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CIVIL (aula 3 apontamentos)

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1. DIFERENÇA DE INCAPACIDADE x IMPEDIMENTO x CAUSAS SUSPENSIVAS
• INCAPACIDADE: inapto para casar com qualquer pessoa. Ex: criança de 4 anos;
• IMPEDIMENTO: inapto para casar com determinadas pessoas. Ex: pai – filha; 
• CAUSAS SUSPENSIVAS: não é uma proibição. É um “conselho”. A causa
suspensiva é um “não deve” em determinadas circunstância. 
→ Cunho moral e biológico (para os impedimentos);
→ Cunho de proteção a terceiros: vislumbra proteger tanto o patrimônio quanto às
relações patrimoniais entre 2 pessoas.
2. IMPEDIMENTOS
• CC/02: 1 tipo de impedimento = os que geram a nulidade do casamento.
• CC/16: tipos de impedimento: 
a) absolutamente dirimentes;
b) relativamente dirimentes;
c) impedimentos proibitivos ou meramente impedientes;
a) absolutamente dirimentes: se assemelham ao impedimento trazido pelo CC/02.
• As pessoas que viessem a contrair casamento diante de um impedimento
absolutamente dirimente, esse casamento era passível de nulidade.
→ NULIDADE NO CASAMENTO:
• caráter absoluto: jamais se convalidará;
• imprescritível: a qualquer momento poderá ser intentada;
• EXEMPLO: 
→ DIREITO PATRIMONIAL (em caso de filhos)
• todos os direitos estão resguardados;
→ DIREITO PATRIMONIAL (em caso de cônjuges)
a) de boa – fé:
• leva-se em conta a boa – fé: no direito brasileiro, a boa – fé se presume (presume-
se que as partes contraíram casamento em face de algum impedimento, elas
estavam de boa – fé.
→ Em que momento deve-se arguir a boa – fé ? 
• até o momento da celebração do casamento. Ex: irmãos que desconhecem tal
parentesco resolvem se casar; logo em seguida da celebração descobrem que são
irmãos.
 → Ambos estavam de boa – fé, porque a boa – fé é exigida no momento da
celebração, ainda que descobrirem após disso o parentesco. 
CIVIL IV (aula 3)
3. IMPEDIMENTOS E CAUSAS SUSPENSIVAS
Ex: irmãos que se casam → 30 anos depois → Ação declaratória de nulidade
b) de má – fé:
• aquele que sabia que não podia casar, e mesmo assim contrai um novo
casamento.
 → Nesse caso, a má – fé deverá ser provada. 
 → E quem prova a má – fé? Quem a alegar.
 → Nesse caso, o casamento é nulo. Porém, para o cônjuge de boa – fé todos os
direitos matrimoniais e patrimoniais estão resguardados, ou seja, por exemplo, a divisão
patrimonial acordada, o direito de pleitear alimentos, pacto antinupcial, etc.
 → Para ele, aquele casamento, apesar de nulo, terá caráter válido até o trânsito em
julgado da ação de nulidade: tudo o que acontecer até o trânsito em julgado da ação que
vier declarar a nulidade daquele casamento, será considerado como válido.
 → Em regra, o juíz de ofício deve decretar a putatividade do casamento: declarar
que aquela união, que aquelas pessoas contraíram o casamento de boa – fé, portanto,
esse casamento terá caráter de validade até o trânsito em julgado da ação.
 → CASAMENTO PUTATIVO: é aquele que se imagina válido mesmo sendo inválido,
portanto, todos os direitos serão resguardados ao cônjuge de boa – fé.
c) possibilidades de declarar a PUTATIVIDADE do casamento: 
• AMBOS DE BOA – FÉ: para ambos teremos um casamento válido; todos os
direitos resguardados até o trânsito em julgado da ação para declarar a nulidade do
casamento.
• 1 CÔNJUGE DE BOA – FÉ e 1 DE MÁ – FÉ: 
→ de boa – fé: todos os direitos resguardados até o trânsito em julgado da ação.
→ de má – fé: ele deverá cumprir o acordo estabelecido com o de boa – fé, mas ele
próprio não terá benefícios.
• AMBOS DE MÁ – FÉ: caso adquirem patrimônio em comum, deveriam sair pela
sociedade de fato, e não pelo direito de família.
 → Em tese, não há o que se falar em DTF, por se tratar de casamento inválido e
cônjuges de má – fé, então se retroagiria até a data do casamento (celebração), como se
nunca tivessem se casado, logo, não teria efeitos de validade.
b) relativamente dirimentes: não geravam a invalidade, e sim apenas a anulação do
casamento.
→ CC/02 não retrata os impedimentos relativamente dirimentes.
→ Porém, quando está se discutindo invalidade do casamento, o CC faz alusão às
anulações de casamento.
• O casamento não gera impedimento, porém caso tenha existido algum, pode gerar
uma anulação. A única mudança é na nomenclatura: sendo um impedimento,
implicaria dizer que pudia arguir antes mesmo da celebração;
• Agora o CC/02 admite apenas a possibilidade de anulação: significa dizer que só
poderá ser arguida após a celebração do casamento, mas os efeitos são os
mesmos.
→ CAUSAS DE ANULAÇÃO:
• o menor de 18 – maior de 16 anos que se casa sem autorização ou S.J.A;
• erro essencial sobre a pessoa do cônjuge. Ex: erro sobre a identidade.
→ PRAZO PARA ANULAÇÃO:
• 3 anos contados da data de celebração do ato.
→ CURIOSIDADES:
• antes de 1977: grande demanda de pedidos de anulação/nulidade de casamento.
• A LEI DO DIVÓRCIO sanou grande parte das mesmas. *
• depois de 1977: baixa demanda; e não mais a necessidade dos cônjuges se
exporem. 
→ LEGITIMIDADE PARA PROPÔR A ANULAÇÃO: 
• somente as pessoas descritas em lei, pois a anulação é passível de convalidação.
→ FORMAS DE CONVALIDAÇÃO:
• por decurso do tempo;
• por consentimento, coabitação;
OBS: a nulidade JAMAIS será convalidada.* 
OBS 2: direitos matrimoniais para o direito brasileiro:
• mútua assistência;
• respeito mútuo;
• fidelidade recíproca;
• guarda e sustento dos filhos;
c) impedimentos proibitivos ou meramente impedientes: gerariam casamentos irregulares.
• CC/02: não fala em impedimentos proibitivos, e sim trazendo as causas
suspensivas.
• Eles não impediam o casamento, mas eles geravam uma consequência para o
mesmo.
• Hoje, as causas suspensivas não impedem casamento nenhum, geram apenas
uma consequência.
• CONSEQUÊNCIA: 1641, CC → o casamento será regido pela separação
obrigatória de bens.
OBS:
 
 
 
3. JUSTIFICATIVA PARA OS IMPEDIMENTOS
a) cunho moral: impedir que determinadas pessoas venham a contrair um matrimônio
que venha a ferir a moralidade.
• “ O moralmente reprovável”; ex: mãe que casa com filho; pai que casa com filha.
• Incesto; *
• Mito de Édipo; *
→ LEGITIMIDADE PARA INTENTAR UM IMPEDIMENTO
• qualquer pessoa é investida de legitimidade para isso.
→ E SE O CASAMENTO OCORRE?
• da celebração do casamento em diante, só é possível intentar ação declaratória de
IMPEDIMENTO difere de INCAPACIDADE: 
- INCAPACIDADE: inapto para casar com qualquer pessoa.
- IMPEDIMENTO: inapto para casar com determinadas pessoas.
nulidade. 
→ CAUSAS PARA SE VALER DESSA AÇÃO: 
• infringência do impedimento;
• doente mental s/ discernimento para os atos da vida civil.
 → Nesse caso, deve ser observada o grau de incapacidade (absolutaa/relativa),
arguida na ação de interdição ; caso não arguida, presume-se a capacidade do doente.
→ ESPECIFICIDADES:
1) Caso o doente não interditado consiga celebrar casamento mesmo inapto para os
atos da vida civil: caso não haja a comprovação de sua incapacidade para tais
atos, o casamento é VÁLIDO.
2) Caso o doente seja interditado e mesmo assim contraiu casamento: nesse caso,
tem a prova pré constituída (a comprovação de sua incapacidade – ação de
interdição). 
b) cunho moral: para evitar defeitos genéticos. 
4. TIPOS DE IMPEDIMENTO
a) impedimentos resultantes de parentesco;
b) impedimentos resultantes de vínculo;
c) impedimentos de crime;
a) impedimentos resultantes de parentesco
→ QUEM SÃO NOSSOS PARENTES NO BRASIL? 
• parentes em linha reta: aqueles que tem ascendência ou descendência direta.
• “uma relação de existência”.
• no Brasil, a linha reta é infinita, ou seja, todos para baixo e todos para cima são
parentes.
EX:
• parentes em linha colateral: não há uma relaçaode ascendência ou
descendência. Para que se possa encontrar os parentes em linha colateral, precisa
se descobrir um ascendente em comum, ou seja, a pessoa que irá ligar uma a
outra.
• Só existe vínculo porque alguém os intermedia.
• O parentesco colateral no Brasil vai até o 4º grau. Ex: primo, tio – avô..
5. TIPOS DE PARENTESCO:
PARENTESCO IMPEDIMENTO EXEMPLO
* consangüíneo * há um vínculo de sangue.
Abrange todo e qualquer
parente em linha reta, e
parentes colaterais até o 3º
grau.
Pai que se casa com filha;
Irmão que casa com irmã;
* afinidade * há um vínculo afetivo. Sogro que se casa com
sogra;
Enteado que se casa com
enteada;
* civil * por decorrência natural.
Adoção;
→ OBS: se a pessoa é impedida de casar com seus parentes consangüíneos,
consequentemente o mesmo ocorrerá com os parentes civis.
→ OBS 2: no caso da adoção, o impedimento é em linha reta e parentes colaterais até 0
2º grau, porque nesse caso, o impedimento é apenas moral. 
 
Ex: sobrinho adotivo + filho adotivo... Podem casar? Sim, se não houver vínculo
consangüíneo, porque o 3º grau de parentesco é meramente biológico.
Ex2: filho adotivo + irmão do adotante (no caso o tio) .. Podem casar? Sim, porque o
vínculo entre tios e sobrinhos é biológico e não moral.
→ OBS3: quando se adota alguém, todos os vínculos com a família consangüínea são
rompidos, menos 1: o de sangue. 
• IMPEDIMENTO nesse caso: parentes civis em linha reta de 2º grau, e continua
com os parentes colaterais em linha reta até o 3º grau.
→ “ADOÇÃO À BRASILEIRA”: registro de uma criança que é não seja filho biológico
como se fosse um.
• hoje pode ser considerado como parente sócioafetivo, por haver vínculos de
afinidade entre os envolvidos. *
• mas por não haver regulamentação, é considerada crime de falsidade ideológica:
mas ao julgar tal crime, costuma-se dar um “perdão”, por se entender que o que
deve ser levado em conta é o bem estar da criança envolvida. 
• 1521, pgf 6º. *
b) impedimentos resultantes de vínculo: são as pessoas casadas.
→ CARLOS ROBERTO GONÇALVES (CRÍTICA): para ele, a pessoa casada é incapaz
de casar de novo, portanto não se pode casar com mais ninguém.
• CC/02: fala que o casamento não gera uma incapacidade, e sim um impedimento.
• OBS: todos os impedimentos valem para o casamento e para a união estável, com
exceção do 1521, VI, que fala sobre as pessoas casadas.
• A pessoa casada, mas separada de fato, ela poder viver em união estável.
c) impedimentos de crime: tentatica ou homícidio doloso.
→ o viúvo (a) não pode casar com aquele que tentou contra a vida de seu cônjuge.
→ perdão, anisitia ou graça não extingue o impedimento.
• OBS: expressamente, o CC, no 1521, VII, fala em condenado (por homicídio ou
tentativa).
• ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO: o impedimento só existe a partir da
condenação, ou seja, antes disso o casamento seria válido. No fim das contas,
este inciso se torna letra morta da lei, porque entre o crime e a condenação há um
decurso significativo de tempo, onde acaba perdendo seus efeitos.
• Cabe nulidade se o casamento é celebrado após a condenação. 
6. CAUSAS SUSPENSIVAS
→ Ao contrário dos impedimentos que qualquer pessoa pode intentar, as causa
suspensivas só podem ser intentadas por pessoas interessadas.
→ As causas suspensivas tem como objetivo primordial que é resguardar os interesses de
terceiros diante de um fato que possa vir a ocasionar prejuízos para o casamento.
7. TIPOS DE CAUSAS SUSPENSIVAS
a) confusão patrimonial
Ex: o casamento da viúva com filho em comum ao falecido antes da prévia partilha dos
bens.
• causa suspensiva: hipoteca legal
• regime de separação obrigatória de bens;
• para proteger os interesses dos filhos, deve se instaurar a hipoteca legal sobre os
bens do representante legal (pais) para divisão igualitária entre os filhos.
→ INVENTÁRIO NEGATIVO: instruído como certidão negativa de bens, cuja finalidade é
comprovar a inexistência da causa suspensiva em questão.
• CC/16: só poderia haver casamento depois da prévia partilha de bens.
• CC/02: inovou com o divórcio sem haver a prévia partilha de bens.
• CASAMENTO SEM A PRÉVIA PARTILHA DE BENS C/O EX MARIDO: regime de
separação obrigatória de bens.
b) confusão de sangue
• imposta somente a mulher;
• a mulher que teve seu casamento dissolvido por morte do marido, por divórcio,
nulidade ou anulação, portanto, ela só poderia casar 10 meses após a dissolução
do casamento. PORQUE?
• Pela presunção de paternidade: presume-se filhos daquela mulher os filhos
nascidos até 10 meses depois após a dissolução.
→ SOLUÇÃO para a dúvida: exame de sangue, exame de DNA. 
c) tutela e curatela: determinada a afastar a coação moral que possa ser exercida por
pessoa que tem ascendência e autoridade sobre o ânimo do incapaz. 
• TUTELA : direito assistencialista sobre o menor de 18 anos que não esteja sobre o
poder familiar.
• CURATELA: direito assistencialista sobre o maior de 18 anos.
→ A lei restringe a liberdade do tutor e curador de casarem com seus tutelados e
curatelados enquanto não cessada a curatela e tutela e não houverem salvado (prestado)
as contas.
→ Não se admite o perdão das contas. (prestação judicial)

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