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Serão apresentados os principais aspectos histológicos e fisiológicos dos tecidos epitelial e conjuntivo

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Unidade 1 – TECIDO EPITELIAL E CONJUNTIVO; TECIDO CARTILAGINOSO E ÓSSEO
Na web aula serão apresentados os principais aspectos histológicos e fisiológicos dos tecidos epitelial e conjuntivo, assim como os principais aspectos histológicos e fisiológicos dos tecidos cartilaginoso e ósseo. O tecido conjuntivo é, um tecido eminentemente de preenchimento, integração e armazenamento (tecido adiposo), Já o tecido cartilaginoso é fundamental para o desenvolvimento ósseo e também é um tecido capaz de oferecer resistência com certa flexibilidade.
O tecido muscular pode ser subdividido em esquelético, cardíaco e liso. O Sistema tegumentar reveste o organismo e cujas principais funções envolvem a termorregulação, a perceção sensorial, proteção contra a desidratação e defesa contra agentes infecciosos.
TECIDO EPITELIAL E CONJUNTIVO
1. Introdução
O tecido epitelial é uma lâmina formada por uma camada celular que reveste toda superfície externa e interna do organismo. Enquanto a epiderme é um exemplo de revestimento externo da superfície do corpo, o mesotélio reveste as cavidades e o endotélio reveste o coração, vasos sanguíneos e linfáticos. Embora os nomes sejam diferentes, todos os epitélios são caracterizados por células intimamente ligadas que exibem especializações de membranas chamadas junções celulares.
A primeira característica levada em conta para classificação dos diversos epitélios é o número de camadas celulares. Enquanto alguns são formados por única camada, muitos exibem várias. O segundo critério é a característica de suas células mais superficiais. Prestem atenção na informação a seguir: todos os epitélios são avasculares, ou seja, não apresentam capilares e dependem exclusivamente da camada conjuntiva ao seu redor para receberem nutrientes, oxigênio, sinalizadores químicos e exportarem metabólitos. Desta forma, a comunicação entre o epitélio e o tecido subjacente é de suma importância e se dá através da lâmina basal, estrutura que estudaremos mais à frente.
2. Classificação dos epitélios
Bom, existem várias classificações, falaremos agora quanto ao número de células presentes nos tecidos epitelias: estes são classificados em simplesquando exibem apenas uma camada celular, estratificados, quando exibem duas ou mais camadas celulares, e pseudoestratificado, quando exibem apenas uma camada, como o simples, porém suas células apresentam alturas distintas dando a impressão de mais de uma camada.
O epitélio pavimentoso ou escamoso simples é constituído por única camada de células planas, semelhantes às escamas.
Figura 1 - Tipos de epitélio
Fonte: Wikimedia Commons (2006a)
Pelo fato das células serem planas, elas exibem pouco volume citoplasmático, tornado difícil sua visualização no microscópio óptico. São exemplos deste epitélio o revestimento interno dos túbulos renais, os mesotélios das cavidades corporais e o endotélio que reveste os vasos sanguíneos.
Semelhante ao epitélio simples, porem com células cujo formato assemelha-se ao hexágono (cubo) é o epitélio simples cúbico. Os dois principais exemplos deste epitélio são o revestimento dos ovários e os túbulos coletores renais.
O epitélio simples cilíndrico apresenta células cilíndricas, altas quando comparadas às cúbicas. Geralmente encontra-se revestindo ductos glandulares, o estomago e o colo do útero. Além da função de proteção, pode estar envolvido com as funções de secreção, absorção ou ambas.Mais atenção deve ser dispensada à observação do epitélio cilíndrico pseudoestratificado, por se tratar células de diferentes alturas e com núcleos visíveis em diferentes níveis, cria a errada impressão (pseudo – falso) de mais de uma camada. Além disso, a superfície luminal das células pode apresentar uma especialização de membrana denominada cílios (doepitélio cilíndrico ciliado pseudoestratificado), cuja função é de impulsionar o muco que reveste esta superfície. Este muco é produzido por células denominadas caliciformes (em forma de cálice) que também alcançam a superfície epitelial. Este tipo de epitélio está presente nas vias aéreas de grande calibre.
O epitélio cilíndrico estratificado apresenta, geralmente, não mais do que duas ou três camadas de células relativamente baixas. Ganha resistência ao atrito, mas perde eficiência na absorção em comparação com o epitélio simples. Sua presença se dá principalmente nos ductos que revestem as glândulas derivadas da pele (sebáceas e sudoríparas).
Nas superfícies expostas a um maior atrito, encontramos basicamente dois tipos de epitélios, o epitélio pavimentoso estratificado que apresenta células superficiais em forma de escama e as camadas subjacentes cubica e cilíndricas. A superfície deste epitélio não é secretora nem apresenta queratina, e reveste superfícies úmidas, as chamadas mucosas presentes, por exemplo, no interior da boca, no esôfago e na vagina.
Já no epitélio pavimentoso estratificado queratinizado as células mais superficiais são produtoras de queratina e conforme vão morrendo formam uma camada de revestimento queratinizado que fica firmemente presa às células vivas subjacentes. Este tipo de epitélio, resistente a infecções e desidratação, forma a camada epidérmica da pele.
3. Junções celulares
Imagino que estejam se perguntando o que serão as junções celulares. Vamos então conhecer o que são e suas funções.
A superfície celular dos tecidos epiteliais apresenta especializações que podem ser basicamente de três tipos e cada qual com uma função em particular. Envolvem alterações na membrana plasmática, no citoesqueleto e proteínas específicas.
A junção de oclusão também é conhecida como tightjunction e ocorre entre células que formam um compartimento isolado, dificultando a passagem de macromoléculas. As membranas plasmáticas destas células estabelecem contato íntimo entre si em forma de cristas que se encaixam. Este tipo de encaixe assemelha-se a um zíper formado por proteínas integrais da membrana. Este tipo de junção pode circundar toda a célula gerando uma espécie de cinturão de oclusão também chamado dezonulaoccludens.
A junção de adesão, conforme indica o nome, promove uma firme interação entre o glicocalix de células vizinhas e pode se estender por toda a célula gerando a zonulaadherens ou zônula de adesão. A zônula de adesão é particularmente importante para garantir que as células permaneçam unidas mesmo quando ocorre atividade de contração de microfilamentos. Um segundo tipo de especialização importante para adesão celular, em particular das células da epiderme é o desmossoma. Com formato circular e presente nas duas faces de membranas vizinhas, esta estrutura é responsável por manter a união celular em epitélios sujeitos a intenso atrito. São comuns nas células mais profundas da epiderme.
O terceiro tipo de junção comunicante consiste de proteínas integrais (que atravessam toda extensão da membrana) de células vizinhas, são denominados conexônios e agem como canais através dos quais íons e pequenas moléculas atravessem do citoplasma de uma célula para outra sem passar pelo meio intercelular. Este tipo de junção comunicante é de fundamental importância na transmissão do potencial elétrico entre células cardíacas.
2. TECIDO CONJUNTIVO
Também conhecido como tecido conjuntivo frouxo ou simplesmentetecido conectivo, é fundamental para maioria dos outros tecidos por promover sustentação, levar nutrientes, retirar metabólitos e por interconectar tecidos diferentes.
Para tanto, o tecido conjuntivo apresenta uma matriz extracelular composta de dois importantes conjuntos. A matriz intersticial composta de proteínas fibrosas dentre as quais as duas mais importantes são o colágeno e a fibra elástica. Entre as proteínas fibrosas, encontra-se a substância fundamental, que é uma espécie de gel de preenchimento entre as proteínas fibrosas. E quais serão essas proteínas? Acredito que já tenha ouvido falar de algumas, vamos à elas então.
2.2. Proteínas Fibrosas 2.2.1. Colágeno
A principal e mais abundante proteína do tecido conjuntivo é o colágeno, sendo descritos total ou parcialmente 12 tiposdiferentes. O tipo I é o mais comum e representa aproximadamente 90% de todo colágeno presente em nosso corpo. Sua principal característica é sua alta resistência ao estiramento (distensão). Todos os tipos são compostos por três cadeias polipeptídicas.
O colágeno não é secretado como tal, mas sim como uma molécula ligeiramente mais longa denominada pró-colágeno que é clivada por enzimas peptidases e incorporada a conjuntos de moléculas de colágeno denominadas fibrilas de colágeno. As fibrilas de colágeno, particularmente do tipo I, são por sua vez, reunidas em fibras de colágeno.
E me respondam a seguinte pergunta: Em qual Sistema corporal bastante importante na área da estética encontramos o Colágeno em abundância? Bom, vamos lá à essa resposta: O colágeno é encontrado na derme, ou seja, na camada mais profunda da pele e é ele que garante às pessoas uma pele firme, lisa e de aspecto jovem.
2.2.2. Fibra Elástica
 As fibras elásticas são compostas de uma proteína denominada elastina. Esta proteína também é secretada como um precursor solúvel denominado tropoelastina. Depois de secretada, a elastina forma uma extensa rede intercruzada entre suas moléculas que lhes conferem a formação de camadas e fibras que podem superar em até 5 vezes a elasticidade e resistência do látex.  Pessoal, as fibras elásticas também são encontradas na pele, assim como o colágeno e sua função é garantir elasticidade à nossa pele!
2.3. Substância Fundamental A substância fundamental é composta basicamente de proteínas de adesão, as glicosaminoglicanas associadas a proteínas (proteoglicanas) altamente hidratadas, sendo o ácido hialurônico a principal glicosaminoglicanas. Além das proteoglicanas, também se encontram glicoproteínas.
Este gel semissólido é de fundamental importância para distribuir a pressão exercida sobre as proteínas fibrosas. A água altamente retida pelas glicosaminoglicanas é facilitadora da difusão de íons, nutrientes, metabólitos e hormônios entre o sangue e as células.
Existem ainda outras duas proteínas que merecem atenção na matriz extracelular do tecido conjuntivo. Uma delas é a fibronectina, que conecta as várias células do tecido conjuntivo umas as outras.  Já a laminina faz a conexão entre as células do tecido epitelial à lâmina basal.
2.4. Lâmina Basal: Entre o tecido conjuntivo estudado e os outros tecidos existe uma camada muito delgada da matriz extracelular especializada e denominadamembrana basal ou lâmina basal. É encontrada nos limites entre os vários epitélios, inclusive o endotélio, adipócitos, miócitos e revestindo glândulas epiteliais e as células de Schwann que formam a bainha de mielinas nas células nervosas periféricas e o tecido conjuntivo. A membrana basal é fundamental para conectar o tecido conjuntivo aos outros tecidos proporcionando flexibilidade e suporte.
Entre os principais componentes estruturais da lâmina basal, encontramos o colágeno do tipo IV que não forma fibrilas e apresenta-se estruturalmente mais frouxo e menos elétron-denso e também a glicoproteína denominada laminina, a fibronectina e a entactina ou também chamada nidogen que está envolvida na interação e conexão entre a laminina e o colágeno tipo IV.
2.5. Principais Células do Tecido Conjuntivo
As células do tecido conjuntivo são derivadas de um tecido embrionário denominado mesênquima. No tecido conjuntivo maduro, os vários tipos celulares encontrados são produzidos e desenvolvem-se no próprio local, ou podem se originar em outro local e alcançar o tecido conjuntivo através da corrente sanguínea. As atividades desenvolvidas nessas células podem estar envolvidas desde a estruturação de uma resposta inflamatória ou imunológica até a produção de proteínas e moléculas intercelulares sinalizadoras.
2.6. Fibroblastos: Os fibroblastos são as principais células responsáveis pela produção da matriz extracelular. Existe uma diferença na atividade dos fibroblastos jovens quando comparados aos fibroblastos encontrados na vida adulta, estes últimos têm menor taxa de secreção e não se dividem, são menos ativos e podem ser chamados de fibrócitos. Os fibroblastos jovens têm grande taxa de síntese e apresentam-se alongados em forma de fuso (fusiformes) e com projeções citoplasmáticas amplas. 
É importante compartilhar que os fibroblastos somente irão sintetizar as proteínas da matriz extracelular se tiverem acesso a água em abundância e a vitamina C, portanto, mais uma vez fica clara a necessidade de termos uma nutrição balanceada e saudável para o pleno funcionamento dos sistemas do corpo.
 Figura 2- Fibroblasto
2.7. Células Endoteliais
Estas células revestem a parede interior dos vasos sanguíneos, entretanto, são classificadas como tecido conjuntivo e não epitelial porque são derivadas do mesênquima e funcionalmente são secretoras dos constituintes da matriz extracelular.
São estas células as responsáveis por todo movimento de substâncias que entram ou saem do sistema circulatório no nível capilar. Para que a passagem de substâncias ocorra, estas células apresentam em suas membranas áreas arredondadas que formam passagens denominadas fenestras. Nas áreas onde as fenestras são mais abundantes (alta permeabilidade), a continuidade da membrana plasmática extremamente fina é denominada diafragma. A ancoragem destas células ao tecido conjuntivo adjacente é feita pela membrana basal delgada.
2.8. Pericitos: Os pericitos são células que envolvem os capilares e não são totalmente diferenciadas. Isto significa que, são células potencialmente capazes de reconstituir o tecido conjuntivo gerando novos fibroblastos ou vasos lesionados.
Figura 3- Pericito
2.9. Adipócitos e Tecido Adiposo:
As células do tecido conjuntivo responsáveis pelo armazenamento de lipídeos são denominadas células de gordura ou adipócitos. Quando os adipócitos do tecido conjuntivo perfazem a maioria das células de um determinado local ou região, o tecido é denominado adiposo.
O tecido adiposo é responsável pela reserva energética do organismo, pelo isolamento térmico contra a perda de energia calorífica e por gerar um sistema físico de amortecimento de impactos em determinadas áreas do corpo.
O desequilíbrio entre a ingestão e o consumo de energia promove o quadro de obesidade que tem como uma das características histológicas a proliferação e o aumento do volume dos adipócitos. Estas células quando presentes no adulto têm sua taxa de divisão diminuída, mas precursores ainda persistem e podem multiplicar-se.
A principal característica celular do adipócito é a presença de uma grande gotícula lipídica que preenche quase todo volume celular exceto pelo núcleo e mitocôndrias que se destacam em uma faixa delgada de citoplasma restrita à periferia.
O suprimento vascular do tecido adiposo, como era de se esperar, é rico em capilares que tanto suprem as células de seu principal substrato de armazenamento, como levam destas o resultado da degradação lipídica quando necessário suprir os outros tecidos em situação de privação energética. Também se encontra no tecido adiposo uma rica ramificação nervosa simpática (sistema nervoso neurovegetativo) responsável pela organização das respostas metabólicas.
Figura 4 – Adipócito
Os plasmócitos estão presentes no tecido conjuntivo e em epitélios úmidos, entretanto, são células do sistema imune envolvidas com a defesa do organismo. Linfócitos B deixam o sistema linfático e migram para os tecidos acima e, quando entram em contato com antígenos, transformam-se em plasmócitos secretores de imunoglobulinas (anticorpos). Implicação clínica: os plasmócitos são mediadores do desenvolvimento do sistema imune, conforme respondem aos agentes infecciosos e produzem anticorpos, auxiliam na prevenção contra uma reinfecção.
2.10. Mastócitos: Também são células presentes no tecido conjuntivo, porém pertencentes ao sistema imune. Apresentam grandes grânulos secretores principalmente de mediadores inflamatórios, entre eles a histamina que é um importante vasodilatador cutâneo.
2.11. Macrófagos
Os macrófagos são responsáveis pela digestão celular de substânciasparticuladas através do processo de fagocitose. Após fagocitadas, as substâncias entram em contato com enzimas de degradação presentes em lizossomos. São importantes por proteger o organismo contra moléculas e agentes infecciosos que encontrariam na pele uma possível via de entrada até a corrente sanguínea. 
3. TECIDO CARTILAGINOSO
A cartilagem é um tecido capaz de oferecer grande força e resistência com certo grau de flexibilidade. Tais propriedades são de grande importância para a formação óssea, que é resultado da substituição do molde cartilaginoso por tecido ósseo calcificado. Todavia, a cartilagem está presente na vida adulta em estruturas que necessitam de flexibilidade e certa resistência às forças de compressão, como por exemplo, discos intervertebrais, tendões, nariz, traqueia e brônquios (vias aéreas).
Assim como o tecido epitelial, o tecido cartilaginoso não possui capilares para o suprimento sanguíneo. As células cartilaginosas dependem do processo de difusão para obter oxigênio, nutrientes e todas as outras moléculas de que necessitam. Portanto, é de esperar que sua taxa metabólica seja mais baixa do que a de outros tecidos comparativamente.
Figura 5 - Tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso apresenta-se basicamente de três formas no organismo: a cartilagem hialina, a fibrocartilagem e a cartilagem elástica.
A cartilagem hialina é o tipo mais comum presente no organismo e pode ser encontrada revestindo a superfície da maioria dos ossos longos, nos anéis presentes na traqueia e nos brônquios. A cartilagem hialina é um tecido rico em matriz extracelular que é secretada por células denominadas condrócitos. Os principais componentes moleculares da matriz são as fibras de colágeno tipo II e moléculas de proteoglicanas.
A fibrocartilagem e caracterizada pelo arranjo e disposição das fibras de colágeno que se dispõe paralelamente e, por isso, são extremamente resistentes ao estiramento. Esta propriedade justifica a presença da fibrocartilagem nos tendões e inserções ósseas.
Conforme o nome indica, a cartilagem elástica tem como principal propriedade a capacidade de resistir a flexões repetidamente. Além das fibras de colágeno tipo II também estão presentes em sua constituição as fibras de elastina. Estão presentes em estruturas como o nariz, orelhas e epiglote.
4. TECIDO ÓSSEO
O tecido ósseo compartilha algumas características com o tecido cartilaginoso como, por exemplo, a presença de células relativamente isoladas na grande quantidade de matriz intercelular e que esta matriz no tecido ósseo também é rica em colágeno. Porém, a matriz óssea é mineralizada o que torna o tecido muito mais rígido e muito menos flexível quando comparado à cartilagem.
Esta matriz calcificada é produzida essencialmente por células denominadas osteócitos que ficam “presas” em espaços presentes na matriz denominados lacunas. Conectando as lacunas existe uma elaborada e densa rede de canais denominados canalículos que, além de comunicar uma célula com as outras também é fundamental para difusão de nutrientes, gases e moléculas necessárias ao metabolismo ósseo. Diferentemente do tecido cartilaginoso, o tecido ósseo é bem vascularizado. Geralmente, as lacunas contendo os osteócitos não ficam mais distantes do que 0,3mm de um capilar e o processo de difusão é conduzido pelos canalículos.
Também encontramos no tecido ósseo uma classe de células denominadas osteclastos importantes para remodelagem da matriz óssea necessária para o crescimento e reparo ósseo. Diferentemente do que podemos imaginar, durante a vida adulta os ossos são continuamente remodelados em função das tensões sob as quais são submetidos. De modo oposto, se um osso deixa de sofrer tensão muscular, ele pode ter sua matriz reabsorvida em um processo denominado atrofia por desuso.
O crescimento ósseo, conforme comentado previamente, é dependente de um molde cartilaginoso, sobre o qual ocorre o crescimento. A vitamina C presente na dieta é fundamental para a produção de cartilagem, que fica comprometida na sua ausência. O escorbuto é uma doença que pode ocorrer na infância ou na vida adulta, devido à deficiência de vitamina C. Fato que acometeu no passado muitos marinheiros que não tinham acesso às folhas verdes e frutas cítricas.
Outra vitamina com importante papel no desenvolvimento e manutenção do tecido ósseo é a vitamina D ou calcitriol, como é chamada cientificamente. A vitamina D é produzida em nosso corpo naturalmente, mas depende da luz solar em uma de suas etapas de síntese. Assim, indivíduos privados ou com uma baixa exposição à radiação solar podem apresentar deficiência na produção de vitamina D. A falta desta vitamina promove, por sua vez, comprometimento na absorção intestinal do cálcio presente nos alimentos. Com deficiência de cálcio, o desenvolvimento (calcificação) ósseo é diminuído e na infância pode levar a uma condição patológica denominada raquitismo. Já na vida adulta, a deficiência de vitamina D é mais comum em mulheres após o climatério onde a produção fica comprometida pela diminuição da produção de estrógenos e pode levar a uma condição de reabsorção óssea aumentada pela necessidade de se repor o cálcio plasmático causando uma condição denominada osteoporose.
5. ARTICULAÇÕES
Mais uma vez, a relação entre tecidos ósseos e cartilaginosos pode ser observada nas articulações. O movimento implica na presença de pontos articulares entre os ossos, mas este ponto articular não resistiria na presença do desgaste que o atrito entre ossos gera. Desta forma, é na articulação que o tecido cartilaginoso recobrindo as extremidades ósseas articulares impede o desgaste que poderia comprometer o livre movimento, como se observa em varias patologias.
As principais características da cartilagem articular é a superfície polida desta cartilagem que permite um deslizamento suave. Também se observa nas articulações a presença de um líquido viscoso semelhante à clara de ovo (latim ovum) denominado líquido sinovial que também contribui para minimizar o atrito.
Questionário
1 - A pele é importante para a manutenção homeostática em diversos animais. Ela fornece proteção contra traumas mecânicos, químicos e agentes infecciosos, além de prevenir a desidratação e auxiliar no controle de temperatura. Com base no exposto escolha a afirmação incorreta:
a) abaixo da derme encontra-se a camada de tecido adiposo, responsável pela produção do sebo que é liberado para superfície da pele lubrificando-a.
b) a epiderme é constituída por um tipo de epitélio denominado epitélio estratificado com a camada mais externa queratinizada que descama.
c) o principal componente do suor é a água. Sua produção ocorre nas glândulas sudoríparas classificadas como exócrinas.
d) os estímulos mecânicos captados pela superfície da pele são convertidos em potenciais de ação por estruturas denominadas mecanorreceptores.
e) o tecido conjuntivo é o principal componente da camada denominada derme que apresenta vasos sanguíneos e é responsável pela nutrição da camada avascular superficial denominada epiderme.
2 – Para que o tecido epitelial possa desempenhar a função de revestir e delimitar cavidades e os órgãos presentes no organismo, podemos esperar que seja:
a) formado por células que não se dividem
b) abundante em vasos sanguíneos
c) rico em substância fundamental amorfa no interstício.
d) rico em sinapses que unem as células justapostas.
e) estruturado por células fortemente unidas.
3 - Suas funções principais são: sustentar o corpo; permitir a realização de movimentos; proteger certos órgãos e realizar a produção de elementos celulares do sangue, além de ser calcificado. Com relação à afirmação anterior, podemos afirmar que define qual tecido
a) cartilaginoso.
b) esquelético.
c) nervoso.
d) sanguíneo.
e) muscular
4 – São estas células as responsáveis por todo movimento de substâncias que entram ou saem do sistema circulatório no nível capilar. Para que a passagem de substâncias ocorra, estas células apresentam em suas membranas áreas arredondadas que formam passagensdenominadas fenestras. A afirmação refere-se a qual tipo celular?
a) musculares
b) endoteliais
c) adiposas
d) macrófagos
e) fibroblastos
5 - é responsável pela reserva energética do organismo, pelo isolamento térmico contra a perda de energia calorífica e por gerar um sistema físico de amortecimento de impactos em determinadas áreas do corpo. Como era de se esperar, é rico em capilares que tanto suprem as células de seu principal substrato de armazenamento, como levam destas o resultado da degradação lipídica quando necessário suprir os outros tecidos em situação de privação energética. A afirmação refere-se ao tecido:
a) adiposo
b) muscular
c) nervoso
d) ósseo
e) sanguíneo

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