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CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA Nº 20: EXERCÍCIOS COMENTADOS SOBRE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE – PARTE 2 41) Se o STF, apreciando um mandado de segurança, proclamar a inconstitucionalidade de uma lei, essa decisão, por si, somente produzirá efeitos para as partes envolvidas no processo. 42) No caso de suspensão de execução da lei ou ato normativo declarado inconstitucional, poderá o Senado Federal suspender o ato normativo impugnado, admitindo-se inclusive que se suspenda apenas uma ou algumas das disposições declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. 43) As normas constitucionais originárias, inseridas na Constituição pelo legislador constituinte no momento de sua elaboração, só podem ser objeto de controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 44) Se o STF, apreciando o mérito de uma ação declaratória de constitucionalidade, julga a demanda improcedente, a lei deve ser considerada inconstitucional e esta decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante para os demais órgãos do Poder Judiciário e para o Poder Executivo. 45) Uma lei de um Município, mesmo que claramente contrária à Constituição Federal, não pode ser declarada inválida pelo Supremo Tribunal Federal. 46) Um tribunal de justiça estadual não pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal. 47) No sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal, mesmo julgando que uma norma infraconstitucional é inconstitucional, pode, em certos casos, preservar alguns efeitos dela, dando caráter não-retroativo, ou seja, ex nunc, à sua decisão. 48) A Constituição autoriza expressamente que o constituinte estadual institua, no seu âmbito, a ação direta por omissão e ação declaratória de constitucionalidade. 49) Todos os atos normativos do Distrito Federal estão CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 2 submetidos ao controle de constitucionalidade mediante ação direta perante o Supremo Tribunal Federal. 50) O Chefe de Poder Executivo municipal não pode deixar de cumprir lei sob a alegação de incompatibilidade com a Constituição Federal. 51) Os atos tipicamente regulamentares são passíveis de impugnação em ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 52) O meio à disposição do Congresso Nacional para impugnar decreto presidencial em conflito com a lei é a ação direta, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). 53) Os decretos do Presidente da República podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade. 54) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Governador de um Estado não pode impugnar, em ação direta de inconstitucionalidade, lei ou ato normativo de outro Estado. 55) Todo ato baseado em lei afirmada inconstitucional pelo STF em controle abstrato se torna, como conseqüência automática dessa decisão, também nulo e insuscetível de produzir efeitos. 56) A concessão de medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade não pode tornar aplicável a legislação anterior, que a lei, objeto da ação direta de inconstitucionalidade, revogara expressamente, porquanto não se admite a repristinação entre nós. 57) O Tribunal de Contas da União, que não integra o Poder Judiciário, não tem competência para declarar a inconstitucionalidade de leis. 58) Um Governador de Estado pode, em princípio, ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade contra lei federal, mas não pode ajuizar uma ação declaratória de constitucionalidade perante o mesmo tribunal tendo por objeto a mesma lei. 59) O Supremo Tribunal Federal é o órgão do Poder CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 3 Judiciário que tem a exclusiva prerrogativa de realizar o controle abstrato da constitucionalidade das leis aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo presidente da República. 60) Apenas perante o Supremo Tribunal Federal é possível realizar o controle abstrato de leis estaduais perante a Constituição Federal. 61) No âmbito da Administração Pública Federal, a suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal tem efeitos ex tunc. 62) Segundo a atual disciplina do processo da Ação Direta de Inconstitucionalidade, é possível a declaração de inconstitucionalidade sem a pronúncia da nulidade da lei, diferindo-se a data da nulidade para um termo futuro, especificado na decisão. 63) Segundo a jurisprudência do STF, admite-se Recurso Extraordinário de decisão de Tribunal de Justiça Estadual que, em sede ação direta de inconstitucionalidade estadual, declarou constitucional uma lei municipal confrontada com dispositivo da Constituição Estadual cujo conteúdo é reprodução obrigatória de conteúdo de dispositivo da Constituição Federal. 64) Não cabe ação declaratória de constitucionalidade contra medida provisória ainda não convertida em lei. 65) A norma objeto de controle na ação direta de inconstitucionalidade deve, necessariamente, estar em vigor. 66) Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão perante o Supremo Tribunal Federal (STF), o descumprimento do dever de legislar por parte de Poder Legislativo estadual não é passível de controle. 67) Regimentos internos dos tribunais, embora não se classifiquem como atos legislativos, podem ser objeto de controle de constitucionalidade realizado concreta ou abstratamente. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 4 68) Cabe ao STF, conforme se extrai de sua pacífica jurisprudência, emitir, quando provocado por meio de ação direta de inconstitucionalidade, pronunciamento definitivo sobre a constitucionalidade do direito municipal em face da nova ordem constitucional. 69) De acordo com a Constituição da República de 1988, podem propor a ação direta de inconstitucionalidade o presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, o procurador-geral da República entre outros. O constituinte originário optou, assim, por ampliar, de forma significativa, o chamado controle abstrato de normas, que, no modelo anteriormente consagrado, somente podia ser instaurado pelo presidente da República. 70) Norma da Constituição Estadual pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante Tribunal de Justiça, por ofensiva a princípio constitucional sensível disposto na Constituição Federal. 71) Qualquer lei federal pode ser argüida de inconstitucional em sede de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 72) Uma súmula de jurisprudência de tribunal superior pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade no STF. 73) O tratamento oferecido pelo legislador ordinário ao instituto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, possibilitando ao Supremo Tribunal Federal a resolução de controvérsia constitucional sobre leis ou atos normativos anteriores à Constituição de 1988 mediante decisão dotada de eficácia contra todos e efeito vinculante, implicou a adoção no direito constitucional brasileiro da chamada teoria da inconstitucionalidade superveniente, até então não aceita pelo Tribunal. 74) Considere a seguinte situação hipotética: O presidente da República ajuizou ação declaratória de constitucionalidade, com pedido de liminar, de lei que criava determinada contribuição social. O STF concedeu o provimento liminar. Nesse ínterim, vários juízes federais, país afora, começaram a CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTEPAULO www.pontodosconcursos.com.br 5 conceder liminares, em ações individuais, eximindo os contribuintes do pagamento da referida contribuição. Nessas circunstâncias, estritamente de acordo com a jurisprudência do STF, as liminares dos juízes federais são válidas, pois a decisão liminar em ação declaratória de constitucionalidade não tem efeito vinculante. 75) No sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) em relação a determinada lei federal não impede que a compatibilidade desta lei com a Constituição seja discutida em ações individuais. 76) Cabe à Lei Orgânica do Distrito Federal a instituição de ação direta de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos distritais em face de sua Lei Orgânica. 77) O Poder Legislativo está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria. 78) A extrapolação, pelo Poder Executivo, no uso do seu poder regulamentar, caracteriza, segundo a jurisprudência do STF, uma ilegalidade e não uma inconstitucionalidade, uma vez que não há ofensa direta à literalidade de dispositivo da Constituição. 79) A decisão definitiva em recurso extraordinário que modifica a conclusão de acórdão proferido por Tribunal de Justiça em ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente pela Corte estadual para julgá-la procedente, com a declaração de inconstitucionalidade da lei, no Plenário do Supremo Tribunal Federal, goza de eficácia contra todos (erga omnes), sendo dispensada a sua comunicação ao Senado Federal. 80) A decisão definitiva em recurso extraordinário comunicada ao Senado Federal gera para essa Casa legislativa a faculdade de suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional pela maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal no julgamento daquele recurso, exceto se essa lei for municipal CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 6 ou distrital, quando aprovada, neste último caso, pelo Distrito Federal no exercício de competência municipal. 81) A doutrina e a jurisprudência reconhecem o efeito repristinatório em relação à lei que foi revogada por lei declarada inconstitucional pelo STF. 82) Somente o Supremo Tribunal Federal pode julgar, em abstrato, a constitucionalidade de uma lei em face da Constituição Federal. 83) Decidido pelo STF, em ação direta de inconstitucionalidade, que uma lei é inconstitucional, nenhum outro órgão do Judiciário pode decidir em sentido contrário, qualquer que seja o processo que esteja analisando. 84) A adoção do controle de constitucionalidade por meio de ação direta de inconstitucionalidade pelo STF foi estabelecida por emenda à Constituição Federal de 1946. GABARITOS COMENTADOS 41) CERTO; o mandado de segurança é ação do controle difuso e, como se sabe, a eficácia inter partes é própria dessa via de controle. 42) ERRADO; o Senado Federal não poderá alterar os termos da decisão proferida pelo STF, nem restringindo, nem ampliando o alcance da decisão do Tribunal. 43) ERRADO; normas constitucionais originárias, inseridas na Constituição no momento de sua elaboração pelo poder constituinte originário, não se sujeitam a controle de constitucionalidade, isto é, não podem ser declaradas inconstitucionais. 44) CERTO; a ADECON é ação de natureza dúplice ou ambivalente: (a) se julgada procedente, declarar-se-á a constitucionalidade da norma; (b) se julgada improcedente, declarar-se-á a inconstitucionalidade da norma; num ou noutro sentido, a decisão produz efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 7 municipal. 45) ERRADO; uma lei municipal pode ser declarada inconstitucional pelo STF no controle difuso ou em sede de ADPF; o que não se admite é a declaração de sua inconstitucionalidade em sede de ADIN ou ADECON, pois essas ações não admitem leis municipais como seu objeto. 46) ERRADO; um tribunal de justiça estadual não pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal no controle abstrato; porém, pode declarar essa inconstitucionalidade no controle difuso, diante de casos concretos submetidos à sua apreciação. 47) CERTO; em regra, a declaração de inconstitucionalidade produz efeitos ex tunc (retroativos); porém, em situações excepcionais, pode o STF proclamar a inconstitucionalidade com eficácia ex nunc. 48) ERRADO; a Constituição Federal só autoriza, expressamente, a instituição de ADIN (“representação de inconstitucionalidade”, diz a redação do art. 125, § 2º, da CF); porém, pacificou-se o entendimento de que os Estados podem, também, instituir as outras ações do controle abstrato – ADIN por omissão, ADECON e ADPF. 49) ERRADO; somente os atos editados pelo Distrito Federal no desempenho de atribuição estadual se submetem ao controle de constitucionalidade mediante ação direta perante o STF. 50) ERRADO; a jurisprudência do STF é firme no sentido de que o Chefe de Poder Executivo – federal, estadual ou municipal - pode deixar de cumprir lei que entenda seja inconstitucional. 51) ERRADO; atos regulamentares não se sujeitam à impugnação em ação direta perante o STF. 52) ERRADO; se o decreto está em conflito com a lei é porque, certamente, trata-se de decreto regulamentar, e, conforme vimos, atos regulamentares não se sujeitam ao controle via ação direta perante o STF; se o decreto CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 8 regulamentar está em conflito com a lei, o próprio Congresso Nacional poderá sustá-lo, com base na competência estabelecida no art. 49, V, da Constituição Federal. 53) CERTO; os decretos do Presidente da República podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, desde que não sejam de natureza regulamentar. 54) ERRADO; o Governador de um Estado pode impugnar, em ADIN, lei ou ato normativo de outro Estado, desde que comprove a devida pertinência temática. 55) ERRADO; os atos praticados com base em lei declarada inconstitucional pelo STF em controle abstrato não se tornam, como conseqüência automática dessa decisão, também nulos e insuscetíveis de produzir efeitos; a decisão do STF no controle abstrato apenas permite que a parte prejudicada intente, nas vias próprias do controle difuso, o desfazimento de tais atos, se ainda houver tempo hábil para isso. 56) ERRADO; a concessão de medida cautelar em ADIN torna aplicável a legislação anterior, que a lei, objeto da ação direta, revogara expressamente, salvo manifestação do STF em sentido contrário. 57) ERRADO; os Tribunais de Contas, no desempenho de suas atribuições, podem declarar a inconstitucionalidade das leis. 58) ERRADO; um Governador de Estado pode, desde que comprovada a devida pertinência temática, propor ADIN e ADECON tendo por objeto lei federal, pois, a partir da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/2004, o Governador de Estado é, também, legitimado no processo de ADECON (CF, art. 103, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 45/2004). 59) CERTO; só o STF realiza controle abstrato de normas federais, aprovadas pelo Congresso Nacional; os Tribunais de Justiça também realizam controle abstrato, mas somente de leis estaduais e municipais. 60) CERTO; somente o STF realiza controle abstrato em face CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 9 da Constituição Federal; os Tribunais de Justiçasó realizam controle abstrato em confronto com a Constituição Estadual. 61) CERTO; o Presidente da República, por meio de decreto, adotou os efeitos ex tunc (retroativos) para a suspensão de execução pelo Senado Federal de lei definitivamente declarada inconstitucional pelo STF; essa medida do Presidente da República, porém, só obriga a Administração Pública Federal. 62) CERTO; em regra, a decisão do STF proferida nas ações do controle abstrato produz efeitos retroativos (ex tunc), retirando a lei do ordenamento jurídico desde o seu nascimento; porém, em situações excepcionais, poderá o STF outorgar efeitos não retroativos (ex nunc) à sua decisão, ou até mesmo fixar um outro momento para o início da eficácia de sua decisão. 63) CERTO; é cabível recurso extraordinário contra decisão de Tribunal de Justiça Estadual que, em sede ação direta de inconstitucionalidade estadual, declarou constitucional uma lei municipal confrontada com dispositivo da Constituição Estadual cujo conteúdo é reprodução obrigatória de conteúdo de dispositivo da Constituição Federal. 64) ERRADO; medida provisória ainda não convertida em lei sujeita-se normalmente ao controle de constitucionalidade, tanto difuso, quanto concentrado. 65) CERTO; a ADIN perante o STF não admite como seu objeto normas já revogadas. 66) ERRADO; assim como a ADIN genérica admite como seu objeto leis e atos normativos federais e estaduais, a ADIN por omissão também se presta para o controle das omissões federais e estaduais. 67) CERTO; os regimentos dos tribunais são elaborados pelos próprios tribunais (CF, art. 96, I, a); são, por esse motivo, normas infraconstitucionais primárias, que se sujeitam normalmente ao controle de constitucionalidade, abstrato ou concreto; assim, tanto um dos legitimados pela Constituição poderá impugnar, em ADIN, dispositivo de um CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 10 regimento, quanto o indivíduo, diante de um caso concreto, poderá impugnar, na via difusa, esse mesmo dispositivo (via mandado de segurança, por exemplo). 68) ERRADO; a ação direta perante o STF não admite como seu objeto normas municipais. 69) ERRADO; na vigência da Constituição pretérita a legitimação era outorgada, de forma exclusiva, ao Procurador-Geral da República (e não ao Presidente da República). 70) ERRADO; o Tribunal de Justiça não aprecia, em ADIN, normas municipais ou estaduais em confronto com a Constituição Federal; todo o controle abstrato perante o Tribunal de Justiça é realizado em face da Constituição do Estado. 71) ERRADO; conforme vimos, para que uma lei – federal ou estadual – possa ser impugnada em ADIN perante o STF ela deverá obedecer a certos requisitos, a saber: (a) ser pós- constitucional; (b) ser dotada de generalidade, de abstração, de caráter normativo; (c) estar em vigor; (d) não possuir caráter regulamentar. 72) ERRADO; segundo a jurisprudência do STF, súmula de tribunal não pode ser objeto de ADIN perante o Tribunal, por falta de conteúdo normativo. 73) ERRADO; o fato de a argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) aceitar como seu objeto a fiscalização da validade de normas pré-constitucionais não significa que o STF tenha passado a adotar a tese da inconstitucionalidade superveniente no Brasil; as normas pré- constitucionais poderão ser fiscalizadas na via da ADPF, mas não para serem declaradas supervenientemente inconstitucionais – e sim para firmar-se entendimento sobre sua revogação ou recepção pela atual Constituição Federal de 1988, em proteção a preceito fundamental da Constituição Federal de 1988. 74) ERRADO; as decisões dos juízos inferiores, que contrariam a decisão do STF, em liminar em ADECON, são CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 11 inválidas, haja vista que a decisão liminar em ação declaratória de constitucionalidade é dotada de efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal; nessa situação, diante da desobediência dos juízos inferiores, a parte prejudicada poderá ajuizar reclamação diretamente perante o STF, para que este Tribunal garanta a autoridade de sua decisão. 75) CERTO; a propositura de ADIN não impede que os indivíduos discutam, em controvérsias concretas, a validade da mesma lei; exemplificando: um dos legitimados pela Constituição Federal ajuíza ADIN perante o STF, impugnando uma lei tributária; ao mesmo tempo, contribuintes pelo País afora ajuízam mandado de segurança contra a mesma lei, com pedido de medida liminar, intentando, desde já, afastar a aplicação da lei aos seus processos. 76) ERRADO; a Lei Orgânica do Distrito Federal não disciplina o controle de constitucionalidade no âmbito deste ente federado, pois quem organiza, mantém e legisla sobre o Poder Judiciário no Distrito Federal é a União (CF, arts. 21, XIII e 22, XVII); portanto, quem legisla sobre o controle de constitucionalidade em abstrato no Distrito Federal é o Congresso Nacional, por meio de lei federal. 77) ERRADO; segundo orientação do STF, o Poder Legislativo não pode aprovar lei declarando inconstitucionais outras leis de sua autoria; o Poder Legislativo pode, se for o caso, aprovar lei superveniente revogando lei anterior de sua autoria, mas não declarando a sua inconstitucionalidade, com eficácia retroativa (ex tunc). 78) CERTO; segundo orientação do STF, se o Poder Executivo, ao editar um decreto para regulamentar uma lei, extrapolar os contornos da lei, estará praticando uma ilegalidade e não uma inconstitucionalidade, uma vez que não há ofensa direta à literalidade de dispositivo da Constituição; vale lembrar que, nesse caso, esse decreto regulamentar ilegal não poderá ser impugnado em ação direta perante o STF, por se tratar de norma meramente regulamentar. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 12 79) CERTO; quando uma lei – estadual ou municipal – é impugnada no controle abstrato perante o Tribunal de Justiça em face de dispositivo da Constituição Estadual que é mera reprodução de dispositivo da Constituição Federal será cabível, contra a decisão do Tribunal de Justiça, recurso extraordinário perante o STF; nesse caso, a decisão proferida pelo STF nesse recurso extraordinário é dotada de eficácia geral (erga omnes); ora, se a própria decisão do STF já é dotada de eficácia erga omnes, não há razões para comunicação ao Senado Federal. 80) ERRADO; a competência do Senado Federal para suspender a execução de lei declarada definitivamente inconstitucional pelo STF abrange leis federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal, ainda quando editadas no desempenho de atribuição municipal (a restrição que existe, sobre as leis do Distrito Federal editadas no uso da competência municipal, refere-se à impugnação em ação direta de inconstitucionalidade). 81) CERTO; a declaração de inconstitucionalidade proferida pelo STF tem efeito repristinatório em relação à norma que havia sido revogada pela lei que é declarada inconstitucional; importantíssimo relembrar que esse efeito repristinatório tácito ocorre não só nas decisões definitivas de mérito, mas, também, nas concessões de medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 82) CERTO; somente o STF realiza controle abstrato em confronto com a Constituição Federal; os Tribunais de Justiça também realizam controle abstrato, mas sempre em face da Constituição Estadual (CF, art. 125, § 2º). 83) CERTO; as decisões proferidas pelo STF em ADIN são dotadas de efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à AdministraçãoPública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (CF, art. 102, § 2º). 84) CERTO; a ação direta de inconstitucionalidade perante o STF foi criada por uma emenda à Constituição Federal de 1946. CURSOS ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. VICENTE PAULO www.pontodosconcursos.com.br 13 Bem, termina aqui o nosso curso on-line. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos vocês pela confiança depositada no meu trabalho, mesmo à distância. Quem me conhece um pouco, quem acompanha o meu trabalho sabe do quanto sou apaixonado pelo que faço nesse segmento de preparação de candidatos para concursos – e certamente imagina a satisfação que é saber que existem candidatos, de norte a sul do país, que hoje confiam nos resultados do meu trabalho. Falo sempre em sala de aula que nos momentos difíceis da minha vida, se fosse necessário eu pagaria caro para poder dar aula e aliviar o estresse! Ensinar, dar aula para mim, graças a Deus, é um remédio, acho que quem já fez alguma aula presencial comigo consegue perceber isso com facilidade... Em segundo lugar, peço desculpas por eventual grosseria nas minhas respostas do fórum de dúvidas, mas, às vezes, eu sou objetivo demais, e esse meu jeito “objetivo de ser” termina por redundar em aparente grosseria. Mas nunca houve nenhuma insatisfação de minha parte, em todo este curso. Se alguma vez fui rude com alguma pergunta, podem ter certeza de que certamente foi porque não a considerei importante para concurso, e vocês não podem perder o foco neste momento de preparação. Eu fiz aqui o mesmo que faço em sala de aula, quando são feitas perguntas que não têm interesse para o fim de concurso. Por último, espero que “o nosso sentimento” não termine com este curso! Ao contrário, espero que esse sentimento tenha saído fortalecido deste curso, e que possamos nos encontrar e conversar mais por aí – não só como aluno-professor, mas como amigos servidores públicos! Fiquem com Deus. Vicente Paulo
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