
Oviposição:10 a 30 dias 
Eclosão: 10 a 30 dias 
Larva no hospedeiro: 4 a 6 dias 
Pré-muda: 1 a 2 semanasAcasalamento: no hospedeiro 
 
 
 
Rhipicephalus sanguineus 
11 
 
 
Família Argasidae 
Subfamília: Argasinae 
 Ausência de escudo 
 Tegumento granular, mamilonado ou enrugado 
 Gnatossoma ventral 
 
Argas spp. (52 espécies) 
A. miniatus (Brasil) 
 
 Margem do corpo achatada, possuindo uma linha sutural bem demarcada (retículos) 
 Capítulo terminal nas larvas e ventral em ninfas e adultos 
 
Biologia 
 Hospedeiro: galinhas, pombos e pássaros silvestres 
 Hábitos noturnos 
 Heteroxeno 
 Habitat: regiões semi-áridas, toca de animais, ninhos de aves silvestres, galinheiros, pocilgas, 
habitações rústicas. 
 
Ciclo biológico 
 
Ovo: 30 dias de incubação 
Larva: (fixa-se no hospedeiro por 4 a 10 dias) 
Vários estágios ninfais (alimentam-se 10 a 20 min.) 
Adulto macho e fêmea: alimentam-se rapidamente (30 a 40 minutos) 
Acasalamento fora do hospedeiro 
Postura: 400 a 800 ovos parcelados (8 a 10 posturas) 
Em condições favoráveis o ciclo é completado com 30 dias 
 
 
 
 
Subfamília: Ornithodorinae 
 
Otobius spp. (02 espécies) 
O. megnini (carrapato espinhoso da orelha) 
 
 Adultos com corpo alongado e estreitado no meio 
 Somente larvas e ninfas são parasitas 
 Tegumento granulado ou verrugoso e espinhoso nas ninfas 
 
Biologia: 
 
 Monoxeno 
 Hospedeiro: mamíferos domésticos e silvestres, incluindo o homem 
 Larvas fixam-se no tegumento da cavidade auricular e alimentam-se por 7 a 15 dias 
 02 estágios ninfais (ninfa 2 alimenta-se por vários meses) 
 Muda para forma adulta fora do hospedeiro (fendas em estábulos, ocos de árvores) 
 Postura pode ser prolongada 
 
Importância médico-veterinária: 
 
Vetor da riquétsia Coxiella burneti, causadora da febre Q 
Infecções secundárias e perfuração do tímpano 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Ornithodoros spp. 
 
O. brasiliensis (porco do mato) 
O. rostratus “carrapato do chão” (coelhos, ratos, cobaias, macacos) 
O. hasei (morcegos) 
O. jul (morcegos) 
O. talaje (mocó, paca e porco do mato) 
 
 
 Tegumento mamilonado (tubérculos) 
 Margem do corpo arredondada, sem separação nítida entre face dorsal e ventral 
 Hospedeiro: mamíferos incluindo o homem, aves e répteis 
 Habitat: cavernas, oco de árvores, frestas em estábulos. 
 
Biologia: 
 Vários estágios ninfais 
 Adultos alimentam-se muitas vezes e apresentam grande longevidade 
 
Importância: picada dolorosa, reservatórios e vetores da febre recorrente em várias partes do mundo, vetores 
de arbovírus. 
 
Ciclos: Ciclos biológicos: (esquematize os ciclos biológicos utilizando os hospedeiros abaixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
4.4 ÁCAROS MESOSTIGMATAS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA 
 
4.4.1 Ordem: Mesostigmata 
4.4.1.1 Subordem Monogynaspida 
Coorte: Gamasina (6000 espécies) 
Subcoorte Dermanyssiae 
Subordem: Gamasida 
Superfamília Dermanyssoidea (inclui a maioria das espécies que parasitam vertebrados) 
 
Características morfológicas: 
 Estigmas entre o 2º e 3º ou 3º e 4º pares de patas 
 Peritrema alongado, tubuliforme 
 Presença de tritosterno 
 Escudo dorsal alongado 
 Placas ventrais escrerotizadas 
 
Família: Dermanyssidae 
 
Espécie: Dermanyssus gallinae 
Nome vulgar: piolhinho, piolho de galinha, pichilinga 
Hospedeiros: aves domésticas e silvestres 
 
Biologia 
 Colônias em frestas, ninhos e sujeira 
 Hábito noturno 
 Oviposição: 02 dias após repasto – 02 a 08 ovos/fêmea 
Importância 
 Diminui postura 
 Morte de aves 
 Irritação 
 
Distribuição geográfica: cosmopolita 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ovo 
Larva 
Protoninfa 
Deutoninfa 
Adulto 
7 dias 
2 a 3d 1d 
1 a 2d 
1 a 2d 
2d 
 
14 
 
 
Família: Macronyssidae 
 
 Contorno oval 
 Quelíceras alongadas e terminando 
em pinças 
 Peritrema alongado 
 Placa esternal com 2 ou 3 cerdas 
 Ânus na metade anterior da placa anal 
 Escudo dorsal estreito posteriormente 
 
Gênero: Ornithonyssus spp. 
Espécies: O. bursa (aves domésticas e silvestres) 
 O. sylviarum (aves domésticas e silvestres) 
 O. bacoti (roedores) 
 
 
Biologia 
 
 Em aves concentram-se ao redor da cloaca, no ventre, bico e olhos. 
 Ocasionalmente atacam o homem 
 Não sobrevivem por longos períodos fora do hospedeiro 
 O. sylviarum pode sobreviver até 06 semanas na ausência do hospedeiro. 
 Presentes nos ninhos ou sobre as aves. 
 Ciclo biológico semelhante a Dermanyssus sp. 
 
Gênero: Ophionyssus 
Espécie: O. natricis 
 
 Apresenta dois escudos dorsais 
 Parasito de cobras em cativeiro 
 Localizados nas escamas e orifícios 
 cefálicos de répteis 
 Hematófagos, debilitam o animal 
 levando à morte. 
 
Família: Halarachnidae 
 
Subfamília: Raillietilinae 
Gênero: Raillietia spp. 
Espécie: R. auris 
 R. flechtmanni 
 R. caprae 
 
Características morfológicas: 
 Corpo de contorno oval com longas cerdas 
 Dorso arqueado 
 Aparelho bucal afilado 
Biologia 
Hospedeiros: ruminantes 
Localização: conduto auditivo 
Ciclo Biológico 
Ovo Larva Protoninfa Deutoninfa Adulto 
 
 
 
15 
 
 
Importância 
 Alimenta-se de células epidérmicas e cerume 
 Excesso de cerume, anorexia e emaciação 
 Otorréia, otite externa e/ou média 
 Congestão, hemorragias e supurações 
 Transmissão de micoplasma 
 
Família: Macrochelidae 
 
Espécie: Macrocheles muscaedomesticae 
 
Características morfológicas: 
Garras e pré-tarso ausentes no primeiro par de patas 
Placa anal com padrão de rede característico 
 
Biologia 
Hospedeiro: Musca domestica 
Importância: 
 Controle natural da população de moscas 
 
Família: Laelapidae 
 
Gênero: Laelaps spp. 
Espécies: L. echidninus 
 L. nuttalli 
Morfologia: 
Ácaros grandes (>1mm); 
Escudo genitoventral com a margem posterior côncava, 
envolvendo a parte anterior do escudo anal. 
 
 Hematófagos 
 Parasitos de roedores 
 Ocasionalmente causam dermatite no homem 
 Reservatório de patógenos para roedores 
 
 
Família: Varroidae 
Gênero: Varroa spp. 
Varroa jacobsoni 
 Ácaro marrom escuro, mais largos do que longos. 
 Patas bem desenvolvidas com ventosas. 
 Ectoparasitas de abelhas, alimentam-se dos fluidos 
corporais (hemolinfa) das abelhas-melíferas do género Apis 
Importância: causam danos diretos pela espoliação de hemolinfa 
e funcionam como veículos de propagação de vírus, como o oiflavirus 
(DWV) (que deforma as asas das abelha) e o IAPV (que causa 
parasilia das Abelhas), sendo apontado também como causa da 
“síndrome do Colapso das colônias de abelhas”. 
.Biologia: 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4.5 ÁCAROS CAUSADORES DE SARNAS 
4.5.1 Superordem Acariformes 
4.5.1.1 Ordem: Trombidiformes 
Ordem: Sacorptiformes (Astigmata, Acaridida) 
Família: Sarcoptidae 
 
- Ausência de estigma respiratório 
- Patas curtas 
- Corpo pouco quitinizado, estriado e arredondado 
- Produtores de sarnas profundas 
- Machos sem ventosas genitais 
 
 
Sarcoptes scabiei 
 
Características morfológicas: 
- Corpo estriado e com escamas triangulares na face dorsal 
- Machos com ventosas nas patas I, II e IV 
- Fêmeas com ventosas nas patas I e II e cerdas longas nas patas III e IV 
- Gnatossoma cônico 
 
Biologia 
 
Hospedeiros: Suínos, bovinos, ovinos, 
caprinos, cães, eqüinos e homem. 
Alimentação: fluidos dos tecidos 
 
Ciclo evolutivo: 
Período de desenvolvimento: 17 a 21 dias 
 
Fêmea Ovo LarvaProtoninfa Deutoninfa Adulto 
 
Fêmeas sobrevivem até 8 semanas 
 
 
 
Sinais clínicos: 
- Borda da orelha geralmente acometida 
- Prurido intenso e vermelhidão 
- Altamente contagiosa 
- Papulas foliculares, vesiculares e posteriormente pústulas 
- Causam alopecia 
 
Importância: 
Hiperqueratose, crostas e alterações secundárias da pele 
Zoonose 
Mortal quando generalizada 
 
Notoedres cati 
Morfologia 
- Corpo com estrias concêntricas 
e escamas rombas 
Biologia 
- Hospedeiro: gato, coelhos e ratos 
- Ciclo biológico semelhante a Sarcoptes mas fêmeas formas ninhos. 
o Postura de aproximadamente 60 ovos durantes 3 a 4 semanas 
o Ciclo completa-se em aproximadamente 20 dias 
 
 
17 
 
 
Sinais clínicos: 
 
 Infestação inicia-se pela região da cabeça 
 Crostas nas orelhas face e pescoço. 
 Espessamento da pele nas regiões afetadas 
 Em coelhos a sarna atinge os lábios, volta dos olhos, ponta do nariz, região submaxilar e orelhas. 
 Pode comprometer todo o corpo em casos avançados. 
 
 
Família: Knemidocoptidae 
 
Knemidocoptes spp. 
 
K. mutans (patas) 
K. gallinae ( corpo) 
K. pilae (face de periquitos) 
K. jamaicensis (patas de canários) 
 
Morfologia: 
 Corpo circular, com escamas rombas na superfície dorsal 
 Patas curtas e grossas 
 Fêmeas sem ventosas nas patas 
 Machos com ventosas em todas as patas 
Ciclo biológico 
Semelhante a Sarcoptes sp. 
Sintomatologia Clínica 
 Espessamento da pele das pernas das aves 
 Pernas deformadas e perda de dígitos ou falanges 
 Prurido intenso 
 Penas enfraquecidas e quebradiças, sendo retiradas pelas aves 
 Perda da plumagem em regiões do corpo 
 
 
 
Família: Psoroptidae 
 
- Ácaros não escavadores 
- Corpo oval e alongado, estriado e sem espinhos dorsais 
- Patas longas 
- Machos com ventosas copulatórias e tubérculos abdominais. 
- Patas III e IV das fêmeas inseridas laterais ou ventralmente. 
 
 
Psoroptes spp. 
 
P. ovis (ovinos e bovinos) 
P. equi (eqüinos) 
P. cuniculi (eqüinos e coelhos) 
 
 
Morfologia: 
- 0,2 a 0,4mm 
- Peças bucais pontiagudas 
- Patas com pedicelo longo e trisegmentado 
- Patas I, II e IV na fêmea com ventosas 
- Patas I, II e III no macho com ventosas 
 
 
 
18 
 
- Tubérculos abdominais arredondados no macho 
- Escamas dorsais ausentes 
- Pata IV menor no macho 
 
Biologia 
 
Hospedeiros: Bovinos, ovinos, eqüinos e coelhos 
Alimentação: líquidos tissulares 
 
Ciclo evolutivo: (esquematize na figura ao lado) 
10 dias (14 a 19 dias) 
Fêmeas depositam até 80 ovos 
 
Fêmea 
Ovo 
Larva 
Protoninfa 
 Deutoninfa 
 Adulto 
 
Sinais Clínicos 
- Inquietação (mordida e prurido no corpo) 
- Perda de lã 
- Perda de peso 
- Lesões crostosas 
 
 
 
 
 
 
Chorioptes bovis 
 
Morfologia: 
 Peças bucais adaptadas para mastigação 
 Pedicelo não segmentado 
 Tubérculos abdominais truncados 
 
Ciclo evolutivo 
 3 a 4 semanas 
 Ovo, larva, protoninfa, deutoninfa, adulto 
 
Hospedeiros: bovino, ovino, eqüino, coelhos 
 
Sintomatologia Clínica: 
 
 Lesões na base da cauda, patas, períneo e úbere 
 Prurido 
 Lesão nas partes inferiores dos membros e parte ventral do abdome em ovinos 
 Pele espessada 
 
 
 
 
19 
 
Otodectes cynotis 
 
Morfologia: 
 Corpo oval e patas salientes 
 Apódemas fechados adjacentes ao 
primeiro e segundo pares de patas 
 Pedicelos não articulados 
 
Biologia: semelhante a Psoroptes spp. 
Importância 
 Secreção ceruminosa e acastanhado no canal auditivo 
 Balanço freqüente na cabeça e arranhadura na orelha 
 Infecção bacterina no canal auditivo (exsudato). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas figuras abaixo esquematize o ciclo de Chorioptes e Otodectes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORDEM: TROMBIDIFORMES 
SUBORDEM: ACTINEDIDA (PROSTIGMATA) 
FAMÍLIA: DEMODICIDAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
4.5.1.2 Ordem: Trombidiformes 
Subordem: Actinedida (Prostigmata) 
 
Gênero: Demodex Spp. 
 
Espécies: D. folliculorum (homem); D. canis; D. bovis; D. ovis, D. equis; D. caballi; D. cati; D. phylloides 
(suíno). 
 
Morfologia 
 Pequenos e de aspecto vermiforme (100 a 400µm) 
 Opistossoma alongado e com pseudo-segmentações 
 Patas curtas e anteriores 
 Quelíceras em forma de estilete 
 Palpos tri-segmentados 
 Abertura genital nas fêmeas entre as coxas IV ou após estas. 
 
Biologia 
 
Hospedeiro: mamíferos incluindo o homem 
Localização: folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas 
Monoxeno, permanente 
 
Ciclo biológico 
18 a 24 dias 
Localização: folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas 
Fêmea deposita 20 a 24 ovos no folículo piloso 
Ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto 
Ciclo se completa em 18 a 24 dias 
No espaço abaixo esquematize o ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância: 
 
 Transmissão de fungos 
 Sarna demodécica do cão ou 
 “lepra dos cães” 
 Transmitida por contato prolongado, geralmente 
durante a amamentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
5. INSETOS DE IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- 03 pares de patas 
- Corpo dividido em cabeça tórax e abdome 
- Presença de antenas 
 
Cabeça: 
- Peças bucais: mastigador, lambedor, picador-sugador. 
- Elementos: labro, mandíbulas, maxilas, hipofaringe, lábio inferior. 
- Olhos: simples (ocelos), composto (omátides) 
- Antenas (escapo, pedicelo, flagelo) 
Tórax: 
Pró-tórax 
Meso-tórax 
Meta-tórax 
- 03 pares de patas 
- 02 pares de asas (mesotórax, metatórax) 
 
Tergo ou noto (dorsal) 
Esterno (ventral) 
Pleuras (lateral) 
 
Abdome: 
- 11 segmentos 
- Modificações terminais formando a genitália 
 
Desenvolvimento: 
- Holometabólicos (metamorfose completa) 
- Hemimetabólicos (metamorfose incompleta) 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
Italiano: 1: labela; 2: labro inferior (labium); 3: palpo ; 4: labro 
superior (labrum); 5: area subgenal; 6: clipeo; 7: area fronto-
orbital; 8: cerda fronto-orbitali; 9: cerda verticale esterna; 10: 
cerda verticale interna; 11: cerda postocellari; 12: ocelos; 13: 
cerda ocellari; 14: olho composto; 15: sutura frontal o sutura 
ptilineal; 16: antena; 17: arista; 18: vibrissa. 
 
 
Fonte: webs.lander.edu /.../ctenocephalides.html 
22 
 
 
 
5.2 ORDEM: PHTHIRAPTERA 
 
- Ectoparasitas obrigatórios 
- Corpo achatado dorsoventralmente 
- Ápteros 
- Hemimetabólicos 
- Olhos compostos pouco visíveis 
- Estigma do 2º ao 7º segmentos torácicos. 
 
Subordem: Amblycera 
- Cabeça mais larga que o tórax 
- Antenas escondidas em fossetas antenais e semelhantes 
 nos dois sexos. 
- Palpos constituídos por 04 artículos 
 
Família: Menoponidae 
- 60 gêneros 
- Ectoparasitos de aves 
- Distribuição mundial 
 
Menopon gallinae (piolho da haste) 
 
Hospedeiros: galinha, perus, patos e galinha-de-angola 
Localização: 
- Penas das coxas e peito 
- Aves de terreiro 
Morfologia 
- Pequenos de coloração amarelo clara 
- Abdomem com uma fileira de cerdas dorsalmente em 
 cada segmento 
- Tufo de cerdas no 3º segmento 
Importância: 
- Danifica as penas 
- Pouco patogênica 
- Pode se alimentar de sangue 
 
Menacanthus stramineus 
Morfologia: 
- Segmentos abdominais com 02 fileiras de cerdas dorsais 
- Fronte com processo espinhoso recurvado para trás 
Hospedeiros: 
- Galinhas, faisões, perus e excepcionalmente pombos. 
 
 
Localização: próximo à cloaca, sobre a pele do peito, embaixo das asas. 
 
Importância: 
- Pele inflamada e coberta de crostas escamosas (severa irritação) 
- Até mais de 35.000 indivíduospor ave 
- Perfura a base da penas e alimenta-se de sangue 
- Fissuras e microhemorragias próximo à cloaca 
 
 
 
Menopon gallinae 
Menacanthus 
stramineus 
23 
 
 
 
 
Família: Boopidae 
 
Heterodoxus spiniger 
 
Hospedeiro: cão, canguru 
- Cabeça com dois longos e robustos processos espinhosos dirigidos para trás 
- Tarso com duas garras 
- Corpo coberto por cerdas 
- Coloração amarelada 
Importância: 
- Dermatite e prurido 
- Hospedeiro intermediário de Dipylidium caninum e Dipetalonema reconditum 
 
 
Subordem: Ischnocera 
- Mandíbulas formam um ângulo reto em relação à cabeça 
- Cabeça mais larga que o tórax 
- Mesotórax e metatórax fusionados 
- Antenas filiformes e visíveis com 3 a 5 segmentos 
 
Família: Trichodectidae 
- Antenas triarticuladas 
- Tarso com uma garra 
- 21 gêneros (03 de importância) 
 
Damalinia spp. 
 
Espécies: D. ovis 
 D. bovis 
 D. caprae 
 D. equi 
Morfologia: 
- Antenas semelhantes nos dois sexos 
- Cabeça mais larga do que longa 
- Região anterior arredondada 
- Placas pleurais em todos os metâmeros 
- Face dorsal da cabeça com numerosas setas 
- Metâmeros abdominais com placas laterais nítidas 
 
Importância: 
- Dermatite crônica 
- Irritação, prurido, escoriação e alopecia em infestações crônicas 
- Interrupção da alimentação em ovinos 
- Depreciação da lã em ovinos 
 
Trichodectes canis 
- Cabeça subquadrangular mais larga que longa 
- Fronte anterior arredondada 
- Macho com 1º artículo antenal dilatado 
- Fileira transversal de cerdas em todos os artículos 
 abdominais 
- Corpo ligeiramente mais longo que largo e com 
 ondulações laterais. 
Hospedeiro: caninos 
Localização: cabeça, pescoço e cauda, preso a base do pêlo 
 
Damalinia spp, 
 
 
 
24 
 
Felicola subrostratus 
 
- Abdome esbranquiçado 
- Cabeça mais longa que larga 
- Região pré-antenal triangular 
- Antenas iguais nos dois sexos 
- Placa tergal mediana em todos os metâmeros exceto no último 
 
Hospedeiros: Felinos 
Localização: Pele 
Importância: pouco patogênica, exceto em animais 
 idosos ou com imunidade baixa. 
 
 
Família: Philopteridae 
- Antenas com 05 segmentos 
- Duas garras tarsais 
- Articulação da mandíbula no plano vertical 
 
 
Lipeurus caponis 
- Corpo alongado e estreito 
- Antena no macho com o primeiro segmento espessado 
- Último par de patas maior 
 
Goniodes spp. 
G. dissimilis 
G. gigas 
- Piolhos grandes, medindo 4,15mm de comprimento 
- Cabeça côncava posteriormente, com projeções 
angulares na margem posterior 
- Corpo largo e arredondado 
 
Hospedeiro: aves domésticas 
Importância: geralmente não causam grandes danos ao hospedeiro 
 
 
 
Chelopistes meleagridis 
Hospedeiro: peru doméstico 
Cabeça com lobos temporais expandidos, com longa cerda 
 
Importância 
- Inquietação 
- Prurido 
- Escarificação da pele 
- Debilidade e má aparência 
- Queda na postura 
 
 
 
Lipeurus sp. 
Goniodes spp. 
 
 
 
25 
 
Subordem: Anoplura 
 
 Cabeça mais estreita que o tórax 
 Aparelho bucal picador-sugador 
 Antenas com 03 a 05 artículos 
 Hemimetábolos 
 
Aparelho bucal: 
Lábio em forma de calha (ventral) 
Maxilas fusionadas (dorsal) 
Hipofaringe (canal salivar) 
 
Tórax: 
Metâmeros fusionados 
01 par de estigmas por metâmero e 01 par de patas 
Tarso com 01 unha 
 
Abdômen: 
09 metâmeros 
Estigmas nos 06 primeiros metâmeros 
Último metâmero no macho arredondado e na fêmea bifurcado 
 
Família: Haematopinidae 
 
Haematopinus spp. 
 
Espécies: 
H. suis – suínos 
H. eurysternus – Bovino – Base do chifre, cauda e pescoço 
H. asini – Eqüídeos 
H. quadripertusus – Bovino 
H. tuberculatus - Búfalo 
 
Morfologia 
- Piolhos grandes (4 a 6 mm) 
- Cabeça afilada anteriormente 
- Patas de tamanho semelhante, terminado 
em uma única garra forte e esporão tibial 
- Abdome com placas tergais e paratergais 
- Estigma em protuberâncias laterais 
 
Família: Linognathidae 
 
Linognathus spp. 
- 1º par de patas mais fino e com unhas mais delgadas 
- Abdome com placas ausentes ou tergais reduzidas 
- Estigmas grandes 
 
Espécies: 
L. vituli – Bovino – pescoço, barbela, espádua e períneo 
L. pedalis – Ovinos – pernas e pés 
L. setosus – caprinos/cão – tegumento 
 
 
 
 
 
Haematopinus spp. 
 
26 
 
Solenopotes capillatus 
 
- Cabeça sem saliência após antena 
- Estigmas em tubérculos fazem saliências laterais 
- Hospedeiro: bovino 
- Importante nos EUA e Austrália 
 
 
Ciclo Biológico de Piolhos 
 
Estágios: Ovo, três estágios ninfais e adultos 
Período: 04 a 06 semanas 
Não sobrevivem mais que 07 a 15 dias fora do hospedeiro 
 
Importância: 
- Irritação da pele 
- Prurido 
- Inquietação 
- Queda na produção de leite 
- Anemia 
- H. suis pode transmitir a peste suína 
- Escoiceamento e mordedura 
- Lã amarelada e reduzida 
 
Epidemiologia 
- Parasitas permanentes 
- Maior freqüência no outono e primavera 
- Menor freqüência no verão 
- Transmissão por contato direto, fômites, pasto, pocilgas e estábulos 
- Susceptibilidade: animais jovens 
 
Tratamento: 
- Tosquia em ovinos (diminui 30 a 50%) 
- Perda da pelagem de inverno (bovinos e equinos) diminui a infestação 
- Banhos de imersão e aspersão com acaricidas 
 
Profilaxia: 
- Mudança de pastagem após tratamento por 30 dias (ovinos) 
- Limpeza e aplicação de acaricidas em estábulos e pocilgas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
5.2 ORDEM: SIPHONAPTERA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulex irritans 
 
Ctenídeos ausentes 
Presença de cerda pré-ocular abaixo do olho e outra na região genal 
Hospedeiros: Homem (principal), cabra, suíno, ratos, cães e gatos 
 
Xenopsylla spp. 
X. cheopis 
X. braziliensis 
 
Hospedeiro: roedores domésticos e silvestres/ eventualmente o homem 
Região occipital com cerdas formando V 
Mesopleura espessada 
 
 
 
Esquematize o ciclo biológico de Ctenocephalides felis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Insetos com corpo comprimido lateralmente 
- Ápteros 
- Terceiro par de patas maior, adaptado para o salto 
- Antena em sulcos antenais 
- Olhos simples (ocelos) 
- Abdome dividido em 10segmentos os três últimos 
modificados 
- Fêmea possui espermateca visível 
- Macho com clásper 
 
Família: Pulicidae 
Três segmentos torácicos juntos mais largo que primeiro 
segmento abdominal 
 
Ctenocephalides spp. 
Ctenocephalides felis 
Ctenocephalides canis 
 
Hospedeiros: cães, gatos, bovinos, eqüinos 
Morfologia: 
Presença de Ctenídeos genais e pronotais 
 
 
 
28 
 
 
Família: Tungidae 
Três segmentos torácicos juntos mais estreitos que o primeiro segmento abdominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquematize o ciclo biológico de Tunga penetrans 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância dos Siphonapteros: 
 
Alergias 
Lesões causadas por Tunga ocasionam lesões diversas através da contaminação por fungos e bactérias 
Exanguinação, levando animais jovens a anemia 
Atuam como vetores biológicos de: 
 Riquétsias: Ricketsia mooseri, agente do tifo murino, transmitida pelas fezes de pulga; Bartonella 
henselae (doença da arranhadura do gato) 
 Bactérias: Yersinia pestis, agente da peste bubônica; Salmonella enteritidis e S. Typhimurium 
(Salmonelose) 
São Hospedeiros intermediários de: 
Protozoários (Trypanosoma lewisi de roedores) 
Cestódeos: Dypilidium caninum, Hymenolepis spp., 
Nematódeos: Diptelonema reconditum 
Tunga penetrans 
Menor espécie de pulga conhecida (1mm) 
Ctenídeos ausentes, peçasbucais com lacínias serrilhadas, cabeça 
angulosa na fronte. 
Fêmeas penetrantes, introduzem a cabeça na pele do hospedeiro, 
penetram e deixam apenas o ápice do abdome em comunicação com o 
exterior. 
Abdome desenvolve-se até o tamanho de uma ervilha (fisiogastria) 
Hospedeiros: homem, boi, cabra, carneiro, porco, cavalo, cão, gato, tatu. 
Biologia: 
Fêmea penetra na pele do hospedeiro, em 15 dias elimina os ovos, morre 
e são expulsas para o exterior. Os ovos são incubados em 02 a 04 dias, 
desenvolvem apenas 02 estágios larvais, pupa e adulto. O ciclo se 
completa em 23 a 28 dias. 
 
29 
 
 
5.3 ORDEM: HEMÍPTERA 
 
Mais de 80.000 espécies 
Subordem Homoptera: probóscida implantada na parte posterior da cabeça e asas em posição de telhado 
quando em repouso e (cigarrinha, cigarras, pulgões, etc.) 
 
Subordem Heteróptera: probóscida na parte anterior da cabeça e asas cruzadas sobre o abdome quando em 
repouso. Asas anteriores parcialmente coriácea. (Ex. Barbeiros e percevejos) 
 
- Aparelho bucal picador-sugador 
- Probóscida permanece dobrada ventralmente sob a cabeça e o tórax dos animais. 
- Presença de hemélitro (parte anterior da asa dura e coreácea) 
- Antenas com 3 a 5 segmentos 
- Medem de 0,5cm a 3,9cm 
- Hábitos alimentares 
o Fitófagos 
o Entomófagos 
o Hematófagos 
- Antenas com 04 artículos, inseridas em tubérculos 
- Olhos compostos 
- Protórax mais desenvolvido que meso e metatórax 
- 09 segmentos abdominais no macho e 10 na fêmea 
 
 
 
 
 
Família: Reduviidae (Barbeiros) 
 
Subfamília: Triatominae 
- Corpo e cabeça alongados 
- Olhos compostos e ocelos presentes 
- Tórax mais longo que a cabeça 
- Abdome com conexivo 
- Ectoparasitos obrigatórios temporários intermitentes 
 
Gênero: Triatoma sp. 
- Cabeça cilíndrica e alongada 
- Antenas inseridas no meio da região anteocular 
- Medem de 2,2 a 2,8 cm 
 
Gênero: Panstrongylus sp. 
- Cabeça curta 
- Antenas inseridas junto aos olhos 
- Medem de 2,9 a 3,2cm 
 
 
Gênero: Rhodnius sp. 
- Cabeça cilíndrica e alongada 
- Antenas inseridas na extremidade anterior da cabeça 
- Medem de 1,3 a 2,2cm 
 
IMPORTÂNCIA 
 
- Hematófagos 
- Transmissão da doença de Chagas 
 
 
 
 
 
30 
 
BIOLOGIA 
 
- Hospedeiro 
- Hábitos noturnos 
- Há espécies domiciliares, peridomiciliares e silvestres 
- Defecam após o hematofagismo 
 
Ciclo evolutivo 
 
 Machos 
 Fêmeas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Família: Cimicidae 
 
- Corpo achatado dorsoventralmente 
- Asas atrofiadas 
- Olhos compostos 
- Hábitos noturnos 
- Habitat 
 
Cimex spp. – Percevejo de cama do homem 
 
C. lectularius: protórax quatro vezes mais largo do que alto 
 
C. hemipterus: protórax duas vezes mais largo do que alto 
 
Hospedeiros: Homem e eventualmente animais domésticos 
 
 
 
 
 
Ornithocoris toledoi 
 
- Cimicidae revestido de pelos 
- Pronoto mais largo na base 
- Rostro atingindo a coxa I 
- 3º e 4º artículos antenais mais delgados 
 
Hospedeiro: aves domésticas 
 
Ovo 
Adultos 
N1, N2, N3, N4, N5 
180 a 300 dias 
 
31 
 
Ciclo Evolutivo de Cimicidae 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 40 a 90 dias 
- Vivem 200 dias 
- Repasto para cada postura 
- Descanso de 7 a 10 dias entre posturas 
 
32 
 
5.4 ORDEM: DIPTERA 
 
Subordem: Nematocera 
 
- Vulgarmente conhecidos como mosquitos 
- Larva eucéfala 
- Pupa livre e móvel 
- Adulto emerge do pupário em fenda com formato de T 
- Dípteros primitivos 
- Antenas longas, filamentosas e multiarticuladas 
- Aparelho bucal picador-sugador 
- Balancins ou halteres bem visíveis 
- Fêmeas hematófaga, machos alimentam-se de frutas e néctar. 
 
Famílias: 
- Psychodidae 
- Culicidae 
- Simulidae 
- Ceratopogonidae 
 
Família: Simulidae 
 
Simulium spp. (Borrachudos, Piuns) 
 
Morfologia: 
 Adultos medem 1 a 5 mm 
 Tórax com corcova 
 Asas largas e curtas 
 Larvas cilíndricas, pretas, medindo 10 a 15mm, com escovas alimentares. 
 Antenas curtas com 11 segmentos 
 
Biologia: 
 Macho e fêmea alimentam-se de substâncias açucaradas 
 Fêmea hematófaga 
 Hospedeiros: bovino, ovino, eqüino, caprino, aves, homem, etc. 
 
Ciclo biológico: 
Ovo (150 a 600): 1 a 4 dias 
Larva (6 estágios): 01 a 2 semanas 
Pupa (casulo aderido a rocha, plantas): 2 dias a 4 semanas 
Adulto: voam até 200Km; atacam durante o dia, principalmente dias encobertos. 
 
 
 
Importância: 
 Irritação e desconforto pelas picadas 
 Dermatite 
 Morte por toxinas na saliva (Síndrome hemorrágica de Altamira) 
 Vetor de hemoparasitos a aves (Leucocytozoon spp.) 
 Vetor do filarídeo Onchocerca spp. 
 
 
 
33 
 
 
Família: Ceratopogonidae 
 
Culicoides spp. (Mosquito Pólvora, maruins) 
 
Morfologia: 
 1,5 a 5mm 
 Pernas curtas e robustas 
 Antenas longas e filiformes (14 a 15 segmentos) 
 Cabeça pequena, olhos proeminentes 
 Asas curtas, largas e cobertas de pêlos 
 
Biologia 
Ovo: pequenos escuros e cilíndricos, depositados em locais úmidos como pântanos, vegetação em 
decomposição; 30 a 450 ovos; duração de 2 a 9 dias. 
Larvas: 4 estágios (7 meses) 
Pupa 
Adulto: voa até 4 Km, hábitos crepusculares ou noturnos (algumas espécies diurnas) 
 
 
Importância: 
 Transmissão de arbovírus, Leucocytozoon spp. (aves), Haemoproteus nettiones (patos), Onchocerca 
spp. 
 Desenvolvimento de hipersensibilidade em eqüinos 
 
 
Família: Culicidae 
 
Cerca de 3000 espécies 
Distribuição mundial 
 
Sub-Família: Anophelinae 
Anopheles spp. 
Chagasia spp. 
 
Sub-família: Culicinae 
Culex spp, 
Aedes spp. 
Haemagogus spp. 
Sabethes spp. 
 
 
 
 
 
Morfologia: 
 Delgados e pequenos (2 a 10mm) 
 Pernas longas 
 Probóscida alongada 
 Antenas plumosas no macho 
 Anophelinae: palpos longos e retos, larvas não apresentam sifão respiratório, machos com último 
segmento do palpo dilatado. 
 Culicinae: Palpo curto na fêmea, larvas com sifão respiratório, macho com palpo sem dilatação.. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
BIOLOGIA: 
 
Anophelinae: 
Ovos em forma de bote com flutuadores (200 ovos) (2 a 3 dias) 
4 estágios larvais ( 3 a 20 dias) 
Pupa (1 a 7 dias) 
Adulto: voa até 5 Km, hábito noturno e diurno, acasalamento 24 horas após emergência, sobrevive por 30 a 60 
dias. 
 
Culicinae: 
Ovos em jangada (100 a 300 ovos) viáveis por mais de 3 anos 
 
Importância: 
 Espoliação sanguínea 
 Vetor de arboviroses (febre amarela, dengue, encefalites) 
 Transmissão mecânica da peste suína 
 Transmissão do vírus da varíola aviária 
 Transmissão de Dirofilariose 
 Transmissão de Plamodium spp. (malária) 
 
 
 
 
Fonte: lersaude.com.br 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
Família: Psichodidae 
 
 + de 600 espécies nos trópicos e subtrópicos 
 
Sub-família: Phlebotominae (Mosquito palha, birigui, cangalhinha, asa-dura). 
 
Lutzomyia spp. 
 
Morfologia: 
 Corpo estreito: 5mm 
 Olhos escuros, patas longas e pilosas 
 Tórax arqueado, coberto de pêlos longos 
 Antenas com 16 segmentos (pilosas) 
 
Biologia: 
Ovo: 50 a 100 ovos em solo úmido, folha ou ao redor de raízes (6 a 17 dias) 
4 estágios larvais (21 a 60 dias) 
Pupa (10 a 15 dias) 
Adulto: voam até 1,5Km, quando a velocidade do vento é baixa; hábitos noturnos ou crepusculares 
Ciclo completo: 30 a 100 dias. 
 
Importância: 
 Vetor das leishmanioses 
 Vetor da estomatite vesicular de bovinos e eqüinos36 
 
 
 
Subordem: Brachycera 
 
Infraordem: Tabanomorpha 
Família: Tabanidae 
 
- Ectoparasitas obrigatórios temporários intermitentes 
- Aramadura bucal picadora-sugadora 
- Holometábolos 
- Mais de 4.200 espécies 
 
Subfamília: Tabaninae 
 
 
Tribu: Tabanini 
Escapo antenal inflado e projetado dorsalmente, geralmente mais largo que o flagelo. 
Olhos com duas faixas verdes. Tíbia posterior sem esporão apical. 
 
Subfamília: Chrysopsinae 
 
- Flagelo composto de um segmento basal e quatro a sete flagelômeros menores 
- Pequenas, antenas longas com terceiro artículo com primeiro anel tão longo quanto os 04 seguintes 
reunidos, asas coloridas e contrastantes, apresentando faixa preta transverso-mediana. 
 
Subfamília: Pangoninae 
 
Espécies grandes, com labelas largas, palpos tão longo quanto a largura da fronte. Antena geralmente dividida 
em oito flagelômeros aparentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Antena de Pangonini 
37 
 
 
Biologia 
- Nutrição: machos- néctar; fêmeas – néctar, sangue. 
- Hábitos: silvestres, diurnos 
- Ciclo evolutivo 
 2 meses a 2 anos, dependendo da espécie e região geográfica. 
 Ovos depositados em ambientes aquáticos ou subaquáticos 
 Fêmeas mais ativas nos dias quentes, ensolarados e sem vento 
 Predileção por gado de coloração preta 
 03 a 04 dias entre cada alimentação sanguínea 
 Nove estágios larvais, que se desenvolvem geralmente em 
ambiente úmido 
 Pupas em ambiente seco (2 semanas a 1 ano) 
 Adultos sobrevivem um a dois meses 
 
 
Importância 
- Transmissão mecânica de Trypanosoma evansi 
- Transmissão mecânica da anemia infecciosa eqüina 
- Veiculação de ovos de Dermatobia hominis 
- Espoliação de sangue 
 
 
Profilaxia 
- Limpeza de cursos de água 
- Drenagem de campos alagadiços 
- Uso de inseticidas 
 
 
Infraordem: Muscomorpha (Cyclorrapha) 
 
Seção Aschyzia 
- Sutura ptilineal ausente 
Família: Syrphidae (sem interesse médico veterinário) 
 
Seção Schizophora 
- Sutura ptilineal presente e lúnula nítida 
 
Subseção Acalyptratae 
o Calípteros rudimentares ou ausentes 
o 
Subseção Calyptratae 
 Calípteros desenvolvidos 
 2º artículo antenal com fenda 
 Olhos grandes e compostos 
 Três ocelos 
 Cicatriz ptilineal (lúnula) 
 Armadura bucal sem mandíbulas e maxilas 
 01 par de estigmas respiratórios no protórax 
 Aparelho ovopositor na fêmea formado pelos 04 últimos segmentos abdominais 
 Larvas vermiformes, ápodas, acéfalas e terrestres 
 Larvas necrófagas, necrobiontófagas ou biontófagas 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
Família: Cuterebridae 
Gênero: Dermatobia sp. 
Espécie: D. hominis 
 
- Peças bucais atrofiadas 
- Arista plumosa na região dorsal 
- Cabeça e pernas amareladas 
- Abdome azul metálico recoberto por pêlos 
- Fêmea com ovopositor não visível 
- Abdome com reflexos 
- Larvas parasitas obrigatórios da pele de mamíferos 
 
Ciclo Evolutivo 
- Várias cópulas 
- Adulto sobrevive 12 dias 
 
 
Importância 
- Miíases cutâneas furunculosas 
- Depreciação do couro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura disponível em http://www.icb.usp.br/~marcelcp/Imagens/musc32.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
Família: Oestridae 
Gênero: Oestrus Sp. 
Espécie: O. Ovis 
 
- Cabeça larga; antenas curtas; arista nua. 
- Calipteras grandes 
- Abdome com pelos longos e finos na face ventral e brilho prateado 
- Placas estigmáticas em forma de D com um orifício central 
Biologia: 
- Larvas nos seios frontais e seios maxilares de ovinos e caprinos: 25 a 35 dias, podendo durar 9 meses. 
Podem medir até 20mm 
- Pupa: 03 a 8 semanas 
- Adultos ativos nas horas mais quentes do dia, sobrevivem de 05 a 30 dias não se alimetam 
- Fêmeas depositam 25 ou mais larvas nos seios em cada postura 
 
 
Importância: 
- Secreção e exsudato seroso ou purulento 
- Sintomatologia nervosa 
(marcha cambaleante, vertigem, convulsões, etc.) 
 
Profilaxia: 
 
- Pulverização das paredes e chão dos 
estábulos com produtos inseticidas 
- Não existem medidas profiláticas eficazes 
 
 
 
 
 
 
Família: Gasterophilidae 
Gênero: Gasterophilus Sp. 
Espécies: G. Nasalis 
 G. Intestinalis 
 
- Peças bucais atrofiadas 
- Arista nua 
- Calipteras reduzidas 
- Tórax piloso 
- Asas pequenas, claras e transparentes. 
- Larvas apresentando espinhos nos segmentos 
 
Localização: Duodeno, região pilórica 
 
Ciclo Evolutivo: 
- Fêmeas depositam 250 a 400 ovos durante a 
existência(região submandibular), adultos não se 
alimentam 
- L1 em galerias entre os dentes molares, onde 
 muda para L2 
- L2 é deglutida e muda para L3 no duodeno 
- L3 permanece 10 a 12 meses no duodeno 
- Pupa: 20 a 35 dias 
- 01 geração por ano 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Importância: 
- Alterações digestivas 
- Cólica, palidez de mucosas 
- Perfuração do trato digestivo. 
Profilaxia 
- Eliminar ovos aderidos aos pêlos dos animais utilizando água a 50ºC 
- Estabular eqüinos durante as horas mais quentes do dia 
- Inseticidas por pulverização 
 
Família: Muscidae 
Subfamília: Muscinae 
Subfamília: Stomoxydinae 
Gênero: Stomoxys Sp. 
Espécie: S. Calcitrans 
- Arista plumosa dorsalmente 
- Probóscida pontiaguda 
- Palpos maxilares filiformes e curtos 
 
Ciclo Evolutivo 
- Adultos hematófagos 
- Ovipostura em terrenos arenosos e úmidos, detritos e lixos, 650 ovos 
- Larvas coprófagas 
- Ciclo em aproximadamente 30 dias 
Importância: 
- Transmissão da AIE 
- Hospedeiro intermediário de Habronema e Hymenolepis 
- Vetor mecânico do Bacillus antrachis e Anaplasma sp. 
- Veiculadores de ovos de Dermatobia. 
Profilaxia: 
- Proteção dos animais com capas e pantalonas 
- Pulverização das paredes dos estábulos 
- Drenagem de campos alagadiços 
- Cuidado com o lixo. 
 
Gênero: Haematobia 
Espécie: H. irritans 
- Palpos tão longos quanto a probóscida 
 
Localização: 
- Cabeça e dorso dos animais 
- Partes mais protegidas do sol nas horas mais quentes 
- Fêmeas nas partes inferiores do corpo 
 
Nutrição: 
- Machos e fêmeas hematófagos 
 
Ciclo Biológico 
- 10 a 15 dias 
- Larvas se desenvolvem no bolo fecal 
 
Importância: 
- Veiculação de ovos de Dermatobia sp. 
- Hematofagismo (+ de 200 moscas/animal) 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Profilaxia: 
- Emprego sistemático de inseticidas 
- Brincos inseticidas 
- Ontophagus gasella 
- Higiene com desinfecção de veículos 
- Controle de trânsito de animais 
 
Família: Calliphoridae 
Gênero: Cochliomyia 
Espécies: C. Hominivorax (Mosca Da Bicheira) 
 C. Macellaria 
 
- Colorido metálico azul ou verde 
- Peças bucais funcionais (sugadora) 
- Arista plumosa 
- Três faixas longitudinais escuras no mesonoto 
- Calipteras pilosas 
- Patas pretas 
- Larvas com troncos traqueais pigmentados 
 
Localização E Nutrição 
- Larvas biontófagas ( C. hominivorax) 
- Adultos alimentam-se de substâncias vegetais, excrementos, carnes, exsudato de feridas,etc. 
- Voam até 300Km 
 
Ciclo Evolutivo 
- Uma cópula 
- 2800 ovos 
- 350 ovos por postura 
- 21 a 23 dias 
- Adultos vivem 60 a 70 dias 
 
Importância 
- Dilaceração dos tecidos do hospedeiro 
- Peritonite, claudicação, cegueira, afecções dentárias, etc. 
- Morte por hemorragia, infecções secundárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cochliomyia 
hominivorax 
42 
 
6. PROTOZOÁRIOS DE IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
6.1 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA 
REINO PROTISTA 
SUB-REINO: PROTOZOA 
 
6.1.1 Filo: Sarcomastighophora 
Protozoários caracterizados pela presença de organelas de locomoção (flagelos, pseudópodes). 
Subfilo: MastigophoraLocomoção por flagelos, forma variável de acordo com o estádio evolutivo 
 
Família: Monocercomonadidae 
Um a cinco flagelos anteriores 
 
Histomonas spp 
 
Morfologia: Amebóide, forma redonda ou alongada, núcleo único e único flagelo fino. 
 
Hospedeiro: Peru, galinha, pavão, galinha d’angola, aves silvestre. 
 
Localização: ceco e fígado 
 
 
Ciclo evolutivo: 
ingestão de trofozoítos ceco sangue fígado 
 
Período de incubação: 15 a 21 dias 
 
Hospedeiro transportador: 
Heterakis gallinarum 
Importância: 
Mortalidade de 50 a 100% em perus 
Úlceras cecais, com inflamação, aderência e 
peritonite 
 
Família: Trichomonadidae 
 
- Quatro a seis flagelos 
- Flagelo posterior com membrana ondulante 
 
Tritrichomonas foetus 
 
Morfologia: 
 Corpo piriforme (20X10m) 
 Três flagelos anteriores e um posterior 
 Membrana ondulante, núcleo ovóide e situado no terço anterior do corpo 
 Extremidade anterior arredondada 
 presença de axóstilo 
 
Hospedeiro: Bovinos 
 
Localização: Trato genital da fêmea e macho 
 
Ciclo evolutivo: 
 
Fêmeas (vagina) útero coito infecção do 
 macho 
Importância 
 Aborto no terço inicial da gestação 
 
14 a 18d 
 
43 
 
 Piometra, anestro, esterilidade nos casos mais graves 
 Touros: balanite, orquite, epididimite, desinteresse pela cobertura das fêmeas em cio. 
 
Família: Hexamitidae 
Giardia spp. 
G. canis, G. bovis, G. cati, G. caprae, 
G. equi, G. duodenalis, G. lamblia 
Trofozoítos: flagelados (8 flagelos) , 
 piriformes, binucleados, com disco adesivo 
Cistos: 
 Quatro núcleos e dois discos suctores 
 
Hospedeiros: cães, gatos, bovinos, caprinos, eqüinos, 
 animais silvestres, coelhos e o homem. 
Localização: Intestino delgado 
 
Transmissão: alimento ou água contaminados com cistos 
 
Importância: causam diarréia e cólicas intestinais 
 
 
 
 
Família: Trypanosomatidae 
 
Trypanosoma sp. 
 
SALIVARIA: 
 
T. brucei 
T. congolense 
T. vivax 
 
Identificação: 
 
T. brucei: 
 
 
 
 
T. congolensi 
 
 
 
T. vivax 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo evolutivo: 
 
 
 
 
- Núcleo central 
- Cinetoplasto subterminal 
- Flagelo livre 
- Cinetoplasto marginal 
- Extremidade posterior 
 romba 
- Não há flagelo livre 
- Núcleo central 
- Flagelo curto 
- Cinetoplasto terminal 
- Extremidade posterior larga e 
arredondada. 
2-3 sem. 
 
 
 
 
44 
 
 
 
Patogenia 
 Esplenomegalia 
 Dilatação linfóide 
 Anemia 
 Degeneração celular (cérebro/miocárdio) 
 Morte: Insuficiência cardíaca congestiva 
 
Diagnóstico: Formas tripomastigotas no sangue 
 
Stercorária: 
 
Trypanosoma theileri 
Hospedeiro: bovinos 
Transmissão: Tabanídeos, Hipoboscídeos 
Patogenia: não patogênicos 
Trypanosoma cruzi 
 
Hospedeiros: Homem 
Transmissão: fezes de triatomíneos (barbeiros) 
Reservatórios: cão, gato, tatu, gambá 
Importância: Causador da doenças de Chagas 
 
 
Trypanosomas Transmitidos Mecanicamente 
 
Trypanosoma evansi 
T. equinum 
 
Morfologia: 
 Corpo foliáceo 
 Flagelo livre na região posterior para a anterior 
 Presença de membrana ondulante. 
 Possui um único estágio evolutivo (monomórfico) 
 
Hospedeiro: Eqüinos, caninos, suínos, bovinos, caprinos, felinos . 
Reservatório natural: capivara 
 
Vetores mecânicos: Tabanídeos, Stomoxys calcitrans e 
morcegos hematófagos. 
 
Ciclo evolutivo: 
 
Vetor Hospedeiro multiplicação no sangue parasitemia 
 
Período Pré-Patente: 4 a 10 dias 
 
Importância: 
Paresia e paraplegia (Mal das Cadeiras). 
Edema ventral 
Morte do animal por esgotamento em uma semana a seis meses do início da infecção. 
 
Trypanosoma equiperdum 
 
Morfologia: Semelhante a T. evansi mas com cinetoplasto visível. 
Hospedeiro: eqüino. 
Reservatório natural: Asno 
 
 
45 
 
Localização: trato urogenital 
 
 
 
 
Ciclo evolutivo: 
Transmissão pelo coito 
PPP: 06 dias a 12 semanas 
Curso: 06 meses a 02 anos 
 
Importância 
As fêmeas apresentam o úbere e a vulva inflamados com partes despigmentadas. Já os machos, ficam 
excitados e urinam com freqüência, apresentando o pênis inchado com regiões do ânus e órgãos genitais 
despigmentados. 
 
 
 
GÊNERO: Leishmania spp. 
 
Leishmaniose cutânea Leishmaniose cutâneo-
mucosa 
Leishmaniose cutâneo-
difusa 
Leishmaniose visceral 
americana 
L. braziliensis 
L. mexicana 
L. pifanoi 
L. amazonensis 
L. peruviana 
L. guyanensis 
L. panamensis 
L. venezuelensis 
L. braziliensis L. mexicana 
L. pifanoi 
L. amazonensis 
 
L. chagasi 
 
 Morfologia: Promastigota – intestino do vetor 
 Amastigota – macrófagos do hospedeiro vertebrado 
 
Hospedeiros: vertebrados, homem e cão, roedores silvestres, carnívoros silvestres, gambá. 
 
Vetor: Lutzomyia spp. ; Phlebotomus spp. 
 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância: 
Causa Leishmaniose visceral (calazar) e cutânea (ferida brava, botão do oriente, etc). 
Acomete milhões de pessoas anualmente 
A leishmaniose visceral causa febre, hepatoesplenomegalia, emagrecimento e pode levar a morte 
Os cães positivos para a leishmaniose visceral é recomendado eutanásia. 
Fagocitose 
por macrófagos
Ruptura dos macrófagos e
liberação de amastigotos
Transformação 
em amastigotos
Multiplicação em 
macrófagos
Homem, cão
Pele
Inoculação
no hospedeiro
vetor
Transformação em
 promastigotos
 no intestíno médio
Multiplicação
 no intestíno médio
 
46 
 
 
6.1.2 Filo: Apicomplexa 
 
- Possuem complexo apical (anel polar, roptrias, micronemas) 
- Flagelos e cílios ausentes, com exceção de microgametas de alguns grupos. 
- Geralmente formam cistos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Subfilo: Sporozoa 
- Locomoção por deslizamento 
- Ciclo evolutivo intracelular 
- Reprodução sexuada e assexuada 
- Presença de complexo apical com anel polar 
 
6.1.2.1 Classe: Coccidia 
- Parasita células epiteliais 
- Reprodução sexuada e assexuada 
- Locomoção por flexão e deslizamento 
 
Família: Eimeriidae 
- Ciclo evolutivo direto – monoxeno – feco-oral – PPP 07 dias 
- Esquizogonia e gametogonia nas células do hospedeiro 
- Esporogonia fora do corpo do hospedeiro 
 
Isospora spp. (Cystoisospora spp.) 
 
Isospora suis – suínos 
Cystoisospora canis e C. ohiensis – cão 
Cystoisospora felis e C. rivolta – gato 
 
Oocisto esporulado com dois esporocisto, cada um com 4 esporozoítos 
Roedeores podem atuar como reservatório 
PPP = 7 a 10 dias 
 
Importância: Enterite 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
Eimeria spp. 
 
 
HOSPEDEIRO ESPÉCIES 
Galinha 
E. tenella, E. necatrix, E. brunetti, E. máxima, E. mitis e E. Acervulina 
Perus 
E. meleagrimitis e E. adenoeides 
Gansos E. anseris, E. nocens e 
E. truncata (rim) 
Bovinos E. zuernii, E. bovis e E. alabamenis 
Ovinos E. crandalli, E. ovinoidalis e E. bakuensis 
Caprinos E. arloingi e E. ninakohlyakimovae 
Suínos 
E. debliecki 
Equinos 
E. leuckarti 
Coelhos E. flavescens, E. intestinalis e 
E. stiedae (fígado) 
 
 
Importância: 
- Destruição de enterócitos resulta em má absorção de alimentos 
- Lesões intestinais, diarréias 
- Hemorragias intestinais 
- Redução da área de absorção 
- Queda na produção 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
Família: Sarcocystidae 
 
Toxomplasma gondii 
 
Hospedeiro definitivo: felídeos 
Localização: intestino delgado 
Hospedeiro intermediário: qualquer mamífero ou aves. 
Localização: Tecidos extra-intestinais, incluindo músculos,fígado, pulmão e cérebro. 
 
Ciclo Biológico: 
Forma de transmissão: ingestão de oocisto ou ingestão de cisto em carne contaminada. 
Formas rápidas: taquizoítos 
Formas lentas: bradizoítos (presente nos cistos) 
 
Importância: 
Distúrbios neurológicos 
Aborto 
Mortalidade perinatal em cordeiros 
 
Sarcocystis spp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hospedeiro definitivo: cão, gato, carnívoros silvestre e homem 
Localização: Intestino delgado (células epiteliais) 
Hospedeiro intermediário: Ruminantes, suínos e eqüinos 
Localização: Esquizontes nas células endoteliais, cistos na musculatura. 
 
Ciclo evolutivo: 
Período pré-patente nos carnívoros: 7 a 14 dias 
Período de eliminação dos esporocistos: 1 semana a vários meses 
Período desde a ingestão até o aparecimento de cisto no hosp. Intermediário: 2 a 12 meses. 
 
Importância: 
Morte do animal por hemorragias internas 
Aborto em ruminantes 
Mieloencefalite protozoária eqüina 
Cistos na musculatura que podem levar a condenação de carcaças 
 
Neospora caninum 
 
Hospedeiro definitivo: cão 
Hospedeiro intermediário: bovinos, ovinos, caprinos e eqüinos e caninos 
Transmissão: 
HD: ingestão de cistos com bradizoítos 
HI: ingestão de água e alimentos contaminados 
Transmissão congênita 
Ciclo: semelhante a Toxoplasma gondii 
Importância: 
Paralisia ascendente progressiva em cães (cistos no cérebro e medula) 
Aborto e defeito congênito em bovinos 
 
49 
 
Encefalite e miocardite em fetos abortados 
 
 
 
Ciclo de Toxoplasma gondii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo Sarcocystis spp. 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
6.1.2.2 Classe: Piroplasmidia 
Ordem: Piroplasmida 
 
- Parasita de células sanguíneas 
- Têm carrapatos como vetores 
Família: Babesiidae 
Doença: babesiose, piroplasmose, tristeza parasitária, nutaliose 
 
GÊNEROS: Babesia spp. 
 
HI ESPÉCIES DE BABESIA SP. 
Bovinos B. bigemina, B. bovis. B. major, B. divegens 
Equino B. caballi, B. Equi 
Ovinos e caprinos B. motasi, B. ovis 
Suínos B. perroncitoi, B. trautmanni 
Cão B. canis, B. gibsoni 
Gato B. felis 
Hospedeiro definitivo: carrapatos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO EVOLUTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPEDEIRO VERTEBRADO 
 
 
 Trofozoíta nos eritrócitos 
 
 
Multiplicação por divisão binária ou esquizogonia 
 
 
 
Esporozoítos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPEDEIRO INVERTEBRADO 
 
 
Ingestão de hemácias contendo trofozoítas 
 
 
Multiplicação no intestino (sexuada) 
 
 
Vermículos (esporocineto) 
 
 
Hemocele, ovário, tubos de Malpighi, glândulas salivares 
 
 
 
 
 
51 
 
 
Período pré-patente: 8 a 15 dias 
 
Importância: 
 
- Anemia hemolítica 
- Febre 
- Hiperexcitabilidade, incoordenação 
- Morte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1.2.3 Classe: Haemosporidia 
 
Parasitam células sanguíneas e tecidos de répteis, aves e mamíferos 
 
Família: Plamodiidae 
 
Plasmodium spp 
P. falciparum, P. vivax , P. malarie e P. ovale – Homem 
P. knowlesi – primatas 
P. berghei – roedores 
P. justanucleale – aves domésticas 
P. gallinae- aves domésticas 
 
Ciclo biológico: 
1ª fase – Esquizogonia nas células do sistema reticuloendotelial e monócito das víceras das aves e nas células 
hepáticas dos mamíferos. 
2ª fase – hemácias circulantes do hospedeiro vertebrado, com liberação de merozoítos 
3ª fase – reprodução sexuada : gametócitos nas hemácias do hospedeiro vertebrado e fecundação e 
esporogonia no mosquito. 
 
Fonte: Bousema T , Drakeley C Clin. Microbiol. Rev. 2011;24:377-410 
 
52 
 
 
 
Família: Haemoproteidae 
Todas as fases da esquizogonia em células fixas dos tecidos, apenas os gametócitos desenvolvem-se em 
glóbulos vermelhos. 
 
Haemoproteus spp. 
H. columbae: pombos 
H. lophortyx: codornas 
Vetores: Hipoboscideos 
 
 
 
Ciclo biológico: 
esporozoíto capilares pulmonares Trofozoítos esquizonte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://cal.vet.upenn.edu/projects/parasit06/website/demos/lab2_demo.htm 
 
 
Período pré-eritrocitário: 14 a 28 dias 
Gametogonia no hospedeiro vertebrado: 4 dias 
Desenvolvimento no vetor: 10 a 12 dias 
 
Importância: 
Pode causar anemia, anorexia, pneumonia, hipertrofia de fígado e baço, mas geralmente é apatogênico. 
gametócito (eritrócitos) 
 
Merozoitos 
Hipoboscídeo 
(Esporogonia) 
53 
 
 
Família: Leucocytozoidae 
 
Leucocytozoon spp. 
L. simondi 
L. bonasae 
L. fringillarum 
 
Hospedeiros: aves domésticas e silvestres 
Vetor: Simulídeos 
 
Ciclo biológico: 
 
Oocisto: intestino do vetor 
Esporozoíto: inoculação no hospedeiro vertebrado 
Formação de esquizontes hepáticos: células do fígado (2º dia) 
Merozoítos liberados nos sinusóides e sangue circulante (5º dia) 
Megaloesquizonte: macrófagos do fígado, baço, pulmão, cérebro e intestino (2º dia) 
Merozoítos megaloesquizogônicos (12º a 13º dia) 
Gametócito: Hemácias e leucócitos (14º a 15º dia) 
 
 
 
 
Fonte: http://cal.vet.upenn.edu/projects/parasit06/website/demos/lab2_demo.htm 
 
 
 
 
Importância: 
Morte de animais, principalmente jovens 
Hepatomegalia, esplenomegalia 
Anemia e bloqueio capilar 
Congestão pulmonar. 
 
 
54 
 
 
6.1.2.4 Classe: Sporozoasida 
 
Família: Hepatozoidae 
 
 
Hepatozoon canis 
 
Local de parasitismo: leucócitos sanguíneos 
Hospedeiros: cães e gatos 
Vetor: Rhipicephalus sanguineus 
 
 
 
 
Ciclo Biológico 
 
 
 
55 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BORCHERT, A. Parasitologia Veterinária. Zaragoza: Acribia, 1975. 
BOWMAN, D. D. Parasitology for Veterinarians. 7. ed. United States of América, 1999. 
FLECHTMANN, C. H. W. Ácaros de importância Médico-Veterinária. São Paulo: Nobel, 1973. 
FORETY, W. J. Parasitologia Veterinária: Manual de Referência. São Paulo: Roca, 2005. 
FORTES, E. Parasitologia Veterinária. 3. ed. São Paulo: Cone, 1997. 
GEORGI, J. R. Parasitologia Veterinária. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. 
GUIMARÃES, J. H.; TUCCI, E. C.; BATTESTI, D. M.B. Ectoparasitos de importância veterinária, São 
Paulo: Plêiade, 2001. 
KRANTZ, G. W.; WALTER, D. E. Walter (Hrsg.): A Manual of Acarology. 3. ed., Texas Tech University 
Press, 2009 
MARCONDES, C.B. Entomologia Médica e Veterinária. São Paulo: Atheneu, 2001. 
MONTEIRO, S. G. Parasitologia na Medicina Veterinária. São Paulo: Roca, 2010. 
PESSOA, S. B. & PESSOA, M. Parasitologia Medica 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978 
REY, L. Parasitologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. 
SERRA-FREIRE, N. M.; MELLO, R. P. Entomologia e Acarologia. Rio de Janeiro: L.F. Livros, 2006. 
URQUHART, G. M. et al. Parasitologia Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

Outros materiais