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Criminologia Aula 02

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Aula 02
Criminologia p/ Delegado Polícia Civil-PE (com videoaulas)
Professor: Alexandre Herculano
Criminologia ʹ Delegado de Polícia - Polícia Civil - PE 
Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 02 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 01 
2. Processos de criminalização e criminalidade 02 
3. Sistema penal e estrutura social 05 
4. Cifra oculta da criminalidade 11 
5. Políticas dos serviços penais e segurança pública 13 
6. Questões propostas 17 
7. Questões comentadas 25 
8. Gabarito 45 
 
 Olá, meus amigos (as) do Estratégia Concursos! 
 Então, hoje, vou abordar os seguintes tópicos do edital: 
Processos de criminalização e criminalidade. Cifra oculta da 
criminalidade. Sistema penal e estrutura social. Políticas dos 
serviços penais no Estado Democrático de Direito. Políticas de 
segurança pública no Estado Democrático de Direito e participação 
social. 
Aula 02 - Processos de criminalização e criminalidade. 
Cifra oculta da criminalidade. Sistema penal e estrutura 
social. Políticas dos serviços penais no Estado 
Democrático de Direito. Políticas de segurança pública 
no Estado Democrático de Direito e participação social. 
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Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 02 
 
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 Processos de criminalização e criminalidade. Cifra oculta da 
criminalidade. 
 
 Conforme dispõe a teoria labeling aproach o desvio e a 
criminalidade não são qualidades intrínsecas da conduta ou uma entidade 
ontológica pré-constituída à reação social, mas uma qualidade atribuída a 
determinados sujeitos através de complexos processos de interação 
social; isto é, de processos formais e informais de definição e seleção. 
Consequentemente, não é possível estudar a criminalidade 
independentemente destes processos. 
 A criminalidade é um status social atribuído a uma pessoa por 
quem tem poder de definição. O caráter criminal de uma conduta e a 
atribuição do status criminoso a seu autor depende de certos processos 
sociais de definição, processos estes que atribuem, através da seleção, 
etiquetam um autor como delinquente. Assim o caráter criminoso do 
comportamento não é uma característica da ação, mas uma qualidade 
atribuída ao comportamento pelo sistema de controle social, como reação 
da comunidade e do Estado no processo de criminalização, conforme a 
conhecida tese de Becker (teoria do processo de criminalização): 
 
"O desvio é produzido pela própria sociedade, não no sentido de que suas 
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causas estão localizadas na situação social do desviado, ou em fatores 
sociais que impulsionaram a sua ação, mas de que grupos sociais o 
produzem ao criar as regras (criminalização primária) e ao aplicá-las a 
pessoas particulares, classificando-as como estranhas (criminalização 
secundária)." 
 
 Se o sistema de controle social produz a criminalidade a partir de 
indicadores de socialização deficientes, então o processo de criminalização 
pressupõe determinações estruturais, por um lado, e construções sócio-
psicológicas do controle social, por outro. Na linha desse raciocínio, o que 
realmente se sanciona não é o fato punível, mas a posição social 
marginal do autor. Assim, o crime não seria realidade ontológica pré-
constituída, mas realidade social construída por juízos atributivos 
do sistema de controle, determinados menos pelos tipos legais e mais 
pelos elementos atuantes no psiquismo do operador jurídico, como 
estereótipos e preconceitos, que decidem sobre a aplicação das regras 
jurídicas e, portanto, sobre o processo de filtragem da população 
criminosa. 
 O processo seletivo de criminalização acontece em duas 
etapas: a criminalização primária e a criminalização secundária. A 
primária compreende a definição das normas e a secundária consiste na 
imposição das normas. Em regra geral, são as autoridades políticas 
(parlamentares e executivos) que exercem a criminalização primária, 
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enquanto que as autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados, 
juízes) realizam a criminalização secundária. 
 Na criminalização primária as normas são criadas levando em 
consideração os valores existentes em dado momento e em determinada 
sociedade, que são as premissas principais das quais se deduzem as 
regras específicas. A partir disso sabe-se quais as ações que são 
aprovadas e que são proibidas no âmbito social; o valor positivo é a 
aprovação do comportamento humano, o valor negativo é a reprovação 
deste. 
 Segundo a doutrina, a criminalização secundária é o processo de 
imposição das normas, que acontece nas seguintes etapas: policiais 
indiciam um individuo que supostamente praticou um crime (ato 
criminalizado primariamente) e o submetem ao Judiciário para que seja 
instaurado um processo contra ele, onde será provado se ele praticou ou 
não um delito; em caso afirmativo legitima-se a imposição de uma pena 
que será executada pela agência penitenciária. 
 O procedimento da criminalização secundária também ocorre de 
forma seletiva e desigual. A diferença da criminalização primária em 
relação à secundária é que aquela se refere somente a condutas 
tipificadas criminosas, enquanto esta diz respeito à ação punitiva 
sobre pessoas concretas. Na criminalização primária o processo de 
seleção se dá de forma abstrata, pois as autoridades políticas não sabem 
ao certo qual indivíduo será selecionado. A seletividade se concretiza na 
fase da criminalização secundária. Nesse momento as autoridades de 
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criminalização secundária decidem quem serão as pessoas criminalizadas 
e as vítimas potenciais. A seleção recai sobre pessoas sem acesso ao 
poder político e econômico, que têm baixas defesas perante o poder 
punitivo e mais facilmente se tornam vulneráveis à criminalização 
secundária. 
 
 Sistema penal e estrutura social 
 
 
 
 Penologia x Penalogia 
 
 Pessoal, a penologia - vinculada a criminologia, é a disciplina que 
trata do conhecimento geral das penas ou castigos, cuidado! Pois, a 
penalogia é a parte do direito criminal que aborda a fixação das penas, 
impostas pelo judiciário. 
 Nesse sentido, é preciso saber que o estudo da pena tem por pano 
de fundo três correntes que englobam: as teorias absolutas, relativas e 
mistas. 
 As teorias absolutas veem a pena como consequência do crime: é 
o mal justo como contraprestação do mal injusto, ou seja, a punição do 
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delito. Negando os fins utilitários da pena e estribando-se em uma 
exigência de justiça, as teorias absolutas justificam a pena por sua 
natureza retributiva. 
 Cabe realçar que a pena se justifica pela necessidade social e não 
pelo reclamo de justiça, as teorias relativas buscam um fim utilitário para 
o apenamento. Para os relativistas, além de visar àqueles que 
delinquiram, a pena igualmente serve como advertência para os 
infratores em potencial. Tem a pena, assim, uma finalidade, que é a 
prevenção individual e geral. 
 Já as teorias mistas procuram, harmonizar as duas outras. Para as 
teorias mistas a pena tem caráter retributivo, mas também tem função 
utilitária na medida em que reeduca o delinquente e intimida os demais. 
 
 Atualmente, os sistemas jurídico-criminais recorrem 
abundantemente à pena privativa de liberdade que agrupa as 
seguintes finalidades: 
9 punição retributiva do mal provocado pelo criminoso; 
9 prevenção, para inibir novos delitos, por intermédio do 
aprisionamento do infrator e da intimidação de delinquentes 
em potencial; 
9 regeneração do preso, com sua reeducação e ressocialização. 
 
 No Brasil, para cumprimento da pena privativa de liberdade, 
existem o regime fechado - de total segurança, o regime semiaberto - 
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colônia agrícola, colônia industrial, etc., e o regime aberto - conhecido 
como "prisão-albergue". Ainda no Brasil, segundo a doutrina, o 
condenado à pena superior a oito anos inicia o cumprimento da pena em 
regime fechado. 
 O condenado não reincidente, cuja a pena for superior a quatro 
e não exceder a oito anos, poderá iniciar o cumprimento da sanção no 
regime semiaberto. No regime fechado, o condenado deverá trabalhar no 
período diurno, dentro e excepcionalmente fora do presídio, e a noite 
ficará isolado na cela. No regime semiaberto, o condenado trabalha em 
comum no período diurno em colônia agrícola ou estabelecimento similar, 
também podendo trabalhar fora, bem como frequentar cursos (2ºgrau e 
superior, por exemplo). 
 No regime aberto o condenado poderá trabalhar fora do 
estabelecimento sem vigilância, além de frequentar curso ou exercer 
outra atividade autorizada, recolhendo-se à unidade prisional 
durante o período noturno e nos dias de folga. Pessoal, a 
determinação do regime prisional a ser imposta ao condenado é tarefa do 
juiz criminal, que levará em conta a natureza da pena e sua cominação. 
Fiquem atentos, pois as bancas costumam afirmar que aquela será pelo 
juiz da execução, o que não é verdade. 
 
 
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 Pessoal, não esqueçam que a função da pena moderna se baseia 
em três objetivos fundamentais: retribuição (castigo), intimidação 
(prevenção) e emenda (regeneração). Dessa maneira, além de seu 
caráter aflitivo, tem a pena, também a finalidade de combater as causas 
individuais da criminalidade, de molde que o autor do crime torne a ser 
membro útil da comunidade. Visando o criminoso e retirando-o do meio 
social, a pena o impede de eventualmente delinquir outras vezes, a par 
de buscar recuperação. 
 
 Pessoal, resumidamente no quadro abaixo, vou colocar as principais 
diferenças dos três regimes de cumprimento de pena, os quais abordei 
acima: 
 
 
Fechado Semiaberto Aberto 
A pena é cumprida na 
Penitenciária. 
Obs: apesar de, na 
prática, isso ser 
desvirtuado, a 
chamada Cadeia 
Pública destina-se 
apenas ao 
recolhimento de 
A pena é cumprida em 
colônia agrícola, 
industrial ou 
estabelecimento 
similar. 
Segundo a 
jurisprudência do 
STF e do STJ, faltando 
vagas em colônia penal 
A pena é cumprida na 
Casa do Albergado. 
A Casa do Albergado 
deverá estar 
localizada em centro 
urbano, separado dos 
demais 
estabelecimentos 
prisionais, e 
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presos provisórios 
(art. 102 da LEP), 
considerando que as 
pessoas presas 
provisoriamente 
devem ficar 
separadas das que já 
tiverem sido 
definitivamente 
condenadas (art. 300 
do CPP). 
agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar 
por deficiência do 
Estado, o condenado 
deverá ficar cumprindo 
a pena em regime 
aberto até que surja 
vaga no semiaberto. 
caracterizara-se pela 
ausência de 
obstáculos físicos 
contra a fuga. Isso 
porque o regime 
aberto baseia-se na 
autodisciplina e senso 
de responsabilidade. 
 
O condenado fica 
sujeito a trabalho, 
dentro da própria 
Penitenciária, no 
período diurno e a 
isolamento durante o 
repouso noturno. 
O condenado fica 
sujeito a trabalho, 
dentro da colônia, 
durante o período 
diurno. 
Durante o dia, o 
condenado trabalha, 
frequenta cursos ou 
realiza outras 
atividades 
autorizadas, fora do 
estabelecimento e 
sem vigilância. 
Durante o período 
noturno e nos dias de 
folga, permanece 
recolhido na Casa do 
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Albergado. 
O preso poderá 
realizar trabalho 
externo somente em 
serviço ou obras 
públicas realizadas 
por órgãos da 
Administração Direta 
ou Indireta, ou 
entidades privadas, 
desde que tomadas as 
cautelas contra a fuga 
e em favor da 
disciplina. 
É admitido o trabalho 
externo, bem como a 
frequência a cursos 
supletivos 
profissionalizantes, de 
instrução de ensino 
médio ou superior. 
O trabalho externo 
também deve ser 
efetuado sob vigilância. 
O trabalho é sempre 
externo, nas 
condições acima 
explicadas. 
 
 
 Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
 
(Juiz do Trabalho - CESPE ± TRT 23 ± 2010) Julgue os itens. 
O trabalho externo é possível no regime fechado. 
 
Comentários: 
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O preso poderá realizar trabalho externo somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou 
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em 
favor da disciplina. 
Gabarito: C. 
 
 
 
 Cifra oculta da criminalidade 
 
 Quanto à cifra negra - diferença existente entre a criminalidade 
real e a criminalidade registrada. 
 Nem todo delito cometido é tipificado; nem todo delito tipificado é 
registrado; nem todo delito registrado é investigado pela Polícia; nem 
todo delito investigado é denunciado; a denúncia nem sempre termina em 
julgamento; o julgamento nem sempre termina em condenação. 
 
 Meus caros, os dados mais relevantes sobre a cifra negra podem 
ser assim resumidos:9 A criminalidade real é muito maior que aquela registrada 
oficialmente; 
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9 No âmbito da criminalidade menos grave a cifra negra é 
maior que no âmbito da criminalidade mais grave; 
9 A magnitude da cifra negra varia consideravelmente segundo 
o tipo de delito; 
9 Na delinquência juvenil ocorre a maior porcentagem de 
crimes com a menor quantidade de pena; 
9 A possibilidade de ser enquadrado na cifra negra depende da 
classe social a que pertence o delinquente. 
 
 Segundo Arno Pilgran, a ocorrência da cifra negra e da 
impunidade resulta de um mecanismo de filtragem que envolve o 
legislador, as vítimas, as testemunhas, a Polícia, o Ministério Público e os 
Tribunais, que elegem as ocorrências que devem ser definidas como 
crimes e as pessoas que devem ser identificadas como delinquentes e 
fazem com que o sistema penal se movimente apenas em determinados 
casos. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Políticas dos serviços penais no Estado Democrático de 
Direito. Políticas de segurança pública no Estado Democrático de 
Direito e participação social. 
 
 No Estado Democrático de Direito, o poder político estatal é 
juridicamente limitado, isto é, apenas pode ser exercido inserido em 
determinadas restrições definidas pela ordem jurídico-política 
constitucional, marcada pelas dimensões de legalidade, separação de 
poderes e proteção aos direitos fundamentais. 
 Tal modelo de organização política de poder pressupõe que os 
indivíduos têm certos direitos indispensáveis à própria existência e ao 
desenvolvimento da personalidade humana, que constituem verdadeiras 
barreiras de proteção contra a utilização arbitrária do poder do Estado. O 
indivíduo é considerado como efetivo sujeito de direito frente à 
comunidade e do próprio Estado, cuja atividade deve estar norteada pelos 
princípios e garantias impostas pela Constituição Federal. 
 A atuação repressiva do Estado em face dos indivíduos que 
praticam condutas tipificadas como crimes é uma atividade indispensável 
para a manutenção da ordem jurídico-política. Porém, no Estado 
Democrático de Direito, o exercício do poder punitivo estatal é 
juridicamente limitado pela instituição de amplas garantias que 
devem nortear a edificação e a aplicação da política criminal, como 
o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa, a presunção de 
inocência, o juiz natural, a motivação das decisões, etc. 
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 Dessa forma, o processo penal constitui é o instrumento pelo qual o 
Estado exerce o seu poder punitivo, buscando a aplicação da pena ao 
autor da infração. 
 Por outro lado, o processo também pode ser visualizado sob o 
aspecto da tutela dos direitos fundamentais, ou seja, como uma 
garantia do indivíduo de que não será submetido a uma pena sem a 
observância dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. 
Com efeito, em uma ordem constitucional fundada na instituição de 
amplas garantias e direitos individuais, como é o caso do Estado 
brasileiro, o processo penal deve necessariamente se desenvolver visando 
à efetivação dessas premissas. 
 Pessoal, o Estado possui o monopólio da aplicação da lei penal. 
Porém, existem regras constitucionais e legais que limitam e determinam 
como a lei penal possa ser aplicada. Para tanto, deve o Estado 
Administração, nos crimes de ação penal pública, após a produção de 
uma prova mínima, levar o caso ao Estado Juiz, para que este se 
manifeste sobre a aplicação ou não da sanção penal ao caso concreto. 
 A atuação do Estado encontra na Constituição federal e nas leis 
limitações que impedem que o Estado produza todo tipo de prova em face 
dos acusados. O Estado é o primeiro a ter de respeitar, então, essas 
limitações. 
 Prevenção de crime é um conceito aberto. Para alguns é dissuadir 
o delinquente a não cometer o ato, para outros é mais, importa inclusive 
na modificação de espaços físicos, novos desenhos arquitetônicos, 
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aumento da iluminação pública com o intuito de dificultar a prática do 
crime e para um terceiro grupo é apenas o impedimento da reincidência. 
 Há três tipos de prevenção, todas distintas entre si, seja quanto e 
maior ou menor relevância etiológica dos programas, seja quanto aos 
destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que 
utilizam. 
 A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para 
neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma 
socialização proveitosa de acordo com os objetivos sociais). 
 Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de 
política cultural, econômica e social, que capacitem os cidadãos de 
condições sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais 
conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, 
respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da 
sociedade a sua efetiva parcela de contribuição. 
 O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é 
que não há cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento 
dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao 
País. 
 A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito 
acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, 
pelo controle dos meios de comunicação, da implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior 
risco de protagonizarem algum problema criminal. 
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 A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, 
(população), o condenado. A terciária é a aplicação de reclusão sobre o 
LQGLYLGXR�FULPLQRVR��1HVVH�FDVR�D�³UHVVRFLDOL]DomR´�p�YROWDGD�DSHQDV�SDUD�
o infrator, no ambiente prisional. 
 Das três modalidades de prevenção a terciária é a que possui o 
mais acentuado caráter punitivo. 
 Como a prevenção terciária só se dá depois do cometimento do 
crime, agindo só na condenação, ela é insuficiente e parcial, pois não 
neutraliza as causas do problema criminal, além do que a plena 
determinação da população carcerária, assim como os altos índices de 
reincidência não compensam o déficit da prevenção terciária e suas 
carências. 
 Deve ficar claro que os três modelos se complementam e são 
compatíveis entre si. De qualquer modo os três programas estão ligados 
entre si e se fazem necessários, tanto a curto quanto a médio e longo 
prazo. Pois tem um objetivo em comum: evitara reincidência. 
 
 Meus amigos (as), hoje, ficaremos por aqui. Vamos, agora, fazer 
várias questões para reforçar o aprendizado desta aula e da aula passada. 
 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
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Questões propostas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio 
do trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da 
sociedade, por meio de ação policial, programas de apoio e 
controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens 
patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como 
educação, moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, 
assistindo o recluso com programas psicológicos e de assistência 
social. 
 
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2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio 
do trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da 
sociedade, por meio de ação policial, programas de apoio e 
controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens 
patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como 
educação, moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, 
assistindo o recluso com programas psicológicos e de assistência 
social. 
 
3) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) São teorias 
do consenso as teorias 
A) da desorganização social; da identificação diferencial; da 
criminologia crítica. 
B) do etiquetamento; da associação diferencial; do conflito 
cultural. 
C) da criminologia crítica; da subcultura; do estrutural-
funcionalismo. 
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D) da criminologia radical; da associação diferencial; da 
identificação diferencial. 
E) da desorganização social; da neutralização; da associação 
diferencial. 
 
4) (Polícia Civil - 2013) Os objetos de estudo da moderna 
Criminologia são: 
A) a vítima e o delinquente. 
B) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. 
C) o delito e o delinquente. Sua resposta 
D) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo. 
E) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática. 
 
5) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
As ideias sociológicas que fundamentam as construções teóricas 
de Merton e Parsons obedecem ao modelo da denominada 
sociologia do conflito. 
 
6) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à 
chamada prevenção primária. 
 
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7) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
São conhecidas por cifras negras os crimes que não são 
registrados em órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em 
decorrência de omissão das vítimas, por temor de represália. 
 
8) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Julgue os 
itens. 
Contemporaneamente, a criminologia é conceituada como uma 
ciência empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o 
criminoso, a vítima e o controle social. 
 
9) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
A Criminologia dos dias atuais é uma ciência jurídica, autônoma, 
não controlável e sistematizada. 
 
10) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
Veículos de comunicação em massa de todo o país noticiaram, em 
12 de junho de 2012, que a região dorsal da estátua do Cristo 
Redentor de Belo Horizonte foi pichado naquela madrugada por 
dois homens, com a inscrição ...... RONADINHO 49 (sic), em 
homenagem ao novo craque do Clube Atlético Mineiro. O 
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comportamento desses indivíduos é re- lacionado à teoria 
sociológica do conflito cultural. 
 
11) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
Entre os princípios fundamentais da Escola de Chicago, liderada 
por Marc Ancel, encontra-se a afirmação de que o crime é um ente 
jurídico, o fundamento da punibilidade é o livre-arbítrio, a pena é 
uma retribuição ao mal injusto causado pelo crime e nenhuma 
conduta pode ser punida sem prévia cominação legal. 
 
12) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
São princípios informadores do direito penal mínimo: 
insignificância, intervenção mínima, proporcionalidade, 
individualização da pena e humanidade. 
 
13) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Criminologia Crítica, além da consideração de um determinismo 
econômico, introduz o contexto sociológico, político e cultural 
para explicar a delinquência e também o próprio direito penal. 
 
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14) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Teoria da Retribuição, também chamada absoluta, concebe a 
pena como o mal injusto com que a ordem jurídica responde à 
injustiça do mal praticado pelo criminoso, seja como retribuição 
de caráter divino (Stahl, Bekker), ou de caráter moral (Kant), ou 
de caráter jurídico (Hegel, Pessina). 
 
 
15) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Escola de Política Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne 
entre os seus postulados a distinção entre imputáveis e 
inimputáveis - prevendo pena para os "normais" e medida de 
segurança para os "perigosos" - e a eliminação ou substituição 
das penas privativas de liberdade de curta duração. 
 
16) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
FRANZ VON LISZT, ao desenvolver o Programa de Marburgo 
(1882), criou um modelo integrado e relativamente harmônico 
entre dogmática e política criminal, postulando ser tarefa da 
ciência jurídica estabelecer instrumentos flexíveis e 
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multifuncionais, com escopo de ressocializar e intimidar as mais 
diversas classes de delinquentes. 
 
17) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
KARL BINDING (1841-1920), em sua mais famosa obra as normas 
e sua contravenção, desenvolve a definição de normas como 
proibições ou mandatos de ação. 
 
18) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Teoria da Anomia caracteriza-se por ser uma política ativa de 
prevenção que intenta tutelar a sociedade, protegendo também o 
delinqüente, pois visaria assegurar-lhe, através de condições e 
vias legais, um tratamento apropriado. 
 
19) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
EUGENIO RAÚL ZAFFARONI pauta o seu pensamento abolicionista 
no entendimento de que o sistema penal caracteriza-se por sua 
inutilidade e incapacidade de resolução dos problemas para os 
quais se propõe solucionar. Defende a tese de que o sistema penal 
poderia ser substituído por outras formas alternativas de controle 
social, como, por exemplo, a reparação e a conciliação. 
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20) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
O modelo penal de Defesa Social nega totalmente o livre-arbítrio 
(pressuposto da culpabilidade), pelo fato de o crime não ser mais 
o resultado de vontade livre do sujeito, mas sim de (pré)condições 
individuais, físicas ou sociais. 
 
21) PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) Julgue os itens, 
com base na Criminologia. 
O Positivismo Criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi 
encabeçado por Lombroso, Garofolo e Ferri. 
 
22) (Inédita - 2015 - DEPEN) Julgue os itens, com base na 
Criminologia. 
O estudo da pena tem por pano de fundo três correntes que 
englobam: as teorias absolutas, as relativas e as alternativas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do 
trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por 
meio de ação policial, programas de apoio e controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e 
nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, 
moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o 
recluso com programas psicológicos e de assistência social. 
 
Comentários: 
 Vejamos as três: 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo 
antes que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os 
cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
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9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de 
segurança pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
 
Gabarito: B. 
 
2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do 
trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por 
meio de ação policial, programas de apoio e controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e 
nos direitos individuais e sociais. 
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D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, 
moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o 
recluso com programas psicológicos e de assistência social. 
 
Comentários: 
 Na prevenção secundária, temos as seguintes características: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de 
segurança pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 
Gabarito: B. 
 
 
3) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) São teorias 
do consenso as teorias 
A) da desorganização social; da identificação diferencial; da criminologia 
crítica. 
B) do etiquetamento; da associação diferencial; do conflito cultural. 
C) da criminologia crítica; da subcultura; do estrutural-funcionalismo. 
D) da criminologia radical; da associação diferencial; da identificação 
diferencial. 
E) da desorganização social; da neutralização; da associação diferencial. 
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Comentários: 
 O conceito e a concepção de crime, como poder-se-á perceber nas 
teorias estudadas infra, serão determinados pelo ponto de partida 
filosófico das teorias, sejam elas do consenso do conflito. Ao primeiro 
grupo (consenso), pertencem a Escola de Chicago, a Teoria da Associação 
Diferencial, a Teoria da Anomia, Teoria da desorganização social, Teoria 
da neutralização e a Teoria da Subcultura Delinquente; ao segundo 
(conflito), o Labeling Approach e a Criminologia Crítica. 
Gabarito: E. 
 
 
 
4) (Polícia Civil - 2013) Os objetos de estudo da moderna 
Criminologia são: 
A) a vítima e o delinquente. 
B) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. 
C) o delito e o delinquente. Sua resposta 
D) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo. 
E) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática. 
 
Comentários: 
 É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo 
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo, que trata de atestar uma informação válida e 
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contrastada sobre o gênese, dinâmica e variáveis do crime, contemplando 
este como problema individual e social, buscando programas de 
prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem 
delinquente conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao 
delito. 
Gabarito: B. 
 
 
5) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
As ideias sociológicas que fundamentam as construções teóricas de 
Merton e Parsons obedecem ao modelo da denominada sociologia do 
conflito. 
 
Comentários: 
 A Sociologia do Conflito questiona o suposto consenso acerca de 
certos fins e valores protegidos pelas regras sociais. Essa concepção não 
passaria de uma ficção construída no intuito de legitimar a ordem social 
vigente que, na verdade, seria produto do conflito de interesses de 
grupos antagônicos com a prevalência daqueles que lograram exercer a 
dominação. Significa a libertação do mito da "sociedade fechada em si 
mesma e estática, desprovida de conflito e baseada no consenso". 
No campo criminal conduz às seguintes conclusões: 
9 os interesses que embasam a criação e aplicação das normas 
penais são aqueles dos grupos que têm o poder de influir 
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sobre os processos de criminalização. Desse modo, esses 
interesses não são comuns a todos os cidadão de forma 
consensual; 
9 como a criminalidade é criada por meio do processo social de 
criminalização, regido pelo embate de diferentes interesses, 
toda ela e todo o Direito Penal são de natureza política. 
 A ideia da Sociologia do Conflito é de Karl Marx. 
Gabarito: E. 
 
 
6) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens. 
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à 
chamada prevenção primária. 
 
Comentários: 
 O processo seletivo de criminalização acontece em duas etapas: a 
criminalização primária e a criminalização secundária. A primária 
compreende a definição das normas e a secundária consiste na imposição 
das normas. Em regra geral, são as autoridades políticas (parlamentares 
e executivos) que exercem a criminalização primária, enquanto que as 
autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados, juízes) realizam a 
criminalização secundária. 
 Quanto à de prevenção, há três tipos, todas distintas entre si, seja 
quanto e maior ou menor relevância etiológica dos programas, seja 
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quanto aos destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os 
mecanismos que utilizam. 
 A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para 
neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma 
socialização proveitosa de acordo com os objetivos sociais). 
 Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de 
política cultural, econômica e social, que capacitem os cidadãos de 
condições sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais 
conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, 
respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da 
sociedade a sua efetiva parcela de contribuição. 
 O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é 
que não há cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento 
dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao 
País. 
 A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito 
acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, 
pelo controle dos meios de comunicação, da implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior 
risco de protagonizarem algum problema criminal. 
 A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, 
(população), o condenado. A terciária é a aplicação de reclusão sobre o 
individuR�FULPLQRVR��1HVVH�FDVR�D�³UHVVRFLDOL]DomR´�p�YROWDGD�DSHQDV�SDUD�
o infrator, no ambiente prisional. 
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 Das três modalidades de prevenção a terciária é a que possui o 
mais acentuado caráter punitivo. 
 
Gabarito: E. 
 
 
7) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
São conhecidas por cifras negras os crimes que não são registrados em 
órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em decorrência de 
omissão das vítimas, por temor de represália. 
 
Comentários: 
 Quanto às cifras negras - diferenças existentes entre a 
criminalidade real e a criminalidade registrada. 
 Nem todo delito cometido é tipificado; nem todo delito tipificado é 
registrado; nem todo delito registrado é investigado pela Polícia; nem 
todo delito investigado é denunciado; a denúncia nem sempre termina em 
julgamento; o julgamento nem sempre termina em condenação. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
8) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Julgue os 
itens. 
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Contemporaneamente, a criminologia é conceituada como uma ciência 
empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social. 
 
Comentários: 
É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo do 
crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo, que trata de atestar uma informação válida e 
contrastada sobre o gênese, dinâmica e variáveis do crime, contemplando 
este como problema individual e social, buscando programas de 
prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem 
delinquente conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao 
delito. 
Gabarito: C. 
 
9) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
A Criminologia dos dias atuais é uma ciência jurídica, autônoma, não 
controlável e sistematizada. 
 
Comentários: 
Mais uma vez! É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do 
estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo, que trata de atestar uma informação válida e 
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contrastada sobre o gênese, dinâmica e variáveis do crime, contemplando 
este como problema individual e social, buscando programas de 
prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem 
delinquente conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao 
delito. 
Gabarito: E. 
 
 
10) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Julgue os 
itens. 
Veículos de comunicação em massa de todo o país noticiaram, em 12 de 
junho de 2012, que a região dorsal da estátuado Cristo Redentor de Belo 
Horizonte foi pichado naquela madrugada por dois homens, com a 
inscrição ...... RONADINHO 49 (sic), em homenagem ao novo craque do 
Clube Atlético Mineiro. O comportamento desses indivíduos é re- 
lacionado à teoria sociológica do conflito cultural. 
 
Comentários: 
Trata-se da subcultura delinquente. A ideia da subcultura delinquente foi 
consagrada na literatura criminológica pela obra de Albert Cohen: 
Delinquent boys. O conceito não é exclusivo da área criminal, sendo 
utilizado igualmente em outras esferas do conhecimento, como na 
antropologia e na sociologia. Trata-se de um conceito importante dentro 
das sociedades complexas e diferenciadas existentes no mundo 
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contemporâneo, caracterizado pela pluralidade de classes, grupos, etnias 
e raças. 
 
Gabarito: E. 
 
11) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
Entre os princípios fundamentais da Escola de Chicago, liderada por Marc 
Ancel, encontra-se a afirmação de que o crime é um ente jurídico, o 
fundamento da punibilidade é o livre-arbítrio, a pena é uma retribuição ao 
mal injusto causado pelo crime e nenhuma conduta pode ser punida sem 
prévia cominação legal. 
 
Comentários: 
 Teoria da Desorganização Social (Escola de Chicago): 1920-1940: 
Segundo esta teoria a ordem social, estabilidade e integração contribuem 
para o controle social e a conformidade com as leis, já a desordem e a má 
integração conduzem ao crime e à delinquência. Propõe ainda que quanto 
menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo, a 
comunidade ou a sociedade, maiores serão os índices de criminalidade. 
Gabarito: E. 
 
12) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
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São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância, 
intervenção mínima, proporcionalidade, individualização da pena e 
humanidade. 
 
Comentários: 
 Princípios informadores do direito penal mínimo: 
9 Insignificância: somente os bens jurídicos mais relevantes é que 
devem ser tutelados pelo Direito Penal; 
9 Intervenção Mínima: o Estado, por meio do Direito Penal, só 
deve interferir na vida do indivíduo quando efetivamente 
necessário. 
9 Fragmentariedade: pode ser entendido em dois sentidos: 
somente os bens jurídicos mais relevantes merecem tutela 
penal; exclusivamente os ataques mais intoleráveis devem ser 
punidos com sanção penal; 
9 Adequação Social: preconiza de idéia de que, apesar de uma 
conduta se subsumir ao tipo penal, é possível deixar de 
considerá-la típica quando socialmente adequada, isto é, 
quando estiver de acordo com a ordem social. 
Gabarito: E. 
 
 
13) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
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A Criminologia Crítica, além da consideração de um determinismo 
econômico, introduz o contexto sociológico, político e cultural para 
explicar a delinquência e também o próprio direito penal. 
 
Comentários: 
 Com a base da criminologia da reação social (labelling) e com as 
teorias conflituais não-marxistas, tem-se a passagem para as análises 
criticas. Foi uma mudança gradual no pensamento criminológico, sem 
uma verdadeira solução de continuidade. 
 A criminologia crítica trata o conflito como luta de classes, 
desenhado diante dos modos de produção e da infra-estrutura 
socioeconômica da sociedade capitalista. É nesse momento que se dá a 
ruptura do pensamento crítico com aquele liberal, que não contesta os 
processos discriminatórios de seleção de condutas desviadas, além de ter 
por funcionais e necessários os conflitos sociais que mantêm a sociedade 
coesa. 
 Para os estudos críticos, no conflito social, está a afirmação pelo 
poder político-econômico, absoluto e inatingível por parcelas 
marginalizadas da sociedade. O crime é o produto histórico e patológico 
dessa confrontação de classes antagônicas, em que uma se sobrepõe e 
explora as outras, determinando os interesses da seleção dos fatos 
socialmente desviados. 
 
Gabarito: C. 
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14) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Teoria da Retribuição, também chamada absoluta, concebe a pena 
como o mal injusto com que a ordem jurídica responde à injustiça do mal 
praticado pelo criminoso, seja como retribuição de caráter divino (Stahl, 
Bekker), ou de caráter moral (Kant), ou de caráter jurídico (Hegel, 
Pessina). 
 
Comentários: 
Como o próprio nome sugere, a teoria absoluta traz como ponto principal 
das penas a retribuição, vale dizer, ao Estado caberá impor a pena como 
uma forma de retribuir ao agente o mal praticado. Ao que se vê, por essa 
teoria, a pena configura mais um instrumento de vingança do que de 
justiça efetiva. 
Gabarito: C. 
 
 
15) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Escola de Política Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os 
seus postulados a distinção entre imputáveis e inimputáveis - prevendo 
pena para os "normais" e medida de segurança para os "perigosos" - e a 
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eliminação ou substituição das penas privativas de liberdade de curta 
duração. 
 
Comentários: 
Considerada por alguns doutrinadores como a mais importante das 
escolas ecléticas ou intermediárias surge principalmente dos estudos de 
um político-criminólogo alemão Franz Von Liszt. 
Gabarito: C. 
 
 
16) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
FRANZ VON LISZT, ao desenvolver o Programa de Marburgo (1882), criou 
um modelo integrado e relativamente harmônico entre dogmática e 
política criminal, postulando ser tarefa da ciência jurídica estabelecer 
instrumentos flexíveis e multifuncionais, com escopo de ressocializar e 
intimidar as mais diversas classes de delinquentes. 
 
Comentários: 
FRANZ VON LISZT ampliou a conceituação das ciências penais. A 
criminologia (com a explicação das causas do delito) e a penologia 
�FDXVDV�H�HIHLWRV�GD�SHQD��� �3DL�GD�3ROtWLFD�&ULPLQDO��3XEOLFRX�³3ULQFtSLRV�
de Política &ULPLQDO´�������� 
Gabarito: C. 
 
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17) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue ositens, com base na Criminologia. 
KARL BINDING (1841-1920), em sua mais famosa obra as normas e sua 
contravenção, desenvolve a definição de normas como proibições ou 
mandatos de ação. 
 
Comentários: 
Complementando, ele foi o primeiro a empregar o termo culpabilidade 
como integrante do delito. O Direito Penal tem conteúdo dogmático, razão 
pela qual seu intérprete deve utilizar apenas o método técnico-jurídico, 
cujo objeto é o estudo da norma jurídica em vigor. Em sua origem, o 
tecnicismo jurídico, liderado por Arturo Rocco, Vicenzo Manzini, Massari e 
Delitala, entre outros, todos eles inspirados nos estudos de dogmática 
jurídico-penal elaborados por Karl Binding, negava a abordagem do livre-
arbítrio, bem como a existência do direito natural, sustentando ser a 
sanção penal mero meio de defesa do Estado contra a periculosidade do 
agente. 
Gabarito: C. 
 
 
18) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
A Teoria da Anomia caracteriza-se por ser uma política ativa de prevenção 
que intenta tutelar a sociedade, protegendo também o delinqüente, pois 
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visaria assegurar-lhe, através de condições e vias legais, um tratamento 
apropriado. 
 
Comentários: 
Anomia significa ausência de normas ou, ainda, embora existindo essas 
normas, a sociedade não lhes dá o devido valor, continuando a praticar as 
condutas por elas proibidas como se tais normas não existissem, pois que 
confiam na impunidade. 
Gabarito: E. 
 
19) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
EUGENIO RAÚL ZAFFARONI pauta o seu pensamento abolicionista no 
entendimento de que o sistema penal caracteriza-se por sua inutilidade e 
incapacidade de resolução dos problemas para os quais se propõe 
solucionar. Defende a tese de que o sistema penal poderia ser substituído 
por outras formas alternativas de controle social, como, por exemplo, a 
reparação e a conciliação. 
 
Comentários: 
Zaffaroni não era abolicionista penal. Esses eram : Louk Hulsman (1997), 
Nils Christie (1998) e Thomas Mathiensen (2005). 
Gabarito: E. 
 
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20) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
O modelo penal de Defesa Social nega totalmente o livre-arbítrio 
(pressuposto da culpabilidade), pelo fato de o crime não ser mais o 
resultado de vontade livre do sujeito, mas sim de (pré)condições 
individuais, físicas ou sociais. 
 
Comentários: 
A ideologia da defesa social - evolução do pensamento penal e 
penitenciário. É o conjunto das representações sobre o crime, a pena e o 
direito penal construídas pelo saber oficial visando proteger bens jurídicos 
lesados garantindo penalidades igualitárias e controle da criminalidade em 
defesa da sociedade mediante a intimidação e ressocialização. Legitima a 
ideologia da punição na sociedade atual. 
Gabarito: E. 
 
 
21) PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) Julgue os itens, 
com base na Criminologia. 
O Positivismo Criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi 
encabeçado por Lombroso, Garofolo e Ferri. 
 
Comentários: 
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Conforme foi abordado, também, na prova para Delegado Federal. O 
positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela 
negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do 
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também 
apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na observação dos 
fatos e dos dados, independentemente do conteúdo antropológico, 
psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da 
ciência. 
Gabarito: C. 
 
22) (Inédita - 2015 - DEPEN) Julgue os itens, com base na 
Criminologia. 
O estudo da pena tem por pano de fundo três correntes que englobam: as 
teorias absolutas, as relativas e as alternativas. 
 
Comentários: 
 O estudo da pena tem por pano de fundo três correntes que 
englobam: as teorias absolutas, relativas e mistas. 
 As teorias absolutas veem a pena como consequência do crime: é o 
mal justo como contraprestação do mal injusto, ou seja, a punição do 
delito. Negando os fins utilitários da pena e estribando-se em uma 
exigência de justiça, as teorias absolutas justificam a pena por sua 
natureza retributiva. 
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 Cabe realçar que a pena se justifica pela necessidade social e não 
pelo reclamo de justiça, as teorias relativas buscam um fim utilitário para 
o apenamento. Para os relativistas, além de visar àqueles que 
delinquiram, a pena igualmente serve como advertência para os infratores 
em potencial. Tem a pena, assim, uma finalidade, que é a prevenção 
individual e geral. 
 Já as teorias mistas procuram, harmonizar as duas outras. Para as 
teorias mistas a pena tem caráter retributivo, mas também tem função 
utilitária na medida em que reeduca o delinquente e intimida os demais. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
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