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* PARALISIA CEREBRAL * DEFINIÇÃO "Paralisia" (Grego=Paralysis) - Fraqueza/ perda da função motora e/ou sensorial. “Cerebral” - Pertencente ou relativo ao cérebro. * DEFINIÇÃO O termo Paralisia Cerebral (PC) é definido como qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento. * DEFINIÇÃO A PC congrega um grupo de afecções permanentes do SNC sem caráter progressivo e de instalação no período neonatal. * DEFINIÇÃO Encefalopatia Crônica Não Progressiva X Paralisia Cerebral * HISTÓRICO Foi descrita pela primeira vez em 1860 pelo Dr. William Little. As alterações foram relacionadas com a hipóxia perinatal dos traumas de parto como fatores determinantes de lesões cerebrais irreversíveis. * HISTÓRICO Freud (1897) empregou a expressão "Paralisia Cerebral Infantil", dando a entender que o paciente acometido por ela ficará imobilizado, fato este que ocorre somente com uma parcela dos pacientes. * Incidência PC Moderada e Severa: 1,5 a 2,5 por 1000 nascidos vivos (países desenvolvidos). Geral: 7:1000 nascidos. Brasil: Dados não conclusivos (deve ser alta devido aos poucos cuidados com as gestantes). * Incidência EUA: 550 a 600 mil pacientes, com um aumento de 20 mil novos casos a cada ano. * ETIOLOGIA E PATOGÊNESE Decorrência da falta de oxigenação do SN ou agressão relacionada ao cérebro imediatamente antes, durante ou após o processo de nascimento. Os tipos de PC são inconsistentes, pois uma criança pode mudar a categoria diagnóstica para outra durante o processo de maturação. * * CAUSAS: 3 GRUPOS Pré- Natais. Peri-Natais. Pós-Natais. * CAUSAS:PRÉ-NATAIS Ameaça de aborto. Choque direto no abdômen da gestante. Exposição aos raios-X nos primeiros meses de gestação. Incompatibilidade de Rh da mãe e do pai. Infecções durante a gravidez (rubéola, sífilis, toxoplasmose). Diabetes. Toxemia de gravidez. Hipertensão da gestante. * CAUSAS:PERI-NATAIS Falta de oxigenação (demora da respiração). Lesões causadas por partos difíceis (fetos grandes de mães pequenas ou muito jovens). Utilização do Fórceps. Manobras obstétricas violentas. Prematuridade. * CAUSAS:PÓS-NATAIS Febre alta (39ºC ou +) nos primeiros meses; Desidratação grave; Infecções Cerebrais (meningite ou encefalite); Ferimento ou Traumatismo craniano; Asfixia por afogamento; Envenenamento por gás ou por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas e outros venenos); Sarampo. * DIAGNÓSTICO A alteração do movimento está relacionada com a localização da lesão. Gravidade do quadro dependerá da extensão da lesão. PC classificada de acordo com o predomínio do déficit de movimento. Formas mistas são possíveis. * Diagnóstico Presença de atraso no DNM; Persistência dos reflexos primários; Ausência de reações de equilíbrio; Presença de tônus muscular anormal. * Diagnóstico Diferencial Doenças Degenerativas Progressivas. Tumor. Miopatias. * DIAGNÓSTICO História clínica e exame neurológico devem ser completos. * Classificação: Critérios Tipo de Disfunção Motora. Topografia do Déficit Motor (distribuição dos hemicorpos). * Tipos Clínicos Espástica. Extrapiramidal (Discinética). Atáxica. Hipotônica. Mista. * Distribuição Topográfica * Hemiplegia Manifestação mais freqüente, com maior comprometimento do membro superior. Presença de sinais de liberação piramidal (espasticidade, reflexos tendíneos exarcebados, clônus). Padrão flexor de MS e extensor de MI. * Tetraplegia 9 a 43% das crianças, geralmente resultado de lesões bilaterais difusas. Intensas retrações em semiflexão, síndrome pseudobulbar (disfagia e disartria). Associação de Microcefalia, Deficiência Mental e Epilepsia. * Diplegia 10 a 30% das crianças (prematuros). Comprometimento dos MMII, evidenciado pela hipertonia espástica dos adutores, que configura o aspecto semiológico da Síndrome de Little (postura com cruzamento dos MMII e marcha em tesoura). * ESPÁSTICA - Acometimento da origem ou trajeto do Trato Piramidal. Hipertonia espástica e aumento dos reflexos tendinosos. Comprometimento total (plegia) ou parcial (paresia) dos movimentos voluntários. A Tetraplegia Espástica relacionada ao sofrimento cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e traumas) ou malformações cerebrais graves. * Discinesia (Extrapiramidal) Movimentos involuntários (distonias axiais e/ou movimentos coreo-atetóides das extremidades). No primeiro ano de vida possuem hipotonia muscular. * Ataxia Ataxia pura é rara. No início são geralmente hipotônicas e evoluem com alterações de equilíbrio (ataxia axial) e coordenação (ataxia apendicular). Alteração da marcha e tremor intencional. * Formas Mistas Associação das manifestações anteriores (movimentos distônicos, coréo-atetóides e combinação de ataxia com plegia). 75% apresentam padrão espástico. * Déficits Associados Deficiência Mental: 30 a70%, associada a tetraplegia, diplegia ou mista. Epilepsia: 25 a 35%, associada a hemiplegia ou tetraplegia. Distúrbios de Linguagem. * Déficits Associados Distúrbios Visuais: Perda da acuidade visual ou dos movimentos oculares (estrabismo). Distúrbios do Comportamento Deformidades Ortopédicas. * Deformidades Ortopédicas Retrações Fibrotendíneas (50%). Cifoescolioses (15%). Deformidades nos Pés. * Tratamento Medicamentoso Anticonvulsivantes. Espasticidade (Baclofen, Diazepam, Clonazepan, Dantrolene e Morfina). Bloqueios Neuromusculares (álcool, fenol e anestésicos locais. Toxina Botulínica. * Tratamento Cirúrgico Cirurgias Ortopédicas de deformidades e para estabilização articular visando preservação da função e alívio da dor. * FISIOTERAPIA: OBJETIVOS Inibição da atividade reflexa anormal para normalização do tônus muscular. Facilitar o movimento normal. Estimular as fases do DNM, bem como as reações de equilíbrio e ajustes posturais. Adequar força e amplitude articular. * FISIOTERAPIA: OBJETIVOS Evitar complicações respiratórias e musculoesqueléticas. Promover experiências que permitam a integração sensório-motora da criança.
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