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Contratos Mercantis

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CONTRATOS MERCANTIS
Professor: Vilberto Bezerra
Conceito
São contratos mercantis aqueles celebrados entre empresários (empresários individuais ou sociedades empresárias) e podem ser classificados em :
a) Administrativo: se o empresário vier a contratar com o Poder Público ou concessionária de serviço público
b) Do trabalho: se o outro contratante é empregado, este assim definido pela legislação trabalhista
c) Do consumo: quando o outro contratante for consumidor, assim definido pelo chamado Código de Defesa do Consumidor
 d) Cível: nas demais hipóteses, regidas pelo Código Civil ou por legislação especial.
Características 
As características essenciais desta espécie de contrato mercantil é de que o bem seja móvel ou semovente e seja passível de revenda, bem como de que o comprador ou o vendedor seja comerciante. Destarte, é possível classificar este contrato em consensual, bilateral, oneroso e comutativo ou aleatório, conforme a possibilidade de individualização do bem. Por ser consensual não exige formalismo especial.
É elementos deste contrato a coisa, que é o bem móvel ou semovente a ser transferido; o preço, que é o valor ou obrigação que será dada em contraprestação da transferência de propriedade; e o consentimento que é inerente a todo contrato.
Espécies de contratos mercantis
1) Compra e venda mercantil
2) Contratos de Colaboração : 
- Comissão
- Representação Comercial
- Franquia ( Franchising)
- Distribuição
3) Contratos Bancários : 
- Alienação Fiduciária em Garantia
- Faturização (Factoring)
- Arrendamento Mercantil ( Leasing)
- Cartão de Crédito
4) Contratos Intelectuais : 
- Cessão de Direito Industrial
- Licença de Uso de Direito Industrial
Transferência de Tecnologia 
( Importação Know- How)
- Comercialização de Software 
5) Seguros
1) Compra e venda mercantil
O contrato de compra e venda está disciplinado no Código Civil, nos artigos 481 a 532. O contrato de compra e venda é aquele em que um dos contratantes, também chamado de vendedor, se obriga a transferir o domínio de certa coisa ao outro contratante, denominado comprador, que, por sua vez, se obriga a pagar certo preço em dinheiro. O contrato de compra e venda é consensual, pois, para sua válida formação, bastará tão-somente que as partes acordem quanto ao seu objeto e preço. Desse modo, objeto e preço são elementos essenciais para a válida formação do contrato de compra e venda.
2) Contratos de colaboração
Os contratos de colaboração, assim como os de compra e venda mercantil, têm sido desenvolvidos pelo comércio com vistas ao fornecimento de bens ao mercado consumidor, sejam eles empresários ou não.
- Comissão: A comissão mercantil é o vínculo contratual em que um empresário se obriga a realizar negócios mercantis por conta de outro, mas em nome próprio, assumindo, portanto, perante terceiros responsabilidade pessoal pelos atos praticados.
- Representação Comercial: Nos contratos de colaboração tem-se a figura da representação comercial, muito difundida, uma vez que demonstrar ser um meio eficaz e eficiente na divulgação e venda dos produtos fabricados pelo estabelecimento comercial representado.
- Franquia: Nessa espécie de contrato mercantil, ambas as partes têm vantagens de cunho mercadológico, o franquiado já se estabelece negociando produtos ou serviços já trabalhado junto ao público consumidor, através de técnicas de marketing testadas e aperfeiçoadas pelo franqueador, enquanto este pode ampliar a oferta da sua mercadoria ou serviço, sem novos aportes de capital, não necessitando estabelecer e administrar filiais.
- Distribuição: Os contratos de distribuição consistem em atos do colaborador de aproximação, pelo qual se identifica pessoas interessadas em adquirir produtos do outro empresário contratante, ou de intermediação, em que o próprio colaborador adquire os produtos do outro contratante e os oferece de novo ao mercado
2) Contratos bancários
São bancários aqueles contratos que somente podem ser praticados com um banco, ou seja, aqueles que configurariam infração à lei caso fossem praticados com pessoa física ou jurídica não autorizada a funcionar como instituição financeira. 
- Alienação Fiduciária em Garantia: o negócio jurídico pelo qual o devedor, para garantir o pagamento da dívida, transmite ao credor a propriedade de um bem, retendo-lhe a posse indireta, sob a condição resolutiva de saldá-la.
- Faturização: é o contrato pelo qual uma instituição financeira se obriga a cobrar os devedores de um empresário, inclusive judicialmente, as faturas por este emitidas, prestando-lhe os serviços de administração de crédito.
- Arrendamento Mercantil: é uma operação em que o proprietário de um bem móvel ou imóvel cede a terceiro o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação.
- Cartão de Crédito: elo contrato de cartão de crédito, uma instituição financeira se obriga perante uma pessoa física ou jurídica a pagar o crédito concedido a esta por um terceiro, empresário credenciado por aquela. O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência de contrato com a instituição financeira emissora, servindo também para a confecção da nota de venda, que é o instrumento de outorga do crédito pelo fornecedor ao titular.
3) Contratos Intelectuais
Contratos intelectuais são aqueles que tem como normas orientadoras os chamados direitos intelectuais, ou seja, com a propriedade industrial ou com o direito autoral.
- Cessão de Direito Industrial: Nesse tópico, pode se verificar que os contratos de cessão de direito industrial são orientados por dois objetivos, quais sejam, a obtenção de uma patente ou de um registro industrial.
- Licença de Uso de Direito Industrial: A licença de uso é um contrato intuitu personae, pelo qual se autoriza a exploração econômica, de uma patente ou de um registro industrial, por um terceiro, entretanto, diferentemente da cessão, anteriormente tratada, nessa modalidade de contrato intelectual não se transfere a propriedade do direito industrial, mas apenas a posse, i.e., o uso.
- Transferência Tecnológica: Nos contratos de fornecimento de tecnologia e de prestação de serviços de assistência técnica e científica haverá sempre uma transmissão do know-how de um para outro contratante, uma vez que o objetivo negocial é o de que uma das partes (cedente), detentora de conhecimento protegido ou não por patente, capacitará a outra (cessionário) na aplicação desse conhecimento e obtenção de seus resultados econômicos, fornecendo todos os dados e informações técnicas, bem como prestando a assistência necessária ao atingimento dessa finalidade.
- Comercialização de Software: designam o conjunto de instruções indispensáveis ao tratamento eletrônico de informações, tutelados pelo direito autoral. 
 
4) seguros
Os contratos de seguro são instrumentos de socialização de riscos, no qual os segurados contribuem para a instituição de um fundo, destinado a cobrir os prejuízos que alguns dele provavelmente irão sofrer, sendo que tais prejuízos, previsíveis, não são suportados individualmente, pelo titular do interesse diretamente atingido, mas são distribuídos entre diversos segurados, configurando o que se denomina de mutualidade.
Tal característica proporciona ao segurado substancial economia, pois tem os seus interesses preservados a um custo consideravelmente inferior àquele em que incorreria caso houvesse de suportar isoladamente as consequências do evento danoso.
Classificação dos contratos
a) Bilaterais e unilaterais: essa classificação considera as obrigações assumidas pelas partes. O contrato é bilateral quando ambos os contratantes assumirem obrigações recíprocas. A exceção do contrato não cumprido – exceptio non adimpleti contractus – somente é aplicável a essa modalidade de contrato. Por sua vez, o contrato é unilateral quando apenas uma das partes tem obrigações perante a outra (mútuo).
b) Consensuais, reais ou solenes: trata-se de classificação
que considera os pressupostos de constituição do vínculo contratual. O contrato é consensual quando o simples encontro de vontade das partes basta para a formação do vínculo contratual (compra e venda). O contrato é real quando a formação do vínculo contratual depende da entrega da coisa (depósito). Por fim, o contrato é solene quando a formação do vínculo contratual depende da emissão de um documento.
c) Comutativos e aleatórios: trata-se de classificação que considera a possibilidade de as partes preverem as prestações e contraprestações a que estarão obrigadas com a execução do contrato. O contrato é comutativo quando os contratantes podem antecipar como será a execução do contrato. Por sua vez, o contrato será aleatório quando, em razão da área característica do objeto contratado, tal antecipação se torna impossível.
d) Típicos ou atípicos: trata-se de classificação que considera a existência ou não de dispositivos legais que disciplinem expressamente os direitos e deveres dos contratantes. O contrato é típico quando a lei disciplina os direitos e deveres das partes. Por sua vez, o contrato será atípico quando os direitos e deveres dos contratantes são mencionados no instrumento contratual que assinaram.
Princípios
a) princípio da autonomia de vontade: é o que estabelece a não vinculação estatal às relações entre particulares, é o direito do cidadão de celebrar seu contratos sem intervenção governamental, senão para dirimir conflitos. Lembra-se que ela não é absoluta, pois o contrato deve primar pela ordem pública;
b) princípio do consensualismo: é onde se nota que as partes expressam sua vontade não elaboração do contrato e em assumir a obrigação. A exceção deste princípio são os contratos reais, que dependem da entrega de coisa (ex: mútuo, comodato, depósito e etc...)
c) princípio da relatividade: é princípio que restringe as obrigações assumidas aos contratantes e seus sucessores, à exceção, nos casos dos sucessores, dos contratos personalíssimos. Há contratos que não são abrangidos por este princípio, pois os seu objeto envolve relação jurídica com terceiro, sendo que nestes casos a sua possibilidade deve estar expressa em lei (ex: contrato de seguro de vida);
d) princípio da obrigatoriedade: este princípio é que agrega a cláusula implícita do pacta sunt servanda (os pactos devem ser respeitados), ele serve para trazer segurança jurídica às relações contratuais, para as partes unilateralmente não se desonere de cumprir sua obrigação. Evidentemente que esta cláusula (princípio) não é absoluta, haja vista as variações das condições jurídicas e fáticas na execução dos contratos;
e) princípio da revisão: é a cláusula rebus sic stantibus, também chamada de Teoria da Imprevisão. Com efeito, é o que torna o princípio da obrigatoriedade não absoluto. Ele prevê que quando o cumprimento da obrigação contratual ficar demasiadamente oneroso a uma das partes, por motivos externos e extraordinários, podendo a prejudicada buscar judicialmente a amortização de sua prestação (art. 478 do CC);
f) princípio da boa-fé: os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e da boa-fé (art. 422 do CC);
g) princípio da supremacia da ordem pública: muito embora não possa haver intervenção estatal, e a vontade das partes é requisito para a elaboração dos contrato, ele sempre deve atende ao interesse público. Deve ter sua função social prevalente ao interesse dos particulares envolvidos.
Focca- faculdade de olinda
ALUNOS:
ANTONIO PEREIRA DE LUCENA JUNIOR
EMANOEL GOMES DE ANDRADE
ÍTALO FERNADO FARIAS DE FREITAS
LUIZ ANTONIO PIANCO VIDAL GAYOSO
MAURÍCIO MACIEL DA SILVA JUNIOR
RENATA ADRIELLY REGUEIRA GALVÃO
ROBERTA MARIELLY REGUEIRA GALVÃO
WELLINGTON CLAUDINO DA SILVA
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