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Unidade IV HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Profa. Maria Teresa História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Segundo Saviani, as diferentes concepções pedagógicas se relacionam ás diferentes concepções de educação. As diferentes concepções de educação têm duas tendências: 1) concepções que dão prioridade à teoria sobre a prática, e a preocupação central está nas “teorias do ensino” e eme a preocupação central está nas teorias do ensino e em “como ensinar”; e 2) concepções que fazem o inverso, ou seja, que dão prioridade à prática sobre a teoria, e a ã t l tá “t i d di ”preocupação central está nas “teorias de aprendizagem” e em “como aprender”. História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Reforçando: podemos entender a expressão “concepções pedagógicas” como as diferentes maneiras pelas quais a educação é compreendida teorizada e praticadaa educação é compreendida, teorizada e praticada. Na história da educação, de modo geral, e na história da educação brasileira, em particular, produziram-seda educação brasileira, em particular, produziram se diferentes concepções pedagógicas, cujas características são apresentadas a seguir. História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Concepção pedagógica tradicional: visão pedagógica centrada no educador (professor), no adulto, no intelecto, nos conteúdos transmitidos pelo professor aos alunos nanos conteúdos transmitidos pelo professor aos alunos, na disciplina, na memorização. Concepção pedagógica tradicional religiosa: a vertente religiosaConcepção pedagógica tradicional religiosa: a vertente religiosa da pedagogia tradicional tem suas raízes na Idade Média. Visão filosófica baseada no tomismo e no neotomismo. Pedagogia jesuítica: pedagogia católica elaborada pelos jesuítas e sistematizada no Ratio Studiorum, o Plano de Estudos aprovado em 1599 e adotado por todos os colégios jesuíticosaprovado em 1599 e adotado por todos os colégios jesuíticos no mundo. Plano constituído por 467 regras que cobrem todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino. História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Pedagogia brasílica: denominação dada à orientação que os jesuítas procuraram implantar ao chegar ao Brasil, em 1549, sob a chefia do Pe Manuel da Nóbrega Tal plano procurava levar ema chefia do Pe. Manuel da Nóbrega. Tal plano procurava levar em conta as condições específicas da Colônia. Daí, a denominação de “pedagogia brasílica”. Concepção pedagógica tradicional leiga: concepção elaborada por pensadores modernos como expressão da ascensão da b i A l i t t d li ã dburguesia. A escola passa a ser instrumento de realização dos ideais liberais, dado o seu papel na difusão das luzes, tal como formulado pelo racionalismo iluminista, que advogava p q g a implantação da escola pública, universal, gratuita, laica e obrigatória. História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Concepção pedagógica nova ou moderna: do ponto de vista pedagógico, o eixo se deslocou do intelecto para as vivências; d ló i i ló i d t úd ét ddo lógico para o psicológico; dos conteúdos para os métodos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; da quantidade para a p p p ; q p qualidade. Sua manifestação mais difundida é conhecida sob o nome de escolanovismo. Concepção pedagógica produtivista. Pedagogia tecnicista. História da educação no Brasil: diferentes concepções pedagógicas Concepções pedagógicas contra-hegemônicas: denominam-se pedagogias contra-hegemônicas aquelas orientações que não apenas não conseguiram se tornar dominantes mas que buscamapenas não conseguiram se tornar dominantes, mas que buscam intencional e sistematicamente colocar a educação a serviço das forças que lutam para transformar a ordem vigente, visando instaurar uma nova forma de sociedade. Situam-se nesse âmbito as pedagogias socialista, libertária, comunista, libertadora, histórico-críticahistórico crítica. Consultar: SAVIANI, Demerval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. Disponível em: www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos.../artigo História da educação no Brasil: a influência dos jesuítas Os jesuítas faziam parte da Companhia de Jesus, ordem criada por Inácio de Loyola em 1534, no contexto da Contrarreforma católicacontexto da Contrarreforma católica. Os jesuítas tinham o objetivo de disseminar o catolicismo por meio da educação.catolicismo por meio da educação. História da educação no Brasil: a influência dos jesuítas O padre jesuíta Manuel da Nóbrega chegou ao Brasil em 1549 e teve importante papel na educação e catequese dos índios. Apenas quinze dias depois de sua chegada à recém-fundada cidade de Salvador, os jesuítas já conseguiram fazer funcionar uma escola elementar de “ler e escrever”.uma escola elementar de ler e escrever . História da educação no Brasil: a influência dos jesuítas Fase áurea dos jesuítas no Brasil (1549-1570): representada pelo trio Manuel da Nóbrega, Aspilcueta Navarro e José de Anchietae José de Anchieta. Nesse período os jesuítas aprenderam a língua tupi-guarani, elaboraram material didático para a catequese e Anchietaelaboraram material didático para a catequese e Anchieta organizou uma gramática do tupi. No processo de educação e catequese, Anchieta usava vários recursos, como a música, a poesia e o teatro. Substituiu as cantigas sensuais cantadas pelos índios l hi d l à Vipelos hinos de louvor à Virgem. As missões ou reduçõesAs missões ou reduções As missões ou reduções eram povoamentos ou aldeias criados pelos jesuítas. Possuíam uma organização bem-definida, que podia reunir várias etnias. Algumas foram muito prósperas Nelas se praticava Algumas foram muito prósperas. Nelas se praticava a agricultura, a criação de gado e o artesanato, e os jesuítas tinham uma ação ampla de conversão religiosa, educação e trabalho. A catequese nas missões era mais eficiente; os jesuítas i d hi i úd té iensinavam regras de higiene e saúde, técnicas e práticas agrícolas. Consequências culturais da ação jesuíticaConsequências culturais da ação jesuítica A ação dos jesuítas, por meio da catequese e da conversão, procurava anular as tradições indígenas, pois elas eram reconhecidas como atrasadas selvagens e indignasreconhecidas como atrasadas, selvagens e indignas. O saber, a religião e a música dos indígenas eram desprezados e considerados inferiores.desprezados e considerados inferiores. A catequese e a conversão procuravam homogeneizar essas culturas a partir do padrão cultural europeu. A sociedade colonial brasileiraA sociedade colonial brasileira O tipo de colonização estabelecido no Brasil foi centrado numa ocupação do território, de modo a viabilizar a produção agrícola de interesse para o mercado europeuagrícola de interesse para o mercado europeu. A viabilização desse modelo teve como apoio a larga e farta distribuição de terras pelo sistema de sesmarias.e farta distribuição de terras pelo sistema de sesmarias. A economia se expandiu em torno do engenho de açúcar por meio do trabalho dos índios e, depois, dos escravos. Uma economia que se desenvolveu centrada no latifúndio, na escravidão e na monocultura. A realidade social do Brasil colonial e a educaçãoA realidade social do Brasil colonial e a educação A educação não era algo primordial, uma vez que as atividades agrícolas não exigiam formação especial. Numa sociedade agrária e escravista, o interesse pela educação era quase nulo e, portanto, a quantidade de analfabetos era muito grande.analfabetos era muito grande. As mulheres e os negros eram excluídos do ensino e pouco despertavam o interesse dos padres, que se concentravam na catequese dos curumins. A realidade social do Brasil colonial e a educaçãoA realidade social do Brasil colonial e a educação A educação para os filhos dos senhores de engenho seguia a tradição portuguesa. A ação dos jesuítas se fazia presente por meio da educação que alguns filhos obtinham ao serem enviados aos colégios, ou ainda quando recebiam os ensinamentos em suasou ainda quando recebiam os ensinamentos em suas próprias residências. Outra forma de educação praticada pelos jesuítas acontecia nos confessionários, pois ao ouvir os pecados os padres iam modelando o pensamento dos colonos. A estrutura da educação montada pelos jesuítasA estrutura da educação montada pelos jesuítas Ensino elementar: ler, escrever e contar; Ensino Médio: Humanidades (artes e filosofia) em que era ensinado o latim e a gramática; Ensino Superior: Teologiae a gramática; Ensino Superior: Teologia. Após o curso médio, o jovem podia escolher entre duas opções: estudar teologia, tornando-se padre; ou preparar-seopções: estudar teologia, tornando se padre; ou preparar se para as carreiras liberais, como Direito e Medicina. Para tal, deveria estudar em uma das diversas universidades europeias. Os brasileiros optavam, em grande parte, pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Três séculos de educação jesuítica no BrasilTrês séculos de educação jesuítica no Brasil Foi uma educação com prioridades no nível secundário visando a formação humanista, com privilégio dos estudos de latim dos clássicos e da religiãode latim, dos clássicos e da religião. Não faziam parte do currículo dos colégios as ciências físicas ou naturais.ou naturais. A educação não era de interesse geral, destinava-se a poucos elementos da sociedade. Possuía um caráter muito mais de erudição e ornamento, por ser literária, abstrata e alheia aos interesses materiais tilitá ie utilitários. Os jesuítas e a educação para o trabalhoOs jesuítas e a educação para o trabalho Não havia interesse na educação para o trabalho. Esta era realizada de maneira informal no próprio ambiente de trabalho, sem nenhuma regulamentação nem organizaçãosem nenhuma regulamentação nem organização. Os jesuítas tinham escolas-oficinas nas missões guaranis para ensinar os índios, mas não as difundiram para p , p o restante da sociedade. A educação jesuítica foi uma educação conservadora, t d d ti d i d dmas que estava de acordo com o tipo de sociedade que aqui se desenvolvia: aristocrática, agrária e escravista, que depreciava o trabalho manual,, q p , entendido como desclassificado. Consequências para a educaçãoConsequências para a educação Assim, este quadro social tem funestas consequências para a educação: analfabetismo; ensino restrito a poucos, elitista, destinado à erudição das classes dirigentes sem compromisso com o mundodas classes dirigentes, sem compromisso com o mundo do trabalho. InteratividadeInteratividade Em relação à educação estabelecida pelos jesuítas no Brasil, assinale a alternativa correta: ) A d ã d j ít i i í l dá ia) A educação dos jesuítas priorizava o nível secundário e a formação humanista. Tinha um caráter erudito, era literária e alheia aos interesses materiais e utilitários. b) A educação dos jesuítas priorizava o ensino religioso, pois visava exclusivamente à formação de religiosos. c) A educação dos jesuítas era voltada para a prática profissional, formando padres e vários outros profissionais. d) A educação dos jesuítas priorizava todo o processod) A educação dos jesuítas priorizava todo o processo educativo do ser humano, da infância à idade adulta. e) A educação dos jesuítas priorizava o nível superior,e) A educação dos jesuítas priorizava o nível superior, formando apenas padres e advogados. A expulsão dos jesuítas do Brasil e as reformas pombalinas na educação Por que os jesuítas foram expulsos do Brasil? Os jesuítas foram expulsos no bojo das reformas pombalinas. As reformas visavam tirar Portugal do atraso econômico e cultural perante outras nações europeias. Enquanto outras nações como Inglaterra e França promoviam as manufaturas, Portugal permaneceu atrelado a uma mentalidade medieval, o que contribuiu para retardarmentalidade medieval, o que contribuiu para retardar a implantação do capitalismo e colaborar com a decadência. As discordâncias entre o Marquês de Pombal e os jesuítas Enquanto os jesuítas preocupavam-se com a catequese e o preparo para a vida religiosa, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadência em que se encontrava diante de outrasPortugal da decadência em que se encontrava diante de outras potências europeias da época. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciaisA educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, P b l i l iPombal pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado. As discordâncias entre o Marquês de Pombal e os jesuítas Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, com a missão de reerguer o país da decadência na qual se encontravade reerguer o país da decadência na qual se encontrava. Os jesuítas detinham o monopólio da educação superior em Portugal e nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo.Portugal e nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo. Mas eram considerados defensores de uma educação tradicional, abstrata, sem fundamento utilitário. As reformas pombalinasAs reformas pombalinas Assim, por meio do Alvará Régio de 28 de junho de 1759, o Marquês de Pombal, como primeiro-ministro de Portugal, expulsou ao mesmo tempo os jesuítas de Portugal e deexpulsou, ao mesmo tempo, os jesuítas de Portugal e de suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticos. As reformas pombalinas: principais modificações feitas por Pombal Criação das aulas régias ou avulsas, autônomas e isoladas, com professor único de Latim, Grego, Filosofia e Retórica. Criação da figura do diretor geral dos estudos, para nomear e fiscalizar a ação dos professores. Implantação do subsídio literário imposto colonial para Implantação do subsídio literário, imposto colonial para custear o ensino. Principais problemas da reforma pombalinaPrincipais problemas da reforma pombalina O subsídio literário era um imposto baixo, que nunca foi cobrado com regularidade, e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos à espera de uma soluçãoperíodos sem receber vencimentos à espera de uma solução vinda de Portugal. Os professores eram geralmente mal-preparados paraOs professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal-pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam “proprietários” vitalícios de suas aulas régias. O impacto das reformas pombalinasO impacto das reformas pombalinas Segundo Fernando de Azevedo, as ações de Pombal significaram a destruição do único sistema de ensino existente no país sendo a primeira grande e desastrosaexistente no país, sendo a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil, atingindo muito superficialmente a vida escolar, imprimindo na educação meio século de decadência e atraso. InteratividadeInteratividade Em relação às consequências das reformas pombalinas para a educação no Brasil, assinale a alternativa correta: a) A reforma pombalina na educação brasileira foi fundamental, estendendo a educação para todos. b) A reforma pombalina foi desastrosae imprimiu na educaçãob) A reforma pombalina foi desastrosa e imprimiu na educação meio século de decadência. c) A reforma pombalina significou o triunfo de uma educação ) p g ç de qualidade. d) A reforma pombalina significou o triunfo da classe b lh d l d ã fi i litrabalhadora, que clamava por educação profissionalizante. e) A reforma pombalina significou o triunfo das ideias jesuíticas na educaçãona educação. Transformações na sociedade brasileira entre os séculos XVIII e XX Com as ideias democratizantes de Rousseau e da Revolução Francesa, inicia-se um discurso em favor da educação popular. Com a independência, a monarquia que aqui se estabelece acaba se ajustando à dominação oligárquica e, apesar dos discursos em favor da educação popular, apenas os filhosdiscursos em favor da educação popular, apenas os filhos da aristocracia conseguiam ser “doutores”. Um acontecimento eficiente para a educação foi a inserção, na Constituição de 1823, de um artigo que garantia a gratuidade do Ensino Primário a todos os cidadãos. A abolição dos escravos e a proclamação da República Para Sérgio Buarque de Holanda, a abolição da escravidão foi um acontecimento decisivo para a mudança da sociedade brasileira assinalando o declínio do predomínio agrário fatorbrasileira, assinalando o declínio do predomínio agrário, fator decisivo para provocar a hipertrofia urbana. A agitação das cidades e o clima social após a aboliçãoA agitação das cidades e o clima social após a abolição colaboraram para a proclamação da república. A abolição dos escravos e a proclamação da República Porém, no país persistia um estilo de vida rural e oligárquico, com a política sendo padronizada pelo voto de cabresto e pelas fraudes eleitorais deixando para segundo planoe pelas fraudes eleitorais, deixando para segundo plano grandes temas nacionais, como o problema da educação. A Revolução de 1930A Revolução de 1930 Na década de 1920 iniciou-se a crise da dominação oligárquica. A Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, pôs fim à política de alianças “café com leite”. Getúlio Vargas foi nomeado chefe do Governo Revolucionário Getúlio Vargas foi nomeado chefe do Governo Revolucionário Provisório em 3 de novembro de 1930, iniciando no Brasil um novo regime, uma nova era, e fortalecendo a ideia de um país no qual tudo estava por ser feito, e a educação era considerada o pináculo dessa revolução. A modernidade no BrasilA modernidade no Brasil Podemos afirmar que a modernidade no Brasil, emblematicamente, iniciou-se em 1922. Acontecimentos marcantes: Semana de Arte Moderna, Revolta dos 18 do Forte de Copacabana; fundação do PCB; primeira eleição moderna com dois candidatos.eleição moderna com dois candidatos. Os anos 1920 assistiram ao apogeu e declínio da cafeicultura; desenvolvimento do parque industrial brasileiro, concentração de capital e período de progresso, com experiências de implantação do processo taylorista de trabalho para aumentar a produtividadea produtividade. A modernidade no Brasil e o pensamento intelectualA modernidade no Brasil e o pensamento intelectual Os intelectuais modernistas queriam um país industrializado e urbanizado, queriam que um novo e moderno Brasil fosse admirável e industrial mas acima de tudo queriam que fosseadmirável e industrial, mas, acima de tudo, queriam que fosse um Brasil brasileiro. Assim, a elite intelectual irrompeu a década de 1920 imbuída, p de fervoroso espírito nacionalista, mas tomando consciência de que nossa população era quase toda analfabeta. P t t i i i i l d f d i i Portanto, iniciou-se um ciclo de reformas educacionais com o objetivo de popularizar e democratizar o ensino, de forma a estendê-lo às camadas médias e pobres de nossa sociedade.p O pensamento educacional no mundo modernoO pensamento educacional no mundo moderno As correntes de pensamento inovador sobre os rumos, objetivos e sentidos da educação iniciam-se no chamado mundo culto ou seja Europa e Estados Unidosmundo culto, ou seja, Europa e Estados Unidos. Este pensamento foi fortemente influenciado pelos impactos e inquietações causados pela Primeira Guerra (1914-1918)e inquietações causados pela Primeira Guerra (1914 1918) e pela Revolução Russa (1917), pelo grau de violência que aventavam à possibilidade de a humanidade voltar ao estado d b bá ide barbárie. O pensamento educacional no mundo modernoO pensamento educacional no mundo moderno Assim, a educação passou a ser o centro das preocupações dos intelectuais, que pretendiam contribuir para o processo de estabilização socialde estabilização social. Há uma reflexão em torno dos resultados da pedagogia tradicional e a consequente constatação de sua insuficiênciatradicional e a consequente constatação de sua insuficiência perante as exigências do mundo moderno, capitalista. Conclui-se que as instituições escolares deveriam ser atualizadas de acordo com a nova realidade social. A Escola NovaA Escola Nova O movimento de renovação educacional que surge especialmente na Europa e Estados Unidos, no final do século XIX ganhando força no século XX como oposição à educaçãoXIX, ganhando força no século XX como oposição à educação tradicional, denominou-se Escola Nova. As ideias de dois educadores norte-americanos, John DeweyAs ideias de dois educadores norte americanos, John Dewey e William Kilpatrick, representantes deste movimento, marcaram a fisionomia do pensamento educacional brasileiro ti d i i dé d d é l XXa partir da primeira década do século XX. InteratividadeInteratividade A reflexão em torno dos resultados da pedagogia tradicional mostra sua insuficiência perante as exigências do mundo moderno conduzindo à seguinte conclusão:moderno, conduzindo à seguinte conclusão: a) A educação não tem relação com as exigências do mundo moderno. b) O mundo moderno necessita de trabalhadores disciplinados e obedientes, e a educação tradicional pode promover estes valorespode promover estes valores. c) As instituições escolares deveriam ser atualizadas de acordo com a nova realidade social. d) A d ã ã d i i td) A educação não pode servir aos interesses do mundo moderno. e) As exigências do mundo moderno devem ser revistas,) g , pois a educação não pode mudar cada vez que a realidade social se transformar. O manifesto dos pioneiros da educaçãoO manifesto dos pioneiros da educação Lançado em março de 1932 e redigido por Fernando de Azevedo, o Manifesto foi assinado por 26 intelectuais brasileiros dedicados à educaçãobrasileiros dedicados à educação. Seus organizadores consideravam a educação como o maior e mais grave problema nacional, sendo queo maior e mais grave problema nacional, sendo que sua inadequação era responsável por todos os outros problemas brasileiros. O período histórico e social imediatamente anterior ao lançamento do manifesto A revolução de 1930 foi um marco decisivo. Vitorioso, Getúlio Vargas tomou posse em 3 de novembro de 1930, intitulando se chefe do Governo Revolucionário Provisóriointitulando-se chefe do Governo Revolucionário Provisório, iniciando a Segunda República ou República Nova. O governo mostra-se sensível aos problemas educacionaisO governo mostra se sensível aos problemas educacionais e sanciona três importantes decretos: criação do Conselho Nacional de Educação; instituição do Estatuto das Universidades Brasileiras; normas que dispunham sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro. O período histórico e social imediatamente anterior ao lançamento do manifesto Ao perceberem a disposição de Vargas em reformular o ensino, educadores brasileiros pressionaram para que as reformas não ficassem alheias ao ensinopopularficassem alheias ao ensino popular. Convocaram uma conferência para que o presidente definisse uma política para o setor. p p Getúlio Vargas mostrou-se receptivo e convocou os educadores a encontrarem a “fórmula feliz” que definisse o tid d ó i d R l ã d 1930 t dsentido pedagógico da Revolução de 1930, comprometendo-se a adotar esta fórmula na obra de reconstrução do Brasil, à qual estava empenhado: nasce o Manifesto.q p A elaboração do manifestoA elaboração do manifesto Estes educadores tomaram a iniciativa de elaborar um documento traçando as diretrizes de uma verdadeira política nacional de educação e ensinopolítica nacional de educação e ensino. Surgia o Manifesto dos Pioneiros, que propunha a reconstrução educacional do Brasil.a reconstrução educacional do Brasil. Na redação do manifesto, houve desentendimentos com o grupo dos educadores católicos, que era contra alguns aspectos fundamentais do documento. As principais ideias que permeavam o conteúdo do manifesto A escola deveria ser única, ou seja, a mesma para todos, e não uma educação de classes. E i l i b i tó i Ensino leigo e obrigatório. Educação como direito de todos e, por esse motivo, o Estado deveria garantir uma escola de qualidade pública e gratuitadeveria garantir uma escola de qualidade, pública e gratuita. O Manifesto dos Pioneiros primava pela relação entre diferentes níveis da educação entre si, e destes níveis comç , o nível de desenvolvimento psicobiológico dos alunos, assim como pela relação entre a escola, o trabalho e a vida – entre a teoria e a prática em favor do progressoteoria e a prática, em favor do progresso. Paulo FreirePaulo Freire Pedagogia do Oprimido – abordagem dialética-marxista da realidade: determinantes se encontram nos fatores econômicos políticos e sociaiseconômicos, políticos e sociais. Refere-se a dois tipos de pedagogia: a dos dominantes e a do oprimido:e a do oprimido: pedagogia dos dominantes – a educação existe como prática da dominação; pedagogia do oprimido – a educação surge como prática da liberdade. Pedagogia dominante: concepção bancária de educação A relação professor-aluno é vertical – de cima para baixo – e amparada no autoritarismo. Baseada numa concepção bancária centrada predominantemente na narração. O professor “deposita” o saber e o “saca” por meio do exame O professor “deposita” o saber e o “saca” por meio do exame. Porque a concepção bancária de educação é uma pedagogia dos dominantes? Esse tipo de educaçãopedagogia dos dominantes? Esse tipo de educação mantém a ingenuidade do oprimido e o acomoda em seu mundo de opressão. Pedagogia para a liberdade: educação problematizadora A “educação problematizadora” ou “educação para a liberdade” ocorre numa relação horizontal, em que educador e educando estabelecem constante diálogoeducador e educando estabelecem constante diálogo, buscando transformar a realidade. A “educação problematizadora” ou “educação para aA educação problematizadora ou educação para a liberdade” deve estar alicerçada na constatação de que ninguém educa ninguém e tão pouco educa a si próprio: h d hã di ti dos homens educam-se em comunhão, mediatizados pelo mundo. Pedagogia para a liberdade: educação problematizadora A educação problematizadora ou “educação para a liberdade”: Em um sentido amplo e libertador significa, também, recusar a concepção “bancária” da educação que concebe as pessoasconcepção “bancária” da educação, que concebe as pessoas na condição de recipientes passivos de informação, que necessitam ser conscientizadas, adestradas e treinadas. Pedagogia para a liberdade: educação problematizadora A educação problematizadora ou “educação para a liberdade” propõe-se a fazer com que os alunos percebam que o mundo pode ser lido e transformado por professores alunospode ser lido e transformado por professores, alunos, camponeses, operários etc. A intenção primordial desse tipo de educação é mostrar queA intenção primordial desse tipo de educação é mostrar que todos somos parte do processo de mudança e que devemos olhar o conhecimento produzido nas universidades “ lid d ” à lt d f ítie a “realidade” à nossa volta de forma crítica para que possamos entender a realidade que estaria sendo obscurecida pelo capitalismo. p p A educação para Paulo FreireA educação para Paulo Freire Para Paulo Freire, a educação deve ser uma educação para a libertação. Portanto, deve privilegiar o exercício da compreensão crítica da realidade e possibilitar nãoda compreensão crítica da realidade e possibilitar não só a leitura da palavra, a leitura do texto, mas também a leitura do contexto, a leitura do mundo. InteratividadeInteratividade Assinale a alternativa correta em relação ao entendimento de “educação para a liberdade” de Paulo Freire: ) Éa) É um tipo de educação ideal que existe apenas no campo das ideias. b) É uma educação revolucionária que deve ser utilizadab) É uma educação revolucionária que deve ser utilizada por países em guerra. c) É uma educação revolucionária que deve ser usada por ) ç q p países que estão sob o comando de tiranos e/ou ditadores. d) É um tipo de educação para a paz que deve ser usada no mundo todo. e) É uma educação que deve privilegiar o exercício da compreensão crítica da realidade e possibilitar não sócompreensão crítica da realidade e possibilitar não só a leitura da palavra, mas também a leitura do contexto e do mundo. ATÉ A PRÓXIMA!
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