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Importância do analise da qualidade da gasolina em Cabinda

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TEMA: IMPORTÂNCIA DO ANÁLISE DA QUALIDADE DA GASOLINA NO MERCADO FORMAL DE CABINDA.
CAPÍTULO I: A GASOLINA.
1.1. Breve historial da gasolina.
	A gasolina é um combustível, constituído basicamente por hidrocarbonetos, em menor quantidade e por produtos oxigenados. Os hidrocarbonetos que compõem a gasolina ( hidrocarbonetos aromáticos, olifínicos e saturados) são em geral, mais ''leves'' do que aqueles que compõem o óleo diesel, pois são formadas por moléculas de menor cadeia carbónica (normalmente cadeias de 5 a 12 átomos de carbono). Além dos hidrocarbonetos e dos oxigenados a gasolina contém compostos de enxofre (S), compostos de nitrogénio (N) e compostos metálicos, todos eles em baixas concentração.
	Surgindo em 1800, foi utilizada no início como medicamento tópico para matar piolhos. 
	O nome gasolina referia-se a marca de um produto, assim como a Vaselina, Nívea . Porém sem registo 
	No século XIX, gás, carvão e querosene feitos de petróleo eram usados como combustíveis e iluminação as escuras. Como subproduto do petróleo, a maior parte da gasolina era jogada no ambiente, causando grandes poluições ambientais.
Os motores a vapor - que queimavam o combustível fora dos cilindros, deram lugar aos motores de combustão interna, que queimavam no interior do cilindro uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão conde Nikolaus Otto.
	Já em 1885, Karl Benz criou um motor de 4 tempos e instalou na parte de trás de um triciclo. Era mais pesado e mas lento que o de Daimler, mas duas características desse veículo persistem até hoje: a válvula curta de haste e prato e o sistema de refrigeração de água (a água não circulava, ficava armazenada num compartimento) que tinha de ser constantemente abastecido para manter-se cheio e compensar as perdas por ebulição.
	Karl Benz é considerado o "Pai do Automóvel". Ele era um homem de negócios e em 1887, iniciou a venda de um veículo de três rodas ou um triciclo, colocando pioneiramente a disposição da sociedade, um automóvel, veículo que iria mais tarde modificar todos os conceitos de locomoção do ser humano.
	Em 20 de Setembro de 1893 os irmãos Charles e Frank Duryea construíram o primeiro carro comercial a gasolina da América e do mundo. Em 1896 Charles Duryea funda a Dureya Motor Wagon Camapany, a primeira companhia a fabricar e vender automóveis a gasolina. Na época, era um combustível ideal, pois sendo subproduto do refino do petróleo, seu custo x beneficio era sem precedentes.
	Engenheiro da GM descobriu que a mistura de chumbo com gasolina reduz a trepidação em motores em 9 de Dezembro de 1921 
	Em 9 de Dezembro de 1921, o engenheiro Thomas Midgley Jr. da General Motors descobriu que adicionando chumbo a gasolina se reduz a trepidação e o barulho na combustão interna do motor.
	O recém-inventado sistema de ignição por fagulha não suportava a pressão explosiva da gasolina, que fazia os carros super aquecerem, gerando trepidação e barulho ao motor parecendo que partes estavam soltas. Midgley descobriu que adicionando chumbo tetraetílico a gasolina torna a reacção química menos combustível, fazendo que o motor trabalhe com mais suavidade. Apesar de outros compostos encontrados terem o mesmo efeito, o chumbo era o composto mais barato e assim a mistura podia ser patenteada com maior margem de lucros.
	Midgley foi envenenado por chumbo devido ao constante manuseio e não pôde estar presente na primeira compra de gasolina com adição de chumbo em 1923 por estar doente. Dois de seus assistentes também morreram de envenenamento por chumbo e cerca de quarenta empregados da fábrica que trabalhava sofrerem severos danos neurológicos pelo contacto com o químico. Somente após décadas de utilização por empresas de óleo e automobilística foi admitido que o chumbo era perigoso. Embora a gasolina com chumbo tenha sido substituída nos Estados Unidos, na Inglaterra e outros países na década de 1970, a gasolina com chumbo ainda está em uso em algumas partes da Europa Oriental, África, América do Sul e no Oriente Médio. A Standard Oil, pertencente a John Davison Rockefeller através de diversas parcerias comercializaram a gasolina nos EUA em alta escala e como a importância querosene e a gasolina estava em alta, a riqueza de Rockefeller cresceu e ele se tornou o homem mais rico do mundo e o primeiro americano a ter mais de um bilhão de dólares. Em 1937 (ano de sua morte) sua fortuna foi avaliada em 1,4 bilhão de dólares.
	Nos postos Sonangol, somente poderá encontrar a venda, gasolina sem chumbo . O lançamento do uso da gasolina sem chumbo no mercado angolano deu-se em Outubro de 2005, visa o enquadramento com a política de protecção do ambiente e prevenção da saúde humana. Esta decisão foi determinada pela ONU . A SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). Recomendou que a partir de Janeiro de 2006, todos os países da SADC que passassem a produzir e consumir gasolina sem chumbo com um índice de octanagem mínimo de 93
	Na sequencia dessa orientação o ministério dos Petróleos formou uma equipa multidisciplinar (MINPET, Sonangol e Refinaria) com intenção de trabalhar na introdução da gasolina sem chumbo, perseguindo os seguintes objectivos:
Eliminação do Chumbo na gasolina.
Proporção e consumo de gasolina com índice de octanagem 93, mínimo.
Uniformização, ao nível dos países da região, das especificações técnicas.
Promover a cultura de protecção do ambiente, através do controlo das emissões de gases poluentes.
1.2 . Tipos de gasolina
	As gasolinas automotivas são os combustíveis mais familiares ao público Cabindense e Angolano em geral, utilizadas em veículos leves para uso particular e para transporte de passageiros e de cargas, atendendo as necessidades dos consumidores e as mais avançadas tecnologias em motores e combustão.
	Existem vários tipos de gasolina automativa comercializadas no mundo.
	 As mais comercializadas são: Comum ou tipo C, Aditivada, Premium e Podium.
1.3. Classificação e sua aplicação.
	Quem possuí automóvel entende bem deste assunto, quem nunca abasteceu seu carro com combustível adulterado? Se isso ainda não ocorreu com você pode se sentir um privilegiado, o resultado desta violação não é dos melhores, o carro não funciona do mesmo modo e pode apresentar problemas. O motor fica pesado, começa a falhar, além de correr o risco de fundir
	A gasolina se classifica de acordo com seu índice de octano, mas do que se trata este índice? Do número de octanos (C8H18 ) presentes em um combustível, que iremos representar pela sigla NO
	Daí pode se concluir que não existe apenas um tipo de gasolina. e é justamente para fiscalizar estas adulterações que existe o controle de qualidade. Por este e outros problemas se faz importante conhecer a variedade ou tipos de gasolinas existentes no mercado:
Iº Gasolina Comum ou tipo C
É a gasolina mais simples, que possui com número de octano 87%.
Não recebe nenhum tipo de aditivo ou corante e tem 20% de álcool anidro.
Possuí coloração amarela.
Aplicação:
Pode ser utilizada em qualquer veículo ou motor a gasolina.
IIº Gasolina Aditivada
Possuí as mesmas características da gasolina comum, com número de octano 93%, diferindo apenas pela presença de aditivos detergentes/ dispersantes que têm a função de limpar e manter limpo todo o sistema de alimentação de combustível (tanque, bomba de combustível, tubulações, carburador, bicos injectores e válvulas do motor) e tem 20% de álcool anidro.
Recebe um corante que a deixa com a cor esverdeada para diferenciá-la da gasolina comum.
Aplicação:
Pode ser utilizada em qualquer veículo movido á gasolina, sendo especialmente recomendada para veículos com motores mais compactos, que trabalham a rotações e temperaturas mais elevadas e dispõem de sistemas de injecção electrónica, entre outros.
IIIº Gasolina Premium
Gasolina com 91% número octanos (IAD-Índice Antidetonante), que proporciona um maior desempenho dos motores, quando comparadaás gasolinas comuns e aditivada.
Recebe por força da lei federal, adição de 20% de álcool anidro.
Possuí coloração amarelada.
Aplicação:
Pode ser utilizada em qualquer veículo movido á gasolina, mas recomendada para veículos com motores equipados com sistema de injecção electrónica, sensor de detonação e alta taxa de compressão.
IVº Gasolina Podium
É a gasolina, que possuí uma octanagem superior ás demais gasolinas, que proporciona um maior desempenho dos motores (IAD-Índice Antidetonante= 95%), e tem 20% de álcool anidro.
É alanjada devido a adição de corante laranja para diferenciar das outras.
Aplicação:
Pode ser utilizada em qualquer veículo movido à gasolina, mas a eficácia do desempenho é melhor percebida em veículos com motores equipados com sistema de injecção electrónica, sensor de detonação e alta taxa de compressão.
Aditivos:
	Os aditivos para gasolina são usados para reforçar várias características de desempenho relacionadas com a operação satisfatória dos motores, bem como tentar minimizar problemas de manuseio e armazenamento. Os aditivos complementam o processamento na refinaria, permitindo obter o mais alto nível de desempenho do produto.
1.4. Vantagens e desvantagens do uso da gasolina.
Vantagens.
Quando a gasolina é o combustível utilizado na combustão do motor, o arranque e desenvolvimento do carro é mais eficiente que um motor a Diesel;
A utilização da gasolina com aditivos ajuda a limpar e manter limpos os sistemas de injecção. O que significa que com o sistema de injecção limpo o desgaste das peças diminui protegendo o motor;
A gasolina com maior octanagem, queima de forma mais eficiente no motor, resultando em alguns cavalos a mais de potência em alguns veículos.
Este combustível é o resultado de um processo mais apurado no refino do petróleo, em que são eliminadas impurezas naturais que podem prejudicar a combustão.
A gasolina também tem a vantagem de ser um combustível extraído em grandes proporções do petróleo, por isso o seu uso generalizado no mundo todo. 
Também possui um rendimento energético razoável em relação à alguns combustíveis renováveis como o álcool ou mesmo à outros combustíveis fósseis.
Desvantagens.
Por se tratar de um combustível fóssil, a queima da gasolina provoca a emissão de gases poluentes, responsáveis pelo efeito estufa e aquecimento global.
Uma das grandes principais desvantagens do uso deste tipo de combustível é o seu preço, em Cabinda-Angola, a gasolina é mas cara em relação ao Diesel.
Polui o ar com as emissões de .
Fonte esgotável, pois depende do petróleo.
Pode ser muito prejudicial quando inalado por longo período, porque dificilmente vemos algum funcionário de um Posto de combustível utilizando equipamentos de protecção individual como: máscara de inalação de vapores orgânicos, óculos protectores, botas de segurança, etc. Essa situação expõe a saúde do funcionário de posto de combustível.
Os seus vapores tem diversos elementos químicos perigosos como o Benzeno, que corresponde a 1% da sua constituição.
Ao inalar incluem a possibilidade de desenvolver danos neurológicos como: dor de cabeça, infecção pulmonar, tontura, entre outros sintomas.
Pode oferecer riscos quando entra em contacto com a pele. Nesses casos, a gasolina causa ressecamento da pele e até a dermatite.
Ao ser inalado em condições crónicas ela também pode afectar comportamento das pessoas. Estudos já confirmaram que inalar gasolina por muito tempo, memo em ambientes abertos, gera distúrbios comportamentais como: agressividade, ansiedade e falta de controle das emoções.
Em Cabinda-Angola muitas crianças, jovens e adultos usam esse combustível como droga por ser de fácil acesso e custar menos que outras drogas (cocaína, marijuana, crack)
1.5. Características gerais da gasolina.
	A gasolina automativa é produzida de modo a atender requisitos definidos de qualidade. Tais requisitos visam garantir que o produto apresente condições de atender a todas as exigências dos motores e permitir que a emissão de poluentes seja mantida em níveis aceitáveis.
Composição química da Gasolina
	A gasolina, obtida pela destilação fraccionada do petróleo tem sofrido modificações com a evolução da indústria petrolífera e dos motores de combustão interna.
	Os hidrocarbonetos, componentes da gasolina, são membros da série parafínica, olefínica, naftênica e aromática, e suas proporções relativas dependem do petróleo e dos processos de produção utilizados.
	Hoje em dia, as gasolinas que saem das refinarias são formadas de misturas criteriosamente balanceadas desses hidrocarbonetos, visando atender aos requisitos de desempenho dos motores.
	Uma gasolina para consumo é composta pela mistura de dois, três ou mais componentes obtidos em diferentes processos de refino, podendo ainda receber a adição de outros compostos como tolueno, xilenos, etanol anidro, metanol e outros aditivos especiais com finalidades específicas.
Substâncias adicionadas à gasolina e reacções:
	A gasolina, utilizada comercialmente, contém várias substâncias. No interior do carro ocorrem algumas reacções químicas que formam produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
No motor do carro temos:
Mistura de hidrocarbonetos. 
Etanol .
Composto de enxofre.
Oxigénio do ar. 
Nitrogénio do ar.
Após as reacções, são formados:
Gás carbónico.
Monóxido de carbono. 
Fuligem (carbono). 
Dióxido de enxofre.
Gás ozónio.
Etanal. 
Água. 
Hidrocarbonetos não queimados. 
Demais compostos residuais.
	Estes compostos são lançados à atmosfera. Os óxidos reagem com a água formando ácidos. Os óxidos lançados na atmosfera reagem com a água da chuva. O gás carbónica com os óxidos de enxofre e nitrogénio reagem com a água da chuva formando ácidos, a chuva ácida, muito prejudicial para o meio ambiente.
SO2  +  H2O  →  H2SO3       dióxido de enxofre e água formando ácido sulfuroso
SO3  +  H2O  →  H2SO4       trióxido de enxofre e água formando ácido sulfúrico.
	A seguir apresentamos uma breve descrição de algumas das características mais importantes previstas na especificação da gasolina, assim como seus significados e influencia no funcionamento dos motores e no meio ambiente.
1.5.1. Características físicas.
Aspecto
	É um teste que dá uma indicação visual da qualidade e de possível contaminação do produto. A gasolina deve apresentar-se límpida e isenta de matérias em suspensão como água, poeira ferrugem etc.
	Estes, quando presentes, podem reduzir a vida útil dos filtros de combustível dos veículos e prejudicar o funcionamento dos motores. O teste é feito observando-se, contra a luz natural, uma amostra de 0,9 litro do produto contida em recipiente de vidro transparente e com capacidade total de 1 litro.
Cor
	Indica a tonalidade característica do produto. No caso da gasolina tipo A (Aditivada) e tipo C (Comum), sem aditivo, a cor pode variar de incolor a amarelo. Quando a gasolina é aditivada, ele recebe um corante para diferenciá-la das demais, podendo apresentar qualquer cor, exacto azul (reservado para a gasolina de aviação) e rosa (reservado para a mistura formada por Metanol, Etanol e Gasolina-MEG ). A gasolina aditivada comercializada em Cabinda pela Sanangol DISTRIBUIDORA angolana, apresenta cor verde este combustível somente é utilizado em aeronaves.
	Alterações na cor da gasolina podem ocorrer devido à presença de contaminantes ou devido à oxidação de compostos instáveis nela presentes(olefinas e compostos nitrogenados).
1.5.2. Características químicas.
Teor de enxofre 
	Indica a concentração total dos compostos sulfurosos presentes na gasolina. O enxofre é um elemento indesejável em qualquer combustível devido à acção corrosiva de seus compostos e à formação de gases tóxicos com SO2 (dióxido de enxofre) e SO3 (trioxido de enxofre), que ocorre durante a combustão do produto.
	Nos veículos dotados de catalisadores, quando a carga de material catalítico não é adequada ou quando não está devidamente dimensionado, o enxofre pode levar à formação de ácido sulfídrico (H2 S) que é tóxicoaltamente perigoso, e apresenta odor desagradável (tem um cheiro com características semelhantes ao de ovo podre)
	A análise é feita indicando raios X em uma célula contendo amostra do produto. Neste teste, os átomos de enxofre absorvem energia de um comprimento de onda específica numa quantidade proporcional à concentração de enxofre presente na gasolina.
Destilação
	É um dos testes que tem como objectivo avaliar as características de volatilidade da gasolina.
Volatilidade.
	A volatilidade da gasolina relaciona os diferentes valores de temperatura nos quais ela consegue evaporar à pressão atmosférica, devendo registar se um mínimo volume de perdas. Conhecendo esses limites de temperatura é possível determinar, também, o grau de contaminação que a gasolina apresenta, ou presença de derivados mais pesados.
Pressão de vapor REID (PVR) 
	Assim como o teste de destilação, a PVR tem como objectivo avaliar a tendência da gasolina de evaporar-se, de modo que, quanto maior é a pressão de vapor, mais facilmente a gasolina se evapora. Esse ensaio é utilizado, principalmente, para indicar as exigências que devem ser satisfeitas para o transporte e armazenamento, do produto, de modo a evitar acidentes e minimizar as perdas por evaporação.
Número de octano (octanagem)
	A qualidade da gasolina é constantemente avaliada levando-se em conta a sua octanagem ou o seu índice antidetonante (IAD). A octanagem de uma gasolina indica sua resistência a detonação, em comparação com uma mistura contendo iso-octano (ao qual é creditado um número de octano igual a 100%) presença em uma mistura com n-heptano (número de octano igual a zero). Exemplificando, uma gasolina terá uma octanagem por uma mistura que contém 80% em volume de iso-octano e 20% em volume de n-heptano.
	A avaliação da octanagem da gasolina é justificada pela necessidade de garantir que o produto atenda ás exigências dos motores no tempo de compressão e início da expansão (quando ocorrem aumento de pressão e de temperatura) sem entrar em auto ignição.
1.6. Métodos para determinação de octanagem. 
	Octanagem mede a capacidade da gasolina resistir à detonação ou seja, a sua capacidade de superar as exigências do motor, sem entrar em ignição antes do momento programando (auto-ignição) e sem produzir detonação ou batida de pino (conhecido por rateres), que leva à perda de potência do motor.
	Para a avaliação da octanagem da gasolina, normalmente avalia-se mediante dois métodos distintos:
Método Motor MON- Motor Octane Number.
Método Pesquisa RON-Research Octane Number.
1.6.1. Métodos MON (Motor Octane Number)
	Esse método avalia a resistência da gasolina à detonação quando está sendo queimada em condições de funcionamento mais exigentes e em rotações elevadas, como acontece nas subidas de ladeira com marcha reduzida a velocidade alta, em altas competições de motores e nas ultrapassagens (quando a aceleração é aumentada mesmo já estando o carro em alta velocidade). 
	O teste é feito em motores especiais (motores CFR-Cooperative Fuel Reserarch), monocilindros de razão de compressão variável, equipados com a instrumentação necessária e montados numa base estacionária. 
Estabilidade.
	Com o passar do tempo a gasolina sofre um processo de evaporação natural, formando-se uma fina camada parecida com verniz, denominada "goma". A acumulação dessa goma provoca o aumento de consumo de combustível e mau desempenho do motor, causando falhas por entupimento dos bicos injectores, obstrução da borboleta do carburador, etc.
	Assim quando uma gasolina fica armazenada por um período de tempo longo é recomendável que se meça o teor de goma (através do teste de indulação) e se este estiver acima do especificado, essa gasolina não deve ser utilizada.
1.6.2. Métodos RON.
	É um método que avalia a resistência da gasolina a detonação sob condições mais suaves de trabalho e a uma rotação menor do que aquela avaliada pela octanagem MON. O teste é feito em motores semelhantes aqueles utilizados para o teste da octanagem MON.
	A octanagem RON não faz parte do quadro da especificação da gasolina de Cabinda-Angola automotiva dos tipos A ou C, constando porém, do quadro de especificações da gasolina padrão.
1.7. Octanagem requerida pelos motores a gasolina.
	No que diz respeito a octanagem necessária para o bom funcionamento dos motores, é importante saber que, para cada projecto básico de motor, existe uma característica de resistência mínima a detonação, requerida. O uso de uma gasolina com octanagem superior aquela para o qual o motor foi projectara não trará a ele nenhum ganho de desempenho. Já o uso de um combustível com octanagem menor do que aquela prevista no projecto, causará perda de potencia e aumento do consumo de combustível, podendo até mesmo causar danos no motor.
	Os veículos fabricados até hoje têm os seus motores regulados para um numero de octanagem MON igual a 80, que é o valor mínimo especificado para a gasolina C – comum. Todos os veículos são, originalmente, projectados para a octanagem do combustível do país onde são fabricados. Geralmente necessitam de uma gasolina de maior octanagem como a gasolina Premium que apresenta o índice antidetonante (IAD = 91, mínimo). 
Índice antidetonante (IAD)
	Quando se trata de definir a octanagem requerida pelos motores e que, consequentemente, deve ser atendida pelas gasolinas, alguns países – entre eles os EUA e o Brasil, em se tratando da gasolina premium – adoptam ao invés do numero de octanagem MON ou RON, o índice antidetonante (IAD) como representativo do desempenho antidetonante do combustível. O que ocorre é que dependendo do projecto do motor do veículo e das condições em que ele opera, o desempenho antidetonante do combustível pode ser melhor representada, em alguns casos pela octanagem MON em outras pela octanagem RON. Com o índice antidetonante (IAD), estima-se o desempenho antidetonante do combustível para um universo mais amplo de veículos o que coloca em vantagem em relação a octanagem MON ou RON, separadamente. O IAD é definido como a média entre as octanagens MON e RON, ou seja:
IAD = (MON + RON)/2
Funcionamento do Motor de Combustão Interna.
	O funcionamento do motor de combustão interna ocorre em quatro tempos: admissão, compressão, explosão ou combustão e escape.
	O combustível mais utilizado actualmente no mundo inteiro é a gasolina. O motor que normalmente equipa os automóveis movidos a gasolina é o motor de combustão interna, também chamado de motor de explosão interna ou motor a explosão de quatro tempos.
	Os termos “combustão” e “explosão” são usados no nome desse motor porque o seu princípio de funcionamento baseia-se no aproveitamento da energia liberada na reacção de combustão de uma mistura de ar e combustível que ocorre dentro do cilindro do veículo. Esse motor também é chamado de “motor de quatro tempos” porque seu funcionamento ocorre em quatro estágios ou tempos diferentes.
	Conhecer como esses estágios do funcionamento do motor de combustão interna ocorrem ajuda-nos a compreender por que é importante usar gasolinas de qualidade com alto índice de octanagem. Antes, porém, veja quais são os nomes das principais partes do motor:
Partes de um motor de combustão interna
Agora veja como funciona o motor de um carro e o que ocorre em cada tempo:
1º tempo: Admissão — No início, o pistão está em cima, isto é, no chamado ponto morto superior. Nesse primeiro estágio, a válvula de admissão abre e o pistão desce, sendo puxado pelo eixo virabrequim. Uma mistura de ar e vapor de gasolina entra pela válvula para ser “aspirada” para dentro da câmara de combustão, que está a baixa pressão. O pistão chega ao ponto morto inferior, e a válvula de admissão fecha, completando o primeiro tempo do motor.
2º tempo: Compressão — O pistão sobe e comprime a mistura de ar e vapor de gasolina. O tempo de compressão fecha quando o pistão sobe totalmente.
3º tempo: Explosão ou combustão — Para dar início à combustão da mistura combustível que está comprimida,solta-se uma descarga eléctrica entre dois pontos da vela de ignição. Essa faísca da vela detona a mistura e empurra o pistão para baixo, fazendo com que ele atinja o ponto morto inferior.
4º tempo: Escape — A mistura de ar e combustível foi queimada, mas ficaram alguns resíduos dessa combustão que precisam ser retirados de dentro do motor. Isso é feito quando o pistão sobe, a válvula de escape abre, e os gases residuais são expulsos.
	Esse processo inicia-se novamente, e os quatro tempos ocorrem de modo sucessivo. Os pistões (carros de passeio costumam ter de quatro a seis pistões), que ficam subindo e descendo, movem um eixo de manivela, chamado virabrequim, que está ligado às rodas por motores, fazendo-as girar e, consequentemente, o carro andar.
	Uma analogia que pode ajudar no entendimento desse processo é pensar em como fazemos uma bicicleta movimentar-se. Fazemos com as pernas movimentos de sobe e desce, assim como os pistões do carro. As manivelas presas aos pedais da bicicleta estão conectadas à corrente, que se movimenta e faz as rodas girarem. Algo parecido ocorre no carro: o movimento de cima para baixo dos pistões gira o virabrequim, que leva a energia mecânica até o sistema de transmissão, que, por sua vez, distribui essa energia para as rodas.
	Isso nos mostra que energia química (da reacção química de combustão) é transformada em energia mecânica, que, por sua vez, faz as rodas do carro movimentarem-se. A energia que faz o combustível explodir vem da bateria do automóvel. Essa corrente eléctrica é amplificada pela bobina, e um distribuidor faz a sua divisão entre as velas em cada cilindro.
	Além disso, a combustão é uma reacção exotérmica, liberando grande quantidade de calor. Assim, é preciso que o radiador use água para resfriar o motor e garantir que ele continue funcionando.
	Veja que, no 2º tempo, se a gasolina for de baixa qualidade, os seus componentes não aguentarão tamanha pressão e poderão estourar antes da hora, antes da faísca soltar da vela, que é o que acontece no próximo estágio. Isso resulta em um menor desempenho do motor, que começa a bater pino, pois a explosão ocorre de forma tumultuada.
	1.8. Obtenção da gasolina.
	Trata-se de um líquido obtido a partir de uma importante mistura denominada petróleo. É isso mesmo, a gasolina é obtida a partir do petróleo, sendo assim o petróleo é uma mistura (formada por várias substâncias como diesel, querosene, gasolina, massa asfáltica etc), a gasolina é separada dessa mistura através de um processo chamado refino ou destilação fraccionada. Por facto dele ser proveniente de Petróleo Crude porém não quer dizer que o homem não possa produzi-la em laboratório.
 Obtenção no laboratório
	Em laboratório, a gasolina pode ser obtida através de reacções químicas onde podem ser utilizados carvão mineral reagindo com gás hidrogénio, ou carvão mineral com água. O único problema é que se trata de processos economicamente inviáveis, pois são extremamente caros, porém possíveis. Por conta disso a obtenção de gasolina a partir do refino do petróleo é o método utilizado em todo o mundo.
	Durante o refino do petróleo é realizado um procedimento chamado destilação fraccionada, nele o petróleo é submetido a um aquecimento e seus componentes são separados em torres, chamadas torres de fraccionamento, pois cada componente do petróleo muda-se para o estado gasoso em um valor de temperatura diferente.
	O tempo para produção de uma gasolina varia muito dependendo do tipo de petróleo, do(s) processo(s) utilizado(s), da quantidade que se precisa produzir e do tipo de gasolina (comum, Podium, Aditivada, Premium). Este tempo pode levar de algumas horas até mesmo 1 semana.
	A gasolina básica (sem oxigenados) possuí uma composição complexa. A sua formulação pode demandar a utilização de diversas correntes nobres oriundas do processamento do petróleo como:
Nafta leve (produto obtido a partir da destilação directa do petróleo).
Nafta craqueada que é obtida a partir de quebra de moléculas de hidrocarbonetos mais pesados (gasóleo).
Nafta reformada (obtida de um processo que aumenta quantidade de substancias aromáticas), o fósforo é utilizado para que haja a queima de hidrocarbonetos mas leves que o próprio valor quantitativo químico dos elementos da gasolina expresso na fórmula Gasolina+=+Queima padronizada.
Nafta alquilada (de um processo que produz iso-parafinas de alta octanagem a partir de iso-butano e olifinas), etc.
	Além da octanagem, outros factores devem ser considerados para a produção de uma gasolina de qualidade elevada, como, por exemplo, a sua volatilidade, a sua estabilidade e a sua corrosidade de forma a garantir o funcionamento adequado dos motores.
REFINARIA DE PETRÓLEO

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