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Direito de Família I Unidade

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RESUMO DIREITO CIVIL – FAMÍLIA
Matrimônio – Casamento.
Conceito: É a união de duas pessoas pela afetividade para a união matrimonial.
“É uma das diversas e variadas formas de convivência afetiva através da união de duas pessoas realizando um integração físicopísiquica ”. 
Natureza Jurídica: 
É um negócio jurídico solene, ou seja, é um negócio jurídico que requer um procedimento desde a anuência dos nubentes, à regras próprias para sua realização. Também tem natureza institucional, pois tem normas específicas e regulamentadoras pelo legislador, onde deve ser seguida. Sendo natureza mista o casamento.
	A Habilitação para o casamento é um procedimento administrativo, ela deverá mostrar para o Estado que ela está apta para o casamento. O procedimento de habilitação é feito no cartório extrajudicial, o de registro civil de seu domicílio, sendo de qualquer um dos nubentes, sendo observado, a competência territorial do cartório da sua cidade. O casamento não é gratuito conforme informa o código, cada local da federação tem seu valor, porém a celebração do casamento é gratuita. Quem se declarar pobre, através da declaração perante o oficial de registro civil , terá a gratuidade. 
Objetivos principais da habilitação para o casamento:
Verificar a capacidade matrimonial: verificar idade núbil que é a partir dos 16 anos*.
Verificar impedimentos; art. 1.521 CC.
Verificar as causas suspensivas; art. 1.523 CC. 
	O Estado Juiz tem que fiscalizar de forma preventiva e repressiva o ato do casamento, pois, devendo ser respeitada e seguida a solenidade do casamento, não haverá forma de impedimento ou suspenção do casamento, porém não sendo respeitada os atos o Estado Juiz pode punir repressivamente como por exemplo a anulação do casamento, e também exerce de forma preventiva através dos proclames. 
É possível ser nubentes (aquele que ainda não casou), a partir dos 16 anos de idade completos, portanto deverá ter anuência dos pais. Caso um dos pais - pai ou a mãe - não autorize o filho menor - menoridade civil, abaixo dos 18 anos de idade - casar, o juiz pode intervir nesse caso para autorizar o casamento, porém o motivo que o pai ou a mãe negou tenha de ser um motivo injusto, se for um motivo justo, o juiz não pode intervir.
OBS: Se o jovem de 16 anos ou 17 for emancipado, não é necessário a anuência dos pais. Para casar de livre vontade a partir dos 18 anos de idade onde o menor completou maioridade civil, ou nos casos de emancipação.
OBSII: Se for menor de 16 anos em regra não pode se casar, porém pode se casar, nos casos de gravidez ou para evitar o cumprimento de pena (dispositivo não foi revogado pela lei 11.106/05), onde a vítima resolve se casar com seu agressor, assim evitando o cumprimento de pena do mesmo. 
A atuação do MP é para verificar qualquer forma de impedimento, pois no que tange a família e a menor, o MP deve se pronunciar. No caso da união matrimonial que é o casamento, o MP deve se pronunciar no momento que os nubentes vão ao cartório entrar com o pedido de casamento – MP (proclames(edital) – habilitação), se fazendo presente. 
	Será publicada em edital e na comarca da cidade dos nubentes – a cidade onde declarou residência- para dar publicidade dos atos. Depois de todos os tramites que é a informação do casamento no cartório – publicidade dos atos/proclames – será emitida a habilitação, que se chamará de “certificado de habilitação para o casamento”, no qual os nubentes terão até 90 dias em posse deste documento para realizar o casamento sendo improrrogável, perdendo o prazo deverá se fazer todo procedimento novamente.
OBS: Em caso de urgência, pode o juiz dispensar a habilitação para o casamento, sendo um critério subjetivo do juiz. Por exemplo: Um rapaz é contratado no Brasil pra trabalhar na França, e ele está noivo só que viaja daqui a 30 dias no máximo, ele pode solicitar ao juiz que quer ir para França casado com sua noiva e não como noivo, o juiz pode autorizar a dispensa de habilitação.
	Com a certidão de habilitação, os nubentes poderão realizar a celebração do casamento em qualquer lugar do território nacional, lembrando que no local da celebração, deverá ser celebrado por um oficial competente – autoridade local competente.
	O oficial de cartório deverá informar e esclarecer todos os fatos, hipóteses que podem levar a invalidade do casamento, e as formas de regime de comunhão de bens. A não manifestação por parte dos nubentes à escolha do regime de comunhão de bens será feito pelo regime de comunhão parcial de bens, no qual os bens constituídos na vigência do casamento são divididos entre os cônjuges no ato do divórcio. 
	São 3 regimes de comunhão de bens:
Comunhão Universal de Bens: Os bens dos cônjuges são “somados”, não importando o que constituiu no ato da união, mais também tudo aquilo que já possuía antes sendo tudo do casal, inclusive heranças ou doações. No caso de divórcio, se divide o que tem.
Comunhão Parcial de Bens: Os bens dos cônjuges são “somados” no que foi constituído com a união, os bens anteriores quando solteiros não são conexos, sendo assim o que constituiu na vigência da união – casamento, são dos dois. Porém se um dos cônjuges receber uma herança ou doação, não será dividido, mais se for transformado em outro bem com ajuda do cônjuge, sim. No caso de divórcio os bens constituídos na vigência da união se divide o que possuía antes não se comunica.
Comunhão de Separação Total de Bens: Nesse caso os bens dos cônjuges não se comunicam em nenhuma forma, nem com o divórcio. Portanto com o falecimento de um dos cônjuges, o viúvo ou a viúva receberá uma parte da herança igual a dos filhos, não podendo sua cota ser inferior a quarta parte. Este regime é obrigatório nos casos que um dos cônjuges é maior de 70 anos.
OBS: Só é possível modificação do regime de comunhão de bens em 2 casos:
Não houver fraude contra credores;
Autorização do Juiz.
Formas de Impedimento e Incapacidade. (Arts. 1.521, 1.723, Dec. Lei 3.200/41 – art. 2, Sum. 377 STF, Sum. 197 STJ).
	O impedimento, à lei determina, ele é momentâneo para determinado caso. Se a pessoa casar impedida, o casamento é anulado, pois o impedimento é matéria de ordem pública. Exemplo: Casar-se com irmã(o), o código impede este tipo de casamento, neste caso vindo a se casar, o estado juiz anula o casamento.
OBS: O casamento entra primos é permitido, porém, recomenda-se que se faça um exame de compatibilidade de sanguínea, para assim a prole não vir com algum problema.
OBSII: O casamento entre tio e sobrinho não é permitido pelo código civil, porém com o Decreto Lei 3.200/41, ele manteve à exceção da lei, que pode casar com o sobrinho se uma perícia médica autorizar através do exame de compatibilidade sanguínea, evitando que a prole nasça defeituosa, a perícia dando parecer que não há compatibilidade e risco da prole nascer defeituosa, é permitido o casamento. 
	O rol de impedimentos ele é taxativo, porém alguns casos deve ser dado maior ênfase, como no caso do assassino do cônjuge no caso consumado ou tentado com dolo, pois presume-se que ele era amante da mulher e matou o marido para poder se casar com ela. Art. 1.521, VII, do CC/02. No caso do Homicídio culposo – aquele que não teve intenção de matar, não se encaixa no impedimento. 
É também impeditivo o casamento mesmo que dissolvido, com seu parente por afinidade na linha reta (sogro ou sogra), portanto casamento com cunhada ou cunhado é permitido, desde que ambos não tenha algum impedimento.
	No caso do impedimento o juiz pode decretar de oficio, pois é matéria de ordem publica, já nas causas suspensivas, o juiz não pode fazer nada pois é de ordem privada, sendo apenas uma recomendação da lei, podendo a pessoa casar tendo um casamento válido, porém ira existir uma penalidade do casamento ser em regime de separação total de bens (ou separação legal ou obrigatória de bens). Se a pessoa comprovar que não haverá prejuízo patrimonial, o juiz poderá tirar essa penalidade. Exemplo uma jovem de 20 anos casar com um senhor de 70anos, só pode ser no regime de separação obrigatória de bens, pois presume que ela quer dar um golpe. 
OBS: As causas IMPEDITIVAS se aplicam à União Estável, já as causas SUSPENSIVAS NÃO se aplica à UNIÃO ESTÁVEL. Caso haja o casamento mesmo com as causas suspensivas, ele passa a ser válido, porém o regime de comunhão é a SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS, bem como os maiores de 70 anos que se casam.
Para modificar o regime de comunhão de bens em todas as hipóteses, é necessário levar ao conhecimento do juiz, e provar 1º que não houve fraude contra credores, e deve ter autorização do magistrado que está sendo levado o conhecimento.
A súmula 377 do STF “No regime de separação legal (obrigatória) de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento”, significa que mesmo existindo uma causa suspensiva que não foi respeitada, os bens adquiridos na vigência deste casamento, o cônjuge terá automaticamente o direito a meação, pois a súmula 377 não exige prova do esforço comum. Exemplo: Um senhor de 75 anos casa-se com uma jovem de 20 anos, e ele compra uma casa e um carro na vigência deste casamento, a jovem tem direito automaticamente a meação. Porém algumas correntes entende que deve-se existir a meação no caso em que os cônjuges juntos (o senhor e a jovem no exemplo acima), fazem prova do esforço comum para adquirir determinado bem, sendo válido a meação. Esta súmula não se aplica ao regime de separação convencional de bens, pois houve um pacto antenupcial prévio.
Celebração do casamento – Art. 1.515, 1.516, 1.533 e seguintes.
A autoridade competente para celebrar o casamento é o Juiz de Direito, ou o Juiz de Paz. A solenidade deverá ser no cartório, com toda a publicidade do ato, a portas abertas, presentes de duas testemunhas – parentes ou não dos contraentes -, ou as partes desejando pode ser em outro edifício público ou particular.
OBS: Se o casamento for celebrado em outro edifício público ou particular, e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever, serão 4 (quatro) testemunhas.
	Logo após a celebração, lavra se a o assento no livro de registro, assinado pelo presidente do ato, cônjuges, testemunhas e o oficial do registro. A celebração será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
RECUSAR A SOLENE AFIRMAÇÃO DE SUA VONTADE;
DECLARAR QUE NÃO ESTÁ DE LIVRE E ESPONTÂNEA;
MANIFESTAR-SE ARREPENDIDO;
OBS: Se o nubente que por algum dos fatos de suspensão da celebração, quiser voltar atrás, não será admitido a retratação no mesmo dia
Casamento religioso.
	O casamento religioso que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se ao civil, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração, sendo que o registro de casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
	O registro do casamento religioso, deverá ser promovido dentro de 90 dias de sua realização, desde que haja sido homologado previamente a habilitação. Passando o prazo de 90 dias, requer uma nova habilitação, é nulo o registro civil, o casamento religioso que antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil, haja vista que bigamia é crime.
Formas excepcionais de casamento.
O casamento com iminente risco de vida, será celebrado onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante 2 (duas) testemunhas que saibam ler e escrever. OBS: Não pode ser uma pessoa que esteja em coma, ou na UTI, pois a pessoa deve estar lúcida. A ideia do legislador é que o enfermo venha a falecer, caso o enfermo tenha alta médica, o casamento torna-se inválido, devendo fazer todo trâmite novamente desde a habilitação até o ato da celebração, sendo somente válido este casamento caso o cônjuge enfermo venha falecer. OBS: Esse caso excepcional só ocorre se previamente a doença que acometeu a enfermidade ao nubente, ambos nubentes já tenha a habilitação, pois entende-se que a intenção de casamento já existia no casal, e por motivo de enfermidade não poderia deixar de celebrar o casamento. 
O casamento NUNCUPATIVO “in extremis”ou “in articulo mortis”, poderá ser realizado na presença de 6 (seis) testemunhas, que não tenha parentesco em linha reta ou na colateral até 2º grau com os nubentes. Não tem a presença da autoridade celebrante, pois as testemunhas fazem esta função. Depois de realizado o casamento Nuncupativo, as testemunhas devem comparecer perante autoridade judicial mais próxima dentro de 10 (dez) dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: 
Que foram convocados por parte do enfermo;
Que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
Que em sua presença, declaram os contraentes, livres e espontaneamente receber-se por marido e mulher;
O juiz procederá diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, se os contraentes podiam, esse casamento não tem validade, e passa a seguir os trâmites normais do casamento (proclames até a celebração), se o juiz verificar que não existia a possibilidade de habilitar-se anteriormente, o juiz pode autorizar o casamento, sendo o único caso que pode casar sem habilitação prévia, ouvindo os interessados que o requererem, em 15 (quinze) dias.
O casamento NUNCUPATIVO é um remédio excepcional para o s casos de extrema urgência, sendo tão grave que o casamento deve ser realizado de forma súbita, ou de imediato, sem qualquer possibilidade de encenar a solenidade com a presença do juiz e o oficial de registro, devendo os nubentes de algum modo manifestar perante as testemunhas sua livre, e espontânea vontade em contrair o matrimônio. Convém lembrar que se houver o aparecimento do juiz de paz ou do oficial de cartório, o casamento não perderá sua natureza de NUNCUPATIVO, posto que já está categorizado na disponibilidade da forma exigida.
Da Invalidade do Casamento
O casamento ele pode ser: nulo (art. 1.548), anulável (art. 1.550 e 1.560), inexistente ou putativo. O seu prazo é decadencial ou seja pede-se o direito em decorrência do prazo estabelecido.
Vícios da vontade:
Erro substancial – art. 1.557, é sobre a pessoa:
Coação – só vale coação moral;
Dolo – não entra para anulação do casamento;
Tipos de coação:
Moral/Psicológica – “rés compulsiva”;
Física – “vis absoluta”;
Na coação física não há manifestação de vontade, há uma violência, o casamento é inexistente. A coação moral pode pleitear a anulação do casamento. 
O casamento torna-se inexistente quando tal celebrante não tem legitimidade para o caso, exemplo seria um juiz do trabalho ou um promotor de justiça celebrar o casamento, sendo que é competência do juiz de direito ou juiz de paz.
Para que o erro seja considerado para a anulação do casamento precisa de certos critérios, a honra e boa fama é um critério subjetivo:
Acontecer antes do casamento;
Foi descoberto depois do casamento;
O fato causa transtorno, tornando a vida do casal insuportável;
Impotência “cocundi”- impotência para prática sexual;
Impotência “guerandi” – impotência para procriar;
O prazo quando for por erro: 3 anos.
	Casamento putativo é um casamento inválido, a pessoa contrai de boa-fé. Exemplo: casamento entre irmãos quando não havia o conhecimento de ambos. O casamento putativo é aquele que ocorre na completa ignorância de um ou ambos os consortes, sobre determinado fato ou circunstância que, por determinação da lei, ou por tornar insuportável a vida em comum, o torne nulo ou anulável. O casamento putativo é aquele em que os cônjuges acreditam, julgam, pensam estar casados legalmente, mas na realidade não estão, pois existe um vício de tal grandeza que o tornará anulável ou nulo.
	
Efeitos jurídicos:
Possibilidade de manutenção do sobrenome de casado;
Fixação de alimentos em favor do cônjuge de boa-fé;
Presunção de colaboração para aquisição de bens;
Regime de Bens: pacto antenupcial – arts. 1.653 e seguintes.
O pacto antenupcial é negocio jurídico, pelo qual se regulamenta o regime econômico do matrimôniodefinindo o seu regime de bens, apartando-se do regime legal supletivo. Regime de bens, é o conteúdo patrimonial do casamento, sendo sua natureza jurídica negocial ou contratual.
Comunhão parcial de bens – nesse regime comunicam-se os bens adquiridos durante a vigência do casamento à título oneroso (compra e venda) ou a título eventual (loteria), porém os títulos gratuitos como heranças e doações, não se comunicam. São excluídos os bens adquiridos antes do casamento ou durante sendo ele gratuito.
Sub-rogados – é quando recebe algo de herança, vende-se e compra outro, nesse caso se comunicam se o bem sub-rogado for adquirido em valor superior ao anterior, o valor da diferença se comunicará, salvo se for valorização natural do imóvel, porém se o bem sub-rogado for adquirido no mesmo valor, não se comunicará. 
Aprestos – são obrigações adquiridas antes do casamento, que não se comunicam (exemplo: dívidas), salvo se beneficiam o casal.
Aquestros – são os bens adiquiridos por qualquer dos cônjuges na vigência da sociedade conjugal, e que passam a integrar a comunhão.
Aluguel da casa adquirida antes do casamento - o aluguel será comunicado, pois é frutos do bem comum ou particular.
Nomeclaturas importantes aos bens: Meio-soldo (valor pago para o militar reformado), montepio( forma de constituição de renda em que seus formadores contribuintes deixam, por morte, uma pensão a quem indicaram como beneficiário, podendo ser instituída pelo Estado ou por associações particulares, para prover a subsistência desta família).
Regime obrigatório (art.1.641) – é o regime que o juiz determina nas causas suspensivas. Nesse caso há aplicabilidade da Súmula 377 do STF.
Vênia Conjugal (gênero) - divide-se em:
Outorga Uxória – autorização da esposa;
Autorização Marital – autorização do marido;
Registro de imóveis – precisa ser registrado em cartório de imóveis para que tenha efeito para terceiro, “erga omnes”, se não só vai gerar efeito para as partes.
Comunhão universal de bens – a semelhança na comunhão parcial e na universal, é a MEAÇÃO, pois tem a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com algumas exceções como os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados Em regra geral a cláusula de incomunicabilidade importa também, junto com ela a inalienabilidade e impenhorabilidade, sendo suas exceções:
Desapropriação – o valor recebido pela desapropriação deverá ser adquirido um novo bem, que será clausulado da mesma forma do anterior;
Alienação por conveniência econômica do donatário (doador) ou do herdeiro – no caso de tratamento de saúde quando não é possível outra forma de recurso para custear. O valor que não for utilizado deverá ser empregado em outro bem que também será clausulado, neste caso só com autorização judicial.
Incomunicabilidade – são bens clausulados cuja à intenção é de preservar o patrimônio da família;
Fideicomisso – instituto em desuso, só acontecendo no direito das sucessões testamentária. Nesse caso vale entender:
Concepturo –aquele que ainda será concebido, não e o nascituro pois ele já existe na barriga da mãe, mais é aquele que ainda vai ser gerado.
Fideicomitente – autor da herança por testamento;
Fiduciário – tomará conta da herança do fideicomissário;
Fideicomissário – o beneficiário da herança;
O prazo é de 2 (dois) anos a partir da morte do fideicomitente, para que a mulher conceba ou adote um filho, pois o benefício é para o concepturo, e o fideicomisso é excluído da comunhão universal de bens.
OBS: Caso haja separação por divórcio (em juízo), e a posteriori existir uma reconciliação, ela deve ser judicial para assim poder gerar todos os efeitos da comunhão.
Separação convencional de bens – não precisa da autorização do cônjuge para alienar, administrar os bens, sendo que os bens não se comunicam, pois não existe a meação nesse regime matrimonial de bens. Nesse caso a Súmula 377 do STF não tem aplicabilidade, pois houve um pacto antenupcial escolhendo essa forma de comunhão, porém se entende que se na vigência do casamento mesmo tendo separação de bens, mais ambos os cônjuges decidem adquirir um determinado bem como por exemplo uma casa; os esforços e valores embutidos de cada um nesse bem deve ser dividido.
Participação final nos aquestros.
Se o marido tem patrimônio de R$ 1.000.000,00 originário e um patrimônio final de R$1.700.000,00; a esposa tem patrimônio de R$ 500.000,00 originário e um patrimônio final de R$ 800.000,00; a esposa terá direito à R$ 350.000,00 em relação ao patrimônio do marido, e o marido terá direito à R$ 150.000,00 em relação ao patrimônio da esposa. Compensando-se os aquestros, resulta em favor da esposa R$ 200.000,00.
União Estável – arts. 1.723 à 1.727 do CC/02.
A legislação anterior que tratava da união estável, estabelecia que os requisitos mínimos para se ter uma união estável era a prole, ou mínimo de 5 anos de convivência – Lei 8.971/94. Com a Lei 9.278/96 esses requisitos foram vedados. 
	É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e mulher ou entre casais homo afetivos, devendo ser configurada na convivência pública contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
Convivência Pública;
Contínua; Elemento Objetivo
Duradoura;
	Características de uma União Estável, sem essas, não existe U.E.
Objetivo de Elemento Subjetivo
Constituição Familiar;
OBS: em detrimento da convivência e dos requisitos para estabelecer uma união estável, é possível uma criação de união estável “post-mortem”, através de meios de provas documentais e testemunhais. Lembrando que não e necessário conviver sob o mesmo teto para configurar União Estável.
	Não será constituída uma união estável, se ocorrer causas impeditivas, assim como ocorre para o casamento, pois seus regimes são iguais, podendo uma pessoa separada de fato (separação de corpos) ou judicialmente (divórcio), fazer a união estável, pois não se enquadraria nas causas impeditivas configurando bigamia. Já as causas suspensivas, assim como no casamento, não impede a pessoa de formalizar uma união estável.
	O concubinato puro muito citado popularmente para o referido caso, é união estável, já o concubinato impuro ( mais conhecido atualmente como concubinato) é sem o objetivo de constituição familiar, pois a concubina é a amante, que difere da companheira (união estável) onde estabelece um objetivo de constituição familiar. 
	A União Estável poderá se converter em casamento mediante pedido dos companheiros ao juiz competente, e é assentado no Registro Civil. Ela é uma sociedade de fato, pois é uma união livre (namoro ou noivado) que, se houver colaboração recíproca para aquisição de patrimônio, deverá o mesmo ser resolvido em juízo civil.
OBS: As relações não eventuais entre homem e mulher, impedidos de casar, constituem concubinato – amante -, porém o STF criou a súmula 380 que se comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos (amantes), é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. 
	Não direitos do concubinato é a proibição de realizar doação em favor da concubina em função de se tornar anulável; proibição de estipular seguro de vida em favor da concubina, de contemplação como beneficiário no testamento, seja como herança ou legado, e impossibilidade de receber alimentos.
	União Estável
	Concubinato
	Constitui uma entidade familiar, amparada pela CRFB.
	Não constitui uma entidade familiar, mais uma mera sociedade de fato.
	Pode ser constituída por pessoas solteiras, viúvas, divorciadas ou separadas de fato, judicialmente e extrajudicialmente.
	Será constituída entre pessoas casadas não separadas, ou havendo impedimento matrimonial decorrente de parentesco ou crime, (ex: irmãos)
	As partes são denominadas companheiros ou conviventes
	São chamados de concubinos (amantes).
	Há direito de meação patrimonial, direitode alimentos e direitos sucessórios.
	Não há direito patrimonial, alimentos ou sucessórios; porém se aplica a Súmula 380 do STF, que consagra a participação aos bens que foram adquiridos por esforço comum, diferente da 377 que não necessita do esforço comum e é cabível nas causas suspensivas de casamento.
	Cabe eventual ação de reconhecimento e dissolução da união estável, que corre na Vara de Família. Não se pode denominar dissolução de uma sociedade de fato, é erro comum na prática.
	Cabe ação de reconhecimento e dissolução de sociedade de fato, que corre na Vara Cível.
OBS: O STJ repudia a ideia de uniões estáveis plúrimas ou paralelas, aquelas que o individuo tem varias mulheres em outros locais, tendo como união estável, pois estabelece um vínculo de má-fé, sendo beneficiado já que não terá obrigações alimentares, pela ausência de vínculo familiar. O STJ preza pelo relacionamento monogâmico, onde constitui União Estável a monogamia.
	Casamento
	União Estável
	Exige fidelidade
	Exige Lealdade – não confunde com fidelidade, na lealdade existe maior liberdade do indivíduo do que no casamento.
	Exige vida em comum no domicílio conjugal (morar no mesmo teto)
	Não exige vida em comum, pode morar cada um a sua casa. Súmula 382 do STF
	Pacto Antenupcial para escolha de regime de bens.
	Regime de comunhão parcial de bens, salvo escrito no “contrato de convivência” que estabelece qual regime adotar. OBS: há presunção de comunhão de aquestros, na constância da união, sendo desnecessária a prova de esforço comum para se comunicarem os bens adquiridos a título oneroso durante esse período, se exclui as doações.
	Exige outorga da uxória ou marital para fiança, aval.
	Não exige outorga conjugal, o STJ decidiu que é valida fiança prestada por um dos companheiros sem autorização do outro, desde que a União Estável esteja formalizada por meio de escritura pública.
	
	
	
	
Parentesco. Arts. 1.591 e seguintes.
O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. Contem-se em linha reta os graus de parentesco pelo número de gerações, e na colateral pelo número delas, subindo de um dos parentes até o ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade, limitando-se aos ascendentes, descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. 
Os filhos havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão mesmo direitos e qualificações; proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Art. 227, §6º da CF.
Na ordem sucessória chama-se sempre o parente mais próximo no grau de parentesco. Exemplo: se A morreu e ele tem filhos, netos e pais e avós vivos, chama-se o filho, caso esteja falecido, chama-se o pai.
OBS: Não existe parente colateral de 1º grau, sempre a partir do 2º grau.
O cunhadil, não é parentesco por afinidade, podendo casa-se; se houver dissolução do casamento ou união estável, ou no caso de viuvez.
Tríplice Parentalidade:
Biológica;
Sócio afetiva;
Registral;
Contagem dos graus:
3º Bisavô;
2º Avô;	Linha Reta Ascendente.
1º Pai;
EU
1º Filho;
2º Neto;	Linha Reta Descendente.
3º Bisneto;

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