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UNIVERSIDADE POSITIVO DANIELE DE ANHAIA MIKOVSKI PAULO ALEXANDRE SILVEIRA DA SILVA THIAGO BERNARDI BODEU Esfregaço Sanguíneo CURITIBA 2016 DANIELE DE ANHAIA MIKOVSKI PAULO ALEXANDRE SILVEIRA DA SILVA THIAGO BERNARDI BODEU Esfregaço Sanguíneo Relatório feito para a disciplina de Imunologia, do curso de graduação de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia; Professora Dra. Márcia Pincerati. CURITIBA 2016 OBJETIVOS A prática tinha como objetivos principais coletar sangue periférico, preparar a lâmina e, através da observação microscópica, identificar e caracterizar as células do sistema imune. INTRODUÇÃO O esfregaço sanguíneo é uma técnica empregada que permite realizar a diferenciação e separação de células em meio aquoso. A técnica consiste em espalhar um volume de sangue sobre uma lâmina de vidro, esse espalhamento é feito através de um esfregaço com a ajuda de uma outra lâmina, esse processo ocasiona a dissociação de alguns elementos celulares. Após a secagem, a lâmina pode ser corada e a fina camada de células fixada. O processo de coloração e imersão em soluções específicas permitirá diferenciar as células presentes na camada através das diferentes cores e facilitará também a diferenciação através das diferentes formas que as células e seus componentes intracelulares possuem. MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAIS - Agulha; - Lâmina; - Lamínula; - Solução de ciclohexadienos 0,1%; - Solução de azobenzenosulfônicos 0,1%; - Solução de fenotiazinas 0,1%; - Microscópio Óptico. MÉTODOS Esfregaço: - Coletou-se uma gota de sangue de um voluntário; - Colocou-se a gota em uma das extremidades da lâmina; - Apoiou-se a lâmina extensora em um ângulo de 45º e procedeu-se a extensão até o final da lâmina; - Agitou-se a lâmina até sua completa secagem para melhor fixação. Coloração: - A lâmina foi inserida num recipiente contendo a solução de ciclohexadienos 0,1% por 10 segundos; - Após esse tempo, a lâmina foi retirada do recipiente e esperou-se o escorrimento por 5 segundos; - A lâmina foi inserida num recipiente contendo solução de azobenzenosulfônicos 0,1% durante 10 segundos; - Após esse tempo, a lâmina foi novamente retirada do recipiente e esperou-se o escorrimento por 5 segundos; - A lâmina foi inserida num recipiente contendo solução de fenotiazinas 0,1% durante 20 segundos; - Após esse tempo, a lâmina foi retirada do recipiente e esperou-se o escorrimento por 5 segundos e, então, foi lavada com água corrente; - Esperou-se a secagem da lâmina ao ar. Leitura e interpretação: - A lamínula foi colocada sobre a lâmina que, por sua vez, foi posicionada sob o microscópio óptico; - Os seguintes tipos de células foram observados conforme a coloração que apresentam: Eritrócitos: coloração rósea Plaquetas: coloração azulada e púrpura, com finas granulações azurrófilas Neutrófilos: citoplasma de coloração rósea com granulações finas, específicas na cor vermelho-violeta, núcleo de coloração vermelho-violáceo intenso Eosinófilos: citoplasma de coloração rósea com granulações eosinófilas na cor vermelho brilhante, núcleo de coloração vermelho-violáceo Basófilos: citoplasma com granulações específicas de coloração pardo escuro ou preta, núcleo de coloração vermelho-violáceo Linfócitos: citoplasma de coloração azul-celeste, núcleo apresentando cromatina nuclear densa de cor violeta-púrpura Monócitos: citoplasma apresentando coloração cinza azulado com granulações azurrófilas, núcleo de coloração violácea com cromatina nuclear frouxa e estriada RESULTADOS E DISCUSSÕES A identificação dos tipos de leucócitos foi baseada pela morfologia apoiado a imagens exemplares. Os Linfócitos são agranulócitos (não possuem grânulos citoplasmáticos) e possuem uma densa cromatina nuclear, deixando o núcleo grande e o citoplasma discreto. Os Linfócitos são as principais células do sistema imune, produtores de anticorpos e atuam em infecções virais. Podem ser divididos em Linfócitos T e Linfócitos B, não sendo possível observar suas diferenças através do microscópio óptico, pois teríamos que ter informações da superfície de suas membranas. Os Neutrófilos são granulócitos (possuem grânulos citoplasmáticos) e núcleo multilobulado (bilobulado, trilobulado ou até mesmo pentalobulado). São células fagocíticas e importantes para ativação de mecanismos bactericidas presentes em processos infecciosos. Os Monócitos apresentam o núcleo em forma de feijão, podendo apresentar grânulos e vacúolos fagocíticos no citoplasma. São células fagocíticas, liberam citocinas, interleucinas e fatores de crescimento celular. Os Eosinófilos são granulócitos que possuem núcleo bilobulado e granulócitos contendo proteínas carregadas cationicamente. Liberam toxinas, interleucinas, citocinas e fatores de crescimentos em formas de grânulos. Responsáveis por liberar tais toxinas contra parasitas e vermes levando-os a morte. CONCLUSÃO Para que o esfregaço sanguíneo seja satisfatório se faz necessário uma boa técnica na realização dos métodos, pois vários fatores podem influenciar na visualização e identificação das células do tecido sanguíneo humano. Além da técnica do esfregaço, os procedimentos realizados com os corantes também são essenciais para a visualização e diferenciação dos vários tipos celulares que poderão ser encontrados no meio. Através disso, foi possível observar que as hemácias estão presentes predominantemente em relação às demais células. Os leucócitos em suas variedades estão presentes em menor número, entretanto suas dimensões conformacionais são relativamente maiores. Dentre os leucócitos podemos encontrar uma variedade celular funcional que nessa prática foi diferenciada pelas formas, colorações e dimensões do núcleo e grânulos. Foram encontrados em maior número os linfócitos e neutrófilos, seguidos pelos eosinófilos e monócitos. Basófilos são raramente encontrados devido sua função estar relacionada à promoção da resposta alérgica e ao aumento da defesa antiparasitos.
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