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Moderna Resumo aula 15 UNIRIO

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Moderna – Resumo aula 15 – A arte renascentista 
Os fundamentos da Renascença (meados século XIV ao século XVI) 
O termo renascimento se refere ao retorno ideal às formas da Antiguidade clássica enquanto verdadeira fonte da beleza 
e do saber. O período histórico que se acreditou merecedor de tal nome cultivava a leitura dos clássicos gregos e latinos 
em busca de uma linguagem que fosse universal, recuperando os modelos e as regras da arte antiga. Os intelectuais se 
dedicavam ao estudo da gramática, retórica e dialética, exercitando-se segundo os modelos mais elegantes da 
Antiguidade (latim neoclássico). Ao grande desenvolvimento de tais estudos deu-se o nome de Humanismo. Seus 
protagonistas, os humanistas, foram a vanguarda da grande transformação cultural chamada Renascimento. Caberia 
um movimento de retorno aos modelos da Antiguidade, estabelecendo o brilho da civilização europeia. Esse retorno do 
conhecimento greco-romano foi uma nova maneira de entender e representar aquele período, aquela civilização. 
Principais fundamentos do saber e das artes renascentistas: 
A mímesis (princípio da imitação) consistia em imitar as formas e os discursos da Antiguidade, a fim de valorizar o 
legado greco-romano dando-lhe um valor moral. Criou-se uma estética renascentista: nas letras, foram atitudes 
exemplares de guerreiros, filósofos, governantes que davam o tom, o valor do exemplo era absoluto. Nas artes 
figurativas, o princípio da imitação era aplicado e entendido em relação à natureza e ao real do cotidiano das pessoas. 
O engenho (habilidade e destreza) era a maneira ou técnica de se fazer algo, em geral com características de 
novidade. Imitavam-se os princípios e as ideias dos modelos da Antiguidade, não como iguais, mas como semelhantes e 
era na ideia de semelhança que se localizava o espaço para o engenho, para as inovações. 
A crítica (revisão linguística, de conteúdo) os escritos medievais, cuja maioria era produzida pelos agentes letrados 
da Igreja, começaram sofrer uma mudança linguística , e consequentemente de conteúdo. Onde vários documentos 
fundadores de propriedades e poderes eclesiásticos começaram a ser contestados como falsos, tanto na forma quanto 
no conteúdo. Era o início da crítica histórica, da ciência que se queria desvinculada da Igreja. 
O universalismo (o homem universal) a valorização do Homem como fonte e centro das preocupações artísticas e 
científicas. O Homem Universal ideal da cultura renascentista era aquele que imitava os exemplos valorosos dos antigos, 
desenvolvia seu engenho e, por isso possuía uma visão crítica do mundo. Seria então, um ser culto e de conduta 
exemplar, que serviria de modelo para todas as sociedades, um modelo universal que na realidade era profundamente 
etnocêntrico, profundamente europeu. 
As características das artes renascentistas 
 - Resgate da estética da cultura greco-romana, principalmente a busca da perfeição na elaboração de esculturas e 
pinturas; 
- Antropocentrismo: valorização das capacidades artísticas e intelectuais dos seres humanos; 
- Valorização da ciência e da razão, buscando explicações racionais para os eventos naturais e sociais; 
- Valorização e interesse por vários aspectos culturais e científicos (literatura, artes plásticas, pesquisas científicas). 
- Humanismo: conjunto de princípios que valorizavam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, 
liberdade, solidariedade, etc). 
Os princípios valorativos das artes renascentistas criaram uma cultura original, peculiar e de grande diversidade de 
expressão, onde eram importantes abordar o valor social da arte para a sociedade da época renascentista e o valor 
social de seu agente produtor. Possuir obras de artesão qualificados em seus palácios ou oferecer à cidade uma peça 
de arte era garantir o prestígio social inerente ao seu cargo e à sua posição na sociedade, para tal, contratavam-se 
artesãos para fazerem suas joias, seus móveis, suas tapeçarias e os quadros que ornavam as paredes nos palácios, e 
também escultores para encher de estátuas seus jardins, arquitetos para construir seus palácios. Esses homens ficaram 
conhecidos como mecenas, como protetores das artes. A responsabilidade pela reprodução dos clássicos da 
Antiguidade, quanto à publicação das “artes e ciências modernas, levou à valorização do artista. 
Ao pintor e ao escultor era imprescindível o conhecimento da matemática e da geometria, para saber lidar e compor as 
formas e proporções do homem e do mundo. A grande marca da Renascença foi a imitação com renovação. As técnicas 
de construção tornam-se um ideal, já que não comportavam mais apenas trabalho manual, “mas um método ou processo 
racional, que se aplicava tanto à resolução de problemas construtivos quanto à pesquisa histórica e ao conhec. da 
realidade.

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