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LIVRO TEXTO UNIDADE IV HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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7 A CAtequese e o IníCIo dA ColonIzAção: os JesuítAs, A eduCAção 
dA elIte e A RefoRmA PombAlInA
Segundo vários estudiosos, a História da Educação no Brasil pode ser dividida em duas fases: antes 
e depois da expulsão dos jesuítas. Portanto examinaremos primeiramente a Educação brasileira a partir 
da ação dos jesuítas.
7.1 os jesuítas no brasil
Os jesuítas faziam parte da Companhia de Jesus, ordem criada por Inácio de Loyola em 1534 no 
contexto da Contrarreforma católica. Essa foi uma das medidas tomada pela Igreja católica para conter 
a Reforma Protestante, como já explicado na unidade anterior.
Os jesuítas chegaram ao Brasil com o governador geral Tomé de Souza, em 1549. Entre eles, estava 
o padre Manuel da Nóbrega, jesuíta que teve importante papel na educação e catequese dos índios. 
Como “soldados da fé católica”, os jesuítas tinham o objetivo de disseminar o catolicismo e a educação 
se revelava como a principal via de acesso para alcançarem esta meta. Apenas quinze dias depois de sua 
chegada à recém‑fundada cidade de Salvador, os jesuítas já conseguiram fazer funcionar uma escola 
elementar de “ler e escrever”.
Ao padre Manuel da Nóbrega juntaram‑se outros dois expoentes: Aspilcueta Navarro (o primeiro 
jesuíta a falar a língua dos índios) e José de Anchieta (o patrono do Brasil). Segundo o historiador 
Fernando de Azevedo, este trio representou a melhor, mais bela e heroica fase da história dos jesuítas no 
Brasil, fase esta que foi de 1549 até 1570, data da morte de padre Nóbrega.
Neste período, os jesuítas aprenderam a língua tupi‑guarani, elaboraram material didático para a 
catequese e Anchieta organizou uma gramática do tupi. Num primeiro momento, eles ensinavam os 
filhos dos índios chamados curumins junto com os filhos dos colonos. Neste processo, Anchieta usava 
vários recursos como a música, a poesia e o teatro. Substituiu as cantigas sensuais cantadas pelos índios 
pelos hinos de louvor à Virgem. Não demorou que houvesse um choque cultural entre os valores dos 
indígenas e dos colonizadores.
Os jesuítas permaneciam um determinado período nas tribos, realizando a pregação e os batismos 
e, para dar continuidade ao trabalho, logo seguiam para outra tribo. Mas acabaram percebendo que 
esta maneira não estava surtindo os efeitos necessários de conversão que eles esperavam. Para que 
as conversões fossem realmente consolidadas, foram criadas as missões ou reduções. Do século XVI 
ao XVII, os jesuítas desenvolveram a catequese por meio do confinamento indígena nas missões ou 
reduções.
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As missões ou reduções eram povoamentos ou aldeias criadas pelos jesuítas. Possuíam uma organização 
bem definida que podia reunir várias etnias. Foram construídas casas para cada família, pois os jesuítas 
se surpreenderam com o fato de duzentas famílias morarem numa mesma oca. A catequese nas missões, 
reduções, povoamentos ou aldeias era mais eficiente. Os jesuítas ensinavam regras de higiene e saúde, 
técnicas e práticas agrícolas. Algumas missões foram muito prósperas. Nelas, se praticava agricultura, 
criação de gado e artesanato e os jesuítas tinham uma ação ampla de conversão religiosa, educação e 
trabalho.
A ação dos jesuítas, por meio da catequese e da conversão, procurava anular as tradições indígenas, 
pois elas eram reconhecidas como atrasadas, selvagens e indignas. O saber, a religião, a música dos 
indígenas e dos negros eram desprezadas e consideradas inferiores. A catequese e a conversão procuravam 
homogeneizar estas culturas a partir do padrão cultural europeu.
A sociedade colonial e o ensino jesuítico
Num primeiro momento, temos os filhos de colonos e curumins aprendendo juntos, mas a tendência 
que se confirmou não foi esta, ou seja, a educação jesuítica separou os catequizados dos instruídos. 
Assim, a educação para os curumins tinha o objetivo de cristianizar, pacificar e torná‑los dóceis para 
o trabalho, enquanto que, para os filhos dos colonos, a educação poderia ir além de ler, escrever e 
contar.
O tipo de colonização estabelecido no Brasil foi centrado numa ocupação do território, de modo a 
viabilizar a produção agrícola de interesse para o mercado europeu, ou seja, nossa economia era baseada 
num modelo agrário‑exportador dependente. A viabilização deste modelo teve como apoio a larga e 
farta distribuição de terras pelo sistema de sesmarias. Mas as terras eram distribuídas para quem? Para 
ter o “direito” de receber estas terras, era preciso ter condições de aproveitá‑las e isso significava possuir 
recursos suficientes para produzir cana‑de‑açúcar e comprar escravos suficientes para tal trabalho. Em 
suma, para receber as sesmarias, era preciso ser rico o bastante. Desta forma, a distribuição de terras no 
Brasil, desde o início da colonização, foi marcada por um caráter de privilégio, elitista e discriminatório, 
que marcará profundamente a estrutura social brasileira. Além disto, a economia se expandiu em torno 
do engenho de açúcar inicialmente por meio do trabalho dos índios e, posteriormente, dos escravos. 
Essa economia se desenvolveu centrada no latifúndio, na escravidão e na monocultura.
Com esta realidade social, podemos perceber que a educação não era algo primordial, uma vez que as 
atividades agrícolas não exigiam formação especial. Numa sociedade agrária e escravista, o interesse pela 
educação era quase nulo e, portanto, a quantidade de analfabetos era muito grande. As mulheres e negros 
eram excluídos do ensino e pouco despertavam o interesse dos padres, que se concentravam na catequese 
dos curumins. Ao enviar os jesuítas para o Brasil com a finalidade de converter os índios pela educação, 
regulando a consciência pela uniformidade da fé, Portugal tinha como prioridade manter a unidade política 
e a dominação da metrópole sobre a colônia. O ensino que se estabelecia carregava estas marcas.
Em relação à educação para os filhos dos senhores de engenho (senhores das casas‑grandes), as 
coisas se passavam mais ou menos da seguinte maneira: seguindo a tradição portuguesa, o primeiro 
filho do sexo masculino herdava o patrimônio do pai e deveria dar continuidade ao trabalho nas terras, 
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no engenho. O segundo filho poderia se dedicar às letras e normalmente frequentava o colégio para 
posteriormente concluir os estudos na Europa. O terceiro estudava para se tornar um religioso.
A ação dos jesuítas em relação às necessidades educacionais das famílias das casas‑grandes se fazia 
presente por meio da educação que alguns filhos obtinham ao serem enviados aos colégios, ou ainda 
quando recebiam os ensinamentos em suas próprias residências.
Outra forma de educação praticada pelos jesuítas acontecia nos confessionários, pois, ao ouvir os 
pecados os padres, iam modelando o pensamento dos colonos.
A estrutura da Educação montada pelos jesuítas
Os colégios dos jesuítas possuíam a seguinte estrutura: inicialmente a criança aprendia a ler, escrever 
e contar. Após este ensino elementar, os colégios forneciam formação em Humanidades, Filosofia, Ciência 
e Teologia. O curso de Humanidades era de grau médio e se ensinava latim e gramática, especialmente 
para meninos brancos e mamelucos (mestiços de branco e índio). Os outros dois cursos eram de grau 
superior e alguns colégios ofereciam até as quatro possibilidades. Após o curso de Artes e Filosofia, o 
jovem podia escolher entre duas opções: ou estudar teologia, tornado‑se padre, ou preparar‑se para as 
carreiras liberais como Direito e Medicina.Para tal, deveria estudar em uma das diversas universidades 
europeias. Os brasileiros optavam, em grande parte, pela universidade de Coimbra, em Portugal.
Por três séculos (XVI, XVII e XVIII), a educação dos jesuítas no Brasil praticamente não se alterou. Foi 
uma educação com prioridades no nível secundário visando a formação humanista, com privilégio dos 
estudos de latim, dos clássicos e da religião. Não faziam parte do currículo dos colégios as ciências físicas 
ou naturais. Na verdade, a educação não era de interesse geral. Ela, durante muito tempo, destinava‑se 
apenas a poucos elementos da sociedade (àqueles que pertenciam à classe dirigente) e, mesmo assim, 
possuía um caráter muito mais de erudição e ornamento por ser literária, abstrata e alheia aos interesses 
materiais e utilitários.
Não havia interesse na educação para o trabalho. Esta era realizada de maneira informal no 
próprio ambiente de trabalho, sem nenhuma regulamentação nem organização. Os jesuítas tinham 
escolas‑oficinas nas missões guaranis para ensinar os índios, mas não as difundiram para o restante da 
sociedade, fazendo‑o apenas em raras oportunidades.
Assim, nos duzentos anos de existência no Brasil (de 1549 até 1759, quando os jesuítas foram 
expulsos pelo Marquês de Pombal), a educação jesuítica foi uma educação conservadora, mas que, no 
entanto, estava de acordo com o tipo de sociedade que aqui se desenvolvia: aristocrática, agrária e 
escravista, que depreciava o trabalho manual, entendido como desclassificado, e com uma economia 
agroexportadora dependente e submetida à opressão política da metrópole.
Assim, este “quadro social” teve funestas consequências para a educação: analfabetismo; ensino 
restrito a poucos, elitista, destinado à erudição das classes dirigentes, sem compromisso com o mundo do 
trabalho. Com isto, havia um ensino clássico no sentido de valorizar a literatura e a retórica e desprezar 
as ciências e as atividades manuais.
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Mas, aos poucos, as coisas foram mudando. A estrutura social começou a se transformar, por 
exemplo, quando um novo segmento social se formou no Brasil: a pequena burguesia urbana, que tinha 
pretensões de ascender socialmente, sendo a Educação a melhor forma de alcançar este objetivo.
 saiba mais
Para saber mais, consultar: NENES, C. Economia, educação e sociedade: 
matrizes políticas e estigmas culturais da administração escolar no Brasil. 
Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/art6_22e.pdf>. Acesso 
em: 24 mai. 2011.
A expulsão dos jesuítas do Brasil e as reformas pombalinas na Educação
Não é possível entender a expulsão dos jesuítas nem tampouco as reformas pombalinas na educação 
brasileira, se não compreendermos o contexto histórico no qual elas aconteceram. Para isto, é preciso 
entender um pouco sobre a história de Portugal, mesmo que de uma maneira bem simplista.
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi primeiro‑ministro de Portugal de 
1750 a 1777, com a missão de reerguer o país da decadência na qual se encontrava diante de outras 
potências europeias na época. Como um país católico, Portugal condenava o juro. Enquanto outras 
nações como Inglaterra e França promoviam as manufaturas, Portugal permaneceu atrelado a uma 
mentalidade medieval, o que contribuiu para retardar a implantação do capitalismo e colaborar com 
a decadência:
Além disto, enquanto a Europa renascentista se preparava para o livre pensar 
que se consolidaria no Iluminismo do século XVIII, Portugal permanecia 
cioso da herança cultural clássico‑medieval, preservando o latim, a filosofia 
e a literatura cristã (ARANHA, 2006, p. 139).
Mas, a partir do século XVIII, a vida intelectual portuguesa começou a mudar e se abrir para as 
ideias iluministas por meio de vários debates acerca da educação, que aconteceram principalmente 
com o lançamento da obra Apontamentos para a educação de um menino nobre (1734), de Martinho 
de Pina e Proença, em cujas páginas o autor recomendava aos professores que se preocupassem 
também com Geografia, História, Matemática e Direto, revelando uma nítida inspiração de autores 
iluministas como Locke e Fénelon. Além disto, Marquês de Pombal tinha grande apreço para com os 
ideais iluministas e com sua chegada ao poder e preocupação de modernizar a administração pública 
e maximizar os lucros com a exploração colonial, a própria coroa portuguesa sofreu influência dos 
princípios iluministas.
Os debates travados sobre educação repercutiram imediatamente sobre as atividades 
educacionais dos jesuítas, pois eles detinham o monopólio da educação superior em Portugal e da 
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educação nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo. Eram considerados defensores de uma 
educação tradicional, abstrata, sem fundamento utilitário, portanto inadequada para a realidade 
do momento.
Assim, por meio do Alvará Régio de 28 de junho de 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo, o 
Marquês de Pombal, como primeiro‑ministro de Portugal (1750 a 1777) expulsou, ao mesmo tempo, os 
jesuítas de Portugal e de suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticos. Pombal empreendeu 
um extenso programa de transformações administrativas tanto em Portugal como no Brasil. As reformas 
educacionais pombalinas tiveram que acontecer, pois, com a extinção dos colégios, tal responsabilidade 
deveria ser assumida pelo governo.
As principais modificações feitas por Pombal foram:
• Criação das aulas régias ou avulsas, autônomas e isoladas, com professor único de latim, grego, 
Filosofia e Retórica.
• Criação da figura do diretor geral dos estudos, para nomear e fiscalizar a ação dos professores.
• Implantação do subsídio literário, imposto colonial para custear o ensino.
Há certo consenso entre os estudiosos da História da Educação no Brasil em afirmar que a reforma 
pombalina foi algo desastroso, fazendo com que adentrássemos o século XIX com uma educação 
caótica. Segundo Fernando de Azevedo, as ações de Pombal significaram a destruição do único sistema 
de ensino existente no país e foi a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil, atingindo 
muito superficialmente a vida escolar, imprimindo na educação meio século de decadência e transição. 
Em concordância com Fernando de Azevedo, Arnaldo Niskier (2001) afirma:
A organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os 
expulsou, levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas “aulas 
régias”, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens 
religiosas, como os beneditinos, os franciscanos e os carmelitas (NISKIER, 
2001, p.34).
Esta situação de caos e precariedade no ensino brasileiro só começa a sofrer alguma mudança com 
a chegada da família real ao Brasil em 1808.
8 A modeRnIdAde no bRAsIl e o PensAmento eduCACIonAl: o 
lIbeRAlIsmo e A PRoPostA dA esColA novA; o mAnIfesto dos 
PIoneIRos
Transformações na sociedade brasileira entre os séculos XVIII e XX
Como vimos no item anterior, nos dois primeiros séculos de Educação no Brasil, esta ficou sob a 
responsabilidade dos jesuítas, que ministravam ensinamentos cristãos e tinham o controle do ensino. 
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Vimos ainda que, embora os jesuítas tivessem uma forte preocupação com a conversão dos índios, a 
obra de catequese acabou cedendo lugar à educação de elite, impregnada de uma cultura intelectual 
transplantada da Europa, e sobrevivendo com estas características (até mesmo acentuadas) à própria 
expulsão dos jesuítas e àsreformas pombalinas.
Tais reformas, que levaram à expulsão dos jesuítas, impuseram ao Brasil a realidade educacional 
da metrópole e sua educação europeizada tornou‑se o centro e o modelo da educação brasileira, 
mergulhando nosso ensino numa profunda aristocratização. Tínhamos uma sociedade dividida em duas 
classes sociais: uma pequena camada de dirigentes que tinha acesso a um ensino refinado e o restante 
da nação, aqueles dirigidos e que não desfrutavam de nenhuma educação.
Este cenário começou a mudar pouco antes da Independência do Brasil, mais precisamente com a 
chegada da Família Real, em 1808. A persistência dos velhos padrões coloniais viu‑se, pela primeira vez, 
seriamente ameaçada, abrindo novos horizontes e perspectivas para a sociedade e para a educação.
Com as ideias democratizantes de Rousseau e da Revolução Francesa, uma nova preocupação parece 
contaminar o ambiente político brasileiro, iniciando‑se um discurso em favor da educação popular. 
Mas, isso só vai ser bem delineado a partir da Independência do Brasil, mesmo assim, de forma bastante 
tímida.
Em 1822, a monarquia que aqui se estabelece acaba se ajustando à dominação oligárquica e, apesar 
dos discursos em favor da educação popular, apenas os filhos da aristocracia conseguiam ser “doutores”. 
O único acontecimento concreto e eficiente para a educação neste momento foi inserir na Constituição 
de 1823 um artigo que garantia a gratuidade do ensino primário a todos os cidadãos.
Na verdade, são os próprios filhos da aristocracia que foram estudar na Europa que trouxeram para o 
Brasil os ventos profícuos das mudanças. O contato com o ambiente iluminista da Europa os fez voltarem 
com ideias liberalizantes e democratas. Preferindo a vida nas cidades, os filhos da aristocracia brasileira 
acabavam por deslocar o eixo político e social do campo para a cidade. Desta forma, o país começou 
a experimentar uma crescente efervescência intelectual e ideológica, marca distintiva do período de 
transição do Império para a República. Nossa jovem elite intelectual passava a acreditar na possibilidade 
de construção de um país livre do trabalho escravo e da arcaica monarquia.
Segundo Sergio Buarque de Holanda (1999, p. 171), a abolição da escravidão foi um acontecimento 
decisivo para a mudança de rumos da sociedade brasileira, um marco divisório entre duas épocas, 
assinalando o declínio do predomínio agrário, fator decisivo para provocar a hipertrofia urbana.
A agitação das cidades e o clima social, político e intelectual que embalavam a elite após a abolição 
colaboraram para a proclamação da República. Mas, ainda assim, no país persistia um estilo de vida 
rural e oligárquico, com a política sendo padronizada pelo voto de cabresto e pelas fraudes eleitorais, 
deixando para segundo plano grandes temas nacionais, como o problema da educação.
Porém, na década de 1920 iniciou‑se a crise da dominação oligárquica. A partir de 1929, grupos 
ligados ao complexo cafeeiro se desentenderam com o Estado causando a quebra da hegemonia desses 
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grupos e a formação de novas alianças de classes. A Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas pôs 
fim à política de alianças “café com leite”.
Chamou‑se política “café com leite” o acordo existente entre as oligarquias estaduais de São Paulo 
(maior produtor de café), Minas Gerais (maior produtor de leite) e o governo federal para que os 
presidentes da República fossem escolhidos alternadamente entre os políticos de São Paulo e Minas 
Gerais. Portanto, o presidente da República ora seria paulista, ora mineiro.
Getúlio Vargas foi nomeado chefe do Governo Revolucionário Provisório em 03 de novembro de 
1930, iniciando no Brasil um novo regime, uma nova era, e fortalecendo a ideia de um país no qual tudo 
estava por ser feito, e a educação era considerada o pináculo desta revolução.
Enfim a modernidade no Brasil
Podemos afirmar que a modernidade no Brasil, emblematicamente, iniciou‑se em 1922. Este foi 
um ano de acontecimentos que coroaram o pensamento de novidade. Entre eles, podemos citar: 
Semana de Arte Moderna, Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (Revolução Tenentista), fundação 
do PCB (Partido Comunista Brasileiro, primeiro partido operário duradouro), primeira eleição moderna 
com dois candidatos mobilizando militantes e realizando comícios, primeiros indícios da crise das 
oligarquias.
Os anos 20 assistiram ao apogeu e declínio da cafeicultura. Paralelamente a isto, ocorreu no parque 
industrial brasileiro uma concentração de capital e um período de progresso, com experiências de 
implantação do processo taylorista de trabalho para aumentar a produtividade.
Devemos nos atentar para o fato de que o processo produtivo industrial potencializou a acumulação 
de capital e a fábrica foi, por excelência, local onde isto aconteceu. Portanto, ela precisou de trabalhadores 
disciplinados não só para a execução das tarefas, mas que eles, em sua vida cotidiana, tivessem valores 
morais e éticos que os fizessem “vestir a camisa” do patrão e da fábrica.
Assim, a modernidade no Brasil estava intimamente ligada à urbanização, à industrialização e à formação 
e expansão da classe operária brasileira, que por sua vez estava sendo preenchida por uma parcela de 
imigrantes que não foram para as lavouras, por brancos e mestiços pobres, além de ex‑escravos.
Como podemos perceber, a década de 1920 assistiu à consolidação da modernidade no Brasil. Mas, o 
que toda esta conjuntura histórica, econômica, política e social representou no plano das ideias? A crise das 
oligarquias, o crescimento do parque industrial, da classe operária, o pipocar das revoltas, bem como a Semana 
de Arte Moderna, como todos estes acontecimentos se manifestavam no ideário intelectual brasileiro?
 observação
Durante a década de 1920, o Brasil assistiu a inúmeras revoltas. Além 
da Revolta Tenentista de 1922, já citada, podemos destacar as revoltas de 
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1923 no Rio Grande do Sul, as Insurreições Militares de 1924 em São Paulo, 
Sergipe e Amazonas e a Coluna Prestes em 1925.
Na Semana de Arte Moderna, por exemplo, nossos poetas e artistas deixaram claro que aspiravam 
por um Brasil novo, de novas rimas e novos sons. Pareciam querer acordar os burgueses adormecidos 
sobre sacos de café e dinheiro. No primeiro dia do evento, Mário de Andrade vocifera para uma plateia 
atônita: “Eu insulto o burguês! O burguês níquel! O burguês burguês! Ódio à soma! Ódio aos secos e 
molhados!” — dizendo uma série de apontamentos contra os burgueses e, logicamente, contra a ordem 
estabelecida. Menotti Del Picchia afirmou: “Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações 
obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábrica, sangue, velocidade, sonho, na nossa arte”. No 
Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade se coloca: “contra as elites vegetais... contra a peste dos 
chamados povos cultos e cristianizados, é contra eles que estamos agindo”.
Com estas afirmações, podemos perceber que os intelectuais modernistas queriam um país 
industrializado e urbanizado, queriam redescobrir Pindorama nas selvas das cidades, queriam ser índio 
e negro, ou seja, queriam que um novo e moderno Brasil fosse admirável e industrial, mas acima de 
tudo, queriam que fosse um Brasil brasileiro. Veremos a seguir a maneira pela qual estas ideias se 
incorporaram no universo da educação.
A Educação na modernidade
Como e por quem os rumos da Educação no Brasil eram pensados neste momento? Entre 1894 e 1917, 
as elites intelectuais (que se consideravam modernas e liberais e acreditavam na Educação como fator 
decisivo para resolução de problemassociais) pretendiam implantar novas ideias educacionais no sentido 
de construir uma nação moderna. Embora tenha havido certo arrefecimento deste entusiasmo durante 
o coronelismo, uma classe operária se formava no seio de nossa sociedade, que clamava por educação. 
Houve um acelerado crescimento dos setores médios da população, composto pela pequena burguesia das 
cidades; por uma grande massa de funcionários públicos; por empregados do comércio; pelas chamadas 
classes liberais e intelectuais e por militares, cuja origem social era agora, a própria classe média.
Grande parcela dessa classe operária já estava sindicalizada e acabava desenvolvendo, independentemente 
do Estado, algumas experiências educacionais inovadoras. Assim, os anarquistas e anarcossindicalistas 
fundaram escolas agregadas aos seus sindicatos, inspiradas na pedagogia libertária de Francisco Ferrer. 
Porém, com a repressão aos movimentos operários, estas experiências não duraram muito.
Assim sendo, a elite intelectual irrompeu a década de 1920 imbuída de fervoroso espírito nacionalista, 
mas tomando consciência de que nossa população era quase toda analfabeta. Portanto, iniciou‑se um 
ciclo de reformas educacionais com o objetivo de popularizar e democratizar o ensino, de forma a 
estendê‑lo às camadas médias e pobres de nossa sociedade.
O liberalismo e a proposta da Escola Nova no Brasil
Na emergência do mundo urbano‑industrial, intensificam‑se as discussões em torno das questões 
educacionais e estes debates começam a ser o centro de interesse de muitos dos intelectuais ligados a 
esta área do conhecimento humano.
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As correntes de pensamento inovador sobre os rumos, objetivos e sentidos da Educação iniciam‑se 
no chamado mundo culto, ou seja, Europa e Estados Unidos. Elas foram agudamente aprofundados 
sob o impacto e inquietação causados pela Primeira Guerra e pela Revolução Russa, que pelo grau de 
violência, aventaram a possibilidade de a humanidade voltar ao estado de barbárie.
Assim, a Educação passou a ser o centro das preocupações dos intelectuais que pretendiam contribuir 
para o processo de estabilização social, levando‑os a refletirem sobre os resultados da pedagogia 
tradicional e não demorarem a declarar a insuficiência desta pedagogia perante as exigências do mundo 
moderno, capitalista, concluindo que as instituições escolares deveriam ser atualizadas de acordo com 
a nova realidade social.
O movimento de renovação educacional que surge neste momento, especialmente nos Estados 
Unidos, como oposição à educação tradicional, denominou‑se “Escola Nova”.
As ideias de dois educadores norte‑americanos, John Dewey e Willian Kilpatrick, marcaram a 
fisionomia do pensamento educacional brasileiro a partir da primeira década do século XX, acentuando‑se 
nas décadas de 1920 e 1930, pois com a vitória dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, o 
imperialismo inglês perdeu espaço para o imperialismo americano que não se contentava em apenas 
explorar economicamente os países do terceiro mundo, mas também pretendia penetrar no campo 
cultural e educacional destas nações. Nesse momento, o Brasil começa a experimentar uma razoável 
influência das universidades americanas que então produziam e disseminavam os ideais da Escola 
Nova.
Segundo Aranha (2006), as principais características da Escola Nova são:
• Educação integral (intelectual, moral, física).
• Prioridade outorgada ao Estado para a manutenção do ensino.
• Ensino leigo.
• Educação ativa; educação prática com obrigatoriedade de trabalhos manuais.
• Exercícios de autonomia.
• Vida no campo.
• Internato.
• Coeducação dos sexos.
• Ensino individualizado.
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Os métodos para que se atinjam estas propostas de educação são:
• Ênfase nos processos de conhecimento.
• Atividades centradas no aluno.
• Criação de laboratórios, oficinas, hortas e até imprensa.
Para superar a escola tradicional com sua tendência intelectualista, a Escola Nova valoriza jogos e 
exercícios físicos em geral, desde que sirvam para o desenvolvimento da motricidade e da percepção. 
Além disto, também leva em conta os estudos da psicologia da criança, a fim de encontrar métodos 
adequados que possam estimular o interesse sem privá‑la da espontaneidade (ARANHA, 2009, p. 
247).
No Brasil, a ânsia de transformação que agitava o país não poderia deixar de repercutir intensamente 
nos setores de educação e ensino, aqueles que transmitem cultura.
Os educadores brasileiros, por seus elementos mais progressistas, em breve também estavam 
engajados na crítica a nossa precária organização escolar e aos nossos atrasados métodos e processos 
de ensino. Como resposta a estas preocupações, abriu‑se o ciclo de reformas da educação e do ensino.
O escolanovismo que se formou no Brasil produziu uma geração de educadores como Fernando de 
Azevedo, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, entre outros, que, durante as décadas de 1920 e 1930, tiveram 
papel bastante significativo na luta para que o poder público conferisse maior prioridade aos assuntos 
da educação. Estes educadores colaboraram para a mudança de pensamento em relação aos significados 
e objetivos da escola ao elaborarem o Manifesto dos Pioneiros.
Alastrou‑se o movimento de renovação pedagógica:
O primeiro sinal de alarme que nos colocou no caminho da renovação escolar 
foi a reforma empreendida em 1920 por Antonio Sampaio Dória, que chamado 
a dirigir a instituição pública em São Paulo, conduziu uma campanha contra 
velhos métodos de ensino, vibrando golpes tão vigorosamente aplicados 
à frente constituída pelos tradicionalistas, que panos inteiros do muro da 
antiga escola deveriam desmoronar (AZEVEDO, 1976, p. 153).
Em 1924, Lourenço Filho foi chamado a reestruturar o ensino primário no Ceará. Anísio Teixeira 
deveria empreender a reforma na Bahia e no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, Francisco Campos e Mário 
Casassanta. Assim, em todos os estados, educadores foram convocados para reformarem o ensino, sendo 
que todas estas mudanças estavam alicerçadas em uma mesma linha de pensamento educacional, 
conhecida como Escola Nova.
No Brasil, o discurso em favor da educação popular precedeu a proclamação da República. Já em 
1822, Rui Barbosa, baseado em exaustiva pesquisa da realidade brasileira da época, tornava conhecida a 
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vergonhosa precariedade do ensino para o povo no Brasil e apresentava propostas de multiplicação de 
escolas e de melhoria qualitativa do ensino.
Desde então, diagnósticos, denúncias e propostas de educação popular têm estado sempre presentes 
nos discursos políticos sobre educação no Brasil. Estes discursos vêm sempre inspirados nos ideais 
democráticos liberais, cujo objetivo é a igualdade social, sendo a democratização do ensino vista como 
instrumento essencial para a conquista deste objetivo.
Os ideais de uma escola pública, universal, laica e gratuita não são novos, mas, ainda hoje, são 
perseguidos por muitos países do terceiro mundo, incluindo os da América Latina.
Estes ideais são inspirados por um sistema conhecido como liberalismo, que teve sua origem na 
Inglaterra e na França, no contexto histórico das lutas de classe da burguesia contra a aristocracia, no 
decorrer do século XVIII, em que postulavam princípios como a igualdade de direitos e de oportunidades, 
a destruição de privilégios hereditários, o respeito às capacidades e às iniciativas individuais e a educação 
universal para todos.
Princípios do liberalismo
•Individualismo — o indivíduo deve ser reconhecido como sujeito que possui talentos e aptidões 
próprias.
• Liberdade — está associada ao individualismo e prega a liberdade individual, dela derivando todas 
as outras, tais como: religiosa, econômica, política.
• Propriedade privada — é um direito natural do indivíduo, que deve e pode adquiri‑las por meio do 
trabalho e do talento.
• Igualdade — não significa igualdade de condições sociais e materiais, pois, os homens são 
diferentes em talentos e capacidades. A igualdade no liberalismo refere‑se à igualdade perante as 
leis, igualdade de direitos e igualdade civil.
• Democracia — direito de todos participarem do governo por meio de representantes de sua própria 
escolha.
Se anteriormente o pensamento educacional clássico sempre esteve impregnado das ideias de 
reconstrução individual para o aperfeiçoamento moral, a partir da ascensão da burguesia como classe 
na Europa ocidental e o desenvolvimento do liberalismo, o pensamento educacional passou a orientar‑se 
para a reconstrução social. Portanto, quando o pensamento pedagógico começou a incorporar os 
argumentos liberalistas, a educação passou a ser percebida como a solução mais viável, se não a única, 
para promover o progresso das nações e o bem estar geral das sociedades.
Como já afirmamos acima, no decorrer da década de 1920, os Estados Unidos passaram a influenciar 
o ambiente cultural brasileiro em quase todas as áreas. A produção intelectual relacionada à educação 
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não ficou imune a isso e o ideário pedagógico da Escola Nova (que tinha como referencial as ideias de 
John Dewey e Willian Kilpatrick) logo ganharam adeptos como Anísio Teixeira, (que foi aluno de Dewey), 
Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, entre outros. Porém, esta inspiração não era unânime e provocou 
reações contrárias dos chamados pensadores católicos, também muito cultos e eruditos, como Alceu 
Amoroso Lima.
O movimento de renovação escolar que estava chegando ao Brasil e pregava novos métodos e 
processos de ensino — que ainda se viam dominados pelo regime de coerção da velha pedagogia jesuítica 
— baseava‑se nos progressos mais recentes da psicologia infantil e propunham democracia, autonomia 
e consciência crítica.
Lourenço Filho, em Introdução ao estudo da Escola Nova preocupou‑se em mostrar que esta nova 
vertente pedagógica apresentava diversificada origem e manifestações diferentes em vários países. Porém, 
ele nos mostra claramente que, no Brasil, a opção foi pelo pensamento renovador norte‑americano, 
originário de Dewey e Kilpatrick. A Escola Nova, antes de ser uma proposta metodológica, consistia em 
uma nova atitude filosófica perante os problemas nada simples da educação daquele tempo.
Neste sentido, percebemos claramente a influência das ideias de Kilpatrick, que em Educação 
para uma civilização em mudança deixa claro que a pedagogia, para ser coerente com a sociedade 
de determinado período, tem que ter o pensamento baseado na experiência para poder considerar de 
maneira científica a realidade de um mundo em constante mudança. Segundo ele, esta é uma postura 
que certamente provocará uma alteração de mentalidade, necessidade de absorver o movimento de 
industrialização com suas consequências, declínio do autoritarismo e exigência de democracia, sendo 
ainda o Estado o responsável pela educação.
Todas estas ideias vinham de encontro ao clima intelectual brasileiro e aos anseios de mudanças 
aqui pretendidas, portanto, amplamente acolhidas e entendidas como o melhor caminho para resolver 
os graves problemas que o Brasil enfrentava na área da educação.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação
Lançado em março de 1932 e redigido por Fernando de Azevedo, o Manifesto foi assinado por 26 
intelectuais brasileiros dedicados à Educação, entre eles: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Sampaio Dória, 
Paschoal Leme, Mário Casassanta, Cecília Meireles (poeta e educadora). O Manifesto representava muito 
do pensamento educacional brasileiro daquele momento, bem como refletia os desejos de mudança. 
O Manifesto dos Pioneiros era bastante coerente com as ideias traçadas acima, incluindo seu título A 
reconstrução educacional do Brasil, bem sugestivo e indicativo desta coerência.
Em suas linhas iniciais, já fica absolutamente claro que seus organizadores consideravam a educação 
como o maior e mais grave problema nacional, sendo que sua inadequação era responsável por todos 
os outros problemas brasileiros:
Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e 
gravidade ao da educação. (...) É impossível desenvolver as forças econômicas ou 
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de produção sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento 
às aptidões, à invenção e à iniciativa que são os fatores fundamentais do 
acréscimo de riqueza de uma sociedade. (...) Depois de 43 anos de regime 
republicano, não lograram ainda criar um sistema de educação escolar à altura 
das necessidades modernas e das necessidades do país (AZEVEDO, 1932).
 saiba mais
Para saber mais, você pode consultar: FILHO, O. J. de A. O Manifesto dos 
Pioneiros da Educação Nova de 1932: Memória e Imagens do Manifesto 
nos Livros Didáticos de História da Educação. Disponível em: <http://www.
faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/194OrlandoJoseFilho.pdf>. Acesso 
em: 25 mai. 2011.
O período histórico e social imediatamente anterior ao lançamento do Manifesto possui características 
que merecem ser examinadas mais de perto para podermos entender com mais clareza a natureza do 
espírito intelectual que emana de suas páginas.
A revolução de 1930 foi um marco decisivo. Vitorioso, Getúlio Vargas tomou posse em 03 de 
novembro de 1930, intitulando‑se chefe do Governo Revolucionário Provisório, iniciando a Segunda 
República ou República Nova.
Inicialmente, este governo pareceu mostrar‑se extremamente sensível aos problemas educacionais 
do país, tomando decisões que agradavam aos educadores preocupados com as transformações 
e modernizações do ensino brasileiro. Em 14 de novembro de 1930, Getúlio criou o Ministério da 
Educação e Saúde e, para geri‑lo, nomeia Francisco Campos, um homem ligado às ideias e realizações 
do movimento de modernização do ensino. Em 11 de abril de 1931, sanciona três importantes decretos 
elaborados por este ministro:
• Criação do Conselho Nacional de Educação.
• Instituição do Estatuto das Universidades Brasileiras.
• Normas que dispunham sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.
As decisões de Vargas não pararam por aí. Em 18 de abril do mesmo ano, sancionou mais um decreto 
pelo qual era possível a total reorganização do ensino secundário em moldes modernos. Em junho de 1931, 
outro decreto alterou o plano de ensino comercial, criando o Curso Superior de Administração e Finanças.
Estas medidas eram reivindicações antigas dos educadores atuantes que, percebendo a disposição 
de Vargas em reformular o ensino, pretendiam pressioná‑lo para que as reformas não ficassem 
fragmentadas e alheias ao ensino popular. Assim convocaram, por meio da Associação Brasileira de 
Educação, uma conferência nacional, para que, mostrando força, o presidente pudesse adotar posição 
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mais afirmativa e abrangente, definindo uma verdadeira política nacional para o setor. Nesta conferência, 
o presidente Getúlio Vargas mostrou‑se perfeitamente receptivo e, inclusive convocou os educadores 
presentes a encontrarem a “fórmula feliz” que definisse o sentidopedagógico da Revolução de 1930, 
comprometendo‑se a adotar esta fórmula na obra de reconstrução do Brasil, na qual estava empenhado 
(LEMME, 1998, p. 264).
Estes educadores tomaram, então, a iniciativa de elaborar um documento traçando as diretrizes de 
uma verdadeira política nacional de educação e ensino, abrangendo todos os seus aspectos, modalidades 
e níveis. Surgia, assim, o Manifesto dos Pioneiros dirigido ao povo e ao governo e que propunha a 
reconstrução educacional do Brasil.
Vale ressaltar que a redação do Manifesto não ocorreu de forma pacífica. Houve uma série de 
desentendimentos com o grupo dos educadores católicos que eram frontalmente contra alguns aspectos 
fundamentais do documento, tais como: prioridade outorgada ao Estado para a manutenção do ensino, 
ensino leigo, coeducação dos sexos, entre outros.
Em linhas gerais e bem simplificadamente, as principais ideias que permeavam o conteúdo do 
Manifesto eram:
• A escola deveria ser única, ou seja, a mesma para todos e não uma educação de classes.
• Ensino leigo e obrigatório.
• Educação como direito de todos e, por isto mesmo o Estado deveria garantir que escola fosse 
pública e gratuita.
Além disto, o manifesto também expôs os métodos e processos que deveriam nortear o ensino e os 
critérios adotados para a avaliação da aprendizagem. Indicava os padrões com os quais os educadores 
deveriam realizar sua formação, devendo estar conscientes de suas responsabilidades perante a nação, 
os educandos e o povo em geral, terminando com as seguintes palavras:
Mas, de todos os deveres que incumbem ao Estado, o que exige maior 
capacidade de dedicação e justifica maior soma de sacrifícios; aquele com 
que não é possível transigir sem a perda irreparável de algumas gerações; 
aquele em cujo comprimento os erros praticados se projetam mais longe 
nas suas consequências, agravando‑se à medida que recuam no tempo; o 
dever mais alto, mais penoso e mais grave é, de certo, o da educação que, 
dando ao povo a consciência de si mesmo e de seus destinos e a força 
para afirmar‑se e realizá‑los, entretém, cultiva e perpetua a identidade da 
consciência nacional, na sua comunhão íntima com a consciência humana 
(AZEVEDO, 1932).
Apesar do potencial de renovação contido no Manifesto, a literatura nos mostra que o mesmo 
não gerou as mudanças que seus idealizadores tanto almejaram, mas, por outro lado, alguns de seus 
princípios organizadores não foram absorvidos na organização das escolas.
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 saiba mais
Para saber mais, consultar: HAYASHI, M. C. P. I. et al . História da educação 
brasileira: a produção científica na biblioteca eletrônica SCIELO. Educ. Soc., 
Campinas, v. 29, n. 102, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0101‑73302008000100010&lng=en&nrm=
iso>. Acesso em: 23 mai. 2011. 
 Resumo
A história da educação no Brasil não pode ser adequadamente 
compreendida sem levarmos em conta a contribuição dos jesuítas. 
Inicialmente o objetivo dos jesuítas era cristianizar, pacificar e tornar os 
índios dóceis para o trabalho, pois eles perceberam que e a educação era 
a principal via de acesso para tal. Assim, em pouco tempo, o Brasil possuía 
vários colégios jesuítas, cujo ensino era destinado a poucos, e que tinham 
um caráter de erudição e ornamento, pois apresentaram ensino literário, 
abstrato e alheio aos interesses materiais e utilitários.
A colonização brasileira realizou‑se de forma a viabilizar a produção 
agrícola de interesse para o mercado europeu, sendo que nossa economia se 
expandiu em torno do engenho de açúcar, utilizando o trabalho dos índios 
e dos escravos. Portanto foi uma economia que se desenvolveu centrada no 
latifúndio, na escravatura e na monocultura. Em uma sociedade agrária e 
escravista o interesse pela educação foi quase nulo, portanto a quantidade 
de analfabetos era muito grande. Com as reformas pombalinas, a educação 
brasileira passou por momentos tumultuados e medíocres, e só começou a 
tomar outros rumos com a modernidade.
A partir de 1920 o processo produtivo industrial foi alavancado no 
Brasil e as fábricas necessitaram de trabalhadores disciplinados e educados 
para o trabalho, e que tivessem valores morais e éticos condizentes com 
os ideais do capitalismo. No entanto, nossa população era quase toda 
analfabeta. Iniciou‑se, portanto, na década de 1920, um ciclo de reformas 
educacionais com o objetivo de popularizar e democratizar o ensino de 
forma a estendê‑lo às camadas médias e pobres de nossa sociedade.
O Manifesto dos Pioneiros, elaborado em março de 1932, exprimia 
os ideais de mudanças na área educacional dos principais educadores e 
intelectuais do país. As principais ideias contidas no Manifesto eram: a 
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educação deveria ser a mesma para todos e não mais uma educação de 
classes; deveria ser leiga e obrigatória, pública e gratuita.
 exercícios
Questão 1 (ENADE 2008). O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi publicado em 1932 e 
assinado por 26 educadores brasileiros, entre eles Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho. 
Nos trechos a seguir, aparecem algumas de suas principais ideias:
“Mas, do direito de cada indivíduo à sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o 
reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, 
como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de 
todas as instituições sociais.
A consciência desses princípios fundamentais da laicidade, gratuidade e obrigatoriedade, consagrados 
na legislação universal, já penetrou profundamente os espíritos, como condições essenciais à organização 
de um regime escolar, lançado, em harmonia com os direitos do indivíduo, sobre as bases da unificação 
do ensino, com todas as suas consequências”.
Com base nesses trechos, conclui‑se que, em seu contexto histórico, o Manifesto era:
A) Libertário, pois pregava o fim do Estado.
B) Autoritário, já que defendia a obrigatoriedade escolar.
C) Elitista, porque pregava a dualidade do sistema de ensino.
D) Inovador, pois compreendia a educação como um direito social.
E) Conservador, na medida em que entendia a educação pública como privilégio.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas:
A) Alternativa incorreta.
Justificativa:
Não pode ser considerada correta, pois o termo libertário se relaciona às propostas anarquistas 
de educação, pautadas na autogestão e fim do Estado. A proposta do Manifesto dos Pioneiros da 
Educação não defende o fim do Estado, muito pelo contrário, ela está afinada com o conceito 
republicano de educação como um direito do cidadão e baseada nos princípios da laicidade 
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(desvinculação da formação religiosa), da gratuidade (caráter público‑estatal) e da obrigatoriedade 
(necessita de instituições sociais para normatização e gestão a fim de garantir o acesso do cidadão 
aos seus direitos).
B) Alternativa incorreta.
Justificativa:
Não pode ser considerada correta, pois o termo autoritário não se enquadra ao que é defendido no 
Manifesto dos Pioneiros da Educação, já que a obrigatoriedade escolar por eles defendida quer dizer que 
é dever do Estado fornecer educação básica a todo cidadão brasileiro e não uma imposição ou coerção 
do cidadão ou indivíduo pelo Estado.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa:
Não pode ser considerada correta, pois o termo elitista diz respeitoa uma posição totalmente 
contrária à do Manifesto dos Pioneiros da Educação, pois estes acreditavam na educação como uma 
função social, pautada em valores e princípios de universalidade e não na divisão do sistema de 
ensino.
D) Alternativa correta.
Justificativa:
Pensando no período em que foi escrito o Manifesto dos Pioneiros da Educação, este texto era 
de fato inovador, pois a educação no Brasil tinha até então um histórico de elitismo, autoritarismo, 
exclusão e nunca havia sido pensada como um direito social.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa:
Não pode ser considerada correta, pois o termo conservador não se enquadra na proposta do 
Manifesto dos Pioneiros da Educação, justamente pelo fato de os educadores que participaram da 
elaboração desse texto ressaltarem o caráter eminentemente público da educação como função social.
Questão 2 (ENEM 2007, adaptada). Um dos embates intelectuais mais fortes da Semana de Arte 
Moderna de 1922 envolveu Monteiro Lobato, que escreveu, como crítico, sobre a exposição da pintora 
Anita Malfatti, em 1917. No artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação”, escreveu Lobato:
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem as coisas e em consequência fazem arte 
pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os 
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processos clássicos dos grandes mestres. (...) A outra espécie é formada dos que veem anormalmente 
a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, 
surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...). Estas considerações são provocadas pela 
exposição da Sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada 
no sentido das extravagâncias de Picasso & cia”.
(O Diário de São Paulo, dez. 1917).
A estética que indignou Lobato fazia parte da reflexão modernista que buscava a criação de uma arte 
tipicamente brasileira, crítica e não puramente ornamental como a da estética tradicional. Os modernistas 
não se contentavam em apenas retratar a realidade, mas se propunham a pensar sobre ela.
Em qual das obras abaixo identifica‑se o estilo de Anita Malfatti, criticado por Monteiro Lobato no artigo?
A) 
Acesso a Monte Serrat, em Santos
B) 
Vaso de Flores
C) 
A Santa Ceia
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D) 
Nossa Senhora Auxiliadora e Dom Bosco
E) 
A Boba
Resposta desta questão na Plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
ALTAMIRABISON.JPG. Largura: 3.000 pixels. Altura: 2.436 pixels. 5,21 MB. Formato JPEG. 
Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/AltamiraBison.jpg>. Acesso 
em: 15 abr. 2011.
Figura 2
GEMEINFREI.JPG. Largura: 466 pixels. Altura: 317 pixels. 434 Kb. Formato JPEG. Disponível em: <http://
www.commons.wikimedia.org>. Acesso em: 19 abr. 2011.
Figura 3
EGYPTE_LOUVRE_225_HIEROGLYPHES.JPG. Largura: 1.996 pixels. Altura: 1.452 pixels. 1,24 MB. 
Formato JPEG. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/31/Egypte_louvre_
225_hieroglyphes.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2011.
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OLIVEIRA, T. Instituição e pensamento: a universidade e a escolástica. In: LUPI, J.; DAL RI Jr., A. (Org). 
Humanismo medieval: caminhos e descaminhos. Ijuí: Unijuí, 2005.
POMBO, O.; SANTOS, M. C. A.; ROSA, S. I. G. O conceito de paideia. Disponível em: http://www.educ.
fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/paideia/index.htm. Acessado em 15 abr. 2011.
Exercícios
Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2010: 1º dia. Disponível em: <http://
download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2010/ROSA_Sabado_GAB.pdf>. Acesso em: 23 
maio 2011.
Unidade II – Questão 1: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – SP – USCS. Prova de 
filosofia 2009. Questão 07. Disponível em: <http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=87>. Acesso 
em: 23 maio 2011.
99
Unidade III ‑ Questão 1: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – SP – USCS. Prova de 
filosofia 2009. Questão 09. Disponível em: <http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=87>. Acesso 
em: 23 maio 2011.
Unidade III ‑ Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2010: 1º dia. Disponível em: <http://
download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2010/ROSA_Sabado_GAB.pdf>. Acesso em: 23 
maio 2011.
Unidade IV ‑ Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2008: Pedagogia. Questão 
11. Disponível em: <http://download.uol.com.br/educacao/enade/prova_pedagogia.pdf>. Acesso em: 
23 maio 2011.
Unidade IV ‑ Questão 2 (adaptada de): INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS 
ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2007. Disponível em: <http://
educaterra.terra.com.br/vestibular/enem2007/PROVA_AMARELA.pdf>. Acesso em: 23 maio 2011.
Site
FUNDAÇÃO MUSEU DO HOMEM AMERICANO. Fumdham.org. Disponível em: http://www.fumdham.org.
br/pinturas.asp. Acessado em: 15 abr. 2011.
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Informações:www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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