Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Giardia lamblia Giardíase Filo: Sarcomastigophora Classe: Zoomastigophora Ordem: Diplomonadida Família: Hexamitidae Gênero: Giardia Espécie: Giardia lamblia Morfologia Apresenta duas formas evolutivas: O trofozíto e o cisto. (A)>Cisto: É oval ou elipsoide, mede aproximadamente 12um de comprimento por 8um de largura e apresenta uma parede externa glicoproteica (Parede cística), que torna os torna resistentes a certas variações de umidade e temperatura, apresenta 2 ou 4 núcleos, um número váriavel de axonemas de flagelos e corpos escuros em formato de meia lua (Diferente dos corpos medianos). (B)>Trofozoíto: é encontrado no intestino delgado (Responsável pelas manifestações clínicas). Possui formato de pera (piriforme), simetria bilateral, mede 20um de comprimento por 10um de largura e apresenta quatro pares de flagelos (anterior, posterior, ventral e caudal). Apresenta um disco ventral (semelhante a uma ventosa), que permitem a adesão do parasito à mucosa intestinal, um ou dois corpos paralelos, usados para a determinação de algumas espécies, e dois núcleos idênticos do ponto de vista morfológico e genético. (C)>Trofozóíto(face lateral). HABITAT Transmissão cisto maduros podem ser transmitidos por: Alimentos contaminados Água sem tratamento adequado Os cistos podem ser veiculados por moscas e baratas De pessoa a pessoa Ciclo Biológico A Giardia é um parasito monoxênico de ciclo biológico direto. A via normal de infecção é por ingestão de cistos. Após a ingestão, o cisto passa por um processo de desencistamento, sendo iniciado no estômago e completa-se no jejuno. O cisto maduro libera uma forma tetranucleada (exocistozoíto), que fará duas divisões nucleares, originando quatro trofozoítos binucleados. Os trofozoítos colonizam o intestino, onde permanecem aderidos à mucosa. O ciclo se completa com o encistamento do parasito e sua eliminação para o meio exterior. Processo iniciado no baixo íleo, mas o ceco é considerado o principal sítio de encistamento. Os cistos são produzidos e excretados juntamente com as fezes do hospedeiro, podendo permanecer viáveis por vários meses no meio ambiente. O cisto é a forma infectante para humanos e animais. O cisto são resistentes, em condições adequadas podem sobreviver 2 meses no ambiente. Transmissão e Ciclo Biológico Patogenia Ocorre no jejuno e duodeno, Pode ocorrer desde o achatamente até a atrofia das microvilosidades, ocasionado pela aderência na parede intestinal. Lesão a mucosa (atapetamento) => sindrome da má absorção => diarréia com esteatorréia. Aumento de linfócitos intraepiteliais, onde verifica-se uma correlação positiva entre o grau de infiltração linfocitária e a intensidade da má absorção. Irritação catarral, vacuolização de células epiteliais, necrose e má-absorção intestinal. Desencadeia resposta inflamatória e imune com produção de IgA e IgE que ativa mastócitos e libera histamina – Edema – aumento da motilidade – Diarréia. Diagnóstico Clínico: Diarréia com esteatorreia, irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda de apetite e dor abdominal. Comprovação por exames laboratoriais. Laboratorial Parasitológico: exame microscópico de fezes, realizando pelo menos 3 amostras fecais em dias alternados, baseando-se na identificação das formas evolutivas do parasito. Exame coproparasitológico ainda é a principal alternativa diagnóstica (Embora alguns fatores podem conduzir a fatores falso-negativos). Em pacientes com diarreia crônica, pode ser necessária a pequisa do parasito em amostras de fluido duodenal (utilizando o metodo de ENTERO-TEST. Tratamento Metronidazol: 15 a 20 mg/kg durante sete a dez dias consecutivos, para crianças, via oral. A dose para adultos é de 250mg, duas vezes ao dia. Apresenta sucesso em 80 a 95% dos casos. Tinidazol: Dose única de 2g para adulto e 1g para crianças, sobre a forma líquida. Profilaxia Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos) Destino correto das fezes (Fossas, rede de esgoto). Proteção dos alimentos Tratamento da Água (Uso de filtros de areia e terra). Verificar a presença de Giardia nos animais domésticos e tratá-los. Diagnóstico precoce do doente, também diagnosticando a fonte de infecção e tratá-la. referências NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. -. São Paulo, SP: Atheneu, 2005. 121-126 p.
Compartilhar