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AnTrib Eleitoral CSpitzcovsky Aulas01a04 07082015 PPereira

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Analista dos Tribunais e MP - Área Judiciária 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Eleitoral 
 Professor: Celso Spitzcovsky 
Aulas: 01 a 04 | Data: 07/08/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
SUMÁRIO 
 
FONTES 
1. Constituição Federação 
2. Leis 
3. Medida Provisória 
4. Resoluções Editadas pelo TSE 
5. Súmulas editadas pelo TSE 
6. Consultas dirigidas pela Justiça Eleitoral (TSE) 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL 
1. Princípio Democrático 
2. Princípios relacionados aos Sistemas Eleitorais 
3. Princípio do Pluralismo Políticos 
4. Princípio da Segurança das Relações Jurídicas em matéria eleitoral 
5. Princípio da Moralidade em matéria eleitoral 
6. Princípio Federativo 
7. Princípio da Celeridade em matéria eleitoral 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
1. Definição 
2. Reflexos 
 
 
FONTES 
 
1. Constituição Federal 
É a base não só para o direito eleitoral, mas para todos os outros. 
Dentre os temas que vamos tratar mais a fundo em nossas aulas, estão os seguintes: 
*Princípios Políticos 
*Direitos políticos 
*Partidos Políticos 
*Organização e Estrutura do Judiciário Eleitoral 
 -STF, TSE, TER, Juiz de 1ª Instância e Juntas Eleitorais  competência, quem indica, como funcionam... 
 
2. Leis 
a. Lei 9504/97 - Lei das Eleições. 
Trata dos seguintes itens: 
*Convenções Partidárias 
Devem ocorrer no mês de junho do ano das eleições. 
*Registro das candidaturas 
Ocorre no mês de julho (até o dia 5) do ano das eleições. 
*Campanha Eleitoral 
 
 
 
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Ocorre em julho, agosto, setembro e outubro 
*Eleições 
Mês de outubro - Ocorrem as eleições 
Veremos o que pode e o que não pode ser feito no dia das eleições 
Critérios para definir quem foi eleito 
Mês de novembro – prestação de contas 
Mês de Dezembro – ocorre a diplomação dos eleitos 
Mês de janeiro – posse (executivo) 
Mês de fevereiro – posse (legislativo) 
b. Lei 4737/65 – Código Eleitoral 
Recursos, crimes em matéria eleitoral 
Garantias eleitorais 
c. Lei 9096/95 – Lei Orgânica dos Partidos Políticos 
Quais as exigências para que o partido seja criado 
Partidos têm direito ao acesso a meios de comunicação. 
d. Lei Complementar 64/90 – Lei das Inelegibilidades 
(Atenção: ela foi alterada pela LC 135/10 – Lei da Ficha Limpa) 
Hipóteses em que aqueles que querem se candidatar, não poderão. 
 
3. Medida Provisória 
Ela não é fonte do direito eleitoral (art. 62, parágrafo 1º da CF) 
 
CF/88 - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e 
direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e 
a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou 
qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional 
e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
 
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4. Resoluções editadas pelo TSE 
TSE tenta melhor detalhar as regras que já estejam na legislação vigente. 
TSE não poderá inovar por meio de Resoluções. 
Para que o TSE edite as resoluções, há 2 limite previstos na Lei 9504/97, art. 105: 
 Prazo 
5 de março do ano das eleições 
 Realização de audiências públicas 
Para que os operadores e representantes dos partidos possam manifestar suas opiniões. 
 
Lei 9504/97 - Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o 
Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem 
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta 
Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel 
execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados 
ou representantes dos partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
 § 1º O Tribunal Superior Eleitoral publicará o código orçamentário 
para o recolhimento das multas eleitorais ao Fundo Partidário, 
mediante documento de arrecadação correspondente. 
 § 2º Havendo substituição da UFIR por outro índice oficial, o 
Tribunal Superior Eleitoral procederá à alteração dos valores 
estabelecidos nesta Lei pelo novo índice. 
 § 3o Serão aplicáveis ao pleito eleitoral imediatamente seguinte 
apenas as resoluções publicadas até a data referida no caput. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
5. Súmulas editadas pelo TSE 
Súmulas são Instrumentos que demonstram o posicionamento de determinado Tribunal sobre determinada 
matéria. 
Temos poucas súmulas em matéria eleitoral (são 21 súmulas do TSE). 
No direito eleitoral as súmulas têm grande importância. 
CF prevê que o prazo de mandato no TSE será de 2 anos, admitida uma recondução. (Art. 121, parágrafo 2º, CF) . 
Como tem muita mudança nos cargos, a jurisprudência muda com grande frequência. 
 
CF/88 - Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e 
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, 
servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios 
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e 
pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
 
 
6. Consultas dirigidas pela Justiça Eleitoral (TSE) 
Há limites: 
* Em relação ao objeto 
O objeto da consulta não pode versar sobre casos concretos. Ele analisa só consultas em tese. 
*Em relação à legitimidade 
 
 
 
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Quem pode promover essas consultas ao TSE? Art. 23, XII, Lei 4737/65 – Cód. Eleitoral - permite: 
- Autoridades com jurisdição federal (estadual e municipal não pode!) 
- Órgão Nacional de um partido político 
 
Lei 4737/65 - Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal 
Superior, 
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem 
feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão 
nacional de partido político; 
 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL 
 
Também em matéria eleitoral, vão se aplicar os 5 princípios que estão no caput do art. 37 da CF (legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). 
 
CF/88 - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
Além destes, temos os princípios específicos do direito eleitoral. 
 
1) Princípio Democrático 
Tem base no artigo 1º da CF 
“Brasil é um Estado democrático de Direito”  se somos uma democracia, quem se apresenta como titular do 
poder é o povo. 
O povo é o titular do poder, mas de que maneira isso será exercido? 
Parágrafo único deste artigo deixa claro que o povo tem 2 formas de exercerseu poder: 
- através de representantes eleitos 
- diretamente, nos termos fixados pela CF 
 
CF/88 - Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
 
No Brasil aparecem simultaneamente a democracia direta e a democracia representativa. 
 
Instrumentos através dos quais o povo vai exercer seu poder diretamente estão previstos no artigo 14 da CF: 
 
 
 
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CF/88 - Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
(...) 
 
- Sufrágio 
- Voto 
- Plebiscito Instrumentos da democracia direta 
- Referendo 
- Iniciativa popular de lei 
 
Veremos em aulas futuras casos de eleições indiretas. 
Somos uma democracia representativa, onde o povo, titular do poder, estará sendo representado por terceiros e, 
por ter este perfil, recebe também o nome de democracia indireta. 
 
Dois itens importantes aparecem quanto à democracia indireta: 
1. Quais as condições de exigibilidade (art. 14, parágrafo 3º, CF) 
Brasileiro, em pleno exercício dos direitos políticos, alistado, domicilio na circunscrição, filiado a partido e 
idade mínima. 
2. Hipóteses inelegibilidade 
Direitos políticos negativos. 
 
CF/88 - Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República 
e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
 
 
2. Princípio relacionado aos sistemas eleitorais 
 
 
 
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Aparecem 2: 
a) Sistema majoritário 
Privilegia-se a quantidade de votos obtida pelo candidato. 
Considera-se eleito o candidato que teve maior número de votos 
Se aplica a mandatos no executivo (prefeito, governadores e presidente) e para o Senado Federal 
Mandato para executivo (art. 77 CF) – fala das regras para Presidente, mas, por analogia aplicamos para governador 
e prefeito. 
1º turno – participam todos os candidatos de partidos já registrados. Disso surgem 2 possibilidades: 
a) Um candidato consegue alcançar a maioria dos votos válidos excluídos os brancos e os nulos. 
b) Se nenhum dos candidatos alcançar o quórum, parte-se para 2º turno. Neste, quem obtiver a maioria simples, 
estará eleito. 
* Atenção: nas eleições para prefeito, temos uma variação: a Lei 9504/97- Lei das eleições, art. 3, parágrafo 2º, 
estabelece que: Municípios que tenham até 200.000 eleitores  eleição em turno único. 
Para o senado federal, encontramos respaldo no art. 46 da CF  sistema majoritário turno único também. 
 
CF/88 - Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de 
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em 
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
16, de 1997) 
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-
Presidente com ele registrado. 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado 
por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não 
computados os em branco e os nulos. 
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira 
votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação 
do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e 
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência 
ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os 
remanescentes, o de maior votação. 
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em 
segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso. 
 
Lei 9504/97 - Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que 
obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 2º Nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-ão 
as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo anterior. 
 
CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com 
mandato de oito anos. 
 
 
 
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§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será 
renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois 
terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes 
 
 
b) Sistema proporcional 
Privilegia-se a quantidade de votos obtidos pela legenda. 
Neste caso, pode ocorrer de um candidato ser muito bem votado e a legenda ser mal votada, de modo que ele não 
é eleito. O contrário também ocorre – a legenda é super votada e o candidato não, e, mesmo assim, acaba se 
elegendo. 
Deputado Federal – deputado Estadual - Vereador 
“puxadores de voto” – aqui o papel deles é fundamental (ex.: Tiririca, Russomano) 
 
Quociente eleitoral = apontará a quantidade de votos necessária para que um partido consiga conquistar uma vaga 
nas eleições. 
Como é calculado? Art. 106, Código Eleitoral (4737/65) 
 
Lei 4737/65 - Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-
se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher 
em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou 
inferior a meio, equivalente a um, se superior. 
 
 
Divide-se o número de votos válidos, pela quantidade de vagas oferecidas pela casa legislativa. 
Votos válidos= 1 milhão vagas: 10 
QE = 100.000  cada vez que uma legenda receber 100.000 votos, ela adquire o direito a uma vaga. 
 
Ex.: Um partido A, que tenha conquistado nas eleições 500.000 votos. Ele consegue 5 vagas. 
Neste partido estão eleitos os 5 mais votados (independente da quantidade de votos que tenham 
conquistado). 
1º colocado  490.000 (um puxador de voto) 
5º colocado 1.000 votos  ele será eleito, pois ele foi o 5º mais votado do partido. 
 
Outra distorção possível seria: um partido B que tenha conseguido 99.000 votos. Quantas vagas ele conseguiu 
conquistar? Nenhuma. Pois ele não passou nenhuma vez pelo QE de 100.000. 
Imagine que o 1º colocado tenha recebido 95.000 votos- não terá vaga. 
Note que este candidato não será eleito, enquanto o 5º do outro partido (com 1000 votos) será. 
 
Quanto mais votos a legenda conseguir para a Câmara, mais benefícios, ex. Mais tempo no horário gratuito. 
 
3. Princípio do Pluralismo político 
(Art. 1, inciso V, CF combinado com o art. 17 CF) 
É um dos fundamentos da república federativa, 
Tem base também no art. 17, da CF.  é livre a criação de partidos políticos. 
- antigamente, tínhamos lideres clandestinos, como o partido comunista (Professor ressalta casode Olga Prestes) 
 Art. 5º, IV CF  livre manifestação do pensamento. 
 
 
 
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Hoje temos 32 partidos no Brasil. 
 
CF/88 - Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
V - o pluralismo político. 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos 
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e 
observados os seguintes preceitos: Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou 
governo estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua 
estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os 
critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos 
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na 
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e 
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização 
paramilitar. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
 
4. Princípio da Segurança das Relações Jurídicas em matéria eleitoral (= Princípio da Anualidade ou Princípio 
da Anterioridade. 
 
CF/88 - Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor 
na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 
um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 4, de 1993) 
Art. 16, CF – a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação (1), não se aplicando 
à eleição que ocorra até um ano da data da sua vigência.(2) 
 
(1)Essa lei entra em vigor na data de sua publicação – em matéria eleitoral não há vacatio legis. 
 
 
 
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(2) As leis que alterarem o processo eleitoral, deverão estar aprovadas 1 ano antes das eleições para permitir 
que todos tomem conhecimento. Como as eleições ocorrem sempre em outubro, as regaras deverão ser aprovadas 
até outubro do ano anterior ao ano da eleição. 
Ex. Em junho de 2010 foi aprovada a lei da ficha limpa e, com sua aprovação, as pessoas que tinham condenação 
não poderia se eleger. Ocorre que, como a lei foi aprovada em junho de 2010, mudando as regras das eleições, ela 
não pode ser aplicada a eleição de 2010. Ela foi aplicada pela 1ª vez em 2010. 
 
5. Princípio da Moralidade em matéria eleitoral 
Esse princípio está no caput do art. 37, CF. 
 
CF/88 - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Moralidade remete a honestidade. 
Em matéria eleitoral, contudo, tem uma conotação diferente, encontrando base no art. 14, parágrafo 9º do texto 
constitucional. 
 
CF/88 - Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e 
os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, 
de 1994) 
 
CF autoriza a criação de hipóteses de inelegibilidade para: 
a) Para preservar a probidade administrativa 
Probidade é sinônimo de honestidade administrativa. 
b) Para preservar a moralidade administrativa para o exercício do mandato, tendo em vista a vida pregressa do 
candidato 
Ou seja, se tiver condenações pode vir a se tornar inelegível. 
CF visa evitar que alguém que tenha um passado comprometido, venha a representar o interesse do povo. 
A lei da ficha limpa veio justamente para regulamentar o art. 14, parágrafo 9º. 
Condenação só advinda de um tribunal (órgão colegiado) 
 Ainda que a decisão não tenha caráter de definitividade (não alcançou o trânsito em julgado). 
Existe uma possibilidade de que alguém pode ser condenado por um juiz: Decisão proferida e prejudicado deixa de 
recorrer de modo que a sentença transita em julgado. 
 
Quando a lei da ficha limpa surgiu, houve uma polêmica: impedir alguém que tenha condenação sem transito em 
julgado, fere o princípio da presunção de inocência? 
 
 
 
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A CF, art. 5º, inciso LVII assegura a presunção de inocência. 
O STF entendeu que a moralidade administrativa não representa uma sanção, não havendo uma penalidade. Essa 
restrição não se trata de penalidade, mas sim de um simples impedimento para candidatura. O que se impede é 
que alguém possa se candidatar. Não tira-se nada do candidato. Ficha limpa neste aspecto é também constitucional. 
 
CF/88 - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória; 
 
c) Para assegurar a legitimidade das eleições contra abusos de poder econômico e político. 
Isso permite “igualar” as condições entre candidatos. 
 
6. Princípio Federativo 
O Brasil é uma federação, conforme dispõe o artigo 1º do texto constitucional: república federativa do Brasil. 
Federação: é uma forma de Estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens jurídicas que incidem 
simultaneamente sobre o mesmo território, não existindo hierarquia entre elas, mas campos diferentes de atuação. 
No Brasil há 4 ordens jurídicas: federal, estadual, municipal e distrital. 
Ex.: eu morando em São Paulo, me submeto as leis do município (ex. leis de trânsito). Me submeto também às leis 
editadas pelo Governo do Estado (ex. aumento de tarifa de água). Eu também me submeto as leis da União (ex. 
tarifas de energia elétrica). 
Não existe hierarquia entre essas leis, o que existe são campos diferentes de atuação - cada esfera tem a sua, 
conforme definido pela CF. 
Art. 21, caput, CF: “Compete à União...” 
Art. 22, caput, CF: “Compete a União” 
Art. 30, CF: “Compete ao Município…” 
Art. 25, CF, parágrafo 1º  Estado pode legislar sobre as matérias residuais (as que não foram para a União e 
Município) 
Art. 22, inciso I, CF matéria eleitoral é de competência privativa da União. 
 
CF/88 - Art. 21. Compete à União: (...) 
CF/88 - Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo,aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e 
leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
 
 § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição. (...) 
Art. 30. Compete aos Municípios: (...) 
 
7. Princípio da Celeridade em matéria eleitoral 
Propõe rapidez das ações propostas no campo eleitoral. 
Art. 5º, LXXVIII, CF – redação dada pela EC 45/04  coloca como direito fundamental a duração razoável de um 
processo administrativo ou judicial 
 
 
 
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Ocorre que a simples inclusão da regra acabou não sendo razoável, pois não se tem o conceito do que é um tempo 
razoável. No direito eleitoral temos: art. 97-A, Lei 9504/97  nos termos do inciso LXXVIII do art. 5 da CF, considera-
se duração razoável de um processo que possa resultar em perda de um mandato eletivo o período máximo de 1 
ano, contado da apresentação da ação, perante a justiça eleitoral. 
Art. 97-A, parágrafo 1º – duração do processo abrange a sua tramitação em todas as instâncias da justiça eleitoral. 
 
CF/88 - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
 
Lei 9504/97 - Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da 
Constituição Federal, considera-se duração razoável do processo que 
possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 
(um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. (Incluído 
pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 1o A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação 
em todas as instâncias da Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
 
 
Quais são as instancias pelas quais passam o processo? 
 
STF 
TSE 
TER´S 
JUIZ 
 
 
Acabamos com princípios. 
 
 
 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
1. Definição 
Conjunto de regras que disciplina o exercício da soberania popular. 
 
2. Reflexos 
A soberania popular foi integre ao povo, de modo que o povo vai exercer essa soberania de forma: 
- direta  exercida sem intermediários 
- indireta  exercida por meio de representantes 
 
 
 
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Vamos agora analisar estes pontos. 
 
Democracia Direta 
Quais instrumentos viabilizam a soberania popular? 
Em que situações o povo poderá exercer o poder sem intermediários? 
Art. 14, CF  a soberania popular será exercida através do 
a) Sufrágio 
Direito subjetivo atribuído ao cidadão de participar da vida política do país, ou seja, direito de votar e ser votado 
(capacidade ativa e passiva). 
O sufrágio no Brasil é universal, respeitado os limites estabelecidos pela CF. 
Ex.: não é todo mundo que pode votar e nem todos podem ser votados  quando falamos em o sufrágio universal, 
estamos comparando ao nosso passado. Antigamente havia limitação financeira e a sexo. 
 
CF/88 - Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República 
e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
 
 
 
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único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem 
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e 
os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por 
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e 
os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, 
de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral 
no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com 
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de 
justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de 
manifesta má-fé. 
 
b) Voto 
No artigo 14, temos a regra geral, dentre eles o voto secreto. 
Exceção: artigo 81, parágrafo 1º da CF. 
No art. 81, parágrafo 1º a CF prevê eleições indiretas para presidência quando vagarem os cargos de Presidente e 
Vice no segundo período do mandato presidencial. 
 
CF/88 - Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da 
República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última 
vaga. 
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período 
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias 
depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
 
Vacância = hipótese em que o cargo fica vago em caráter permanente 
Ex.: impeachment; 
 
 
 
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 Morte 
Mandato presidencial = 4 anos. Assim, só quando vagar o cargo do presidente e vice nos últimos 2 anos. 
Neste caso, a eleição será indireta pelo congresso nacional na forma prevista em lei. 
 
Isso já aconteceu no Brasil? Em dezembro de 1992, Collor foi condenado por crime de responsabilidade. O mandato 
ficou vaga. (Collor – assumiu em jan. 1990) 
Para evitar eleições indiretas, o Vice se recusou a assumir, pois queria governar por 4 anos. Se ele assumisse neste 
momento e ficar por 2 anos. Ele foi incentivado a reassumirpara evitar as eleições indiretas. Ele negociou de em 
1994 se candidatar em 1994. Em 1998 assumiria o Itamar. Só quem 1997 o FHC aprovou a reeleição. Em 1998 era 
permitida a reeleição e FHC foi reeleito. De qualquer forma, quase tivemos eleições indiretas. 
 
 
c) Plebiscito 
d) Referendo 
 
Plebiscito e referendo são formas de consulta direta à informação. Para que ocorram, devem ser autorizados pelo 
Congresso Nacional, na forma do art. 49, CF. 
 
CF/88 - Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis 
urbanos, sendo facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a 
remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na 
conformidade do que dispuserem os respectivos contratos. 
§ 1º Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os 
critérios e bases hoje vigentes na legislação especial dos imóveis da 
União. 
§ 2º Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela 
aplicação de outra modalidade de contrato. 
§ 3º A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e 
seus acrescidos, situados na faixa de segurança, a partir da orla 
marítima. 
§ 4º Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo 
de noventa dias, sob pena de responsabilidade, confiar à guarda do 
registro de imóveis competente toda a documentação a ele relativa. 
 
Plebiscito: forma de consulta direta em caráter originário. Através do plebiscito o povo é instado a se manifestar 
sobre tema sobre o qual não exista nenhuma deliberação anterior. 
Ex.: plebiscito sobre a preferência sobre sistemas e formas de governo: República presidencialista ou Monarquia 
parlamentarista? 
(Professor menciona que já havia a ideia de instituir o parlamentarismo, tanto que a parte legislativa é bem 
abrangente) 
Povo decidiu pela manutenção da república presidencialista. 
 
Referendo: é forma de consulta direta em caráter derivado/posterior. A população é instada a se manifestar sobre 
tema sobre o qual já há deliberação. O que se busca é ratificar/referendar as diretrizes. 
Ex.: Estatuto do desarmamento – tivemos o referendo 
Ex.: Estado do Pará – também fizeram plebiscito para saber se queriam se dividir. 
 
 
 
 
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e) Iniciativa Popular de leis 
População está legitima a propor projetos de lei sem ficar à mercê do poder legislativo ou executivo. 
 
A CF atribuiu à população alguns direitos (um avanço), mas solicitou o preenchimento de exigências para isso (art. 
61, parágrafo 2º, CF) 
 
CF/88 - Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe 
a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, 
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara 
dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por 
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco 
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de 
cada um deles. 
 
Colocaram muitos direitos com eficácia limitada, que para produzir todos os seus efeitos, dependem de 
regulamentação posterior. 
Ex.: Desde 1988 a CF atribui aos servidores da iniciativa publica o direito de greve, contudo condicionou este direito 
a criação previa de uma lei regulamentando este direito. 27 anos se passaram, ainda não temos uma lei. 
 
No art. 61, parágrafo 2º, CF temos as seguintes exigências: 
- 1% das assinaturas do eleitorado nacional 
- divididos em pelo menos 5 Estados (visando aumentar a legitimidade do projeto) 
- com não menos de 3-10% em cada um deles 
Desde 1988, apenas 2 projetos de lei foram aprovados. 
O primeiro projeto alterou a lei 9504/97 criando nela o art. 41-A  torna crime o oferecimento de vantagens ao 
eleitor em troca de votos 
O segundo resultou na aprovação da LC135/2010  lei da ficha limpa. 
Mesmo que todas essas exigências forem cumpridas, isso não significa que o projeto foi aprovado, mas sim que o 
projeto será levado a apreciação na Câmara dos deputados (art. 61, CF). 
Projeto de lei de iniciativa popular só pode versar sobre 1 matéria! 
 
Lei 9504/97 - Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, 
constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, 
oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o 
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive 
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia 
da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e 
cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento 
previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. 
(Incluído pela Lei nº 9.840, de 1999) 
 § 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o 
pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente 
no especial fim de agir. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
 
 
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 § 2o As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem 
praticar atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o fim de 
obter-lhe o voto. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 § 3o A representação contra as condutas vedadas no caput 
poderá ser ajuizada até a data da diplomação. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
 § 4o O prazo de recurso contra decisões proferidas com base 
neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do 
julgamento no Diário Oficial. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
(DEMOCRACIA REPRESENTATIVA – PRÓXIMA AULA)

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