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PATOLOGIA E REFORÇO DE CONCRETO Vicente Custódio Moreira de Souza Thomaz Ripper PATOLOGIA, RECUPERAÇÃO E REFORÇO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO Vicente Custódio Moreira de Souza Thomaz Ripper PIN! P A T O L O G I A , R E C U P E R A Ç Ã O E R E F O R Ç O DE E S T R U T U R A S D E C O N C R E T O ®COPYRIGHT EDITORA PINI LTDA. Todos os direitos dc reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Souza, Vicente Custódio de, 1948 - Patologia, recuperação e reforço dc estruturas de concreto / Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz Ripper. - São Paulo : Pini, 1998. I S B N 85-7266-096-8 1. Concreto - Deterioração 2. Concreto - Manutenção 3. Estruturas dc concreto armado 4. Estruturas de concreto protendido I. Ripper, Thomaz . II. Título. 98-2091 CDD-624.1834 índices para catálogo sistemático: 1. Estruturas de concreto : Patologia : Engenharia 624.1834 Coordenação de livros: Raquel Cardoso Reis Projeto gráfico: Lúcia Lopes Capa: Layout - Marcos Benevides dos Guaranys e Sirley Marques da Silva (arquitetos) Finalização - Lúcia Lopes LL Artes Gráficas: editoração eletrônica - Lúcia Lopes revisão - Roberto Carlessi Editora Pini Ltda. Rua Anhaia. 964 - CEP 01130-900 São Paulo - SP - Brasil Fone: (11) 2173-2327 - Fax: (11) 2173-2300 www.piniweb.com - manuais@pini.com.br 1a edição, 5a tiragem, abril/2009 http://www.piniweb.com mailto:manuais@pini.com.br 'Potgae éotítoé tttotíacé. cwitatttevíe tftmíaié. cttevtfaveáK&tte tam&ué, fatdetuúé a a&iedcta* fado a <gae devia atacd do <gae ttóé éetew*. Tfoééa evevea. ea* tca&dade, é éáH/èfeuu&tte deée/o, ou ta&tep (tt&tfâa (toa /èteçatuet. /fan gaewuttoé a&iedtáz* fado <gae tfaf&uoé. cottéfautuoé. oa de aue ftavfíccftatfioó da cvcaeao. fiufáavá fiava éewfive *ta útfetutio (Vicente Souzo). PREFÁCIO O l ivro P A T O L O G I A , R E C U P E R A Ç Ã O E R E F O R Ç O DE E S T R U T U R A S DE C O N C R E T O " que os engenheiros Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz José Ripper Barbosa Cordeiro, seus autores, gentilmente me convidaram para prefaciar, trouxe-me um sentimento de entusiasmo com o conteúdo da publicação, que não se resume cm apontar solução para os problemas decorrentes da deterioração das estruturas de concreto, mas aborda com propriedade as principais causas das anomalias e, o que c mais importante, discute a melhor maneira de evitar a ocorrência destes problemas. / O C A P I T U L O 1 - Patologia das estruturas de concreto - explica com clareza um conceito ainda malcompreendido mesmo no meio técnico: as estruturas de concreto não são eternas, pois se deterioram com o passar do tempo e não alcançam sua vida útil se não são bem projetadas, executadas com esmero, utilizadas com critério c, finalmente, submetidas a uma manutenção preventiva. Quando o projeto de engenharia for mal detalhado, a construção for realizada com insuficientes planejamento c controle, os técnicos c operários não forem dotados da qualificação adequada e os prazos de execução forem excessivamente curtos, a estrutura de concreto resultante será quase certamente de má qualidade e irá se deteriorar de modo prematuro, absorvendo gastos de recuperação e de reforço exagerados para ser mantida cm condições de uso. Como as estruturas de concreto existentes estão envelhecendo, muitas já estão com dezenas de anos, os problemas de deterioração estão cada vez mais acentuados, exigindo com freqüência trabalhos de recuperação e de reforço estrutural e mesmo, em casos mais graves, sua demolição. Os CAP ÍTULOS 2 e 3 do livro fornecem indicações preciosas acerca das técnicas c dos materiais usualmente empregados neste tipo de serviço, constituindo-se em uma fonte segura de orientação para os técnicos dedicados à manutenção das estruturas de concreto. O C A P Í T U L O 4 aborda aspectos também de grande importância: orienta como avaliar a resistência residual de peças estruturais danificadas, sugere diversas soluções de reforço e apresenta critérios para a adoção de coeficientes de segurança adaptados para cada situação. Finalmente, o C A P Í T U L O 5 trata da necessidade da manutenção preventiva das estruturas. Os países desenvolvidos já adotam a manutenção planejada: as estruturas, sobretudo das pontes, viadutos, passarelas, túneis e demais obras públicas, estão cadastradas e são submetidas a inspeções periódicas para correção criteriosa c oportuna de qualquer sinal de deterioração constatado, evitando assim que pequenos danos se transformem em grandes danos, cuja eliminação tardia é muito mais cara, ou, o que é pior, que venham a ocorrer acidentes com perdas materiais e humanas, como não é raro acontecer. Em junho de 1983 a revista SEARJ - Edição Especial, editada pela sociedade dos Engenheiros c Arquitetos do Estado do Rio dc Janeiro, publicou um texto que redigi alertando sobre a necessidade da criação, no âmbito da Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura da Cidade do Rio dc Janeiro, dc um SERVIÇO DE PATOLOGIA DO CONCRETO E RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, a ser encarregado do controle e da manutenção de todas as estruturas das obras públicas, realizando vistorias dc inspeção rotineiras com o cadastramcnto dos laudos e gerenciamento e fiscalização técnica das obras de reparação estrutural. O objetivo deste trabalho seria prevenir acidentes com danos pessoais e materiais, além de economizar o dinheiro público, pois um pequeno reparo feito cm tempo hábil evita reparos custosos decorrentes de acidentes mais graves causados pela falta de manutenção. Estou certo de que este livro constituirá mais um alento nesta luta pela conscientização de todos - projetistas, construtores, usuários e donos de obras, em especial os administradores públicos - quanto à importância dc garantir a vida útil da estrutura gastando o mínimo possível cm obras dc recuperação e dc reforço, luta que deve mobilizar cada cidadão devido ao seu largo alcance econômico e social. ENGENHEIRO NELSON ARAÚJO LIMA APRESENTAÇÃO A Engenharia Civil é uma área do conhecimento humano em constante evolução, seja do ponto dc vista dos materiais utilizados para as construções, seja das técnicas construtivas empregues - modernização dc máquinas e equipamentos incluída - ou ainda dos métodos dc projeto. Embora há milênios o homem venha desenvolvendo estes materiais, técnicas, e métodos, consolidando assim a tecnologia da construção - aí englobados a concepção, a análise, o cálculo e o detalhamento das estruturas, a tecnologia dos materiais e as respectivas técnicas construtivas - ainda há sérias limitações nesta área do conhecimento, as quais, aliadas a falhas involuntárias, imperícia, deterioração, irresponsabilidade e acidentes, levam algumas estruturas, considerando as finalidades a que se propunham, a apresentarem desempenho insatisfatório. Uma das áreas da Engenharia Civil é a Estabilidade das Estruturas, tradicionalmente vista como a que engloba o conjunto de conceitos que, ao serem aplicados ao projeto das estruturas como um lodo, e de seus elementos cm particular, tornam estas estruturas estáveis, isto é, apropriadas para serem utilizadas segundo as necessidades que as originaram. Este conceito de Estabilidade, entretanto, vem sendo revisto ultimamente, de forma a poder exprimir o que o seu nome implica, pois não é mais suficiente que a Estabilidade se preocupe apenas com o dimensionamento das seções dos elementos estruturais, c desses elementos como um todo. Assim é que, dc uns anos para cá, um ponto básico que vem sendo incorporado ao conceito de Estabilidade é o da Durabilidade Estrutural, pois de nada serve que uma estrutura seja estável apenas por um período de tempo tão curto que a torne economicamente inviável. Visto por este prisma, a primeira preocupação da Estabilidade das Estruturas deve ser