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ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS /capítulo 14 Martha Gabriel ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS Existem inúmeros sites de redes sociais digitais, da mesma forma que há diversos canais de televisão, revistas, sites, rádios, etc. É necessário escolher as mídias adequadas que melhor alavanquem os objetivos de marketing com um determinado público-alvo. O primeiro passo para desenvolver estratégias em redes sociais é elaborar o plano de marketing, com determinação de objetivos, público-alvo, análise do ambiente, produto, etc. ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS No que se refere especificamente às estratégias em redes sociais, é essencial que se conheça cada plataforma de redes sociais com suas particularidades, públicos, atributos, para que possam ser utilizadas em qualquer plano de marketing. Conhecimentos específicos sobre LinkedIn, Facebook, Orkut, MySpace, Youtube, Scoob, Twitter, entre outros, são relevantes, para conhecer qual plataforma de rede social é pertinente ao seu público. ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS Conhecimento sobre Twitter (2014): De acordo com pesquisa do Twitter, 4 em cada 5 brasileiros acessam a internet usando um telefone celular e 82% dos entrevistados disseram usar o aparelho para checar as redes sociais. 64% dos usuários brasileiros do Twitter se tornam seguidores das marcas para saber sobre novos produtos. Metade dos usuários disseram que seguem esse tipo de perfil no Twitter para interagir e receber atendimento. Em relação aos hábitos de consumo, metade dos entrevistados revelou que se importa com a marca dos produtos que estão comprando e 85% revelaram que gostam de experimentar novos produtos. ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS Se considerarmos todos os tipos de ambientes sociais digitais on-line possíveis, veremos que se reduzem a alguns tipos apenas em função de duas características principais que interessam às estratégias de marketing: viralização e poder analítico. ESTRATÉGIAS EM REDES SOCIAIS A capacidade de viralização do ambiente é importante quando a marca precisa alcançar e impactar o maior número possível de pessoas. O poder analítico do ambiente se torna essencial quando uma marca precisa ganhar relevância e credibilidade, que só são alcançadas com ambientes que propiciem ricas discussões e análises. Assim, em função dos objetivos que se deseja alcançar num plano de marketing, escolhem-se ambientes mais virais ou mais analíticos para ações estratégicas. AMBIENTES SOCIAIS Os ambientes sociais podem ser classificados em cinco tipos em função das suas capacidades virais ou analíticas: Microblogs (como o Twitter) – Ambientes de mensagens curtas e de compartilhamento rápido (maior força viral). Blogs – Ambientes que trazem opiniões ou relatos normalmente mais analisados e complexos (maior teor analítico). Redes sociais (como o Facebook e Orkut) - Ambientes que possuem debates sobre temas em fóruns ou comunidades (maior teor analítico). Redes virais (como o YouTube) – Ambientes que tem na troca de arquivos o seu principal motor de acessos (maior força viral). Imprensa on-line (sites de notícias) – Tem um forte poder de influencia sobre todos os demais ambientes sociais e carregam nos comentários de usuários um caráter social e importante complemento ao conteúdo (maior teor analítico). AMBIENTES SOCIAIS Quando uma marca atua em mercados fragmentados, com diversos competidores, a prioridade estratégica é aumentar o alcance (viralizar) para tornar a marca conhecida. Nesse caso, o foco das ações deve ser nos microblogs e redes virais. Em mercados com poucos competidores, a probabilidade da sua marca já ser conhecida é grande. Nesse caso, o foco principal é torná-la valorizada por meio de reconhecimento, que só pode ser obtido pelo poder analítico para reforço de diferenciais. Assim, a prioridade são ações em redes sociais e imprensa on-line. AMBIENTES SOCIAIS Após definir o posicionamento e determinar os sites de atuação, a qualidade das ações desenvolvidas é essencial ao sucesso do plano. Essas ações devem considerar o perfil do público e o da empresa. Por exemplo, apenas escolher o Twitter como plataforma, mas não postar mensagens adequadas aos objetivos do plano de marketing, ou usar linguagem não adequada para engajamento do público-alvo, pode ser desastroso. TWITTER EXEMPLOS TWITTER EXEMPLOS COMPORTAMENTO HUMANO As redes sociais existem desde a pré-história e envolvem o relacionamento entre pessoas em torno de um interesse comum. Assim, ao lembrarmos que o marketing tem foco no público-alvo é essencial analisarmos o comportamento humano nos relacionamentos sociais antes de tudo, para entender necessidades e desejos, e o cenário com suas oportunidades e ameaças. COMPORTAMENTO HUMANO As estatísticas de acesso em redes sociais on-line demonstram dados como: - Há mais mulheres que homens interagindo em redes sociais; - Jovens interagem mais que idosos Pense nas suas redes sociais off-line. Quem conversa mais ativamente? Jovens ou idosos? Homens ou mulheres? O que fazemos nas redes sociais on-line é o mesmo que fazemos nas redes sociais off-line. O ser humano é o mesmo. O que muda são as formas de se relacionar com novos recursos digitais que amplificam a sua atuação nessas redes. COMPORTAMENTO HUMANO Pode ser que as redes sociais on-line afetem e modifiquem o cérebro humano como outras tecnologias fizeram no passado. A questão é que a mudança do comportamento humano em geral ao longo do tempo se reflete em todas as dimensões da vida. COMPORTAMENTO HUMANO Deve ser considerado em qualquer estratégia de atuação nas redes sociais on-line: redes sociais on-line são espaços públicos, a menos que você se certifique de que está em uma rede privada e tenha a exata noção de quem participa dessa rede. As leis valem também no ambiente digital tanto quanto nos ambientes off-line. Cada vez mais pessoas têm sido processadas e condenadas pelo uso indevido do ambiente on-line. A Delegacia de Repressão aos Crimes de informática (DRCI), através de ordem judicial, identificou cerca de 70 perfis de usuários de redes sociais que hostilizaram a atriz Taís Araújo com comentários racistas. Algumas comunidades já foram identificadas. Também foi solicitado o bloqueio e os dados cadastrais dos usuários (G1, 2015). COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO AS MARCAS Entender o que as pessoas pensam e por que se tornam fãs, curtem ou seguem uma marca nas redes sociais é essencial para direcionar estratégias. Uma pesquisa (2010) revelou os principais motivos pelos quais as pessoas dão um like para uma empresa, marca ou associação no Facebook. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO AS MARCAS 1 – Receber descontos e promoções (40%) 2 – Mostrar aos outros o seu apoio à empresa (39%) 3 – Ganhar um brinde (amostra grátis, cupons) (36%) 4 –Manter-se informado sobre as atividades da empresa (34%) 5 – Receber atualizações sobre novos produtos (33%) 6 – Receber informações sobre vendas futuras (30%) 7 – Diversão ou entretenimento (29%) 8 – Ter acesso a conteúdos exclusivos (25%) 9 – Recomendação de alguém (22%) 10 – Saber mais sobre a empresa (21%) 11 – Saber mais sobre um tema específico da empresa (31%) 12 – Interagir (compartilhar ideias, dar feedback, etc.) (13%) REDES SOCIAIS E PLATAFORMASMÓVEIS O crescimento da difusão mobile nas populações devido à popularização da banda larga móvel e dos smartphones tem alavancado o uso das redes sociais on-line via dispositivos móveis. A tendência é que ocorram cada vez mais ações de mobile marketing nas redes sociais com geolocalização. Exemplos: Check-in (Facebook, Foursquare) nos restaurantes para ganhar cortesias. REDES SOCIAIS E A TELEVISÃO As redes sociais mudaram a forma de ver TV. Elas também mudaram a forma como as próprias emissoras e seus programas se comunicam e anunciam. Com a proliferação da segunda tela (do computador, do celular, do tablet) e do hábito de ver TV e navegar nas redes sociais ao mesmo tempo, a experiência de socializar em torno da programação passou da sala de estar para sites como Facebook e o Twitter. Exemplos: Jornal, Novelas. REDES SOCIAIS E A TELEVISÃO “E o vencedor do MasterChef Brasil foi… o Twitter” O reality show que comemorou a marca de 1 milhão de tweets durante o episódio final, fez do Twitter – a rede social queridinha da mídia – o grande campeão diante do momento mais esperado de todo o programa. Segurando o envelope misterioso, sem antes muita enrolação, a apresentadora Ana Paula Padrão surpreendeu a todos ao dizer que iria revelar o vencedor em primeira mão não na televisão, mas sim através do perfil oficial no Twitter: @masterchefbr. BAND E MASTERCHEF NO FACEBOOK E INSTAGRAM BAND E MASTERCHEF NO FACEBOOK E INSTAGRAM DISCOVERY E O PROGRAMA “LARGADOS E PELADOS” NO FACEBOOK GLOBO E THE VOICE BRASIL NO FACEBOOK E TWITTER GLOBO E THE VOICE BRASIL NO FACEBOOK GESTÃO DE CRISES Redes sociais e reputação não são assuntos novos, assim como crises e sua gestão também não. Apesar de crises sempre existirem, ambientes sociais on-line são altamente favoráveis à propagação de informações, impactando grandes redes em velocidade altíssima. Mesmo que sua empresa, seus produtos e sua marca fizessem tudo completamente correto, ainda assim você estaria sujeito a crises, pois sempre há a possibilidade de que alguém não goste ou interprete mal alguma das suas ações, e inicie comentários negativos sobre sua marca. GESTÃO DE CRISES Estar preparado para uma crise é uma das principais atitudes preventivas que uma empresa/marca/produto deve ter. Algumas características das redes sociais digitais que podem fomentar crises: Frequência: A empresa deve postar com frequência; responder rapidamente seus clientes. Intervalos grandes sem informação ou respostas podem ser vistos como negativos. Velocidade: A informação se difunde de forma muito rápida, tanto para o bem quanto para o mal. Visibilidade: Poucas pessoas tornam os problemas visíveis para muitas pessoas. É preciso agir sempre de maneira ética. Permanência: Uma vez que algo foi publicado, tanto pela empresa quanto pelas outras pessoas, é difícil apagar. GESTÃO DE CRISES Algumas características das redes sociais digitais que podem auxiliar no combate a crises: Mensuração: Oportunidade para avaliação e melhoria de produtos e serviços. Diálogo: As redes sociais digitais aproximam públicos e marcas. Duração: Se, por um lado, há a permanência de tudo o que é publicado, por outro, a duração da atenção sobre os assuntos normalmente é curta e muda logo de foco. REFERÊNCIA: GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital: conceitos, plataformas e estratégias. São Paulo: Novatec, 2010.
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