PROJETO DE MÁQUINA DE LAVAR DO FUTURO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
DEPARTAMENTO DE ARTES 
BACHARELADO EM DESIGN 
PROJETO DE PRODUTO IV 
 
 
 
ALDO RICARDO BORGES LIMA DE MORAES 
MARIA GABRIELLE FIGUEIRÊDO XAVIER 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 2º UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL – RN 
2016 
 
Aldo Ricardo Borges Lima de Moraes 
Maria Gabrielle Figueirêdo Xavier 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 2º UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
I. 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL - RN 
2016 
 
Trabalho acadêmico apresentado à 
Disciplina de Projeto de Produto IV,do 
curso de Design da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte como 
parte da avaliação da unidade I. 
 
 
Professora: Lorena Torres 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.Tema: Eletrodomésticos – Linha branca .....……..……...…….................. 05 
2. Seleção do tipo de eletrodoméstico - Mapa mental .........…… ……….. 05 
3. Objetivo geral ……………………….………………………….............…….. 06 
4.Etapas iniciais: Levantamento de dados .......……….………………........ 07 
 4.1 Perfil do público-alvo ………………………………………………….. 07 
 4.2 Tendência do público-alvo ………………………………………........ 11 
 4.3 Problematização / Hipóteses projetuais …......……………………… 12 
5. Metodologia …......................………..………………………………….....….. 17 
5.1 Influências socioculturais …………………………...............……….. 18 
 5.1.1. Cenário atual …................……………………….....….................. 18 
5.1.2. Cenários futuros (possibilidades) …................………………….. 18 
5.1.3. Público-alvo…................………………………........................….. 19 
5.1.4. Tendências projetuais …................……………………….....….... 19 
5.2. Fatores mercadológicos …................……………………….....….. 19 
5.2.1. Análise de mercado …................……………………….....…........ 20 
5.2.2. Identidade da empresa que produzirá o produto ......................... 22 
5.2.3. Missão …..........................................……………………….....….. 23 
5.2.4. Posicionamento estratégico …................……………............….. 23 
5.3. Sistema produto/design…................……………………….........….. 24 
5.4. Design e sustentabilidade socioambiental ….................………….. 25 
5.4.1. Relação entre matéria-prima, componentes, impacto ambiental e 
extensão da vida útil …................……………………….....…............................. 26 
5.4.2. Ciclo de vida …................………………………......................….. 28 
5.5. Tecnologia produtiva e materiais empregados …................…….. 29 
5.5.1. Processo de produção …................…..…………………….....….. 29 
5.5.2. Características dimensionais …...................................……..….. 30 
5.5.3. Materiais …................………………………...........................….. 30 
5.6. Fatores tipológicos, formais e ergonômicos …................….......….. 31 
5.6.1. Aspectos formais …................……..........………………….....….. 31 
5.6.2. Tipologias …................…………….....................………….....….. 32 
5.6.3. Aspectos ergonômicos ….................……………………….....….. 32 
5.7. Método de Ruptura …..........................……………………….....….. 33 
5.7.1. Os 5 porquês …................…................…………………….....….. 33 
5.7.2. Mapa de expectativas …...................……………………….....….. 34 
5.7.3. E se…¿ …..................………..…………………..........…….....….. 35 
5.7.4. Blueprint de serviços …................…………………….............….. 35 
6. Geração de alternativas …..................………..……………………….....….. 37 
7. Produto Final ................…..................……………..………………….....….. 38 
8. Referências Bibliográficas …………..………….…………………….....….. 40 
 
5 
 
1. TEMA: ELETRODOMÉSTICOS - LINHA BRANCA 
 
Depois da Primeira Feira Internacional de Eletricidade, em 1881, houve a 
criação de novos produtos para difundir a energia elétrica, surgindo, assim, os 
primeiros eletrodomésticos. Eles tinham como principal função facilitar a vida das 
donas de casa em suas atividades cotidianas. 
Hoje em dia os eletrodomésticos são divididos em 3 principais categorias: 
a linha branca, que abrange máquinas de lavar, geladeiras, fogões, 
condicionadores de ar, entre outros; a linha marrom, com TVs, filmadores, DVDs, 
etc; e a linha verde, com computadores, celulares, tablets, etc. O foco desse 
trabalho será o projeto de uma máquina de lavar para o ano de 2040. 
 
2.SELEÇÃO DO TIPO DE ELETRODOMÉSTICO - MAPA MENTAL 
 
Tendo em conta as opções de eletrodomésticos da linha branca, foi feito 
primeiramente em sala de aula, um mapa mental elencando alguns pontos gerais 
sobre os eletrodomésticos. (Imagem 1) 
 
Imagem 1: Primeiro mapa mental sobre eletrodomésticos 
Fonte: Os autores 
 
6 
 
A partir do primeiro mapa mental, fizemos um apanhado de informações 
para que pudéssemos escolher um eletrodoméstico que melhor atendesse as 
nossas ideias projetuais. Escolhemos então, a máquina de lavar e realizamos 
outro mapa mental, com quesitos iniciais a serem levados em conta no projeto, 
representado na Imagem 2. 
 
 
 
Imagem 2: Mapa mental feito para Máquina de lavar 
Fonte: Os autores 
 
 
3. OBJETIVO GERAL 
 
Pretende-se desenvolver um projeto de máquina de lavar considerando 
um cenário futurístico daqui a aproximadamente 30 anos, levantando possíveis 
problemas existentes nesse período e tentando propôr uma melhor solução 
através do design. 
7 
 
4. ETAPAS INICIAIS: LEVANTAMENTO DE DADOS 
 
O desenvolvimento desse presente trabalho começou a partir da análise 
e interpretação crítica das situações obtidas pela pesquisa de dados buscando 
soluções mais adequadas para a definição de um cenário futurístico. Para isso, 
foi pesquisado características do nosso cenário atual. Foram feitas várias leituras 
para se obter fundamentação teórica. Nessa pesquisa, foi feito um apanhado 
geral sobre assuntos relacionados ao tema em questão, para assim criar uma 
maior familiaridade com o mesmo. Sendo assim, um ato imprescindível para a 
realização de uma pesquisa futura mais concisa, para poder esclarecer 
conceitos que servirão de base para o projeto de máquina de lavar. Assim, 
conseguimos levantar dados, tais como: perfil do público-alvo, tendência do 
público-alvo e problematização / hipóteses projetuais. 
 
4.1. PERFIL DO PÚBLICO-ALVO 
 
A aquisição de eletrodomésticos da linha branca tomou grandes 
proporções nas duas últimas décadas, devido a serem considerados como bens 
essenciais. O consumo de produtos da linha branca se difere das demais linhas 
por alguns motivos, tais como: não existe a necessidade de se ter, no mesmo 
domicílio, eletrodomésticos repetidos (necessita-se de um fogão, um 
refrigerador, e uma lavadora de roupas). O mercado existente é composto 
basicamente por novos entrantes (lares que ainda não tinham o produto) ou por 
reposição (fim da vida útil do aparato anterior). O consumidor irá maximizar sua 
utilidade, dada sua restrição orçamentária. Os eletrodomésticos têm longa vida 
útil, ou seja, sua troca será algo programado para uma vida útil de 5-7 anos. 
A compra de máquinas de lavar é feita de forma física ou virtual. Lojas 
especializadas em eletrodomésticos e supermercados são os principais locais 
para se comprar esse aparelho. O local de venda depende da classe social do 
comprador, onde as classes A e B, preferem comprar em grandes 
8 
 
estabelecimentos ou em lojas virtuais, enquanto a C em grandes lojas e 
supermercados e a classe D e E, preferem fazer compras em lojas de bairro. 
O principal consumidor das máquinas de lavar, são as mulheres. O 
interesse de compra vemna maioria do sexo feminino, enquanto a decisão final 
parte do homem, que muitas vezes é responsável pelo pagamento. A idade 
média vária de 18 a terceira idade. 
A quantidade de lares que possuem máquinas de lavar na última década 
apresentou um grande crescimento. Entre os anos de 2001 a 2013, o número de 
lares com esse equipamento teve aumento de 23,9 %, como mostra a Imagem 
3. Esse aumento se deve ao poder de compra das famílias brasileiras aumentou 
em diversos extratos sociais. 
Imagem 3: Gráfico que demonstra o aumento da quantidade de domicílios com 
máquina de lavar. 
Fonte: PNAD/ IBGE 
 
O consumo de máquinas de lavar no Brasil teve um grande crescimento 
principalmente na Classe C, onde teve um aumento de quase 50% de 2001 a 
2013, de acordo com dados da PNAD e dos que não possuem esse 
eletrodoméstico, 49% pretendiam realizar a compra no ano de 2010. Esse 
público possui renda mensal familiar de quatro a dez salários mínimos (R$ 800 
a R$ 2.000) domicílios e é constituída por cerca de 30% dos domicílios do País. 
Esta classe é responsável por 28% do consumo nacional, equivalente a R$ 226 
9 
 
bilhões por ano em compras. A mulher da classe C, é a responsável pela tomada 
de decisão nas compras, pelo fato de não contar com os serviços de empregadas 
domésticas. 
De forma geral, a classe C possui grande parte do equipamento 
considerado básico na vida urbana: 100% dos entrevistados possuem televisor, 
rádio e geladeira. Telefone fixo (69%), DVD (67%), e automóvel (42%) também 
são bens bastante disseminados. Mas alguns itens de conforto, considerados 
essenciais na classe A/B, como aspirador de pó, computador, TV por assinatura, 
acesso domiciliar à Internet e contratação de serviços domésticos, ainda não 
passam de meras aspirações para os consumidores da classe C. A Imagem 4, 
demonstra o acesso a bens de consumo por classes, incluindo a máquina de 
lavar, no ano de 2009. 
 
Imagem 4: Gráfico que demonstra o acesso aos bens de consumos por classes 
Fonte: CPS/FGV com base nos microdados da PNAD 
 
 
Pesquisas realizada pelo instituto Data Popular, mostram que o poder de 
compra das classes D e E superaram o da classe B. O acesso à máquina de 
lavar não é igualitário, com proporções de acesso de 85,72% para a classe AB 
e de 16,48% para a classe E. Nesse nicho, 49% das residências ainda não 
possuem uma máquina lavadora em casa, mas 41% dos entrevistados na 
pesquisa pretendiam adquirir no ano de 2010. Esse público, possui renda média 
que varia de R$ 1020 a R$ 3060 reais. A composição familiar varia de 4 a mais 
10 
 
membros familiares. Através da ajuda governamental que o Governo Federal 
ofereceu em programas sociais, incentivaram o estudo e a profissionalização, 
fez com que a maioria das famílias brasileiras superaram a linha da pobreza, 
passando a adquirir bens antes praticamente impossíveis. 
No mercado brasileiro, o preço é o fator mais exigido (80%) pelas classes 
C, D e E, enquanto a qualidade é o elemento mais analisado e determinante 
(82,8%) dos consumidores das classes A e B. As classes A (com rendimento a 
partir de R$ 14.500, com base em pesquisa da FGV) e B giraram 70% do 
mercado de consumo brasileiro. Além disso, o consumo de máquinas de lavar 
pelas classes A e B, vêm diminuindo. Enquanto, as outras classes, compram 
esse eletrodoméstico por que não possuem, as classes A e B, compram esses 
aparelhos para substituir as máquinas que eles já possuem, devido a alguma 
avaria no aparelho antigo. A imagem 5 representa o mercado da Linha Branca 
sob a Ótica das Classes Sociais no Brasil. 
 
 
Imagem 5: Consumo de eletrodomésticos da linha branca por classes sociais 
Fonte: PNAD/ IBGE 
 
 
11 
 
Os consumidores da classe A que correspondem a 2% da população total, 
compram produtos que simbolizam status para si e para seus filhos (moradias 
caras, aviões, carros, iates, etc.). Trabalham em estabelecimentos próprios ou 
são executivos. As famílias são pequenas, sendo constituídas por pai, mãe e um 
filho. Já as pessoas da classe B que correspondem a 12% da população, 
possuem negócios independentes e são gerentes de corporações que não 
possuem o status familiar ou nenhuma riqueza extraordinária. Preocupam-se 
com a própria carreira e a dos filhos. Buscam segurança financeira. Compram 
produtos de boa qualidade para assegurar uma vida agradável. 
 Os consumidores da classe C correspondem a 30% ao total da 
população, são principalmente os trabalhadores com funções administrativas e 
pequenos empresários. Trabalhadores com nível de escolaridade secundária ou 
os especializados em posições de chefia. Preocupam-se em ser respeitados, 
mostram hábitos de trabalho adequado e aderem as normas culturalmente 
definidas. Preferem casa própria a aluguel e geralmente fazem os próprios 
consertos em casa. Compradores sensíveis a promoções e frequentemente 
saem juntos, marido e mulher, para comprar. 
 A classe D corresponde a 35% da população brasileira, ocupam cargos 
de operários especializados e semiespecializados. Procuram respeito e 
segurança. A família é marcada pelo patriarcado, onde o chefe familiar na 
maioria dos casos é o marido. A esposa é responsável pelos afazeres 
domésticos. Compram em lojas de departamento e são fiéis as marcas. 
A classe E corresponde a 20% do total da população brasileira, possui 
pouca escolaridade, trabalhadores sem qualificações. Compram 
impulsivamente, sem se preocupar com a qualidade. Compram em crediário e 
não se preocupam em pagar juros. Preferem comprar onde conhecem o dono, 
para conseguir facilidade de pagamento. 
 
 
 
 
12 
 
4.2. TENDÊNCIA DO PÚBLICO-ALVO 
Existem várias previsões sobre como o mundo estará daqui a alguns 
anos. Algumas bastante idealizadas, e outras que são mais prováveis, tendo em 
vista nosso atual processo de evolução tecnológico. 
Estima-se que em 2050 a população será de 9,7 bilhões de pessoas, onde 
o maior número de habitantes se concentrará em regiões como Índia, Nigéria, 
República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, EUA, Indonésia e Uganda. 
Com esse crescimento populacional haverá uma necessidade cada vez maior 
de se poupar recursos, e com isso utilizarão soluções mais sustentáveis. 
Também haverá melhorias na saúde, o número de pessoas com mais de 65 anos 
será igual à quantidade de trabalhadores, e a idade de aposentadoria aumentará. 
A composição familiar das famílias também sofrerá uma grande 
transformação. Pesquisam mostram que se consolidarão nos próximos 30 anos, 
os avanços sociais em relação da configuração familiar que estão acontecendo 
no presente. Caso de crianças que possuem duas casas por causa do divórcio 
dos pais, mães e pais solteiros, mulheres dentro do mercado de trabalho e que 
começaram a sustentar suas casas, a presença de casais homossexuais que já 
possuem o direito de adotar filhos em alguns países, não será mais exceções e 
sim um fato concretizado. 
 As residências serão menores e teremos que viver apenas com o 
essencial dentro de nossas casas, optando por móveis multifuncionais para 
economizar espaço. Apartamentos e casas pequenas, serão uma realidade no 
futuro, a praticidade que esses locais oferecem conquistarão cada vez um 
público mais, uma vez que será bastante comum, jovens solteiros e idosos ativos 
que morarão sozinhos. 
Os possíveis compradores das máquinas de lavar no ano de 2040, serão 
homens e mulheres em proporções parecidas, devido a quantidade de jovens 
morando sozinhos e de famílias, onde o chefe familiar serão iguais entre ambos 
os sexos. 
Já referente às tecnologias, supõem-se que os robôs farão grande parte 
do trabalho pesado e de rotina, haverá casasinteligentes, onde tudo será 
13 
 
automatizado, as impressoras 3D permitirão a criação de quase tudo que 
desejarmos, e os eletrodomésticos terão touchscreen, reconhecimento facial e 
de voz. 
 
4.3. PROBLEMATIZAÇÃO / HIPÓTESES PROJETUAIS 
 
A partir de observações diretas foram identificados, em maior índice, 
problemas de ordem interfaciais, a questão do arranjo espacial e a leiturabilidade 
e funcionalidade do painel eletrônico se apresentam como causadores da 
maioria dos problemas encontrados, sendo eles: Interfaciais: Postura para pegar 
as roupas no cesto de roupas sujas, que geralmente fica situado no chão ou em 
cima de algum móvel ou pia, durante a lavagem. Espaciais/Arquiteturais: Área 
de ventilação e iluminação naturais inadequadas; mobiliário e equipamentos 
insuficientes, devido ao tamanho das áreas de serviço. Comunicacional: Ruídos 
elevados durante o processo de lavagem e centrifugação. Informacional: A 
dificuldade dos usuários em compreender o painel eletrônico de controle das 
funções. Cognitivo: Dificuldade do usuário na aprendizagem e memorização do 
uso dos programas e funções que cada modelo de máquina de lavar oferece. 
Movimentacional: As máquinas de lavar atuais, apresentam tamanhos e pesos 
que dificultam a sua movimentação e do usuário pelo local onde elas se 
encontram, geralmente as áreas de serviço. 
A má postura desempenhada durante colocar as roupas na máquina de 
lavar, traz bastante desconforto ao usuário. Abaixar para apanhar as roupas 
(Imagem 6) e levantar para coloca-las dentro da máquina (Imagem 7) é uma 
tarefa que causa dor lombar ao utilizador e muitas vezes se torna uma tarefa 
mais difícil por causa da grande quantidade de roupas que são colocadas em 
cada lavagem. Uma possível solução para tal problema é dispor de um local para 
depositar o cesto em altura adequada e projetar máquinas com a grande 
abertura para tornar mais fácil o ato de colocar roupas dentro e também a 
inclinação de 45º da abertura, que torna o acesso ao interior da máquina muito 
mais fácil. 
14 
 
 
Imagem 6: Ato de se abaixar para pegar roupas no cesto 
Fonte: Os autores 
 
Imagem 7: Ato de colocar roupas para lavagem 
Fonte: Os autores 
 
 Atualmente, as residências estão cada vez mais ficando menores. As 
áreas de serviço, que são os locais onde normalmente colocamos as máquinas 
de lavar roupas são tão pequenas que mal cabem esses eletrodomésticos 
(Imagem 8). Geralmente são ambientes pequenos, pouco iluminados e 
ventilados. Vários são os problemas causados pelo tamanho e pesos das 
máquinas, que geralmente são grandes e pesadas, aliados ao pequeno espaço 
onde estão situadas. Isso faz com que a locomoção do usuário pela área de 
serviço seja prejudicada, além da movimentação da própria máquina no local. 
Existem pegadores na lateral da maioria das máquinas, mas não são nada 
usuais devido a largura e peso das máquinas atuais (Imagem 9). 
15 
 
A solução para esse problema é criar máquinas portáteis, que possam ser 
utilizadas em locais diferentes da área de serviço, assim como em banheiros ou 
no próprio quarto do usuário. 
 
Imagem 8: Disposição da máquina de lavar e móveis numa área de serviço 
Fonte: Os autores 
 
 
Imagem 9: Pegadores da máquina de lavar 
Fonte: Os autores 
 
16 
 
O painel das máquinas de lavar que existem atualmente no mercado 
dificultam a interação do usuário com o produto (Imagem 10). A leitura dos textos 
do painel é prejudicada pelas pequenas letras e falta uma sinalização: mais 
eficiente. O grande número de botões e textos, dificultam a memorização dos 
programas de lavagem pelo usuário. Uma das soluções para facilitar o uso do 
painel de funções seria criar painéis simplificados, com informações mais claras 
e tecnologia touchscreen e máquinas que aprendessem a se auto programarem, 
utilizando comando de voz. 
 
 
Imagem 10: Painel de uma máquina de lavar 
Fonte: Os autores 
 
Os ruídos existentes nas máquinas de lavar, causam bastante 
desconforto ao usuário. No processo de lavagem e centrifugação, são feitos 
ruídos bastante altos. Isso se deve, ao atual sistema mecânico usado nas 
máquinas. Uma possível solução é reduzir os componentes mecânicos e utilizar 
peças mais eficientes. 
 Além desses problemas observados diretamente, encontramos outros 
em observações indiretas, tais como: alto consumo de água por lavagem, que 
não é reaproveitada para outras tarefas; alto custo com conserto (quando 
algumas máquinas quebram o valor para consertar é tão alto que faz com que o 
usuário prefira comprar uma nova.) 
17 
 
O uso das máquinas de lavar é responsável por 10% do consumo de água 
de uma habitação. A redução do consumo de água nestes equipamentos está 
diretamente ligada à alteração da forma como estes são utilizados. Diversos 
fatores influenciam o volume de água utilizado em cada lavagem, tais como: as 
características da máquina de lavar (tipo, idade e programas disponíveis), a 
carga de roupa colocada em cada lavagem e o tipo e a quantidade de detergente 
utilizado. Relativamente a este último aspecto, a utilização inadequada de 
detergente pode levar ao aumento do consumo na lavagem devido à formação 
excessiva de espuma. 
Os modelos de máquina de lavar mais atuais, têm consumos de água 
muito variáveis, entre 37 e 77 litros por lavagem, podendo admitir-se um valor 
médio de 45 litros por lavagem em geral, para uma capacidade de carga de 7 kg 
de roupa de algodão. Algumas máquinas chegam a consumir cerca de 200 litros 
de água por lavagem. 
Para diminuir a quantidade de água gasta em cada lavagem, é necessário 
que existam opções de reuso da água e novos compostos químicos que sejam 
responsáveis por tirar as partículas de sujeiras das roupas, sem o uso de 
detergentes químicos. 
 
5. METODOLOGIA: METAPROJETO E ESTRATÉGIAS DE RUPTURA 
 
Como metodologia principal escolhemos o metaprojeto, que oferece um 
complemento às metodologias convencionais, considerando todas as 
necessidades dos usuários, desde as mais primárias até as secundárias, como 
as emoções, o desejo e o prazer. Ele serve para nos auxiliar no projeto voltado 
para o mundo atual, que está em constante mudança, através de análises de 
dados e da prospecção de um cenário existente e/ou futuro. Possui seis etapas 
a serem seguidas até a produção de um conceito projetual final, que são: 
Influências socioculturais; Fatores mercadológicos; Sistema produto/design; 
Design e sustentabilidade socioambiental; Tecnologia produtiva e materiais 
empregados; e Fatores tipológicos, formais e ergonômicos. 
E como métodos adicionais aos do metaprojeto, que serviram como 
estratégias de ruptura, necessários para a construção de uma conclusão mais 
18 
 
objetiva, foram escolhidos quatro ferramentas do livro Isto é design thinking de 
serviços: Os 5 porquês, que são perguntas feitas aos usuários para entender 
melhor suas motivações; O mapa de expectativas, que consiste em mapear as 
expectativas das pessoas ao utilizarem um serviço; O “e se...”, que também são 
perguntas feitas para explorar possíveis mudanças na experiência do usuário; e 
por fim o blueprint de serviços, onde separamos os pontos mais importantes que 
encontramos na aplicação da metodologia, construindo um guia para a geração 
de ideias. 
 
5.11 INFLUÊNCIAS SOCIOCULTURAIS 
Para essa primeira etapa foram construídos três cenários (um com as 
características da sociedade atual e dois cenários futuros com características 
diferentes, levando em conta condições extremas), traçamos o perfil do público-
alvo para o nosso projeto e as tentências projetuais para o futuro. 
 
5.1.1. CENÁRIO ATUALAtualmente as famílias contemporâneas já começaram a apresentar uma 
nova configuração, onde estão ficando cada vez menores, e não são constituídas 
mais apenas pela figura do pai, da mãe e dos filhos. As cidades estão poluídas 
e os recursos naturais estão no limite, por isso há uma busca por novas 
tecnologias que possibilitem uma produção mais sustentável. Também há uma 
verticalização das cidades, com espaços menores, e muitas vezes os 
eletrodomésticos não cabem nesses espaços, pela sua dimensão. 
 
5.1.2. CENÁRIOS FUTUROS (POSSIBILIDADES) 
O primeiro cenário seria o do caos, onde as famílias seriam menores, as 
cidades seriam bem mais poluídas e extremamente verticalizadas, com 
eletrodomésticos e móveis multifuncionais e compactos para atender à 
diminuição dos ambientes, os recursos estariam esgotados e haveria várias 
catástrofes ambientais. Já no outro cenário, o qual chamamos de “eco-cenário”, 
as famílias possuiriam a mesma configuração do anterior, mas haveria uma 
19 
 
presença maior da sustentabilidade, onde utilizariam fontes de energia mais 
limpas, as construções e tecnologias seriam completamente voltadas para a 
sustentabilidade, ocasionando uma disponibilidade maior de recursos e um clima 
mais agradável, e os eletrodomésticos e móveis seriam portáteis. 
 
5.1.3. PÚBLICO-ALVO 
O público-alvo do nosso projeto seria constituído por homens e mulheres, 
solteiros ou casais, de diferentes faixas etárias, das classes A, B e C, por 
acreditarmos que no futuro não existirão as classes D e E. Eles geralmente 
buscam produtos que se adaptem ao ambiente em que vivem e que facilite sua 
rotina, através de praticidade e agilidade. 
 
5.1.4. TENDÊNCIAS PROJETUAIS 
As pessoas estão adotando cada vez mais a tecnologia em suas vidas. 
Estima-se que no futuro as residências serão “inteligentes”, ou seja, poderemos 
controlar tudo através de mecanismos simples, apertando um botão ou 
programando os eletrodomésticos para agirem por conta própria. Estes serão 
portáteis e multifuncionais, podendo ser inseridos em qualquer ambiente. 
Também haverá economia de água e energia, novos materiais presentes no 
mercado e novos agentes de limpeza, que permitirão a lavagem sem utilização 
de água. 
 
5.2. FATORES MERCADOLÓGICOS 
Foi feita uma pesquisa, onde analisamos as marcas mais fortes do 
mercado e as máquinas de lavar por elas produzidas, para formar uma base de 
inspiração para nosso projeto. A partir disso, escolhemos a empresa que mais 
se adequa ao que queremos, a Electrolux, para ser a possível fabricante do 
produto. Traçamos um perfil dela, constituído pela identidade, missão e seu 
posicionamento estratégico. 
 
20 
 
5.2.1. ANÁLISE DE MERCADO 
Algumas das marcas mais fortes do mercado, que produzem lavadoras e 
secadoras de roupa, são a Electrolux, Brastemp, LG, Samsung e Consul. Elas 
fabricam máquinas mais comuns, de formato retangular ou um pouco mais 
arredondado, com as opções de lavagem e painéis de comando habituais, mas 
também têm investido em novas tecnologias para a produção de máquinas com 
algum diferencial. 
A Electrolux possui agora em seu catálogo a lavadora mini silent, de 3 kg, 
que é fixada na parede em qualquer espaço que o cliente queira, possui lavagem 
silenciosa e pode lavar desde peças pequenas, como roupas íntimas, até peças 
maiores, como calças jeans (Imagem 11). 
 
Imagem 11: Lavadora mini silent 
Fonte: YouTube | Nova lavadora de roupas Mini Silent 3Kg LFE03 
 
 A Brastemp lançou a linha Vantage, que possui painel intuitivo touch 
screen e com função extra de remoção de manchas, nível de água automático e 
design diferenciado (Imagem 12). 
 
Imagem 12: Linha Vintage Brastemp 
Fonte: Cargo Collective 
21 
 
A LG recentemente lançou no mercado a lavadora e secadora Titan Pair 
(Imagem 13), que promete manter a durabilidade dos tecidos, possui uma função 
de vapor que substitui a água quente, reduzindo a quantidade de energia e os 
danos às roupas, além de eliminar a maioria dos fungos e bactérias delas. 
Também possui função “passa fácil”, que umedece a roupa facilitando na hora 
de passar, tecnologia SteamFresh, que reduz rugas e elimina os odores, trava 
de segurança para crianças, ruído reduzido e um sistema que ajuda o 
consumidor na detecção de erros de manuseio. 
 
Imagem 13: LG Titan Pair 
Fonte: Blog LG 
 
 A Samsung, em sua máquina Yukon de 14 kg (Imagem 14), utiliza um 
sistema Ecobubble, onde a roupa é lavada através de bolhas que penetram na 
roupa mais facilmente, o ciclo possui economia de 60% de energia, e a limpeza 
do tambor é realizada com uma tecnologia ecológica que dispensa o uso de 
produtos químicos nocivos. 
 
Imagem 14: Samsung Yukon 14 kg Inox 
Fonte: Samsung 
22 
 
 Por fim, a lavadora Consul Facilite Estoque Fácil (Imagem 15), de 11 kg, 
possui a opção de armazenamento de sabão e amaciante para diversas 
lavagens, e a função “nível fácil” que possibilita o uso de água e sabão na medida 
certa. 
 
Imagem 15: Lavadora Consul Facilite Estoque Fácil 11kg 
Fonte: Consul 
 
 
5.2.2. IDENTIDADE DA EMPRESA QUE PRODUZ OU PRODUZIRÁ O 
PRODUTO 
 A Electrolux, escolhida como possível produtora do produto em 
desenvolvimento, é uma empresa inovadora, que sempre busca novas 
tecnologias de produção visando a sustentabilidade, a praticidade e a estética 
em seus produtos. Ela também é de vanguarda e agressiva, ou seja, procura 
estar à frente da concorrência, fazendo novas tendências e seguindo algumas já 
existentes. Com base nisso, foi produzida uma tabela como uma síntese dessas 
qualidades (Imagem 16). 
23 
 
 
Imagem 16: Tabela de identidade da Electrolux 
Fonte: Os autores 
 
5.2.3. MISSÃO 
A atual missão da Electrolux é produzir equipamentos modernos, seguros, 
funcionais e inovadores, que possuam consumo reduzido de energia, e feitos 
com materiais de baixo impacto ambiental e recicláveis. 
E no futuro, ela primará pela sustentabilidade ambiental e social, 
substituindo os materiais virgens pelos reciclados, adaptando a concepção dos 
produtos para aumentar o uso desses materiais, implementando também um 
sistema para melhorar o controle de produtos químicos e eliminando os de maior 
impacto no efeito estufa. Seus produtos trarão cada vez mais agilidade e 
praticidade aos consumidores, além da economia de água e energia. 
 
5.2.4. POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO 
A Electrolux possui atualmente produtos, em sua maioria, voltados para 
as classes sociais A, B e C. Acreditamos que em 2046 isso continuará, por causa 
da possível extinção das classes D e E ou pelos custos das novas tecnologias 
não serem tão acessíveis. A Imagem 17 mostra o posicionamento estratégico da 
empresa. 
24 
 
 
Imagem 17: Tabela de posicionamento estratégico da Electrolux 
Fonte: Os autores 
 
5.3. SISTEMA PRODUTO/DESIGN 
 
Nessa etapa fazemos uma relação, por meio de uma tabela (Imagem 18), 
onde analisamos se há a existência completa ou parcial de uma unidade formal, 
harmonia visual, coerência e mensagem percebida entre o produto, as formas 
de divulgação (comunicação) e os pontos de venda existentes (distribuição). O 
resultado da tabela demonstra que existe uma coerência entre os componentes 
do sistema e os conceitos analisados. E esses serviram para entendermos como 
funciona os agentes que estão envolvidos e o aspecto formal do produto final. 
 
Imagem 18: Tabela de relação entre os componentes do sistema 
Fonte: Os autores 
25 
 
Logo em seguida esboçamos um gráfico com a soma dos resultados da 
tabela (Imagem 19). Como constituintes do produto colocamos as lavadoras e 
secadoras, e as máquinas portáteis,que possivelmente serão as tipologias 
futuras. 
 
 
Imagem 19: Gráfico com os resultados da tabela 
Fonte: Os autores 
 
5.4. DESIGN E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
 
Aqui analisamos alguns dados referentes à sustentabilidade ambiental, 
por meio de duas tabelas, do cenário atual e do futuro (Imagens 20 e 22) e seus 
respectivos gráficos (Imagem 21 e 23) contendo informações sobre a quantidade 
de matérias-primas e de componentes, se o processo de produção possui 
impacto ambiental e se há uma extensão da vida útil do produto. Além do ciclo 
de vida, que será discutido em um tópico diferente. 
 
 
 
 
 
26 
 
5.4.1. RELAÇÃO ENTRE MATÉRIA-PRIMA, COMPONENTES, IMPACTO 
AMBIENTAL E EXTENSÃO DA VIDA ÚTIL 
 
 
Imagem 20: Tabela - cenário atual 
Fonte: Os autores 
 
 
Imagem 21: Gráfico - cenário atual 
Fonte: Os autores 
 
27 
 
 
Imagem 22: Tabela - cenário futuro 
Fonte: Os autores 
 
 
Imagem 23: Gráfico - cenário futuro 
Fonte: Os autores 
 
Com base nesses gráficos e tabelas, vemos que hoje no processo de 
produção ainda há o uso de muitas matérias-primas, emissão de poluentes 
nocivos ao meio ambiente, utilização de vários componentes na máquina e 
geralmente não há uma extensão da vida útil do produto. No futuro isso mudará 
consideravelmente. 
 
 
 
28 
 
5.4.2. CICLO DE VIDA 
Através das imagens 24 e 25 apresentadas abaixo, onde vemos todas as 
etapas presentes no ciclo de vida do produto, observamos que há a opção de 
reciclagem, reuso e remanufaturamento de resíduos, mas durante todo esse 
processo de produção, distribuição, uso e eliminação de resíduos há um grande 
consumo de energia e água, desperdício de materiais, e poluição da água e do 
ar. 
 
Imagem 24: Ciclo de vida 1 
Fonte: Inmetro 
 
 
Imagem 25: Ciclo de vida 2 
Fonte: Inmetro 
 
29 
 
5.5. TECNOLOGIA PRODUTIVA E MATERIAIS EMPREGADOS 
 
 Etapa onde são expostos dados sobre o processo de produção, as 
características dimensionais de algumas máquinas e os materiais empregados 
atualmente e no futuro. 
 
5.5.1. PROCESSO DE PRODUÇÃO 
O atual processo de produção de uma lavadora geralmente é constituído 
por onze principais etapas: 
1. Recortam a chapa de aço de acordo com as peças e parafusos que 
vai receber 
2. Ela vai para uma prensa 
3. A chapa é moldada para ficar no formato que se deseja 
4. Colocam um suporte plástico na carcaça para sustentação (os 
“pés”) 
5. Na parte superior são adicionadas peças metálicas que servem de 
suporte para os suspensores, onde o cesto de lavagem é encaixado 
6. Adicionam o cesto de lavagem e o motor da máquina 
7. Depois disso colocam a tampa da máquina, onde fica o painel de 
comandos 
8. Os fragmentos plásticos são produzidos com uma máquina 
injetora, que derrete uma resina natural e a mistura com outros produtos, 
formando um plástico líquido, que é colocado em fôrmas e resfriado. 
Assim são geradas as peças 
9. Depois que botam a tampa a estrutura recebe os parafusos. 
10. A parte elétrica (fios encapados) e a mangueira de água são 
adicionados 
11. E o produto fica pronto. Depois disso são realizados vários testes 
de funcionamento e, quando tudo está verificado, a máquina recebe o selo 
de eficiência energética e é embalada para a venda 
 
 
30 
 
5.5.2. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS 
Como mencionado anteriormente, acreditamos que as tipologias 
existentes no futuro serão a lavadora e secadora, e as lavadoras portáteis. 
Portanto, pegamos como referência as dimensões desses dois tipos de 
máquinas, apresentados a seguir. 
 . Lavadora portátil Electrolux (3kg): 600 mm de altura x 550 mm de largura 
x 292 mm de profundidade. 
 . . Lavadora e secadora Electrolux (9kg): 850 mm de altura x 600 mm de 
largura x 645 mm de profundidade. 
 
5.5.3. MATERIAIS 
 
Os materiais utilizados atualmente em lavadoras são, principalmente, o 
aço, que possui grande maleabilidade, elasticidade, boa resistência, boa 
condutividade e durabilidade; o plástico: são utilizados termoplásticos, que 
podem ser moldados várias vezes por ação da temperatura e pressão e são 
recicláveis. O de maior destaque é o polipropileno, que possui baixo custo, alta 
resistência, facilidade na moldagem, fácil coloração, e boa estabilidade térmica; 
o vidro, que tem como principais vantagens a transparência, a dureza, 
impermeabilidade, versatilidade, reciclabilidade, baixa condutividade térmica e 
durabilidade; e outros metais, que são ótimos condutores de eletricidade e de 
calor, possuem ponto de fusão e ebulição altos, são resistentes à tração e 
possuem grande maleabilidade e ductibilidade. 
E futuramente estimamos que serão priorizados os polímeros e metais 
reciclados, vidros flexíveis (como por exemplo o Willow Glass), e o uso de 
emissores de raios UV e gás carbônico para a lavagem, poupando água. Tudo 
isso devido à grande preocupação com o ambiente. Os materiais também terão 
grande resistência e durabilidade. 
 
 
 
31 
 
5.6. FATORES TIPOLÓGICOS, FORMAIS E ERGONÔMICOS 
 
Nessa etapa foram expostas as principais características em relação a 
formas e tipologias existentes atualmente e as que possivelmente existirão no 
futuro, além dos principais problemas encontrados em nossa pesquisa. 
 
5.6.1. ASPECTOS FORMAIS 
 
As formas atuais são, em sua grande parte, retangulares ou pouco 
arredondadas, mas também existem máquinas para peças íntimas que são ovais 
(Imagem 26) 
 
 
Imagem 26: Exemplos formais de máquinas disponíveis no mercado 
Fonte: Internet manipulada pelos autores 
 
Já no futuro estima-se que as formas serão mais arredondadas e 
orgânicas, com dimensões reduzidas. Muitas máquinas também serão portáteis 
ou fixadas na parede, como representa a Imagem 27. 
32 
 
 
 
Imagem 27: Protótipos de máquinas conceituais para o futuro 
Fonte: Internet 
 
5.6.2. TIPOLOGIAS 
 
 Atualmente as tipologias existentes são: tanquinho, que só lava e não é 
automático; centrífuga, que é prática para secar e torcer as roupas, mas não 
lava; lavadora, que lava e centrifuga as roupas, mas não seca; e lavadora e 
secadora, que lava, centrifuga e seca as roupas, mas é mais cara e não pode 
ser aberta durante o processo. 
 No futuro possivelmente existirão novas tipologias, mas as mais presentes 
serão as lavadoras/secadoras, que oferecem tudo em um mesmo produto, e as 
lavadoras portáteis, que se adequarão aos espaços reduzidos das residências. 
 
 
5.6.3. ASPECTOS ERGONÔMICOS 
Detectamos, com base em observações de máquinas presentes no 
mercado, alguns problemas interfaciais posturais, informacionais, acionais, 
comunicacionais, cognitivos, integracionais, espaciais e acidentários, 
organizados em uma tabela de parecer ergonômico (Imagem 28). 
33 
 
 
Imagem 28: Tabela de parecer ergonômico 
Fonte: Os autores 
 
5.7. MÉTODO DE RUPTURA 
O método escolhido para ser a ruptura do metaprojeto, foi o Design 
Thinking. Escolhemos algumas ferramentas para a fase de Ideação, e Analise e 
Síntese. As ferramentas escolhidas foram: Os 5 porquês, Mapa de expectativas, 
‘’E se...?’’ e a ferramenta de Blueprint de serviços, onde suas explicações e 
resultados estão contidos logo abaixo. 
5.7.1. OS 5 PORQUÊS 
Esse método consiste na elaboração de cinco perguntas, que foram 
respondidas por um usuário de lavadoras: 
1.Por que a máquina de lavar é um produto essencial? Todo mundo no 
futuro terá uma máquina em casa? 
“Lavar roupas na mão demora muito e exige esforço físico, causando até 
machucados e calos nas mãos. Acredito que no futuro todos terãopelo menos 1 
lavadora em casa” 
2.Por que existe a dificuldade do usuário em encontrar um local adequado 
para instalar a máquina de lavar? 
34 
 
“As áreas de serviço são muito pequenas e cheias de outras coisas. No 
meu caso, que moro em apartamento, é impossível ter uma máquina grande” 
3. Por que as máquinas de lavar do futuro devem utilizar poucos 
componentes na estrutura? 
“Acho que quanto menos componentes tiver, menos materiais serão 
necessários na hora da produção e deve ser mais fácil de saber qual consertar 
se a máquina quebrar” 
4. Por que as máquinas de lavar precisam ser reprojetadas para o futuro? 
“Porque as atuais não atendem todas as necessidades do usuário. Elas 
são muito grandes, pesadas e nunca sei qual a opção certa para a lavagem” 
5.Por que as máquinas de lavar do futuro precisarão ter novas funções? 
Quais funções você sugere que tenham? 
“Para trazer mais praticidade. Funções como acionamento à distância, 
notificações no celular, dobrar roupas, secar sem amassar, que seja inteligente, 
que guarde dados de produtos utilizados e notifique o usuário ou a empresa (por 
exemplo: se faltar algum produto de limpeza a máquina envia uma notificação 
pro celular e já entra em contato com a empresa que produz o produto, para que 
seja entregue em casa), ou customizar as roupas” 
5.7.2. MAPA DE EXPECTATIVAS 
Ao questionarmos o mesmo usuário sobre as expectativas dele ao utilizar 
o produto, obtemos as seguintes respostas: 
- “Lave sem danificar a roupa” 
- “Reconhecer materiais e saber a melhor opção de lavagem” 
- “Sistema de processamento de água para separar a água dos 
detergentes e ela fosse reutilizada” 
- “Poder controlar à distância” 
- “Cesto de roupa suja que mandasse uma mensagem e ela fosse 
lavada sozinha” 
 
 
35 
 
5.7.3. E SE…? 
Perguntas onde exploramos as opiniões dos usuários sobre as possíveis 
mudanças no sistema de lavagem e na estética do produto: 
E se... houvesse outra forma de lavar que não utilizasse detergente? 
“Lavagem a seco, raios UV, laser” 
E se... a máquina tivesse um formato diferente, como seria? 
“Formas arredondadas” 
E se... as máquinas fossem personalizadas, o que você gostaria de 
adicionar na aparência? 
“Aplicativos, tela touch screen, cores, luzes” 
 
5.7.4. BLUEPRINT DE SERVIÇOS 
Com base em todos os nossos resultados ao longo da aplicação da 
metodologia e dos métodos adicionais, fizemos esquemas onde colocamos os 
pontos de destaque das seis etapas (imagens 29 e 30), e em seguida as 
conclusões com os fatores de maior importância para o nosso projeto (imagem 
31). 
 
Imagem 29: Principais pontos das etapas 1, 2 e 3 
Fonte: Os autores 
36 
 
 
Imagem 30: Principais pontos das etapas 4, 5 e 6 
Fonte: Os autores 
 
 
Imagem 31: Pontos mais relevantes para o projeto (com base nas etapas de 1 a 6) 
Fonte: Os autores 
 
 
 
 
 
37 
 
6.GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS 
 
Após a aplicação da metodologia, foram criados os sketches para a 
primeira geração de alternativas (Imagem 32), de acordo com os dados e 
resultados obtidos. Os conceitos foram desenvolvidos de acordo com a 
combinação das variantes dos sistemas 
 
Imagem 32: 1ª geração de alternativas 
Fonte: Os autores 
 
. Logo após foi feito a segunda geração de alternativas (Imagem 33), onde 
as soluções foram evoluindo conforme com os requisitos levantados, o que levou 
a três conceitos até se obter o final. Esta etapa consistiu apenas na determinação 
das formas e configuração do produto, sem considerar seu dimensionamento, 
sistemas e os materiais, que serão aprofundados na fase do projeto preliminar, 
posterior a definição do conceito final. 
 
38 
 
 
Imagem 33: 2ª geração de alternativas 
Fonte: Os autores 
 
7. DESENVOLVIMENTO DO MODELO FINAL 
 
A partir da análise da segunda geração de alternativas, combinaram-se 
os itens mais relevantes, conforme a avaliação das propostas geradas, o que 
resultou em um conceito final. Esse conceito caracteriza-se, principalmente, pela 
possibilidade de ser uma máquina de lavar portátil, com formas arredondadas e 
ovais, como mostra a Imagem 34. 
 
Imagem 34: Perpectiva do modelo final 
Fonte: Os autores 
 
A maior preocupação projetual foi o modo de lavagem. Escolhemos por 
adotar um sistema de lavagem sem o uso de água, onde a máquina capitasse o 
dióxido de carbono CO2 existente na atmosfera e utilizasse para limpar as 
roupas. O equipamento scaneia as partículas de sujeira e o dióxido de carbono 
absorvido pela máquina é submetido a alta pressão, virando líquido e uma vez 
que penetra no tecido, ele limpa por completo a peça. Logo em seguida, há o 
processo de desodorização através de cápsulas disponíveis em diversas 
fragrâncias. Após a desodorização, a pressão interna da lavadora diminui, o CO2 
volta ao estado gasoso, e seca a roupa. 
39 
 
A lavadora possui um sistema de interação com o usuário, onde as 
principais funções são acionadas por gadgets externos do seu dono, como 
smartphones. Aplicativos de celulares serão responsáveis por acionar a lavagem 
de onde o usuário estiver e selecionar o modo de lavagem que o usuário achar 
mais conveniente, suprindo as suas necessidades. O display da máquina será 
touch e de forma bem dinâmica. 
Para ser portátil, a máquina lavará uma pequena quantidade de roupas e 
estas de pequenas dimensões, pois as roupas poderão ser lavadas diariamente, 
logo após o uso. A máquina de lavar poderá ser utilizada em ambientes diversos 
da residência do usuário. Poderá ser tanto usada no quarto, como no banheiro, 
na sala, ou poderá ser fixada na parede de um cômodo que o usuário achar mais 
adequado. 
A máquina possui um mecanismo, onde se acionado, poderá aumentar a 
capacidade de lavagem para uma maior quantidade de roupas e estas poderão 
ser peças de maiores dimensões. 
A imagem 35 demostra a interação do usuário em diferentes ações. A 
primeira cena demonstra o usuário transportando a máquina. A segunda cena, 
o usuário está manuseando a máquina em modo para lavagem de pouco volume, 
sendo apoiada em algum móvel. A terceira cena mostra o usuário manuseando 
a máquina em modo para lavagem de muito volume, sendo apoiada em algum 
móvel, mas poderá ser utilizada no chão. A terceira cena, a máquina fixada em 
uma parede. 
 
 
Imagem 35: Interação do usuário com a máquina de lavar 
Fonte: Os autores 
 
40 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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18/04/2016. 
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<http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/populacao-mundial-vai-
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19/04/2016. 
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Acesso em 19/04/2016. 
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<https://www.hometeka.com.br/f5/como-serao-as-casas-do-futuro/> Acesso em: 
19/04/2016. 
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ensina-economizar-conta-luz> Último acesso em: 17/05/2016. 
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2010. 256p. 
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