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CÁPSULAS resumo

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CÁPSULAS
Cápsulas com enchimento líquido
Líquidos podem ser veiculados dentro de cápsulas duras ou moles, preparadas a base de gelatina. Ambos os tipos de cápsulas combinam a conveniência da F.F unitária com a potencialmente rápida absorção do fármaco contido em soluções e suspensões.
Os fármacos são dissolvidos ou dispersos em veículos não- aquosos e atóxicos (os veículos podem ser imiscíveis com água- lipofílicos, ou miscíveis com água- hidrofílicos). Óleos vegetais são veículos imiscíveis com água, enquanto polietilenoglicóis e determinados tensoativos não- iônicos (ex.: polissorbato 80) são miscíveis com água.
A liberação do conteúdo das cápsulas de gelatina ocorre por dissolução ou rompimento do invólucro flexível. Após a liberação:
Veículo miscível com água dispersa-se ou dissolve rapidamente nos fluidos gastrintestinais, cedendo fármaco (o que depende da sua solubilidade em água), como solução ou suspensão de partículas finas, induzindo a uma rápida absorção
Para cápsulas de gelatina contendo fármacos em solução ou dispersos em veículos imiscíveis com água, a liberação do conteúdo será seguida, na maioria das vezes, pela dispersão nos fluidos gastrintestinais. Uma vez disperso, o fármaco pode acabar na forma de emulsão, de uma suspensão de partículas finas ou de nano/ microemulsão nos fluidos gastrintestinais.
Capsulas com enchimento líquido, quando bem formuladas, têm por objetivo melhorar a absorção de fármacos escassamente solúveis em águas, assegurando que nenhuma precipitação ocorrerá das nano/ microemulsões formadas nos fluidos gastrintestinais. 
Em fármacos escassamente solúveis em água tem sido observada maior biodisponibilidade quando formulados na forma de cápsulas com enchimento líquido.
Entre os fatores, relacionados com a formulação de cápsulas de gelatina com enchimento líquido que podem afetar a biodisponibilidade de um fármaco a partir desse tipo de F.F cabe incluir:
A solubilidade do fármaco no veículo (e fluidos gastrintestinais)
O tamanho de partícula do fármaco (quando suspenso no veículo)
Natureza do veículo (hidrofílico ou lipofílico), se o veículo lipofílico é ou não um óleo digerível
Adição de um tensoativo, como agente molhante ou emulsionante, no veículo lipofílico ou como próprio veículo
Adição de um agente suspensor (agentes espessante) no veículo
Complexação, ou seja, formação de complexos não absorvíveis entre fármacos e adjuvantes
Cápsulas com enchimento pulvéreo
Partindo- se do princípio que o invólucro de uma cápsula dura dissolve- se rapidamente nos fluidos gastrintestinais e que a massa encapsulada dispersa- se de maneira rápida e eficiente, isso fará com que uma superfície relativamente grande do fármaco seja posta em contato com os fluidos gastrintestinais, facilitando, assim, sua dissolução
A incorporação de adjuvantes (ex.: diluentes, lubrificantes e tensoativos) à formulação de uma cápsula pode acarretar efeitos significativos sobre a velocidade de dissolução dos fármacos, sobretudo daqueles que são pouco solúveis e hidrofóbicos
Fatores de formulação, que podem afetar a biodisponibilidade de fármacos contidos em cápsulas duras de gelatina incluem:
Superfície e tamanho de partículas do fármaco, sobretudo a superfície efetiva de contato mostrada pelo fármaco frente aos fluidos gastrintestinais
Uso de fármacos na forma de um sal, em vez do ácido fraco ou da base fraca originais
Forma cristalina do fármaco
Estabilidade química do fármaco (na forma farmacêutica e nos fluidos gastrintestinais)
Natureza e quantidade de diluente, lubrificante e agente molhante
Interações entre fármaco e adjuvantes 
Tipo e as condições do processo de enchimento 
Densidade de empacotamento do conteúdo da cápsula
Composição e as propriedades do invólucro 
Interações entre o invólucro da cápsula e o conteúdo desta
Cápsulas duras de gelatina
Consistem em 2 peças com formato cilíndrico, fechadas em uma das extremidades (peça mais curta- tampa; peça mais cumprida- corpo)
Recentemente, têm sido fabricadas utilizando- se hidroximetilcelulose, com objetivo de produzir um invólucro com baixo conteúdo de umidade
A especificação- padrão de conteúdo de umidade para cápsulas duras de gelatina é de 13 e 16%. Em baixos níveis de umidade relativa, elas perdem umidade e tornam- se quebradiças; em níveis elevados, passam a absorver umidade e amolecem. O conteúdo de umidade pode ser mantido dentro das especificações corretas por meio da armazenagem em recipientes hermeticamente fechados, à temperatura constante
A forma mais simples de estimar o peso de enchimento para um pó é obtida pela multiplicação do vol. do corpo da cápsula vezes a densidade de compactação. No caso de líquidos, o peso de enchimento é calculado por meio da multiplicação da densidade específica do liquido pelo volume do corpo da cápsula vezes 0,8
Uma vez enchidas, as cápsulas podem sofrer separação e derrame dos seus conteúdos, uma vez que estão sujeitas à vibração durante o processo. Para evitar esse problema, os invólucros das cápsulas modernas apresentam uma série de entalhes denticulares do lado interno da tampa e sobre a superfície externa do seu corpo, os quais, no ato de fechamento da cápsula após o enchimento, encaixam- se de forma suficientemente firme, assegurando que as 2 partes da cápsula permaneçam juntas durante a manipulação mecânica
Substâncias veiculadas que devem ser evitadas são as capazes de reagir com a gelatina ou as substâncias que interferem na integridade do invólucro 
Propriedades limitantes para os materiais a serem encapsulados:
Não devem reagir com a gelatina
Não devem ter um conteúdo elevado de umidade
O volume da dose unitária não deve exceder os tamanhos de cápsulas disponíveis
FORMULAÇÃO DE PÓS
A seleção dos adjuvantes depende de vários fatores, entre os quais: propriedades do fármaco; dose, solubilidade, tamanho e a forma de partícula do fármaco; tamanho da cápsula a ser utilizada (determina os espaços livres dentro da cápsula que estão disponíveis para o formulador)
Tipos de adjuvantes utilizados no encapsulamento de pós:
Diluentes- conferem as propriedades necessárias para a formação do compacto ou cilindro de pó. Ex.: - lactose, amido de milho e celulose microcristalina 
Lubrificantes- reduzem a adesão entre os pós e as partes metálicas. Ex.: estearato de magnésio
Deslizante- promovem as propriedades de fluxo de pós, reduzem o atrito entre as partículas. Ex.: sílica anidra coloidal
Agentes molhantes- favorecem a penetração de água. Ex.: laurilsulfato
Desintegrantes- produzem a desagregação da massa de pó. Superdesintegrantes- glicolato sódico de amido; croscarmelose 
Estabilizantes- melhoram a estabilidade física do produto
Principais fatores na formulação de pós: 
Bom fluxo (para isso, são utilizados um diluente com fluxo livre e um deslizante)
Ausência de adesão (por meio da utilização de lubrificantes)
Coesividade (por meio da utilização de um diluente capaz de formar agregados cilíndricos)
O tamanho de partícula influi na velocidade de absorção de diversos fármacos. A velocidade de dissolução é diretamente à superfície de contato ( tamanho das partículas superfície relativa de contato). Porém as partículas pequenas tendem à formação de agregados, o que acarreta uma perda do efeito do fármaco.
Os diluentes são os adjuvantes que participam em maior proporção dentro de uma formulação, sendo classicamente definidos como materiais inertes adicionados à mistura com o objetivo de aumentar o volume até uma quantidade manipulável de maneira mais fácil. Apesar de serem relativamente inertes do ponto de vista químico, desempenham um papel importante no processo de liberação do fármaco. 
Estearato de magnésio diminui a coesividade entre as partículas de tamanho menor, fazendo com que se espalhem mais rapidamente no meio de dissolução do que o material não- lubrificado.
Principais fatores vinculados à liberação em formulações púlvereas são:
Tamanho ideal de partícula da substância ativa
Caráter hidrofílico da massa de pó, que estávinculada à solubilidade do fármaco em função dos adjuvantes
Utilização de adjuvantes de dissolução, agentes molhantes e superdesintegrantes
Formulação otimizada nas suas características de enchimento e liberação
Cápsulas moles de gelatina
Consistem em uma matriz líquida ou semi- sólida incorporada em um invólucro de gelatina externo monolítico
O componente ativo (fármaco), dever estar em solução ou suspensão na matriz de enchimento da cápsula. Essa matriz pode ter características hidrofíicas ou lipofílicas. Em muitas formulações, a matriz pode ser uma mistura de componentes tanto hidrofílicos como lipofílicos
O invólucro da cápsula mole de gelatina é constituído por gelatina, água e plastificantes e pode ser transparente ou opaco, colorido e aromatizado, quando desejado. Os conservantes não são exigidos devido à escassa atividade da água no produto final.
Contêm, adicionalmente, substâncias plastificantes
CÁPSULA MOLE DE GELATINA
Invólucro de gelatina
Matriz de enchimento
Solução de fármaco em matriz de Solução de fármaco em 
enchimento lipofíco Solução ou suspensão em matriz de enchimento 
 matriz de enchimento lipofílico hidrofílica
 contendo revestimento entérico 
 ou de liberação retardada 
Suspensão de fármaco em matriz Suspensão de fármaco em 
de enchimento lipofílico matriz de enchimento 
 hidrofílica 
Aspectos chave e vantagens da F.F cápsula mole de gelatina:
	Aspectos
	Vantagens
	Aumento da absorção do fármaco
	Melhora na velocidade e extensão da absorção e/ou redução da variação, principalmente para fármacos escassamente solúveis em água
	Adesão do paciente ao tratamento e preferência do consumidor
	Fácil deglutição. Ausência de sabor desagradável ou de outros problemas sensoriais. Administração pratica como F.F contendo fármaco líquido
	Segurança- fármacos potentes e citotóxicos
	Evita a formação de pós durante a produção da F.F: maior segurança para os operadores e melhor controle ambiental
	Fármacos oleosos e com baixo ponto de fusão
	Contorna problemas observados na produção de comprimidos e cápsula de invólucro duro
	Uniformidade de dose como fármacos muito ativos
	O fluxo de líquidos durante a produção de uma F.F é mais preciso do que o fluxo de pós ou granulados
Fármacos em solução permitem melhor homogeneidade em comparação com as misturas de pós ou de granulados
	Estabilidade do produto
	Os fármacos estão protegidos da degradação oxidativa pelos veículos lipídicos e pelo invólucro da cápsula mole de gelatina
O invólucro de gelatina de uma cápsula mole constitui uma barreira eficiente para a difusão de oxigênio para o seu conteúdo
As cápsulas moles de gelatina contêm pouca água residual. As substâncias suscetíveis à hidrólise são preservadas, se forem dissolvidas ou dispersas em um material de enchimento líquido, oleoso, e encapsuladas em cápsulas moles de gelatina
O teor de água residual da maioria das substâncias de uso farmacêutico, armazenadas a uma umidade relativa de 20% (que corresponde às condições de secagem para cápsulas moles de gelatina) é normalmente baixo e, por isso, os níveis de água no material de enchimento das cápsulas moles de gelatina também são muito baixo
A fase líquida da matriz de enchimento é escolhida a partir de substâncias com uma ampla variedade de propriedades físico- químicas. A escolha das substâncias é feita de acordo com uma série de critérios, entre os quais são: capacidade de dissolver o fármaco; velocidade de dispersão no trato gastrintestinal, após o invólucro da cápsula mole de gelatina ter rompido- se e liberado a matriz de enchimento; capacidade de manter o fármaco em solução no fluido gastrintestinal; compatibilidade com invólucro da cápsula mole de gelatina; capacidade de otimizar a velocidade, a extensão e a constância de absorção do fármaco

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