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Aula 11 Giardíase e Amebíase

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E 
MICROBIOLOGIA 
DISCIPLINA PARASITOLOGIA GERAL 
CURSO ODONTOLOGIA 
PROFª. LUANNA SOARES 
GIARDÍASE E AMEBÍASE 
Giardíase 
• Classificação 
• Reino : Protista 
• Sub-reino: Protozoa 
• Filo: Sarcomastigophora 
• Sub-filo: Mastigophora 
• Classe: Zoomastigophorea 
• Ordem: Diplomonadina 
• Família: Hexamitidae 
• Gênero: Giardia 
Giardíase 
• O Gênero Giardia inclui flagelados protozoários do 
intestino delgado de mamíferos, aves, répteis e 
anfíbios 
• Giardia lamblia, G. duodenalis ou G. intestinalis em 
humanos 
• Giardia duodenalis infecta vários mamíferos, aves e 
répteis 
• Giardia muris → roedores, aves e répteis 
• Giardia agilis → anfíbios 
• Giardia psittaci → periquitos 
• Giardia ardeae → garças 
Giardíase 
• Epidemiologia 
• Distribuição mundial (cosmopolita) 
• OMS: 500 mil novos casos/ano 
• Atinge principalmente crianças de 8 meses a 10-12 
anos (creches) 
• Surtos epidêmicos veiculados por água 
• Prevalência: 
• 05 a 43% em países em desenvolvimento 
• 03 a 07% em países desenvolvidos 
Giardíase 
• Diferentes espécies de Giardia 
Giardíase 
• Diferentes espécies de Giardia 
 
Giardíase 
• Características Gerais 
• Apresenta membrana nuclear, citoesqueleto 
• Apresenta retículo endoplasmático, ribossomos e 
Complexo de Golgi 
• Ausência de nucléolo e de mitocôndria 
• Possui uma organela parecida com uma mitocôndria 
chamada mitossoma 
• Metabolismo – anaeróbio facultativo 
• Utiliza glicose e armazena glicogênio 
Giardíase 
• Morfologia 
• Giardia apresenta duas formas evolutivas: 
• Trofozoíto e cisto 
• O trofozoíto tem formato de pêra, com simetria 
bilateral, mede 20 x 10µm, 4 pares de flagelos 
• No seu interior apresenta 2 núcleos 
• Face dorsal lisa e convexa 
• Face ventral é côncava, apresentando uma estrutura 
semelhante a uma ventosa, conhecida por disco 
ventral, adesivo ou suctorial 
Giardíase 
• Formas de vida – Trofozoíto (Forma replicativa) 
Giardíase 
• Formas de vida – Trofozoíto (Forma replicativa) 
 
• Habitat: duodeno e parte do jejuno, mergulhados nas 
criptas, aderidos à mucosa 
• Nutrição: pinocitose 
• Deslocamento por batimento dos 
 flagelos 
Giardíase 
• Formas de vida – Cisto (Forma infectante) 
 
• O cisto é oval ou elipsóide, mede 12 x8 µm 
• Delicada membrana destacada do citoplasma 
• A parede externa torna os cistos resistentes a 
variações de temperatura e umidade 
• No seu interior encontram-se 2 ou 4 núcleos, um 
número variável de fibrilas (axonemas de flagelos) 
Giardíase 
• Formas de vida – Cisto (Forma infectante) 
 
• Ovóides com parede cística (quitina) 
• 4 núcleos (duplas estruturas internas) 
• Eliminados com as fezes 
• Resistência: água por 2 meses 
Giardíase 
• Giardia lamblia – adere na parede do intestino delgado 
 
O disco ventral permite a interação com 
a parede do intestino delgado 
 microvilosidades 
Giardíase 
• Ciclo Biológico 
• O cisto passa por um processo de desencistamento, 
que tem início no estômago e completa-se no 
duodeno e jejuno → cada cisto maduro libera 02 
trofozoítos binucleados 
• Os trofozoítos multiplicam-se por divisão binária e 
colonizam o intestino, onde permanecem aderidos à 
mucosa intestinal por meio do disco ventral 
• Alguns trofozoítos passam por um processo de 
encistamento, onde são produzidos os cistos (cólon e 
ceco) 
Giardíase 
• Ciclo Biológico 
• Durante o encistamento, ao redor do trofozoíto é 
secretada pelo parasita uma membrana cística 
resistente composta por quitina 
 
• Os cistos produzidos são excretados juntamente com 
as fezes do hospedeiro podendo permanecer viáveis 
por vários meses no meio ambiente, desde que em 
condições favoráveis de temperatura e umidade 
Ciclo de vida da Giardia lamblia 
Giardíase 
• Ciclo de vida 
 
Giardíase 
• Transmissão 
• Cistos são responsáveis pela transmissão 
• Por meio de água e alimentos contaminados 
• Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral) 
• Contatos com fezes de animais domésticos 
• Transmissão sexual (anal-oral) 
• Poucos cistos são necessários para infectar o hospedeiro 
(10 a 25) 
• Período de incubação 1-4 semanas (7-10 dias) 
• 10 a 36 dias até a detecção de cistos de Giardia nas fezes 
 
Giardíase 
• Sintomatologia - Humanos 
• Variável 
• Assintomática 
• Sintomática (agudo-crônico) 
• Dores abdominais (cólicas) 
• Flatulências 
• Má absorção intestinal e perda de peso 
• Anorexia 
• Diarréia (líquida) de odor fétido 
Giardíase 
• Sintomatologia - Animais 
• Assintomáticos ou Sintomáticos (resposta imunológica, 
idade, virulência da cepa, dose infectante) 
• Sintomáticos 
• Vômito 
• Perda de peso 
• Gases, distensão e dores abdominais 
• Diarreia aguda, persistente e intermitente 
• Fezes com odor fétido 
 
Giardíase 
Giardíase 
• Diagnóstico Clínico 
• A sintomatologia mais indicativa de giardíase é a 
diarreia 
 
• Diagnóstico Parasitológico 
• Identificação microscópica das formas evolutivas do 
parasito (cistos e/ou trofozoítos) amostras de fezes 
• Nas fezes formadas – pesquisa de cistos pelos 
métodos de centrifugação/flutuação (Método de 
Faust) ou de flutuação (Método de Willis) 
Giardíase 
• Diagnóstico Parasitológico 
• Para os quadros agudos com diarreia, recomenda-se 
a coleta das amostras fecais em recipientes contendo 
substâncias fixadoras, como formol a 10%, MIF 
(mertiolato-iodo-formol) ou SAF (acetato de sódio-
ácido acético-formaldeído) 
• Testar ao menos três amostras em uma semana 
• No fluído duodenal – pesquisa de trofozoítos em 
biópsia jejunal (para casos de diarréia crônica) 
Giardíase 
• Diagnóstico 
Giardíase 
• Diagnóstico Imunológico 
• No soro – pesquisa de AC por ELISA ou IFI 
• Nas fezes – pesquisa de Ag por ELISA 
 
• Diagnóstico Imunológico 
• Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por 
PCR 
 
Giardíase 
• Tratamento 
• Metronidazol → 250mg, v.o, 2 vezes/dia, durante 5 
dias (adultos)/ 15mg/kg/dia, v.o, 2 vezes/dia, 
durante 5 dias (crianças e animais) 
• Nitazoxanida → 500mg, v.o, 12/12h por 3 dias 
(adultos)/ 20mg, v.o, 12/12h por 3 dias (crianças) 
• Secnidazol 2g, v.o, d.u (adultos)/ 30mg/kg, v.o, d.u 
(crianças) 
 
Giardíase 
• Profilaxia - Humanos 
• Medidas de saneamento e educação sanitária 
• Lavar as mãos, após o uso do sanitário e lavar 
cuidadosamente os alimentos com água filtrada 
• Higiene - creches, orfanatos, asilos e outras instituições 
• Realização de inquérito coproscópico para tratamento 
dos portadores de cistos de Giardia 
• Destino adequado das fezes 
• Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato anal-oral 
 
Giardíase 
• Profilaxia - Humanos 
• No Brasil, a Portaria 2914/2011 MS → Dispõe sobre 
os procedimentos de controle e vigilância da 
qualidade da água para consumo humano 
• Recomenda a inclusão da pesquisa de protozoários 
patogênicos, como cistos de Giardia, em águas 
destinadas ao consumo humano 
Giardíase 
• Profilaxia – Animais 
• Higienização das instalações com remoção das fezes 
• Cistos resistem à cloração e à maioria dos desinfetantes, 
mas não à fervura, portanto uso de vapor de água 
• Oferecer água filtrada e a vontade aos animais 
• Limpeza e desinfecção da região perianal  diminuir a 
transmissão de cistos 
• Banhos semanais 
 
 
Giardia sp. – Vacina comercial 
Fonte: http://www.fortdodge.com.br/pets/giardiavax/sobre/index.htmlNome comercial – GiardiaVax 
Fabricante – Fort Dodge (Estados Unidos). 
Fort Dodge Saúde Animal Ltda. 
Característica – Vacina contendo trofozoítos 
inativados 
Forma de aplicação – Injeção subcutânea com 
segunda dose de 3 a 4 semanas após a primeira. 
Revacinação anual recomendada. 
Observação: 
• A resposta imune humoral (produção de 
anticorpos) é a mais importante 
Amebíase 
• Classificação 
• Reino : Protista 
• Sub-reino: Protozoa 
• Filo: Sarcomastigophora 
• Sub-filo: Mastigophora 
• Classe: Lobosea 
• Ordem: Amoebida 
• Família: Endamoebidae 
• Gênero: Entamoeba 
Amebíase 
• Amebíase é uma doença causada pelo protozoário 
Entamoeba histolytica 
• Protozoários com inúmeros habitats: 
 
Amebíase 
• Características 
• Não possui Mitocôndria, RE ou Complexo de Golgi 
• Possuem uma organela chamada mitossoma ou 
cripton (exerce função de mitocôndria) 
• Possui cromatina, núcleo e lisossomos 
Amebíase 
• Diferenças entre Amebas conforme o tamanho do 
trofozoíto e do cisto e pelo nº de núcleos e inclusões: 
• 1. Amebas com cistos contendo 04 núcleos: 
 Entamoeba histolytica/ Entamoeba dispar (humanos) 
• 2. Amebas com cistos contendo 08 núcleos: 
 Entamoeba coli (humanos) 
• 3. Amebas com cistos contendo 01 núcleo: 
 Entamoeba polecki (suínos, macacos e eventualmente 
humanos) 
• 4. Amebas cujos cistos não são conhecidos: 
 Entamoeba gengivalis (humanos e macacos) 
Amebíase 
• Diferenças entre E. histolytica e E. dispar 
• Evidências bioquímicas: diferenças no perfil 
isoenzimático de ambas 
• Padrão de crescimento em culturas axênicas – 
(Entamoeba histolytica cresce melhor) 
• Capacidade de adesão a células alvo – (Entamoeba 
histolytica tem maior capacidade de adesão) 
• Diferenças nas formas clínicas da doença – 
(Entamoeba histolytica apresenta formas clínicas 
mais graves) 
Amebíase 
• Diferenças nas formas clínicas da doença 
 
• Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903) 
• Apresenta diversos graus de virulência, invasiva 
(podem estar relacionados com diferentes cepas) 
• Apresenta diversas formas clínicas 
• Para cada caso da doença/4 assintomáticos 
Amebíase 
• Diferenças nas formas clínicas da doença 
 
• Entamoeba dispar (Brumpt, 1925) 
• Pode causar lesões/erosões na mucosa intestinal, 
mas não é invasiva 
• Maior parte dos casos são assintomáticos e 
apresenta colite não disentérica 
Amebíase 
• Formas de vida – Trofozoíto e cisto 
• Trofozoíto 
• 1 núcleo bem nítido 
• Citoplasma: ecto e endoplasma 
• Nutrição por pinocitose/fagocitose: 
• bactérias/hemáceas (forma invasiva) 
• Reprodução: divisão binária 
• Pleomórfico, com grande variabilidade tamanho 
• Motilidade – pseudópodes 
 
Amebíase 
• Formas de vida – Trofozoíto e cisto 
• Cisto 
• 1-4 núcleos 
• Esféricos/ovais 
• Cariossoma pequeno e central 
• Cromatina periférica 
• Resistentes (parede cística quitinosa) 
• Eliminado nas fezes 
Amebíase 
Amebíase 
Desencistamento – ID 
Encistamento: luz do IG 
Amebíase 
• Ciclo Patogênico 
• Os trofozoítos ao fixar-se na mucosa intestinal 
podem multiplicar-se nas úlceras formadas, invadir a 
circulação e atingir vários órgãos como fígado, rins, 
pulmões, cérebro ou pele, causando a amebíase 
extra-intestinal 
• Os trofozoítos presentes nas úlceras é a forma 
invasiva da amebíase 
• Nestes tecidos, eles são hematófagos e muito ativos 
Amebíase 
• Transmissão 
• Direta: fecal-oral 
• Ingestão de cistos maduros por água ou alimentos 
contaminados 
• Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo 
• Insetos sinantrópicos podem veicular cistos 
• Falta de higiene domiciliar 
• Manipuladores de alimentos são os principais 
disseminadores da Amebíase 
Amebíase 
• Sintomatologia 
• Assintomática (80 – 90% casos) 
• Forma intestinal (não invasiva): 
• Dores abdominais (cólicas) 
• Diarreias - ~ 6 episódios/dia (pode ficar crônica) 
• Forma intestinal invasiva: 
• Cólicas intensas, náuseas, vômitos 
• Colite amebiana aguda, disenteria 
 grave (fezes líquidas muco ou sangue) 
~ 8 -10 episódios/dia, desidratação 
• Úlceras intestinais, abscessos 
Amebíase 
• Sintomatologia 
• Forma extra-intestinal 
• Fígado (+ comum): dor, febre, hepatomegalia, pode 
haver anorexia e emagrecimento 
• Pulmão (raro) 
• Cérebro (raro) 
• Pele (região perianal e órgãos genitais) 
Amebíase 
• Patologia 
 
Amebíase 
• Diagnóstico Clínico – diarréia/síndrome do cólon 
irritável 
• Parasitológico de fezes 
• Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar 
amebas não patogênicas) 
• Trofozoítos em fezes líquidas 
• Método de Faust 
• Cultura de fezes 
Amebíase 
• Diagnóstico imunológico 
• ELISA para detecção de Ag nas fezes 
• ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva 
 
• Diagnóstico Molecular 
• PCR (distingue espécies), também pode ser realizado nas 
amostras de água 
 
• Na busca de abcessos hepáticos pode ser realizado: 
• Raio-X, Cintilografia e US abdominal 
Amebíase 
• Tratamento – Formas intestinais 
 
Amebíase 
• Tratamento – Formas graves 
Amebíase 
• Profilaxia 
• Educação sanitária 
• Saneamento básico 
• Tratamento de água (filtrar ou ferver) 
• Controle de alimentos (lavar frutas e verduras) 
• Combate aos insetos sinantrópicos 
• Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos) 
• Tratamento dos portadores 
Amebíase

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