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AULA - INQUÉRITO POLICIAL

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AULA 02:
INQUÉRITO POLICIAL
	CONCEITO:é um procedimento administrativo investigatório presidido pela autoridade policial a fim de demonstrar a materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, cuja investigação fica a cargo da Polícia Judiciária que vai proceder com a reconstrução histórica do fato criminoso e suas circunstâncias.
→ Tal definição não é perfeita, mas alcança todos os traços principais do que seja um inquérito policial.
→ É um conjunto de diligências, providências tomadas pela autoridade policial (P. Civil – estados / P. Federal – União). Diligências = providências.
→ Inquérito policial não é um processo! É um procedimento administrativo investigatório.
→ O delegado de polícia goza de discrionariedade para conduzir a investigação como achar melhor, para otimizar resultados, para provar a incidência de um crime e descobrir a autoria delitiva.
→ É uma fase pré-processual, sendo propulsor do P. Penal.
→ A origem do Processo Penal é no inquérito policial.
→ Porque I.P é um procedimento administrativo? A delegacia é uma repartição pública, órgão do Estado onde são praticados atos administrativos, com a especificidade de investigar crimes.
→ Inquérito policial é um conjunto de atos administrativos.
→ Inquérito policial é a mesma coisa que investigação criminal? Não. I.P é gênero do qual a investigação criminal é espécie.
	INVESTIGAÇÃO: delegar à agentes de polícia, chefes de captura que trabalham na delegacia, onde todos esses delegados pela autoridade policial são reduzidos a termo, como por exemplo, uma diligência investigatória chamado deordem deserviço ou missão,onde após ao final dessa diligência, o agente de polícia ou o investigador também irá dar uma“resposta”documentada, a elaboração de um relatório sobre a missão, para integrar ao corpo do inquérito policial.
→ Porque existir inquérito policial?
	Todos os atos delegados pela autoridade policial são reduzidos a termo, chamados de ordem de serviço ou missão, onde após a conclusão do I.P, é feita a elaboração de um relatório como resposta do investigador para seu superior.
	Todos os documentos envolvidos durante a investigação são reduzidos a termo com uma capa devida, onde é nomeada autos de inquérito policial.
	Grosso modo, quando o juiz recebe a denúncia oferecida pelo MP, troca-se a capa por outra, onde serão chamados de autos processuais.
→ INQUÉRITO POLICIAL VISA:
	Provar a materialidade delitiva:prova a ocorrência de um crime. Ex: exame cadavérico.
	EXCEÇÃO: CRIME ONDE NÃO HÁ COMO PROVAR A MATERIALIDADE DELITIVA:
a) FALSIDADE IDEOLÓGICA:aqui o documento é verdadeiro na sua forma, logo, não há como provar a materialidade delitiva do crime por exame pericial (documentoscópico). O que é falso é o conteúdo do documento.
→ diferente do crime de:
b) FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO OU PARTICULAR:é necessário provar que o documento em si é falso, na sua forma. O conteúdo é verdadeiro. Ex: CNH falsa.
	nesse caso, apreende-se o documento, o enviando para o Instituto de Identificação por meio de um memorando requisitório, onde o perito criminal irá fazer o que é chamado de exame documentoscópico (uma espécie de exame pericial) feito para atestar a autenticidade ou inautencidadade do documento.
	Exame cadavérico:provar que a pessoa morreu, e indicar acausa mortis.
→ Quando houver dúvida na dúvida da morte, se instaura o I.P a fim de dar uma resposta à sociedade, com um requerimento de exame pericial; mas nem sempre é necessário esse feito.
→“Locus delicte licem”:local onde o crime é cometido.
→ O local de crime fala!
→ Todas as possibilidades possíveis não serão descartadas pela Polícia.
→ FINALIDADE IP = FINALIDADE DO P. PENAL
	Provar que houve crime e provar quem é o autor de crime.
Ex: caso Chorão→ morte provocada pela vítima →suicídioprovocado pela vítima → excesso de álcool e drogas.
	IML = médico legista / ICRIM = perito criminal (órgãos ligados à SESG); essas pessoas são OBRIGADAS e competentes para realizar os exames periciais; nesse caso o exame cadavérico/ exame necroscópico.
	Em caso de lesão corporal, é realizado o exame de corpo de delito com rapidez para provar a materialidade delitiva, pois os sinais de agressão, com o tempo, irão sumir, como por exemplo, um eritema.
	Esse laudo médico/pericial será anexado nos autos de inquérito policial. O laudo pericial (feito pelo médico legista ou perito criminal) é mais uma peça na investigação, e obviamente funcionará como meio de prova no P. Penal, recebendo o nome deprova técnica/prova pericial, feito por um profissional abalizado naquela área de conhecimento.
	Em caso de vítima com suspeita de impossibilidade para realização das atividades habituais: submete – se a vítima a um novo exame de corpo de delito, agora chamado de exame de corpo de delito complementar, após o 30ª dia.
	Exame de constatação:para se constatar se o que foi apreendido na local de crime.
→ PROCEDIMENTO:apreensão → pesagem → embalamento → elaboração e envio de um memorando ao ICRIM para feitura de exame pericial, onde o laudo pronto é enviado ao delegado.
→ Depois de feito um primeiro exame de constatação, far-se-á um novo, nomeado de exame definitivo, a fim de demonstrar o que realmente seja aquilo apreendido. Ex: substância entorpecente.
	Crime de lesão corporal em acidente de trânsito: como provar a materialidade delitiva?
a) feitura de laudo emlocalde acidente de trânsito comvítima de lesão corporal;
b) laudo encaminhado à Polícia, onde o delegado profere um despacho“junte-se aosautos”, e o escrivão de polícia providenciará aos autos laudo advindo do IML ou ICRIM, sendo isso mais uma peça da investigação.
→ A depender do crime em questão, é exigido um exame pericial diferente.
	Provaros indícios de autoria:provar quem cometeu o crime.
→ O delegado em sua delegacia possui uma equipe de captura, e ao chefe de captura, expede-se uma ordem de missão, formando uma diligência para tomar conhecimento da autoria do crime, em detalhes. O chefe de captura depois de tomar as informações pertinentes, elabora um relatório contendo tudo o que é necessário para o esclarecimento do autor de crime, tornando-se mais uma peça a integrar o inquérito policial.
→ Para cada caso de possível materialidade delitiva, pode ser exigido um exame específico.
→ POLÍCIA JUDICIÁRIA:
a)âmbito estadual:Polícia Civil / Autoridade competente: delegado de polícia
b)âmbito federal:Polícia Federal / Autoridade competente: delegado federal;
	Ambosem cada âmbitosãoos Presidentes dos autos de inquérito policial.
	Polícia Militar tem caráter ostensivo, preventivo, somente.
	CARACTERÍSTICAS
a) o inquérito policial éinquisitivo: não há o que se falar em contraditório, onde o mesmo só ocorre quando for processo penal.
b) o inquérito policial éreduzido a escrito:todas as diligências tomadas no curso das investigações devem ser reduzidas a escrito, documentado.
→ Todas as folhas devem ser numeradas para fim de segurança e também rubricadas, também como forma de controle e segurança.
→ O que se busca é a reconstrução histórica do crime, onde tudo é colocado no papel (ex: depoimento de testemunhas, exame pericial,etc.) onde serão adiante transformados em P. Penal.
c) o inquérito policial éconduzido pela Polícia Judiciária:classificando – se de acordo com a competência (P. CIVIL ou P. FEDERAL).
d) o inquérito policial ésigiloso:até mesmo para não atrapalhar o sucesso das investigações, para poder se provar a autoria e a materialidade delitiva, diferente do P. Penal. É a regra.
	EXCEÇÕES:
→ 7º, III, EAOAB:permite ao advogado consultar os autos de inquérito policial, a fazer um rápido apontamento.
→ súmula vinculante 14, STF:autoriza o advogado a consultar os autos de inquérito policial, quando em curso das investigações.
→ O delegado NÃO é obrigado a dar cópia dos autos, fica a cargo do delegado. É uma mera liberalidade.
	EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO:
→ agentede polícia infiltrado;
→ serviço de inteligência;
→ interceptação telefônica;
	Nesses casos, fica vedado o acesso do advogado aos autos de inquérito policial, para manter a segurança do policialinfiltradoe o sucesso das investigações.
	ART. 10, lei 9. 296/96: desde que preenchidos os requisitos autorizativos é considerada legal (é exceção da regra, que é o sigilo das comunicações telefônicas).
	A partir do momento de instauração do“grampo”, advogado não tem mais acesso aos autos de inquérito policial.
	DELAÇÃO PREMIADA:integrante da organização criminosa que se arrepende e decide entregar os demais criminosos, ao fim de desmantelamento da mesma, o delator será beneficiado pelo feito com a diminuição da sua pena. (lícito, porém opcional).
	FORMAS DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL
	Deofício, pela autoridade policial:chega à esfera de conhecimento da autoridade policial uma “notitia criminis”, onde o delegado analisará o tipo de crime e qual a ação penal concernente ao mesmo.
	Na A.P. Incondicionada, a autoridade policial deve agir de ofício, instaurando o I.P por portaria, caso não for flagrante (por exclusão).
	Medianterequisição do MP:O MP toma conhecimento de um crime, e requisita a investigação criminal, para futuramente, oferecer a denúncia.
	Medianterequisição do juiz:
	princípio da inércia do juiz / iniciativa das partes. *
	o juiz teve conhecimento de um crime e envia um documento (requisição) para o delegado e o mesmo terá de instaurar I.P, investigar e elucidar o delito.
	A requisição NÃO determina que o juiz se torne prevento no P.P decorrente desses autos de I.P.
	PREVENÇÃO:umas das regras de competência no P. Penal. Porque nesses casos, o juiz já praticou um ato processual, mesmo ainda não sendo processo.
→ Juiz que autoriza interceptações telefônicas, automaticamente se torna prevento, e o I.P necessariamente volta para ele em forma de P.P.
→ Juiz que autoriza prisão preventiva, automaticamente também é prevento, e o I.P necessariamente volta para ele em forma de P.P.
	Medianterequerimento do ofendido:a pessoa é vítima de crime de ação penal privada. A vítima se dirige à delegacia da circunscrição do fato criminoso, registra o boletim de ocorrência, conversa com o delegado e dá entrada num requerimento simples, reduzido, a termo, escrito, colocando seu nome e qualificação, alegando que foi vítima de ação penal privada demonstrando a vontade inequívoca de querer que seja instaurado um procedimento criminal correspondente naquela delegacia.
	de posse desse requerimento, o delegado instaura um I.P ou um TCO.
	Pelalavratura do auto de prisão em flagrante:é a formalização da prisão em flagrante.
	prisão em flagrante, do latimflagrance→ “chama ardente”. Prisão feita no calor dos acontecimentos.
	302, CPP: hipóteses de flagrante delito. → Rol não taxativo. *
→ Lei 9.034/95: prevê a hipótese do flagrante retardado/ flagrante postergado. *
→ grande maioria das prisões em flagrante, é realizada a lavratura do auto de prisão em flagrante. O auto simboliza:“prendeu? Formalize.”
→ mas não necessariamente uma prisão em flagrante ensejará em um auto de prisão emflagrante.
Ex: quando o autor do crime praticar um delito de menor potencial ofensivo ou contravenção penal → lavra-se um TCO (termo circunstanciado de ocorrência) na delegacia, encaminhado para o Juizado Especial Criminal.
	FORMAS DE CONHECIMENTO DE UMA NOTITIA CRIMINIS
a) por cognição imediata:o delegado descobriusozinha a incidência de um crime de A.P.Incondicionada, no exercício de suas funções.
b) por cognição mediata:o delegado tomou conhecimento de um crime deA.P.Incondicionada por um terceiro que informara ao delegado.
c) por cognição coercitiva:na hipótese de prisão em flagrante. Autor preso em flagrante.
	PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
a) o prazo para conclusão de I.P iniciado pela lavratura de prisão em flagrante ou pela decretação de prisão preventiva será de10dias.
	É o tempo que a autoridade policial dispõe para concluir as investigações e encaminhar o inquérito.
	Pela lavratura do auto de prisão em flagrante ou decretação da preventiva: nas 2 hipóteses, o autor de crime estáPRESO→ prazo de10dias e improrrogável.
	Não há possibilidade de dilação de prazo.
	O delegado, por qualquer que seja a eventualidade, não pode reter o inquérito, configurando abuso de poder, um constrangimento sanável por via de Habeas Corpus, livrando o autor. Nesse caso, nada justifica o excesso de prazo.
	Em caso de prisão em flagrante, prosseguida com a lavratura do auto de prisão em flagrante, mas ocrimeé AFIANÇÁVEL: há a possibilidade de arbitramento, e feito o pagamento da mesma → o delegado de polícia mandar confeccionar oDARE (DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DA RECEITA ESTADUAL)e em posse desse documento, efetua-se o pagamento e assim é realizada a soltura do preso.
a) paga a fiança, o prazo para conclusão do I.P que originalmente era de 10 dias, passará agora a ser de 30 dias, por agora se tratar de autor de crime solto.
*Em caso dearbitramentode fiança feito, masnão efetuado o pagamento da mesma, o autor de crime permanecerá preso até pagar; mas o prazo para conclusão é o mesmo: 10 dias.
b) I.P iniciado por portaria:30dias.
	Nesse caso, não há o flagrante delito.
	Não há prisão, logo, o autor de crime está SOLTO.
	Prazo previsto no CPP(DL 3.089/41): a lei determina o prazo para conclusão do I.P será de até 30 dias.
	Há possibilidade de pedido para a dilação do prazo, e o juiz poderá ou nãodeferi-lopor igual tempo: o juiz comunica o MP os motivosalegadas pelo delegado, lhe dando vista, ficando a cargo do juiz deferir ou não.
	É vedado ao delegado permanecer com os autos de I.P além do prazo sem intentar o pedido de dilação.
c) I.P atinente à Polícia Federal:15dias.
	O prazo para conclusão é de 15 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo prazo.
	C/ autor de crime solto: há a possibilidade de dilação de prazo; C/ autor de crime preso: sem possibilidade.
d) TRÁFICO DE DROGAS NO BRASIL:nesse caso, a Lei de Drogas elenca um prazo especial ao que estiver relacionado com tráfico de drogas. Logo, o I.P instaurado por tráfico de drogas se dará:
→ c/ autor de crime solto:30dias, sem dilação de prazo.
→ c/ autor de crime preso:90dias, com dilação de prazo possível.
e) I.P instaurado c/ prisão temporária:
	A prisão temporária só é cabível nessa fasepré-processual.
	Prazo de permanência dessa temporária:5dias.
	Prazo de permanência dessa temporária em se tratando de crimes hediondos, tortura, terrorismo e tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas afins é de30dias.
	O prazo de conclusão para o I.P passa por todas essas possibilidades.
CONTAGEM DO PRAZO:inclui-se o dia do começo eexclui-seo dia do vencimento.
	CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
→ A última peça do I.P é o relatório circunstanciado feito pela autoridade policial, ondeo mesmoindicará todas as diligências que foram tomadas no curso da investigação policial bem como demonstrar a materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, além de promover a juntada de documentos nos autos e o indiciamento na forma da lei.
Ex: delegado faz memorando ao Instituto de Identificação solicitando o registro criminal (a folha de antecedentes criminais do autor), sendo enviada por via de consequência ao delegado, onde o mesmo proferirá um despacho“junte – se aos autos”e o escrivão de polícia irá promover a juntada dessa peça aos autos de I.P, e um novo memorando ao IML a fim de pedir um exame de corpo de delito complementar → por consequência o laudo médico é enviado àdelegacia,“junte – se aos autos”…
→ Tudo aquilo que for feito na investigação é documentado.
→ VPDI:vida pregressa do indiciado. *
→ No I.P, não há contraditório. Para o delegado de polícia, bastam indícios suficientes de autoria.
→ Mas o juiz para proferir condenação no P.P, precisa ter certeza.
	INCOMUNICABILIDADE→ O CPP previa a incomunicabilidade do preso, mas, de acordo com o texto constitucional, a CF/88 veda a incomunibilidade do preso por ocasião do estado de defesa, portanto, com maior razão será vedada a incomunicabilidade do preso num período de normalidade jurídica.
	A época da vigência desse artigo,estávamossob a égide da Constituição Polaca de 1937, e permitia a incomunicabilidade do preso por até3dias.
	Estado de defesa e estado de sítio:são períodos de anormalidade jurídica, onde a CF veda a incomunicabilidade.
	Tal artigo não foi recepcionado pela CF/88, sendo revogado.
	INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PELO MP
→ I.P, o próprio nome já diz“inquérito – inquirir, investigar, informar, descobrir.”E quem deve fazer isso é a Polícia Judiciária.
	base legal: CPP.
→ Historicamente sempre foi assim. O Brasil tem um CPP que privilegia isso através do inquérito policial, e isso existe de fato. Em outros países, o que é existe é algo chamadoJuizado de Instrução.
→A formatação do P.P no Brasil é diferente. A razão que justifica isso é a própria lei: não existe Juizado de Instrução, e sim o P.P, onde é desconhecido em vários países.
→ MOMENTO HISTÓRICO DA MUDANÇA NATURAL NO CURSO DAS COISAS:
	No1º mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, o PSDB detinha o poder. Havia um Procurador da República chamado Luís Francisco de Souza começou a investigar políticos do PSDB, por decorrência de seu passado, que era militante petista (PT) por mera perseguição, dando início a“investigação criminal do MP”, onde o mesmo escolhe quem vaiinvestigarcomo irá investigar, sem limitação de prazo.
	Ao MP,SEMPREcoube o dever de oferecer denúncia e acompanhar o andamento do processo, sendo sua atribuição em matéria criminal, e em casos excepcionais agir como custos legis (fiscal da lei) nos crimes de ação penal privada.
	Quando se fala em P. Penal, P. Trabalhista e P. Civil, há umPRAZOcomo mecanismo de controle.
	Não há previsão em nenhum dispositivo no ordenamento jurídico que faça atribuição ao MP de investigação criminal, obviamente por não ser sua atribuição, e sim da Polícia Judiciária.
a) ARGUMENTOS FAVORÁVEIS:
	Quem pode o mais, pode o menos, ou seja, quem pode denunciar, pode investigar.
	O I.P é dispensávelsomente nos casos em que o MPdisporde elementos suficientes para o oferecimento da denúncia vindos de repartições públicas, e portanto, em alguns crimes (crimes que envolvam documentos – ex: crimes contra a ordem tributária).
	O MP é um órgão isento e imparcial nas investigações.
	Quanto mais gente investigando em matéria criminal melhor.
b) ARGUMENTOS DESFAVORÁVEIS:
	A denúncia não é importante do que a investigação, porque se assim o fosse, a sentença seria mais importante do que a denúncia.
	Historicamente, a investigação no BR sempre esteveacargo da Polícia Judiciária.
	Investigar tem o sentido de procurar, que dá a ideia de movimento e exige o empenho de várias pessoas para otimizar resultados.
	Investigar pressupõe o conhecimento de técnicas e divisão de tarefas.
	A lei não prevê prazo para o MP investigar em matéria criminal.
	Não há na letra da lei a exigência de investigação criminal pelo MP de determinados crimes.
	No Brasil não existe Juizado de Instrução, mas I.P cuja investigação criminal cabe à Polícia Judiciária.
	Não há em nenhuma legislação no país a nomenclatura “investigaçãocriminal”, pois nessa seara a lei fala em investigação policial.
	Se o MP não está satisfeito com as investigações policiais, a ele cabe o controle externo da atividade policial.
	Como é adotado juridicamente o Sistema de Freios e Contrapesos, se fosse permitido ao MP investigar em matéria criminal, quem então faria o controle? Quem controla o controlador?
	O tipo de P.P adotado no país é o acusatório onde existe uma divisão de tarefas para cada profissional da área jurídica.
	O CPP e a legislação processual vigente no país permanecem inalteradas.
	A única investigação que a lei autoriza ao MP fazer é a investigação civil no inquérito civil, que vai servir de base para o MP oferecer a ação civil pública.
	ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
→ É construção doutrinária.
→ A autoridade policial não poderá arquivar os autos de I.P e quando a mesma entender que o procedimento deve ser arquivado, deverá sugerir o arquivamento por ocasião do relatóriocircunstanciado, e autoridade judicial dará vistas dos autos ao MP que uma vez requerendo o arquivamento do feito, finalmente o IP será arquivado em juízo.
Ex: caso Chorão.
	ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO:
	O arquivamento implícito é construção doutrinária e ocorrerá em 2 aspectos:
a) aspecto subjetivo: é aquele em que o MP deixa de incluir um dos autores do crime na denúncia e o juiz a recebe nessas condições.
→ Ocorre por esquecimento do membro do MP naconfecçãoda denúncia.
→ MP tem 5 dias para oferecimento da denúncia (autor preso) e 15 dias (autor solto).
b) aspecto objetivo: é aquele onde o MP deixa de incluir um ou mais de um fato criminoso por ocasião da denúncia, e o juiz a recebe nessas condições.
→ Ocorre por omissão do membro do MP na confecção da denúncia.
	ARQUIVAMENTO INDIRETO:
	Conflito de atribuições entre o MPE e o MPF.
	Alguns crimes são de atribuição da PF, outros da PC.
	crime de atribuição da PF → COMPETÊNCIA: Justiça Federal
	crime de atribuição da PC → COMPETÊNCIA: Justiça Estadual
Ex: crime de moeda falsa → PF (atribuição) quando a falsificação é boa.
	Falsificaçãogrosseira: uma súmula do STJ -
“a utilização de papel moeda grosseiramente falsificado, pode em tese, caracterizar o crime de estelionato”. E por se tratar, nesse caso, de estelionato, a atribuição é da P. Civil, com competência da Justiça Estadual.
	A Polícia Civil fez o inquérito, pelo princípio da brevidade processual, segue – se o curso natural das coisas que 95% dos crimes são de atribuição da P. Civil.
	O Promotor ao ler o P.P entende que por se tratar do 289, CP (moeda falsa) envia à J. Federal, onde o juiz federal recebe, dando vistas ao membro do MPF, o Procurador da República, que entende que não é configurado o 289, onde reenvia – o para a Justiça Estadual.
	Esse conflito de atribuições será sanado pelo STJ.
→ 4º, CPP:AUTORIDADE POLICIAL
	É o delegado de polícia.
	Delegado Civil: âmbito estadual.
	Delegado Federal: âmbito da União
	Delegado de polícia tem CIRCUNSCRIÇÃO(área de circunscrição – áreageográfica dividida em Dps, que irão investigar os crimes ocorridos no bairro onde estiverem instaladas e adjacências).
	JUIZ: tem JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA;
	DELEGADO DE POLÍCIA: tem ATRIBUIÇÃO e CIRCUNSCRIÇÃO;
	POLÍCIA JUDICIÁRIA: tem ATRIBUIÇÃO;
	SEMANALMENTE:
	8:00 às 18:00: delegacias tem expediente
	Fim de semana e feriados: plantão de polícia
	DELEGACIAS DISTRITAIS:as delegacias localizadas em bairros da cidade.
	DELEGACIAS ESPECIALIZADAS:possuem crimes afetos.
Ex: crime cometido na área do Renascença → será atribuído investigado pelo 9º DP, SALVO, se o delito cometido for afeto à uma delegacia especializada.
	crime de roubo de veículo → Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos.
	Inquérito é instaurado por portaria, e também há possibilidade de instaurar um TCO (distritais, especializadas e especiais).
→ PORTARIA BAIXADA POR UM ANTIGO DELEGADO – GERAL: AO SE TRATAR DE ROUBO, HOMICÍDIO OU FURTO:
a) em se tratando de crime c/autoria conhecida: atribuição do crime à delegacia da circunscrição onde foi praticado.
b) em se tratando de crime s/autoria conhecida: atribuição do crime à delegacia especializada do delito cometido, ao passo de que a especializada só trabalha com aquele delito em específico, e o DP trabalha com todos e quaisquer crimes.
Ex: plantão de polícia → trabalha com todo e qualquer crime.
	DELEGACIAS ESPECIAIS:todos os crimes cometidos em sua área de circunscrição lhe serão atribuídos e investigados, mesmo que o delito seja afeto à uma especializada.Ex: Delegacia Especial do Maiobão e da Cidade Operária.
	PLANTÕES DE POLÍCIA:o I.P será instaurado necessariamente pelo auto de prisão em flagrante. “O crime está acontecendo agora”.
	Também lavra – se o TCO.
	Mas não significa dizer que nas delegacias não se lavre a prisão em flagrante.
→ 4º, parágrafo único:
	A existência de inquérito extrapolicial (feito fora da delegacia).
Ex: inquérito civil feito pelo MP;
Ex2: inquérito policial militar:quando cometido por militar em atividade, onde a Polícia Militar instaura, conclui e envia para a Justiça Militar, por ser crime militar.
	Mas não necessariamente pelo fato do autor de crime ser militar, que o inquérito será instaurado pela P.Militar.
	No caso de prática de crime não militar, o I.P será feito nos trâmites normais.
Ex3: CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito
	Feito por parlamentares:
	âmbito da União: deputados federais ou senadores.
	âmbito estadual: deputados estaduais.
	âmbito municipal: vereadores.
→ Não cabe nulidade em I.P, por ser uma peça meramente informativa, onde pode haverno máximo uma ou mais irregularidades, mas continua valendo e servindo de meio informativo.
	O que pode no máximo acontecer é uma prisão ilegal, onde cabe o relaxamento da prisão por via de HC, sendo devidamente válido e enviado para o Judiciário.
→ 5º, CPP:formas de instauração de I.P.
	pgf 1º: vítima de ação penal privada: o que deve conter na representação do ofendido.
	Característicassomáticas:sinais ou outros meios de identificação do autor de crime.
	pgf 2º:quando o ofendido registra a ocorrência na delegacia, dá entrada no requerimento, o delegado lê e o indefere.
	Ofendido pode entrar com recurso criminal para o Chefe de Polícia.
	Sobre isso, diverge a doutrina:
a) uma parte entende que o Chefe de Polícia é o Secretário de Segurança Pública do Estado.
b) para outra parte (entendimento majoritário) entende que o Chefe de Polícia é o Delegado – Geral.
	pgf 3º:o crime aqui é de A.P.Pública Incondicionada.
Ex: homicídio. → não há nenhuma condição de procedibilidade a ser satisfeita.
	VPI: verificação da procedência das informações → o delegado irá verificar se a informação a ele trazida é procedente, para poder ou não instaurar I.P.
	pgf 4º:a condição de procedibilidade deve ser satisfeita: a representação do ofendido ou do seu representante legal.
→ 6º, CPP:corresponde às muitas diligências que ficam a cargo do delegado.
	Auto de reconhecimento de coisa:vale como meio de prova no P.P; o delegado de polícia efetua esse procedimento se quiser, é seu critério discricionário, onde o mesmo far – se –ase achar que venha a dar algum resultado.
	Claro, o delegado sempre deverá observar o prazo a qual tem, visando não exauri- lo, mas também visando a busca de novas provas que venham a demonstrar a materialidade delitiva da melhor forma.
	Auto de reconhecimento de pessoa:a vítima irá reconhecer, identificar o que for necessário; prestar todas as informações: características, descrever minuciosamente o autor. O delegado providenciará pessoas com características semelhantes para o reconhecimento e colocá – las para a vítima identificar, de forma cuidadosa a preservar a sua identidade, onde reconhecido não conhecerá o reconhecedor, onde a vítima apontará quem seja, e será reduzido a escrito.
	Acareação:o delegado, em caso de depoimentos controversos das testemunhas, pode intimá – las para esclarecer algo relevante na investigação, colocando – as frente a frente para confirmar seu depoimento já dado, e por eventualidade, descobrir quem está mentindo.
I – o delegado irá ao local de crime e fazer o isolamento da área para a perícia.
II – o recolhimento de todos os objetos envolvidos com o delito que possam a vir esclarecê- lo.
(ambos feitos após a feitura da perícia de local de crime e liberado pela Perícia Criminal)
III – coletar tudo aquilo que possa servir como meio de prova ao I.P que se tornará P.P.
IV – ouvir a vítima do crime.
	depoimento da vítima, ouvida emtermo de declarações, onde tudo é documentado.
	Se ela mente, não responde por crime nenhum. As testemunhas sim → falso testemunho.
	Vítima, autor e testemunha não podem se negar a comparecer à delegacia, sob pena de serem levadas por condução coercitiva.
V – o indiciado é ouvido em termo de qualificação e interrogatório (ou simplesmente interrogatório): o interrogatório feito em juízo pelo juiz, também será feito na delegacia pelo delegado, com um detalhe: em juízo há oCONTRADITÓRIO, e na delegacia não.
	E o autor de crime será ouvido juntamente com2testemunhas instrumentárias,que somente presenciarão ato e não fato, onde assinarão o interrogatório, o mesmo feito pelo autor, como prova de que autor em juízo venha alegar que foi vítima de tortura.
→ Exame de corpo de delito:exame pericial feito com o intuito de demonstrar a materialidade delitiva do crime, onde tem cabimento em crimes materiais (que deixam vestígios). Toda vez que for detectado vestígio, se faz o exame.
Ex: vítima de agressão física.
→ Exame de corpo de delito complementar:feito após o30ºdia, porque existe uma lesão corporal de natureza grave gerando incapacidade para as atividades habituais. Se a vítima ficar incapacitada por + de 30 dias, faz-se o exame.
→ O que é “discricionário” nesse caso, é o delegadoPERCEBERo que aconteceu (o vestígio, a lesão).
Ex: um eritema não configura crime de lesão corporal.
	EXAME DE CORPO DE DELITO: PROCEDIMENTO
	Delegado se respalda pedindo a feitura.
	Encaminha a vítima ao IML.
	Médico legista emite o laudo.
	Enviado o laudo para a delegacia por via de consequência.
	Anexaaos autos(“junte – se aos autos”) de I.P.
	Meio de prova no P.P.
→ Todos os exames periciais feito no curso do I.P devem ser documentados.
	FOLHA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS: PROCEDIMENTO
	Depois de interrogado o autor de crime, de recolhidas suas digitais, reduz-se a escrito seu interrogatório, assinado por todos os presentes e + 2 testemunhas instrumentárias.
	O interrogado é encaminhado ao cartório da delegacia e lá, o escrivão de polícia lhe fará uma série de perguntas e preencherá um documento chamadoBOLETIMDE VIDA PREGRESSA DO INDICIADO(um questionário feito a saber da vida pessoal / profissional do indiciado.
	Feito isso, assina - se, e junta – se aos autos de I.P.
→ O delegado enviará um memorando ao diretor do Instituto de Identificação, a fim de ser promovido o registro criminal do indiciado como em curso no crime que lhe for atribuído, e éenviada por via de consequênciaà delegacia a folha de antecedentes criminais.
→ O histórico criminal do indiciado é importante para o juiz, no momento da dosimetria da pena. E nessa fase do cálculo da pena, ele analisará todas as circunstâncias judiciais (culpabilidade, personalidade do agente, circunstâncias do crime, consequências do crime, motivos do crime, comportamento da vítima) para fixar a pena base, e essa folha de antecedentes criminais é uma forma segura do juiz conhecer a vida pregressa do acusado.
	BOLETIM DE VIDA PREGRESSA DO INDICIADO:
	Questionário de perguntas feita feito a cerca da vida pessoal e profissional do indiciado.
	Feito no cartório da delegacia, para serventia do juiz, em caso de P.P, para conhecimento da vida social do agente.
	6º: rol meramente exemplificativo.
	OUTRAS DILIGÊNCIAS QUE PODEM SER TOMADAS:
	representar pela interceptação telefônica;
	representar pela prisão preventiva;
	representar pela prisão temporária;
→ 7º, CPP:
	REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS = RECONSTITUIÇÃO DO CRIME.
	CPP: reprodução simulada dos fatos→ a existência de um crime com bastante repercussão pública e há uma dúvida sobre o crime, onde o delegado poderá ou não fazê – la.
	DelegadoNÃO É OBRIGADOa fazer a reconstituição. É seu critério discricionário.
	É feita para esclarecer dúvidas ou afins sobre o cirme.
Ex: caso IsabellaNardoni.
	Possibilidade deacareaçãoentre os envolvidos no crime (testemunhas).
→ Tudo isso, observando sempre o prazo para a conclusão do I.P; bom senso no critério discricionário do delegado deve ser observado também pelo mesmo.
	RESSALVA:a reprodução simulada dos fatos é possível e prevista, mas com um, porém: desde que não ofenda a moralidade pública e os bons costumes.
Ex: crime de estupro.
	Não é aconselhável, nesse caso, optá – la por intentar contra o que já foi dito.
	Ex: crime de trânsito → onde se tem bastante incidência de reconstituição.
→ 8º, CPP:
	Autode prisão em flagrante: na hipótese de prisão em flagrante.
	302, CPP: hipóteses de prisão em flagrante (rol não taxativo).
a) feitura de I.P: em caso de crime com a pena abstratamente prevista igual ou superior a 4 anos.
b) feitura de TCO: em caso de crime com a pena abstratamente prevista igual ou inferior a 2 anos.
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE (CORPO):
	Topoda página: brasão da P.C, Estado do Maranhão, SESP;
	Título: auto de prisão em flagrante
	Narrativados fatos;
	Qualificaçãodos envolvidos;
	Depoimentodos envolvidos;
	Depoimentodo condutor: o 1º a ser ouvido.
	A pessoa que conduz o meliante à delegacias.
	Na maioria das vezes é um policial (militar/federal/civil), mas não necessariamente precisa ser um policial.
	Cidadão e juiz de direito também podem dar voz de prisão.
	Depoimentoda 1ª testemunha:
	Na maioria das vezes é outro policial, pelo fato de que geralmente andam em equipes, onde o de maior patente é ouvido como 1ª testemunha e outro como 2ª testemunha.
	Depoimento da 2ªtestemunha:
	Geralmente também é outro policial;
	Também há possibilidade de presentes no local serem ouvidos nessa qualidade (critério discricionário do delegado). Não há nenhum impedimento a isso.
	Depoimentodo conduzido:
	É o autor de crime preso.
	É feita sua qualificação, assim como os demais envolvidos.
	Mas antes de seu interrogatório, a autoridade policial informará os seus direitos constitucionais.
	Háa possibilidade de haver mais de 1 conduzido.
	É necessário e dever da autoridade policial comunicar a prisão do conduzido a seus familiares, através do comunicado de prisão em flagrante.
→ I PEÇA DO I.P: AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
	Feito na delegacia.
	Entrega de ofício para o MP, Defensoria Pública (caso o conduzido não tenha advogado).
	Encaminhar o conduzido ao IML para feitura do exame de corpo de delito, ainda que não tenha sido vítima de agressão física, por cautela.
	Depoimentoda vítima:
	O delegado tem a discricionariedade de dispensar ou não o depoimento da vítima no flagrante.
	Devidamente fundamentado,se registra em outra possibilidade o depoimento na delegacia da circunscrição e não no plantão (que é a regra).
→ OUTRAS PEÇAS:
	São peças que necessariamente devem acompanhar o auto de prisão em flagrante:
a) comunicado de prisão em flagrante à família do conduzido.
b) ofício à juiz, MP, DF.
c) nota de culpa: o delegado assina a nota de culpa e entrega ao conduzido que tomará ciência da autoridade coatora (o delegado) e o crime que cometeu.
d) nota de ciência das garantias fundamentais: o preso tomará ciência de suas garantias fundamentais. Ex: direito à integridade física;
e) boletim de vida pregressa do indiciado / folha de antecedentes criminais / todas as perícias requistidas.
f) relatório circunstanciado: síntese sobre as investigações no I.P
→ envio ao Judiciário.
→ devendo ser fielmente seguido nessa ordem.
→ I.P INICIADO POR PORTARIA:
	Não há prisão.
	Não tem nota de culpa, de ciência de garantias fundamentais.
	Não há comunicação de ofício para o juiz.
	A vítima registra um B.O, e faz um requerimento durante o expediente normal.
	I.P INICIADO POR PORTARIA (CORPO):
1ª peça: o delegado baixa uma portaria.
	PORTARIA (CORPO):
	qualificação dos envolvidos;
	narrativa dos fatos;
	B.O informando a notitia criminis;
	Mandado de intimação à vítima e testemunhas.
	Diligências tomadas.
	Laudos periciais, se requisitados.
→ Retorno da portaria ao delegado.
→ Não há fidelidade na ordem, é critério discricionário do delegado.
→ Relatório circunstanciado → envio ao Judiciário.
9º, CPP:
	O I.P dever ser reduzido a termo, tendo tudo aquilo feito e dito documentado.
	Todas as diligências tomadas no curso das investigações também devem ser reduzidas a termo, onde as folhas deverão ser assinadas, numeradas, rubricadas e carimbadas, como forme de controle e segurança, colocadas em um documento chamado AUTOS DE INQUÉRITO POLICIAL.
10º, CPP:
	Prazos p/ conclusão do I.P.
	Prazo contado a partir da data da prisão.
	Pgf 1º: narrativa de tudo feito nas investigações.
	Pgf 2º: indicar testemunhas não ouvidas nas investigações.
	Pgf 3º: pedido de dilação de prazo.
11, CPP: os objetos/instrumentos envolvidos no crime.
	“Instrumento celleres”.
	Anexado aos autos, sendo válido a qualquer crime.
12, CPP: I.P é um feito informativo que vai servir de base para o oferecimento de A.Penal pelo MP, acompanhada do I.P, sendo agora chamado de P.Penal.
13, CPP:
I – informar algo que esteja obscuro; prestar informação necesária para a obtenção da verdade real.
II – diligências investigatórias: requisitá – las para a elucidação do crime.
III – mandado de prisão preventiva/temporária: fundamentado pelo delegado, expedida pelo juiz, para obter informações necessárias para o esclarecer do crime.
	Somente nos casos em que não se tratar de prisão em flagrante.
IV – representação da prisão preventiva.
14, CPP: critério discricionário do delegado.
15, CPP: REVOGADO.
16, CPP: se o MP dispuser de elementos suficientes para o oferecimento da denúncia, ele deve oferecê – la o mais rápido possível.
	Ele só pode devolver os autos de I.P em casos de requisição de diligências investigatórias indispensáveis ao oferecimento da denúncia.
17, CPP: arquivamento de autos policiais → delegado de polícia não pode arquivar autos de I.P na delegacia.
18, CPP: em caso de não descobrimento do delito → o delegado envia o I.P para oJudiciário, e ele é arquivado em juízo.
19, CPP: nos casos em que irá caber A.P. Pública e/ou A.P. Privada
A) CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA: o trâmite normal.
	Princípio informador: princípio da obrigatoriedade.
B) CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA: a vítima se dirige à delegacia, registra o B.O, dando entrada no requerimento pedindo a instauração de I.P;
	Se faz as investigações e concluí – se o I.P, enviando para o Judiciário, e aguarda o oferecimento da queixa pela vítima para assim proceder.
	Princípio informador: princípio da oportunidade e conveniência.
20, CPP: o sigilo do I.P.
(HÁ EXCEÇÕES)
21, CPP: REVOGADO.
22, CPP: em cada cidade há divisão das circunscrições: cada autoridade policial cobre uma área de circunscrição daquele distrito policial ou plantão que ela trabalhe. São traçadas linhas imaginárias que irão delimitar as atribuições da P. Judiciária naquele distrito.
23, CPP: AÇÃO PENAL
	AÇÃO PENAL
	CONCEITO:é um direito que o MP ou o ofendido tem de provocar o Poder Judiciário a fim de se manifestar acerca da aplicação do direito penal objetivo ao autor de crime a depender da ação penal.
	LEGITIMIDADE:
a) em A.P. Pública: o MP.
b) em A.P. Privada: o ofendido.
	PRINCÍPIO DA INÉRCIA DO JUIZ / INICIATIVA DAS PARTES: o juiz só pode agir provocado; é vedada a sua ação de ofício.
	Essa provocação só é cabível a quem tem legitimidade para tal.
→ PEÇAS INAUGURAIS:
a) A.P. Pública: denúncia
b) A.P. Privada: queixa
→ CLASSIFICAÇÃO:
	Ação penal pública: prevalece o interesse coletivo em detrimento do particular.
	Ação penal privada: prevalece o interesse particular em detrimento do coletivo.
	COMO IDENTIFICAR SE O CRIME É DE AP. PÚBLICA OU AP. PRIVADA
	quando a lei disser “somente se procede mediante representação”:AP. Privada
	em caso de AP. Pública, a lei é omissa
	art. 100, CPP: fala da aplicabilidade da regra geral – AP. Pública Incondicionada.
	AP PÚBLICA ASSIM SE SUBCLASSIFICA:
a) AP. PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO OU DO SEU REP. LEGAL
b) AP. PÚBLICA CONDICIONADA Á REQUISIÇÃO DO MJ
	AP. PRIVADA ASSIM SE SUBCLASSIFICA:
a) AP. PRIVADA PROPRIAMENTE DITA OU EXCLUSIVAMENTE PRIVADA
b) AP. PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
c) AP. PRIVADA PERSONALÍSSIMA
→ A AP é uma ação que deve satisfazer à algumas condições: legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido.
→ CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL:
	Elas existem em razão do crime ser de ação penal pública condicionada.
	É preciso satisfazer uma condição específica de procebilidade própria para os crimes a ela concernentes.
	A representação do ofendido ou do seu representante legal (se o crime for de ação penal pública condicionada).
	A requisição do MJ (se o crime for de ação penal pública condicionada mediante requisição).
→ A grande maioria dos crimes é de ação penal pública incondicionada (CP ou em leis extravagentes e especiais). A minoria é de ação penal privada, ação penal pública condicionada (pelo ofendido ou o MJ).
→ O crime de estupro e os demais crimes sexuais, após o advento da lei 12.015/09 passaram a ser de ação penal pública condicionada à representação, por entender que é resguardado a defesa da vítima e do interesse pessoal.
→ PRINCÍPIOS DA AP:
a) AP PÚBLICA:
	Obrigatoriedade: o MP é obrigado a oferecer denúncia.
	Autoritariedade: a legitimidade é do MP.
	Indisponibilidade: uma vez oferecida a denúncia, o MP não pode desistir do P.P e nem do recurso criminal interposto.
b) AP PRIVADA:
	Oportunidade e conveniência: o ofendido poderá ou não oferecer a queixa.
	Disponibilidade: o ofendido já ofereceu a queixa, mas pode desistir de prosseguir com o P.P
	Indivisibilidade: o P.P não pode ser usado como meio de vingança pessoal, e sim ao fim de se chegar à Justiça.

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