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Criminologia Aula 01

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Aula 01
Criminologia p/ Delegado Polícia Civil-PE (com videoaulas)
Professor: Alexandre Herculano
 Criminologia ʹ Delegado de Polícia - Polícia Civil - PE 
Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 01 
2. Teorias Penais e Teorias Criminológicas 
Contemporâneas 
01 
3. Questões propostas 18 
4. Questões comentadas 22 
5. Gabarito 30 
 
 Olá, meus amigos (as) do Estratégia Concursos! 
 Então, hoje, vou abordar Teorias Penais e Teorias Criminológicas 
Contemporâneas. Assim, esta aula com a aula 00 fecha toda a parte 
sobre Noções de Criminologia e Política Criminal; e Teorias Penais e 
Teorias Criminológicas Contemporâneas. 
 
 Teorias Penais e Teorias Criminológicas Contemporâneas 
 
 Pessoal, iniciando esta parte, vamos abordar as principais teorias 
sociológicas da criminalidade. Uma coisa que você devem saber para a 
prova de vocês é que as teorias criminológicas, em geral, têm como 
Aula 01 - Noções de Criminologia e Política Criminal. 
Teorias Penais e Teorias Criminológicas 
Contemporâneas. (parte II). 
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Teoria e Exercícios 
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objeto quatro elementos: a lei, o criminoso, o alvo e o lugar. A forma 
como são classificadas diz respeito aos diversos níveis de explicação, que 
variam do individual ao contextual. 
 As teorias criminológicas que adotam o nível individual de análise 
partem do pressuposto de que o crime se deve aos fatores internos aos 
indivíduos que os motivam. A maioria das teorias criminólogicas mais 
importantes são explicações relativamente precisas que procuram propor 
dedutivamente hipóteses claras e consistentes entre si e que possam ser 
submetidas a propósitos de refutação e superá-los com êxito. 
 
 A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância 
para o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus 
seguidores ± sociólogos durante aquele período influenciaram estudos 
urbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos 
e Inglaterra. Sua atuação foi marcada pelo pragmatismo, e, dentre 
outras inovações que preconizou, destacam-se o método da observação 
participante e o conceito de ecologia humana. 
 
 Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social (Escola de 
Chicago) ± 1920/1940: Segundo esta teoria, a ordem social, estabilidade 
e integração contribuem para o controle social e a conformidade com as 
leis, enquanto a desordem e a má integração conduzem ao crime e à 
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delinquência. Tal teoria propõe ainda que quanto menor a coesão e o 
sentimento de solidariedade entre o grupo a comunidade ou a sociedade, 
maiores serão os índices de criminalidade. 
 A teoria ecológica explica o efeito criminógeno da grande 
cidade, valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio 
inerentes aos modernos núcleos urbanos e, sobretudo, invocando o 
debilitamento do controle social desses núcleos. Com a escola de Chicago, 
a Criminologia abandonou o paradigma até então dominante do 
positivismo criminológico, do delinquente nato de Lombroso, e girou para 
as influências que o ambiente, e no presente caso, que as cidades podem 
ter fenômeno criminal. Ganhou-se qualidade metodológica. Com os 
estudos da escola de Chicago criou-se também o ambiente cultural para 
as teorias que se sucederam e que são a feição da moderna criminologia. 
 A Teoria da Associação Diferencial parte da ideia segundo a 
qual o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou 
inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele 
exclusividade dessas. A vantagem dessa teoria é que, ao contrário do 
positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal 
pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social. O 
homem aprende a conduta desviada e a associa como referência. 
 Há, em verdade, inúmeras teorias englobadas dentro da 
terminologia, talhada por Edwin Sutherland, representante mais 
conhecido dessas teorias e a quem de atribui o nome teoria da associação 
diferencial propriamente dita. Partindo dos preceitos de Chicago, 
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Sutherland notabilizou-se por buscar uma explicação para a criminalidade 
de colarinho branco. Segundo ele, os conceitos de desorganização social, 
falta de controle social informal e distribuição ecológica não seriam 
capazes de explicar a criminalidade dos poderosos, uma vez que estes 
residiam nas melhores regiões da cidade e não tinham qualquer 
desadaptação social ou cultural. 
 A transição de modelos econômicos, conclusivamente, poderia 
indicar uma situação tal que não permitisse ao homem de negócio 
compreender os limites do ético e do ilícito. De qualquer forma, esse 
negociante não poderia ser entendido com inadaptado socialmente 
tampouco como ecologicamente desfavorecido como pretendiam os 
sociólogos de Chicago. 
 A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de 
cunho sociológico acerca da criminalidade é a teoria da Anomia, de 
Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a 
delinquência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas 
desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. É uma 
situação social onde falta coesão e ordem, especialmente no tocante a 
normas e valores. Então as normas são definidas de forma ambígua ou 
são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por exemplo, uma 
calamidade como a guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria 
uma situação em que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se 
um sistema é organizado de tal maneira que promove o isolamento e a 
autonomia do indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais 
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com seus próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade 
como um todo. 
 A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. 
Existem dois autores que falam sobre anomia: Émile Durkheim e Robert 
Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas como 
funcionalistas. 
 O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo 
orgânico, que tem uma articulação interna. Sua finalidade é a reprodução 
através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. Isto 
pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da 
sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem 
as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada às mesas. 
 Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas 
maneiras diferentes. Designa ora um sistema de movimentos vitais,abstração feita de suas consequências, ora a relação de correspondência 
que existe entre estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
 Tais acertivas oriundas da análise orgânica do ser humano foram 
transpostas para as ciências sociais. A "maquina social" deve encontrar 
meios de autopreservação; toda vez que não encontrar, no entanto, 
estar-se-á diante de uma disfunção. Em face dessa disfunção, a sociedade 
deve reagir para que a falha desse sistema seja corrigida e para que se 
possa voltar ao normal funcionamento da sociedade como um todo. 
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 O interessante dessa perspectiva é que o combate à disfunção far-
se-á não pelo estudo de suas causas, mas sim pelo exame de suas 
consequências exteriores. 
 A Teoria da Subcultura Delinquente desenvolvida por Wolfgang 
e Ferracuti (1967), esta teoria defende a existência de uma subcultura da 
violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência 
como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Mais que isso, 
sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, 
assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam 
de cumprir as leis, a subcultura violenta pune com o ostracismo, o 
desdém ou a indiferença os indivíduos que não se adaptam aos padrões 
do grupo. 
 É uma cultura associada a sistemas sociais e categorias de 
pessoas. As teorias subculturais sustentam três ideias fundamentais: o 
caráter pluralista e atomizado da ordem social, a cobertura normativa da 
conduta desviada e a semelhança estrutural, em sua gênese, do 
comportamento regular e irregular. A premissa dessas teorias 
subculturais é, antes de tudo, contrária à imagem monolítica da ordem 
social que era oferecida pela criminologia tradicional. 
 A Teoria do labelling aproach ou etiquetamento, essa teoria 
considera que as questões centrais da teoria e da prática criminológicas 
não se relacionam ao crime e ao delinquente, mas, particularmente, ao 
sistema de controle adotado pelo Estado no campo preventivo, no campo 
normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. No lugar de 
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se indagar os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-
se buscar explicações sobre os motivos pelos quais determinadas pessoas 
são estigmatizadas como delinquentes, qual a fonte da legitimidade e as 
consequências da punição imposta a essas pessoas. São os critérios ou 
mecanismos de seleção das instâncias de controle que importam, e não 
dar primazia aos motivos da delinquência. A tese central dessa corrente 
pode ser definida, em termos muitos gerais, pela afirmação de que cada 
um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com 
essa mecânica, a prisão cumpre uma função reprodutora: a pessoa 
rotulada como delinquente assume, finalmente, o papel que lhe é 
consignado, comportando-se de acordo com o mesmo. Todo o aparato do 
sistema penal está preparado para essa rotulação e para o reforço desses 
papéis. 
 Teoria crítica ou radical, a criminologia radical recusa o estatuto 
profissional e político da criminologia tradicional, considerada como um 
operador tecnocrático a serviço do funcionamento mais eficaz da ordem 
vigente. O criminólogo radical se recusa a assumir esse papel de 
tecnocrata, desde logo porque considera o problema criminal insolúvel 
numa sociedade capitalista; depois, e sobretudo, porque a aceitação das 
tarefas tradicionais é absoluto incompatível com as metas da criminologia 
radical. Como poderiam os criminólogos propor-se a auxiliar a defesa da 
sociedade contra o crime, se o seu último propósito é defender o homem 
contra esse tipo de sociedade. 
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 Antes de passarmos para as teorias penais, vamos a uma questão 
para aprendermos mais sobre o tema: 
 
(2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
O surgimento das teorias sociológicas em criminologia marca o fim da 
pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo positivista. 
 
Comentários: 
A Criminologia é a pesquisa da etiologia do delito. Logo não marca o fim. 
Só para reforçar, a etiologia é a ciência das causas, ou melhor o estudo! 
Gabarito: E. 
 
 
 Entrando, agora, nas teorias penais criminológicas, vamos 
começar falando sobre a Escola Clássica. A Escola Clássica nasceu entre 
o final do século XVIII e a metade do século XIX como reação ao 
totalitarismo do Estado Absolutista, filiando-se ao movimento 
revolucionário e libertário do Iluminismo. Vivia-VH� R� ³VpFXOR� GDV� OX]HV´� 
Seus fundamentos tiveram origem nos estudos de Beccaria e foram 
lapidados e desenvolvidos, principalmente, pelos italianos Francesco 
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Carrara, Carmignani, e Rossi. Outros famosos representantes da Escola 
Clássica foram Mittermaier e Birkmeyer, na Alemanha, Ortolan e Tissot, 
na França, e F. Pacheco e J. Montes, na Espanha. 
 Todos eles tinham em comum a utilização do método racionalista e 
lógico e eram, em regra, jusnaturalistas, ou seja, aceitavam que 
normas absolutas e naturais prevalecessem sobre as normas do 
direito posto. 
 
 Basicamente, suas notas fundamentais eram: 
9 entendiam o crime como um conceito meramente jurídico, 
tendo como sustentáculo o direito natural. Para Francesco 
&DUUDUD�� FULPH� p� ³D� LQIUDomR� GD� OHL� GR� (VWDGR� promulgada 
para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um 
ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente 
LPSXWiYHO�H�SROLWLFDPHQWH�GDQRVR´� 
9 predominava a concepção do livre-arbítrio, isto é, o homem 
age segundo a sua própria vontade, tem a liberdade de 
escolha independentemente de motivos alheios 
(autodeterminação). Logo, por ser possuidor da faculdade de 
agir, o homem é moralmente responsável pelos seus atos; e 
9 por ser responsável, àquele que infringiu a norma penal deve 
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ser imposta uma pena, como forma de retribuição pelo crime 
cometido. Se, ao contrário, o agente não estava em suas 
perfeitas condições psíquicas, não pode ser punido. 
 
 A Escola Clássica havia conseguido enfrentar com êxito as 
barbáries do Absolutismo, e o respeito do indivíduo como ser humano já 
despontava nos países civilizados. Entretanto, os ambientes político e 
filosófico, em meados do século XIX, revelavam grande preocupação com 
a luta eficiente contra a crescente criminalidade. Manifestava-se a 
necessidade de defesa da sociedade e os estudos biológicos e sociológicos 
assumiam relevanteimportância, principalmente com as doutrinas 
evolucionistas de Darwin e Lamarck e sociológicas de Comte e Spencer. 
 Nasce, então, a Escola Positiva, também denominada Positivismo 
Criminológico, despontando os eVWXGRV� GRV� ³WUrV� PRVTXHWHLURV´� Cesare 
Lombroso, Enrico Ferri e Rafael Garofalo. Chamou-se positiva pelo 
método, e não por aceitar a filosofia do positivismo de Augusto 
Comte. Cesare Lombroso, médico, representou a fase antropológica da 
Escola Positiva, a ele se imputa o ensinamento de que o homem não é 
livre em sua vontade. Ao contrário, sua conduta é determinada por forças 
inatas. 
 Com ele se iniciou, de forma científica, a aplicação do método 
experimental no estudo da criminalidade. Também ofereceu à 
comunidade jurídica a teoria do criminoso nato, predeterminado à prática 
de infrações penais por características antropológicas, nele presentes de 
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modo atávico. Em seguida, acrescentou ao atavismo, como causas do 
crime, também a loucura moral e a epilepsia larvada e, finalmente, por 
influência de Ferri, alia às causas antropológicas também os fatores 
físicos e sociais. Enrico Ferri empunha a bandeira da fase sociológica 
no Positivismo Criminológico, destacando-se VXDV� REUDV� ³6RFLRORJLD�
FULPLQDO´��������H�³3ULQFtSLRV�GH�GLUHLWR�FULPLQDO´�������� 
 Já Rafael Garofalo é a "fortaleza" da fase jurídica da Escola 
Positiva. Empregou e LPRUWDOL]RX� D� H[SUHVVmR� ³&ULPLQRORJLD´�� WtWXOR� GH�
sua principal obra, publicada em 1885, conferindo aspectos estritamente 
jurídicos ao movimento. Atribui-se a ele o conceito de delito natural, 
FRPSUHHQGLGR�FRPR�³DomR�SUHMXGLFLDO�H�TXH�IHUH�DR�PHVPR�WHPSR�DOJXQV�
desses sentimentos que se convencionou chamar o senso moral de uma 
DJUHJDomR� KXPDQD´� Influenciado pela teoria da seleção natural, 
sustentava que os criminosos não assimiláveis deveriam ser eliminados 
pela deportação ou pela morte. 
 
 Na Escola Positiva, destacou-se o método experimental, no qual o 
crime e o criminoso deveriam ser estudados individualmente, inclusive 
com o auxílio de outras ciências. Ganhou relevo o determinismo, 
negando-se o livre-arbítrio, haja vista que a responsabilidade penal 
fundamentava-se na responsabilidade social, no papel que cada ser 
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humano desempenhava na coletividade. 
 
 
 Quanto ao Correcionalismo Penal, também chamado de Escola 
Correcionalista, surgiu na Alemanha, em 1839, com a publicação da obra 
³&RPHQWDWLR�QD�SRHQD�PDOXP�HVVH�GHEHDW´��GH�.DUO�'DYLG�$XJXVW Röeder, 
professor da Universidade de Heidelberg. 
 Esse posicionamento surgiu de forma inovadora e revolucionária 
em relação às tendências da época, submetendo a uma detalhada análise 
as teorias fundamentais sobre o delito e a pena. Para Röeder, a pena tem 
a finalidade de corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, dessa 
forma, não pode ser fixa e determinada, como na visão da Escola 
Clássica. 
 Ao contrário, a sanção penal deve ser indeterminada e passível de 
cessação de sua execução quando se tornar prescindível. Este foi o 
grande mérito do jurista: ter lançado no Direito Penal a semente da 
sentença indeterminada. Com efeito, o fim da pena jamais seria a 
repressão ou a punição, afastando destarte as teorias absolutistas. 
Também não seria a prevenção geral, mas apenas a prevenção especial. 
Destaca-se a FpOHEUH� IUDVH� GH� &RQFpSFLRQ� $UHQDO�� ³QmR� Ki� FULPLQRVRV�
LQFRUULJtYHLV��H�VLP�LQFRUULJLGRV´��%XVFD-se, assim, a emenda de todos os 
delinquentes. Curioso anotar que o penalista alemão não ganhou partido 
em seu país. Contudo, sua teoria disseminou-se pela Europa, 
principalmente na Espanha, com importantes cultores, destacando-se 
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Pedro Dorado Montero, Concepción Arenal, Alfredo Calderón, Giner de los 
Rios, Romero y Girón e Rafael Salillas. 
 Já o Tecnicismo Jurídico iniciou-se na Itália. Arturo Rocco 
delimitou o método de estudo do Direito Penal como o positivo, restrito às 
leis vigentes, dele abstraindo o conteúdo causal-explicativo inerente à 
antropologia, sociologia e filosofia. 
 O mérito do movimento, atualmente dominante na Itália e 
abraçado pela maioria das nações, foi excluir do Direito Penal toda carga 
de investigação filosófica, limitando-o aos ditames legais. Com efeito, o 
jurista deve valer-se da exegese para concentrar-se no estudo do direito 
positivo. As preocupações causais explicativas pertencem a outros 
campos, filosóficos, sociológicos e antropológicos, que se valem do 
método experimental. 
 Por sua vez, o Direito Penal tem conteúdo dogmático, razão pela 
qual seu intérprete deve utilizar apenas o método técnico-jurídico, cujo 
objeto é o estudo da norma jurídica em vigor. Em sua origem, o 
tecnicismo jurídico, liderado por Arturo Rocco, Vicenzo Manzini, Massari e 
Delitala, entre outros, todos eles inspirados nos estudos de dogmática 
jurídico-penal elaborados por Karl Binding, negava a abordagem do livre-
arbítrio, bem como a existência do direito natural, sustentando ser a 
sanção penal mero meio de defesa do Estado contra a periculosidade do 
agente. Assim, Aníbal Bruno concluiu TXH� R� WHFQLFLVPR� MXUtGLFR� ³p� XPD�
forma de classicismo, grandemente influenciada pela doutrina alemã, 
VREUHWXGR�GHSRLV�GH�%LQGLQJ´��(QWUHWDQWR, em uma segunda etapa, mais 
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moderna, capitaneada por Maggiore, Giuseppe Bettiol, Petrocelli e Giulio 
Battaglini, o tecnicismo jurídico acabou acolhendo a existência do 
direito natural, admitindo o livre-arbítrio como fundamento do direito 
punitivo, voltando a pena a assumir sua índole retributiva. 
 
 No estudo do Direito Penal, há três ordens de pesquisa e 
investigação. A primeira delas é a exegese, na opinião de Rocco 
utilizada sempre de forma restrita e limitada ao aspecto gramatical, ao 
passo que se deveriam buscar o alcance e a vontade da lei. A segunda é 
a dogmática, que, responsável pela exposição dos princípios 
fundamentais do direito positivo, oferece critérios para a integração e 
criação do Direito pela sistematização dos princípios. Constitui-se na 
conjunção sistemática das normas jurídicas postas em relações 
recíprocas, abstraindo conceitos até o mais geral, retornando, em 
seguida, ao particular. 
 Por último, a terceira ordem de pesquisa e investigação apontada 
é a crítica, que estuda o Direito como ele deveria ser, buscando a sua 
construção e apresentando propostas de reforma. Atua em dois âmbitos, 
quais sejam, direito penal positivo vigente e política criminal, com os 
contornos da filosofia do Direito. 
 
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 Para Arturo Rocco, o tecnicismo jurídico seria o equilíbrio 
resultante do embate entre a lenta evolução da Escola Clássica e a 
violenta reação da Escola Positiva. O tecnicismo jurídico representou um 
movimento de restauração metodológica sobre o estudo do Direito Penal. 
Dessa forma, não constituiu uma nova Escola Penal, haja vista que não se 
preocupou com as questões inerentes à etiologia do delito, à natureza da 
criminalidade e ao fundamento da responsabilidade penal, nem com o 
conceito acerca da pessoa do delinquente. 
 Para fecharmos esta parte, vou falar um pouco sobre a Defesa 
Social! A verdadeira ideia de defesa social surgiu no início do século XX, 
em decorrência dos pensamentos da Escola Positiva do Direito 
Penal. Ou melhor, não é possível conceber uma teoria da defesa social 
sem considerar a revolta positivista. Entretanto, a defesa social não 
se confunde com a doutrina positivista e, como teoria autônoma, não se 
inclui nos ensinamentos do Positivismo. Em verdade, surge como uma 
reação anticlássica, reforçada pelas ideias delineadas pelos 
representantes do Positivismo: Lombroso, Ferri e Garofalo. Era uma 
doutrina preocupada unicamente com a proteção da sociedade contra o 
FULPH�� 1HVVH� VHQWLGR�� RV� SRVLWLYLVWDV� IDODP� HP� ³PRYLPHQWR� GD defesa 
VRFLDO´� 
 Essa função de defesa social deveria ser garantida da forma mais 
eficaz e integral possível, repudiando a imposição de penas insuficientes, 
rotineiramente abrandadas pela indulgência dos tribunais. O combate à 
periculosidade tornara-se a principal finalidade do Direito Penal. 
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 Pessoal, para reforçar mais um pouco, vou abordar, agora, um 
tópico ligado, também, a criminologia contemporânea, e que pode ser 
abordado na prova de vocês. Lembrando que na criminologia 
contemporânea temos o salto qualitativo consubstanciado na 
passagem de um paradigma baseado na investigação das causas 
da criminalidade a um paradigma baseado na investigação das 
condições da criminalização, que se ocupa hoje em dia, 
fundamentalmente, da análise dos sistemas penais vigentes (natureza, 
estrutura e funções). 
 Outra coisa, a criminologia contemporânea desenvolvida na base 
deste paradigma, especialmente a criminologia crítica, tende a 
transformar-se, assim, de uma teoria da criminalidade em uma teoria 
crítica e sociológica do sistema penal, conforme estudamos acima. 
 Naquela ideia, ou seja, sobre o tópico a mencionar, é preciso 
destacar o Bullying! Essa palavra tem sido utilizada para descrever o 
comportamento agressivo nas instituições de ensino. São agressões 
físicas, assédios, ofensas, etc. É preciso ressaltar que esse tipo de 
"criminalidade" não se limita a menores em estabelecimento de ensino. 
Pode surgir no trabalho, ambiente familiar, etc. Assim, o bullying pode ser 
praticado de muitas formas. A violência pode ser física, como chutes, 
socos, empurrões, etc. Os desdobramento dessa prática criminosa variam 
conforme o caso e a vítima. Algumas pessoas apresentam sintomas 
psicossomáticos, como dores de cabeça, náuseas, cansaço, tonturas, e 
tensão muscular que se manifestam de maneira isolada ou múltipla. 
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 Não esqueçam que existe, também, o cyberbulling, que é o 
bullying praticado na internet. Esta forma de violência apresenta uma 
peculiaridade que a torna difícil de combater, o anonimato! Pois os bullies 
se valem de apelidos, nomes de personalidades ou de outras pessoas. 
 Meus amigos (as), hoje, ficaremos por aqui. 
 Vamos, agora, fazer algumas questões para reforçar o 
aprendizado. 
 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões propostas 
 
1) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento 
das Teorias Sociológicas da Criminalidade (ou Teorias 
Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição 
marcante das pesquisas criminológicas em dois grupos principais. 
Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como 
os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual 
(Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou 
Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são 
consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação 
Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura 
Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e 
Escola de Chicago. 
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E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria 
da Anomia. 
 
2) (FCC - 2013 - AL-PB ± Procurador) A avaliação do espaço 
urbano é especialmente importante para compreensão das ondas 
de distribuição geográfica e da correspondente produção das 
condutas desviantes. Este postulado é fundamental para 
compreensão da corrente de pensamento, conhecida na literatura 
criminológica, como 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
 
3) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida 
por Emile Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da 
propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do 
desvio como fenômeno social, podendo ser situada no contexto da 
guinada sociológica da criminologia, em que se origina uma 
concepção alternativa às teorias de orientação biológica e 
caracterológica do delinquente. 
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4) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, 
pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela 
adoção do método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, 
também apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na 
observação dos fatos e dos dados, independentemente do 
conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também 
a neutralidade axiológica da ciência. 
 
5) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A ideologia do tratamento durante a execução penal, a ideia de 
que a pena tem a finalidade de prevenção especial e a valorização 
do livre-arbítrio são resquíciosdas teorias criminológicas 
positivistas do século XIX, encabeçadas por Cesare Lombroso, 
Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. 
 
6) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
As discussões sobre a legitimidade do direito de punir, o controle 
dos abusos praticados pelas autoridades, a ideia de prevenção 
geral da pena e o estudo do delinquente estiveram entre as 
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principais preocupações da escola criminológica clássica, 
representada, dentre outros, por Cesare Beccaria e Francesco 
Carrara. 
 
7) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A teoria do etiquetamento, que teve em Howard Becker um de 
seus mentores, ocupou-se de indagar o porquê de certas pessoas 
serem tratadas como criminosas e de questionar os critérios de 
seleção das instâncias de controle social, dando primazia à 
investigação sobre os motivos que levam o delinquente a praticar 
o crime, bem como à retribuição proporcional como fundamento 
da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
1) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento 
das Teorias Sociológicas da Criminalidade (ou Teorias 
Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição 
marcante das pesquisas criminológicas em dois grupos principais. 
Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como 
os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual 
(Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou 
Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são 
consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação 
Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e Escola de 
Chicago. 
E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria da 
Anomia. 
 
Comentários: 
São teorias do consenso: Escola de Chigaco; Teoria da Associação 
Diferencial; Teoria da Anomia; Teoria da Subcultural Delinquente. São 
teorias do conflito: Teorias do Labelling; Teoria Crítica. 
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Gabarito: A. 
 
2) (FCC - 2013 - AL-PB ± Procurador) A avaliação do espaço 
urbano é especialmente importante para compreensão das ondas 
de distribuição geográfica e da correspondente produção das 
condutas desviantes. Este postulado é fundamental para 
compreensão da corrente de pensamento, conhecida na literatura 
criminológica, como 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
 
Comentários: 
A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância para o estudo 
da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus seguidores ± 
sociólogos durante aquele período influenciaram estudos urbanos sobre o 
crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos e Inglaterra. 
Gabarito: B. 
 
3) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
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A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile 
Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da propensão ao crime 
como patologia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, 
podendo ser situada no contexto da guinada sociológica da criminologia, 
em que se origina uma concepção alternativa às teorias de orientação 
biológica e caracterológica do delinquente. 
 
Comentários: 
A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de cunho 
sociológico acerca da criminalidade é a teoria da Anomia, de Merton 
(1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a delinquência 
decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por 
ele, como sucesso econômico ou status social. É uma situação social onde 
falta coesão e ordem, especialmente no tocante a normas e valores. 
Então as normas são definidas de forma ambígua ou são implementadas 
de maneira causal e arbitrária. Por exemplo, uma calamidade como a 
guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria uma situação em 
que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se um sistema é 
organizado de tal maneira que promove o isolamento e a autonomia do 
indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais com seus 
próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade como um 
todo. 
A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. Existem 
dois autores que falam sobre anomia: Émile Durkheim e Robert Merton. A 
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teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas como 
funcionalistas. 
O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo 
orgânico, que tem uma articulação interna. Sua finalidade é a reprodução 
através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. Isto 
pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da 
sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem 
as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada às mesas. 
Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas maneiras 
diferentes. Designa ora um sistema de movimentos vitais, abstração feita 
de suas consequências, ora a relação de correspondência que existe entre 
estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
Gabarito: C. 
 
4) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela 
negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do 
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também 
apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na observação dos 
fatos e dos dados, independentemente do conteúdo antropológico, 
psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da 
ciência. 
 
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Comentários: 
Vamos lembrar os principais pontos sobre o positivismo criminológico: 
‡ Contesta a escola clássica; 
‡ Determinismo - para cada fato a razões que determinaram todos 
os fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade 
e a historia são subordinadas a lei e ascausas necessárias; 
‡ Responsabilidade social - resultado do simples fato de viver o 
homem em sociedade. A responsabilidade social deriva do 
determinismo; 
‡ Crime como fenômeno natural e social, produto dos fatores 
físicos, sociais e biológicos; 
‡ Pena como meio de defesa. (medida de segurança). Visando a 
recuperação ou a neutralização pelos seus crimes. 
‡ Lombroso e Ferri, juntamente com Rafael Garofalo, autor de 
Criminologia, são considerados os fundadores da Escola 
Positivista. 
Gabarito: C. 
 
5) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A ideologia do tratamento durante a execução penal, a ideia de que a 
pena tem a finalidade de prevenção especial e a valorização do livre-
arbítrio são resquícios das teorias criminológicas positivistas do século 
XIX, encabeçadas por Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. 
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Comentário: 
Não havia livre-arbítrio, determinismo. A pena era uma necessidade 
protecionista. O fundamento da pena não é o castigo, mas sim a 
proteção da sociedade, tendo como fundamento a estrutura 
contratualista. 
Gabarito: E. 
 
6) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
As discussões sobre a legitimidade do direito de punir, o controle dos 
abusos praticados pelas autoridades, a ideia de prevenção geral da pena 
e o estudo do delinquente estiveram entre as principais preocupações da 
escola criminológica clássica, representada, dentre outros, por Cesare 
Beccaria e Francesco Carrara. 
 
Comentário: 
As teorias absolutas (de retribuição ou retribucionista) têm como 
fundamentos da sanção penal a exigência da justiça: pune-se o agente 
porque cometeu o crime. Dizia Kant que a pena é um imperativo 
categórico, consequência natural do delito, uma retribuição jurídica, pois 
ao mal do crime impôe-se o mal da pena, do que resulta a igualdade e só 
esta igualdade trás a justiça. O castigo compensa o mal e dá reparação à 
moral. A Escola Clássica caracteriza-se pelo caráter retribucionista da 
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pena: "A sanção penal era, na verdade, um castigo necessário para o 
restabelecimento do Direito e da justiça." 
Gabarito: E. 
 
7) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A teoria do etiquetamento, que teve em Howard Becker um de seus 
mentores, ocupou-se de indagar o porquê de certas pessoas serem 
tratadas como criminosas e de questionar os critérios de seleção das 
instâncias de controle social, dando primazia à investigação sobre os 
motivos que levam o delinquente a praticar o crime, bem como à 
retribuição proporcional como fundamento da pena. 
 
Comentários: 
A Teoria do labelling aproach ou etiquetamento, essa teoria considera que 
as questões centrais da teoria e da prática criminológicas não se 
relacionam ao crime e ao delinquente, mas, particularmente, ao sistema 
de controle adotado pelo Estado no campo preventivo, no campo 
normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. No lugar de 
se indagar os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-
se buscar explicações sobre os motivos pelos quais determinadas pessoas 
são estigmatizadas como delinquentes, qual a fonte da legitimidade e as 
consequências da punição imposta a essas pessoas. São os critérios ou 
mecanismos de seleção das instâncias de controle que importam, e não 
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dar primazia aos motivos da delinquência. A tese central dessa corrente 
pode ser definida, em termos muitos gerais, pela afirmação de que cada 
um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com 
essa mecânica, a prisão cumpre uma função reprodutora: a pessoa 
rotulada como delinquente assume, finalmente, o papel que lhe é 
consignado, comportando-se de acordo com o mesmo. Todo o aparato do 
sistema penal está preparado para essa rotulação e para o reforço desses 
papéis. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
1-A 2-B 
3-C 4-C 
5-E 6-E 
7-E

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